Apostila - 4 Bim - 3 EM

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 84

C4_3A_2022_LILAS_MATEMATICA_ROSE 10/05/2022 12:20 Página I

MATEMÁTICA
C4_3A_2022_LILAS_MATEMATICA_ROSE 10/05/2022 12:20 Página II
C4_3A_2022_LILAS_MATEMATICA_ROSE 10/05/2022 12:20 Página 1

Álgebra FRENTE 1

MATEMÁTICA
Números Complexos:
MÓDULOS 49 e 50
Operações na Forma Algébrica

Número complexo é um par ordenado (x, y) de y é o coeficiente da parte imaginária: y = Im(z).


números reais.
i = (0, 1) é a unidade imaginária.
Representando por ⺓ o conjunto dos números
complexos, temos y = 0 ⇒ z = x + yi = x ⇒ z é real.

x = 0 ⇒ z = x + yi = yi ⇒ z é imaginário puro.
⺓ = {(x, y)  x ∈ ⺢ e y ∈ ⺢}
z– = a – bi é chamado conjugado de z.

Sendo (a, b) ∈ ⺓ e (c, d) ∈ ⺓, definimos em ⺓:


2. Operações na Forma Algébrica

Adição Adição: (a + bi) + (c + di) = (a + c) + (b + d) · i


(a, b) + (c, d) = (a + c, b + d)

Subtração: (a + bi) – (c + di) = (a – c) + (b – d) · i


Multiplicação
(a, b) · (c, d) = (ac – bd, ad + bc)
Multiplicação: (a + bi)•(c + di) =
(C, +, •) é o corpo dos números complexos.
= ac + adi + bci + bdi2 = (ac – bd) + (ad + bc) • i
1. Forma Algébrica
a + bi a + bi c – di
Divisão: ––––––– = –––––––•––––––– =
c + di c + di c – di
Decorre da definição que
(x, 0) = x, isto é, (x, 0) e x são isomorfos. (...) + (...)i (...) (...)
= ––––––––––– = ––––––––– + ––––––––– • i
Se i = (0, 1), então i2 = –1 c2 + d2 c2 + d2 c2 + d2
(0, y) = (y, 0) • (0, 1) = yi com c + di ⫽ 0
(x, y) = (x, 0) + (0, y)
3. Potências de i
(x, y) = x + yi

i0 =1 i1 = i i2= – 1 i3 = – i in = ir
Nomenclatura
z é a notação usual de um elemento de C. sendo n ∈ ⺞ e r ∈ {0, 1, 2, 3} o resto da divisão de n
x é a parte real de z : x = Re(z). por 4.

yi é a parte imaginária de z. Observe que in + in + 1 + in + 2 + in + 3 = 0, ∀n ∈ ⺞.

–1
C4_3A_2022_LILAS_MATEMATICA_ROSE 10/05/2022 12:20 Página 2

MATEMÁTICA

2. (PUC) – Considere os números complexos z1 = a + i, z2 = b + i,


MÓDULO 49 z3 = a + 6i e z4 = 3i, com a e b números reais e b > 0.
1. Os pontos A(2; –7), B(1; 5) e C(– 1; 3) da figura abaixo são os z1 z3
Se ––– = ––– o número complexo z5 = a + 3bi é igual a
afixos dos números complexos z1, z2 e z3, respectivamente. z2 z4
y
a) –2 – i b) 2 – 3i
5 B c) 3 + i d) 3 + 3i

3
C
RESOLUÇÃO:
z1 z3
1) ––– = ––– ⇔ z1 · z4 = z2 · z3
z2 z4
-1 1 2 x
2) (a + i) 3i = (b + i)(a + 6i) ⇔

 a + 6b = 3a (II)
ab – 6 = – 3 (I)
⇔ – 3 + 3ai = (ab – 6) + (a + 6b)i ⇔

3) Em (II): 6b = 2a ⇔ a = 3b

4) Em (I): 3b · b – 6 = – 3 ⇔ b2 = 1 ⇔ b = 1, pois b > 0

5) (b = 1 e a = 3b) ⇔ a = 3 e b = 1
-7 A
6) z5 = a + 3bi = 3 + 3 · 1 · i = 3 + 3i
Obtenha na forma algébrica:
z1 Resposta: D
a) z1 + z2 – z3 b) z– 1 · z2 c) –––
z2

RESOLUÇÃO:


z1 = 2 – 7i
z2 = 1 + 5i
z3 = – 1 + 3i

a) z1 + z2 – z3 = (2 – 7i) + (1 + 5i) – (– 1 + 3i) =

= 2 – 7i + 1 + 5i + 1 – 3i = 4 – 5i

b) z1 · z2 = (2 + 7i)(1 + 5i) = 2 + 10i + 7i + 35i2 =

= 2 + 10i + 7i – 35 = – 33 + 17i

z1 2 – 7i 2 – 7i 1 – 5i
c) ––– = ––––––– = ––––––– · ––––––– =
z2 1 + 5i 1 + 5i 1 – 5i

2 – 10i – 7i + 35i2 2 – 10i – 7i – 35


= ––––––––––––––––– = ––––––––––––––––– =
1 – 25i2 1 + 25

– 33 – 17i – 33 17i
= ––––––––––– = –––––– – ––––––
26 26 26

Respostas:a) 4 – 5i

b) – 33 + 17i
– 33 17i
c) –––––– – ––––––
26 26

2–
C4_3A_2022_LILAS_MATEMATICA_ROSE 10/05/2022 12:20 Página 3

3. Resolvendo, em C, a equação x2 – 2x + 2 = 0 obtém-se como 2+i


4. (MACKENZIE) – Se ––––––– tem parte imaginária igual a zero,
solução o conjunto β + 2i
a) Ø b) {1} c) {1 + i; 1 – i} então o número real β é igual a
d) {i; – i} e) {0; 2} a) 4 b) 2 c) 1 d) – 2 e) – 4

MATEMÁTICA
RESOLUÇÃO: RESOLUÇÃO:
Δ = (– 2)2 –4·1·2=4–8=–4 2+i 2 + i · β – 2i
2 ± 2i ––––––– = ––––––– ––––––– =
x = ––––––– = 1 ± i β + 2i β + 2i β – 2i
2
V = {1 + i; 1 – i} 2β + 2 + βi – 4i 2β + 2 β–4 ·
= ––––––––––––––– = –––––––– + ––––––– i
Resposta: C β +4
2 β +4
2 β2 + 4

Se a parte imaginária é zero, então


β–4
––––––– = 0 ⇔ β – 4 = 0 ⇔ β = 4
β2 + 4

Resposta: A

MÓDULO 50
1. (PUC) – Considere os números complexos z1 = a + bi, z2 = –b + ai
e z3 = –b – 3i , com a e b números inteiros.
3

 
z2
Sabendo que z1 + z2 + z3 = 0, o valor de ––– é igual a
z1

a) 1. b) –1. c) –i. d) i.

RESOLUÇÃO:
1) Sendo z1 = a + bi, z2 = –b + ai, z3 = –b – 3i e
z1 + z2 + z3 = 0, tem-se:
(a + bi) + (–b + ai) + (–b – 3i) = 0 ⇒
⇔ (a – 2b) + (a + b – 3)i = 0 ⇔

a + b – 3 = 0 ⇔ b = 1
a – 2b = 0 a=2

Assim, z1 = 2 + i e z2 = –1 + 2i

 
z2 –1 + 2i · 2 – i z2 3
2) ––– = ––––––– ––––– = i e ––– = i3 = –i
z1 2+i 2–i z1

Resposta: C

–3
C4_3A_2022_LILAS_MATEMATICA_ROSE 10/05/2022 12:20 Página 4

18
1 + ai
2. (UNICAMP) – Considere o número complexo z = –––––– , onde 4. Para i2 = – 1, ∑ in resulta
a–i n=5
MATEMÁTICA

a é um número real e i é a unidade imaginária, isto é, i2 = – 1. O valor


a) – i b) 1 + i c) 1 – i
de z2016 é igual a d) – 1 + i e) i
a) a2016.
b) 1. RESOLUÇÃO:
18
c) 1+ 2016i.
∑ in = i5 + i6 + i7 + … + i18 = i5 + i6 = i + (– 1) = – 1 + i
d) i. n=5 14243
12 parcelas
têm soma zero
RESOLUÇÃO: Resposta: D
1 + ai a+i a + i + a2i – a (1 + a2)i
I) z = –––––– · –––––– = –––––––––––– = ––––––––– = i
a–i a+i a2 + 1 1 + a2

2016 4
II) ––––––––––– ⇒ z2016 = i2016 = i0 = 1
0 504
Resposta: B

5. 1
O número complexo –––––––– é igual a:
(1 + i)10
i i i
a) – ––– b) – ––– c) – –––
32 10 64
i i
d) – ––––– e) – ––––
1024 512
3. Chamamos de unidade imaginária e denotamos por i o número
complexo tal que i2 = –1. Então i0 + i1 + i2 + i3 + … + i2013 vale
RESOLUÇÃO:
a) 0 b) 1 c) i d) 1 + i
I) (1 + i)10 = [(1 + i)2]5 = (1 + 2i + i2)5 = (2i)5 = 25 · i5 = 32i
RESOLUÇÃO: 1 1 1 i i i
II) ––––––– = ––––– = ––––– · –– = –––2 = – –––
A soma S = i0 + i1 + i2 + i3 + … + i2013 tem 2014 parcelas. (1 + i)10 32 · i 32 · i i 32i 32

Lembrando que in + in+1 + in+2 + in+3 = 0, ∀n ∈ ⺞ e que Resposta: A


2014 = 503 · 4 + 2, concluímos que S = i0 + i1 = 1 + i.
Resposta: D

4–
C4_3A_2022_LILAS_MATEMATICA_ROSE 10/05/2022 12:20 Página 5

MÓDULO 51 Forma Trigonométrica


Sendo z = x + yi, com x, y ∈ ⺢, um número

MATEMÁTICA
z = (x; y) = x + yi = ρ(cos θ + i · sen θ)
complexo, temos
Módulo de z
Indica-se  z  ou ρ forma de forma forma
par
ordenado algébrica trigonométrica
Define-se  z  = ρ = 
x2 + y2

Argumento de z ⫽ 0 2. Representação Geométrica


Indica-se arg z ou θ
Consideremos num plano, chamado Plano de
Define-se


0 ≤ θ < 2π Argand-Gauss ou Plano Complexo, um sistema
x de coordenadas cartesianas ortogonais xOy e nele,
arg z = θ ⇔ cos θ = –––
ρ um ponto P de coordenadas x e y. Lembrando que
y z = (x, y) = x + yi, concluímos que existe uma cor-
sen θ = –––
ρ respondência biunívoca entre os pontos do plano e os nú-
meros complexos. Em outras palavras, “o conjunto dos
números complexos pode ser representado geometrica-
1. Forma Trigonométrica
mente pelos pontos do plano”. O ponto P é a imagem
Se z = x + yi é um número complexo diferente de geométrica de z ou o afixo de z.
zero, então a forma trigonométrica de z é

z = ρ(cos θ + i sen θ)

Observe que


z = x + yi
x = ρ cos θ ⇒ z = ρcos θ + i ρsen θ ⇒
y = ρ sen θ

⇒ z = ρ(cos θ + i sen θ)

1. Determinar o módulo do complexo z = – 3 + 2i 2. Determinar o argumento do complexo z = 2 + 2i

RESOLUÇÃO RESOLUÇÃO:
Por definição, se z = x + y i, então | z | = 
x2 + y2 , x, y 僆 ⺢ I. z = 2 + 2i ⇒ | z | = ρ = 
22 + 22 = 
8 = 2
2
Assim sendo: ΙΙ.


2


2
z = – 3 + 2i ⇒ | z |= 
(– 3)2 + 22 = 
9 + 4 = 
13 cos θ = ––––– = ––––
2 π
2
2 ⇒ θ = ––
Resposta: | z | = 
13
2 2 4
sen θ = ––––– = ––––
2
2
2

–5
C4_3A_2022_LILAS_MATEMATICA_ROSE 10/05/2022 12:20 Página 6

Dado o número complexo z = – 3 


3 + 3i, em que i2 = – 1,


3.
z = 
1+3=2
determinar:
a) o módulo de z; arg z = θz = 360° – 60° = 300°
MATEMÁTICA

b) o argumento principal de z;
c) a forma trigonométrica de z.
1 3
2) v = ––– – –––– i
2 2
RESOLUÇÃO:
y
Para z = – 3
3 + 3i = a + bi (a, b 苸 ⺢), temos a = – 3
3 e b=3
1
qV 0 2 x
a) a2 + b2 = 
| z | = ρ =  (– 33 )2 + 32 = 
27 + 9 = 6
60°


0 ≤ θ < 2π

a – 3
3 – 
3
b) cos θ = ––– = ––––––– = –––––– 5π
ρ 6 2 ⇒ θ = ––––
6
b 3 1
sen θ = ––– = ––– = –––
ρ 6 2
- 3 V
c) z = ρ (cos θ + i sen θ) 2

 
5π 5π


z = 6 cos ––– + i sen ––– 1 3
6 6 v = –– + –– = 1
4 4

arg v = θv = 360° – 60° = 300°

De (1) e (2) verificamos que v e z têm mesmo argumento.


Resposta: D

4. (PUC) – Em relação ao número complexo

z= i87 · i105 + 


3  é correto afirmar que
a) sua imagem pertence ao 3o. quadrante do plano complexo. 5. Na figura, os pontos P e Q são, respectivamente, os afixos dos
b) é imaginário puro. números complexos z e w, no plano Argand-Gauss. Calculando
c) o módulo de z é igual a 4. z + w obtém-se
d) seu argumento é igual ao argumento do número complexo
1 
3
v = ––– – –––– i.
2 2

RESOLUÇÃO

(
1) z = i87 · i105 + 3 ) = i3 · (i + 3 ) = – i (i + 3 ) = 1 – 3 i

y a) 2
5 b) 2
7 c) 4
2

d) 4
3 e) 6
qZ 0 1
x
RESOLUÇÃO:
60°

 zw==2(cos 60° + i sen 60°)


4(cos 120° + i sen 120°)

  ⇒ z = 1 + i3 ⇒

1 
3
z = 2 –– + i ––––

2 2
 w = – 2 + i 23
w = 4– –– + i ––––
1 
3
2 2
- 3 Z
3 i ⇒ z + w = 
⇒ z + w = – 1 + 3 1 + 27 = 
28 = 2
7
Resposta: B

6–
C4_3A_2022_LILAS_MATEMATICA_ROSE 10/05/2022 12:20 Página 7

Operações na Forma Trigonométrica:


MÓDULO 52
Multiplicação, Divisão e Potenciação

MATEMÁTICA
Sejam z, z1 e z2 três números complexos diferentes Potenciação com expoente inteiro
de zero, tais que:
zn = ρn · [cos (nθ) + i · sen (nθ)]
z = ρ (cos θ + i sen θ)
(Fórmula de Moivre) (∀n ∈ ⺪)
z1 = ρ1(cos θ1 + i sen θ1)
z2 = ρ2(cos θ2 + i sen θ2)
Observe que:

z1 · z2 = [ρ1(cos θ1 + i sen θ1)] ·


Multiplicação
. [ρ2(cos θ2 + i sen θ2)] =
z1 · z2 = (ρ1 · ρ2) · [cos (θ1 + θ2) +
= (ρ1 · ρ2) · (cos θ1 · cos θ2 + i .
+ i · sen (θ1 + θ2)] (∀z1,z2 ∈ ⺓*)
. cos θ1 · sen θ2 + i sen θ1 · cos θ2 +
Divisão
+ i2 sen θ1 · sen θ2) =
z1 ρ1 = (ρ1 · ρ2) [(cos θ1 · cos θ2 – sen θ1 · sen θ2) +
–––– = –––– [cos (θ1 – θ2) + i · sen (θ1 – θ2)]
z2 ρ2
+ i · (cos θ1 · sen θ2 + sen θ1 · cos θ2)] =
(∀z1,z2 ∈ ⺓*)
= (ρ1 · ρ2) [cos(θ1 + θ2) + i sen(θ1 + θ2)]

1. Sejam i a unidade imaginária e os números complexos


z1 = 2(cos 75° + i sen 75°) e z2 = cos 15° + i sen 15°. Calcule:
z1
a) z1 · z2 b) –––– c) z18
z2

RESOLUÇÃO:
a z1 · z2 = 2 · 1 · (cos 90° + i sen 90°) = 2(0 + i) = 2i
·
 –––12 + i ––––  = 1 + 3 i
z1 2 
3
b) –––– = ––– (cos 60° + i sen 60°) = 2
z2 1 2

c) z8 = 28 (cos 600° + i sen 600°) = 256(cos 240° + i sen 240°) =


1

= 256 ·  – –––12 + i ––––


– 
2
3
 = – 128 – 1283 i

–7
C4_3A_2022_LILAS_MATEMATICA_ROSE 10/05/2022 12:20 Página 8

2. Considere os números complexos z e w indicados na figura 3. Sendo i a unidade imaginária (i2 = – 1), calcular (1 + 3 i)7
abaixo.
MATEMÁTICA

RESOLUÇÃO:
Sendo z = 1 + 
3 i, temos ρ = 
1+3=2


1
cos θ = –––
2
⇒ θ = 60°
3
sen θ = ––––
2
Logo: z = 1 + 3 i = 2 (cos 60° + i · sen 60°)
Aplicando, agora, a Fórmula de Moivre, temos:

z (1 + 3 i)7 = [2 · (cos 60° + i · sen 60°)]7 =


O número complexo ––– resulta
w = 27 · [cos (7 · 60°) + i · sen(7 · 60°) = 128 · (cos 420° + i · sen 420°) =

1 3
a) 2(cos 210° + i sen 210°) = 128 (cos 60° + i · sen 60°) = 128 –– + –––– i = 64 + 64
3i
2 2
1
b) –– (cos 210° + i sen 210°) Resposta: (1 + 3 i)7 = 64 + 643i
2

c) 2(cos 150° + i sen 150°)

1
d) –– (cos 150° + i sen 150°)
2

e) 2(cos 270° + i sen 270°)

RESOLUÇÃO:
Da figura, obtemos:

 w = 4(cos 240° + i sen 240°)


z = 2(cos 30° + i sen 30°)

resulta
z 2
––– = ––– [cos(30° – 240°) + i sen(30° – 240°)] =
w 4
1 1
= ––– [cos(– 210°) + i sen(– 210°)] = ––– [cos(360° – 210°) +
2 2
1
+ i sen(360° – 210°)] = ––– (cos 150° + i sen 150°)
2

Resposta: D

8–
C4_3A_2022_LILAS_MATEMATICA_ROSE 10/05/2022 12:20 Página 9

MÓDULO 53 Radiciação em ⺓

1. Introdução Esses argumentos são os n primeiros termos de

MATEMÁTICA
uma progressão aritmética com primeiro termo igual a
Todo número complexo
θ 2π
z = ρ (cos θ + i · sen θ) ⫽ 0 admite n raízes enésimas, ––– e razão igual a ––– .
n n n
cujos módulos são todos iguais a  ρ e cujos argumentos Simbolicamente:
são: Sendo z = ρ (cos θ + i · sen θ) ⫽ 0 e zk, suas raízes
θ enésimas, temos:
θ0 = –––
n
θ 2π
θ1 = ––– + –––– · 1
 θ 2π
 θ


ρ . cos –– + –––– · k + i · sen –– + –––– · k
zk = 
n n n n 

n n
Com k ∈ {0, 1, 2, ..., n – 1}
θ 2π
θ2 = ––– + –––– · 2
n n Observação
• • • • •
• • • • •
Os afixos das raízes enésimas do número complexo
• • • • • z são vértices de um polígono regular, de n lados, ins-
n
θ 2π crito na circunferência de raio 
ρ e centro na origem do
θn–1 = ––– + –––– · (n – 1)
n n sistema de coordenadas cartesianas.

1. Determine as raízes quartas do número complexo 2. (UNESP) – As soluções da equação z3 = i, em que z é um número
z = 16 (cos 120° + i sen 120°). complexo e i2 = – 1, são:


2 1
RESOLUÇÃO: a) z = ± –––– + ––– i ou z = – i.
2 2
z1 = 2 (cos 30° + i sen 30°)
z2 = 2 (cos 120° + i sen 120°) 
3 1
b) z = ± –––– – ––– i ou z = – i.
z3 = 2 (cos 210° + i sen 210°) 2 2
z4 = 2 (cos 300° + i sen 300°)

3 1
z1 = 3 + i c) z = ± –––– + ––– i ou z = – i.
2 2
z2 = – 1 + 3 i
z3 = – 3 – i

2 1
z4 = 1 – 3 i d) z = ± –––– – ––– i ou z = – i.
2 2
Obs.:
1 
3
e) z = ± ––– – –––– i ou z = – i.
2 2

RESOLUÇÃO:

As raízes da equação z3 = i são as raízes cúbicas (z1, z2 e z3) do

número i = 1 · (cos 90° + i · sen 90°).

Logo:


3 1
z1 = 1 · (cos 30° + i · sen 30°) = –––– + ––– i
2 2


3 1
z2 = 1 · (cos 150° + i · sen 150°) = – –––– + ––– i
2 2

z3 = 1 · (cos 270° + i · sen 270°) = – i


Os afixos das raízes quartas de z são vértices de um quadrado
inscrito na circunferência com centro na origem e raio 2.

–9
C4_3A_2022_LILAS_MATEMATICA_ROSE 10/05/2022 12:20 Página 10

4. (GAVE) – A figura representa um pentágono [ABCDE] no plano


complexo. Os vértices do pentágono são as imagens geométricas das
raízes de índice n de um número complexo w. O vértice A tem
MATEMÁTICA

coordenadas (1; 0).

