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11.

Dimensionamento estrutural
Em geral, os pilares são ligados às fundações (estacas ou tubulões)
através dos blocos de coroamento de forma a envolver o contorno
tanto do pilar quanto da estaca/tubulão. O bloco de coroamento é
um elemento estrutural responsável pela transferência das ações do
pilar para a fundação.
Na prática tem-se utilizado diversos tipos de blocos que variam
basicamente em função de sua geometria (n.º de estacas):
- bloco sobre uma estaca;
- bloco sobre duas estacas;
- bloco sobre três estacas;
- bloco sobre quatro estacas;
- bloco sobre cinco estacas;
- bloco sobre n estacas;
- bloco sobre 3 estacas em linha;
- bloco sobre 4 estacas em linha.
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11. Dimensionamento estrutural
11.1) Bloco sobre uma estaca
A figura apresenta um bloco sobre uma estaca

(a) Vista em planta (b) Vista em corte


Onde:
L=largura do bloco; h=altura do bloco; a=maior dimensão do
pilar, b=menor dimensão do pilar; De=diâmetro da estaca;
d=altura útil; d’=recobrimento; P=carga aplicada
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11. Dimensionamento estrutural
11.1) Bloco sobre uma estaca
- O valor de ‘L’ pode ser calculado como:

- A altura útil (d) é dada por:

- A força de tração (Z) no bloco proveniente da carga P é dada


por:
 L b  onde: De = diâmetro da estaca;
Z  0,33P   
 d  a = maior dimensão do pilar;
b = menor dimensão do pilar.

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11. Dimensionamento estrutural
11.1) Bloco sobre uma estaca Z 2
f
- A verificação da tensão de tração: t   1,5 MPa (15kgf / cm )
L.h

- A seção de aço do estribo horizontal (Ash) pode ser tomada como:


1,4.Z
Ash 
2  f yd
- O estribo vertical depende da área de concreto necessária (Ac, nec) ,
dada por: 1,4.1,05.P
Ac , nec 
0,85. f cd  0,008. f ' yd

- A armadura necessária (As) é calculada por:


As  0,008  Ac ,nec
O estribo vertical é dividido em dois ramos formando uma gaiola,
sendo que a área calculada (As) é a soma da armadura dos dois
ramos. 4
11. Dimensionamento estrutural
11.1) Bloco sobre uma estaca
- Disposição da armadura:

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11. Dimensionamento estrutural
11.2) Bloco sobre duas estacas
No dimensionamento de blocos sobre duas, três ou quatro estacas
será utilizado o método das bielas. O método das bielas consiste em
admitir um comportamento de treliça, no interior da peça, com barras
tracionadas e bielas comprimidas de acordo com a figura.

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11. Dimensionamento estrutural
11.2) Bloco sobre duas estacas
onde:
De = diâmetro da estaca;
B, L = largura e comprimento do bloco, respectivamente;
a = dimensão do pilar na direção do alinhamento das estacas;
e = espaçamento entre as estacas;
d = altura útil;
h = altura do bloco.
- Recomenda-se usar os seguintes espaçamentos (e):

d 4.d
tg  
- Inclinação da biela (): e a 2.e  a

2 4
P/2 P 1 P 1 P.(2.e  a )
tg  Z  . Z  . Z 
Z 2 tg 2 4.d 8.d
2.e  a 7
11. Dimensionamento estrutural
11.2) Bloco sobre duas estacas
RECOMENDAÇÕES PARA O DIMENSIONAMENTO
Após inúmeros ensaios Blèvot concluiu que não haverá problemas de
puncionamento se as bielas tiverem inclinação , tal que:
45    55
- Deve-se ter 45º ≤  ≤ 55º, ou seja:
0,5  (e  a / 2)  d  0,71 (e  a / 2)
h  d  10cm
- Cálculo do esforço de tração (Z):
1,15  P.(2.e  a )
Z
8.d
• Segundo Blèvot, através de ensaios em modelos reduzidos e em
blocos de dimensões normais, observou que o esforço de tração no
aço foi 15% superior ao indicado no cálculo. 1,61 Z
As 
- Armadura necessária (As): f yk
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11. Dimensionamento estrutural
11.2) Bloco sobre duas estacas - Observações:
1) Armadura de pele (estribos horizontais): Ash = 1/8As
2) Estribos verticais: Alguns calculistas não utilizam estribos
verticais, porém para garantir um melhor confinamento do
bloco pode-se seguir a recomendação do Prof. Marcello C.
Moraes, o qual sugere estribos de 8mm (5”/16), aço CA50,
espaçados à 12cm para P ≤ 80tf e 10cm para P ≥ 80tf.
3) Armadura superior: A’s= 1/5As
4) A respeito da armadura superior, quando o cálculo indica não
haver necessidade da mesma, o assunto é bastante controvertido.
Certos autores sugerem a colocação de uma armadura usando-se
uma seção mínima que atenda às disposições construtivas, e
outros dispensam a colocação desta armadura por entender que a
mesma dificulta a confecção do bloco, trazendo mais
desvantagens que vantagens para o mesmo.
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11. Dimensionamento estrutural
11.2) Bloco sobre duas estacas
VERIFICAÇÕES A SEREM FEITAS NO CONCRETO

