Anhembi Morumbi DL - Contabilidade Intermediaria II

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CONTABILIDADE
INTERMEDIÁRIA II
Me. Marco Aurélio Claudiano da Silva

INICIAR

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introdução
Introdução
No atual momento competitivo do mercado, é muito importante que os
gestores da empresa tenham acesso a informações corretas para a melhor
tomada de decisão para ajudar a ter um diferencial competitivo.

Ao longo desta unidade, serão apresentados os processos de lançamento e


informações que possam ajudar na gestão das empresas em processos
importantes, como a contabilização de empréstimos e financiamentos,
estoques, folha de pagamento e o Realizável a Longo Prazo e Investimentos
do grupo de Ativo Não Circulante.

Nesse sentido, a intenção é que você possa, em uma linguagem simples,


entender os processos a serem discutidos, procurando ao máximo utilizar
exemplos que possam facilitar esse entendimento.

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Operações de
Empréstimos e
Financiamentos

Os fatos contábeis que envolvem a conta de empréstimos e financiamentos


devem ser entendidos pelo contador que irá analisar cada fato, pois podem
ocorrer diversas formas disponíveis no mercado de  operações acessíveis
para as empresas para essas modalidades de crédito. É possível haver
operações a curto ou longo prazo, com juros cobrados antecipadamente ou
durante o prazo da operação.

Tipos de Operações de Curto e Longo Prazo


Segundo Ribeiro (2018), os atos administrativos são acontecimentos na
empresa que não geram alterações no seu patrimônio, por exemplo a fiança
em valor de terceiros e admissão de um empregado. Os fatos administrativos
ou contábeis se caracterizam por acontecimentos que provocam
modificações no patrimônio da empresa e devem ser contabilizadas nas
contas patrimoniais ou de resultado. Elas são classificadas em três grupos:
permutativos ou compensativos, modificativos ou mistos. Segundo Ribeiro
(2018, p. 52):

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a) Permutativos, qualitativos ou compensativos – representam


permutas (trocas) entre elementos ativos, passivos ou entre ambos
simultaneamente, sem provocar variações no Patrimônio Líquido;

b) Modificativos ou quantitativos – provocam variações


(modificações) no Patrimônio Líquido;

c) Mistos – envolvem, ao mesmo tempo, um fato permutativo e um


modificativo.

saiba mais
Saiba mais
O conceito de atos e fatos contábeis (ou
administrativos) é muito importante para
quem está começando a trabalhar com a
contabilidade, pois, ao entendê-los, o
profissional pode desenvolver os
lançamentos contábeis com um boa base
teórica e saber quais serão as implicações ao
efetuar a classificação em contas do Ativo,
Passivo, Patrimônio Líquido ou Contas de
Resultado. Para ver mais, acesse a matéria
Contabilidade e os seus sistemas de registros
dos atos e fatos patrimoniais
, de Wilson
Alberto Zappa Hoog.

ACESSAR

Nesse sentido, é importante entender os conceitos relacionados no saiba


mais, pois os fatos contábeis relativos a empréstimos e financiamentos
poderão ser classificadas como os três tipos possíveis, dependendo da
operação que estiverem representando, uma vez que em alguns casos irão
provocar mudança no Patrimônio Líquido, e em outras situações irão apenas
fazer compensação entre os grupos de Ativo ou Passivo. Também é possível
termos operações que poderão ser classificadas como fatos mistos.

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Segundo Gelbcke et al. (2018), as operações de empréstimos e


financiamentos podem envolver várias operações, por exemplo:

Registro da operação do empréstimo ou financiamento,


propriamente dita com a instituição financeira ou fornecedor.
Encargos financeiros, que podem ser despesas de juros, despesas
incrementais, taxas, comissões, eventuais prêmios, elaboração de
projetos etc.
Variações monetárias em moeda estrangeira (devendo ser convertido
o valor da operação em moeda corrente com a taxa de câmbio do dia
da transação) ou em moeda local.
Notas explicativas que devem ser realizadas para dirimir dúvidas
sobre alguma operação, que sejam interessantes, para que os
usuários do relatório contábil possam consultar.

Classificação das Contas Contábeis de


Empréstimos e Financiamentos de Curto
Prazo
Para que fique fácil o entendimento do processo de contabilização de um
empréstimo de curto prazo, pode ser verificado o exemplo a seguir,
envolvendo uma operação simples de empréstimo de curto prazo, com fatos
contábeis que geralmente ocorrem em situações com essas características.
Por isso, vejamos os lançamentos que deverão ser contabilizados:

1. A empresa XYZ fez uma operação de empréstimo de curto prazo,


com prazo para pagamento em 120 dias no valor de R$ 150.000,00,
com cobrança de IOF de R$ 800,00 no momento da liberação do
crédito e o pagamento dos juros ao final do período do empréstimo.
2. Lançamento dos juros cobrados pela instituição bancária no valor de
R$ 12.000,00.
3. Pagamento da operação do empréstimo.

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a)    Contabilização da operação de empréstimo

Contas Débito Crédito

Bancos Conta Movimento (Ativo R$


Circulante) 149.200,00

IOF s/ empréstimos R$ 800,00

Empréstimos a Pagar (Passivo R$


Circulante) 150.000,00

b)    Lançamento dos juros cobrados no pagamento do


empréstimo

Contas Débito Crédito

Juros Passivos (Contas Resultado –


R$ 12.000,00
Despesas Financeiras)

Empréstimos a Pagar (Passivo


R$ 12.000,00
Circulante)

c)    Pagamento do empréstimo

Empréstimos a Pagar (Passivo R$


Circulante) 162.000,00

Bancos Conta Movimento (Ativo R$


Circulante) 162.000,00
Tabela 2.1 - Contabilização de empréstimo de curto prazo com juros cobrados no
pagamento

Fonte: Elaborada pelo autor.

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Segundo Hoss et al. (2013), quando ocorre a cobrança antecipada dos juros
utilizando-se o princípio da competência, deve ser realizado o
reconhecimento da cobrança dos juros apenas quando do seu efetivo uso,
devendo haver o lançamento mensal do reconhecimento da despesa lançada.
A empresa XYZ faz uma operação de empréstimo de R$ 50.000,00 para
pagamento em 10 parcelas no valor de R$ 5.508,24 e com a cobrança de
custos adicionais de R$ 120,00, sendo cobrados antecipadamente. A Tabela
2.2 demonstra todos os lançamentos necessários para a operação.

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1 -  Contabilização do Empréstimo

Contas Débito Crédito

Bancos Conta Movimento (Ativo R$


Circulante) 50.000,00

Financiamentos a Pagar (Passivo R$


Circulante) 50.000,00

2 – Contabilização dos Custos Adicionais

Contas Débito Crédito

Despesas Financeiras (Contas


R$ 120,00
Resultado)

Bancos Conta Movimento (Ativo


R$ 120,00
Circulante)

3 – Contabilização de Juros a Transcorrer

Juros a Transcorrer (Passivo Circulante) R$ 5.082,40

Financiamentos a Pagar (Passivo


R$ 5.082,40
Circulante)

4 – Contabilização do pagamento das parcelas (um a cada


pagamento)

Financiamentos a Pagar (Passivo


R$ 5.508,24
Circulante)

Bancos Conta Movimento (Ativo R$ 5.508,24

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Circulante)

5 – Lançamento do reconhecimento das despesas dos juros (um a


cada mês no pagamento)

Despesas Financeiras (Contas


R$ 508,24
Resultado)

Juros a Transcorrer (Passivo Circulante) 508,24


Tabela 2.1 - Contabilização de empréstimo de curto prazo com juros cobrados no
pagamento

Fonte: Elaborada pelo autor.

Conforme pode ser verificado nos lançamentos realizados na Tabela 2.2, os


juros devem ser lançados no Passivo Circulante na conta Juros a Transcorrer
para que sejam apropriados a cada mês quando do pagamento das parcelas,
quando efetivamente serão utilizados pela empresa. As Despesas Financeiras
são lançadas nas contas de Resultado e irão aparecer no Demonstrativo de
Resultado do Exercício ao final do período.

Lançamentos Contábeis de Empréstimos


de Longo Prazo
Os empréstimos e financiamentos de longo prazo devem ser entendidos pelo
profissional de contabilidade antes de fazer os lançamentos, pois precisa
entender o contrato realizado entre a empresa e a instituição financeira para
traduzir o que foi contratado nos lançamentos contábeis corretos. Vale
lembrar que, normalmente, um contrato de longo prazo pode envolver
lançamentos realizados no curto prazo (Passivo Circulante) e também no
longo prazo (Passivo Não Circulante). Por exemplo, um financiamento em 48
parcelas irá impactar em lançamentos de uma quantidade de parcelas de
curto prazo, dependendo do momento do exercício atual em que foi
contratada a operação e o final do exercício social seguinte, e também o

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lançamento de parcelas no Passivo Não Circulante, pois irão ultrapassar o


limite do conceito de longo prazo. Segundo Gelbcke et al. (2018, p. 327):

Todos os empréstimos firmados pela empresa, cujo prazo de


pagamento seja superior ao encerramento do exercício social
seguinte, deverão ser contabilizados primeiramente como a longo
prazo. Posteriormente, quando o período a transcorrer até o
vencimento da dívida for inferior ao encerramento do exercício
social seguinte, a dívida deverá ser reclassificada para o Passivo
Circulante.

Supondo que a empresa WYZ contraiu um empréstimo a longo prazo, no mês


de dezembro de 2018, com um valor de R$ 200.000,00, com 40 parcelas
mensais de R$ 6.400,00, para serem pagas a partir do mês de janeiro de 2019,
como irá ficar a contabilização desse empréstimo, lembrando que devemos
diferenciar os lançamentos de curto e longo prazo? A Tabela 2.3 demonstra a
sequência de lançamentos necessários para essa operação.