Resposta: C

Qual dos números complexos seguintes tem por imagem geométrica


o vértice D do pentágono?

 
6π 6π
a) 5 cos –––– +i sen ––––
5 5
3. (MACKENZIE) Representa-se no plano complexo os pontos A, B
e C, vértices de um triângulo T, correspondentes aos números 6π 6π
b) cos –––– + i sen ––––
5 5
complexos z1, z2 e z3 que são raízes cúbicas de 8, sendo z1 = 2. Com

 – –––5  + i sen – –––5 


base no texto, assinale a alternativa correta. π π
c) cos
a) (– 2, 0) é um dos vértices do triângulo T.
b) z2 é o conjugado complexo de z1. π π
c) z2 = – z3 d) cos ––– + i sen –––
5 5
d) z2 + z3 = – 2
e) – z1 = z2 RESOLUÇÃO:
Os vértices do pentágono [ABCDE] são os afixos das raízes
RESOLUÇÃO
quintas (n = 5) do número complexo w = 1, pois o vértice A é a
1) As raízes cúbicas do número
imagem de (1; 0) = 1 + 0i = 1. O vértice D desse polígono
8 = 8 · (cos 0° + i · sen 0°) são:
representa um número complexo de módulo ρ = 1 e argumento


z1 = 2 · (cos 0° + i · sen 0°) = 2
2π 6π
θ = 3 · –––– = –––– .
z2 = 2 · (cos 120° + i · sen 120°) = – 1 + 
3i 5 5
z2 = 2 · (cos 240° + i · sen 240°) = – 1 – 
+ i sen ––––  .
 cos ––––
3i 6π 6π
Esse número é 1 ·
5 5
2) z2 + z3 = (– 1 + 
3 i) + (– 1 – 
3 i) = – 2
Resposta: D Resposta: B

10 –
C4_3A_2022_LILAS_MATEMATICA_ROSE 10/05/2022 12:20 Página 11

MÓDULO 54 Polinômios: Grau, Valor Numérico e Identidade


1. Função Polinomial

MATEMÁTICA
Exercícios Resolvidos
Definição
1. Calcular o valor numérico do polinômio
É a função P : C → C, definida por
P(x) = x3 – 7x2 + 3x – 4 para x = 2.
P(x) = a0 · xn + a1. xn –1 + ... + Resolução
+ an – 1 · x + an, em que n ∈ ⺞. P(2) = 23 – 7 · 22 + 3 · 2 – 4
a0, a1, a2, ..., an ∈ C são os coeficientes. P(2) = 8 – 28 + 6 – 4 = – 18
Resposta: P(2) = – 18
a0xn, a1 · xn – 1, ..., an – 1 · x, an são os termos ou
monômios. 2. Discutir, em relação a a ∈ ⺓, o grau da função polinomial
P : ⺓ → ⺓ definida por
Valor numérico P(x) = (a2 – 5a + 4)x3 + (a – 1)x2 + (a – 3) · x + 7
O valor numérico de P, para x = ␣, é a imagem de ␣ Resolução:
por P. É o número P (α) = a0 · αn + a1 · αn – 1 + Lembrando que o coeficiente de x3 é a2 – 5a + 4 e que
+ ... + an – 1 · α + an. a2 – 5a + 4 = 0 ⇔ a = 1 ou a = 4, temos:
a) a ≠ 1 e a ≠ 4 ⇒ gr(P) = 3
P (0) = an é o termo independente de x.
b) a = 1 ⇒ P(x) = 0 · x3 + 0 · x2 – 2x + 7 ⇒ gr(P) = 1
c) a = 4 ⇒ P(x) = 0 · x3 + 3x2 + x + 7 ⇒ gr(P) = 2
Raiz
a ≠ 1 e a ≠ 4 ⇒ gr(P) = 3


␣ é raiz de P(x) ⇔ P(α) = 0.
Resposta: a = 1 ⇒ gr(P) = 1
a = 4 ⇒ gr(P) = 2
Grau
O grau do polinômio P(x) = a0 · xn + a1 · xn – 1 + ... + 3. Sejam f e g duas funções polinomiais definidas por:
+ ap · xn – p + ... + an – 1 · x + an (n ≥ p) é o número natural f(x) = (2a – 3)x3 + (a – 1)x + 3 e
n – p se, e somente se, a0 = a1 = ... = ap – 1 = 0 e g(x) = (3a – 7)x3 + (a – 2)x2 + 3x – a
ap ⫽ 0. Determinar a ∈ ⺓ para que a função (f + g) tenha grau 3.
Resolução
Em outras palavras, “é o maior expoente que tem o (f + g) (x) = f(x) + g(x) = (2a – 3)x3 + (a – 1)x + 3 +
x considerando-se apenas os termos com coeficientes
+ (3a – 7)x3 + (a – 2) · x2 + 3x – a ⇒
diferentes de zero”.
⇒ (f + g) (x) = (5a – 10) · x3 + (a – 2)x2 + (a + 2) x + (3 – a)
Assim sendo: gr(f + g) = 3 ⇔ 5a – 10 ≠ 0 ⇔ a ≠ 2
Função polinomial identicamente nula
Resposta: a ≠ 2
• Definição
P(x) 0 ⇔ P(x) = 0, ∀ x ∈C 4. Determinar os valores reais de a e b para que o polinômio
• Teorema x3 + 6x2 + ax + b seja um cubo perfeito.
Resolução
P(x) 0 , a0 = a1 = a2 = ... = an = 0 Sendo x3 + 6x2 + ax + b um polinômio de grau 3, será ele
um cubo perfeito se for idêntico a (mx + n)3. Assim sendo:
Funções polinomiais idênticas x3 + 6x2 + ax + b (mx + n)3 ⇔
• Definição ⇔ x3 + 6x2 + ax + b m3x3 + 3m2nx2 + 3mn2x + n3 ⇔
A(x) B(x) ⇔ A(x) = B(x), ∀x ∈ C

 
m3 = 1 m=1
3m2n = 6 n=2
⇔ ⇔
• Teorema 3mn2 = a a = 12
n3 = b b=8
A(x) B(x) ⇔ ai = bi, ∀i ∈ {0, 1, 2, 3, ..., n}
Resposta: a = 12 e b = 8

– 11
C4_3A_2022_LILAS_MATEMATICA_ROSE 10/05/2022 12:20 Página 12

MATEMÁTICA

1. (UFRN) – Considere a função polinomial f(x) = x3 – 3x2 – x + 3. 2. As raízes de um polinômio P(x) do 3o. grau são – 1, 2 e 5. Se
a) Calcule os valores de f(– 1), f(1) e f(3). P(1) = – 4, então P(3) resulta:
b) Fatore a função dada. a) 1 b) 2 c) 3 d) 4 e) 5
c) Determine as coordenadas dos pontos de intersecção do gráfico de
f com o eixo Ox. RESOLUÇÃO:

= a(x + 1)(x – 2)(x – 5), a ≠ 0


RESOLUÇÃO:  P(x)
P(1) = – 4
⇒ a(1 + 1)(1 – 2)(1 – 5) = – 4 ⇔
Sendo f(x) = x3 – 3x2 – x + 3, temos:
1
a) f(– 1) = (– 1)3 – 3 · (– 1)2 – (– 1) + 3 ⇔ 8a = – 4 ⇔ a = – –––
2
f(– 1) = – 1 – 3 + 1 + 3 = 0
1
f(1) = 13 – 3 · 12 – 1 + 3 = 1 – 3 – 1 + 3 = 0 Então, P(x) = – ––– (x + 1)(x – 2)(x – 5) e
2
f(3) = 33 – 3 · 32 – 3 + 3 = 27 – 27 – 3 + 3 = 0
1
P(3) = – ––– (3 + 1)(3 – 2)(3 – 5) ⇔
2
b) Do item (a), concluímos que – 1, 1 e 3 são as raízes de f(x).
Como o coeficiente de x3 (coeficiente dominante) é igual a 1, a 1
⇔ P(3) = – ––– · (4)(1)(– 2) = 4
fatoração de f(x) é f(x) = 1 · (x + 1)(x – 1)(x – 3). 2
Resposta: D

c) As coordenadas dos pontos de intersecção do gráfico de f com


o eixo 0x são (– 1; 0), (1; 0) e (3; 0).

Respostas:a) f(– 1) = 0, f(1) = 0 e f(3) = 0


b) f(x) = (x + 1)(x – 1)(x – 3)
c) (– 1; 0), (1; 0) e (3; 0)

12 –
C4_3A_2022_LILAS_MATEMATICA_ROSE 10/05/2022 12:20 Página 13

3. Um polinômio P(x), do 3o. grau e coeficientes reais, tem seu .4. (MACKENZIE) – Os valores de R, P e A para que a igualdade
gráfico esboçado abaixo. Utilizando as informações da figura, podemos 2x2 + 5x – 1 R P A
––––––––––– = ––– + ––––––– + –––––
concluir que o valor de P(4) é: x3 – x x x+1 x–1
a) 6 b) 8 c) 21 d) 36 e) 42 seja uma identidade são, respectivamente,

MATEMÁTICA
a) 3, 1 e – 2 b) 1, – 2 e 3 c) 3, – 2 e 1
d) 1, 3 e – 2 e) – 2, 1 e 3

RESOLUÇÃO:
2x2 + 5x – 1 R P A
––––––––––––– = ––– + –––––– + –––––– ⇔
3
x –x x x–1
x+1
2x2 + 5x – 1 R(x + 1)(x – 1) + Px(x – 1) + Ax(x + 1)
⇔ –––––––––––––– = –––––––––––––––––––––––––––––––––––– ⇔
x(x + 1)(x – 1) x(x + 1)(x – 1)

⇔ 2x2 + 5x – 1 = Rx2 – R + Px2 – Px + Ax2 + Ax ⇔


⇔ 2x2 + 5x – 1 = (R + P + A)x2 + (A – P)x – R, para todo
RESOLUÇÃO: x ∈ ⺢* – {– 1; 1}.
As raízes de P(x) são r1 = –3, r2 = 1 e r3 = 2. Assim


Portanto, p(x) = a (x + 3) (x – 1) (x – 2 ), com a ≠ 0.
 
R+P+A=2 R+P+A=2 R=1
Como P(0) = 3, resulta A–P=5 ⇔ A–P=5 ⇔ P=–2
– R = –1 R=1 A=3
1
a · (0 + 3) (0 – 1) (0 – 2) = 3 ⇔ a = –– .
2 Resposta: B
1
Então, P(x) = –– · (x + 3) (x – 1) (x – 2)
2
1
e P(4) = –– · (4 + 3) (4 – 1) (4 – 2) = 21.
2
Resposta: C

– 13
C4_3A_2022_LILAS_MATEMATICA_ROSE 10/05/2022 12:20 Página 14

MÓDULO 55 Divisão de Polinômios


MATEMÁTICA

Definição Em símbolos:
Dada a função polinomial A, chamada dividendo, e a
função polinomial não identicamente nula B, chamada A(x) B(x) ≠ 0 A(x) B(x) . Q(x) + R(x)

divisor, dividir A por B é obter a função polinomial Q, R(x) Q(x) gr(R) < gr(B) ou R(x) 0
chamada quociente, e a função polinomial R, chamada
resto, tais que A(x) B(x) . Q(x) + R(x) e o grau do resto • Teorema
é menor que o grau do divisor ou o resto é identica- O quociente e o resto da divisão de A(x) por B(x) 0
mente nulo. existem e são únicos.

1. Dividir A(x) = 6x4 + 9x3 – 15x + 9 por B(x) = x2 – x – 2, utilizando 2. Em relação aos valores de a e b, para os quais o polinômio
o método da chave. 2x3 + 6x2 + ax – b é divisível por 2x2 – 6x + 4, tem-se que:
a) a – b = – 8 b) a e b são primos entre si.
RESOLUÇÃO: c) b – a é quadrado perfeito. d) a e b são ímpares.

6x4 + 9x3 + 0x2 – 15x + 9 x2 – x – 2


– 6x4 + 6x3 + 12x2 RESOLUÇÃO:
6x2 + 15x + 27
Utilizando o Método da Chave para dividir 2x3 + 6x2 + ax – b por
–––––––––––––––––––––––––––– 2x2 – 6x + 4, obtém-se:
15x3 + 12x2 – 15x + 9
–15x3 + 15x2 + 30x 2x3 + 6x2 + ax – b 2x2 – 6x + 4
–––––––––––––––––––––––
27x2 + 15x + 9 –2x3 + 6x2 – 4x x+6
–––––––––––––––––––––––––
– 27x2 + 27x + 54 12x2 +(a–4)x – b
–––––––––––––––––––
42x + 63 – 12x2 + 36x – 24
––––––––––––––––––––––
(a + 32)x +(– b – 24)
Resposta: Q(x) = 6x2 + 15x + 27
R(x) = 42x + 63 Sendo (a + 32)x + (–b – 24) = 0x + 0, temos:

 – b – 24 = 0 ⇒  b = – 24
a + 32 = 0 a = – 32

Portanto, a – b = – 32 – (– 24) = – 32 + 24 = – 8
Resposta: A

14 –
C4_3A_2022_LILAS_MATEMATICA_ROSE 10/05/2022 12:20 Página 15

3. (UEL) – Sabe-se que na divisão do polinômio f = x3 – 2x2 + kx + t 4. (FGV) – Se x2 – x – 1 é um dos fatores da fatoração de
por g = x2 – x + 1, obtém-se resto 3x – 2. Nessas condições, os mx3 + nx2 + 1, com m e n inteiros, então, n + m é igual a:
números reais k e t são tais que k – t é igual a: a) –2 b) –1 c) 0 d) 1 e) 2
a) 8 b) 4 c) 2 d) – 2 e) – 8

MATEMÁTICA
RESOLUÇÃO:
mx3 + nx2 + 1 é divisível por x2 – x – 1, então:
RESOLUÇÃO:
mx3 + nx2 + 1 x2 – x – 1
I) x3 – 2x2 + kx + t x2 – x + 1
– x3 + x2 – x x–1 – mx3 + mx2 + mx mx + m + n
––––––––––––––––––––– ––––––––––––––––––––
–x2 + (k – 1) . x + 1 (m + n)x2 + mx + 1
+x2 – x + 1 – (m + n)x2 + (m + n)x + m + n
––––––––––––––––––––– –––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
(k – 2)x + t + 1 (2m + n)x + m + n + 1 = 0x + 0, ∀x ⇔
II) De acordo com o enunciado:
m + n = – 1
2m + n = 0

(k – 2)x + t + 1 = 3x – 2 ⇔
Assim, m + n = – 1.
 t + 1 = –2  t = –3
k–2=3 k=5
⇔ ⇔
Resposta: B

III) k – t = 5 – (–3) = 8

Resposta: A

– 15
C4_3A_2022_LILAS_MATEMATICA_ROSE 10/05/2022 12:20 Página 16

MÓDULOS 56 e 57 Dispositivo de Briot-Ruffini e Teorema do Resto


MATEMÁTICA

1. Introdução 2. Divisão por Ax + B

Na divisão por binômios do 1o. grau do tipo x – α, Nas divisões de A(x) por ax + b, com a ⫽ 0, pode-
podemos obter o quociente e o resto utilizando o Método mos utilizar o Teorema de D'Alembert e o Dispositivo
da Chave ou o Método dos Coeficientes a Determinar Prático de Briot-Ruffini, observando que:
(Descartes). a) o número ␣, tanto no Teorema de D'Alembert co-
Além disso, o resto pode ser calculado por meio do mo no Dispositivo Prático de Briot-Ruffini, é sempre a
Teorema de D'Alembert. raiz de ax + b = 0;
“O resto da divisão da função polinomial A por b) no Dispositivo Prático de Briot-Ruffini, o último
x – α é o valor numérico de A para x = α.” coeficiente já é o resto r;
c) os demais coeficientes devem ser divididos por a,
Simbolicamente:
que é o coeficiente de x no divisor.

A(x) x–α
⇒ r = A(α) Obtenção do quociente e resto
r Q(x) pelo Dispositivo Prático de Briot-Ruffini

• Teoremas
a) Se A é divisível por x – α, então ␣ é raiz de A.
b) Se A é divisível por x – α e por x – α, com α ⫽ α,
então A é divisível pelo produto (x – α) . (x – α).
c) Se A é divisível por p fatores do 1º grau, dois a
dois distintos, do tipo x – α1, x – α2, x – α3, ... , x – αp,
então A é divisível pelo produto:
(x – α1) . (x – α2) . (x – α3) ... (x – αp)

MÓDULO 56 2. x5 + 5x4 – 10x2 + 15 x+2

Nas questões de 1 a 4, calcular o quociente e o resto das divisões


utilizando o Dispositivo Prático de Briot-Ruffini. RESOLUÇÃO:
1 5 0 – 10 0 15 –2
1 3 –6 2 –4 23
1. 2x4 – 11x3 + 26x + 3 x–5
Resposta: Q(x) = x4 + 3x3 – 6x2 + 2x – 4 e r = 23

RESOLUÇÃO:

2 – 11 0 26 3 5
2 –1 –5 1 8

Resposta: Q(x) = 2x3 – x2 – 5x + 1 e r = 8

16 –
C4_3A_2022_LILAS_MATEMATICA_ROSE 10/05/2022 12:20 Página 17

3. 6x4 – 9x3 – 13 3x – 6 5. (UEL) – Dividindo-se o polinômio x4 + 2x3 – 2x2 – 4x – 21 por


x + 3, obtém-se:
a) x3 – 2x2 + x – 12 com resto nulo
RESOLUÇÃO: b) x3 – 2x2 + 3 com resto 16

MATEMÁTICA
c) x3 + x2 – 13x + 35 e resto 84
6 –9 0 0 –13 2
d) x3 + x2 – 3x + 1 com resto 2
6 3 6 12 11
e) x3 – x2 + x – 7 e resto nulo
Resposta:
6 3 6 12 RESOLUÇÃO:
Q(x) = –– x3 + –– x2 + –– x + ––– = 2x3 + x2 + 2x + 4
3 3 3 3 1 2 –2 –4 – 21 –3
r = 11 1 –1 1 –7 0

Q(x) = x3 – x2 + x – 7
R(x) = 0
Resposta: E

6. O polinômio A(x) = 2x5 – 15x4 + 44x3 – 63x2 + 44x – 12 é tal que


4. 2x4 + 5x3 – 7x2 – 11x – 5 2x + 3 A(x) = (x – 1)2 . (x – 2)2 . B(x). Então, B(x) é o polinômio:
a) 2x + 1 b) 2x – 1 c) 2x – 3
d) 2x + 3 e) 2x + 5
RESOLUÇÃO:
3 RESOLUÇÃO:
2 5 –7 – 11 –5 – –––
2 A(x) é divisível por (x – 1)2 e também por (x – 2)2. Utilizando o

2 2 – 10 4 – 11 dispositivo-prático de Briot-Ruffini, obtém-se:

2 – 15 44 – 63 44 – 12 1
2 – 13 31 – 32 12 0 1
2 2 10 4
Resposta: Q(x) = –– x3 + –– x2 – ––– x + –– = x3 + x2 – 5x + 2 2 – 11 20 – 12 0 2
2 2 2 2
r = – 11 2 –7 6 0 2
2 –3 0

Concluímos, então, que:


A(x) = (x – 1)2 . (x – 2)2 . (2x – 3) = (x – 1)2 . (x – 2)2 . B(x) ⇔
⇔ B(x) = 2x – 3
Resposta: C

– 17
C4_3A_2022_LILAS_MATEMATICA_ROSE 10/05/2022 12:20 Página 18

MATEMÁTICA

MÓDULO 57 4. (Albert Einstein) – O resto da divisão de um polinômio do


segundo grau P pelo binômio (x + 1) é igual a 3. Dado que P(0) = 6 e

1. O resto da divisão do polinômio P(x) = 3x4 – mx3 + mx + 1 por P(1) = 5, o valor de P(3) é
(x – 2) é igual a 1. O valor do número real m é: a) –7 b) –9 c) 7 d) 9
a) – 8 b) – 3 c) 2 d) 6 e) 8
RESOLUÇÃO:
RESOLUÇÃO: 1) P(x) = ax2 + bx + c

2) P(x) x+1 ⇒ P(– 1) = 3


P(x) x– 2
⇒ P(x) = (x – 2) . Q(x) + 1 ⇒
1 Q(x) 3 Q1(x)

  
P(– 1) = 3 a–b+c=3 a = –2
⇒ P(2) = 1 ⇒ 3 . 24 – m . 23 + m . 2 + 1 = 1 ⇒ 3)
P(0) = 6 ⇔ c=6 ⇔ b=1
⇒ 48 – 8m + 2m = 0 ⇒ – 6m = – 48 ⇒ m = 8
P(1) = 5 a+b+c=5 c=6
Resposta: E
4) P(x) = – 2x2 + x + 6 e P(3) = – 2 . 9 + 3 + 6 = – 9
Resposta: B

2. (UNICAMP) – Considere o polinômio


p(x) = xn + xm + 1, em que n > m ≥ 1. Se o resto da divisão de p(x) por
x + 1 é igual a 3, então:
a) n é par e m é par.
b) n é ímpar e m é ímpar.
c) n é par e m é ímpar.
d) n é ímpar e m é par. 5. Um polinômio P(x) dividido por (x + 1) deixa resto 16. Na divisão
de P(x) por (x – 1) o resto é 12. Se R(x) é o resto da divisão de P(x) por
RESOLUÇÃO: (x + 1)(x – 1) então, R(– 2) resulta igual a
a) 28 b) 18 c) 10
O resto da divisão de P(x) = xn + xm + 1, com n > m ≥ 1, por x + 1
d) 7 e) 6
é 3 e, portanto, P(– 1) = 3 ⇒ (– 1)n + (– 1)m + 1 = 3 ⇔ n e m são dois
números pares. RESOLUÇÃO:


Resposta: A P(x) x+1

 
16 Q1(x) P(x) = (x + 1) . Q1(x) + 16 P(– 1) = 16
I) ⇒ ⇒
P(x) x–1 P(x) = (x – 1) . Q2(x) + 12 P(1) = 12
12 Q2(x)

P(x) (x + 1)(x – 1)
3. (FUVEST) – O polinômio p(x) = x3 + ax2 + bx, em que a e b são II) ⇒ P(x) = (x + 1)(x – 1) . Q(x) + ax + b ⇒
ax + b Q(x)
números reais, tem restos 2 e 4 quando dividido por x – 2 e x – 1,
respectivamente. Assim, o valor de a é:


a) – 6 b) – 7 c) – 8 d) – 9 e) – 10 P(– 1) = – a + b

P(1) = a + b

RESOLUÇÃO:
De (I) e (II), resulta
Se os restos das divisões de p(x) = x3 + ax2 + bx por x – 2 e por

 
x – 1 são, respectivamente, iguais a 2 e 4, então: – a + b = 16 a=–2

a + b = 12 b = 14
p(2) = 2 8 + 4a + 2b = 2
 p(1) = 4 1+a+b=4 b=9
a=–6
⇔ ⇔
Assim, R(x) = ax + b = – 2x + 14 e R(– 2) = – 2 . (– 2) + 14 = 18
Resposta: A Resposta: B

18 –
C4_3A_2022_LILAS_MATEMATICA_ROSE 10/05/2022 12:20 Página 19

MÓDULO 58 Equações Algébricas: Relações de Girard


Definição As raízes das equações do terceiro e do quarto grau

MATEMÁTICA
podem ser obtidas com o auxílio de fórmulas gerais que
Equação algébrica é toda sentença do tipo
são muito trabalhosas.
P(x) = Q(x), em que P e Q são funções polinomiais.
Para equações de grau maior que quatro, não exis-
Redução
tem “fórmulas resolutivas”.
Como P(x) = Q(x) ⇔ P(x) – Q(x) = 0, temos:
Toda equação algébrica é redutível à forma F(x) = 0, Como resolver uma equação
sendo F uma função polinomial. Por ser impossível resolver qualquer equação algé-
F(x) = a0xn + a1 . xn–1 + ... + an–1 x + an = 0 brica por processos gerais de aplicação de fórmulas, uti-
lizaremos relações entre as raízes e os coeficientes,
Teorema Fundamental da Álgebra (TFA) além de teoremas válidos para qualquer equação, que
Toda equação algébrica de grau estritamente posi- nos fornecerão informações para a obtenção das raízes.
tivo admite no campo complexo pelo menos uma raiz.
Relações de Girard
Teorema da Decomposição
Sendo V = {r1, r2, r3, … , rn–1, rn} o conjunto-verdade
Toda equação algébrica de grau estritamente positivo
da equação F(x) = a0 . xn + a1 . xn–1 + a2 . xn–2 +
pode ser decomposta em um produto de n fatores do
+ … + an–1 . x + an = 0, com a0 ⫽ 0, valem as seguintes
1o. grau do tipo x – ri, em que ri é raiz, além do coeficiente
a0. relações entre os coeficientes e as raízes:

F(x) = a0 . (x – r1) . (x – r2)…(x – rn) = 0 a1


r1+r2+r3+...+rn= – ––––
Conclusão a0
Toda equação algébrica de grau estritamente posi-
tivo admite no campo complexo pelo menos uma raiz e, a2
r1.r2+r1.r3+...+rn –1 . rn = ––––
no máximo, n raízes. a0
Obtenção das raízes
–b –b a3
ax + b = 0, com a ⫽ 0 ⇔ x = –––– ⇔ V = ––––
a a   r1.r2.r3+r1.r2.r4 + … + rn –2 . rn –1 . rn = – ––––
a0
ax2 + bx + c = 0, com a ⫽ 0 ⇔
...........................................................................
– b ± 
Δ
⇔ x = ––––––––––, em que Δ = b2 – 4ac ⇔
2a an
r1.r2.r3 …rn= (–1)n . ––––

 
– b + 
Δ – b – Δ a0
⇔ V = –––––––––; –––––––––
2a 2a

1. (FGV) – A equação polinomial 2x3 – 3x2 – 11x + 6 = 0 tem o 6


III) abc = – –––
conjunto solução S = {a, b, c}. Pode-se afirmar que o valor de 2
(a + 1)(b + 1)(c + 1) é:
Assim:
a) – 7 b) – 5 c) – 6 d) – 4 e) – 8
(a + 1) (b + 1) (c + 1) = (ab + a + b + 1) (c + 1) =
RESOLUÇÃO: = a + b + c + ab + ac + bc + abc + 1 =
Se as raízes da equação 2x3 – 3x2 – 11x + 6 = 0 são a, b e c, de
acordo com as relações de Girard, tem-se:
3
2 
11
= –– + – –––
2    6
+ – ––
2
14
+ 1 = – ––– + 1 = –7 + 1 = –6
2
3
I) a + b + c = ––– Resposta: C
2
11
II) ab + ac + bc = – –––
2

– 19
C4_3A_2022_LILAS_MATEMATICA_ROSE 10/05/2022 12:20 Página 20

2. (PUC-MG) – Na função f(x) = 2x3 – 3x2 – 3x + 2, f(a) = f(b) = f(– 1). O 4. (FGV) – A equação algébrica x3 – 7x2 + kx + 216 = 0, em que k é
valor de a + b é um número real, possui três raízes reais. Sabendo-se que o quadrado
a) 1 b) 1,5 c) 2 d) 2,5 e) 3 de uma das raízes dessa equação é igual ao produto das outras duas,
MATEMÁTICA

então o valor de k é igual a


RESOLUÇÃO: a) – 64. b) – 42. c) – 36.
f(– 1) = 2 . (– 1)3 – 3 . (– 1)2 – 3(– 1) + 2 = – 2 – 3 + 3 + 2 = 0 e, portanto, d) 18. e) 24.
– 1 é raiz de f(x)
Como f(a) = f(b) = f(– 1) = 0, concluímos que a e b também são RESOLUÇÃO:
raízes de f(x). Consideremos que {r1, r2, r3} seja o conjunto das raízes da equação
Então, das relações de Girard resulta que x3 – 7x2 + kx + 216 = 0.
3 3 5 1) Pelas relações de Girard:
a + b + (– 1) = –– ⇔ a + b = –– + 1 = –– = 2,5


2 2 2 (– 7)
r1 + r2 + r3 = – –––––
Resposta: D 1
k
r1 . r2 + r1 . r3 + r2 . r3 = –––
1
216
r1 . r2 . r3 = – –––––
1

2) Conforme enunciado r12 = r2 . r3, que substituindo na 3a. relação,


resulta r1 . r12 = – 216 ⇔ r13 = – 216 ⇔ r1 = – 6

3) Desta forma, (– 6)3 – 7 . (– 6)2 + k . (– 6) + 216 = 0 ⇔


⇔ – 216 – 252 – 6k + 216 = 0 ⇔ 6k = – 252 ⇔ k = – 42
Resposta: B

3. (VUNESP) – Se as raízes do polinômio p(x) = x3 – 6x2 + kx – 6 são


reais e estão em progressão aritmética, o valor de k é:
a) 0 b) 2 c) 3 d) 5 e) 11

RESOLUÇÃO:
Considerando que a P.A. (a – r; a; a + r) seja formada pelas raízes
de p(x) = x3 – 6x2 + kx – 6, temos:
– (–6)
I) a – r + a + a + r = –––––– ⇔ 3a = 6 ⇔ a = 2
1
II) a = 2 é raiz de p(x), então:
p(2) = 0 ⇒ 23 – 6 . 22 + k . 2 – 6 = 0 ⇔
⇔ 8 – 24 + 2k – 6 = 0 ⇔ 2k = 22 ⇔ k = 11
Resposta: E

20 –
C4_3A_2022_LILAS_MATEMATICA_ROSE 10/05/2022 12:20 Página 21

MÓDULOS 59 e 60 Equações Algébricas


1. Raízes Múltiplas

MATEMÁTICA
O número r ∈ ⺓ é raiz de multiplicidade m ∈ ⺞* da equação F(x) = 0 se, e somente se:
F(x) = (x – r)m . Q(x) e Q(r) ⫽ 0
Se V = { r1, r2, r3, ..., rp } é o conjunto verdade da equação F(x) = a 0 . xn + a1 . xn – 1 + a 2 . xn – 2 +
+ … + an –1 . x + an = 0 e m1, m2, m3, ..., mp, respectivamente, é a multiplicidade de cada raiz, então:

m1 + m2 + m3 + ... + mp = n

F(x) = a0.(x – r1)m1.(x – r2)m2…(x – rp)mp

• Teorema
Se r ∈ ⺢ é raiz de multiplicidade m da equação F(x) = 0, de coeficientes reais, então r é raiz de multiplicidade
m – 1 da equação F'(x) = 0.

Exemplo
Na equação (x – 1)4 .(x – 2)3.(x – 3)2.(x – 4) = 0, 1 é raiz quádrupla (multiplicidade 4), 2 é raiz tripla (multiplicidade 3),
3 é raiz dupla (multiplicidade 2) e 4 é raiz simples (multiplicidade 1).

2. Raízes Nulas

Seja a equação F(x) = a0 . xn + a1xn –1+ ... + an –2 . x2 + an –1 . x + an = 0.


Do teorema enunciado anteriormente, concluímos que:
1) an ⫽ 0 ⇔ 0 não é raiz de F.
2) an = 0 e an –1 ⫽ 0 ⇔ 0 é raiz simples de F.
3) an = an –1 = 0 e an – 2 ⫽ 0 ⇔ 0 é raiz dupla de F etc.

3. Raízes Racionais

• Teorema
p
Se ––– é um número racional na forma irredutível e raiz da equação F(x) = a0 . xn + a1 . xn – 1 + ... + an = 0 de
q
coeficientes inteiros, então p é divisor de an e q é divisor de a0.


p p ∈ D (an)
–– é raiz de F(x) = 0 e mdc (p, q) = 1 ⇒
q q ∈ D (a0)

4. Raízes Complexas

Se z = a + bi, a, b ∈ ⺢, com b ⫽ 0, é raiz de uma equação algébrica de coeficientes reais, então –z = a – bi também
é. Além disso, z– e z são raízes de mesma multiplicidade.

– 21
C4_3A_2022_LILAS_MATEMATICA_ROSE 10/05/2022 12:20 Página 22

5. Raízes Irracionais
MATEMÁTICA

Se a ∈ ⺡ e 
b ∈ ⺢ – ⺡ e α = a + 
b é raiz de uma equação algébrica de coeficientes racionais, então
α = a – 
b também é. Além disso, α e α são raízes de mesma multiplicidade.

6. Raízes Reais

• Teorema de Bolzano
Seja F(x) = 0 uma equação algébrica de coeficientes reais e x1 e x2 dois números reais, tais que x1 < x2.
Se F(x1) . F(x2) < 0, então existe um número ímpar de raízes reais no intervalo ]x1; x2[.

Se F(x1) . F(x2) > 0, então existe um número par de raízes reais no intervalo ]x1; x2[.

MÓDULO 59
1. Seja o polinômio P(x) = (x – 2)2 . (x2 – 4) . (x – 3)2 . (x + 1). Assina-
le a afirmativa falsa:
a) O grau de P(x) é 7.
b) O conjunto verdade da equação P(x) = 0 é V = {– 2; – 1; 2; 3}.
c) 3 é raiz dupla de P(x) = 0.
d) 2 é raiz dupla de P(x) = 0.
e) 0 não é raiz de P(x) = 0.

RESOLUÇÃO:
P(x) = (x – 2)2 . (x – 2) . (x + 2) . (x – 3)2 . (x + 1) ⇔
⇔ P(x) = (x – 2)3 . (x + 2) . (x – 3)2 . (x + 1)
gr(P) = 7 e as raízes de P(x) = 0 são 2 (tripla), – 2 (simples), 3 (dupla)
e – 1 (simples).
Resposta: D
Sugestão: esboce o gráfico de P.

22 –
C4_3A_2022_LILAS_MATEMATICA_ROSE 10/05/2022 12:20 Página 23

2. (FGV) – Observe o gráfico da função f no plano cartesiano. 3. (UNESP) – Sabe-se que 1 é uma raiz de multiplicidade 3 da equa-
ção x5 – 3 . x4 + 4 . x3 – 4 . x2 + 3 . x – 1 = 0. As outras raízes dessa
equação, no Conjunto Numérico dos Complexos, são
a) (– 1 – i) e (1 + i). b) (1 – i)2.

MATEMÁTICA
c) (– i) e (+ i). d) (– 1) e (+ 1).
e) (1 – i) e (1 + i).

RESOLUÇÃO:
Se {1; 1; 1; x1; x2} for o conjunto verdade da equação

x5 – 3x4 + 4x3 – 4x2 + 3x – 1 = 0, então:

 
1 + 1 + 1 + x1 + x2 = 3 x1 + x2 = 0
⇔ ⇔
1 . 1 . 1 . x 1 . x2 = 1 x 1 . x2 = 1

   
x2 = – x1 x2 = – x1 x1 = i x1 = – i
⇔ ⇔ ⇔ ou
– x21 =1 x1 = ± i x2 = – i x2 = i

Resposta: C

4. (FGV) – O número 1 é raiz de multiplicidade 2 da equação


Dentre as expressões apresentadas nas alternativas a seguir, a única
polinomial x4 – 2x3 – 3x2 + ax + b = 0. O produto a.b é igual a:
que pode corresponder à lei da função f é
a) – 8 b) – 4 c) – 32
a) f(x) = (x – 1)2 · (x – 2)2 d) – 16 e) – 64
b) f(x) = (x – 1)2 · (x – 2)2 · (x + 1) · (x + 2)
c) f(x) = (x2 – 1) · (x2 – 4) RESOLUÇÃO:
d) f(x) = (x2 – 1) · (x2 – 4) · (x – 1) Se 1 é raiz dupla da equação x4 – 2x3 – 3x2 + ax + b = 0, então
e) f(x) = (x2 – 1) · (x2 – 4) · (x + 1)
p(x) = x4 – 2x3 – 3x2 + ax + b é divisível por (x – 1) . (x – 1) = (x – 1)2.
Efetuando a divisão pelo Dispositivo de Briot-Ruffini, temos:
RESOLUÇÃO:
A sentença que define a função representada no gráfico é do tipo 1 –2 –3 a b 1
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
f(x) = a . (x + 2).(x + 1).(x – 1)2.(x – 2), com a > 0.
1 –1 –4 –4+a –4+a+b 1
Para a = 1, temos:
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
f(x) = (x + 2)(x + 1)(x – 1)(x – 1)(x – 2) ⇔
1 0 –4 –8+a
⇔ f(x) = (x2 – 1).(x2 – 4).(x – 1)
Resposta: D Assim:

– 8 + a = 0 b = – 4
–4+a+b=0 a=8
⇔ ⇒ a.b = 8 . (– 4) = – 32

Resposta: C

– 23
C4_3A_2022_LILAS_MATEMATICA_ROSE 10/05/2022 12:20 Página 24

MATEMÁTICA

MÓDULO 60 3. (INSPER) – Considere o polinômio dado por


p(x) = x3 − x2 − 22x + 40.
A diferença entre a maior e a menor raiz de p(x) é igual a:
1. Sendo, a, b, c e d números inteiros, considere a equação
a) 5 b) 6 c) 7 d) 8 e) 9
6x5 + ax4 + bx3 + cx2 + dx + 8 = 0 e as afirmações:
I) Os únicos números naturais que podem ser raiz da equação são
RESOLUÇÃO:
1, 2, 4 e 8;
As possíveis raízes inteiras de p(x) são os elementos do conjunto
4
II) ––– não pode ser raiz da equação; dos divisores de 40, isto é:
5
8 D(40) = {± 1; ± 2; ± 4; ± 5; ± 8; ± 10; ± 20; ± 40}
III) ––– pode ser raiz da equação;
3 Verificamos que 2 é uma das raízes de p(x) e, portanto,
IV) Todas as raízes da equação são números inteiros. p(x) = (x – 2) . Q(x), sendo Q(x) o quociente da divisão de p(x) por
x – 2.
São verdadeiras:
Dividindo p(x) por x – 2 obtém-se:
a) todas b) apenas I, II e III
c) apenas I, II e IV d) apenas I, III e IV 1 –1 – 22 40 2
e) apenas II, III e IV
1 1 – 20 0
RESOLUÇÃO:
Assim, p(x) = (x – 2)(x2 + x – 20).
I) Verdadeira, pois os únicos números naturais que podem ser
As raízes de p(x) são tais que p(x) = 0 ⇔ (x – 2)(x2 + x – 20) = 0 ⇔
raiz da equação são os divisores naturais de 8;
⇔ x – 2 = 0 ou x2 + x – 20 = 0 ⇔ x = 2 ou x = 4 ou x = – 5 ⇔
II) Verdadeira, pois 5 não é divisor de 6;
⇔ V = {– 5; 2; 4}.
III) Verdadeira, pois 8 é divisor de 8 e 3 é divisor de 6;
A diferença entre a maior e a menor raiz de p(x), nessa ordem, é
IV) Falsa, pois nem todo número racional é inteiro.
igual a 4 – (– 5) = 4 + 5 = 9.
Resposta: B Resposta: E

2. (FUVEST) – O polinômio P(x) = x3 – 3x2 + 7x – 5 possui uma raiz


4. A equação x5 – 3x4 + ax3 + bx2 + cx + d = 0, de coeficientes
complexa ξ cuja parte imaginária é positiva. A parte real de ξ3 é
inteiros, admite os números 
3 e 1 + i (i2 = – 1) como raízes. A soma
igual a
dos quadrados de suas raízes reais é um
a) – 11 b) – 7 c) 9
a) número primo. b) múltiplo de 4.
d) 10 e) 12
c) quadrado perfeito. d) cubo perfeito.
e) múltiplo de 6.
RESOLUÇÃO:
1) 1 é raiz de P, pois P(1) = 1 – 3 + 7 – 5 = 0
— RESOLUÇÃO:
2) Se ξ = a + bi, com b > 0 for uma das raízes, então
Como todos os coeficientes são números reais racionais, temos
ξ = a – bi também será.
que, se 
3 é raiz, então – 
3 também o é e, se 1 + i é raiz,
3) Pelas relações de Girard, temos:
então 1 – i também o é. Sendo as raízes r1 = 
3, r2 = – 
3,

  
1 + a + bi + a – bi = 3 2a + 1 = 3 a = 1 pois b > 0
⇔ ⇔ r3 = 1 + i e r4 = 1 – i e r5, decorre das Relações de Girard que
1 . (a + bi)(a – bi) = 5 a2 + b 2 = 5 b=2
r1 + r2 + r3 + r4 + r5 = 3 e, portanto,
4) ξ = 1 + 2i ⇒ ξ3 = 1 + 6i + 12i2 + 8i3 ⇔

3 – 
3 + (1 + i) + (1 – i) + r5 = 3 ⇔ r5 = 1.
⇔ ξ3 = 1 + 6i – 12 – 8i ⇔ ξ3 = – 11 – 2i
Portanto, a soma dos quadrados das raízes reais da equação é
5) A parte real de ξ3 é – 11. (
3 )2 + (– 
3 )2 + 12 = 3 + 3 + 1 = 7.
Resposta: A Resposta: A

24 –
C4_3A_2022_LILAS_MATEMATICA_ROSE 10/05/2022 12:20 Página 25

Álgebra FRENTE 2

MATEMÁTICA
Propriedades da Matriz
MÓDULO 25
Inversa e Equações Matriciais

Propriedades da Matriz Inversa

• Se A é invertível, então A–1 é única.

• Se A é invertível, então (A–1)–1 = A.

• Se A e B são invertíveis e de mesma ordem, então (A · B)–1 = B–1 · A–1.

• Se A é invertível, então (At)–1 = (A–1)t.


1
• Se A é invertível, então det (A–1) = ––––––– .
det (A)

1. O determinante da matriz inversa de 2. (UNESP) – Considere a equação matricial A + BX = X + 2C, cuja


incógnita é a matriz X e todas as matrizes são quadradas de ordem n.

1 1 2
A= 3 2 0 é: A condição necessária e suficiente para que esta equação tenha
5 –2 4 solução única é que:
1 1 a) B – I ⫽ O, onde I é a matriz identidade de ordem n e O é a matriz
a) – 36 b) 6 c) 9 d) – ––– e) – ––– nula de ordem n.
36 9
b) B seja invertível.
RESOLUÇÃO:
c) B ⫽ O, onde O é a matriz nula de ordem n.