Blèvot observou que a tensão de compressão no concreto, junto ao


pilar, é cerca de 40% superior à tensão de cálculo fck.

- Tensão máxima de compressão no concreto, na biela junto ao pilar:


P 1,4. f ck
2
  0,85. f ck
AP .sen  1,65

onde AP = área do pilar


- Tensão máxima de compressão no concreto, na biela junto à estaca:
P
 0,85. f ck
2. A .sen 
E
2

onde AE = área da estaca


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11. Dimensionamento estrutural
11.2) Bloco sobre duas estacas
VERIFICAÇÕES A SEREM FEITAS NO CONCRETO

- Deve-se verificar se a tensão de tração no concreto, na região da


armadura (zona tracionada) não ultrapassa o limite:
1,4.Z
f tw   f td
B.h
f td  f tk 1,4  0,21.3 f ck2 1,4 ( MPa )
- Disposição da armadura:

(a) Vista em planta (b) Vista em corte 11


11. Dimensionamento estrutural
11.2) Bloco sobre duas estacas
- Arrasamento das estacas e armadura:

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11. Dimensionamento estrutural
11.2) Bloco sobre duas estacas
- Disposição da armadura: arranque do pilar

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11. Dimensionamento estrutural
11.3) Bloco sobre três estacas
O esquema de forças que entram no cálculo do bloco sobre três
estacas esta indicado na figura.

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11. Dimensionamento estrutural
11.3) Bloco sobre três estacas
- Inclinação da biela () e cálculo dos esforços:
d
tg 
e 3
 0,3a
3

- Esforço de tração (Z) segundo as medianas do triângulo formado


pelas estacas:
P 1 P.(e 3  0,9a)
Z . Z 
3 tg 9.d

- Esforço de tração (Z’) segundo os lados do triângulo formado pelas


estacas:
' Z ' P.(e  a / 2)
Z  Z 
3 9.d
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11. Dimensionamento estrutural
11.3) Bloco sobre três estacas
Disposição da armadura nos modelos de blocos ensaiados por Blèvot

Armadura em laço Armadura segundo os lados Armadura segundo as


medianas

Armadura segundo Armadura em malha


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lados e medianas
11. Dimensionamento estrutural

11.3) Bloco sobre três estacas


- Arrasamento das estacas:

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11. Dimensionamento estrutural

11.3) Bloco sobre três estacas


- Disposição da armadura: segundo os lados

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11. Dimensionamento estrutural
11.3) Bloco sobre três estacas
Blèvot chegou às seguintes conclusões:
- As rupturas obtidas foram complexas, com carregamentos inferiores
aos indicados pelo cálculo, através do “Método das Bielas”;
- As armaduras em cintas ou segundo os lados, acrescidas de malhas,
suportam melhor os carregamentos, não dando origem a fissuração;
- As armaduras dispostas em cintas ou segundos os lados, acrescidas
de armaduras segundo as medianas suportam também os
carregamentos, não dando origem a fissuração, desde que atendida
uma distribuição de ferragem indicada pelos ensaios;
- A tensão de compressão no concreto, junto ao pilar, é cerca de 75%
superior à tensão de ruptura fck de cálculo;
- As rupturas foram quase sempre complexas e apareceram após o
escoamento da armadura; porém, nunca por punção.
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11. Dimensionamento estrutural
11.3) Bloco sobre três estacas
RECOMENDAÇÕES PARA O DIMENSIONAMENTO

