Educação para A Diversidade - Gênero e Sexualidade
Educação para A Diversidade - Gênero e Sexualidade
Educação para A Diversidade - Gênero e Sexualidade
DIVERSIDADE: GÊNERO
E SEXUALIDADE
1ª Edição
Indaial - 2022
UNIASSELVI-PÓS
CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI
Rodovia BR 470, Km 71, no 1.040, Bairro Benedito
Cx. P. 191 - 89.130-000 – INDAIAL/SC
Fone Fax: (47) 3281-9000/3281-9090
Diagramação e Capa:
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
M527e
CDD 370
Impresso por:
Sumário
APRESENTAÇÃO.............................................................................5
CAPÍTULO 1
EDUCAÇÃO E DIREITOS HUMANOS, CAMINHOS PARA UM
DIÁLOGO ENTRE GÊNERO E DIVERSIDADE SEXUAL................ 7
CAPÍTULO 2
CORPOS, SEXUALIDADE, GÊNERO: A NECESSIDADE DE UM
OLHAR EDUCATIVO SEM PRECONCEITOS................................ 47
CAPÍTULO 3
EDUCAR PARA O RESPEITO À DIVERSIDADE E O PAPEL DOS
DOCENTES..................................................................................... 87
APRESENTAÇÃO
A disciplina Educação para a diversidade: gênero e sexualidade apresenta-se
enquanto uma temática fundamental para que possamos conhecer os conceitos
balizares da educação e dos direitos humanos como fonte primordial para uma
educação de respeito a diversidade de gênero e sexual. Além disso, conhecer
sobre os significados socioculturais bem como as práticas de poder imputadas
nas relações de gênero na sociedade e ainda conhecer sobre a construção e os
conceitos da educação de modo plural que contribua para o respeito a diversidade
e que imprima uma mudança no papel exercido pelos docentes no contexto
educacional.
Nesse sentido, é fundamental que cada profissional que for atuar ou já atua
no âmbito da educação, quer seja como docente e/ou qualquer outro cargo a
exemplo: diretores, pedagogos, coordenação, assistentes sociais, psicólogos
entre outros; necessitam compreender que a educação precisa partir de uma
totalidade e estar atenta a todas as complexidades que tangenciam a vida em
sociedade.
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Capítulo 1 E. E DIREITOS H., C. PARA UM D. ENTRE GÊNERO E D. S.
1 CONTEXTUALIZAÇÃO
Este capítulo tem como objetivo conhecer os conceitos balizares da
educação e dos direitos humanos como fonte primordial para uma educação de
respeito a diversidade de gênero e sexual. Sendo assim, você aprenderá sobre
a educação enquanto direito humano e social a partir da Constituição Federal de
1988 e como se desdobra o tratamento da diversidade no campo educacional e
ainda irá aprender sobre a educação relacionada ao gênero e diversidade sexual
como um direito humano.
Junto a isso, buscamos contribuir para que no decorrer dos estudos, você
possa analisar e, ainda, criar o seu próprio mapa conceitual sobre as informações
que norteiam a prática na educação para a diversidade com foco no gênero e
sexualidade, fazendo o exercício da relação teoria e prática.
Bons estudos!
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EDuCAÇÃo PArA A DiVErSiDADE: GÊNEro E SEXuALiDADE
Nesse mesmo sentido, ao situar tais debates no âmbito dos direitos humanos,
a BRASIL-SECAD/MEC (2007) pensa que a legitimidade da pluralidade de
gênero, de identidade de gênero e da livre expressão afetiva e sexual extrapola os
importantes aspectos referentes ao direito à saúde reprodutiva.
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Capítulo 1 E. E DIREITOS H., C. PARA UM D. ENTRE GÊNERO E D. S.
Na nossa Carta Magna, em seu artigo 5º (1988): “Todos são iguais perante
a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos
estrangeiros residentes no país a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à
igualdade, à segurança e à propriedade”. Nesse compasso, consideramos que a
orientação sexual e a identidade de gênero necessitam ser interpretadas como
condicionantes e determinantes da vida das pessoas provenientes outros fatores
como o de vulnerabilidade (BRASIL, 2008).
