Regulamentação Laboral (Tacógrafos) - Ok
Regulamentação Laboral (Tacógrafos) - Ok
Regulamentação Laboral (Tacógrafos) - Ok
Introdução........................................................................................................................................... 2
A – Tempos de Condução e Repouso.................................................................................................. 3
1. Período de condução ...................................................................................................................... 3
1.1 Tempo máximo de condução diária .............................................................................................. 4
1.2 Tempo máximo de condução contínua......................................................................................... 5
1.2.1 Derrogação dos limites feita pelo condutor .............................................................................. 5
1.3 Período máximo de condução consecutiva em 2 semanas .......................................................... 7
2. Repouso Diário ................................................................................................................................ 8
2.1 Repouso diário regular .................................................................................................................. 8
2.1.1 Repouso Diário – Fraccionamento ............................................................................................. 8
2.1.2 Repouso Diário tripulação múltipla ........................................................................................... 9
2.1.3 Repouso Diário – Transportes Combinados - Ferry Boat ou Comboio ...................................... 9
2.2 Repouso Semanal ........................................................................................................................ 10
3. Responsabilidade da empresa de transporte ............................................................................... 10
4. AETR .............................................................................................................................................. 11
B - Aparelho de controlo metrológico .............................................................................................. 12
1.1 Veículos que devem possuir tacógrafo ....................................................................................... 12
1.2. Veículos Excluídos ...................................................................................................................... 12
1.3. Tacógrafo – Homologação e Instalação ..................................................................................... 13
2. (Tacógrafo analógico).................................................................................................................... 14
2.1 Folhas de Registo ........................................................................................................................ 14
2.1.1. Utilização e conservação das folhas de registo ....................................................................... 16
2.1.2 O Empregador .......................................................................................................................... 17
2.2 Procedimentos ............................................................................................................................ 18
3. Tacógrafo Digital ........................................................................................................................... 20
3.1 A empresa de transportes deve: ................................................................................................. 21
3.2 Entrada em vigor ......................................................................................................................... 21
3.3 Cartões de Controlo .................................................................................................................... 21
3.3.1 Cartão de motorista ................................................................................................................. 21
3.3.2 Cartão de empresa ................................................................................................................... 22
3.3.3 Cartão de centro de ensaio ...................................................................................................... 22
3.3.4 Cartão de controlo ................................................................................................................... 23
4. Utilização do Tacógrafo Digital ..................................................................................................... 23
4.1 Impressão da actividade ............................................................................................................. 24
5 – Declaração por ausência de registos ........................................................................................... 26
C – Registo por trabalhador móvel não sujeito a aparelho de controlo ........................................... 28
Bibliografia Consultada ..................................................................................................................... 31
Regulamentação Laboral
Introdução
A maioria dos motoristas que actualmente conduz no território da Comunidade exerce a sua
profissão unicamente com base na carta de condução, nos conhecimentos que foi adquirindo na sua
própria experiência e na troca de impressões com outros profissionais do ramo.
Todos os dias, porém, o mercado evolui não só ao nível tecnológico como também ao nível
social. As novas exigências decorrentes da evolução do mercado dos transportes rodoviários também
vão sendo plasmadas na regulamentação comunitária e é de todo o interesse que todos os motoristas
que exerçam a sua actividade como condutores, a conheçam.
Além disso, a modernidade do emprego de motorista deveria suscitar nos jovens o interesse
por esta profissão, contribuindo assim para o recrutamento de novos motoristas.
Embora ainda não exista uma formação específica e obrigatória para o exercício da profissão
(encontra-se em face de implementação), o Código do Trabalho impõe, para a generalidade dos
trabalhadores um número mínimo de horas de formação por trabalhador.
Formação essa que, a existir, deverá versar sobre conteúdos funcionais dos trabalhadores para
que estes possam tirar proveito da formação.
A regulamentação relativa aos tempos de condução e repouso deverá aplicar-se ao transporte
rodoviário efectuado exclusivamente no interior da Comunidade ou entre a Comunidade, a Suíça e os
países signatários do Acordo sobre o Espaço Económico Europeu.
Com a entrada em vigor do Regulamento (CE) nº 561/2006 do Parlamento Europeu e do
Conselho de 15 de Março de 2006, houve modificações nos tempos de condução e repouso dos
motoristas e foi tornado obrigatório a instalação, nos veículos novos, de um aparelho de controlo
digital.