- Deve-se ter 45º ≤  ≤ 55º, ou seja:


0,58  (e  a / 2)  d  0,825  (e  a / 2)

- Armadura necessária (As) segundo os lados acrescida de malha


nos dois sentidos e igual para cada um, pelo menos, de 20% de As:
' P.(e  a / 2)
Z 
9.d
1,61  Z
As 
f yk

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11. Dimensionamento estrutural
11.3) Bloco sobre três estacas
VERIFICAÇÕES A SEREM FEITAS NO CONCRETO

- Tensão máxima de compressão no concreto, na biela junto ao pilar:


P 1,75. f ck
2
  1,06. f ck
AP .sen  1,65

onde AP = área do pilar

- Tensão máxima de compressão no concreto, na biela junto à estaca:


P
2
 1,06. f ck
3 AE sen 
onde AE = área da estaca

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11. Dimensionamento estrutural
11.4) Bloco sobre quatro estacas
- Inclinação da biela () e cálculo dos esforços:
d
tg 
e 2 a 2

2 4

- Esforço de tração (Z) segundo as diagonais que passam pelas estacas:


P. 2 (e  a / 2)
Z
8.d
- Esforço de tração (Z’) segundo os lados do quadrado:
' Z ' P.(e  a / 2)
Z  Z 
2 8.d
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11. Dimensionamento estrutural
11.4) Bloco sobre quatro estacas
Disposição da armadura nos modelos de blocos ensaiados por Blèvot

Lados Laço Segundo


as
diagonais

Armadura segundo Armadura em malha 23


laço e diagonais
11. Dimensionamento estrutural
11.4) Bloco sobre quatro estacas
- Disposição da armadura

Segundo os lados Segundo as diagonais

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11. Dimensionamento estrutural
11.4) Bloco sobre quatro estacas
O professor Blèvot referindo-se ao bloco sobre 4 estacas concluiu:
- As rupturas obtidas foram complexas, com carregamentos inferiores
aos indicados pelo cálculo, através do “Método das Bielas”;
- A disposição da armadura segundo os lados, em cintas, segundo as
diagonais, apresentam sensivelmente a mesma segurança, o que não
aconteceu para armação em malha;
- A armadura, segundo as diagonais, apresentou fissuras laterais
excessivas para cargas reduzidas;
-As armaduras dispostas segundo os lados ou cintas deram origem a
fissuras na parte inferior do bloco, mostrando a necessidade de
acrescentar, nessa face, malha de distribuição;
- A disposição em cintas e segundo as diagonais apresentou melhor
comportamento quanto à fissuração;
- Em nenhum caso ocorreu ruptura por punção.
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11. Dimensionamento estrutural
11.4) Bloco sobre quatro estacas
RECOMENDAÇÕES PARA O DIMENSIONAMENTO

- Deve-se ter 45º ≤  ≤ 55º, ou seja:


0,71 (e  a / 2)  d  (e  a / 2)

- Armadura necessária (As) segundo os lados acrescida de malha de


distribuição, em cada direção, igual a 20% de As:
' P.(e  a / 2)
Z 
8.d
1,61  Z
As 
f yk

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11. Dimensionamento estrutural
11.4) Bloco sobre quatro estacas
VERIFICAÇÕES A SEREM FEITAS NO CONCRETO

- Tensão máxima de compressão no concreto, na biela junto ao pilar:


P
2
 1,28. f ck
AP .sen 

onde AP = área do pilar

- Tensão máxima de compressão no concreto, na biela junto à estaca:


P
2
 1,28. f ck
4 AE sen 

onde AE = área da estaca

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11. Dimensionamento estrutural
11.5) Bloco sobre cinco estacas quadrado
Bloco sobre quatro estacas dispostas nos vértices e uma no centro do
quadrado, procede-se como no caso de 4 estacas, substituindo-se P por
4/5P. 4d
Inclinação da biela ( ) e cálculo dos esforços: tg  
2 ( 2e  a )
Altura útil (d):
0,71 (e  a / 2)  d  (e  a / 2)

Esforço de tração (Z’) segundo os lados do quadrado:


0,8  P.(e  a / 2)
Z
8.d
Armadura necessária (As) segundo os lados acrescida de malha de
distribuição, em cada direção, igual a 20% de As: A  1,61  Z
s
f yk
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11. Dimensionamento estrutural
11.5) Bloco sobre cinco estacas
VERIFICAÇÕES A SEREM FEITAS NO CONCRETO

- Tensão máxima de compressão no concreto, na biela junto ao pilar:


0,8  P
2
 1,28. f ck
AP .sen 
onde AP = área do pilar

- Tensão máxima de compressão no concreto, na biela junto à estaca:


0,8  P
2
 1,28. f ck
4 AE sen 
onde AE = área da estaca

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11. Dimensionamento estrutural
11.6) Bloco sobre “n” estacas
O cálculo é feito de forma aproximada, considerando duas linhas de
ruptura ortogonais e calculando os momentos em relação a essas
linhas (seções de referência).