 
1 1 2 d) B – I seja invertível, onde I é a matriz identidade de ordem n.
det A = 3 2 0 = 8 – 12 – 20 – 12 = – 36 e) A e C sejam invertíveis.
5 –2 4

1 1 1 RESOLUÇÃO:
det A–1 = –––––– = ––––– = – ––––
det A – 36 36 A + BX = X + 2C ⇔ BX – X = 2C – A ⇔ (B – I) · X = 2C – A
A condição necessária e suficiente para que esta equação tenha
Resposta: D
solução única é que a matriz (B – I) tenha inversa (seja invertível).
Neste caso, a solução única será X = (B – I)– 1 · (2C – A).
Resposta: D

– 25
C4_3A_2022_LILAS_MATEMATICA_ROSE 10/05/2022 12:20 Página 26

Sendo A e B matrizes invertíveis de mesma ordem, resolva as equa-


3
6. (FGV) – Dada a matriz B = e sabendo que a matriz
ções 3 a 5. –4


é a matriz inversa da matriz A, podemos concluir
2 –1
MATEMÁTICA

A–1 =
3. A · X = B 5 3
que
a matriz X, que satisfaz a equação matricial AX = B, tem como
4. X · A = B
soma de seus elementos o número
a) 14 b) 13 c) 15 d) 12 e) 16
5. (A · X)t = B · At

RESOLUÇÃO:

Sr. Professor, aproveite estas questões para comentar algumas 1) A · X = B ⇔ A–1 · A · X = A–1 · B ⇔ X = A–1 · B ⇒

     
propriedades de matrizes produto, transpostas e inversas, tais 2 –1 · 3 10
⇒X= =
como 5 3 –4 3
A · I = A, (A · B)t = Bt · At e (A · B)–1 = B–1 · A–1
2) A soma dos elementos da matriz

 
RESOLUÇÃO: 10
X= é 10 + 3 = 13
3) A·X=B⇒ A–1 · AX = A–1 ·B⇒X= A–1 ·B 3

Resposta: B
4) X · A = B ⇒ X · A · A–1 = B · A–1 ⇒ X = B · A–1

5) (A · X)t = B · At ⇔ [(A · X)t]t = [B · At]t ⇔


⇔ A · X = (At)t · Bt ⇔ A– 1 · AX = A–1 · A · Bt ⇔
⇔ I · X = I · B t ⇒ X = Bt

26 –
C4_3A_2022_LILAS_MATEMATICA_ROSE 10/05/2022 12:20 Página 27

Sistema Normal,
MÓDULO 26
Regra de Cramer e Escalonamento

MATEMÁTICA
1. Sistemas Lineares

a11 a12 … a1n b1


a21 a22 … a2n b2
• Um sistema (S) de m equações lineares (m ∈ ⺞*) MC = …………………….……
com n incógnitas (n ∈ ⺞*), x1, x2, x3, …, xn, é um ……………………….…
conjunto de equações da forma: am1 an2 … amn bm

que recebem o nome de:


a11x1 + a12x2 + … + a1nxn = b1
MI = matriz incompleta.
a21x1 + a22x2 + … + a2nxn = b2
(s) MC = matriz completa (ou associada ao sistema).
……………………….....……………...
Se a matriz M.I. for quadrada, o seu determinante é
am1x1 + am2x2 + … + amnxn = bm
dito determinante do sistema (D).
com m ≥ 2 e n ≥ 2
Exemplo
no qual os coeficientes aij são números reais não todos
x + 2y = 5
nulos simultaneamente e os termos bi são números • O sistema x + y = 3
reais quaisquer. é possível e determinado, pois apresenta uma única solução
• Se todos os mesmos bi forem nulos (i = 1, 2 …, que é S = {(1, 2)}.
m), então (S) é um sistema linear homogêneo. x–y=2
• Dizemos que a n-upla de números reais (α1, • O sistema 
2x – 2y = 4
α2, …, αn) é uma SOLUÇÃO do sistema (S) se forem
é possível e indeterminado, pois apresenta infinitas
verdadeiras todas as sentenças de (S) fazendo-se
soluções da forma S = {(k, k – 2)}.
xi = αi.
• Um sistema (S) é COMPATÍVEL (ou possível) se Observe, nesse exemplo, que a segunda equação é a
existir pelo menos uma solução; (S) é INCOMPATÍVEL primeira com ambos os membros multiplicados por 2.
(ou impossível) se não admite solução.
x–y=2
Se "V" é o conjunto-solução (ou conjunto verdade) do • O sistema x – y = 4
sistema (S), então devemos ter uma das seguintes
situações: é impossível, pois não existe par ordenado (x, y) que torne
– Compatível e determinado: quando V é um as duas sentenças verdadeiras "simultaneamente".
conjunto unitário.
x + 2y = 5
– Compatível e indeterminado: quando V é um • No sistema  3x + 4y = 11, definem-se:
conjunto infinito.
– Incompatível: quando V é o conjunto vazio.

e MC = 3

1 2 1 2 5
Ml =
3 4 4 11
Matrizes de um sistema
1 2
Num sistema linear, definem-se as duas matrizes e o determinante do sistema D = det MI =
3 4
seguintes:
2. Sistema Normal

a11 a12 … a1n


a21 a22 … a2n • O sistema linear (S) com "m" equações e "n"
MI = ………………………… incógnitas será "NORMAL" quando:
…………………………
am1 an2 … amn m=n e D≠0

– 27
C4_3A_2022_LILAS_MATEMATICA_ROSE 24/05/2022 09:28 Página 28

Resolução de um sistema normal Exemplo


• Teorema de Cramer • O sistema 冦 x3x++2y4y==511
MATEMÁTICA

Qualquer sistema normal admite uma e uma só


solução dada por: é normal, pois o número de equações é igual ao número
D1 D2 de incógnitas e o determinante do sistema:
x1 = ––– ; x2 = ––– 1 2
D D D= =–2≠0
3 4
D3 Dn O Teorema de Cramer nos garante que a solução é
x3 = ––– ; …; xn = ––– onde:
D D única e obtida por:
Dx –2 5 2
– D é o determinante do sistema. x = ––– = ––– = 1, pois Dx = =–2
D –2 11 4
– Di é o determinante que se obtém de D, trocando
Dy –4 1 5
a iésima coluna da matriz M.I. por b1, b2, b3, …, bn. y = ––– = ––– = 2, pois Dy = =–4
D –2 3 11

1. Os valores de x, y e z do sistema linear:


x + y + z = 10
5x + 2y – 2z = 6
2x + 3y – z = 8

são tais que x · y · z é igual a:


a) 10 b) 30 c) 40 d) 50 e) 60

RESOLUÇÃO:
Professor, utilize este exercício para apresentar a Regra de Cramer
(não perca tempo calculando os determinantes).

1 1 1
D= 5 2 – 2 = 16
2 3 –1

10 1 1
Dx = 6 2 – 2 = 32
8 3 –1

1 10 1
Dy = 5 6 – 2 = 48
2 8 –1

1 1 10
Dz = 5 2 6 = 80
2 3 8

Regra de Cramer:


Dx 32
x = ––– = ––– = 2
D 16
Dy 48
y = ––– = ––– = 3 ⇒ x · y · z = 30
D 16
Dz 80
z = ––– = ––– = 5
D 16

Resposta: B

28 –
C4_3A_2022_LILAS_MATEMATICA_ROSE 24/05/2022 09:28 Página 29

2. Na lanchonete “comeu morreu” a família Silva gastou R$ 64,00 4. (UNICAMP-MODELO ENEM) – As companhias aéreas cos-
na compra de 3 hamburgueres, 4 sucos. A família Pereira gastou tumam estabelecer um limite de peso para a bagagem de cada
passageiro, cobrando uma taxa por quilograma de excesso de peso.
R$ 35,00 comprando 2 hamburgueres, 1 suco e 1 refrigerante. Pedro
Quando dois passageiros compartilham a bagagem, seus limites são
foi com a namorada e cada um consumiu 1 hamburguer e 1 refri-

MATEMÁTICA
considerados em conjunto. Em um determinado voo, tanto um casal
gerante, gastando R$ 32,00. Se produtos do mesmo tipo tem sempre como um senhor que viajava sozinho transportaram 60 kg de bagagem
o mesmo preço, cada hamburguer custa: e foram obrigados a pagar pelo excesso de peso. O valor que o senhor
a) R$ 10,00 b) R$ 12,00 c) R$ 13,00 pagou correspondeu a 3,5 vezes o valor pago pelo casal. Para
d) R$ 14,00 e) R$ 15,00 determinar o peso excedente das bagagens do casal (x) e do senhor
que viajava sozinho (y), bem como o limite de peso que um passageiro
pode transportar sem pagar qualquer taxa (z), pode-se resolver o
RESOLUÇÃO: seguinte sistema linear:
Sejam h, s e r, respectivamente, os preços em reais de um

冦 冦
hamburguer, um suco e um refrigente. Conforme o enunciado. x+ 2z = 60 x+ z = 60
a) y + z = 60 b) y + 2z = 60


3h + 4s = 64

冤 冥
3 4 0 3,5x – y =0 3,5x – y =0
2h + 1s + 1r = 35 ⇔ D = 2 1 1 =–2⇔
2 0 2

冦 冦
2h + 2r = 32 x+ 2z = 60 x+ z = 60
c) y + z = 60 d) y + 2z = 60

兩 兩
64 4 0
3,5x + y =0 3,5x + y =0
⇔ Dh = 35 1 1 = – 24.
32 0 2
RESOLUÇÃO:
Dh – 24

冦 冦
Assim, h = –––– = –––––– = 12 60 – 2z = x x + 2z = 60
D –2 60 – z = y ⇔ y + z = 60
Resposta: B y = 3,5x 3,5x – y = 0

Resposta: A

3. (UNICAMP) – Sabendo que k é um número real, considere o


sistema linear nas variáveis reais x e y,


x + ky = 1
x+y=k
É correto afirmar que esse sistema
a) tem solução para todo k.
b) não tem solução única para nenhum k.
c) não tem solução se k = 1.
d) tem infinitas soluções se k ≠ 1.

RESOLUÇÃO:

1 k
1) =1–k
1 1

2) Se k ≠ 1, então o sistema será possível e determinado.


3) Se k = 1

冦x + y = 1
x+y=1

Assim, o sistema será possível e determinado.


4) Do que foi visto, é correto afirmar que tem solução para todo k.
Resposta: A

– 29
C4_3A_2022_LILAS_MATEMATICA_ROSE 10/05/2022 12:20 Página 30

MÓDULO 27 Escalonamento (Método de Gauss)


MATEMÁTICA

1. Definição: Sistemas Equivalentes • para obter (b3), multiplique (b2) por (–1); para obter
(c3), multiplique (b2) por 3 e adicione o resultado a (c2).
Dizemos que dois sistemas são equivalentes se e
x – y + z = –2 (a1)

somente se apresentarem o mesmo conjunto solução.
(lll) y + 3z = –1 (b3)
Para transformar um sistema num sistema equiva-
– 8z = 8 (c3)
lente mais simples, pode-se
Assim, como (l), (ll) e (lll) são equivalentes:
• permutar duas equações;
• multiplicar qualquer uma das equações por um • de (c3), obtém-se z = –1;
número real diferente de zero;
• substituindo-se em (b3), obtém-se y = 2 e
• multiplicar uma equação por um número real e
adicioná-la à outra equação. substituindo-o em (a1), obtém-se x = 1.
Logo, V = {(1; 2; –1)}
Exemplo
Vamos resolver o sistema: 2. Discussão
x – y + z = –2 (a1)
(l)
x – 2y – 2z = –1
2x + y + 3z = 1
(b1)
(c1)
Se for possível transformar um sistema (S) num
sistema equivalente mais simples do tipo


transformando-o num sistema equivalente mais simples, x–y+ z=–2
seguindo o seguinte roteiro: y + 3z = – 1
az = b
• para obter (b2), multiplique (a1) por –1 e adicione o
pode-se discuti-lo em função da variação de a e de b.
resultado a (b1);
Assim, se
• para obter (c2), multiplique (a1) por –2 e adicione o • a ≠ 0 ⇒ o sistema é possível e determinado.
resultado a (c1).
• a = 0 e b = 0 ⇒ o sistema é possível e
x – y + z = –2 (a1)
(ll)

– y – 3z = 1
3y + z = 5
(b2)
(c2)
indeterminado.
• a = 0 e b ≠ 0 ⇒ o sistema é impossível.

x + y + z = 10


x=2
1. Sejam x, y e z números reais tais que x + 3y + 2z = 21 ,
x + 2y + 4z = 28

 y=3 ⇔x+y–z=0
z=5

então x + y – z é igual a: Resposta: A


a) 0 b) 1 c) 2 d) 3 e) 4

RESOLUÇÃO:
Professor, a intenção desta questão é mostrar o método do
escalonamento.

x + y + z = 10 × (– 1)

 x + 3y + 2z = 21
x + 2y + 4z = 28

x + y + z = 10 x + y + z = 10

 2y + z = 11
y + 3z = 18 × (– 2)

 y + 3z = 18 ⇔
– 5z = – 25

30 –
C4_3A_2022_LILAS_MATEMATICA_ROSE 10/05/2022 12:20 Página 31

2. Resolver o sistema a seguir pelo método do escalonamento 4. (UNICAMP-Modelo ENEM) – Considere o sistema linear nas

x + 2y + 3z = 5
x + 3y + 2z = 6
2x + 5y + 5z = 10
variáveis x, y e z

 7x + 8y – mz = 26,
x + 2y + 3z = 20

MATEMÁTICA
onde m é um número real. Sejam a < b < c números inteiros
RESOLUÇÃO:
consecutivos tais que (x, y, z) = (a, b, c) é uma solução desse sistema.

 
x + 2y + 3z = 5 (–1) (–2) x + 2y + 3z = 5 O valor de m é igual a:
x + 3y + 2z = 6 + ⇔ y– z=1 (–1) ⇔ a) 3 b) 2 c) 1 d) 0
2x + 5y + 5z = 10 + y– z=0 +

RESOLUÇÃO:


x + 2y + 3z = 5
Sendo a, b = a + 1 e c = a + 2 os três números inteiros
⇔ y–z=1 consecutivos, temos:
0z = –1
I) x + 2y + 3z = 20 ⇒ a + 2 · (a + 1) + 3 · (a + 2) = 20 ⇔
A terceira equação é falsa para ∀z ∈ ⺢ ⇒ V = Ø ⇔ 6a = 12 ⇔ a = 2
O sistema não apresenta solução, portanto, trata-se de um sis- II) Logo, a solução do sistema é (2, 3, 4) e, portanto,
tema impossível (S.I.)
7x + 8y – mz = 26 ⇒ 7 · 2 + 8 · 3 – m · 4 = 26 ⇔ m = 3
Resposta: A

3. Determine os valores de k e p para que o sistema


x+y+z=6
x + 2y + 3z = p
x + 3y + kz = 2

nas variáveis x, y e z seja


a) possível e determinado;
b) possível e indeterminado;
c) impossível.

RESOLUÇÃO:

  
x+y+z=6 x+y+z=6 x+y+z=6
x + 2y + 3z = p ⇔ y + 2z = p – 6 ⇔ y + 2z = p – 6
x + 3y + kz = 2 2y + (k – 1)z = – 4 (k – 5)z = 8 – 2p
Da última equação, temos:
a) O sistema é possível e determinado se k – 5 ⫽ 0 ⇔ k ⫽ 5
b) O sistema é possível e indeterminado se
k – 5 = 0 e 8 – 2p = 0 ⇔ k = 5 e p = 4
c) O sistema é impossível se k – 5 = 0 e 8 – 2p ⫽ 0 ⇔ k = 5 e p ⫽ 4
Respostas:a) k ⫽ 5
b) k = 5 e p = 4
c) k = 5 e p ⫽ 4

– 31
C4_3A_2022_LILAS_MATEMATICA_ROSE 10/05/2022 12:20 Página 32

Característica de uma Matriz


MÓDULO 28
e Teorema de Rouché-Capelli
MATEMÁTICA

1. Submatriz 1 2 –1 5 –1
• Se M = 3 1 0 4 –1 ,
Seja a matriz A = [ aij ]mxn 4 3 –1 9 2
Submatriz de A é qualquer matriz que se obtém de então p = 3, pois existe um menor de ordem 3 diferente
A eliminando-se “r” linhas e “s” colunas. Seu deter- de zero:
minante é chamado “menor” de A, se a matriz for
1 2 –1
quadrada.
3 1 –1 = – 20 ≠ 0
4 3 2
Característica de A
“É a ordem máxima dos menores não todos nulos e a ordem 3 é a máxima possível.
que se pode extrair de A”.
• A característica da matriz

2. Teorema de Kronecker 1 2 3
4 1 5
Característica de uma matriz é “p” se, e somente 0 –3 –3
se: é igual à característica das seis matrizes abaixo.
l. Existir pelo menos um “menor” de ordem p

diferente de zero (determinante de ordem 1 3 2


• 4 5 1 (prop. l)
p ≠ zero).
0 – 3 –3
ll. Todos os “menores” orlados ao “menor” do item
(l) de ordem p + 1 são iguais a zero.

1 4 0
• 2 1 –3 (prop. ll)
Propriedades da característica 3 5 –3
A característica de uma matriz não se altera quando

l. trocamos entre si duas filas paralelas. 1 10 3


ll. trocamos ordenadamente linhas por colunas. • 4 5 5 (prop. lll)
lll. multiplicamos uma fila por uma constante k ≠ 0. 0 – 15 –3
lV. acrescentamos ou eliminamos filas nulas.

V. acrescentamos ou eliminamos uma fila que seja 1 2 3 0


combinação linear de outras filas paralelas. • 4 1 5 0 (prop. lV)
Vl.somamos a uma fila uma combinação linear de 0 –3 –3 0
outras filas paralelas.

1 2 3 6
Exemplos • 4 1 5 10 (prop. V)
0 –3 –3 –6

1 2 3
• Se M = 4 1 5 , então p = 2, pois existe

1 2 3–2
0 –3 –3
• 4 1 5–1 (prop. VI)
um "menor" de ordem 2 diferente de zero. Por exemplo: 0 –3 –3+3

 14 21  e o “menor” de ordem 3 é 3. Teorema de Rouché-Capelli

igual a zero: Seja (S) um sistema linear e sejam:


• “p” a característica da matriz incompleta (Ml);
1 2 3 • “q” a característica da matriz completa (MC);
4 1 5 = 0 • “m” o número de equações;
0 –3 –3
• “n” o número de incógnitas.

32 –
C4_3A_2022_LILAS_MATEMATICA_ROSE 10/05/2022 12:20 Página 33

Teorema de Rouché-Capelli
 2x – 2y = 4
x–y=2
• O sistema
• p ≠ q ⇔ Sistema Impossível (SI)
• p = q = n ⇔ Sistema Possível e Determinado

MATEMÁTICA
é possível e indeterminado, pois
(SPD)

1 –1
• p = q < n ⇔ Sistema Possível e Indeterminado MI = ⇒ p = 1,
–2
(SPI)

2

Observação 1 –1 2
MC = q = 1,
No (SPI), o número Gi = n – p é chamado grau de –2 4
indeterminação do Sistema.
e como n = 2, temos p = q < n
Exemplos
Sejam p e q as características das matrizes • O sistema  xx ++ 2y
y=3
=5

incompleta e completa, respectivamente.


é possível e determinado, pois

x–y=2
• O sistema
x–y=4
1

1 2
MI = p = 2,
é impossível, pois 1

1 –1
1

MI = ⇒ p = 1, 1 2 5
–1 MC = q = 2,
1 3

1

1 –1 2
MC = q = 2, e como n = 2, temos p = q = n
–1 4
e portanto p ≠ q

2. Determine a característica da matriz


2 3
1. Determine a característica da matriz M =

 
4 6 3 2 5 0 6
M= –1 4 3 0 –2
RESOLUÇÃO:
2 5 7 0 4


p=1
2 3
M=
4 6
RESOLUÇÃO:
A 3 a. coluna é a soma das duas primeiras, a quarta só contém
zeros e a quinta é proporcional à primeira, portanto, a

 
3 2
característica de M é a mesma da matriz –1 4 que é 2,
2 5
3 2
pois = 14 ⫽ 0.
–1 4

– 33
C4_3A_2022_LILAS_MATEMATICA_ROSE 10/05/2022 12:20 Página 34


e MC =

3 2 5 12 MI = 1 –2 3 1 –2 3 0
4 1 6 5 2 4 –1 2 4 –1 1
3. A característica da matriz é
7 3 11 17
MATEMÁTICA

são iguais a dois. Pelo Teorema de Rouche-Capelli, se


2 3 4 6
p = q = 2 < 3, o sistema é possível e indeterminado, tendo
a) 1 b) 2 c) 3 d) 4 e) 5
infinitas soluções.

RESOLUÇÃO: Resposta: E

A característica da matriz dada é a mesma da matriz


3 2 5 12
4 1 6 5
2 3 4 6
Observe que:
3 2
=–5⫽0
4 1

3 2 5
4 1 6 =0
5. Mostre que para quaisquer valores reais e não nulos de a e b o
2 3 4
sistema
3 2 12
 3x – by + az = d
2x + ay + bz = c
4 1 5 = 65 ⫽ 0
2 3 6
portanto, a característica é 3. possui infinitas soluções.
Resposta: C
RESOLUÇÃO:
No sistema temos

2 a b 2 a b c
MI = e MC =
3 –b a 3 –b a d

a b
como = a2 + b2 ≠ 0, pois a, b ∈ ⺢* às características
–b a

p e q, respectivamente de MI e MC, são iguais a 2. O sistema tem


3 incógnitas (x, y e z).