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EDuCAÇÃo PArA A DiVErSiDADE: GÊNEro E SEXuALiDADE
Diante disso, Soares (1998) afirma que tanto quando nos referimos aos
direitos dos cidadãos, como quando nos aludimos aos direitos humanos, com
a premissa de que associamos direitos humanos à ideia central de democracia
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Capítulo 1 E. E DIREITOS H., C. PARA UM D. ENTRE GÊNERO E D. S.
Para Soares (1998), em nosso país a geração mais jovem, que passaram
pelos anos de terror da ditadura militar normalmente terão escutado sobre
movimento de defesa dos direitos humanos em favor das pessoas que estavam
sendo perseguidos por suas posturas e convicções de militância política contrária
ao regime constituído e imposto; assim como, os sujeitos que foram encarceradas,
torturadas, assassinadas, refugiadas, banidas, violentadas.
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EDuCAÇÃo PArA A DiVErSiDADE: GÊNEro E SEXuALiDADE
corporal e mental, a questão de estar ou não quitado com a justiça penal, dentre
outras. Seguindo em conformidade com o Artigo 5°, II – “ninguém será obrigado a
fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei”.
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Capítulo 1 E. E DIREITOS H., C. PARA UM D. ENTRE GÊNERO E D. S.
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EDuCAÇÃo PArA A DiVErSiDADE: GÊNEro E SEXuALiDADE
FONTE: A autora
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Capítulo 1 E. E DIREITOS H., C. PARA UM D. ENTRE GÊNERO E D. S.
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EDuCAÇÃo PArA A DiVErSiDADE: GÊNEro E SEXuALiDADE
Assim, Taveira et al. (2015) verificam que a educação foi estimada como
condição fundamental e estruturante da Carta de 1988, nessa mesma linha
também o Estatuto da Criança e do Adolescente. Ainda, de lado com o direito à
educação, com o propósito de expandir o rol de direitos para todas às crianças e
ao adolescente, o artigo 54 do Estatuto reprisou com algumas baixas alterações
redacionais, os termos do artigo 208 da Carta Magna.
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Capítulo 1 E. E DIREITOS H., C. PARA UM D. ENTRE GÊNERO E D. S.
FONTE: CASTILHO, R. Educação e Direitos Humanos. 1. ed. São Paulo: Saraiva, 2016.
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Capítulo 1 E. E DIREITOS H., C. PARA UM D. ENTRE GÊNERO E D. S.
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EDuCAÇÃo PArA A DiVErSiDADE: GÊNEro E SEXuALiDADE
É preciso também reinventar a escola, para que ela seja afinal, um ambiente
de socialização. Ambiente no qual alunos e professores, ao invés de negarem ou
ocultarem os próprios problemas, possam discuti-los e a fim de que, mesmo com
os obstáculos existentes, possam ser desenvolvidas ações que valorizem o ser
humano (MOREIRA; CANDAU, 2005).
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Capítulo 1 E. E DIREITOS H., C. PARA UM D. ENTRE GÊNERO E D. S.
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EDuCAÇÃo PArA A DiVErSiDADE: GÊNEro E SEXuALiDADE
O direito à educação não somente foi instituído na Carta Maior de 1988, mas
além disso foi alçado à categoria de direito social e fundamental, e meios para seu
amparo. Mediante a isso, para que essas fianças sejam concretizadas é de suma
importância o seu conhecimento profundo, e a sua justificação, pois é por essa via
que a nação terá uma educação em todos os seus níveis do básico ao superior
imperiosa de qualidade, que promova a prática da inclusão social e das relações
étnico-raciais (TAVEIRA et al., 2015).
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Capítulo 1 E. E DIREITOS H., C. PARA UM D. ENTRE GÊNERO E D. S.
( ) CERTO
( ) ERRADO
( ) CERTO
( ) ERRADO
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EDuCAÇÃo PArA A DiVErSiDADE: GÊNEro E SEXuALiDADE
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Capítulo 1 E. E DIREITOS H., C. PARA UM D. ENTRE GÊNERO E D. S.
