Demanda e Oferta Agregada

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 7

Demanda e Oferta Agregada

A oferta agregada é um dos factores que interferem no desenvolvimento


económico de um país. Entender como esse conceito se relaciona com a demanda
agregada é fundamental para compreender o funcionamento da macroeconomia.

As variações económicas são irregulares e imprevisíveis. Se a produção cai, a


tendência é que o desemprego aumente. Para equilibrar oferta e demanda, o governo
precisa definir estratégias que controlem essas flutuações.

Oferta agregada: é a quantidade total de produção que as empresas vão produzir


e vender em outras palavras, o PIB real.

Basicamente, a oferta agregada mostra a quantidade de bens e produtos que as


empresas estão dispostas a produzir e vender em função do nível geral de preços. Esse
conceito está relacionado com a demanda agregada em escala macroeconômica.

Juntos, a oferta agregada e a demanda agregada determinam fatores como juros,


inflação e taxa de desemprego. Em geral, quando o mercado financeiro está mais
otimista, a demanda agregada cresce, fazendo a oferta agregada também subir

Demanda agregada: é o montante total gasto em bens e serviços domésticos em


uma economia.

A demanda está apoiada na necessidade de compra. Isso só se concretiza se o


consumidor estiver disposto e com condição financeira suficiente para adquirir o bem
ou serviço. Assim, a demanda agregada é a quantidade de produtos ou serviços que os
consumidores estão dispostos a comprar em um determinado nível de preço.

A demanda agregada é resultado da soma de todas as demandas dos agentes da


economia. Por isso, quando um deles está disposto a gastar mais, a demanda agregada
aumentará. Isso pode resultar no aumento generalizado dos preços.
Teoria de Keynes sobre oferta e demanda agregada

A teoria da oferta agregada keynesianista propõe que a demanda agregada cria a


oferta agregada. Isso define o nível de renda responsável pelo equilíbrio da economia de
um país.

A principal crítica de Keynes com relação à teoria económica clássica é que ela
só pode explicar o efeito de políticas no longo prazo. Quando a intenção é explicar os
desvios no curto prazo, esse modelo não funciona.

Assim, o economista também considera que quando os agentes económicos


estão mais receosos e a economia adopta uma conduta recessiva, o Estado deve
aumentar seus gastos. Um exemplo disso são os investimentos em infra-estrutura.

Com isso, a demanda agregada consegue manter a oferta agregada em alta e a


economia não perderá a sua dinâmica. Embora essa teoria ainda encontre resistência
entre alguns estudiosos, ela é coerente.

Quando uma empresa tem oferta maior que a demanda, ela baixará o preço dos
seus produtos. Com isso, a produção vai diminuir, resultando em desemprego.

Oferta agregada e demanda agregada são macro ou micro

Às vezes, surgem confusões entre o modelo macroeconómico de oferta e


demanda agregadas e a análise microeconómica de demanda e oferta em mercados
particulares de bens, serviços, trabalho e capital.Ainda que possam ter semelhança
superficial, suas diferenças subjacentes são muito maiores.

Por exemplo, os eixos verticais e horizontais têm significados distintamente


diferentes em diagramas macroeconómicos e microeconómicos. O eixo vertical de um
diagrama de oferta e demanda microeconómica exprime um preço ou salário ou taxa de
retorno para um bem ou serviço individual. Este preço é implicitamente relativo; se
destina a ser comparado com os preços de outros produtos por exemplo, o preço da
pizza em relação ao preço do frango frito.

Em contraste, o eixo vertical de um diagrama de oferta agregada e demanda


agregada expressa o nível de um índice de preços como o Índice de Preços ao
Consumidor ou o deflator do PIB combinando uma ampla gama de preços de toda a
economia. O nível de preços é absoluto: não se destina a ser comparado com qualquer
outros preços, uma vez que é essencialmente o preço médio de todos os produtos em
uma economia.

O eixo horizontal de uma curva microeconómica de oferta e demanda mede a


quantidade de um bem ou serviço em particular. Em contraste, o eixo horizontal da
demanda agregada e oferta agregada mede o PIB, que é a soma de todos os bens finais e
serviços produzidos na economia, não a quantidade em um mercado específico.

Qual é a relação entre oferta e demanda agregada?

Como abordamos, a demanda influencia a quantidade de oferta. Afinal, se uma


empresa está em plena produção e com o estoque elevado, a tendência é que ela abaixe
os preços para que seus produtos tenham maior saída.

É nesse sentido que a teoria de Keynes aborda que, em um cenário ideal, a


demanda agregada deveria ser igual ou superior a oferta agregada. Com isso, não é
necessário deixar o trabalhador desempregado e é possível que a economia fique
estabilizada.

Qual é a importância do equilíbrio entre elas?

Encontrar o equilíbrio entre oferta agregada e demanda agregada e buscar o


pleno emprego é um dos grandes desafios para os economistas. Sem estabilidade, isso
pode fazer com que o país sofra um processo inflacionário.

Se os agentes económicos estão optimistas, a demanda agregada aumentará.


Com isso, o desemprego tende a ser menor, mesmo que não seja possível alcançar um
nível de emprego pleno na economia.

