Português 3.º C

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Colégio Estadual Perilo Rodrigues de Moura - 2022

Avaliação de Língua Portuguesa 3.º Bimestre


3.º Ensino Médio B Valor: 10,0
Professor(a): Lidiana Martins de Oliveira Data: ___/ ____/ 2022
Aluno(a): _______________________________________ Nota: __________

Texto I para a questão 1.


São demais os perigos desta vida
Para quem tem paixão, principalmente
Quando uma lua surge de repente
E se deixa no céu como esquecida.
E se ao luar que atua desvairado
Vem se unir uma música qualquer
Aí então é preciso ter cuidado

Porque deve andar perto uma mulher.


Deve andar perto uma mulher que é feita
De música, luar e sentimento
E que a vida não quer, de tão perfeita.
Uma mulher que é como a própria lua:
Tão linda que só espalha sofrimento
Tão cheia de pudor que vive nua.”
(Vinicius de Moraes)

1. (UFF) A alternativa que contém aspectos, presentes no texto reveladores da permanência de


procedimentos românticos no Modernismo é:
a) Valorização do sentimento amoroso, negação da natureza.
b) Valorização da música e do perfume, natureza como pano de fundo.
c) Diluição do sentimento amoroso, predomínio da razão.
d) Desvalorização da mulher, negação da natureza.
e) Valorização sentimental da mulher, presença participante da natureza.

. Texto II para a questões 3 e 4.


(UERJ) O poema de Cecília Meireles revela uma
mudança de perspectiva em relação à primeira
geração modernista.
3. Explique, em uma frase completa, por que a
temática deste poema difere da temática dominante
na primeira fase do Modernismo.

4. Cite duas características formais do poema que


acompanham esta mudança de atitude.
Texto III para responder as questões de 5 a 7

O PRIMEIRO BEIJO
Os dois mais murmuravam que conversavam: havia pouco iniciara-se o namoro e ambos
andavam tontos, era o amor. Amor com o que vem junto: ciúme.
- Está bem, acredito que sou a sua primeira namorada, fico feliz com isso. Mas me
diga a verdade, só a verdade: você nunca beijou uma mulher antes de me beijar? Ele foi simples:
- Sim, já beijei antes uma mulher.
- Quem era ela? - perguntou com dor.
Ele tentou contar toscamente, não sabia como dizer.
O ônibus da excursão subia lentamente a serra. Ele, um dos garotos no meio da garotada
em algazarra, deixava a brisa fresca bater-lhe no rosto e entrar-lhe pelos cabelos com dedos
longos, finos e sem peso como os de uma mãe. Ficar às vezes quieto, sem quase pensar, e
apenas sentir - era tão bom. A concentração no sentir era difícil no meio da balbúrdia dos
companheiros.
E mesmo a sede começara: brincar com a turma, falar bem alto, mais alto que o barulho
do motor, rir,
gritar, pensar, sentir, puxa vida! Como deixava a garganta seca.
E nem sombra de água. O jeito era juntar saliva, e foi o que fez. Depois de reunida na
boca ardente engolia-a lentamente, outra vez e mais outra. Era morna, porém, a saliva, e não
tirava a sede. Uma sede enorme maior do que ele próprio, que lhe tomava agora o corpo todo.
A brisa fina, antes tão boa, agora ao sol do meio-dia tornara-se quente e árida e ao
penetrar pelo nariz secava ainda mais a pouca saliva que pacientemente juntava.
E se fechasse as narinas e respirasse um pouco menos daquele vento de deserto?
Tentou por instantes, mas logo sufocava. O jeito era mesmo esperar, esperar. Talvez minutos
apenas, talvez horas, enquanto sua sede era de anos.
Não sabia como e por que, mas agora se sentia mais perto da água, pressentia-a mais
próxima, e seus
olhos saltavam para fora da janela procurando a estrada, penetrando entre os arbustos,
espreitando, farejando.
O instinto animal dentro dele não errara: na curva inesperada da estrada, entre arbustos
estava... o chafariz de onde brotava num filete a água sonhada. O ônibus parou, todos estavam
com sede, mas ele conseguiu ser o primeiro a chegar ao chafariz de pedra, antes de todos.
De olhos fechados entreabriu os lábios e colou-os ferozmente ao orifício de onde jorrava
a água. O primeiro gole fresco desceu, escorrendo pelo peito até a
barriga. Era a vida voltando, e com esta encharcou todo o seu interior
arenoso até se saciar. Agora podia abrir os olhos.
Abriu-os e viu bem junto de sua cara dois olhos de estátua
fitando-o e viu que era a estátua de uma mulher e que era da boca da
mulher que saía a água. Lembrou-se de que realmente ao primeiro gole
sentira nos lábios um contato gélido, mais frio do que a água.
E soube então que havia colado sua boca na boca da estátua da
mulher
de pedra. A vida havia jorrado dessa boca, de uma boca para outra.
.................................................................................................................................................
Ele a havia beijado.
(Em O primeiro beijo e outros contos. São Paulo, Ática, 1961)

5. A partir da sua leitura do fragmento em destaque, responda com suas palavras: Qual
discurso predomina nesta passagem? No terceiro período recortado acima tem-se o emprego de
um pronome oblíquo em posição enclítica (depois do verbo), que pronome é esse e qual palavra
ele substitui e retoma?

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6. Na frase —“Depois de reunida na boca ardente engolia-a lentamente, (...)” (parágrafo 9) — o


pronome pessoal oblíquo substitui que termo?

(a) A brisa (b) a saliva (c) a água (d) a sede

7. Os Sertões, de Euclides da Cunha, é uma obra que


a) narra um episódio de messianismo ocorrido em vilarejos do interior de Pernambuco e do
Sergipe no início do século XX.
b) narra a formação e a destruição de um povoado sertanejo liderado por Antônio Conselheiro na
segunda metade do século XIX.
c) denuncia a ocupação de um povoado sertanejo por forças armadas de Pernambuco e do
Sergipe aliadas a jagunços locais.
d) expõe a liderança carismática de Antônio Conselheiro em seu esforço para converter
sertanejos monarquistas em republicanos.
e) denuncia a campanha difamatória contra o exército brasileiro promovida por jornais e políticos
interessados em restaurar a monarquia.

8. …… três semanas, cheguei …… Lisboa; daqui …… três dias farei uma excursão ……
França; depois farei uma visita …… ruínas da Itália; de lá regressarei ……. São Paulo.
a) Há, à, há, a, as, à
b) A, a, a, a, às, a
c) Há, a, a, à, às, a
d) Há, a, há, à, às, a
e) A, à, há a, as, à

Lembrando o filme que assistimos: “Escritores da Liberdade”. Responda às questões 9 e 10.


9. Sempre que vemos um filme, lemos um livro, temos personagens que nos chama a atenção.
Qual personagem foi mais marcante para você e por quê?
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10. Tudo que lemos ou assistimos nos traz lições de vida, exemplos a serem seguidos,
ensinamentos. O que podemos extrair do filme “Escritores da Liberdade”? Como podemos nos
transformar em pessoas melhores, conscientes e humanas ao longo da nossa vida?
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