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1 – Contabilização do Empréstimo

Contas Débito Crédito

Bancos Conta Movimento (Ativo R$


Circulante) 200.000,00

Encargos Financeiros Curto Prazo a R$


Apropriar (Passivo Circulante) 16.800,00

Encargos Financeiros Longo Prazo a R$


Apropriar (Passivo Não Circulante) 39.200,00

Empréstimos a Pagar Curto Prazo R$


(Passivo Circulante) 76.800,00

Empréstimos a Pagar Longo Prazo R$


(Passivo Não Circulante) 179.200,00

2 – Contabilização dos Pagamento das Parcelas (uma para cada


pagamento)

Contas Débito Crédito

Empréstimos a Pagar a Curto Prazo


R$ 6.400,00
(Passivo Circulante)

Bancos Conta Movimento (Ativo


R$ 6.400,00
Circulante)

3 – Contabilização de Juros a Apropriar (mensalmente)

Despesas com Encargos Financeiros


R$ 1.400,00
(Conta Resultado)

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Encargos Financeiros Curto Prazo a R$ 1.400,00


Apropriar (Passivo Circulante)

4 – Transferência da Parcela de Longo para o Curto Prazo


(mensalmente)

Empréstimos a Pagar Longo Prazo


R$ 6.400,00
(Passivo Não Circulante)

Empréstimo a Pagar Curto Prazo


R$ 6.400,00
(Passivo Circulante)
Tabela 2.3 - Contabilização de empréstimo de longo prazo

Fonte: Elaborada pelo autor.

Balanço Patrimonial e DRE para Operações


de Empréstimos e Financiamentos
Ao entender as operações básicas e também como contabilizar os
empréstimos e financiamentos de curto e longo prazo, fica mais fácil para o
profissional contábil ou os usuários das demonstrações contábeis poderem
ler o conteúdo do Balanço Patrimonial ou do Demonstrativo de Resultado do
Exercício e verificarem como ficariam os saldos das contas dessas operações.

Segundo Bonho, Silva e Santos (2018), o Balanço Patrimonial irá possibilitar


aos usuários uma visualização da situação momentânea da empresa em
relação à sua situação econômica e financeira. Em relação às operações de
empréstimo e financiamento, elas estão localizadas no grupo Passivo, ou seja,
como obrigações da empresa. Dependendo do prazo do pagamento da
operação, se for de curto prazo, ela estará presente no Passivo Circulante e,
caso seja de longo prazo, estará no Passivo Não Circulante.

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O Passivo Circulante são obrigações com vencimento até o final do exercício


seguinte ao balanço, podendo ser divididas entre os Fornecedores na
aquisição de produtos e/ou serviços. Empréstimos a Pagar se caracterizam
por dívidas através de operações de crédito com a obtenção de dinheiro,
Financiamentos a Pagar, que são dívidas na aquisição direta de bens móveis
ou imóveis, e Salários a Pagar por conta dos pagamentos à mão de obra que
vendem ou produzem para a empresa. O Passivo Não Circulante refere-se a
operações que envolvam vencimentos posteriores ao final do exercício
seguinte do Balanço Patrimonial. É possível que todos os itens do Passivo
Circulante possam também fazer parte do Passivo Não Circulante, desde que
as datas de seus vencimentos sejam mais de um ano do final do exercício
(BONHO; SILVA; SANTOS, 2018).

Em relação ao Demonstrativo de Resultado do Exercício, as contas que podem


aparecer nas operações de Empréstimos e Financiamentos, normalmente,
serão encontradas no Grupo de Despesas Financeiras das Contas de
Resultado e se constituem em despesas decorrentes através dos contratos
dessas operações. Podem aparecer as seguintes contas: juros pagos pela
operação (ao longo do período ou antecipadamente), descontos concedidos,
despesas de IOF, multas por atraso de pagamento e juros por atraso de
pagamento (BONHO; SILVA; SANTOS, 2018).

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Balanço Patrimonial

Ativo Passivo + Patrimônio Líquido

Ativo Circulante Passivo Circulante

Ativo Não Circulante Fornecedores

Empréstimos a Pagar Curto Prazo

Financiamentos a Pagar Curto


Prazo

Salários a Pagar

Passivo Não Circulante

Empréstimos a Pagar Longo Prazo

Financiamentos a Pagar Longo


Prazo

Patrimônio Líquido
Quadro 2.1 - Passivo Circulante e Passivo Não Circulante no Balanço Patrimonial

Fonte: Adaptado de FIPECAFI (2013, p. 3).

praticar
Vamos Praticar
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Vamos Praticar
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Uma empresa contraiu um empréstimo a curto prazo, para pagamento em 6 meses,


sendo o valor da operação de R$ 30.000,00, e, no momento da liberação do recurso
financeiro para a empresa, foi descontado da empresa o valor de R$ 2.400,00 como
juros previstos no contrato de empréstimo com a instituição financeira.

Tendo as informações, indique a opção correta para a contabilização do evento da


liberação do empréstimo para a empresa:

a)
Débito – Bancos Conta Movimento – R$ 30.000,00 (Ativo Circulante)        
Crédito – Empréstimos a Pagar Curto Prazo – R$ 30.000,00 (Passivo
Circulante)
Feedback:
alternativa
incorreta
, pois deve ser descontado do valor a ser
liberado no banco o valor dos juros de R$ 2.400,00, que deverão ser lançados
na conta Juros a Transcorrer para a apropriação da despesa ao longo do
prazo de pagamento do empréstimo.
b)
Débito – Bancos Conta Movimento – R$ 27.600,00 (Ativo Circulante)        
Débito – Juros a Apropriar – R$ 2.400,00 (Passivo Circulante)         Crédito –
Empréstimos a Pagar Curto Prazo – R$ 30.000,00 (Passivo Circulante)
Feedback:
alternativa
correta
, pois o lançamento está correto, já que deve
ser descontado o valor dos juros na conta Juros a Apropriar do valor a ser
depositado no banco e a contrapartida a crédito na conta de Empréstimos a
Pagar Curto Prazo.
c)
Débito –  Bancos Conta Movimento – R$ 27.600,00 (Ativo Circulante)      
 Débito –  Despesas com Juros – R$ 2.400,00 (Conta de Resultado – Despesas)
       Crédito – Empréstimos a Pagar Curto Prazo – R$ 30.000,00 (Passivo
Circulante)
Feedback:
alternativa
incorreta
, pois pelo princípio da competência no
momento da liberação do empréstimo o valor líquido recebido no Banco
Contas Movimento e o valor dos juros na conta Juros a Apropriar em
contrapartida a conta Empréstimos a Pagar a Curto Prazo.
d)
Débito –  Bancos Conta Movimento – R$ 30.000,00 (Ativo Circulante)        
Crédito – Juros a Apropriar – R$ 2.400,00 (Passivo Circulante)         Crédito –
Empréstimos a Pagar Curto Prazo – R$ 27.600,00 (Passivo Circulante)

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Feedback:
alternativa
incorreta
, porque no lançamento no Banco deve ser
descontado o valor dos juros (R$ 27.600,00) e a conta de Juros a Apropriar
deve ser lançada a Débito no Passivo Circulante. Além disso, o valor do
Empréstimo a Pagar Curto Prazo deve ser lançado no valor de R$ 30.000,00.
e)
Débito –  Bancos Conta Movimento – R$ 30.000,00 (Ativo Circulante)        
Crédito – Despesas com Juros – R$ 2.400,00 (Conta de Resultado – Despesas)  
      Crédito – Empréstimos a Pagar Curto Prazo – R$ 27.600,00 (Passivo
Circulante)
Feedback:
alternativa
incorreta
, porque no Banco deve ser lançado o valor
descontados os juros (R$ 27.600,00), e na conta Empréstimo a Pagar Curto
Prazo deve ser lançado o valor total do empréstimo (R$ 30.000,00) e não ser
lançada a Despesa com Juros na Conta de Resultado.

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Estoques – CPC 16

Entender a importância que os estoques têm para a gestão de uma empresa,


tanto do ponto de vista administrativo quanto do ponto de vista contábil, é
muito interessante para os profissionais que são responsáveis pela tomada
de decisão nas empresas, e, nesse ponto, é vital para elas a adoção de
políticas de gestão de estoques assertivas, de forma que os administradores
conheçam e atuem principalmente nos custos que poderão impactar para a
organização em uma estratégia certa ou não, até mesmo afetando a
continuidade da empresa, caso ocorra algum erro.

Conceito, Custos e Mensuração de Estoques


Segundo Gelbcke (2018, p. 61), “Os estoques são bens tangíveis ou intangíveis
adquiridos ou produzidos pela empresa com o objetivo de venda ou utilização
própria no curso normal de suas atividades”.

Para Hoss et al. (2013), as empresas vão necessitar de estoques para se


manter no mercado. Caso seja uma organização comercial, irá precisar
comprar mercadorias para fazer a revenda; caso seja uma indústria,

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necessitará de manter estoques de matérias-prima ou produtos em processo.


Atualmente, no Brasil, o Pronunciamento Técnico CPC 16 se alinha à IAS 2
(IASB –
International Accounting Standards Board
), que é a o equivalente a ela
nas Normas Internacionais de Contabilidade.

Segundo o CPC 16, no seu item 6:

Estoques são ativos:

(a) mantidos para venda no curso normal dos negócios;

(b) em processo de produção para venda; ou

(c) na forma de materiais ou suprimentos a serem consumidos ou


transformados no processo de produção ou na prestação de
serviços.

Segundo Carvalho, Guimarães e Cruz (2019) e Hoss et al. (2013), a


mensuração de estoques pode ser realizada através do valor de custo ou do
valor realizável líquido, aquele que for menor dos dois. A partir da
contabilização dos estoques, as empresas podem apurar o Custo das
Mercadorias Vendidas (CMV) ou Custo das Mercadorias Produzidas (CMP),
cujos custos de aquisição compreendem os seguintes pontos:

O preço de compra da mercadoria.


Os tributos, excetuando-se os que são recuperáveis junto ao fisco.
Custos envolvendo as atividades de transporte, seguro e manuseio
do produto.

Em relação à mensuração de estoques, normalmente é realizada através do


seu custo de aquisição, descritos acima. Entretanto, caso o valor atribuído ao
estoque esteja muito alto, ele pode sofrer a  mensuração através do ajuste ao
valor realizável líquido. Como relatam Carvalho, Guimarães e Cruz (2019, p.
169):

[…] podem ocorrer situações em que o valor atribuído às


mercadorias em estoque fica superdimensionado em relação ao
valor que seria obtido pela venda das mesmas mercadorias,
diminuído dos gastos para efetivar a operação e venda.

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Essa situação pode ocorrer, por exemplo, quando determinada


mercadoria sofre danos, fica obsoleta ou quando os consumidores
passam a não ter mais a preferência por aquele determinado item.
Nesses casos, a entidade deve realizar um lançamento de ajuste,
debitando uma conta de despesa (resultado), em contrapartida a
uma conta redutora dos estoques: perdas estimadas com
estoques. Essa conta tem a natureza credora.