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11. Dimensionamento estrutural
11.6) Bloco sobre “n” estacas
A seção de referência, no caso de pilares de pequena inércia, pode
ser tomada no eixo do pilar (c1 = b / 2) ou a critério do calculista.
Para pilares de grande inércia, a seção de referência pode ser
tomada a uma distância (c1 = 0,111.b), onde ‘b’ é o comprimento do
pilar na direção estudada.

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11. Dimensionamento estrutural
11.6) Bloco sobre “n” estacas
1° caso: Bloco flexível com relação a/d > 1

- O esquema de carga da figura permite calcular o momento fletor


(M) e o esforço cortante (Q) numa seção genérica S:
l2 Q   N i  ql
M   N i ri  q
2
32
11. Dimensionamento estrutural
11.6) Bloco sobre “n” estacas
- Se for desprezado o peso próprio do bloco, as expressões para o
cálculo do momento fletor (M) e do esforço cortante (Q) podem ser
reescritas:
M   N i ri Q   Ni

- O dimensionamento é feito como se fosse uma viga flexível,


traçando-se os diagramas de M e Q e armando o bloco para esses
esforços.

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11. Dimensionamento estrutural
11.6) Bloco sobre “n” estacas
2° caso: Bloco rígido com relação 0,5  a/d  1

- Neste caso o bloco é calculado pelo método das bielas. O


momento fletor (M) e a força de tração (T) na seção de referência
são dados por: M
M  N i .ai , T 
0,85.d
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11. Dimensionamento estrutural
11.6) Bloco sobre “n” estacas
- Armadura principal na direção x:
1,61  Tx
Asx 
f yk
- Armadura principal na direção y:
1,61  Ty
Asy 
f yk
As
- Armadura horizontal (armadura de pele): As ' 
8
- Deve verificar se não há esmagamento na biela de compressão,
bastando para tanto que:  .V
 2. f td
B.d
onde:  = f.c = 1,4.1,4 = 1,96 e V = carga por estaca. 35
11. Dimensionamento estrutural
11.6) Bloco sobre “n” estacas
- A NBR 6118:2014 considera o bloco como rígido quando
verificada a seguinte expressão:

h
aa  p

3
sendo que:
h: é a altura do bloco;
ap: dimensão do pilar;
a: dimensão do bloco na direção da dimensão ap do pilar.

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11. Dimensionamento estrutural
11.6) Bloco sobre “n” estacas
3° caso: Bloco rígido com relação a/d <0,5

- Neste caso, há necessidade de se garantir que não ocorra ruptura


do bloco por compressão diametral, analogamente ao que ocorre
quando se ensaia um corpo de prova de concreto à tração.
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11. Dimensionamento estrutural
11.6) Bloco sobre “n” estacas
- Armadura principal será constituída de estribos horizontais cuja
seção é obtida por:
1,61  Z
Ash  (em cada face)
f yk
- Esforço de tração Z: 1
Z   Ni
2
- A armadura inferior será apenas secundária e terá apenas caráter
construtivo. Seu valor pode ser estimado por:
1,61  Tx
As 
f yk
-Em que o esforço de Tx é:
Tx 
 N i ai
0,85d
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11. Dimensionamento estrutural
11.6) Bloco sobre “n” estacas
- Também neste caso convém verificar se não há possibilidade de
esmagar a biela de compressão, sendo necessário para tanto que:
 .V
 2. f td
B.d
onde:  = f.c = 1,4.1,4 = 1,96 e V = carga por estaca.
Dimensionamento
Dado um bloco sobre estacas moldadas “in loco”, tipo Hélice Contínua com
diâmetro de 60cm, com carga de trabalho de 1696 kN, submetido a uma carga
vertical de compressão de 10.000 kN e a momentos em torno dos eixos x e y,
Mx = 100 kN.m e My = 800 kN.m. Efetuar o dimensionamento da armadura do
bloco à flexão, bom como todas as verificações necessárias.
Dados: d’ = 5 cm, C40, pilar 120cmx30cm, armadura do pilar f 12,5 mm.