Esta polissemia da frase qualidade da educação pode ser vista nos discursos
que se sucedem sempre que sentem a necessidade de adicionar um novo adjetivo
à palavra qualidade: cita-se; qualidade em série como, a qualidade humana, a
qualidade social, qualidade cidadã, qualidade corporativa etc.
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Capítulo 1 E. E DIREITOS H., C. PARA UM D. ENTRE GÊNERO E D. S.
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EDuCAÇÃo PArA A DiVErSiDADE: GÊNEro E SEXuALiDADE
Contudo, num aspecto social dentro dos princípios das ciências humanas e
sociais, a definição de gênero tem se constituído sendo utilizada para distinguir
socialmente os indivíduos.
Esse conceito não é somete analítico, mas inclui também histórica, no sentido
de um contexto dominado e marcado predominantemente pelo masculino, no qual
a mulher sempre esteve no lugar de retaguarda, compreendida como um gênero
fragilizado, e o homem gênero de força e poder.
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Capítulo 1 E. E DIREITOS H., C. PARA UM D. ENTRE GÊNERO E D. S.
fazer essa diferenciação entre gênero e o antigo projeto binário e biologista que
fazia a separação entre sexos feminino e masculino.
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EDuCAÇÃo PArA A DiVErSiDADE: GÊNEro E SEXuALiDADE
Diante disso, cabe destacar que categoria gênero não é uma regra
automaticamente imposta, sequer a localizamos escrita em um código de leis.
Ela se formula no cotidiano, a partir de jogo continuado de poder e resistência.
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Capítulo 1 E. E DIREITOS H., C. PARA UM D. ENTRE GÊNERO E D. S.
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Capítulo 1 E. E DIREITOS H., C. PARA UM D. ENTRE GÊNERO E D. S.
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( ) CERTO
( ) ERRADO
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Capítulo 1 E. E DIREITOS H., C. PARA UM D. ENTRE GÊNERO E D. S.
( ) CERTO
( ) ERRADO
FONTE: A autora
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( ) CERTO
( ) ERRADO
( ) CERTO
( ) ERRADO
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Capítulo 1 E. E DIREITOS H., C. PARA UM D. ENTRE GÊNERO E D. S.
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https://scielo.org/
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Capítulo 1 E. E DIREITOS H., C. PARA UM D. ENTRE GÊNERO E D. S.
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EDuCAÇÃo PArA A DiVErSiDADE: GÊNEro E SEXuALiDADE
ALGUMAS CONSIDERAÇÕES
Neste capítulo, procuramos explicitar a respeito de conhecimentos que são
de suma importância para a compreensão dos estudantes que desejam atuar e/
ou que já atuam profissionalmente no campo da educação e que avaliam sobre
a importância de estudar a respeito da educação para a diversidade pautado nos
conhecimentos a partir dos estudos oriundos da categoria gênero.
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Capítulo 1 E. E DIREITOS H., C. PARA UM D. ENTRE GÊNERO E D. S.
Por fim, é imprescindível que cada qual busque a compreensão dos conceitos
e explanações aqui apresentados, e faça uma reflexão crítica em seu cotidiano de
trabalho afim de verificar as implicações de cada qual, influenciando na direção
do desenvolvimento de sua prática docente, com vistas a uma educação mais
acolhedora, inclusiva e de respeito a diversidade.
REFERÊNCIAS
BEAUVOIR, S. de. O Segundo Sexo, Tradução Sérgio
Milliet, v. I, II. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1980.
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EDuCAÇÃo PArA A DiVErSiDADE: GÊNEro E SEXuALiDADE
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Capítulo 1 E. E DIREITOS H., C. PARA UM D. ENTRE GÊNERO E D. S.
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C APÍTULO 2
CORPOS, SEXUALIDADE, GÊNERO:
A NECESSIDADE DE UM OLHAR
EDUCATIVO SEM PRECONCEITOS
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Capítulo 2 C., S., G.: A N. DE UM OLHAR E. SEM PRECONCEITOS
1 CONTEXTUALIZAÇÃO
Este capítulo tem como objetivo conhecer os significados socioculturais
a respeito do gênero e as práticas de poder conferida no intuito de estimular
o diálogo, a reflexão sobre terminologias adequadas para a atualidade que
promovem a desconstrução de ideais discriminatórias e pejorativas a respeito da
sexualidade, dos corpos, identidade de gênero, orientação sexual.