Para facilitar o entendimento do que é o CMV (Custo de Mercadoria Vendida),


que é importante no cálculo do DRE, pode ser visualizado o Quadro 2.2, que
especifica os itens que compõem a fórmula apresentada.

CMV = EI + Compras - EF

CMV -> Custo das Mercadorias Vendidas

EI -> Estoque Inicial do período

Compras -> compras realizadas no período de apuração do custo

EF -> Estoque final do período

Quadro 2.2 - Fórmula do CMV – Custo das Mercadorias Vendidas

Fonte: Adaptado de Carvalho, Guimarães e Cruz (2019, p. 159).

Para as empresas que trabalham com transformação de matérias-primas


para gerar um produto final que será vendido posteriormente, podem ser
verificados quais são os custos envolvidos no Decreto Lei Número 1.598/77 no
Artigo 13 § 1º:

§ 1º - O custo de produção dos bens ou serviços vendidos


compreenderá, obrigatoriamente:

a) o custo de aquisição de matérias-primas e quaisquer outros


bens ou serviços aplicados ou consumidos na produção, observado
o disposto neste artigo;

b) o custo do pessoal aplicado na produção, inclusive de

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supervisão direta, manutenção e guarda das instalações de


produção;

c) os custos de locação, manutenção e reparo e os encargos de


depreciação dos bens aplicados na produção;

d) os encargos de amortização diretamente relacionados com a


produção;

e) os encargos de exaustão dos recursos naturais utilizados na


produção.

CPV = EI + (INSUMOS + MOD + GGF) - EF

CPV -> Custo dos Produtos Vendidos

EI -> Estoque Inicial do período

INSUMOS -> correspondem a matéria-prima, embalagens e outros


materiais.

MOD -> Mão de obra direta aplicada na produção dos produtos

GGF -> Gastos Gerais de Fabricação, que corresponde a aluguel, energia,


depreciação, mão de obra indireta, etc.

EF -> Estoque final do período

Quadro 2.3 - Fórmula do CPV - Custo dos Produtos Vendidos

Fonte: Apuração do Custo das Vendas (on-line). Acesso em: 24 jul. 2019.

Segundo Marion (2018), os Custos de Produtos Vendidos (CPV) e Custo dos


Serviços Prestados (CSP) correspondem a uma fórmula de cálculo muito
próxima do Custo de Mercadorias Vendidas, mas referem-se ao cálculo em
empresas que fazem a produção através da transformação dos insumos ou
prestação de serviços, adicionando a mão de obra e os gastos gerais de
fabricação (ou prestação de serviços), que são custos indiretos de produção
ou serviço, para chegar a um cálculo que será utilizado também no DRE.

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Segundo Fontoura (2013), é importante entender a classificação dos custos


que compõem o cálculo do CMV e eles são classificados quanto ao volume de
produção da seguinte forma:

1. Custo fixo: esse tipo de custo não apresenta variação, tem uma
capacidade instalada de produção e é de difícil identificação, sendo
necessária a utilização de formas de rateio.
2. Custo variável: há uma variação dependendo da quantidade de
produção verificada dentro do período. É de fácil identificação. Por
exemplo, em uma indústria de confecção, quanto mais roupas são
produzidas de um modelo específico, maior será gasto o tipo de
tecido necessário para produzir o produto.

Quanto à forma de apropriação os custos, podem ser:

1. Custos diretos: compreendem os produtos ou serviços que são


utilizados diretamente para o processo de produção e estão ligados
normalmente aos custos variáveis, sendo fácil sua identificação.
2. Custos indiretos: normalmente são caracterizados pelos custos fixos
dentro do processo de produção do produto, sendo igualmente de
difícil identificação e necessitando de fórmulas de rateio.

Critérios de Valoração do Estoque


Segundo Chagas (2013) e Marion (2018), o cálculo do Custo das Mercadorias
Vendidas (CMV) está localizado no DRE após a Receita Líquida de Vendas para
que seja possível calcular  o Lucro Bruto da empresa. No Quadro 2.4, pode ser
verificada de forma simplificada a forma do cálculo do DRE e onde está
inserido o CMV.

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Demonstrativo de Resultado do Exercício

(+) Receita Bruta

(-) Deduções

Devoluções (-)

Abatimentos (-)

(=) Receita Líquida

(-) Custos das Vendas / Produção

CMV (-) / CPV (-) / CSP (-)

(=) Lucro Bruto


Quadro 2.4 - Cálculo do Lucro Bruto usando CMV/CPV/CSP.

Fonte: Adaptado de Marion (2018, p. 102).

Segundo Chagas (2013), para conhecer o custo das mercadorias vendidas é


importante que se desenvolvam métodos de cálculos com técnicas contábeis
confiáveis para se chegar ao valor dos estoques para utilização no DRE. As
três principais formas de cálculo são a PEPS, UEPS e Custo Médio Ponderado,
que são detalhadas nos próximos itens.

Método PEPS
Segundo Chagas (2013) e Carvalho, Guimarães e Cruz (2019), o método  PEPS
– Primeiro que Entra Primeiro que Sai (em inglês
First In First Out – FIFO
) utiliza
para o custo das vendas as unidades que foram compradas primeiro, e,
seguindo essa lógica, a tendência é que o custo final do estoque seja maior e,
consequentemente, irá apresentar um CMV menor quando comparado com
os outros métodos de avaliação.

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Para efeito de comparação entre os três métodos, será apresentado um


exemplo de movimentação de estoques e na sequência realizada a
comparação dos valores que resultarão através da aplicação de cada método.

A empresa ABCD efetuou a seguinte movimentação de estoques do produto


Y, no mês de maio de 2019:

1. Estoque inicial em 2 de maio de 100 unidades a um preço de R$


120,00.
2. Venda em 3 de maio de 50 unidades.
3. No dia 9 de maio, realizou a compra de 100 unidades a um preço de
R$ 150,00.
4. No dia 12 de maio, realizou a venda de 100 unidades.
5. No dia 15 de maio, fez compra de 200 unidades a um valor de R$
180,00.
6. No dia 20 de maio, fez uma venda 150 unidades.
7. No dia 22 de maio, fez uma compra de 100 unidades a um valor de
R$ 210,00.
8. No dia 30 de maio, fez uma venda de 150 unidades.

A partir desses dados, serão calculadas as movimentações utilizando o


método PEPS, conforme pode ser visualizado na Tabela 2.4.

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Saídas
Entradas Saldos
Data/Histórico
Qtde. x
Qtde. x P. Qtde. x P.
Data Histórico P.Unit. =
Unit. = Valor Unit. = Saldo
Valor

Est. 100 x 120,00 = 100 x 120,00 =


02/05 -
Inicial 12.000,00 12.000,00

50 x 120,00 = 50 x 120,00 =
03/05 Venda
6.000,00 6.000,00

50 x 120,00 =
100 x 150,00 = 6.000,00 100 x
09/05 Compra
15.000,00 150,00 =
15.000,00

50 x 120,00 =
6.000,00 50 x 50 x 150,00 =
12/05 Venda
150,00 = 7.500,00
7.500,00

50 x 150,00 =
200 x 180,00 = 7.500,00 200 x
15/05 Compra
36.000,00 180,00 =
36.000,00

50 x 150,00 =
7.500,00 100 100 x 180,00 =
20/05 Venda
x 180,00 = 18.000,00
18.000,00

22/05 Compra 100 x 210,00 = 100 x 180,00 =


21.000,00 18.000,00 100

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x 210,00 =
21.000,00

100 x 180,00
= 18.000,00 50 x 210,00 =
30/05 Venda
50 x 210,00 = 10.500,00
10.500,00

CMV = EI + Compras - EF

CMV = 12.000,00 + 72.000,00 - 10.500,00

CMV = 73.500,00

Tabela 2.4 - Cálculo do Método PEPS

Fonte: Elaborada pelo autor.

Conforme pode ser verificado na Tabela 2.4, quando há uma venda


primeiramente é utilizado o produto com o preço mais antigo, por exemplo,
no dia 12/05, foram vendidas 100 unidades do produto e primeiramente
utilizam-se 50 unidades a um valor de R$ 120,00 e na sequência as outras 50
unidades com o valor de R$ 150,00. Da mesma forma, no saldo de estoque no
dia 15/05 é diferenciada a quantidade com o preço unitário de R$ 150,00, que
vai ser utilizado primeiro que o outro, adquirido posteriormente por R$
180,00. O Estoque final para o PEPS ficou em R$ 10.500,00 e o valor do CMV
em R$ 73.500,00.

Método UEPS
Segundo Chagas (2013) e Carvalho, Guimarães e Cruz (2019), o método UEPS –
Último que Entra Primeiro que Sai (em inglês
Last In First Out – LIFO
)
caracteriza-se pelo cálculo do custo da mercadoria com a multiplicação da
quantidade vendida pelo preço unitário que foi praticado na compra mais
nova. Segundo Quintana (2014, p. 92), “O UEPS não é aceito pela legislação do

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imposto de renda. A empresa que optar por este método deverá apresentar a
diferença para a tributação”.

Para poder fazer a comparação com os outros métodos de cálculo, a Tabela


2.5 apresenta o mesmo exemplo da Tabela 2.4 aplicando o método UEPS.

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Saídas
Entradas Saldos
Data/Histórico
Qtde. x
Qtde. x P. Unit. Qtde. x P.
Data   Histórico P.Unit. =
= Valor Unit. = Saldo
Valor

Est. 100 x 120,00 = 100 x 120,00 =


02/05 -
Inicial 12.000,00 12.000,00

50 x 120,00 = 50 x 120,00 =
03/05 Venda
6.000,00 6.000,00

50 x 120,00 =
100 x 150,00 = 6.000,00
09/05 Compra
15.000,00 100 x 150,00 =
15.000,00

100 x 150,00 = 50 x 120,00 =


12/05 Venda
15.000,00 6.000,00

50 x 120,00 =
200 x 180,00 = 6.000,00
15/05 Compra
36.000,00 200 x 180,00 =
36.000,00

20/05 Venda 150 x 180,00 = 50 x 120,00 =


27.000,00 6.000,00

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50 x 180,00 = 
9.000,00

50 x 120,00 =
6.000,00

100 x 210,00 = 50 x 180,00 =


22/05 Compra
21.000,00 9.000,00

100 x 210,00 =
21.000,00

100 x 210,00 =
21.000,00 50 x 120,00 =
30/05 Venda
50 x 180,00 = 6.000,00
9.000,00

CMV = EI + Compras - EF

CMV = 12.000,00 + 72.000,00 - 6.000,00

CMV = 78.000,00

Tabela 2.5 - Cálculo do Método UEPS

Fonte: Elaborada pelo autor.