Se nos períodos de condução não houve alterações o mesmo se não pode dizer dos períodos de
descanso e repouso, uma vez que deixou de haver a obrigação de compensar a redução dos períodos de
descanso diários e passou a haver apenas repouso semanal regular e repouso semanal reduzido, para
além de outras alterações.
O aparelho de controlo digital, já previsto em anteriores regulamentos e em uso nalguns
veículos afectos ao transporte de mercadorias e passageiros cujo objectivo é, à semelhança do aparelho
de controlo analógico, registar os tempos de condução e repouso, velocidades e distâncias percorridas
dos motoristas, necessita, para o seu funcionamento da utilização de cartões de controlo e o
conhecimento prévio de algumas das suas funcionalidades.
Através deste manual pretende-se que o formando possa adquirir conhecimentos que lhe
permitam, não só fazer uma leitura dos dados extraídos mas, também, uma melhor utilização do
aparelho, utilizando as ferramentas disponíveis de acordo com a legislação em vigor e uma actualização
dos conhecimentos relativos aos tempos de condução e repouso.
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1. Período de condução
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A duração máxima da condução diária (entre dois repousos diários) não pode exceder 9horas.
Pode no entanto ser elevada a 10horas duas vezes por semana.
O condutor pode fazer 10 horas de condução diária, duas vezes por semana. Para esse efeito é
necessário ter presente que a semana começa às 00H00 de Segunda-feira e termina às 24H00 de
Domingo e pode não ter a ver com a semana de trabalho do condutor.
A semana de trabalho do condutor é medida, como refere o regulamento, nos seis dias (no
máximo) após o fim de um período de repouso semanal.
«O período de repouso semanal deve começar o mais tardar no fim de seis períodos de 24 horas
a contar do fim do período de repouso semanal anterior» (artigo 8º nº 6)
Desta forma, um condutor pode numa semana fazer dois dias a 10 horas e fazer outros dois
dias a 10 horas, na semana seguinte sem que, entre estes períodos de 10 horas tenha havido um
repouso semanal desde que cumpra com os limites estabelecidos para um período de duas semanas
consecutivas.
Nota: Tempo de condução inclui qualquer tempo que se conduza em estrada fora do domínio público,
durante a jornada de trabalho se o resto dessa jornada for feita numa auto-estrada ou estrada pública.
As jornadas realizadas na totalidade em zonas fora do domínio público devem ser consideradas outros
trabalhos.
Assim, por exemplo, qualquer tempo gasto a conduzir em zona privada entre o parque/ zona de repouso
e o local de carga antes da viagem numa estrada pública, constitui tempo de condução, no entanto,
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pode ser registado como outros trabalhos se toda a carga for feita e depositada na mesma zona privada
sem utilizar a estrada pública.
Após um período de condução de 4h30m, o condutor gozará uma pausa ininterrupta de pelo
menos 45 minutos, a não ser que goze um período de repouso.
Condução Pausa
4,5 horas 45 minutos
A interrupção pode ser substituída por 2 pausas sendo uma de, pelo menos 15 minutos e a
outra de pelo menos 30 minutos, repartidos pelo período.
“Pausa” período durante o qual o condutor não pode efectuar nenhum trabalho de condução ou outro
e que é exclusivamente utilizado para a recuperação
O regulamento, porém deixa a possibilidade de derrogar (não respeitar) estes limites: «Desde
que tal não comprometa a segurança rodoviária e com o objectivo de atingir um ponto de paragem
adequado, o condutor pode não observar os limites relativos aos tempos de condução, pausa e períodos
de repouso, na medida do necessário para garantir a segurança das pessoas, do veículo ou da carga. O
condutor deve mencionar manualmente na folha de registo do aparelho de controlo, numa impressão
dos dados do aparelho de controlo ou no seu registo de serviço, o mais tardar à chegada ao ponto de
paragem adequado, o motivo de tal inobservância» (artigo 12º)
«O artigo 12.º contém disposições que permitem ao condutor desrespeitar as exigências mínimas de
repouso e os tempos máximos de condução previstos nos artigos 6.º a 9.º para poder encontrar um
local de paragem adequado. Este artigo não autoriza o condutor a derrogar do regulamento por razões
conhecidas antes do começo da viagem. O seu objectivo é permitir aos condutores lidar com situações
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2) O condutor deve cumprir rigorosamente as regras e não infringir os limites do tempo de condução,
excepto se surgir algo inesperado que torne impossível o cumprimento do regulamento sem pôr em
perigo a segurança rodoviária ou a segurança das pessoas, do veículo ou da sua carga. Se um condutor
decidir que é necessário derrogar do regulamento e que, ao fazê-lo, não prejudicará a segurança
rodoviária, deve indicar a natureza e a razão da derrogação manualmente (em qualquer língua
comunitária, na folha de registo ou numa impressão dos dados do aparelho de controlo ou no seu
registo de serviço) mal chegue ao ponto de paragem.