Contudo, buscamos contribuir para que no decorrer dos estudos, você possa
analisar e, ainda, criar o seu próprio mapa conceitual sobre as informações que
norteiam a prática na educação com olhar educativo e sem estereótipos para
a temática: corpos, sexualidade, gênero. Desse modo, fazendo o exercício da
relação teoria e prática.
Sugerimos que você analise os assuntos aqui abordados e alinhe com a sua
realidade profissional e/ou o que almeja desenvolver em sua prática cotidiana,
não se restringindo a área profissional, mas englobando os conhecimentos em
todas as áreas da vida, tornando-se de fato uma prática.
Bons estudos!
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EDuCAÇÃo PArA A DiVErSiDADE: GÊNEro E SEXuALiDADE
2 SIGNIFICADOS SOCIOCULTURAIS
DE GÊNERO E AS PRÁTICAS DE
PODER
O termo gênero muitas vezes é utilizado de forma incorreta para fazer
referência ao sexo biológico com o qual o indivíduo nasce: feminino/masculino e/
ou homem/mulher, além de errôneo é excludente ao intersexual que se refere a
pessoas que nascem com a quantidade de cromossomos “específicas” e não se
desenvolvem ou se encaixam na descrição de gênero feminino/masculino.
Para Guedes (1995), o gênero refere-se a tudo aquilo que foi definido no
decorrer do tempo pela nossa sociedade, na qual se compreende como a função,
comportamento esperado, ou papel do indivíduo com base em seu sexo biológico.
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Capítulo 2 C., S., G.: A N. DE UM OLHAR E. SEM PRECONCEITOS
Nogueira (2015, s. p.), enumera sete motivos para debater sobre “gênero,
sexualidade e identidade de gênero”, são elas:
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EDuCAÇÃo PArA A DiVErSiDADE: GÊNEro E SEXuALiDADE
( ) CERTO
( ) ERRADO
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Capítulo 2 C., S., G.: A N. DE UM OLHAR E. SEM PRECONCEITOS
Para se ter clareza em 72 países do mundo, é possível ser preso por ser
homossexual, em 13 deles, as pessoas podem ser condenadas à pena de morte
por causa da orientação sexual, estes 13 países mencionados países ficam na
Ásia (principalmente no Oriente Médio) e na África.
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EDuCAÇÃo PArA A DiVErSiDADE: GÊNEro E SEXuALiDADE
1- Sudão
2- Irã
3- Arábia Saudita
4- Iêmen
5- Mauritânia
6- Afeganistão
7- Paquistão
8- Catar
9- Emirados Árabes Unidos
10-Iraque
11- Síria
12-Nigéria
13-Somália
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Capítulo 2 C., S., G.: A N. DE UM OLHAR E. SEM PRECONCEITOS
FONTE: <https://agenciabrasil.ebc.com.br/sites/default/files/
atoms/image/info_lgbt.png>. Acesso em: 19 mar. 2022.
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EDuCAÇÃo PArA A DiVErSiDADE: GÊNEro E SEXuALiDADE
FONTE: <https://www.adufop.org.br/post/brasil-segue-como-pa%C3%ADs-que-mais-
mata-pessoas-trans-no-mundo-aponta-relat%C3%B3rio>. Acesso em:19 mar. 2022.
Embora o Brasil seja o país que comete mais crimes contra a população
transgênero, estamos abrindo espaço para debates e avançando quanto sociedade
na proteção, amparo dos direitos civis e humanos da comunidade LGBTQIAP+
(lésbicas, gays, transexuais, transgêneros, travestis, queer, intersexo, assexual,
pansexual, + engloba toda a diversidade, não-binariedade).