Conforme pode ser verificado na Tabela 2.5, quando há uma venda


primeiramente é utilizado o produto com o preço comprado mais recente, por
exemplo, no dia 12/05, foram vendidas 100 unidades do produto e é vendida
a quantidade total que entrou por último com o valor de R$ 150,00. Da
mesma forma, no saldo de estoque no dia 20/05, é diferenciada a quantidade
com o preço unitário de R$ 180,00, que vai ser utilizado primeiro que o outro

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adquirido antes com o valor de R$ 120,00. O Estoque final para o UEPS ficou
em R$ 6.000,00 e o valor do CMV em R$ 78.000,00.

Método do Custo Médio Ponderado


Segundo Chagas (2013) e Carvalho, Guimarães e Cruz (2019), o método do
cálculo do custo médio ponderado é utilizado o cálculo simples de uma média
ponderada.

Para o custo médio ponderado, a Tabela 2.6 apresenta o cálculo do mesmo


exemplo utilizado nas Tabelas 2.4 e 2.5.

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Saídas
Entradas Saldos
Data/Histórico
Qtde. x
Qtde. x P. Unit. Qtde. x P.
Data   Histórico P.Unit. =
= Valor Unit. = Saldo
Valor

Est. 100 x 120,00 = 100 x 120,00 =


02/05 -
Inicial 12.000,00 12.000,00

50 x 120,00 = 50 x 120,00 =
03/05 Venda
6.000,00 6.000,00

100 x 150,00 = 150 x 140,00 =


09/05 Compra
15.000,00 21.000,00

100 x 140,00 = 50 x 140,00 =


12/05 Venda
14.000,00 7.000,00

200 x 180,00 = 250 x 172,00 =


15/05 Compra
36.000,00 43.000,00

150 x 172,00 = 100 x 172,00 =


20/05 Venda
25.800,00 17.200,00

100 x 210,00 = 200 x 191,00 =


22/05 Compra
21.000,00 38.200,00

30/05 Venda 150 x 191,00 = 50 x 191,00 =


28.650,00 9.550,00

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CMV = EI + Compras - EF

CMV = 12.000,00 + 72.000,00 - 9.550,00

CMV = 74.450,00

Tabela 2.6 - Cálculo do Método do Custo Médio Ponderado

Fonte: Elaborada pelo autor.

Conforme pode ser verificado na Tabela 2.6, quando uma venda é realizada
utiliza-se o valor do custo médio ponderado, que é calculado quando há uma
compra em que o preço unitário é diferente do valor da entrada, somando
esse ao saldo e dividindo pela quantidade de estoque, conforme o cálculo da
compra efetuada em 09/05 através dos valores (6.000 + 15.000) / (50 + 100),
com resultado unitário de R$ 140,00. O Estoque final para o custo médio
ponderado ficou em R$ 9.550,00 e o valor do CMV em R$ 74.450,00.

Comparação entre os Métodos de Cálculo de Custo


O cálculo efetuado através dos métodos PEPS, UEPS e custo médio
ponderado pode ser visualizado na Tabela 2.7, com uma comparação entre o
custo final do estoque e o valor do CMV calculado para cada método.

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Comparativo dos métodos de cálculo de custos de estoque

Descrição Saldo Final Cálculo do CMV

PEPS R$ 10.500,00 R$ 73.500,00

UEPS R$ 6.000,00 R$ 78.000,00

Custo Médio
R$ 9.550,00 R$ 74.450,00
Ponderado
Tabela 2.7 - Comparativo dos métodos de cálculo de custos de estoque

Fonte: Elaborada pelo autor.

Ao verificar a Tabela 2.7, pode ser visualizado que o UEPS é o que tem o
menor saldo final de estoque e o maior cálculo do custo do CMV. Assim, o
Lucro Bruto será menor, pois irá impactar na diminuição da Receita Líquida
no DRE. Por essa razão, conforme comentado, a legislação brasileira não
aceita o UEPS para o fisco. A forma mais utilizada pelas empresas é o Custo
Médio Ponderado e mantém um valor médio, segundo Carvalho, Guimarães e
Cruz (2019).

Cálculo do Valor Realizado Líquido


Segundo Carvalho, Guimarães e Cruz (2019), o cálculo dos estoques é
mensurado pelo custo de aquisição, mas podem ocorrer situações em que o
estoque o valor esteja superestimado em relação ao valor pelos quais o
produto seria vendido, quando ocorrer, por exemplo, danos, obsoletismo ou
quando o consumidor diminuir a procura do produto.

Em relação ao cálculo do Valor Realizado Líquido, conforme Carvalho,


Guimarães e Cruz (2019), pode ser citado o exemplo de um Tênis da Marca C,
supondo que não tenha mais o mesmo potencial de venda, e ao invés de R$
100,00 seja vendido a R$ 80,00 o valor unitário, conforme a Tabela 2.8:

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Custo VRL
Perdas
Quantidade Vlr Unit.        Vlr Unit.       Estimadas
Total Total

100,00 -> 80,00 -> 


30 600,00
3.000,00 2.400,00

Lançamento Contábil

D - Perda com Estoques  / C - Perdas Estimadas com Estoques - R$ 600,00

Tabela 2.8 - Cálculo do Valor Realizado Líquido

Fonte: Adaptada de Carvalho, Guimarães e Cruz (2019, p. 169).

Lançamentos Contábeis de Estoque


Os lançamentos contábeis em relação à movimentação de estoque podem ser
mais complexos, tendo em vista a grande variedade de situações que podem
acontecer, mas é possível se ter uma ideia das operações básicas relativas à
movimentação de estoques, que serão discutidas neste tópico.

Segundo Carvalho, Guimarães e Cruz (2019), em uma situação de aquisição de


mercadorias a prazo em que devem ser recuperados o valor de ICMS, a venda
de mercadorias, o registro de ICMS sobre as vendas, a baixa de estoques e a
apuração do ICMS a pagar podem ser visualizados na Tabela 2.9.

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Lançamentos contábeis de Estoques

1

Aquisição de Mercadorias a Prazo por R$ 1.000,00 (18% do
ICMS)

D – Mercadorias para Revenda (Ativo


R$ 820,00
Circulante)

D – ICMS a Recuperar (Ativo Circulante) R$ 180,00

C – Fornecedores (Passivo Circulante) R$ 1.000,00

2

Vendas de Mercadorias por R$ 2.000,00 (18% do ICMS)

D – Bancos Conta Movimento (Ativo


R$ 2.000,00
Circulante)

C – Receita de Vendas (Conta de Resultado) R$ 2.000,00

3

Registro de ICMS sobre as Vendas

D – ICMS sobre Vendas (Contas de Resultado) R$ 360,00

C - ICMS a Recolher (Passivo Circulante) R$ 360,00

4

Baixa de Estoques e lançamento do CMV

D – CMV (Conta de Resultado) R$ 820,00

C – Mercadorias para Revenda (Ativo


R$ 820,00
Circulante)

5

Apuração do ICMS a Pagar e pagamento no Banco

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D – ICMS a Recolher (Passivo Circulante) R$ 360,00

C – ICMS a Recuperar (Ativo Circulante) R$ 180,00

C – Bancos Conta Movimento (Ativo


R$ 180,00
Circulante)
Tabela 2.8 - Cálculo do Valor Realizado Líquido

Fonte: Adaptada de Carvalho, Guimarães e Cruz (2019, p. 169).

Há possibilidade de ocorrer a incidência de outros impostos que podem não


estar diretamente incluídos no preço da mercadoria e ainda não ser
recuperáveis, como, por exemplo, o PIS e o COFINS, que têm alíquotas
diferenciadas, dependendo da atividade da empresa e, nesse caso, devem
compor o custo do produto.

Em relação aos lançamentos verificados na Tabela 2.9, é interessante fazer


algumas observações:

1. A conta ICMS a Recuperar se caracteriza por um direito da empresa


de fazer a recuperação do valor do imposto na compra.
2. O valor líquido da aquisição das mercadorias deve fazer o desconto
dos impostos nos casos em que eles estão incidindo diretamente no
valor do produto.
3. Os descontos obtidos ou abatimentos no momento da compra
também devem ser descontados do valor da aquisição da
mercadoria.
4. As devoluções de compra também devem ser descontadas no valor
da nota fiscal.
5. No caso de fretes, seguros, e valores adicionados ao valor total da
nota, devem ter o lançamento destacado.

Estoques no Balanço Patrimonial e no DRE

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Em relação ao Balanço Patrimonial, pode-se fazer a evidenciação do grupo de


Estoques e é interessante entender que devem ocorrer os lançamentos.
Segundo Chagas (2013), o grupo de Estoques faz parte do Ativo Circulante e,
normalmente, tem algumas contas que podem ser utilizadas, por exemplo
Produtos Acabados, Mercadorias para Revenda, Matérias-primas,
Almoxarifado e Adiantamento a Fornecedores (quando para aquisição de
matérias-primas, materiais de embalagens, mercadorias e insumos). A conta
de Provisão para Ajuste ao Valor de Mercado é uma conta redutora do Ativo
Circulante, e a finalidade é eliminar prováveis perdas resultantes de estragos,
deterioração, obsoletismo ou redução no preço de venda ou reposição de
estoques.

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Balanço Patrimonial – Estoques

Ativo Passivo + Patrimônio Líquido

Ativo Circulante Passivo Circulante

Estoques Passivo Não Circulante

Estoque de Produtos Acabados Patrimônio Líquido

Mercadorias para Revenda

Estoque de Matérias-primas

Estoque de Produtos em
Elaboração

Estoque de Embalagens

Estoque Mercadorias em Trânsito

Provisão para Ajuste ao Valor de


Mercado (Conta Credora

Ativo Não Circulante


Quadro 2.5 - Grupo de Estoques dentro do Balanço Patrimonial

Fonte: Adaptado de FIPECAFI (2013, p. 3).