2
1
,
1 –2 3 0 Desta forma, p = q = 2 < 3 e, pelo teorema de Rouché-Capelli o
4. (FGV) – Dadas as matrizes A = e B =
4 –1 sistema é possível e indeterminado (tem infinitas soluções).
quantas matrizes X satisfazem a equação matricial A . X = B?
a) duas b) uma c) nenhuma
d) três e) infinitas

RESOLUÇÃO:

1) Como a matriz A = 1 –2 3 é de ordem 2x3


2 4 –1

1
é de ordem 2x1, a matriz X que satisfizer
0
e a matriz B =

a equação A.X = B deverá ser de ordem 3x1 e, portanto, do tipo


a
X=

b
c

a

= 1
⇔  2a + 4b – c = 1
0 a – 2b + 3c = 0
–1

2) AX = B ⇔ 1 –2 3 . b
2 4 c
Esse sistema tem infinitas soluções, pois as características p e
q das matrizes

34 –
C4_3A_2022_LILAS_MATEMATICA_ROSE 10/05/2022 12:20 Página 35

MÓDULO 29 Sistema Linear Homogêneo

1. Sistema linear homogêneo (SLH) 1 2 1

MATEMÁTICA
• MI = 3 1 –1 tem
Para um sistema linear homogêneo: a 2 –1

característica p ≥ 2, pois existe um menor de ordem 2


• as matrizes M.l. e M.C., embora diferentes, terão
diferente de zero:
certamente a mesma característica (p = q). Um S.L.H. é,
pois, sempre possível;
1 2
 3 1
A característica p é igual a 2 se o menor de ordem 3
• a ênupla (0, 0, …, 0) sempre é solução da equação
for igual a zero, ou seja:
ai1x1 + ai2x2 + … + ainxn = 0, ai ∈ ⺢

 
1 2 1
(chamada trivial); 13
3 1 –1 = – 3a + 13 = 0 ⇔ a = ––––
3
• A "C.N.S." para o S.L.H. admitir a 2 –1
– só uma solução trivial é p = n.
A característica p é igual a 3 se o menor de ordem
– outras soluções além da trivial é p < n. 13
3 for diferente de zero, ou seja, se a ≠ ––– .
Exemplo 3
13


x + 2y + z = 0 Assim, se a = ––– , o sistema admite infinitas
3
O sistema 3x + y – z = 0
soluções além da forma trivial (0, 0, 0), soluções da
ax + 2y – z = 0

é sempre possível, pois:  4k 5k



13
forma S = k, – ––– , ––– . E, se a ≠ ––– , o sistema ad-
3 3 3
• (0, 0, 0) é solução; mite somente a solução trivial (0, 0, 0).

1. Resolver o sistema

x + 2y + 3z = 0
2x + 7y + z = 0
3x + 9y + 5z = 0

RESOLUÇÃO:

O sistema linear
x + 2y + 3z = 0
2x + 7y + z = 0
3x + 9y + 5z = 0
é homogêneo e

1 2 3
D= 2 7 1 = 3, assim, o sistema é possível e
3 9 5
determinado, portanto, a única solução é a trivial (0; 0; 0).
Resposta: V = {(0; 0; 0)}

– 35
C4_3A_2022_LILAS_MATEMATICA_ROSE 10/05/2022 12:20 Página 36

2. (FUVEST) – A equação matricial: 3. Mostre que no sistema

 1
2
5
–1    = λ   admite mais de uma solução se, e somente
x
y
x
y
xy + 2xz + 3yz = 0
2xy + 3xz + yz = 0
MATEMÁTICA

se, λ for igual a: 3xy + xz + 2yz = 0


a) 0 b) ± 3 c) ± 3 pelo menos duas variáveis são nulas.

d) ± 6 e) ± 11

RESOLUÇÃO:

RESOLUÇÃO: Fazendo xy = a, xz = b e yz = c o sistema transforma-se em





1 5 x x x + 5y = λx a + 2b + 3c = 0
. =λ. ⇔ ⇔
2 –1 y y 2x – y = λy 2a + 3b + c = 0 que só possui a solução trivial a = b = c = 0,
3a + b + 2c = 0
(1 – λ) x + 5y = 0
⇔  2x – (1 + λ) y = 0 pois
1
2
2
3
3
1 = –18 ≠ 0
3 1 2
Como o sistema é homogêneo, o mesmo admitirá mais de uma


solução se, e somente se, xy = 0 (I)
Assim, xz = 0 (II)
1–λ 5
yz = 0 (III)
– (1 + λ) = 0 ⇔ – (1 – λ ) – 10 = 0 ⇔ λ – 11 = 0 ⇔ λ = ± 
2 2 11 .
2
Se x ≠ 0 das equações (I) e (II) temos y = 0 e z = 0.
Resposta: E
Se x = 0 da equação (III) temos y = 0 ou z = 0.
Dessa forma, pelo menos duas incógnitas são nulas.

36 –
C4_3A_2022_LILAS_MATEMATICA_ROSE 10/05/2022 12:20 Página 37

MÓDULO 30 Discussão de Sistemas Lineares


1. Teorema de Cramer p – característica da MI

MATEMÁTICA
q – característica da MC
• det MI = D ≠ 0 ⇒ o sistema é possível e n – número de incógnitas
determinado.
3. Método de Gauss
2. Teorema de Rouché-Capelli A equação az = b do sistema (S), de três equações a
três incógnitas (x, y, z) após o escalonamento, poderá
• p ≠ q ⇔ o sistema é impossível. permitir a discussão:
• p = q = n ⇔ o sistema é possível e determinado. • a ≠ 0 ⇒ o sistema é possível e determinado.
• p = q < n ⇔ o sistema é possível e indeterminado, • a = b = 0 ⇒ o sistema é possível e indeterminado.
sendo: • a = 0 e b ≠ 0 ⇒ o sistema é impossível.

1. Considere o sistema linear nas variáveis x, y e z, reais, 2. (ACEM) – Para quantos valores de k, o sistema linear

x + 2y – 3z = – 4
2x + y + kz = – 1
x–y+z=3 
2x + 2y – z = kx
x + z = ky
2x – 2y + 3z = kz
a) Para que valores de k o sistema tem solução única. possui soluções não nulas?
b) Para o valor de k que não satisfaz a condição do item a, o sistema a) Nenhum.
é possível e indeterminado ou impossível? b) Um único valor positivo.
c) Três valores, sendo dois negativos e um positivo.
RESOLUÇÃO: d) Três valores, sendo dois positivos e um negativo.

1 2 –3 e) Somente dois valores positivos.


a) D = 2 1 k = 3k + 6 = 0 ⇔ k = – 2
1 –1 1 RESOLUÇÃO:
O sistema tem solução única se D ⫽ 0 e, portanto, k ⫽ – 2.

 
2x + 2y – z = kx (2 – k)x + 2y – z = 0
x + z = ky ⇔ x – ky + z = 0
b) Para k = – 2 o sistema passa a ser


2x – 2y + 3z = kz 2x – 2y + (3 – k)z = 0
x + 2y – 3z = – 4
2x + y – 2z = – 1

 
(2 – k) 2 –1
x– y+ z=3
D= 1 –k 1 = – k(2 – k)(3 – k) + 4 + 2 – 2k –

1 2 –3 2 –2 (3 – k)
A matriz MI = 2 1 –2 tem característica p = 2, pois
– 2(3 – k) + 2(2 – k) = – 6k + 2k2 + 3k2 – k3 + 6 – 2k – 6 +
1 –1 1
+ 2k + 4 – 2k = – k3 + 5k2 – 8k + 4 = 0 ⇔

   
1 2 1 2 –3 ⇔ k3 – 5k2 + 8k – 4 = 0 ⇔ (k – 1)(k2 – 4k + 4) = 0 ⇔
⫽0 e 2 1 –2 =0
2 1 ⇔ k = 1 ou k = 2
1 –1 1
Assim, se k = 1 ou k = 2 ⇒ D = 0 ⇔ SPI e

1 2 –3 – 4 se k ≠ 1 e k ≠ 2 ⇔ D ≠ 0 ⇔ SPD
A matriz MC = 2 1 –2 – 1 também tem caracterís- Resposta: E
1 –1 1 3

 
1 2 –4
tica q = 2, pois 2 1 –1 =0
1 –1 3

Assim, p = q = 2 < 3 = n o sistema é possível e indeterminado.

– 37
C4_3A_2022_LILAS_MATEMATICA_ROSE 10/05/2022 12:20 Página 38

3. (UNICAMP) – Considere o sistema linear nas variáveis reais x, y, 4. (FUVEST) – Em uma transformação química, há conservação de
z e w. massa e dos elementos químicos envolvidos, o que pode ser
expresso em termos dos coeficientes e índices nas equações


MATEMÁTICA

x – y = 1,
químicas.
y + z = 2,
w – z = 3. a) Escreva um sistema linear que represente as relações entre os
coeficientes x, y, z e w na equação química
Logo, a soma x + y + z + w é igual a
x C8H18 + y O2 ⎯→ z CO2 + w H2O
a) – 2. b) 0. c) 6. d) 8.

b) Encontre todas as soluções do sistema em que x, y, z e w são


RESOLUÇÃO: inteiros positivos.
Somando as três equações, resulta x + w = 6.
Como y + z = 2, então: RESOLUÇÃO:
(x + w) + (y + z) = 6 + 2 = 8 x C8H18 + y O2 ⎯→ z CO2 + w H2O
Portanto, x + y + z + w = 8
Resposta: D a) Pelo princípio da conservação dos átomos, temos:


8x = z
18x = 2w
2y = 2z + w

25x


y = –––––

 
z = 8x z = 8x
2
b) 2w = 18x ⇔ w = 9x ⇔
z = 8x
2y = 2z + w 2y = 2 . (8x) + 9x w = 9x

Já que x, y, z e w são números inteiros e estritamente


positivos, supondo x = 2k, com k ∈ ⺞*, temos que a solução
geral do sistema é:


x = 2k
y = 25k
z = 16k
w = 18k

38 –
C4_3A_2022_LILAS_MATEMATICA_ROSE 10/05/2022 12:20 Página 39

Geometria Analítica FRENTE 3

MATEMÁTICA
MÓDULO 25 Circunferência: Equações Reduzida e Geral

A circunferência é um dos mais importantes lugares Exemplos


geométricos (L.G.), merecendo, pois, um estudo 1) Obter a equação reduzida da circunferência de
detalhado. centro C(– 2; 3) e raio 5.

1. Definição Resolução
A partir da equação (x – a)2 + (y – b)2 = r2, resulta:
Dado um ponto C de um plano (chamado centro) e
(x – (–2))2 + (y –3)2 = 52 ⇔ (x + 2)2 + (y – 3)2 = 25,
uma medida r não nula (chamada raio), denomina-se
circunferência ao lugar geométrico (L.G.) dos pontos do denominada equação reduzida.
plano que distam r do ponto C.
2) Obter a equação reduzida da circunferência de
centro na origem e raio 5.
Resolução
A partir da equação (x – a)2 + (y – b)2 = r2, temos:
(x – 0)2 + (y – 0)2 = 52 ⇔ x2 + y2 = 25

3. Equação Geral (ou Normal) da Circunferência


2. Equação Reduzida
(ou Cartesiana) da Circunferência
Desenvolvendo a equação reduzida da circunferên-
cia: (x – a)2 + (y – b)2 = r2, obtemos:
Seja a circunferência de centro C(a; b) e raio r.
Considerando um ponto genérico P(x; y) pertencente à x2 – 2ax + a2 + y2 – 2by + b2 = r2 ⇔
circunferência, teremos: ⇔ x2 + y2 – 2ax – 2by + a2 +b2 – r2 = 0
Fazendo-se – 2a = m; – 2b = n e a2 + b2 – r2 = p,
resulta:

x2 + y2 + m · x + n · y + p = 0

que é denominada equação geral da circunferência.

Exemplo
Determine a equação geral da circunferência de
P ∈ circunferência ⇔ dPC = r ⇔
centro C(–1; 3) e raio 5.
⇔ 
(x – a)2 + (y –b)2 = r ⇔ (x – a)2 + (y – b)2 = r2 Resolução

A equação (x – a) 2 + (y – b) 2 = r 2 A partir da equação


(x – a)2 + (y – b)2 = r2, temos a equação reduzida:
é denominada equação reduzida da circunferência.
(x + 1)2 + (y – 3)2 = 25, que, desenvolvida, resulta:
• Caso particular: Se o centro da circunferência é a
x2 + 2x + 1 + y2 – 6y + 9 = 25 ⇔
origem, C(0; 0), então a equação reduzida resulta
⇔ x2 + y2 + 2x – 6y – 15 = 0,
x2 + y2 = r2 denominada equação geral da circunferência.

– 39
C4_3A_2022_LILAS_MATEMATICA_ROSE 10/05/2022 12:20 Página 40

MATEMÁTICA

1. (UFJF) – No plano cartesiano, seja C uma circunferência situada 2. (UNICAMP-Modificada) – No plano cartesiano, considere a
no 1o. quadrante, tangente à reta x = 3 e tangente ao eixo x no ponto reta r de equação 2x + y = 1 e os pontos de coordenadas A = (1, 4) e
(7; 0). Uma equação cartesiana de C é: B = (3, 2). Determine a equação da circunferência na qual um dos

a) (x – 7)2 + (y – 4)2 = 16 diâmetros é o segmento AB.
b) (x – 7)2 + (y – 3)2 = 4
c) (x – 3)2 + (y – 7)2 = 16 RESOLUÇÃO:

d) (x – 7)2 + y2 = 49 Sendo C e R o centro e o raio da circunferência, respectivamente,

e) (x – 4)2 + (y – 4)2 = 4 temos:


I) Coordenadas de C (xC, yC):


RESOLUÇÃO: 1+3


xC = –––––– xC = 2
Observe a figura abaixo: 2 ⇔
4+2 yC = 3
yC = ––––––
2

II) Cálculo de R:

R = dAC = 
(2–
1)2 + (3 – 4)2 = 
2

Logo, a equação da circunferência na qual um dos diâmetros é


–––
o segmento AB, é (x – 2)2 + (y – 3)2 = 2

Resposta: (x – 2)2 + (y – 3)2 = 2

De acordo com as condições do enunciado, conclui-se que a


circunferência tem centro C(7; 4), raio r = 4 e, portanto, equação
(x – 7)2 + (y – 4)2 = 42.
Resposta: A

40 –
C4_3A_2022_LILAS_MATEMATICA_ROSE 10/05/2022 12:20 Página 41

3. (FMABC-2021) – Uma circunferência de centro A intercepta o 4. (FUVEST) – São dados, no plano cartesiano, o ponto P de coor-
eixo x nos pontos B e C, conforme mostra a figura. denadas (3, 6) e a circunferência C de equação (x – 1)2 + (y – 2)2 = 1.
Uma reta t passa por P e é tangente a C em um ponto Q. Então, a
y
distância de P a Q é:

MATEMÁTICA
a) 
15 b) 
17 c) 
18 d) 
19 e) 
20

RESOLUÇÃO:
A I) A circunferência de equação
(x – 1)2 + (y – 2)2 = 1 tem centro O(1, 2) e raio 1.

C B x

Sendo a equação dessa circunferência (x – 1)2 + (y – 2)2 = 13, a área


do triângulo ABC é
a) 4. b) 8. c) 6. d) 2. e) 10.

RESOLUÇÃO:
A circunferência de equação (x – 1)2 + (y – 2)2 =13 possui centro
A(1, 2) e raio r = 
13.
Os pontos B e C, intersecções da circunferência com o eixo das
abscissas possuem ordenada 0.
Assim, para y = 0 na equação da circunferência, resulta
(x – 1)2 + (0 – 2)2 = 13 ⇒ x = – 2 ou x = 4.
Dessa forma, A(1; 2), B(4; 0) e C(–2; 0) são vértices de um triângulo
de área

1 2 1
4 0 1 II) A distância entre O(1, 2) e P(3, 6) é 
(3 – 1)2 + (6 – 2)2 = 
20 .
–2 0 1
S = –––––––––––– = 6 —
2 III) Como o triângulo OPQ é retângulo em Q e OQ é o raio da
Resposta: C circunferência, temos:
PO2 = PQ2 + OQ2 ⇒ (
20 )2 = PQ2 + 12 ⇔
⇔ PQ2 = 19 ⇔ PQ = 
19, pois PQ > 0
Resposta: D

– 41
C4_3A_2022_LILAS_MATEMATICA_ROSE 17/05/2022 17:40 Página 42

MÓDULO 26 Determinação do Centro e do Raio


MATEMÁTICA

1. Determinação do Centro e do


m
Raio de uma Circunferência – 2a = m ⇔ a = ––––
–2
n
– 2b = n ⇔ b = ––––
Equação reduzida –2
Dada a equação reduzida de uma circunferência: Assim, as coordenadas do centro são:
(x – a)2 + (y – b)2 = r2 , de imediato conclui-se que o

冢 冣
centro é C(a ; b) e o raio é r. m n
C ––––; ––––
Exemplo –2 –2
A circunferência de equação (x – 2)2 + (y + 5)2 = 9 a b
tem centro C (2; – 5) e raio r = 3.
• Obtido o centro C(a; b), o raio é determinado a partir
Equação geral
Dada a equação geral de uma circunferência, da fórmula: a 2 + 苵苵苵苵苵
r = 兹苵苵苵苵苵苵 b2 – p , (com a2 + b2 – p > 0),
x2 + y2 + m · x + n · y + p = 0, o centro e o raio são visto que das equações, temos:
obtidos comparando-se essa equação com a equação
p = a2 + b2 – r2 ⇔ r2 = a2 + b2 – p
x2 + y2 – 2a · x – 2b · y + a2 + b2 – r2 = 0.
Notando-se que os coeficientes de x2 e y2 são Observações
iguais a 1, a obtenção do centro e do raio é feita da
• Quando a2 + b2 – p = 0, a equação representa
seguinte forma:
apenas o ponto C(a; b).
• Na determinação das coordenadas do centro, os
coeficientes de x e y (m e n) devem ser divididos por • Quando a2 + b2 – p < 0, a equação nada represen-
(–2), pois a partir das equações, conclui-se que: ta.

1. (UNIFESP) – A equação x2 + y2 + 6x + 4y + 12 = 0, em coor- 2. (FGV) – Dada a circunferência de equação


denadas cartesianas, representa uma circunferência de raio 1 e centro: x2 + y2 – 6x – 10y + 30 = 0, seja P seu ponto de ordenada máxima.
a) (– 6; 4) b) (6; 4) c) (3; 2) A soma das coordenadas de P é:
d) (– 3; – 2) e) (6; – 4) a) 10 b) 10,5 c) 11 d) 11,5 e) 1

RESOLUÇÃO: RESOLUÇÃO:
O centro da circunferência é: A circunferência x2 + y2 – 6x – 10y + 30 = 0 tem centro C (3; 5) e
兹苵苵苵苵苵苵苵苵苵苵苵苵苵苵
32 + 52 – 30 = 2.


6 raio r =
a = –––– = – 3
–2 O ponto P, de ordenada máxima, é P (3; 5 + 2) = P (3; 7).
C (– 3; – 2)
4 A soma das coordenadas de P é 10.
b = –––– = – 2
–2
Resposta: A

Resposta: D

42 –
C4_3A_2022_LILAS_MATEMATICA_ROSE 10/05/2022 12:20 Página 43

3. (USF) – No sistema de coordenadas cartesianas, a reta r passa 4. (UNICAMP) – Considere a circunferência de equação cartesiana
pela origem do sistema e pelo centro da circunferência de equação x2 + y2 = x − y. Qual das equações a seguir representa uma reta que
2x2 + 2y2 – 16x – 12y + 18 = 0. A equação da reta s, que é paralela à divide essa circunferência em duas partes iguais?
reta r e que passa pelo ponto (– 1, – 3), é: a) x + y = – 1. b) x – y = – 1.

MATEMÁTICA
a) 3x – 4y – 9 = 0 b) 4x – 3y – 9 = 0 c) x – y = 1. d) x + y = 1.
c) 3x – 4y – 15 = 0 d) 4x – 3y – 5 = 0
e) 4x – y – 5 = 0 RESOLUÇÃO:
A circunferência com equação
RESOLUÇÃO: 1 2 1 2 1
I) A circunferência de equação 2x2 + 2y2 – 16x – 12y + 18 = 0
x 2 + y2 = x – y ⇔  x– ––
2
 +  x+ ––
2
 = ––
2
possui centro C(4; 3) e raio R = 4. 1 1 
 ––2 ; –  e raio R = ––––
2
possui centro C –– .
2 2
II) A reta r que passa pela origem e pelo ponto C, centro da
3 A reta que divide a circunferência em duas partes iguais passa
circunferência, tem equação y = ––– x ⇔ 3x – 4y = 0.
4 pelo centro e, portanto, pode ter equação x – y = 1.

III) A reta S, paralela à reta r, possui equação 3x – 4y + k = 0, passa Resposta: C


pelo ponto (– 1, – 3) e, portanto, 3 · (– 1) – 4 · (– 3) + k = 0 ⇔ k = – 9.

Logo, a equação da reta S será 3x – 4y – 9 = 0.