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Capítulo 2 C., S., G.: A N. DE UM OLHAR E. SEM PRECONCEITOS
( ) CERTO
( ) ERRADO
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EDuCAÇÃo PArA A DiVErSiDADE: GÊNEro E SEXuALiDADE
Francesca Batista (2019) explica sobre cada direito, antes nos propõe
compreender quem é o transgênero para o STF (Supremo Tribunal Federal) corte
de maior relevância do país, capaz de proferir decisões de efeitos vinculante e,
sobretudo, do guardião da Constituição Federal. De acordo com a autora:
Caro estudante,
Indicamos o site: https://76crimes.com/ este site divulga abusos
contra LGBTQIAP+ em países em que a homossexualidade é crime.
A página é mantida pelo jornalista americano Colin Stewart.
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Capítulo 2 C., S., G.: A N. DE UM OLHAR E. SEM PRECONCEITOS
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EDuCAÇÃo PArA A DiVErSiDADE: GÊNEro E SEXuALiDADE
O caso gerou uma discussão e um processo no qual ainda não foi julgado
(até 2021), mas que ampliou o debate tão necessário sobre a validação dos
direitos das pessoas transgênero e travestis e seu cumprimento legal, pois
a discriminação provocada pelo não tratamento adequado a estas pessoas de
acordo com sua identidade de gênero é recorrente em nosso país. De acordo com
Batista (2019), a Procuradoria Geral da República declarou:
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Capítulo 2 C., S., G.: A N. DE UM OLHAR E. SEM PRECONCEITOS
“O lugar social não determina uma consciência discursiva sobre esse lugar.
Porém, o lugar que ocupamos socialmente nos faz ter experiências distintas e
outras perspectivas”. (PONCHIROLLI, 2020 s. p. apud RIBEIRO, 2017)
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EDuCAÇÃo PArA A DiVErSiDADE: GÊNEro E SEXuALiDADE
FONTE: <https://www.sabedoriapolitica.com.br/products/
mas-afinal-o-que-e-lugar-de-fala/>. Acesso em:
Para Ponchirolli (2020), pensar a ideia do lugar de fala tem como objetivo
oferecer visibilidade a sujeitos cujos pensamentos foram desconsiderados
durante muito tempo. Dessa forma, ao tratarmos de assuntos específicos a
um grupo, como racismo e machismo, pessoas negras e mulheres possuem,
respectivamente, lugar de fala. Isto é, podem oferecer uma visão que pessoas
brancas e homens podem não ter. Desse modo, o microfone é passado para as
pessoas que realmente vivenciam aquela realidade.
Cabe ressaltar que o lugar de fala não significa a exclusão de outros grupos
ou pessoas, não é sobre calar, ao contrário, é sobre proporcionar a diversos
grupos e minorias um lugar de fala em que pode se expressar, ser escutado e ter
sim suas questões, reivindicações e conhecimentos validados.
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Capítulo 2 C., S., G.: A N. DE UM OLHAR E. SEM PRECONCEITOS
FONTE: <https://www.politize.com.br/o-que-e-lugar-
de-fala/>. Acesso em: 27 nov. 2021.
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EDuCAÇÃo PArA A DiVErSiDADE: GÊNEro E SEXuALiDADE
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Capítulo 2 C., S., G.: A N. DE UM OLHAR E. SEM PRECONCEITOS
FONTE: <https://camaraligada.wordpress.com/2014/03/06/identidade-de-
genero-todas-e-todos-temos-uma/>. Acesso em: 19 mar. 2022.
65
EDuCAÇÃo PArA A DiVErSiDADE: GÊNEro E SEXuALiDADE
FONTE: <https://img.elo7.com.br/product/zoom/28D4C8D/
bandeira-lgbt-arco-iris.jpg>. Acesso em 19 mar. 2022.
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Capítulo 2 C., S., G.: A N. DE UM OLHAR E. SEM PRECONCEITOS
Vermelho - vida
Laranja - cura
Amarelo - luz do sol
Verde - natureza
Turquesa - arte
Anil - harmonia/serenidade
Violeta - espírito humano
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EDuCAÇÃo PArA A DiVErSiDADE: GÊNEro E SEXuALiDADE
Há outros termos não incluídos na sigla, mas que certamente cabem ser
valorizados como Drag Queens. Este termo refere-se a arte, sim! Drag Queens
são pessoas que representam de forma artística uma personagem feminina,
independente da orientação sexual ou identidade de gênero qualquer pessoa
pode performar como Drag Queen.