Em relação ao DRE, é importante que as contas que tenham ligação com o


estoque sejam reconhecidas como despesas nas Contas de Resultado. O
Pronunciamento Técnico CPC 16 (R1), no item 34, descreve os procedimentos
de reconhecimento da seguinte forma:

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Quando os estoques são vendidos, o custo escriturado desses itens


deve ser reconhecido como despesa do período em que a
respectiva receita é reconhecida. A quantia de qualquer redução
dos estoques para o valor realizável líquido e todas as perdas de
estoques devem ser reconhecidas como despesa do período em
que a redução ou a perda ocorrerem. A quantia de toda reversão
de redução de estoques, proveniente de aumento no valor
realizável líquido, deve ser registrada como redução do item em
que for reconhecida a despesa ou a perda, no período em que a
reversão ocorrer.

praticar
Vamos Praticar
2) No mês de abril de 2019, a empresa SOVENDA Ltda., que trabalha com a venda
de mercadorias, apresentou as seguintes operações:

06/04 – Compra de 200 unidades no valor de R$ 100,00


10/04 – Compra de 200 unidades no valor de R$ 120,00
15/04 – Compra de 200 unidades no valor de R$ 140,00
25/04 – Venda de 400 unidades no valor unitário de R$ 210,00

Sabendo que o Estoque inicial no dia 01/04 estava zerado, e que a empresa utiliza a
valoração do estoque através do método do Custo Médio Ponderado, ao efetuar a
contabilização das operações citadas, identifique o valor do estoque final e do lucro
obtido no período, respectivamente:

a)
R$ 24.000,00 e R$ 24.000,00.
b)
R$ 24.000,00 e R$ 20.000,00.

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c)
R$ 36.000,00 e R$ 36.000,00.
d)
R$ 24.000,000 e R$ 48.000,00.
e)
R$ 24.000,00 e R$ 36.000,00.

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Operações com Folha de


Pagamento

Toda empresa que tenha funcionários está obrigada a manter o registro da


sua folha de pagamento, na qual deverão constar os salários pagos aos seus
trabalhadores e também os encargos sociais devidos, além das provisões que
devem ser realizadas para verbas que precisem desse tipo de lançamento.

Segundo Bonho, Silva e Santos (2018, p. 191),

A folha de pagamento da empresa é um documento que deve


conter os nomes dos colaboradores, o montante das
remunerações, dos descontos ou abatimentos e o valor líquido a
pagar para cada um dos empregados, juntamente com os recibos.

Operações Envolvidas na Folha de


Pagamento
Conforme Schmidt, Santos e Gomes (2011), a folha de pagamento deve
apresentar os dados de identificação do funcionário, setor, data de admissão

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e outros dados do empregado. Na folha de pagamento, também devem


aparecer todas as vantagens e descontos discriminados, além dos encargos
sociais, tais como: INSS, FGTS, Imposto de Renda Retido na Fonte (IRPF).

Antes de pensar na Contabilização da Folha de Pagamento, é interessante que


possam ser entendidos os itens que a compõem. Segundo Bonho, Silva e
Santos (2018), podem ser citados os seguintes componentes:

1. Salário: é importante entender que corresponde à remuneração


contraprestação pelo serviço prestado pelo funcionário. Na
Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), em seu artigo 47, além do
salário também fazem parte gorjetas, gratificações, comissões, ajuda
de custo, prêmios, abonos etc.
2. Desconto de INSS: corresponde ao desconto da Previdência Social
que é obrigatório para os funcionários, sendo que a empresa efetua
o desconto e posteriormente repassa ao INSS.
3. Desconto de Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF): de acordo
com a tabela divulgada pela Receita Federal do Brasil (RFB), a
empresa desconta, caso o empregado não seja isento e repassa a
RFB.
4. Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS): esse valor não é
descontado do funcionário e a empresa deve recolher o percentual
de 8% da remuneração.
5. Adiantamento de salários: é uma antecipação do salário pago
adiantado ao funcionário e descontado no momento do pagamento.
6. Vale transporte: é um benefício ao funcionário para adiantar o valor
das despesas de deslocamento da residência para o trabalho  e vice-
versa. Do valor gasto pela empresa é descontado o limite de 6% do
valor base do salário do empregado.
7. Alimentação: é descontado do funcionário o máximo de 20% do
salário do custo da refeição e a parcela correspondente a ele deverá
estar lançada na folha de pagamento.
8. Horas extras: quando o funcionário trabalhar além do período
contratado, ele tem direito ao cálculo de horas extras, que não
podem ser maior que duas horas por dia e podem ser pagas com

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acréscimo, dependendo da quantidade de horas e do dia em que o


tempo trabalhado a mais foi realizado.
9. Férias: de acordo com os artigos 129 e 130 da CLT, todo funcionário
tem direito a usufruir as férias após o período aquisitivo de 1 ano. As
férias precisam ser tiradas até 12 meses após o final do período
aquisitivo. O artigo 7, item XVII da Constituição Federal de 1988, dá o
direito ao empregado de receber um terço da remuneração do
empregado junto com o valor das férias. Os descontos de INSS e IRPF
sobre os valores das férias também devem ser calculados. É
importante saber que a apropriação da provisão de férias deve ser
realizada ao longo do ano e não é reconhecida no momento do
pagamento das mesmas.
10. Décimo terceiro: também conhecido como gratificação de Natal, é
um direito que está previsto na Constituição Federal, artigo 7, item
VIII e é anual concedida ao empregado com base na remuneração
mensal integral. Também deve ser considerada como provisão e é
reconhecida mensalmente ao longo do ano, devendo apropriá-la
quanto à competência e não apenas no momento do pagamento
dele.

Cálculo do INSS
Conforme Schmidt, Santos e Gomes (2011), para o cálculo do INSS deve ser
multiplicado o percentual da alíquota correspondente da Tabela de Cálculo do
INSS, divulgada anualmente pela Previdência Social do Brasil pelo valor da
remuneração que é tributável para o INSS. A Tabela 3.1 apresenta a tabela
para o ano de 2019.

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Tabela de Cálculo do INSS para Empregado, Empregado Doméstico


e Trabalhador Avulso para 2019

Salário de Contribuição Alíquota

Até R$ 1.751,81 8%

De R$ 1.751,82 a R$ 2.919,72 9%

De R$ 2.919,73 até R$ 5.839,45 11%


Tabela 2.10 - Tabela de Cálculo do INSS para Empregado, Empregado Doméstico e
Trabalhador Avulso para 2019

Fonte: Guia Trabalhista (on-line).

O valor máximo para desconto do funcionário equivale a R$ 642,34, que


corresponde ao cálculo do teto da alíquota de 11%. Para efetuar o cálculo,
basta pegar o valor tributável pelo INSS e aplicar a alíquota da Tabela 2.10.

Podem ser verificados os exemplos de cálculo de salário para aplicação na


tabela conforme a seguir:

1. Um funcionário com salário de R$ 1.300,00 deverá ter uma alíquota


de 8%, ou seja, R$ 104,00.
2. O funcionário com salário de R$ 2.500,00 terá um desconto na folha
de pagamento de 9%, o que equivale a R$ 225,00.
3. Um salário de R$ 4.500,00 com 11% de desconto equivale a R$
495,00;
4. Um funcionário que tenha o salário de R$ 6.500,00 terá um desconto
de R$ 642,34, ou seja, o limite máximo de desconto da última faixa da
tabela.

A tabela de cálculo do INSS é atualizada anualmente por ato da Previdência


Social e está atrelada ao valor do salário mínimo e da faixa máxima de
desconto.

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Cálculo do IRRF
O cálculo do Imposto de Renda Retido na Fonte deve ser efetuado de acordo
com a tabela divulgada pela Receita Federal do Brasil, e para o ano de 2019
pode ser visualizada na Tabela 2.11.

Tabela de Imposto de Renda 2019

Base de Cálculo Alíquota Parcela a Deduzir

Até R$ 1.903,98 isento -

De R$ 1.903,99 a R$
7,5% R$ 142,80
2.826,65

De R$ 2.826,66 a R$
15% R$ 354,80
3.751,05

De R$ 3.751,06 a R$
22,5% R$ 636,13
4.664,68

Acima de R$ 4.664,69 27,5% R$ 869,36


Tabela 2.11- Tabela de Cálculo do IRPF para 2019.

Fonte: Toro (on-line).

Segundo Bonho, Silva e Santos (2018), o cálculo do IRPF tem os seguintes


passos:

1. Calcular o desconto do INSS que será descontado da base de cálculo


do IRPF.
2. Depois deve-se encontrar a base de cálculo e deduzir a parcela por
dependente.
3. Depois da base de cálculo encontrada, verifica-se a alíquota a ser
aplicada e a parcela a deduzir de acordo com a tabela.

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4. Após o cálculo da alíquota, tem-se o valor que será descontado do


IRPF, caso o valor não seja isento.

Contas Contábeis para Folha de Pagamento


A contabilização da Folha de Pagamento pode ser bem simples de ser
entendida se levarmos em conta as operações básicas, mas pode se tornar
complexa, dependendo do tipo de empresa, da forma de contratação do
funcionário e das especificidades que podem acontecer na relação entre
empresa e colaborador, já que a Contabilidade precisa refletir os fatos
contábeis que ocorrem com o pagamento de cada trabalhador. Por exemplo,
quando o funcionário efetua a “venda das férias” com o abono pecuniário, a
forma de contabilização deve refletir os fatos contábeis de cada evento.

De acordo com Schmidt, Santos e Gomes (2011) e Bonho, Silva e Santos


(2018), o processo de contabilização da folha de pagamento vai envolver
contas do Passivo Circulante e Contas de Resultado que serão utilizadas para
contabilizar as despesas com a folha de pagamento e para a apropriação das
provisões de férias e do décimo terceiro salário, por exemplo. No Quadro 2.6,
são apresentadas as contas mais comuns no processo de contabilização de
uma folha de pagamento, sendo que cada ocorrência de proventos e /ou
descontos na folha de pagamento deve ser avaliada pelo Contador no
momento do lançamento contábil, podendo ocorrer variações na forma de
lançamento para cada situação específica.