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11. Dimensionamento estrutural
11.7) Bloco sobre três estacas em linha

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11. Dimensionamento estrutural
11.7) Bloco sobre três estacas em linha
Este caso particular exige que as reações R1, R2, R3 sejam iguais,
valendo cada uma P/3 e o que pode conduzir a tal situação é
exatamente a inércia do bloco, bem como o módulo de elasticidade
do concreto.
Podemos admitir que as reações R1 e R2 são proporcionais,
respectivamente, aos recalques a1 e a2, ou seja:
R1 R2
 k
a1 a2
Sendo k o coeficiente de reação vertical (rigidez) que se determina
experimentalmente ou através de um método de previsão.
No caso particular, poderemos escrever:
2 R1  R2  P
Ou ainda, de forma objetiva:
k'
R1  R3  '
P 41
k  3k
11. Dimensionamento estrutural
11.7) Bloco sobre três estacas em linha
- O coeficiente k’ é calculado em função das dimensões do bloco e
do módulo de elasticidade do concreto.
' 3EI
k  3
e
- Portanto, a reação R2 é:
k  k'
R2  '
P
k  3k
- Para I=0 (bloco sem inércia):
k'  0
R1  R3  0 e R2  P
- Se, ao contrário, I crescer indefinidamente, o mesmo ocorrerá com
k’ a ponto de, praticamente, podermos escrever:
k'  
P
R1  R2  R3  42
3
11. Dimensionamento estrutural
11.7) Bloco sobre três estacas em linha
- Cálculo do esforço de tração (T):
Pe
T
3 d
- Cálculo da armadura (As):
1,61T
As 
f yk
-É interessante verificar se a peça proposta atende também, em
termos de flexão e de esforço cortante.

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11. Dimensionamento estrutural
11.8) Bloco sobre quatro estacas em linha

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11. Dimensionamento estrutural
11.8) Bloco sobre quatro estacas em linha
Assim como para o bloco sobre três estacas é importante que as
Reações R1, R2, R3, R4 sejam iguais, valendo cada uma P/4 e o que
pode conduzir a tal situação é exatamente a inércia do bloco, bem
como o módulo de elasticidade do concreto.
Podemos admitir que as reações R1 e R2 são proporcionais,
respectivamente, aos recalques a1 e a2, ou seja:
R1 R2
 k
a1 a2
Sendo k o coeficiente de reação vertical (rigidez) que se determina
experimentalmente ou através de um método de previsão.
No caso particular, poderemos escrever:
2 R1  2 R2  P
Ou ainda, de forma objetiva:
8k '  15k 8k '  23k
R1  R4  '
P R2  R3  '
P 45
32k  16k 32k  16k
11. Dimensionamento estrutural
11.8) Bloco sobre quatro estacas em linha
- O coeficiente k’ é calculado em função das dimensões do bloco e
do módulo de elasticidade do concreto.
' 3EI
k  3
e
- No caso, pode-se afirmar que as reações R1 e R4 são iguais; assim
tem-se:
8k '  15k  0

- E ainda:
24 EI
3
 15k  0
e
- Momento de inércia mínimo do bloco para que R1=R2=R3=R4:
5e3 k
I
8E 46
11. Dimensionamento estrutural

11.9) Blocos complexos: modelagem numérica

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11. Dimensionamento estrutural

11.9) Blocos complexos: modelagem numérica

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11. Dimensionamento estrutural

11.9) Blocos complexos: modelagem numérica

49
11. Dimensionamento estrutural

11.9) Blocos complexos: modelagem numérica

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11. Dimensionamento estrutural

11.9) Blocos complexos: modelagem numérica

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11. Dimensionamento estrutural

11.9) Blocos complexos: modelagem numérica

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11. Dimensionamento estrutural
11.10) Dissertação de mestrado
OLIVEIRA, L. M. de. Diretrizes para Projeto de Blocos de
Concreto Armado sobre Estacas. Dissertação de mestrado – Escola
Politécnica, Universidade de São Paulo. 2099, 151p.

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