Resposta: A

– 43
C4_3A_2022_LILAS_MATEMATICA_ROSE 10/05/2022 12:20 Página 44

Posição dos Pontos do Plano


MÓDULO 27
em Relação a uma Circunferência
MATEMÁTICA

Seja a circunferência de centro C(a; b) e raio r, com


equação (x – a)2 + (y – b)2 = r2 e um ponto P(x0; y0) do
plano cartesiano.
A posição do ponto P em relação à circunferência é
obtida pelo cálculo da distância do ponto P ao centro C
da circunferência e comparada com a medida do raio r.
Dessa forma, temos:
• P(x0; y0) pertence à circunferência ⇔ Exemplo 2
⇔ (x0 – a)2 + (y0 – b)2 = r2 Representar graficamente os pontos que satisfa-
zem à inequação (x – 3)2 + y2 > 4.
• P(x0; y0) é interno à circunferência ⇔
Resolução
⇔ (x0 – a)2 + (y0 – b)2 < r2
A equação (x – 3)2 + y2 = 4 representa uma circunfe-
• P(x0; y0) é externo à circunferência ⇔
rência de centro C(3; 0) e raio r = 2. Dessa forma, a ine-
⇔ (x0 – a)2 + (y0 – b)2 > r2. quação (x – 3)2 + y2 > 4 representa os pontos externos a
essa circunferência, e sua representação gráfica é:
Exemplo 1
Representar graficamente os pontos que satisfa-
zem à inequação x2 + y2 ≤ 9.
Resolução
A equação x2 + y2 = 9 representa uma circunferência
de centro C(0; 0) e raio r = 3. Dessa forma, a inequação
x2 + y2 ≤ 9 representa os pontos da circunferência e os
pontos internos a esta, e sua representação gráfica é:

1. (UNIRIO) – Considerando uma circunferência de centro (2;1) que


passa pelo ponto (2; – 2), assinale a opção correta.
a) A equação da circunferência é (x–2)2 + (y–1)2 = 3.
b) O interior da circunferência é representado pela inequação
x2 + 4x + y2 + 2y – 4 < 0.
c) O interior da circunferência é representado pela inequação
x2 – 4x + y2 – 2y – 4 < 0.
d) O exterior da circunferência é representado pela inequação
x2 – 4x + y2 – 2y + 2 > 0 .
e) O ponto (5; – 1) pertence à circunferência.

RESOLUÇÃO:
centro: C(2; 1)

raio: r = 
(2 – 2)2 + (1 + 2)2 = 3
A equação da circunferência é:
(x – 2)2 + (y – 1)2 = 9 ⇔ x2 + y2 – 4x – 2y – 4 = 0
Os pontos internos da circunferência são representados por:
x2 + y2 – 4x – 2y – 4 < 0
Resposta: C

44 –
C4_3A_2022_LILAS_MATEMATICA_ROSE 10/05/2022 12:20 Página 45

x2 + y2 ≤ 25


2. (FSLMANDIC-ARARAS) – Marque a alternativa que mostra o
sistema de inequações que representa a área assinalada na figura III) x2 + y2 ≥ 9
seguinte: x≥0

MATEMÁTICA
x2 + y2 ≤ 25

 x ≥ 0
(x – 3)2 + (y – 5)2 ≤ 4
b) Resposta: A
a) x2 + y2 ≥9
x≥0
x2 + y2 ≤ 4
c) x ≥ 0
(x – 2)2 / 2 ≤ 4
d)
 x2 + y2 ≥ 2
x≥0

x2 y2 ≤ 16


+
e) x2 + y2 ≥ 9
x≥0

RESOLUÇÃO:
I) x2 + y2 ≤ 25

b) x2 + y2 ≥ 9

– 45
C4_3A_2022_LILAS_MATEMATICA_ROSE 10/05/2022 12:20 Página 46

3. (FUVEST-2021) II)
MATEMÁTICA

A reta representada tem equação x – y + 1 = 0 e, como para a


origem 0 – 0 + 1 = 1 > 0, o semiplano acima da reta é o
semiplano x – y + 1 ≤ 0.

III)

A região hachurada do plano cartesiano xOy contida no círculo de


centro na origem O e raio 1, mostrada na figura, pode ser descrita por
a) {(x, y); x2 + y2 ≤ 1 e y – x ≤ 1}.
b) {(x, y); x2 + y2 ≥ 1 e y + x ≥ 1}.
c) {(x, y); x2 + y2 ≤ 1 e y – x ≥ 1}.
d) {(x, y); x2 + y2 ≤ 1 e y + x ≥ 1}.
e) {(x, y); x2 + y2 ≥ 1 e y + x ≤ 1}.

Note e adote:
O círculo de centro O e raio 1 o conjunto de todos os pontos do
plano que estão a uma distância de O menor do que ou igual a 1.
A região hachurada é a intersecção do círculo x2 + y2 ≤ 1 com
o semiplano y – x ≥ 1.
RESOLUÇÃO: Resposta: C
I)

A região representa o círculo de centro na origem O e raio 1.


Assim x2 + y2 ≤ 1.

46 –
C4_3A_2022_LILAS_MATEMATICA_ROSE 10/05/2022 12:20 Página 47

MÓDULO 28 Elipse
1. Definição A equação reduzida dessa elipse é:

MATEMÁTICA
x2 y2
Dados dois pontos F1 e F2 (focos) de um plano, com ––– + ––– = 1
a2 b2
F1F2 = 2f, e uma medida 2a (2a > 2f), chama-se ELIPSE
ao lugar geométrico dos pontos P do plano, tal que: Seja a elipse com eixo maior (e focos) contido no
eixo “y” e centro na origem:
PF1 + PF2 = 2a

2. Elementos Principais

• Centro é o ponto C;

• Distância focal = F1F2 = 2 . f;

• Eixo maior = A1A2 = 2 . a;

• Eixo menor = B1B2 = 2 . b;


A equação reduzida da elipse, neste caso, é:
• Vértices são os pontos A1 e A2;
x2 y2
• Polos são os pontos B1 e B2; –––– + –––– = 1
b2 a2
• Focos são os pontos F1 e F2.
4. Observações
A partir do triângulo retângulo CB1F1, da figura, temos:
Se o centro da elipse for o ponto C (g; h) e os eixos
100a 2 = b 2 + f 2 da elipse forem paralelos aos eixos coordenados, tere-
mos as seguintes figuras e equações reduzidas:
3. Equação Reduzida
(x – g)2 (y – h)2
Seja a elipse com eixo maior (e focos) contido no a) ––––––––– + ––––––––– = 1
eixo dos “x” e centro na origem: a2 b2

– 47
C4_3A_2022_LILAS_MATEMATICA_ROSE 17/05/2022 17:32 Página 48

(x – g)2 (y – h)2 5. Excentricidade


b) ––––––––– + ––––––––– = 1 Chama-se EXCENTRICIDADE da elipse à razão:
b2 a2
MATEMÁTICA

f
e = –– . Como 0 < f < a, então 0 < e < 1.
a

Texto para as questões 1 e 2.


Existem pessoas que nascem com problemas de saúde relacionados
ao consumo de leite de vaca. A pequena Laura, filha do Sr. Antônio,
nasceu com esse problema. Para solucioná-lo, o Sr. Antônio adquiriu
uma cabra que pasta em um campo retangular medindo 20 m de
comprimento e 16 m de largura. Acontece que as cabras comem tudo
o que aparece à sua frente, invadindo hortas, jardins e chácaras
vizinhas. O Sr. Antônio resolveu amarrar a cabra em uma corda presa
pelas extremidades nos pontos A e B, que estão 12 m afastados um
do outro. A cabra tem uma argola na coleira por onde é passada a 2. (UEL) – Obtenha a equação da curva que delimita a maior área
corda, de tal modo que ela possa deslizar livremente por toda a possível nas condições do problema.
extensão da corda. Observe a figura e responda à questão a seguir. x2 y2 x2 y2 x2 y2
a) ––– + ––– = 1 b) ––– + ––– = 1 c) –––– + ––– = 1.
10 8 20 16 100 64

x2 y2 x2 y2
d) ––– + –––– = 1 e) –––– + –––– = 1
64 100 400 256

RESOLUÇÃO:
Sendo 2a = 20 ⇔ a = 10
2b = 16 ⇔ b = 8,
a equação da elipse resulta em:
x2 y2 x2 y2
––– + ––– = 1 ⇒ –––– + ––– = 1
a2 b2 100 64
1. (UEL) – Qual deve ser o comprimento da corda para que a cabra
possa pastar na maior área possível, dentro do campo retangular? Resposta: C
a) 10 m b) 15 m c) 20 m d) 25 m e) 30 m

RESOLUÇÃO:
Os pontos A e B serão os focos da elipse, com eixos maior e
menor, respectivamente: 2a = 20 m e 2b = 16 m.
Para que a cabra possa pastar na maior área possível (interior da
elipse de focos em A e B), o comprimento da corda deve ser:
PA + PB = 2a (definição de elipse)
Assim: PA + PB = 20 m
Resposta: C

48 –
C4_3A_2022_LILAS_MATEMATICA_ROSE 10/05/2022 12:20 Página 49

3. (UNIFOR) – Joahanes Kepler (1571-1630) determinou que as


órbitas dos planetas do sistema solar não são circunferências perfeitas,
mas sim elípticas, tendo o sol em um dos focos, exceto por pequenas
perturbações devido às influências de outros planetas no sistema solar.

MATEMÁTICA
Assim posto, suponha que a órbita elíptica de um planeta tem o
comprimento do eixo maior de 500 milhões de quilômetros e a
distância entre os focos de 400 milhões de quilômetros.
A equação da órbita desse planeta é (em milhões de quilômetros):
x2 y2 x2 y2
a) ––––––– + ––––––– = 1 b) ––––––– + ––––––– = 1
15 000 10 000 25 000 20 000 RESOLUÇÃO:

x2 y2 x2 y2 9x2 4y2 x2 y2
c) ––––––– + ––––––– = 1 d) ––––––– + ––––––– = 1 A equação 9x2 + 4y2 = 36 ⇔ –––– + –––– = 1 ⇔ ––– + ––– = 1
50 000 20 500 62 500 22 500 36 36 4 9

x2 y2 representa uma elipse, com eixo maior vertical, centro na origem


e) ––––––– + ––––––– = 1
50 500 20 500 e com medidas dos semieixos iguais a:
a2 = 9 ⇒ a = 3
RESOLUÇÃO:
b2 = 4 ⇒ b = 2
Supondo o eixo maior da elipse horizontal, temos (em milhões de
Resposta: D
quilômetros):
I) Eixo maior: 2 . a = 500 ⇔ a = 250
Distância focal: 2 . f = 400 ⇔ f = 200 5. (UNICAMP) – Seja i a unidade imaginária, isto é, i2 = −1. O lugar
II) a2 = f2 + b2 ⇔ (250)2 = (200)2 + b2 ⇔ geométrico dos pontos do plano cartesiano com coordenadas reais
⇔ b2 = 62 500 – 40 000 = 22 500 (x; y) tais que (2x + yi)(y + 2xi) = i é uma
a) elipse. b) hipérbole.
Logo, a equação da órbita desse planeta é (em milhões de quilô-
c) parábola. d) reta.
metros):
x2 y2 x2 y2
–––2
+ –––
2
= 1 ⇒ ––––––– + ––––––– = 1 RESOLUÇÃO:
a b 62 500 22 500
(2x + yi) . (y + 2xi) = i ⇔ 2xy – 2xy + (4x2 + y2) . i = i ⇔
Resposta: D x2
⇔ 4x2 + y2 = 1 ⇔ ––––– + y2 = 1, cuja equação representa uma
1
–––
4
elipse com centro na origem, eixo maior 2 . a = 2 . 1 = 2 vertical,
1
eixo menor 2 . b = 2 . ––– = 1 horizontal e focos no eixo y.
2

4. (UFRN-adaptado) – O gráfico que melhor representa a equação


9x2 + 4y2 = 36 é:

Resposta: A

– 49
C4_3A_2022_LILAS_MATEMATICA_ROSE 10/05/2022 12:20 Página 50

MÓDULO 29 Hipérbole
MATEMÁTICA

1. Definição a equação reduzida da hipérbole resulta:

x2 y2
Dados dois pontos F1 e F2 (focos) de um plano, com –––– – –––– = 1
a2 b2
F1 F2 = 2f, e uma medida 2a (2a < 2f), chama-se
Hipérbole ao lugar geométrico dos pontos P do plano,
tal que:

 PF1 – PF2  = 2a

Seja a hipérbole com eixo transverso (e focos) con-


tido no eixo “y” e centro na origem.
Sendo:


• focos: F1(0; f) e F2(0; – f)
• vértices: A1(0; a) e A2(0; – a)
2. Elementos Principais • polos: B1(b; 0) e B2(– b; 0)
• Centro é o ponto C;
• Distância focal = F1F2= 2 . f;
• Eixo transverso = A1A2 = 2 . a;
• Eixo conjugado = B1B2 = 2 . b;
• Vértices são os pontos A1 e A2;
• Polos são os pontos B1 e B2;
• Focos são os pontos F1 e F2;
• Assíntotas são as retas d1 e d2.
A partir do triângulo retângulo CB1D da figura, temos:
a equação reduzida da hipérbole resulta:
f 2 = a2 + b2
y2 x2
3. Equação Reduzida –––– – –––– = 1
a2 b2
Seja a hipérbole com eixo transverso (e focos) conti-
do no eixo dos “x” e centro na origem. 4. Complementos
Sendo:
Se a hipérbole tiver centro no ponto C(g; h) e os


• focos: F1(f; 0) e F2(– f; 0)
• vértices: A1(a; 0) e A2 (– a; 0) eixos paralelos aos eixos coordenados, teremos as se-

• polos: B1(0; b) e B2(0; – b) guintes figuras e equações reduzidas:

50 –
C4_3A_2022_LILAS_MATEMATICA_ROSE 17/05/2022 17:32 Página 51

Um caso importante de hipérbole equilátera é obtido


(x – g)2 (y – h)2
a) ––––––––– – ––––––––– = 1 fazendo-se uma rotação (nos casos acima) de modo a
a2 b2
deixar os eixos cartesianos como assíntotas e focos

MATEMÁTICA
nas bissetrizes dos quadrantes:
• Focos na bissetriz dos quadrantes ímpares
(y = x). A equação, nesse caso, resulta x . y = k , com
k > 0.

(y – h)2 (x – g)2
b) ––––––––– – ––––––––– =1
a2 b2

• Focos na bissetriz dos quadrantes pares (y = – x).

A equação, nesse caso, resulta x.y=k , com k < 0.

5. Hipérbole Equilátera

Uma hipérbole é denominada equilátera quando as


medidas dos eixos transversal e conjugado são iguais,
isto é, quando as medidas a e b são iguais (a = b).
As equações reduzidas das hipérboles equiláteras,
com centro na origem, resultam: 6. Excentricidade

x2 – y2 = a2 ou y2 – x2 = a2 f
e = ––– , como f > a, então e > 1.
a
As assíntotas, nesses casos, são as bissetrizes dos
quadrantes pares e ímpares.

– 51
C4_3A_2022_LILAS_MATEMATICA_ROSE 10/05/2022 12:20 Página 52

MATEMÁTICA

1. (USF) – Se os lados de um retângulo têm medidas iguais às 3. (UFSC) – Em relação à proposição abaixo, classifique em

medidas do eixo transverso e do eixo conjugado da hipérbole de verdadeiro ou falso:


x2 y2 A catedral de Brasília foi projetada pelo arquiteto Oscar Niemeyer. Sua
equação ––– – ––– = 1, a área desse retângulo, em unidades de
36 25 estrutura se destaca pela beleza e pela forma, um hiperboloide de
área, é igual a: rotação. A figura abaixo destaca os principais elementos da hipérbole
a) 90 b) 120 c) 50 d) 44 e) 60 associada à forma da catedral e é possível perceber que ela tem como
base um círculo de diâmetro d. Supondo que a equação dessa hipérbole

x2 y2
RESOLUÇÃO: seja –––– – –––– = 1 e que a medida do diâmetro tenha 10 metros a
225 400
x2 y2
A hipérbole ––– – ––– = 1 tem: mais que a distância focal, então a medida d será igual a 60 metros.
36 25
y
a2 = 36 ⇒ a = 6 ⇒ 2a = 12 (eixo transverso)
b2 = 25 ⇒ b = 5 ⇒ 2b = 10 (eixo conjugado)
A área do retângulo é igual a:
A = 12 . 10 = 120 B1
Resposta: B
F1 A1 A2 F2
2b
0 x

B2
2a
2. (CESGRANRIO-adaptado) – Esboçar o gráfico da curva de 2c
equação y2 – 4x2 = 16, determinando as coordenadas dos vértices e
dos focos.
d
RESOLUÇÃO:
y2 x2 RESOLUÇÃO:
y2 – 4x2 = 16 ⇔ –––– – ––– = 1
a2 = 225 ⇔ a = 15

16 4 x2 y2
–––– – –––– = 1 ⇔
representa uma hipérbole com focos no eixo y, sendo: 225 400 b2 = 400 ⇔ b = 20

a2 = 16 ⇒ a = 4
Logo, f2 = a2 + b2 = 625 ⇔ f = 25 e, portanto, a distância focal será
b2 = 4 ⇒ b = 2 2 . f = 50.
O gráfico é do tipo: Sendo d o diâmetro do círculo da base da catedral e d = 2f + 10,
então d = 60 metros.
Resposta: verdadeiro.

Então: f 2 = a2 + b2 = 16 + 4 = 20 e f = 
20 = 2
5 . Os focos têm coor-

denadas: F1(0; 2


5 ) e F2(0; – 2
5 ).
Os vértices são os pontos A1(0; 4) e A2(0; – 4).

52 –
C4_3A_2022_LILAS_MATEMATICA_ROSE 10/05/2022 12:20 Página 53

4. (UFPB) – Em certo sistema marítimo de navegação, duas II) Como PA – PB = 2a = 36 ⇔ a = 18, AB = 2 . f = 60 ⇔ f = 30 e


estações de rádio, localizadas na costa, nos pontos A e B, transmitem
a2 + b2 = f 2, temos: 182 + b2 = 302 ⇔ b2 = 576.
simultaneamente sinais de rádio para qualquer embarcação que se
encontre no mar, na área de alcance dessas estações. Sendo P o ponto III) A hipérbole, com focos em A e B, tem centro na origem e

MATEMÁTICA
onde está localizada uma embarcação que recebe esses sinais, o
— — equação:
computador de bordo da embarcação calcula a diferença, PA – PB, das
distâncias da embarcação a cada uma das estações. x2 y2 x2 y2
––– – ––– = 1 ⇒ –––– – –––– = 1
a2 b2 324 576
Um navio que estava ancorado no mar recebeu o sinal da estação loca-
lizada em B e, 120 microssegundos (µs) depois, recebeu o sinal da Resposta: A
estação localizada em A, conforme a figura abaixo.

Dados:
• 1 s = 106 µs
• A velocidade do sinal de rádio é de 300 000 km/s.

Considere as estações de rádio e o ponto P onde esse navio estava


ancorado como pontos de um plano cartesiano, em que a unidade de
comprimento é o quilômetro e A(– 30; 0) e B(30; 0).

Nesse contexto, é correto afirmar que a hipérbole com focos nos


pontos A e B e que contém o ponto P tem como equação a expressão:
x2 y2 x2 y2
a) –––– – –––– = 1 b) –––– – ––– = 1
324 576 361 676

x2 y2 x2 y2
c) –––– – –––– = 1 d) –––– – –––– = 1
576 324 676 361

x2 y2
e) –––– – –––– = 1
289 625

RESOLUÇÃO:
I) Com base no enunciado:
12
1) ⌬t1 – ⌬t2 = 120 µs = 120 . 10– 6 s = ––– segundos
105

2) V = 300 000 km/s = 3 . 105 km/s

⌬s
3) V = ––––
⌬t

12
Portanto, resulta ⌬s = 3 . 105 . –––– = 36 km = PA – PB.
105

– 53
C4_3A_2022_LILAS_MATEMATICA_ROSE 10/05/2022 12:20 Página 54

MÓDULO 30 Parábola
MATEMÁTICA

1. Definição Se a parábola, nas condições anteriores, estiver


voltada para a “esquerda”, teremos:
Dados um ponto F (foco) e uma reta d (diretriz), com
 • diretriz: x = f
• foco: F (– f; 0)
F ∉ d, pertencentes a um mesmo plano, chama-se
Parábola ao lugar geométrico dos pontos P do plano, e sua equação reduzida será:
equidistantes do ponto F e da reta d.
y2 = – 4 . f . x
PF = Pd

2. Elementos Principais
• Foco é o ponto F; Seja a parábola com eixo de simetria contido no eixo
• Diretriz é a reta d;
“y”, vértice na origem e voltada para “cima”.
• Vértice é o ponto V;
Sendo:
• Parâmetro = 2 . f (VF = Vd = f).
 • diretriz: y = – f
• foco: F(0; f)
3. Equação Reduzida
a equação reduzida da parábola será:
Seja a parábola com eixo de simetria contido no eixo
“x”, vértice na origem e voltada para a “direita”. x2 = 4 . f . y
Sendo:


• foco: F (f; 0)
• diretriz: x = – f

a equação reduzida da parábola será:

y2 = 4 . f . x

Se a parábola, nas condições anteriores, estiver vol-


tada para “baixo”, teremos:

 • diretriz: y = f
• foco: F(0; – f)

54 –
C4_3A_2022_LILAS_MATEMATICA_ROSE 17/05/2022 17:32 Página 55

e sua equação reduzida será: Desenvolvida a equação reduzida, resultará da

x2 = – 4 . f . y forma: x = a . y2 + b . y + c ,com a ≠ 0.

MATEMÁTICA
Se a parábola apresentar vértice no ponto V (g; h),
eixo de simetria paralelo ao eixo “y” e voltada para
“cima”, sua equação reduzida será:

(x – g) 2 = 4 . f . (y – h)

4. Complementos

Se a parábola apresentar vértice no ponto V (g; h),


eixo de simetria paralelo ao eixo “x” e voltada para a
“direita”, sua equação reduzida será:

(y – h)2 = 4 . f . (x – g)

Se a parábola, nas condições anteriores, estiver vol-


tada para “baixo”, sua equação reduzida será:
(x – g)2 = – 4 . f . (y – h)

Se a parábola, nas condições anteriores, estiver vol-


tada para a “esquerda”, sua equação reduzida será:

(y – h)2 = – 4 . f . (x – g)

Desenvolvida a equação reduzida, resultará da


forma: y = a . x2 + b . x + c , com a ≠ 0.