Na avaliação da legitimidade da inobservância com base no artigo 12.º, o agente da autoridade deve
examinar cuidadosamente todas as circunstâncias, nomeadamente:
(a) o historial dos registos de condução do condutor, para determinar o seu padrão de desempenho e
verificar se cumpre normalmente as regras em matéria de tempo de condução e de repouso e se o
incumprimento é excepcional;
(b) se o incumprimento dos limites do tempo de condução é recorrente ou se foi causado por
circunstâncias excepcionais, tais como: grandes acidentes rodoviários, más condições meteorológicas,
desvios forçados, falta de espaço no parque de estacionamento, etc. (Esta lista de possíveis
circunstâncias excepcionais é meramente indicativa. O princípio que deve presidir à avaliação é que o
motivo do eventual desrespeito dos limites do tempo de condução não seja conhecido nem mesmo
possível de prever antecipadamente);
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(c) o respeito dos limites diários e semanais do tempo de condução, não devendo o condutor conseguir
"ganhos de tempo" ultrapassando o limite de tempo de condução à procura de um local para
estacionar;
(d) se o desrespeito das regras relativas ao tempo de condução teve como resultado uma redução das
pausas ou do repouso diário e semanal.»
(cfr. Tribunal de Justiça das Comunidades Europeias, Processo C-235/94)
A duração total de condução não pode ultrapassar 90 horas por cada período de duas semanas
consecutivas.
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2. Repouso Diário
Em cada período de 24 horas o condutor deve gozar um repouso diário de pelo menos de 11
horas
Período de 24 horas
Condução + outros trabalhos + pausas = 13 horas Repouso diário regular = 11 horas
O período de repouso diário pode ser reduzido para 9 horas consecutivas 3 vezes, no máximo, entre
cada dois períodos de repouso semanal
Período de 24 horas
Condução + outros trabalhos + pausas = 15 horas Repouso diário reduzido = 9 horas
Nos dias em que o repouso diário não seja reduzido a um mínimo de 9 horas, pode ser gozado
em dois períodos, devendo o primeiro dos quais ter uma duração ininterrupta de, pelo menos, 3 horas e
o segundo um período ininterrupto de, pelo menos, 9 horas.
Período de 24 horas
8 horas 3 horas 4 horas 9 horas
Condução + outros Repouso Condução + outros Repouso diário
trabalhos + pausas trabalhos + pausas
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«Tripulação múltipla»: a situação que se verifica quando, durante qualquer período de condução
efectuado entre dois períodos consecutivos de repouso diário ou entre um período de repouso diário e
um período de repouso semanal, há pelo menos dois condutores no veículo para conduzir. A presença de
outro ou outros condutores é facultativa durante a primeira hora de tripulação múltipla, mas
obrigatória no resto do período;» (Artigo 4º alínea o))
O condutor de um veículo com tripulação múltipla deve gozar um novo período de repouso diário de
pelo menos 9 horas nas 30 horas que se sigam ao termo de um período de repouso diário ou semanal.
1 Condutor 2 Condutores
Repouso Repouso
Outros Trabalhos 1 hora Repouso (ausente do veículo) 1 hora
Condução 4,5 horas Disponibilidade 4,5 horas
Período de 30 horas
O veículo é conduzido por mais do que um condutor. Quando o segundo condutor está disponível para
conduzir se necessário, está sentado ao lado do condutor do veículo e não está activamente envolvido
na prestação de assistência à condução do colega, um período de 45 minutos do seu "período de
disponibilidade" pode ser considerado "pausa".
(cfr. Tribunal de Justiça das Comunidades Europeias, Processos C-76/77 e C-297/99)
O repouso diário regular (de 11 horas), no caso dos transportes combinados com ferry-boat ou caminho-
de-ferro, pode ser interrompido no máximo duas vezes por outras actividades que, no total, não
ultrapassem uma hora. Durante o referido repouso diário regular, o condutor deve dispor de uma cama
ou de um beliche.