Se o cenário é pessimista, o governo entra em cena e define estratégias de


actuação na macroeconomia. O objectivo dessas acções é garantir o crescimento do país
e controlar os indicadores económicos. Entre as medidas que visam promover esse
desenvolvimento, estão:
 Investimentos em capital humano, por meio da promoção da educação e
da saúde colectiva;
 Investimento em infra-estrutura pública, o que permite o
desenvolvimento das empresas;
 Políticas de promoção da concorrência;
 Incentivo ao desenvolvimento de actividades que geram externalidades
positivas;
 Fornecimento de bens público;

Politica Orçamental

A política orçamental, ou política fiscal, é um ramo da política económica que


define o orçamento e seus componentes, os gastos públicos e impostos como variáveis
de controle para garantir e manter a estabilidade económica, amortecendo as flutuações
dos ciclos económicos e ajudando a manter uma economia crescente, o pleno emprego e
a inflação baixa.

Como dito acima os principais objectivos de qualquer política orçamental são:

 Acelerar o crescimento económico.


 O pleno emprego de todos os recursos produtivos da sociedade, tanto de
capital humano como de material.
 Estabilidade de preços, visando não ocorrer grandes oscilações nos
indicadores gerais de preços.

Política fiscal expansionista: É a tomada de medidas económicas que objectiva


gerar um aumento da despesa pública ou redução de impostos.

Política fiscal contracionista: É a tomada de decisões que visa uma redução de


gastos governamentais públicos ou aumento os impostos, ou ainda uma combinação de
ambos.

Todas essas causam de alguma forma variações na taxa de juros e na taxa de


câmbio.
Tipos de política fiscal

Pode ser expansionista ou contorcionista:

Política fiscal expansionista: quando o objectivo é estimular a demanda


agregada, especialmente quando a economia está atravessando um período de recessão e
precisa de um "empurrão" para se expandir. Como resultado, temos a tendência de
deficit ou até mesmo levar à inflação.

Os mecanismos utilizados são:

 Aumentar a despesa pública para aumentar a produção e reduzir o


desemprego.
 Impostos mais baixos, para aumentar o rendimento disponível ao
consumidor/investidor, causando aumento de consumo e investimento
das empresas, em conclusão, uma mudança no sentido da demanda
agregada (expansão).

Política fiscal contorcionista: quando o objectivo é reduzir a demanda


agregada, por exemplo, quando a economia está em um período de expansão excessiva
(superaquecimento económico) e, há a necessidade de retracção económica, em
consequência da excessiva inflação que se constrói neste cenário.

Os mecanismos são inversos aos da política expansionista. Eles consistem em:

 Reduzir os gastos do governo para desacelerar a produção.


 Aumentar os impostos para que as pessoas não consumam tanto e as
empresas invistam menos, consequentemente desloca a demanda
agregada (contracção).
 É que ela reduz a demanda agregada de forma a gerar excesso de oferta
agregada de bens, o que irá fazer diminuir o nível de renda e os preços do
mercado.
Principais Politicas Económicas

O objectivo principal das políticas económicas é melhorar o bem-estar social, e


claro, a cada medida tomada haverá consequências. Tanto para o dia-a-dia do cidadão,
como para o seu investimento. Portanto seja em cenário de desafios ou de crescimento
pleno é importante estar atento nas movimentações. Incluindo as intervenções
governamentais para saber se você está colocando seu dinheiro no investimento correto.

Confira as 4 principais políticas económicas do Governo

 Política de Renda

Visa elevar o poder de consumo de toda a população através das trocas


financeiras. Tem impacto directo no nível de preços, ou seja, o cuidado está
directamente ligado à inflação.

 Política Fiscal

Tem como principal meta equilibrar os gastos e as receitas do governo via


controle de gastos públicos e dos impostos, principalmente. Havendo dois tipos
principais de política fiscal:

A expansionista que visa estimular a economia, diminuindo juros, arrecadação e


aumentando seus gastos; E a contorcionista que visa desaquecer a económica, tirando
estímulos, aumentando juros e controlando a inflação.

 Política Cambial

Objectiva equilibrar as contas externas e principalmente a taxa de câmbio do


país. Isto é, controlar a quantidade de moeda nacional para adquirir outra moeda de
outro país (a mais conhecida Real X Dólar). Portanto Influencia directamente na
importação e exportação.

Em cenário de desvalorização do Real quem ganha é quem exporta por vender


para fora do país e receber mais da moeda nacional; e perde quem importa pois terá que
pagar mais caro para obter o item lá de fora. Com a valorização do Real ocorre a relação
inversa.
 Política Monetária

Reflecte directamente no mercado financeiro por ser uma política que atua para
controlar a liquidez do mercado (quantidade de moeda em circulação). Ou seja, atua
através da disponibilidade de crédito e nas decisões sobre as taxas de juros praticadas na
economia nacional.

Diferença entre deficit e divida publica.

O défice e a dívida são conceitos diferentes. O défice traduz um saldo negativo


nas contas das administrações públicas. Já a dívida pública reflecte as responsabilidades
das administrações públicas perante terceiros.

Você também pode gostar