5. Excentricidade

Chama-se EXCENTRICIDADE na parábola à razão:


PF
e = –––– = 1
Pd

– 55
C4_3A_2022_LILAS_MATEMATICA_ROSE 10/05/2022 12:20 Página 56

MATEMÁTICA

1. (UNIRP) – Esboçar o gráfico e obter a equação do L.G. dos pontos


do plano que equidistam do ponto F(2; 0) e da reta de equação
(r) x = – 2.

RESOLUÇÃO:
O L.G. é uma parábola com foco em F e diretriz r.
Gráfico:

3. (U. CAXIAS DO SUL) – Se girarmos uma parábola em torno do


seu eixo, ela dá origem a uma superfície. Um exemplo da importância
dessas superfícies, são as antenas parabólicas, que fazem convergir
para um único ponto sobre o eixo (FOCO) os sinais provenientes de um
satélite, a fim de ampliar a intensidade desses sinais. Qualquer parte
da parábola se caracteriza por estar à mesma distância do foco e de
Equação: para f = 2 e y2 = 4 . f . x, temos: y2 = 8 . x. uma reta chamada diretriz.
Em uma parábola definida por (x + 2)2 = 16 . (y + 3), e cuja diretriz é a
reta de equação y = – 7, a distância do foco até o vértice é igual a:
a) 4 b) 3 c) 6 d) 2 e) 7

RESOLUÇÃO:
Pela equação (x + 2)2 = 16 . (y + 3), temos vértice V(– 2; – 3) e
4f = 16 ⇔ f = 4.
No gráfico da parábola abaixo, resulta:

2. (MACKENZIE) – A equação da parábola que tem vértice no ponto


V(4; 1) e foco F(2; 1) é:
a) (y – 1)2 = – 16 . (x – 4) b) (y – 4)2 = 8 . (x – 1)
c) (y – 1)2 = 2 . (x – 4) d) (y – 2)2 = – 4 . (x – 1)
e) (y – 1)2 = – 8 . (x – 4)

RESOLUÇÃO:

y Foco: F (–2;1)
f = FV = Vd = 4
Resposta: A

F(2; 1) V(4; 1)

f=2
x

Com base na figura, temos:


(y – 1)2 = – 4 . 2 . (x – 4)
(y – 1)2 = – 8 . (x – 4)
Resposta: E

56 –
C4_3A_2022_LILAS_MATEMATICA_ROSE 17/05/2022 17:32 Página 57

Geometria dos Sólidos e de Posição FRENTE 4

MATEMÁTICA
MÓDULO 25 Troncos
1. Secção Paralela à Base de uma Pirâmide 2. Cálculo do Volume de um Tronco de Pirâmide
de Bases Paralelas

Sendo AB e Ab as áreas das bases, H, a altura


(distância entre os planos das bases) e V, o volume de
um tronco de pirâmide de bases paralelas, tem-se:

H
Quando interceptamos todas as arestas laterais da V = ––– AB + Ab + 兹苵苵苵苵苵苵苵苵苵苵
( AB · Ab )
3
pirâmide por um plano paralelo à base, que não contém
esta, nem o vértice, obtemos uma secção poligonal, tal
que: 3. Tronco de Cone de Bases Paralelas
• As arestas laterais e a altura ficam divididas na Seccionando-se um cone por um plano paralelo à
mesma razão. base dele, obtêm-se dois sólidos: um novo cone e um
VA’ VB’ VC’ h tronco de cone de bases paralelas.
–––– = –––– = –––– = … = –––
VA VB VC H

• A secção obtida e a base são polígonos seme-


lhantes.

• A razão entre as áreas da secção (As) e da base


(Ab) é igual ao quadrado da razão entre suas distâncias
ao vértice. Sendo R e r os raios das bases e h a altura do tronco
As h2 de cone de bases paralelas, tem-se que o seu volume é
–––– = ––––
Ab H2 dado por:
πh
• A razão entre os volumes das pirâmides Vt = ––––– (R2 + r2 + R r)
3
semelhantes VA’B’C’... e VABC ... é igual ao cubo da
razão entre suas alturas. e sua área lateral é dada por:
Aᐉ = π (R + r) g
VVAB'C'... h3
––––––––– = ––––
VVABC... H3 4. Sólidos Semelhantes

Em sólidos semelhantes, a razão entre as áreas é


• A “parte” (região) da pirâmide compreendida
igual ao quadrado da razão de semelhança, e a razão en-
entre a base e a citada secção é denominada tronco de
tre os volumes é igual ao cubo da razão de semelhança.
pirâmide de bases paralelas.

– 57
C4_3A_2022_LILAS_MATEMATICA_ROSE 10/05/2022 12:20 Página 58

Assim, se dois sólidos de áreas, respectivamente, iguais a A1 e A2, e volumes, respectivamente, iguais a V1 e V2
são semelhantes numa razão K, então:
MATEMÁTICA

A1 V1
–––– = K2 e –––– = K3
A2 V2

1. No tronco de pirâmide regular da figura, calcule: c) AT = AB + Ab + AL ⇔ AT = 102 + 42 + 140 ⇔ AT = 256


a) o apótema lateral g;
b) a área lateral; Respostas: a) g = 5 b) AL = 140 c) AT = 256
c) a área total.

RESOLUÇÃO:
2. O volume do sólido da figura do problema anterior vale:
a) 154 b) 186 c) 208 d) 235 e) 280

RESOLUÇÃO:
4
VTRONCO = ––– · (AB + Ab + 
AB · Ab ) =
3
4
= ––– · (102 + 42 + 
102 · 42 ) ⇒ VTRONCO = 208
3
Resposta: C

a)

g 2 = 32 + 4 2 ⇔ g = 5

4 · (10 + 4) · g 4 · (10 + 4) · 5
b) AL = 4 · ABCHG = –––––––––––––– = –––––––––––––– ⇒ AL = 140
2 2

58 –
C4_3A_2022_LILAS_MATEMATICA_ROSE 10/05/2022 12:20 Página 59

3. (PUC) – Calvin, por natureza, é um menino maldoso e “arteiro”. 4. (UFMG) – Observe a figura.
A tira a seguir mostra a “engenhoca” que ele construiu para perturbar
o sossego de seu pai. Ele espera que, ao ser aberta a porta, a água
existente no balde escorra pela canaleta e molhe seu pai!

MATEMÁTICA
(“C2 Música”. In: O Estado de S. Paulo, São Paulo, 29 set. 2012.)

Sabe-se que o balde tem a forma de um tronco de cone de 16 cm de Essa taça, cujo interior tem a forma de um cone, contém suco até a
altura e os raios das bases de medidas 11 cm e 8 cm, e a água em seu metade da altura do cone interno. Se o volume do cone interno é igual
2 a V, então o volume do suco nele contido é:
interior ocupa –– de sua capacidade. Assim sendo, quantos litros de
3 V V V V V
a) ––– b) ––– c) ––– d) ––– e) –––
água Calvin pretende jogar em seu pai? (Considere a aproximação: 16 9 8 4 3
π = 3).
a) 2,965 b) 2,912 c) 2,904 RESOLUÇÃO:
d) 2,894 e) 2,890

RESOLUÇÃO:

1 3V
1) V = –– π (2R)2 · 2h ⇔ π R2 h = –––
3 8
1
Em cm2, as áreas das bases menor e maior do balde são, 2) Vsuco = –– · π · R2 · h
3
respectivamente:
1 3V V
Ab = π · 82 = 64π e AB = π · 112 = 121π Assim, Vsuco = –– · ––– ⇔ Vsuco = ––
3 8 8
O volume V do balde, em cm3, é:
Resposta: C
H 16
AB ·Ab ) = ––– (121π + 64π + 
V = ––– (AB + Ab +  121π · 64π ) =
3 3

16
= ––– (185π + 88π) = 1 456π · 1 456 · 3 = 4 368
3

A quantidade de água no balde é:


2
––– · 4 368 cm3 = 2 912 cm3 = 2,912 litros
3

Resposta: B

– 59
C4_3A_2022_LILAS_MATEMATICA_ROSE 10/05/2022 12:20 Página 60

5. (MACKENZIE) – Uma mistura de leite batido com sorvete é


servida em um copo, como na figura. Se na parte superior do copo há
uma camada de espuma de 4 cm de altura, então a porcentagem do
MATEMÁTICA

volume do copo ocupada pela espuma está mais bem aproximada na


alternativa:

a) 65% b) 60% c) 50% d) 45% e) 70%

RESOLUÇÃO:

Sejam VE , VS e VC , respectivamente, os volumes da espuma, da


parte consistente de sorvete e do copo.
Da semelhança dos sólidos VAB e VCD, conforme a figura,
obtém-se:
3

 –––
20 
VS 16 64
–––– = ⇔ VS = –––– . VC
VC 125

Como
64 61
VE = VC – VS = VC – –––– . VC = –––– . VC = 0,488 · VC
125 125

tem-se: VE = 48,8% · VC  50% · VC

Resposta: C

60 –
C4_3A_2022_LILAS_MATEMATICA_ROSE 10/05/2022 12:20 Página 61

MÓDULO 26 A Esfera e suas Partes


1. Superfície Esférica • Zona esférica

MATEMÁTICA
É a superfície gerada pela revolução completa de
uma semicircunferência (ABA’) em torno de seu diâ-
metro (AA’), como mostra a figura.

Azona = 2π R h

• Calota esférica

A área de uma superfície esférica de raio R é dada


por:
ASE = 4 π R2

2. Esfera
É o sólido limitado por uma superfície esférica.

Acal = 2π R h

4. Partes da Esfera

• Cunha esférica

O volume de uma esfera de raio R é dado por:

4
Vesf = ––– π R3
3

3. Partes da Superfície Esférica


π R3 α°
• Fuso esférico Vc = ––––––––
270°

• Setor esférico

π R2 α° 2
Af = –––––––– V = –– π R2 h
90° 3

– 61
C4_3A_2022_LILAS_MATEMATICA_ROSE 10/05/2022 12:20 Página 62

• Segmento esférico de uma base • Segmento esférico de duas bases


MATEMÁTICA

πh πh
V = ––––– (3r2 + h2) V = –––– [3 (r12 + r22 ) + h2]
6 6

1. (UNISA) – A área de uma secção feita a 4 cm do centro de uma 2. (PUC) – O volume de um cilindro de 8 cm de altura equivale a
esfera é 9π cm2. Nessas condições, a área da superfície esférica é: 75% do volume de uma esfera com 8 cm de diâmetro. A área lateral
a) 128π cm2 b) 121π cm2 c) 144π cm2 do cilindro, em cm2, é
d) 100π cm2 e) 132π cm2
a) 42 
2π b) 36 
3π c) 32 
2π d) 24 

RESOLUÇÃO:
RESOLUÇÃO:
Sendo, r a medida, em centímetros, do raio da base do cilindro, VC
o volume do cilindro e VE o volume da esfera, temos:
3

 
75 4 8
VC = 75% · VE ⇒ π · r2 · 8 = –––– · ––– π · ––– ⇒ r = 2
2
100 3 2

Assim, a área lateral (AL) do cilindro, em centímetros quadrados,


é dada por: AL = 2π r · 8 = 2π · 2
2 · 8 = 32

Resposta: C

I) ASECÇÃO = 9π ⇔ π r2 = 9π ⇒ r = 3 cm

II) R2 = r2 + d2 ⇔ R2 = 32 + 42 ⇒ R = 5 cm

III) AESF = 4πR2 = 4π · 52 ⇒ AESF = 100π cm2

Resposta: D

62 –
C4_3A_2022_LILAS_MATEMATICA_ROSE 10/05/2022 12:20 Página 63

3. Uma empresa farmacêutica produz medicamentos 4. (FUVEST) – Um fabricante de cristais produz três tipos de taças
em pílulas, cada uma na forma de um cilindro com para servir vinho. Uma delas tem o bojo no formato de uma semiesfera
uma semiesfera com o mesmo raio do cilindro em de raio r; a outra, no formato de um cone reto de base circular de
cada uma de suas extremidades. Essas pílulas são moldadas por uma raio 2r e altura h; e a última, no formato de um cilindro reto de base

MATEMÁTICA
máquina programada para que os cilindros tenham sempre 10 mm de circular de raio x e altura h. Sabendo-se que as taças dos três tipos,
comprimento, adequando o raio de acordo com o volume desejado. quando completamente cheias comportam a mesma quantidade de
Um medicamento é produzido em pílulas com 5 mm de raio. Para x
vinho, é correto afirmar que a razão ––– é igual a
facilitar a deglutição, deseja-se produzir esse medicamento diminuindo h
o raio para 4 mm, e, por consequência, seu volume. Isso exige a 
3 
3 2
3 4
3
reprogramação da máquina que produz essas pílulas. a) ––– b) ––– c) ––––– d) 
3 e) –––––
6 3 3 3
Use 3 como valor aproximado para π.
A redução do volume da pílula, em milímetros cúbicos, após a reprogra- RESOLUÇÃO:
mação da máquina, será igual a
a) 168. b) 304. c) 306. d) 378. e) 514.

RESOLUÇÃO:

Do enunciado, tem-se:
1.º) Vsemiesfera = Vcone

1 4 1
Assim: –– · –– · πr3 = –– · π (2r)2 · h ⇔ r = 2h
2 3 3

2
2.º) Vsemiesfera = Vcilindro ⇔ –– πr3 = πx2h
3

2
Assim: –– (2h)3 = x2h ⇔ 16h3 = 3x2h ⇔
3
x2 16 x 4 x 4
3
⇔ ––– = ––– ⇔ –– = –––– ⇔ –– = ––––– , pois x > 0 e h > 0
2 h h 3
h 3 
3
Resposta: E

Sendo cada pílula formada por um cilindro de altura h, e duas


semiesferas de raio R, seu volume V será:

 
1 4
V = 2 · ––– · ––– · π · R3 + π · R2 · h
2 3
Adotando π = 3:
I) Para h = 10 mm e R = 5 mm, temos, em mm3 :
1 4
VI = 2 · ––– · ––– · 3 · 53 + 3 · 52 · 10 = 1250
2 3

II) Para h = 10 mm e R = 4 mm, temos, em mm3 :


1 4
VII = 2 · ––– · ––– · 3 · 43 + 3 · 42 · 10 = 736
2 3

Logo, a redução do volume da pílula, após a reprogramação da


máquina, será igual a:
1250 mm3 – 736 mm3 = 514 mm3
Resposta: E

– 63
C4_3A_2022_LILAS_MATEMATICA_ROSE 10/05/2022 12:20 Página 64

MÓDULO 27 Inscrição e Circunscrição de Sólidos


MATEMÁTICA

1. Esfera Inscrita no Cubo

2 a 
3
2 ) + a2 ⇔ R = ––––––
(2R)2 = (a
2

3. Esfera Inscrita no Cilindro

a
r+r=a⇔ r = –––
2
r=R e h=2·R

2. Cubo Inscrito na Esfera 4. Cilindro Inscrito na Esfera

(2R)2 = (2r)2 + h2

64 –
C4_3A_2022_LILAS_MATEMATICA_ROSE 10/05/2022 12:20 Página 65

5. Cilindro Inscrito no Cubo Da semelhança dos triângulos retângulos DOA e


BCA, resulta:
r h–r
––– = ––––––

MATEMÁTICA
R g

8. Cone Inscrito na Esfera

a
R = ––– e h=a
2

6. Cubo Inscrito no Cilindro

a
2
R = –––––– e h=a
2
No triângulo retângulo MAO, de acordo com o
Teorema de Pitágoras, tem-se:
7. Esfera Inscrita no Cone
R2 = r2 + (h – R)2

9. Esfera Inscrita Numa Pirâmide


Regular de Base Quadrada

No triângulo retângulo BCA, de acordo com o


Teorema de Pitágoras, tem-se:

g2 = h2 + R2

– 65
C4_3A_2022_LILAS_MATEMATICA_ROSE 17/05/2022 17:32 Página 66

No triângulo retângulo AMV, de acordo com o Teo-

rema de Pitágoras, tem-se:


MATEMÁTICA


冢 冣
2
g2 = h2 + ––
2

Da semelhança dos triângulos retângulos POV e


AMV, resulta:

r h–r 2r h–r
–––– = –––––– ⇔ ––– = ––––––
ᐉ/2 g ᐉ g

1. (UFMG) – A razão entre as áreas totais de um cubo e do cilindro 2. (FATEC – MODELO ENEM) – Duas esferas maciças iguais e
reto nele inscrito, nessa ordem, é: tangentes entre si estão inscritas em um paralelepípedo reto-retângulo
oco, como mostra a figura abaixo. Observe que cada esfera tangencia
2 3 4 5 6 as quatro faces laterais e uma das bases do paralelepípedo.
a) –– b) –– c) –– d) –– e) ––
π π π π π

O espaço entre as esferas e o paralelepípedo está


RESOLUÇÃO: preenchido com um líquido. Se a aresta da base do
paralelepípedo mede 6 cm, o volume do líquido
nele contido, em litros, é aproximadamente igual a:
a) 0,144 b) 0,206 c) 1,44
d) 2,06 e) 20,6

RESOLUÇÃO:
Sejam R e h, respectivamente, as
medidas, em centímetros, do raio da
esfera e da altura do paralelepípedo.

Assim,

Sendo “a” a medida da aresta do cubo, “R” e “h”, respectivamen- 6


a) R = ––– = 3
te, as medidas do raio e da altura do cilindro, temos: a = h = 2R. 2

Assim, sendo Acubo e Acilindro as áreas totais do cubo e do cilindro,


b) h = 4R = 4 · 3 = 12
respectivamente, temos:

Acubo 6a2
–––––––– = ––––––––––––––– =
Aclindro 2
2πR + 2πR · h Sendo VL o volume do líquido, VP o volume do paralelepípedo e
VE o volume da esfera, em centímetros cúbicos, temos:
6 · (2R)2 24R2 4
= –––––––––––––––– = –––––– = ––– 4
2πR2 + 2πR · 2R 6πR2 π VL = VP – 2 · VE = 62 · 12 – 2 · ––– π · 33 = 432 – 72π 艑 205,92
3

Resposta: C Logo, o volume do líquido é aproximadamente 0,206 litro.


Resposta: B

66 –
C4_3A_2022_LILAS_MATEMATICA_ROSE 10/05/2022 12:20 Página 67

3. (FGV-SP) – Os centros das faces de um cubo de lado igual a 1 m 4. (FUVEST) – Um cubo de aresta m está inscrito em uma
são unidos formando um octaedro regular. O volume ocupado pelo semiesfera de raio R de tal modo que os vértices de uma das faces
cubo, em m3, e não ocupado pelo octaedro, é igual a pertencem ao plano equatorial da semiesfera e os demais vértices
7 5 3 2 1 pertencem à superfície da semiesfera. Então, m é igual a:

MATEMÁTICA
a) –– b) –– c) –– d) –– e) ––
8 6 4 3 2
2
––

2 
2
a) R b) R –––– c) R ––––
3 2 3
RESOLUÇÃO:

3
d) R e) R ––
2

RESOLUÇÃO:

O volume do octaedro é o dobro do volume da pirâmide ABCDE.


1 1·1 1 1
Assim, Voctaedro = 2 · VABCDE = 2 · ––– · –––––– · ––– = –––
3 2 2 6

 
2
m
2 3m2
O volume V, em m3, ocupado pelo cubo e não ocupado pelo m2 + –––––– = R2 ⇒ ––––– = R2 ⇒
2 2
octaedro, é:
1 5 2 2
V = Vcubo – Voctaedro = 13 – ––– = ––– ⇒ m2 = ––– · R2 ⇒ m = R –––
6 6 3 3
Resposta: B
Resposta: A

– 67
C4_3A_2022_LILAS_MATEMATICA_ROSE 10/05/2022 12:20 Página 68

MÓDULO 28 Paralelismo e Perpendicularismo no Espaço


MATEMÁTICA

1. Entes Primitivos b) No plano ou fora dele existem infinitos


pontos:
Entende-se por “entes primitivos” tudo o que não
pode ser definido. Na geometria, usamos três conceitos
primitivos: o PONTO, a RETA e o PLANO. Apesar de não
poder defini-los, podemos estudá-los e relacioná-los, e é
isso o que a “geometria de posição” faz.

Representam-se o PONTO, a RETA e o PLANO da


seguinte forma:

Postulado da inclusão
Se dois pontos distintos de uma reta pertencem a
um plano, ela está contida neste plano.

Observe que para os pontos usamos geralmente


letras maiúsculas, para as retas, letras minúsculas e para
plano, letras do alfabeto grego.

2. Postulados

Entende-se por “postulado” toda propriedade que


não possui demonstração e que, portanto, só pode ser
aceita por ser evidente.
Postulados da determinação

 Postulados de existência
a) Determinação da reta
a) Na reta ou fora dela existem infinitos pontos: Dois pontos distintos determinam uma reta.

68 –
C4_3A_2022_LILAS_MATEMATICA_ROSE 10/05/2022 12:20 Página 69

b) Determinação do plano b) Concorrentes


Três pontos não colineares determinam um plano.

MATEMÁTICA
Possuem um único ponto em comum.

c) Paralelas (distintas ou coincidentes)


3. Casos de Determinação de Planos

Além do caso abordado no item anterior, têm-se


mais três outras formas de se determinar um plano, que
são as seguintes:
Quando coincidem ou quando não possuem pontos
Por um ponto e uma reta em comum e existe um plano que as contém.
Uma reta e um ponto não pertencente a ela deter-
d) Reversas
minam um plano.