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O período de repouso semanal deve começar o mais tardar no fim de seis períodos de 24 horas
a contar do fim do período de repouso semanal anterior.
Em cada período de duas semanas consecutivas (semanas regulares como tal definidas de 2ª a
Domingo), o condutor deve gozar pelo menos:
— dois períodos de repouso semanal regular, ou
— um período de repouso semanal regular e um período de repouso semanal reduzido de, no mínimo,
24 horas.
Nota: O repouso semanal reduzido deve ser compensado por um repouso equivalente gozado na
totalidade antes do fim da 3.ª semana seguinte àquela em que a redução tenha tido lugar.
Qualquer período de repouso, gozado a título de compensação das reduções de um período de repouso
semanal reduzido, deve ser ligado a um outro período de repouso de, pelo menos, 9 horas
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4. AETR
O Acordo Europeu relativo ao Trabalho das Tripulações de Veículos que Efectuam Transportes
Internacionais Rodoviários, de 1 de Julho de 1970 («AETR»), aprovado por ratificação, pelo Decreto-Lei
nº 324/73 de 30/06, aplica-se aos transportes internacionais com destino ou provenientes de países
terceiros, ou entre dois países terceiros em trânsito no território de um Estado Membro.
As regras relativas aos tempos de condução são semelhantes às reguladas pelo regulamento
561/2006; contudo as relativas aos tempos de repouso não sofreram alterações, pelo que, no
preâmbulo do Regulamento (CE) n.º 561/2006 do Parlamento Europeu e do Conselho, se afirma que o
AETR «deverá continuar-se a aplicar ao transporte rodoviário de mercadorias e passageiros por veículos
matriculados num Estado-Membro ou num país signatário do AETR, sobre a totalidade do percurso, caso
este se efectue entre a Comunidade e um país terceiro que não seja a Suíça nem os países signatários do
Acordo sobre o Espaço Económico Europeu ou através do território desse país. É essencial alterar o AETR
o mais rapidamente possível, preferentemente no prazo de dois anos a contar da data de entrada em
vigor do presente regulamento, de forma a conciliar as suas disposições com as do presente
regulamento.»
Assim no âmbito do AETR, ao fim de 4:30 horas de condução o condutor deve fazer uma pausa
de 45 minutos ou pode, em alternativa substituir aquele período em dois ou três períodos não podendo,
nenhum deles ser inferior a 15 minutos.
A condução diária não pode ultrapassar as 9 horas ou, duas vezes por semana as 10 horas.
O repouso semanal deve acontecer ao fim de seis períodos de condução diária e deve ser de 45
horas. No entanto, pode ser de 36horas na sede da empresa ou de 24 horas se for em viagem.
Sempre que haja redução deste período de repouso semanal, a diferença deve ser gozada antes
do final da terceira semana e deve ser ligada a um período de repouso de pelo menos oito horas (no
âmbito do AETR)
Também, neste âmbito, o período de repouso diário se mantém inalterado, isto é, em cada
período de 24 horas cada condutor deve beneficiar de um repouso diário de pelo menos 11 horas. No
entanto, três vezes por semana pode apenas gozar apenas 9 horas consecutivas, desde que compense a
diferença antes do final da semana seguinte.
Em alternativa, ainda pode substituir o período das 11 horas por dois ou três períodos, nas 24
horas, guardando um período mínimo consecutivo de pelo menos 8 horas, podendo o restante período
ser gozado em dois ou três períodos que não podem ter uma duração inferior a 1 hora. Neste caso, o
condutor em vez das 11 horas deverá gozar 12 horas de repouso diário.
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Com vista a controlar e a registar os tempos de condução e repouso das tripulações dos veículos de
transportes rodoviários de mercadorias nacionais e internacionais o Regulamento CEE n.º 3821/85 de 20
de Dezembro, introduziu um aparelho de controlo também conhecido por TACÓGRAFO.