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Exemplos de Contabilização de Eventos da Folha de Pagamento

1 – Lançamento para a contabilização da Folha de Pagamento /


Despesas na Conta de Resultado

D – Despesas com folha de pagamento (Contas de Resultado)

C – Salários a Pagar (Passivo Circulante)

2 – Lançamento referente a efetivação do pagamento da FP

D – Salários a Pagar (Passivo Circulante)

C – Bancos Conta Movimento (Ativo Circulante)

C – IRPF a Recolher (Passivo Circulante)

C – INSS a Recolher (Passivo Circulante)

3 – Lançamentos do FGTS

D – FGTS sobre Folha de Pagamento (Conta de Resultado)

C – FGTS a Recolher (Passivo Circulante)

4 – Pagamento do FGTS

D – FGTS a Recolher (Passivo Circulante)

C – Disponibilidade de Caixa (Ativo Circulante)

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5 – Lançamentos de Provisão de Décimo Terceiro Salário

D – Décimo Terceiro Salário (Conta de Resultado)

C – Provisão de Décimo Terceiro Salário (Passivo Circulante)

D – Encargos sobre Décimo Terceiro Salário (Conta de Resultado)

C – Provisão para Encargos Décimo Terceiro Salário (Passivo Circulante)

6 – Baixa da Provisão de Décimo Terceiro Salário

D – Provisão para Décimo Terceiro Salário (Passivo Circulante)

C – Décimo Terceiro Salário a Pagar (Passivo Circulante)

D – Provisão para Encargos Décimo Terceiro Salário (Passivo Circulante)

C – INSS a Recolher (Passivo Circulante)

C – FGTS a Recolher (Passivo Circulante)

Quadro 2.6 - Lançamentos contábeis básicos para Folha de Pagamento

Fonte:Elaborado pelo autor.

O Quadro 2.6 permite a visualização de vários modelos de lançamentos


contábeis que incidem sobre uma Folha de Pagamento, e algumas
observações são interessantes:

1. Nos itens 3 e 4, o modelo de lançamento efetuado para o lançamento


e pagamento do FGTS pode ser utilizado para os lançamentos
referentes ao INSS e ao IRPF, pois os processos são similares,
alterando apenas o nome das contas do destino dos lançamentos.

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2. Nos itens 5 e 6 quanto aos lançamentos de provisão do décimo


terceiro salário podem também ser efetuados para os lançamentos
de provisão de férias que tem a mesma lógica do processo.

Folha de Pagamento no Balanço


Patrimonial e no DRE
As operações de Folha de Pagamento que envolvem os eventos da folha de
pagamento mensal, incluindo os proventos, descontos, pagamento de férias e
décimo terceiro, provisões de férias e décimo terceiro, pagamento de horas
extras, pagamento de rescisões contratuais e todos os outros eventos que
fazem parte dessa operação, podem ser evidenciadas no Balanço Patrimonial
e no Demonstrativo de Resultado do Exercício.

De acordo com Gelbcke et al. (2018) em relação ao Balanço Patrimonial, os


principais eventos da Folha de Pagamento estão alocados no grupo do
Passivo Circulante e podem ser visualizados no Quadro 2.7.

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Balanço Patrimonial – Folha de Pagamento

Ativo Passivo + Patrimônio Líquido

Ativo Circulante Passivo Circulante

Ativo Não Circulante Salários e ordenados a pagar

INSS a recolher

FGTS a recolher

IRRF a recolher

Encargos Sociais a Recolher

Provisão de Décimo Terceiro

Provisão de Férias

Passivo Não Circulante

Patrimônio Líquido
Quadro 2.7 - Grupo de Folha de Pagamento dentro do Balanço Patrimonial

Fonte: Adaptado de FIPECAFI (2013, p. 3).

Os custos e despesas com Folha de Pagamento estão alocadas dentro do


Demonstrativo de Resultado do Exercício (DRE) após a apuração do Lucro
Bruto, no grupo de item Despesas Administrativas, em que devem ser
alocadas todas as despesas necessárias para o funcionamento da empresa e
também para a gestão dela, excluindo as despesas com vendas de produtos
ou serviços, que estão alocadas no item Despesas com Vendas. Algumas
dessas despesas podem ser citadas a seguir:

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1. Folha de Pagamento.
2. FGTS sobre Folha de Pagamento.
3. INSS sobre Folha de Pagamento.
4. IRPF sobre Folha de Pagamento.
5. Encargos Sociais.
6. Décimo Terceiro Salário.
7. Férias.

praticar
Vamos Praticar
Uma folha de pagamento deve ser elaborada de maneira que seja possível
identificar cada um dos setores da empresa, ou centros de lucro, bem como conter
no mínimo as seguintes informações: nome do funcionário, vantagens
discriminadas, descontos discriminados e valor líquido a pagar. A folha de
pagamento, além de representar as obrigações da empresa para com seus
funcionários, indica os encargos sociais que deverá suportar, tais como: INSS, FGTS,
Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) etc.

Fonte: Schmidt, Santos e Gomes (2011).

A empresa XYZ para o mês de abril de 2019 apresentou os seguintes dados de sua
folha de pagamento:

Salário a pagar – R$ 1.800,00


INSS – 9%
FGTS – 8%

Com base nas informações, assinale a alternativa em que a sequência de


contabilização dos eventos da Folha de Pagamento da empresa XYZ é apresentada

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corretamente:

a)
Débito – Despesas de Salário – R$ 1.800,00 (Conta Resultado)

Crédito – Salários e Ordenados a Pagar – R$ 1.800,00 (Passivo Circulante)

Débito – Salários e Ordenados a Pagar – R$ 162,00  (Passivo Circulante)

Crédito  – INSS a Recolher – R$ 162,00 (Passivo Circulante)

Débito – Despesas com FGTS sobre Salário – R$ 144,00 (Conta de Resultado)

Crédito – FGTS a Recolher – R$ 144,00 (Passivo Circulante)


b)
Débito – Salários e Ordenados a Pagar – R$ 1.800,00 (Passivo Circulante)

Crédito – Despesas de Salário – R$ 1.800,00 (Conta Resultado)

Débito – INSS a Recolher – R$ 162,00 (Passivo Circulante)

Crédito –Salários e Ordenados a Pagar – R$ 162,00 (Passivo Circulante)

Débito –  FGTS a Recolher – R$ 144,00 (Passivo Circulante)

Crédito – Despesas com FGTS sobre Salário – R$ 144,00 (Conta de Resultado)


c)
Débito – Despesas de Salário – R$ 1.800,00 (Conta Resultado)       Crédito –
Salários e Ordenados a Pagar – R$ 1.800,00 (Passivo Circulante)

Débito  – Salários e Ordenados a Pagar – R$ 144,00 (Passivo Circulante)

Crédito  – INSS a Recolher – R$ 144,00 (Passivo Circulante)

Débito – Despesas com FGTS sobre Salário – R$ 162,00 (Conta de Resultado)

Crédito – FGTS a Recolher – R$ 162,00 (Passivo Circulante)


d)
Débito – Despesas de Salário – R$ 1.638,00 (Conta Resultado)      Crédito –
Salários e Ordenados a Pagar (Passivo Circulante) – R$ 1.638,00

Débito – Salários e Ordenados a Pagar – R$ 162,00 (Passivo Circulante)

Crédito – INSS a Recolher – R$ 162,00 (Passivo Circulante)

Débito – Despesas com FGTS sobre Salário – R$ 144,00 (Conta de Resultado)

Crédito – FGTS a Recolher – R$ 144,00 (Passivo Circulante)


e)
Débito – Despesas de Salário – R$ 1.494,00 (Conta Resultado)     Crédito –
Salários e Ordenados a Pagar – R$ 1.494,00 (Passivo Circulante)

Débito – Salários e Ordenados a Pagar – R$ 162,00  (Passivo Circulante)

Crédito – INSS a Recolher – R$ 162,00 (Passivo Circulante)

Débito – Despesas com FGTS sobre Salário – R$ 144,00 (Conta de Resultado)

Crédito – FGTS a Recolher – R$ 144,00 (Passivo Circulante)

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Ativo Não Circulante

No Balanço Patrimonial, o grupo Ativo Não Circulante concentra as contas


contábeis, que correspondem aos bens e direitos da empresa que não têm a
característica de poderem ser convertidos em dinheiro no curto prazo. Ao
longo deste tópico, serão discutidos dois subgrupos do Ativo Não Circulante,
sendo que o  primeiro é o Ativo Realizável a Longo Prazo, que tem as mesmas
características das contas do Ativo Circulante, mas o Realizável a Longo prazo
se caracteriza pelo  recebimento desses direitos a longo prazo. O segundo
subgrupo é o de Investimentos Permanentes, que compreendem a aplicações
em outras empresas que sejam de interesse operacional da empresa e serão
melhor discutidos ao longo deste tópico.

Conceitos de Ativo Realizável a Longo Prazo


e Investimentos Permanentes
Quanto ao Ativo Realizável de Longo Prazo, segundo Padoveze (2018, p. 263):

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Devem ser classificados no Realizável a Longo Prazo os bens e


direitos que se realizarão num prazo superior a 365 dias da data
do balanço. Todos os itens do ativo circulante eventualmente
poderão ter prazos de recebimento ou realização superior a um
ano e, nesse caso, devem ser classificados nesse grupo. É o caso de
Duplicatas a Receber de Clientes e Aplicações Financeiras em títulos
mobiliários. Caso o vencimento desses direitos seja maior do que
um ano a contar da data do balanço, eles deverão ser classificados
no Longo Prazo. Eventualmente, se houver Estoques, que
sabidamente serão vendidos após um ano da data do Balanço,
também deverão ser classificados no Longo Prazo.

Podem ser classificados como Ativo Não Circulante os seguintes itens,


segundo Padoveze (2017, p. 293):

a) Todos os direitos cujo vencimento está além de doze meses da


data do encerramento do balanço;

b) Todos os direitos em que não há a intenção de transformar em


dinheiro no curto prazo (ou seja, nos próximos doze meses da data
do encerramento do balanço);

c) Todos os possíveis direitos decorrentes de depósitos judiciais


feitos em contenciosos legais, tributários ou não, em que a
empresa entende que deverá ganhar a causa e reaver o dinheiro
depositado;

d) Todos os bens disponíveis para venda que não sejam os


decorrentes das operações normais da empresa (mercadorias e
produtos acabados);

e) Todos os bens disponíveis para venda que foram transferidos do


ativo imobilizado para o realizável a longo prazo;

f) Empréstimos (mútuos) para empresas do mesmo grupo


socioeconômico ou para os sócios ou acionistas;

g) Todas as ações ou cotas de empresas controladas ou coligadas;

h) Todos os bens e direitos do ativo imobilizado e do ativo


intangível.