Quando não existe plano que as contém.


Por duas retas concorrentes
Entre reta e plano
Duas retas concorrentes determinam um plano.
a) Contida

Quando todos os pontos da reta pertencem ao plano.


Por duas retas paralelas distintas b) Incidente
Duas retas paralelas distintas determinam um plano.

Quando a reta e o plano possuem um único ponto


em comum.

4. Posições Relativas c) Paralela

Entre retas
a) Coincidentes

Quando a reta e o plano não possuem pontos em


Possuem todos os pontos em comum. comum.
– 69
C4_3A_2022_LILAS_MATEMATICA_ROSE 10/05/2022 12:20 Página 70

Entre planos Intersecção de três planos


Se três planos distintos se interceptam dois a dois
a) Coincidentes
em três retas, então ou elas são concorrentes num
MATEMÁTICA

mesmo ponto, ou são paralelas.

Possuem todos os pontos em comum.

b) Secantes

Interceptam-se numa reta.


c) Paralelos

6. Teorema Fundamental do
Paralelismo de Reta com Plano

A condição necessária e suficiente para que uma


Quando coincidem ou possuem intersecção vazia. reta seja paralela a um plano é que não esteja contida
nele e seja paralela a uma reta desse plano.
5. Intersecção de Planos
Intersecção de dois planos

Se dois planos distintos possuem um ponto em


comum, então eles se interceptam numa reta.

7. Teorema Fundamental do Paralelismo de Planos

A condição necessária e suficiente para que dois


planos distintos sejam paralelos é um deles conter duas
retas concorrentes entre si e paralelas ao outro.

r 傺 α, r // β

P ∈ α, P ∈ β e α ≠ β ⇒ ∃  r  α 傽 β = r
s 傺 α, s // β
r 傽 s = {P}
 ⇔ α // β

70 –
C4_3A_2022_LILAS_MATEMATICA_ROSE 10/05/2022 12:20 Página 71

8. Teorema de Tales reta seja perpendicular a um plano é que forme ângulo


reto com duas concorrentes do plano.
Um feixe de planos paralelos determina sobre duas

MATEMÁTICA
transversais segmentos correspondentes respectiva-
mente proporcionais.

t⬜r傺α
t⬜s傺α
r 傽 s = {P}
 ⇒ t⬜α

10. Perpendicularismo entre Planos

Dois planos são perpendiculares se, e somente se,


um deles contém uma reta perpendicular ao outro.

AB BC CD
α // β // γ // ζ // … ⇒ ––––– = ––––– = ––––– …
A’B’ B’C’ C’D’

9. Perpendicularismo entre reta e plano


r傺α
r⬜β ⇒ α⬜β
Definição
Uma reta é perpendicular a um plano se, e somente 11. Teorema das três perpendiculares
se, ela é perpendicular a todas as retas do plano que
passam pelo ponto de intersecção dela com o plano (pé). Sendo r perpendicular a α no ponto P, s contida em
α e passando por P, t contida em α, não passando por P
e perpendicular a s em Q, e R um ponto qualquer de r,

então a reta RQ é perpendicular à reta t.

Teorema fundamental do perpendicularismo


entre reta e plano
A condição necessária e suficiente para que uma

– 71
C4_3A_2022_LILAS_MATEMATICA_ROSE 10/05/2022 12:20 Página 72

MATEMÁTICA

1. (FEI) – Assinale a alternativa falsa:


a) Dados dois pontos distintos A e B existe um plano que os contém.
b) Por um ponto fora de uma reta existe uma única paralela à reta
dada.
c) Existe um e um só plano que contém um triângulo dado.
d) Duas retas não coplanares são reversas.
e) Três pontos distintos determinam um e um só plano.

RESOLUÇÃO:
Três pontos distintos podem ser colineares e nesse caso não
determinam plano.
Resposta: E

3. (UNIFESP) – Considere o sólido geométrico exibido na figura,


constituído de um paralelepípedo encimado por uma pirâmide. Seja r a
reta suporte de uma das arestas do sólido, conforme mostrado.

Quantos pares de retas reversas é possível formar com as retas


2. (FAAP) – A figura abaixo mostra uma porta entreaberta e o canto
suportes das arestas do sólido, sendo r uma das retas do par?
de uma sala.
a) 12 b) 10 c) 8 d) 7 e) 6
RESOLUÇÃO:
W Supondo o paralelepípedo reto retân-
gulo e a pirâmide regular, são rever-
X
V
sas com r (não paralelas e não con-
T
U
correntes) as seguintes retas
r S —
R suportes das arestas do sólido: WT,
P — — — — — — —
Q WU, WV, WX, TX, UV, SX e RV,
portanto, 8 retas.
Resposta: C

As retas r e s, s e t, x e r têm, respectivamente, as posições relativas:


a) paralelas, paralelas e perpendiculares.
b) paralelas, perpendiculares e reversas.
c) paralelas, perpendiculares e perpendiculares.
d) reversas, paralelas e perpendiculares.
e) perpendiculares, reversas e paralelas.

RESOLUÇÃO:
1) As retas r e s são paralelas.
2) As retas s e t são perpendiculares.
3) As retas x e r são reversas.
Resposta: B

72 –
C4_3A_2022_LILAS_MATEMATICA_ROSE 10/05/2022 12:20 Página 73

4. (FUVEST) – Uma formiga resolveu andar de um vértice a outro do


prisma reto de bases triangulares ABC e DEG, seguindo um trajeto
especial. Ela partiu do vértice G, percorreu toda a aresta perpendicular
à base ABC, para em seguida caminhar toda a diagonal da face ADGC

MATEMÁTICA
___
e, finalmente, completou seu passeio percorrendo a aresta reversa a CG .
A formiga chegou ao vértice

a) A b) B c) C d) D e) E

RESOLUÇÃO:

1o. trecho do trajeto: “partiu do vértice G, percorreu toda a aresta


–––
perpendicular à base ABC” (aresta GC), chegando a C.
2 o. trecho do trajeto: partiu do vértice C, “caminhou toda a
––
diagonal da face ADGC” (diagonal CD), chegando a D.
3 o. trecho do trajeto: partiu do vértice D, “percorreu a aresta
––– –––
reversa a CG” (aresta DE), chegando ao vértice E.
Resposta: E

– 73
C4_3A_2022_LILAS_MATEMATICA_ROSE 10/05/2022 12:20 Página 74

MÓDULO 29 Perpendicularismo no Espaço e Projeções Ortogonais


MATEMÁTICA

1. Perpendicularismo entre reta e plano

Definição
Uma reta é perpendicular a um plano se, e somente
se, ela é perpendicular a todas as retas do plano que
passam pelo ponto de intersecção dela com o plano (pé).

Propriedades do perpendicularismo
de reta com plano

a) Duas retas perpendiculares a um mesmo plano


são paralelas.

Teorema fundamental do perpendicularismo


entre reta e plano

A condição necessária e suficiente para que uma


reta seja perpendicular a um plano é que forme ângulo
reto com duas concorrentes do plano.

r⬜α
s⬜α 
⇒ r // s

b) Dois planos perpendiculares a uma mesma reta


são paralelos.

t⬜r傺α
t⬜s傺α
r 傽 s = {P}
 ⇒ t⬜α

Teorema das três perpendiculares


Sendo r perpendicular a α no ponto P, s contida em α⬜r
α e passando por P, t contida em α, não passando por P α⬜r  ⇒ α // α
e perpendicular a s em Q, e R um ponto qualquer de r,
÷
então a reta RQ é perpendicular à reta t.

74 –
C4_3A_2022_LILAS_MATEMATICA_ROSE 10/05/2022 12:20 Página 75

2. Perpendicularismo entre planos


α⬜α
Dois planos são perpendiculares se, e somente se, γ ⬜α ⇒r⬜α

MATEMÁTICA
um deles contém uma reta perpendicular ao outro. α傽γ=r

c) Se dois planos são perpendiculares, toda reta de


um, perpendicular à intersecção, é perpendicular ao
outro.

r傺α
r⬜α  ⇒ α⬜α

Propriedades do perpendicularismo de planos


a) Se uma reta é perpendicular a um plano, qualquer
plano que a contenha é perpendicular ao primeiro.


α⬜α
α傽α=s
⇔ r⬜α
r傺α
r⬜s

3. Projeções ortogonais

r⬜α

 
α⬜α Projeção de um ponto
r傺α
⇒ γ⬜α A projeção ortogonal de um ponto num plano é o
r傺γ
δ⬜α “pé da perpendicular” ao plano pelo ponto.
r傺δ

b) Se dois planos secantes são perpendiculares a


um terceiro plano, a sua intersecção também será
perpendicular a este terceiro plano.

O ponto P’ é a projeção ortogonal de P em α. O


plano α é chamado plano de projeção e a reta
perpendicular r é chamada reta projetante.

– 75
C4_3A_2022_LILAS_MATEMATICA_ROSE 10/05/2022 12:20 Página 76

Projeção de uma figura ao plano, o ângulo entre ela e o plano é o ângulo que ela
A projeção ortogonal de uma figura num plano é o forma com a sua projeção ortogonal.
MATEMÁTICA

conjunto das projeções ortogonais dos pontos da figura.


Exemplo
A projeção ortogonal de um cilindro num plano
paralelo ao eixo é um retângulo. A projeção do mesmo
cilindro num plano paralelo à base é um círculo.

Na figura, temos:
a) A reta s forma ângulo reto com ␣.
b) O ângulo ␪ que a reta r forma com o plano ␣ é o
ângulo que a reta r forma com sua projeção
ortogonal r’.

Retas de maior declive


Chamamos de retas de maior declive de um plano ␣
em relação a um plano ␤ às retas de ␣ que formam o
maior ângulo possível com ␤. Prova-se que, se os dois
planos são secantes, as retas de maior declive de um
Projeção de uma reta
em relação ao outro são perpendiculares à intersecção.
A projeção ortogonal de uma reta num plano é o
conjunto das projeções ortogonais dos pontos da reta
neste plano.
a) Se a reta for perpendicular ao plano, a sua pro-
jeção ortogonal será um ponto.

Na figura, r é uma reta de maior declive de ␣ em


relação a ␤.

Ângulos entre planos


Define-se ângulo entre dois planos como sendo o
Na figura, P é a projeção ortogonal de r em ␣.
ângulo que uma reta de maior declive de um forma com
b) Se a reta não for perpendicular ao plano, a sua o outro.
projeção ortogonal será outra reta.

Na figura, r’ é a projeção ortogonal de r em ␣.


Na figura,
Ângulo entre reta e plano r é uma reta de maior declive de ␣ em relação a ␤
Se uma reta é perpendicular a um plano, o ângulo r’ é a projeção ortogonal da reta r em ␤
entre ela e o plano é reto. Se a reta é oblíqua em relação ␪ é o ângulo entre ␣ e ␤

76 –
C4_3A_2022_LILAS_MATEMATICA_ROSE 10/05/2022 12:20 Página 77

1. (ESPM) – Sejam r e s duas retas distintas, paralelas entre si, 2. (VUNESP) – Entre todas as retas suportes das arestas de um

MATEMÁTICA
contidas em um plano α. A reta t, perpendicular ao plano α, intercepta certo cubo, considere duas, r e s, reversas. Seja t a perpendicular
a reta r em A. As retas t e s são comum a r e a s. Então,
a) reversas e não ortogonais. a) t é a reta suporte de uma das diagonais de uma das faces do cubo.
b) ortogonais. b) t é a reta suporte de uma das diagonais do cubo.
c) paralelas entre si. c) t é a reta suporte de uma das arestas do cubo.
d) perpendiculares entre si. d) t é a reta que passa pelos pontos médios das arestas contidas em
e) coplanares. r e s.
e) t é a reta perpendicular a duas faces do cubo, por seus centros.
RESOLUÇÃO:
RESOLUÇÃO:

A reta t é perpendicular a α e t 艚 α = {A}.


Assim, pode-se afirmar que t é perpendicular a todas as retas de Resposta: C
α que passam por A e que t é ortogonal a todas as retas de α que
não passam por A.
Portanto:
t e r são perpendiculares
 t e s são ortogonais
Resposta: B

– 77
C4_3A_2022_LILAS_MATEMATICA_ROSE 10/05/2022 12:20 Página 78

3. (FAMERP) – A figura indica o retângulo FAME e o losango MERP 4. (UFSCar) – Considere um plano α e um ponto P qualquer do
desenhados, respectivamente, em uma parede e no chão a ela espaço. Se por P traçarmos a reta perpendicular a α, a intersecção
^
perpendicular. O ângulo M ER mede 120°, ME = 2 m e a área do dessa reta com α é um ponto chamado projeção ortogonal do ponto P
MATEMÁTICA

retângulo FAME é igual a 12 m2. sobre α. No caso de uma figura F do espaço, a projeção ortogonal de
F sobre α é definida pelo conjunto das projeções ortogonais de seus
pontos.
Com relação a um plano qualquer fixado, pode-se dizer que
a) a projeção ortogonal de um segmento de reta pode resultar numa
semirreta.
b) a projeção ortogonal de uma reta sempre resulta numa reta.
c) a projeção ortogonal de uma parábola pode resultar num segmento
de reta.
d) a projeção ortogonal de um triângulo pode resultar num
quadrilátero.
e) a projeção ortogonal de uma circunferência pode resultar num
segmento de reta.

RESOLUÇÃO:
Na situação descrita, a medida de RA é A projeção ortogonal de uma circunferência pode resultar numa
a) 3
3m b) 4
3m c) 5
2m circunferência, ou numa elipse ou ainda num segmento de reta.

d) 3
2m e) 4
2m Para que resulte num segmento de reta, basta que a
circunferência esteja contida num plano perpendicular a α.
Resposta: E
RESOLUÇÃO:

I) Como a área do retângulo FAME é igual a 12 m2, temos:


(AM) . 2 = 12 ⇒ AM = 6 m
II) Aplicando a lei dos cossenos no triângulo REM, temos:
(RM)2 = 22 + 22 – 2 . 2 . 2 . cos 120° = 4 + 4 + 4 ⇒

⇒ RM = 2
3m
III) Como a parede e o chão nos quais estão desenhados o
retângulo FAME e o losango MERP, respectivamente, são
perpendiculares, podemos concluir que o triângulo AMR é
retângulo, em M.
Assim, aplicando o Teorema de Pitágoras no triângulo AMR,
temos:
3)2 ⇒ RA = 4
(RA)2 = (AM)2 + (RM)2 = 62 + (2 3m
Resposta: B

78 –
C4_3A_2022_LILAS_MATEMATICA_ROSE 10/05/2022 12:20 Página 79

MÓDULO 30 Poliedros Convexos e Regulares

1. Diedros b) A medida de um diedro é a medida da sua secção

MATEMÁTICA
reta.
Definição
c) Dois diedros são congruentes quando suas
Dois planos secantes α e α determinam no espaço
quatro semiespaços. secções retas são congruentes.
Chama-se DIEDRO a intersecção não vazia de dois
desses semiespaços.
2. Triedros

Definição
→ → →
Dadas três semirretas Va , Vb e Vc de mesma
origem V e não coplanares, consideremos os semiespa-
ços I, II e III, como se segue:

I com origem no plano (bc) e contendo Va

II com origem no plano (ac) e contendo Vb

III com origem no plano (ab) e contendo Vc
→ → →
Chama-se triedro determinado por Va, Vb e Vc a
Na figura, os semiplanos α e α são faces e a reta a intersecção dos semiespaços I, II e III.
é a aresta do diedro determinado pela intersecção dos
semiespaços I e I’.

Secção normal (ou reta) de um diedro


Chama-se secção normal (ou reta) de um diedro a
intersecção desse diedro com um plano perpendicular à
sua aresta.

Observações
a) Todas as secções retas do mesmo diedro são
V(a; b; c) = I 僕 II 僕 III
congruentes.

– 79
C4_3A_2022_LILAS_MATEMATICA_ROSE 10/05/2022 12:20 Página 80

O ponto V é denominado vértice do triedro: as – o plano de cada polígono deixa todos os demais
→ → → ^ polígonos num mesmo semiespaço.
semirretas Va, Vb e Vc são as arestas, os ângulos aV b,
MATEMÁTICA

^ ^ Assim, ficam determinados n semiespaços, cada


aV c e bV c (ou a^b, ac ^ ) são as faces, e d , d , e d
^ , e bc
1 2 3 um dos quais tem origem no plano de um polígono e
são os diedros do triedro. contém os demais.
A intersecção desses n semiespaços é denominada
Relações entre as faces de um triedro poliedro convexo.
a) Em todo triedro, qualquer face é menor que a
soma das outras duas.
Assim, sendo f1, f2 e f3 as faces de um triedro, temos:


f1 < f2 + f3
f2 < f1 + f3
f3 < f1 + f2

b) A soma das medidas (em graus) das faces de um


triedro qualquer é menor que 360°.
Assim:
f1 + f2 + f3 < 360° Elementos
Um poliedro convexo possui: faces, que são os
Relações entre os diedros de um triedro polígonos convexos; arestas, que são os lados dos polí-
a) Em qualquer triedro, a medida (em graus) de um gonos, e vértices, que são os vértices dos polígonos. A
diedro aumentada de 180° supera a soma das medidas reunião das faces é denominada superfície do poliedro.
dos outros dois.
Assim, sendo d1, d2 e d3 as medidas (em graus) dos Relação de Euler
diedros de um triedro, temos: Para todo poliedro convexo de V vértices, A arestas
e F faces, ou para sua superfície, vale a relação:


d1 + 180° > d2 + d3
d2 + 180° > d1 + d3 V–A+F=2
d3 + 180° > d1 + d2
Soma dos ângulos das faces
b) A soma dos diedros de um triedro está com- Em todo poliedro convexo de V vértices, a soma dos
preendida entre 2 retos (180°) e 6 retos (540°). ângulos de todas as suas faces é dada por:
Assim, sendo d1, d2 e d3 as medidas (em graus) dos
S = (V – 2) . 360°
diedros de um triedro, temos:
180° < d1 + d2 + d3 < 540°
4. Poliedros de Platão
3. Poliedros Convexos
Um poliedro é denominado poliedro de Platão quando:
Definição
a) todas as faces têm o mesmo número de lados;
Consideremos um número finito n (n ≥ 4) de polígo-
nos convexos, tal que: b) em todos os vértices, concorre o mesmo número
– dois polígonos não estão num mesmo plano; de arestas;
– cada lado de polígono é comum a dois e somente c) vale a relação de Euler:
dois polígonos; (V – A + F = 2).

80 –
C4_3A_2022_LILAS_MATEMATICA_ROSE 10/05/2022 12:20 Página 81

Observação
Existem apenas cinco classes de poliedros de Platão.

MATEMÁTICA
5. Poliedros Regulares (THODI)

São os poliedros de Platão em que as faces são regulares e congruentes.


Existem, portanto, apenas cinco tipos de poliedros regulares:

1) Tetraedros regulares

2) Hexaedros regulares (cubos)

3) Octaedros regulares

4) Dodecaedros regulares

5) Icosaedros regulares

– 81
C4_3A_2022_LILAS_MATEMATICA_ROSE 10/05/2022 12:20 Página 82

MATEMÁTICA

1. (UNIFESP) – Considere o poliedro cujos vértices são os pontos RESOLUÇÃO:


médios das arestas de um cubo. V – A + F = 2 (Relação de Euler)
Assim:

 –––––––––––––  + (20 + 12) = 2 ⇔ V – 90 + 32 = 2 ⇔ V = 60


12 . 5 + 20 . 6
V–
2
Resposta: C

O número de faces triangulares e o número de faces quadradas desse


poliedro são, respectivamente: 4. É comum os artistas plásticos se apropriarem de
a) 8 e 8 b) 8 e 6 c) 6 e 8 entes matemáticos para produzirem, por exemplo,
d) 8 e 4 e) 6 e 6 formas e imagens por meio de manipulações. Um
artista plástico, em uma de suas obras, pretende retratar os diversos
RESOLUÇÃO: polígonos obtidos pelas intersecções de um plano com uma pirâmide
O cubo possui exatamente 6 faces e 8 vértices. regular de base quadrada.
Assim sendo, o novo poliedro possui exatamente 8 faces trian- Segundo a classificação dos polígonos, quais deles são possíveis de
gulares (uma para cada vértice do cubo) e 6 faces quadradas (uma serem obtidos pelo artista plástico?
para cada face do cubo). a) Quadrados, apenas.
Resposta: B
b) Triângulos e quadrados, apenas.
c) Triângulos, quadrados e trapézios, apenas.
d) Triângulos, quadrados, trapézios e quadriláteros irregulares, apenas.
e) Triângulos, quadrados, trapézios, quadriláteros irregulares e pen-
2. (FUVEST) – Quantas faces tem um poliedro convexo com 6 vér- tágonos, apenas.
tices e 9 arestas? Desenhe um poliedro que satisfaça essas condições.
RESOLUÇÃO:
RESOLUÇÃO: O artista plástico pode obter: triângulos, quadrados, trapézios,
quadriláteros irregulares e pentágonos, como pode ser observado
6–9+F=2⇔F=5
nas figuras a seguir.

I) Triângulo II) Quadrado

Resposta: 5 faces

III) Trapézio IV) Quadrilátero


irregular
3. (CESGRANRIO) – O poliedro da figura (uma invenção de
Leonardo da Vinci utilizada modernamente na fabricação de bolas de
futebol) tem como faces 20 hexágonos e 12 pentágonos, todos
regulares. O número de vértices do poliedro é:

V) Pentágono

a) 64 b) 90 c) 60 d) 72 e) 56
Resposta: E

82 –

Você também pode gostar