Drag – Arte performativa que usa símbolos mistos de gênero (drag queer),
femininos (drag queen) e masculino (drag king)
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Capítulo 2 C., S., G.: A N. DE UM OLHAR E. SEM PRECONCEITOS
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EDuCAÇÃo PArA A DiVErSiDADE: GÊNEro E SEXuALiDADE
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Capítulo 2 C., S., G.: A N. DE UM OLHAR E. SEM PRECONCEITOS
Seu trabalho foi tão importante que o site Google a homenageou no dia
30/11/2021. data em que comemoraria 61 anos.
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EDuCAÇÃo PArA A DiVErSiDADE: GÊNEro E SEXuALiDADE
3 DESIGUALDADE ENTRE OS
GÊNEROS UMA CONSTRUÇÃO
SOCIAL E HISTÓRICA E A
IMPORTÂNCIA DO FEMINISMO
COMO UMA POSSIBILIDADE DE
COMPREENSÃO E LIBERTAÇÃO DA
SEXUALIDADE E DOS CORPOS
Quando pensamos em desigualdade entre os gêneros qual a imagem que
vem a sua mente?
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Capítulo 2 C., S., G.: A N. DE UM OLHAR E. SEM PRECONCEITOS
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Capítulo 2 C., S., G.: A N. DE UM OLHAR E. SEM PRECONCEITOS
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EDuCAÇÃo PArA A DiVErSiDADE: GÊNEro E SEXuALiDADE
( ) CERTO
( ) ERRADO
ALGUMAS CONSIDERAÇÕES
Neste capítulo, procuramos clarificar sobre os significados socioculturais a
respeito do gênero e as práticas de poder conferidas. Tivemos o intuito de orientá-
los a respeito da relevância do feminismo no sentido de entender a construção
social e histórica de desigualdade entre os gêneros e o impacto que o machismo
prejudicial que o machismo provoca, nas relações interpessoais, violência,
educação e no sofrimento mental.
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Capítulo 2 C., S., G.: A N. DE UM OLHAR E. SEM PRECONCEITOS
Por fim, é imprescindível que cada qual reflita sobre as próprias ações,
conceitos e como pode colaborar de forma positiva para a mudança da sociedade
em que todos atingem o mesmo direito de ser, trabalhar, amar, enfim “existir”. É
nas diferenças que crescemos e a diversidade soma, acrescenta e nos ensina e
orienta a caminhos, reflexões e propostas diferentes do que estamos habituados
de acordo com cada realidade socioeconômica cultural de cada indivíduo.
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EDuCAÇÃo PArA A DiVErSiDADE: GÊNEro E SEXuALiDADE
Urgente!
Eu reforço: seja gente!
Urgente!
Há quem nasceu para julgar
Há quem nasceu para amar
E é tão simples entender em qual lado a gente está
E o lado certo é amar
Amar para respeitar!
Amar para tolerar
Amar para compreender
Que ninguém tem o dever de ser igual a você
Apenas seja!
Enfrente essa peleja
Contra uma sociedade que se acha no direito
De lhe julgar com maldade
Seja de verdade
Afinal, da sua alma
Do seu corpo
E da sua identidade é você e só você que possui autoridade.
REFERÊNCIAS
BATISTA, A. F. O transgênero segundo o STF. 2019. Disponível em: https://jus.
com.br/artigos/73069/o-transgenero-segundo-o-stf. Acesso em: 20 mar. 2022.
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C APÍTULO 3
EDUCAR PARA O RESPEITO À
DIVERSIDADE E O PAPEL DOS
DOCENTES
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Capítulo 3 EDUCAR PARA O R. À D. E O PAPEL DOS DOCENTES
1 CONTEXTUALIZAÇÃO
Este capítulo tem como objetivo discutir a construção e os conceitos da
educação de modo plural que contribua para o respeito à diversidade e que
imprima uma mudança no papel exercido pelos docentes no contexto educacional.
Vamos propor reflexões sobre a importância social da tríade: escola, docentes
e discentes na conscientização sobre a relevância social do da aceitação da
diversidade humana.