Segundo Rios e Marion (2019), os Investimentos são compreendidos como


aplicações financeiras realizadas pela empresa, que podem ser temporários

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ou permanentes. Para essa diferenciação, deve-se conhecer as características


de cada um deles, que serão discutidos nos próximos tópicos.

Investimentos Temporários
Segundo Rios e Marion (2019), classifica-se como investimento temporário
quando a empresa tem capital de giro disponível e, ao invés de deixá-lo
parado, faz investimento em aplicações como certificados de depósito
bancário, ouro, dólar, ações ou quotas de outras empresas etc. Quando a
empresa necessitar de liquidez, ela transforma em recurso financeiro as
aplicações temporárias. Os critérios de avaliação dos investimentos
temporários em direitos ou títulos de crédito classificadas no ativo circulante
ou não circulante, realizável a longo prazo, deverão ser avaliados, segundo
Rios e Marion (2019, p. 49):

a. pelo valor justo quando se tratar de aplicações destinadas à


negociação ou disponíveis para venda;

b. pelo valor de custo de aquisição ou pelo valor de emissão,


atualizado conforme disposições legais ou contratuais, ajustado ao
valor de sua provável realização, quando este for inferior, no caso
das demais aplicações e os direitos e títulos de crédito.

Segundo Rios e Marion (2019), como Ativo Não Circulante em Investimentos


Temporários devem ser classificados os Certificados de Depósitos Bancários
(CDBs) e Recibos de Depósitos Bancários (RDBs) pré e pós-fixados, que devem
ser atualizados pelos rendimentos através do princípio da competência.

Investimentos Permanentes
Segundo Ribeiro (2018), quando a empresa adquire participação em outras
sociedades empresariais através da compra de títulos representativos do
capital das outras empresas e busca fazer com esse investimento um
complemento de suas atividades econômicas, visando receber dividendos ou
outros motivos de seu interesse, deve classificá-lo no grupo de Investimentos
do Ativo Não Circulante.

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Segundo Ribeiro (2018, p. 226):

As participações permanentes em outras sociedades poderão


ocorrer em sociedades coligadas, em sociedades controladas, em
sociedades que façam parte de um mesmo grupo ou que estejam
sob controle comum (joint venture), ou ainda em outras sociedades
que não se enquadram nessas mencionadas.

Quanto ao conceito de Coligada, o CPC 18 (R2) determina, no item 2:

Coligada é a entidade sobre a qual a investidora mantém influência


significativa. Influência significativa significa existência do poder de
participar nas decisões financeiras e operacionais da investida. É
presumido que exista influência significativa quando a entidade
possui 20%, ou mais, das ações ou das quotas com direito a voto
da investida. A entidade perde a influência significativa sobre a
investida quando ela perde o poder de participar nas decisões
sobre as políticas financeiras e operacionais daquela investida.

Quanto ao conceito de Controlada, o CPC 18 (R2) determina, no item 3:

Controlada é a entidade na qual a controladora, diretamente ou


por meio de outra controlada, tem poder para assegurar, de forma
permanente, preponderância em suas deliberações sociais e de
eleger a maioria de seus administradores.

Fatos Contábeis do Ativo Realizável a Longo


Prazo e Investimentos Permanentes
(ii) Classificar os fatos contábeis que envolvem empréstimos a sócios,
investimentos em outras empresas, contas a receber de longo prazo,
impostos diferidos, obras de arte e imóveis para renda, entre outros fatos
contábeis que abarquem as contas constantes no Ativo Realizável a longo
prazo e Investimentos de longo prazo;

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(iii) Identificar as contas contábeis referentes aos fatos contábeis do Ativo


Realizável a longo prazo e Investimentos de longo prazo;

(iv) Efetuar lançamentos contábeis relativos ao Ativo Realizável a longo prazo


e Investimentos de longo prazo.

Os fatos contábeis em relação ao Ativo Realizável a Longo Prazo e


Investimentos Permanentes vão depender do tipo de operação que será
realizada e é responsabilidade do profissional da Contabilidade conhecer a
realidade da empresa e desenvolver a correta interpretação desses fatos
contábeis, ao realizar a efetivação dos lançamentos visando refletir a
realidade das operações realizadas no patrimônio da empresa.

Alguns exemplos de fatos contábeis com a consequente classificação das


contas contábeis serão desenvolvidos ao longo deste tópico, mas respeitando
as características de cada um dos exemplos, podendo acontecer variações
nos tipos de lançamentos contábeis em situações similares, porém
dependendo das peculiaridades do negócio da empresa e da operação que
está sendo objeto do lançamento contábil.

Alguns exemplos de fatos contábeis que podem acontecer são citados,


segundo Padoveze (2018), Padoveze (2017) e Rios e Marion (2019):

1. Depósitos Judiciais: quando a empresa efetuar depósitos judiciais em


processos de natureza trabalhista, tributária ou cível, mas com a
perspectiva de ganho da causa jurídica, devendo ser lançados os
valores correspondentes aos depósitos judiciais no Ativo Realizável a
Longo Prazo.
2. Empréstimos a Sócios: as empresas podem efetuar empréstimos a
um dos seus sócios, desde que seja feito um contrato de mútuo, que
irá especificar as questões referentes a como o empréstimo foi
realizado, prazo de pagamento, juros etc.
3. Contas a Receber de Longo Prazo: quando ocorre uma venda para
um cliente e o recebimento está previsto para o longo prazo, por
exemplo, uma venda em 36 parcelas, irá ocasionar que uma parte

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delas será classificada como Duplicatas a Receber de Longo Prazo no


Ativo Não Circulante.
4. Investimentos em Outras Empresas: são as participações que as
empresas podem fazer em outras empresas, conforme já citado,
podendo ser um interesse da empresa em investimentos, empresa
coligada ou controlada pela entidade que está investindo no capital
da outra sociedade.
5. Obras de Arte: se a empresa adquire uma obra de arte com escritura
que ateste a sua originalidade, ela deverá ser lançada no Ativo Não
Circulante no grupo de Investimentos.
6. Investimento em Imóveis para geração de renda: quando a empresa
adquire um imóvel com o objetivo de mantê-lo para que ocorra sua
valorização ou então para gerar renda através de uma locação, por
exemplo ele deverá ser classificado como Investimento no Ativo Não
Circulante, já que a empresa  terá sua propriedade em caráter
permanente.

Lançamentos Contábeis do Ativo Realizável


a Longo Prazo e Investimentos
Permanentes
Neste tópico, serão apresentados alguns exemplos de lançamentos contábeis
envolvendo contas do Ativo Realizável a Longo Prazo e Investimentos
Permanentes, conforme alguns fatos contábeis citados anteriormente para
facilitar o entendimento.

Segundo Padoveze (2017), a empresa XYZ efetuou um depósito judicial em um


auto de infração tributária no valor de R$ 80.000,00 atualizado mensalmente
pela evolução da SELIC, que no período apresentou uma variação percentual
de 7,5% e após o ganho da causa fez um saque de R$ 86.000,00 com os
lançamentos contábeis, conforme apresentado:

Lançamento do depósito judicial

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D – Depósitos Judiciais – R$ 80.000,00 (Ativo Realizável a Longo Prazo)

C – Bancos Conta Movimento – R$ 80.000,00 (Ativo Circulante)

Variação Monetária do período

D – Depósitos Judiciais – R$ 6.000,00 (Ativo Realizável a Longo Prazo)

C – Variação Monetária Depósitos Judiciais – R$ 6.000,00 (Conta de Resultado –


Receita)

Levantamento do depósito judicial

D – Bancos Conta Movimento – R$ 86.000,00 (Ativo Circulante)

C – Depósitos Judiciais – R$ 86.000,00 (Ativo Realizável a Longo Prazo)

Supondo que a empresa fez um contrato de mútuo com o empréstimo a um


sócio da empresa com a quitação prevista para 24 meses, os lançamentos
contábeis deveriam ser realizados conforme apresentado:

Contabilização do empréstimo

D – Mútuo com Sócios (Ativo Realizável a Longo Prazo)

C – Bancos Conta Movimento (Ativo Circulante)

Apropriação dos juros a receber sobre o Mútuo

D – Mútuo com Sócios (Ativo Realizável a Longo Prazo)

C – Juros Mútuo com Sócios (Conta de Resultado - Receita)

Quando ocorre o Pagamento do Contrato de Mútuo pelo Sócio

D – Bancos Conta Movimento (Ativo Realizável a Longo Prazo)

C – Mútuo com Sócios (Ativo Realizável a Longo Prazo)

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Supondo que uma empresa efetuou uma venda para um cliente no dia 15 de
dezembro de 2017, com um valor de R$ 36.000,00 com prazo de pagamento
de 36 parcelas, a contabilização ficaria da seguinte forma:

Contabilização da venda (considerando 12 parcelas no curto prazo,


conforme a definição de Ativo Circulante, já que o próximo Balanço
Patrimonial se encerra em dezembro de 2018, e o restante no Longo
Prazo)

D – Duplicatas a Receber – R$ 12.000,00 (Ativo Circulante)

D – Duplicatas a Receber Longo Prazo – R$ 24.000,00 (Ativo Não Circulante)

C – Receita de Vendas – R$ 36.000,00 (Conta de Resultado – Receita)

Contabilização do Recebimento (a cada recebimento a ser realizado)

D – Bancos Conta Movimento – R$ 1.000,00 (Ativo Circulante)

C – Duplicatas a Receber – R$ 1.000,00 (Ativo Circulante)

Contabilização da transferência do Longo Prazo para Curto Prazo (a


cada mês transferindo parcelas do longo para o curto prazo)

D – Duplicatas a Receber – R$ 1.000,00 (Ativo Circulante)

C – Duplicatas a Receber Longo Prazo – R$ 1.000,00 (Ativo Circulante)

Supondo que a empresa XYZ fez um investimento de R$ 500.000,00 no capital


social da empresa ABC e com isso adquiriu 50% do controle da empresa. A
contabilização ficaria da seguinte forma:

Contabilização da aquisição de cotas pela empresa XYZ

D – Participação em Outras Empresas – R$ 500.000,00 (Ativo Não Circulante)

C – Bancos Conta Movimento – R$ 500.000,00 (Ativo Circulante)

Contabilização do aporte de capital social na empresa ABC

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D – Bancos Conta Movimento – R$ 500.000,00 (Ativo Circulante)

C – Capital Social – R$ 500.000,00  (Patrimônio Líquido)

Supondo que uma empresa fez um investimento em Obras de Arte, os


lançamentos contábeis deveriam ser os seguintes:

D – Investimento em Obras de Arte (Ativo Não Circulante)

C – Bancos Conta Movimento (Ativo Circulante)

Supondo que a empresa XYZ adquiriu com a intenção de alugar um imóvel


com um galpão:

D – Imóveis para Investimento (Ativo Não Circulante)

C – Bancos Conta Movimento (Ativo Circulante)

Ativo Realizável a Longo Prazo e


Investimentos Permanentes no Balanço
Patrimonial e DRE
As operações envolvendo o Ativo Realizável a Longo Prazo e Investimentos
Permanentes podem ser evidenciados no Balanço Patrimonial de maneira
bem simples, pois fazem parte de um grupo do Ativo Não Circulante,
conforme pode ser visualizado no Quadro 2.8.