É um aparelho de controlo destinado a ser instalado a bordo de veículos automóveis para indicação
e registo automático ou semi-automático de dados: velocidade, tempos de condução e repouso,
distâncias percorridas, assim como certos tempos de trabalho e de descanso dos seus condutores.
a) Veículos afectos ao serviço regular de transporte de passageiros, cujo percurso de linha não
ultrapasse 50 quilómetros;
c) Veículos que sejam propriedade das forças armadas, da protecção civil, dos bombeiros ou das
forças policiais ou alugados sem condutor por estes serviços, quando o transporte for efectuado
em resultado das funções atribuídas a estes serviços e estiver sob o controlo destes;
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g) Veículos que estejam a ser submetidos a ensaios rodoviários para fins de aperfeiçoamento
técnico, reparação ou manutenção, e veículos novos ou transformados que ainda não tenham sido
postos em circulação;
h) Veículos ou conjuntos de veículos com massa máxima autorizada não superior a 7,5 toneladas,
utilizados em transportes não comerciais de mercadorias;
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2. (Tacógrafo analógico)
As folhas de registo devem ser de uma qualidade tal que não impeçam o funcionamento normal do
aparelho e permitam que os registos que nelas se efectuem sejam indeléveis e claramente legíveis e
identificáveis.
As folhas de registo devem conservar as suas dimensões e registos em condições normais de
higrometria e de temperatura.
Além disso, deve ser possível inscrever nas folhas, sem que isso as deteriore ou impeça a leitura dos
registos, as indicações relativas à data, matrícula do veículo, nome do condutor, local de inicio e fim do
serviço e quilómetros iniciais e finais.
Em condições normais de conservação, os registos devem ser legíveis com precisão durante, pelo
menos, um ano.
A capacidade mínima de registo das folhas, qualquer que seja a sua forma, deve ser de 24 horas.
Se vários discos forem ligados entre si, a fim de aumentar a capacidade de registo contínuo sem
intervenção do pessoal, as ligações entre os diversos discos devem ser feitos de tal maneira que os
registos não apresentem nem interrupções nem sobreposições nos pontos de passagem de um disco ao
outro.
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- uma (ou mais) zona(s) para as indicações relativas aos tempos de condução, aos outros tempos
de trabalho e de presença no trabalho, às interrupções de trabalho e ao repouso dos
condutores.
Além disso, cada folha deve ter impressa pelo menos uma escala de tempo, graduada de forma a
permitir a leitura directa do tempo com intervalos de 15 minutos, bem como a determinação fácil de
cada intervalo de 5 minutos.
Nas folhas deve ser previsto um espaço livre que permita ao condutor a inscrição de, pelo menos, as
seguintes indicações manuscritas:
- nome e apelido do condutor,
- data e lugar do início e do fim da utilização da folha.
- Número(s) da matricula do(s) veículo(s) ao qual (aos quais) o condutor esteve afecto durante a
utilização da folha,
- Hora da mudança de veículo.
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d) Controlos periódicos
Existem controlos periódicos dos aparelhos instalados nos veículos, pelo menos de dois em dois anos,
podendo os mesmos efectuar-se no âmbito das inspecções técnicas dos veículos automóveis.
Serão nomeadamente controlados:
- o bom funcionamento do aparelho,
- a presença da marca de homologação nos aparelhos,
- a presença da chapa de instalação,
- a integridade dos selos do aparelho e dos outros elementos da instalação,
- o a circunferência efectiva dos pneus.
O controlo do cumprimento das disposições relativas aos erros máximos admissíveis durante o uso, será
efectuado, pelo menos, uma vez de seis em seis anos, podendo qualquer Estado-membro prescrever
um prazo mais curto para os veículos matriculados no seu território. Esse controlo inclui
obrigatoriamente a substituição da chapa de instalação.
Os condutores não podem utilizar folhas de registo sujas ou danificadas. Por conseguinte, devem ser
protegidas de forma adequada.
No caso de se danificar uma folha que contenha registos, os condutores devem juntar a folha danificada
à folha de reserva utilizada para a substituir.
Os condutores devem:
- certificar-se da concordância entre a marcação horária na folha e a hora legal do país onde o veículo foi
matriculado,
- preocupar-se em accionar os dispositivos de comutação que permitem distinguir os seguintes grupos
de tempo a registar.
Quando, em virtude do seu afastamento do veículo, os condutores não possam utilizar os elementos do
aparelho instalado no veículo, os períodos de tempo devem:
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2.1.2 O Empregador
- Deverá entregar aos condutores o número suficiente de folhas de registo (de modelo homologado e
adequadas ao tacógrafo instalado), tendo em conta o carácter individual dessas folhas, a duração
do serviço e a exigência de substituir, eventualmente, as folhas danificadas ou apreendidas por um
agente encarregado do controlo;
- Deverá conservar as folhas de registo, em boa ordem, durante um período de, pelo menos, um ano
a partir da sua utilização e remeter uma cópia aos condutores interessados, caso estes o exijam. As
folhas devem ser apresentadas ou remetidas ás entidades fiscalizadoras sempre que solicito.