Sugerimos que você analise os assuntos aqui abordados e alinhe com a sua
realidade profissional e/ou o que almeja desenvolver em sua prática cotidiana,
não se restringindo a área profissional, mas englobando os conhecimentos em
todas as áreas da vida, tornando-se de fato uma prática.
Bons estudos!
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EDuCAÇÃo PArA A DiVErSiDADE: GÊNEro E SEXuALiDADE
2 AS RELAÇÕES DE GÊNERO E
SEXUALIDADE NO CONTEXTO
ESCOLAR
Para discutir sobre as relações de gênero e sexualidade no contexto
escolar, gostaríamos de retomar a conceituação do termo “gênero”, que muitas
vezes é utilizado de forma incorreta para fazer referência ao sexo biológico
com o qual o indivíduo nasce: feminino/masculino e/ou homem/mulher, além de
errôneo é excludente ao intersexual que se refere a pessoas que nascem com a
quantidade de cromossomos “específicas” e não se desenvolvem ou se encaixam
na descrição de gênero feminino/masculino.
É importante estar atento que sexo é um dado biológico, ou seja, tudo aquilo
relacionado ao nosso corpo físico (a genitália, os seios, o formato do corpo). Para
discutir sobre gênero dentro ou fora do contexto escolar é necessário ir além
do termo “masculino e feminino” uma vez que gramaticalmente este conceito
é utilizado para definir “homem e mulher”, portanto precisamos ter claro que
“gênero” são papéis atribuídos socioculturalmente por meio dos sexos a partir de
uma educação machista para definir papéis “feminino/masculino” pautado no sexo
da pessoa.
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Capítulo 3 EDUCAR PARA O R. À D. E O PAPEL DOS DOCENTES
( ) CERTO.
( ) ERRADO.
91
EDuCAÇÃo PArA A DiVErSiDADE: GÊNEro E SEXuALiDADE
A forma de evitar que isto aconteça é de fato ter contato com as diferentes
formas de existir no mundo desde criança, quanto mais cedo o contato com
a diversidade melhor e a escola tem papel fundamental, pois é um espaço de
convivência e interação.
Vamos refletir sobre a diversidade com o poema de Ruth Rocha (s. d. apud
FELIPO, 2021, s. p.): “Pessoas são diferentes”
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Capítulo 3 EDUCAR PARA O R. À D. E O PAPEL DOS DOCENTES
( ) CERTO.
( ) ERRADO.
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Capítulo 3 EDUCAR PARA O R. À D. E O PAPEL DOS DOCENTES
FONTE: A autora
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Capítulo 3 EDUCAR PARA O R. À D. E O PAPEL DOS DOCENTES
A humanidade caminha
Atropelando os sinais
A história vai repetindo
Os erros que o homem trás
O mundo segue girando
Carente de amor e paz
Se cada cabeça é um mundo
Cada um é muito mais
( ) CERTO.
( ) ERRADO.
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EDuCAÇÃo PArA A DiVErSiDADE: GÊNEro E SEXuALiDADE
FONTE: <https://novaescola.org.br/conteudo/1296/5-filmes-para-
discutir-a-adolescencia>. Acesso em: 18 abr. 2022.
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O intuito é que você pesquise sobre o tema e aprenda ainda mais sobre
a intolerância no Brasil e os crimes de ódio. A proposta é que a partir desta
pesquisa pense novas possibilidades de intervenção e interrupção desse ciclo de
violência. Vamos dar algumas dicas para facilitar seus estudos. Infelizmente os
índices de crimes cometidos no Brasil em sua maioria são contra pessoas negras,
homoafetivos e transexuais e mulheres o que denota que somos um país, racista,
machista e homo/transfóbico.
FONTE: <https://www.colegiooswald.com.br/wp-content/uploads/2021/03/
mulher-trans-ou-travesti.pdf>. Acesso em: 18 abr. 2022.