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Balanço Patrimonial – Ativo Realizável a Longo Prazo e


Investimentos Permanentes

Ativo Passivo + Patrimônio Líquido

Ativo Circulante Passivo Circulante

Ativo Não Circulante Patrimônio Líquido

Ativo Realizável a Longo Prazo

Duplicatas a Receber Longo Prazo

Mútuo com Sócios

Depósitos Judiciais

Investimentos

Participação em Outras Empresas

Investimentos em Obra de Arte

Imóveis para investimento

Imobilizado

Intangível
Quadro 2.8 - Ativo Realizável a Longo Prazo e Investimentos Permanentes dentro
do Balanço Patrimonial

Fonte: Adaptado de FIPECAFI (2013, p. 3).

Em relação ao Demonstrativo de Resultado do Exercício (DRE), as operações


relativas aos fatos contábeis envolvendo o Ativo Realizável a Longo Prazo e os

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Investimentos Permanentes poderão ocorrer em algumas situações quando


ocorrerem receitas decorrentes dos investimentos realizados, estando
alocadas em um dos seguintes subgrupos de Receitas e Rendimentos
Financeiros (juros cobrados de clientes, receitas de rendimentos de aplicações
financeiras etc.) ou Outras Receitas Não Operacionais (por exemplo, venda de
um ativo imobilizado), dependendo da origem da receita.

reflita
Reflita
O gerenciamento de estoques é uma operação estratégica
para a administração de uma empresa, e é importante que os
seus gestores possam entender quais são as melhores formas
de gerenciar e manter uma boa estratégia de estoques,
buscando reduzir as perdas e desperdícios. Nesse sentido, os
gestores devem entender quais são as demandas de materiais
e equipamentos necessários para trabalhar com os estoques
e conhecer as necessidades do negócio.

Fonte: Rodrigues, Souza e Dalfior (2015, on-line).

praticar
Vamos Praticar
Investimentos permanentes são, essencialmente, as aplicações efetuadas pela
empresa na aquisição de quotas ou ações de sociedades com as quais mantêm

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relação de dependência técnica, financeira ou de controle administrativo comum.


Essas participações devem ser, normalmente, de natureza estável e
financeiramente expressivas. São também considerados investimentos
permanentes as aplicações de recursos em bens não utilizados nas atividades da
empresa: imóveis alugados para terceiros, terrenos sem destinação específica,
quadros e obras de arte etc.

Fonte: RIOS, R. P.; MARION, J. C.


Contabilidade Avançada:
de acordo com as
Normas Brasileiras de Contabilidade (NBC) e Normas Internacionais de
Contabilidade (IFRS). São Paulo: Atlas, 2019.

A
empresa X1
possui 90% de participação societária da
empresa Y1
. Em 2018, a
empresa Y1
distribuiu os dividendos pagando à vista a
empresa X1
o valor de R$
85.000,00 ao que ela tem direito.

Com base nas informações, assinale a alternativa em que reflita o lançamento


contábil que o contador da
empresa X1
deverá realizar deste fato contábil:

a)
Débito – Caixa – R$ 85.000,00  (Ativo Circulante)

Crédito – Receita de Dividendos – R$ 85.000,00 (Conta de Resultado)


b)
Débito – Caixa – R$ 85.000,00  (Ativo Circulante)

Crédito – Outras Receitas – R$ 85.000,00 (Ativo Circulante)


c)
Débito – Caixa – R$ 85.000,00  (Ativo Circulante)

Crédito – Investimentos – R$ 85.000,00 (Ativo Não Circulante)


d)
Débito – Caixa – R$ 85.000,00  (Ativo Circulante)

Crédito – Receita de Dividendos – R$ 85.000,00 (Conta de Resultado)


e)
Débito – Caixa – R$ 85.000,00  (Ativo Circulante)

Crédito – Capital Social – R$ 85.000,00 (Patrimônio Líquido)

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indicações
Material
Complementar

LIVRO

Contabilidade Geral e Avançada: teoria e


questões comentadas
Ricardo José Ferreira
Editora:
Ferreira
ISBN:
9788578424022
Comentário:
O livro apresenta discussões sobre os
conteúdos disponíveis nos tópicos tratados nesta
unidade com um aprofundamento maior e permitindo
um entendimento sobre operações de empréstimos e
financiamento, operações com estoque, operações com
folha de pagamento e também ativo realizável a longo
prazo e investimentos.

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FILME

O homem que mudou o jogo


Ano:
2011
Comentário:
O filme conta a história real de Billy
Beane, que foi gerente do time de beisebol do Oakland
Athletics e fez uma escolha arriscada ao desenvolver
uma estratégia de contratação de jogadores baseados
em estatísticas e não na percepção dos olheiros do
time. A forma como é mostrado o trabalho
desenvolvido no filme é interessante para um contador
entender que podem ser realizados baixos
investimentos e obter bons resultados, a partir do
momento em que se tenha uma estratégia e
conhecimento sobre o negócio que se está
gerenciando.
Para conhecer mais sobre o filme, acesse o seu trailer.

TRAILER

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conclusão
Conclusão
Ao longo dos tópicos, foi possível visualizar como trabalhar com as operações
de empréstimos e financiamentos, tanto a curto como a longo prazo, com a
classificação das contas contábeis e como efetuar os lançamentos e encontrar
os dados no Balanço Patrimonial e no DRE.

Os estoques são importantes para a operação da empresa, e é interessante


para o contador poder entender seu conceito, custos e como mensurar os
estoques, além de entender como fazer a valorização através dos métodos
PEPS, UEPS e Custo Médio Ponderado, compreendendo também como
desenvolver os lançamentos contábeis e identificá-los no Balanço Patrimonial
e no DRE.

Praticamente toda empresa conta com funcionários e deve entender como se


operacionaliza uma folha de pagamento, com seus principais proventos e
descontos, assim como identificar os lançamentos contábeis provenientes
dessas operações, sabendo também encontrá-las nas principais
demonstrações contábeis.

Também é importante para um contador saber classificar as contas que irão


aparecer no Ativo Realizável a Longo Prazo e também os investimentos
permanentes que podem ser realizados por uma empresa.

Assim, é importante que o contador possa ter o entendimento dessas


operações que ocorrem nas empresas, além de buscar contribuir com os seus
gestores para um melhor gerenciamento e crescimento das organizações.

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referências
Referências
Bibliográficas
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Contabilidade básica.
Porto Alegre: SAGAH, 2018.

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Contabilidade
Geral:
uma abordagem interativa. São Paulo: Atlas, 2019.

CHAGAS, W.
Contabilidade intermediária simplificada.
São Paulo: Saraiva,
2014.

COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS. Pronunciamento Contábil CPC


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http://static.cpc.aatb.com.br/Documentos/243_CPC_16_R1_rev%2013.pdf
>.
Acesso em: 24 jul. 2019.

COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS. Pronunciamento Contábil CPC


número 18 (R2). Disponível em: <
http://static.cpc.aatb.com.br/Documentos/458_CPC%2018%20R2%20Sumario.pdf
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DECRETO LEI número 1598/77. Altera a legislação do imposto de Renda.


Disponível em: <
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del1598.htm
>. Acesso em 24 jul. 2019.

FIPECAFI.
Manual de contabilidade societária.
2. ed. São Paulo: Atlas, 2013.

FONTOURA, F. B. B. da. Gestão de custos: uma visão integradora e prática dos


métodos de custeio. São Paulo: Atlas, 2013.

https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=3wBk%2fpOpWPS83xqzmVK4vw%3d%3d&l=hQJGEr010pQi2JuatBoX1Q%3d%3d&cd=14… 67/69
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GELBCKE,  E. R. et al.


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aplicável a todas
as sociedades: de acordo com as normas internacionais e do CPC. São Paulo:
Atlas, 2018.

GUIA TRABALHISTA. Tabela de contribuição dos segurados (empregado,


empregado doméstico e trabalhador avulso) (Vigência a partir de 01.01.2019).
Disponível em: <
http://www.guiatrabalhista.com.br/guia/tabela_inss_empregados.htm
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Acesso em: 24 jul. 2019.

HOOG, W. A. Z. Contabilidade e os seus sistemas de registros dos atos e fatos


patrimoniais.
Zappahoog,
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http://zappahoog.com.br/site/index.php/contabilidade-e-os-seus-sistemas-de-
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>. Acesso em: 24 jul. 2019.

HOSS, O. et. al.


Contabilidade Intermediária:
ensino e decisão. São Paulo:
Atlas, 2013.

LEI nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976. Disponível em: <


http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l6404compilada.htm
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MARION, J. C.
Contabilidade básica.
12. ed. São Paulo: Atlas, 2018. r

PADOVEZE, C. L.
Contabilidade geral facilitada.
Rio de Janeiro: Forense,
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______.
Manual de contabilidade básica:
contabilidade introdutória e
intermediária. São Paulo: Atlas, 2018.

PORTAL DE CONTABILIDADE.
Apuração do custo das vendas.
Disponível em:
<
http://www.portaldecontabilidade.com.br/guia/custovendas.htm
>. Acesso
em: 24 jul. 2019.

QUINTANA, A. C.
Contabilidade básica:
com exercícios práticos. De acordo
com as normas brasileiras de contabilidade do CFC. São Paulo: Atlas, 2014.

RIBEIRO, O. M.
Contabilidade avançada.
São Paulo: Saraiva, 2018.

https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=3wBk%2fpOpWPS83xqzmVK4vw%3d%3d&l=hQJGEr010pQi2JuatBoX1Q%3d%3d&cd=14… 68/69
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Contabilidade avançada:
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O homem que mudou o jogo | Trailer legendado |
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