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2.2 Procedimentos
Nome e apelido
O condutor deve colocar a folha, certificando-se da concordância horária na folha e a hora legal do país
onde o veículo foi matriculado e fechar o tacógrafo.
b) Seleccionar o Comutador
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previsível não seja antecipadamente conhecida, isto é, antes da partida ou imediatamente antes do
início efectivo do período em questão.
Quando, em virtude do seu afastamento do veículo, os condutores não possam utilizar os elementos do
aparelho instalado no veículo, os períodos de “outros trabalho”, “disponibilidade”, “pausas da
condução” e os “períodos de repouso diário”, devem ser inscritos na folha de registos por inscrição
manual, registo automático ou qualquer outro processo, de forma legível e sem sujar as folhas se o
veículo estiver equipado com aparelho de controlo conforme o anexo I (aparelho analógico) ou,
Ser inscritos no cartão de condutor, utilizando a possibilidade de introdução manual oferecida pelo
aparelho de controlo se o veículo estiver equipado com um aparelho de controlo em conformidade com
o anexo IB (aparelho digital).
Quando terminar o serviço diário ou quando expirar a duração da folha de registo (em regra 24 horas), o
condutor deve retirar a folha e anotar na mesma, manualmente e de forma legível, as seguintes
indicações:
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Atendendo a que as folhas de registo são pessoais, ao mudar de veículo durante o serviço, o condutor
deve:
1.º - Retirar a folha do veículo a que estava afecto e registar todos os dados como se tivesse terminado
o serviço.
3. Tacógrafo Digital
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a) garantir que todos os dados sejam descarregados da unidade instalada no veículo e do cartão de
condutor com regularidade. A empresa de transportes deve, se necessário, descarregar os dados
relevantes com maior frequência, de forma a assegurar que todos os dados relativos às actividades
realizadas por ou para essa empresa sejam descarregados;
b) garantir que todos os dados descarregados da unidade instalada no veículo e do cartão de condutor
sejam conservados durante pelo menos doze meses após o registo e, caso um agente encarregado do
controlo o exija, sejam acessíveis, directamente ou à distância, a partir das suas instalações.
Os veículos afectados ao transporte de mercadorias cujo peso máximo seja superior a 12 toneladas,
registados pela primeira vez a partir de 1 de Janeiro de 1996, ficarão sujeitos, na medida em que sejam
na íntegra transmitidos electricamente para o respectivo aparelho de controlo, ao disposto no anexo 1 B
do Regulamento (CEE) n.º 3821/85, quando esse aparelho tiver de ser substituído., isto é devem
instalar o Tacógrafo Digital.
Atendendo a que os dados relativos à actividade dos condutores deverão poder ser verificados pelos
condutores, pelas empresas que os empregam e pelas autoridades competentes dos Estados –
membros, lógico será que os diversos intervenientes só possam ter acesso aos dados pertinentes ao
exercício das suas actividades respectivas, pelo que existirão quatro tipos de cartões:
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registo de dados essenciais. O cartão de condutor é pessoal e intransmissível e tem capacidade para
armazenar os dados relativos aos últimos 28 dias de condução. Caso não sejam descarregados os dados
mais antigos são eliminados pelos mais recentes.
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Para que as autoridades competentes possam controlar as actividades de condução e de repouso, quer
em operações de verificação na estrada quer nas instalações da empresa. As entidades fiscalizadoras de
outros países conseguem, com os respectivos
cartões, aceder à informação de viagem dos
motoristas detectando quaisquer infracções
cometidas mesmo fora do território do
Estado Membro. É um dispositivo amovível
de descarregamento e armazenamento de
dados, a introduzir no leitor de cartões de
condutor do aparelho de controlo e atribuído
pelas autoridades dos Estados-membros às
autoridades competentes, para poderem ter acesso aos dados armazenados na memória de dados ou
nos cartões de condutor para fins de leitura, impressão e/ou descarregamento.
A empresa deverá solicitar os cartões, que terão uma validade de 5 anos, às Entidades
Competentes designadas pelas autoridades competentes pelos Estados-Membros.