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Capítulo 3 EDUCAR PARA O R. À D. E O PAPEL DOS DOCENTES
3 RELAÇÕES DE GÊNERO, A
POSTURA E O TRABALHO DOS
DOCENTES NA CONVIVÊNCIA
ESCOLAR
O educador, muitas vezes sem perceber, se torna um modelo e inspiração
para o aluno, por esse motivo seu papel social e responsabilidades vão além do
seu papel profissional. É preciso ter clareza, mas é igualmente importante ter
preparo técnico e bom senso para fazer as intervenções necessárias de modo
adequado quando há conflito entre os estudantes.
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Por mais que pareçam específicas e pontuais, Bordieu (2001 apud SAYÃO,
2005, p. 65) destaca que: “as trajetórias não são individuais, estão em consonância
com o meio social e podem significar ascensão ou não, conforme a continuidade
ou descontinuidade entre o projeto que estava inscrito na trajetória dos pais e nas
possibilidades futuras aí implicadas”.
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muitas vezes sofrem por ter que assumir papéis e comportamentos pré-moldados
que não correspondem com sua vontade de agir e priva-os de descobertas
relevantes para sua formação pessoal e social.
Tomando por conta que a própria inserção social dos papéis femininos e
masculinos passam por uma construção histórica, não seria diferente e menos
complexa a discussão do papel desses profissionais na formação de futuros
cidadãos no que tangem temas de gênero.
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O educador mais uma vez se faz essencial, porém são abundantes suas
responsabilidades assim como seu valor. Devemos recordar que da mesma
forma que a sociedade é mutável e o educador é um ser humano, um sujeito
repleto de histórias e imerso na sua cultural e identidade familiar, há nele um
Universo repleto de possibilidades, medos, anseios, sonhos, conquistas, desejos,
sentimentos e emoções, portanto, devemos para além de valorizá-los e respeitá-
los em sua diversidade e limitações quanto sujeitos. Gabriel e Ribeiro (2019 p. 12)
ainda afirmam que:
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São eles:
1. Palloma.
2. Maria Clara.
3. Somos.
4. O dia é transparente.
5. Sapacrew.
6. Mãe Dorinha.
7. Desyrrê.
8. Depois da tempestade – a LGBTfobia na escola.
Colorir
Faltará tinta
No dia que o céu for livre
Pra todos serem o que são
Cobertos pelo sol, sem nenhum tipo de opressão
Faltará nomes
Pra descrever o mundo sem as misérias
O que sentimos, o que nos tornamos
O novo ser sem medo de viver
Faltará a falta que nos entristece
Que hoje enche o peito de vazio e fumaça
Não faltará amor, não faltará sonhos
O novo mundo se abrirá para o futuro
Onde o presente dominará o passado
E nossos corações enfim serão salvos
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FONTE: <https://www.futura.org.br/8-filmes-para-debater-genero-
e-sexualidades-nas-escolas/>. Acesso em: 19 abr. 2022.
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FONTE: <http://aaspbrasil.blogspot.com/2017/09/nao-ha-cura-para-
o-que-nao-e-doenca.html>. Acesso em: 19 abr. 2022.
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A partir de então, o slogan foi criado e tornou-se uma campanha contra essa
determinação judicial pois, de fato não há cura para o que não é doença.
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sua comunidade, um menino que admirava seu pai, porém perde sua identidade
ao ser exposto por seu estuprador deflagrando a toda a comunidade a sua
orientação homoafetiva.
Narrando a dor de ser obrigado a abrir mão de algo que o define por conta
de valores morais, a história relata como as terapias de conversão atuam e quais
suas consequências a quem foi exposto a pouca e a muitos anos de violência.
Vale a pena assistir!
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ALGUMAS CONSIDERAÇÕES
Neste capítulo, classificamos sobre a construção e os conceitos da educação
de modo plural que contribui para o respeito à diversidade na qual imprime uma
mudança no papel exercido pelos docentes no contexto educacional.
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REFERÊNCIAS
ARAGUSUKU, H. A.; LARA, M. F. A. Uma Análise Histórica da Resolução
n° 01/1999 do Conselho Federal de Psicologia: 20 Anos de Resistência à
Patologização da Homossexualidade. 2019, v. 39. Disponível em: <https://
doi.org/10.1590/1982-3703003228652>. Acesso em: 2 fev. 2022.
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