Em princípio, em caso de perda ou avaria, existirá um prazo de 7 dias para a empresa solicitar
novos cartões, sendo que as Entidades competentes terão 5 dias úteis para proceder á sua substituição.
A condução com veículo equipado com aparelho digital implica a utilização do cartão do
condutor. O cartão deste deve ser
introduzido na ranhura 1 (nunca na
ranhura 2, esta é apenas para o segundo
condutor).
O aparelho fará a leitura do cartão, (no visor irá aparecer o nome do condutor e a data em que
foi retirado anteriormente o cartão) e perguntará se o condutor pretende fazer uma entrada adicional
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(sim/não). Devem ser registados neste caso os serviços que tenham sido feitos de forma ausente do
veículo. Normalmente, ao iniciar o serviço, deve seleccionar o não, porque se trata de um serviço que
está a iniciar-se.
O condutor pode, no fim da jornada, fazer a impressão da actividade das últimas 24 horas, suas
ou do próprio veículo.
Note-se que a impressão é sempre relativa ao dia (das 00H00 às 24H00), se a jornada abranger
dois dias terá que proceder à impressão de ambos os dias em que decorreu a jornada, desde o fim de
um repouso diário até ao início de um outro repouso diário.
Caso o condutor não possua cartão (por extravio, furto, roubo) deve, na sua jornada, fazer duas
impressões: a 1ª quando inicia o serviço e a 2ª quando termina o serviço. Em ambas deve registar os
seus dados no verso da folha no campo destinado para esse efeito.
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Impressão da actividade de um condutor com inicio num dia e fim noutro dia
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O período de tempo sem registo entre sucessivos discos utilizados por um condutor deve
normalmente ser considerado como um período de descanso em que os condutores são livres de dispor
do seu tempo, a menos que seja evidente o contrário.
Em Portugal e em alguns países, os condutores não têm que esclarecer esse período, a menos
que as autoridades tenham razão para acreditar que, nesse período estiveram a trabalhar.
Não obstante, em viagens internacionais recomenda-se que os condutores possuam uma
declaração do empregador que cubra toda a ausência de discos /registos por ter estado doente, de
férias anuais e o tempo gasto conduzir um veículo que não esteja equipado com aparelho de controlo
ou do AETR durante os 28 dias anteriores.
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Assim, os livretes individuais de controlo são obrigatórios para todos os que façam do veículo o
seu "local de trabalho". Ou seja, abrangendo todos os motoristas, ajudantes e distribuidores, não se
aplicando aos que usam um veículo da empresa para deslocações ocasionais.
Ou seja, tudo dependerá das funções do trabalhador em causa (desde logo, conforme surge
definido no contrato de trabalho).
Deste modo, são considerados «pessoal afecto à exploração de veículos automóveis» todos os
trabalhadores cujo local de trabalho primordial seja o veículo, e a sua utilização seja indissociável da
actividade principal exercida, embora estejam adstritos a um estabelecimento para efeitos
organizacionais e administrativos. É o caso, por exemplo, do motorista, distribuidor, servente de carga
ou ajudante de motorista.
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FIRMA: (designação)
NIPC: …………..
SEDE: Rua -----------------------, (localidade)
LOCAL DE TRABALHO: o da sede (se outro, indicá-lo)
ACTIVIDADE: …..comércio de materiais de construção (CAE ….)
PERÍODO DE FUNCIONAMENTO : 2ª a 6ª Feira, das ___ às ____ e das ___ às ____
Sábado, das ___ às _____
ENCERRAMENTO: Sábado após ___ e Domingo
IRCT APLICÁVEL: CCT entre a APCMC e o SITESC (BTE, 1ª série, nº 12, de 29.03.2005) (se outro, indicá-
lo)
SEGUNDA A SEXTA-FEIRA:
- Entrada: 09.00 horas
- Saída: 18.00 horas
- Intervalo para almoço: das 12.00 às 14.00 horas
SÁBADO: das 08.00 às 13.00
A Gerência/Administração,
(Assinatura e carimbo)
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Bibliografia Consultada
Regulamentação Comunitária
Regulamento (CE) nº 561/2006 do Parlamento Europeu e do Conselho de 15/03/2006
Regulamento (CEE) nº. 3821/85 do Conselho de 20 de Dezembro de 1985
Regulamento (CE) nº 2135/98 do Conselho de 24 de Setembro de 1998
Regulamentação Nacional
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