O Processo de Luto e A Humanização Da Morte
O Processo de Luto e A Humanização Da Morte
O Processo de Luto e A Humanização Da Morte
Fonte:amenteemaravilhosa.com.br ........................................................................ 19
7 PACIENTES EM CRISE E O PAPEL DO PSICÓLOGO HOSPITALAR21
8 O PROCESSO DE LUTO.................................................................... 24
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1 A HUMANIZAÇÃO NO PROCESSO DE MORTE
Fonte: experienciasdeumtecnicodeenfermagem.com
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destacada nas literaturas, em geral na área de oncologia, entretanto tem ganhado
destaque também nas literaturas pertinentes ao intensivismo. (GARROS, 2003).
Fonte: www.jexpoente.com.br
4
O Programa Nacional de Humanização Hospitalar - PNHAH, foi instituído pelo
Ministério da Saúde, através da portaria nº. 881, de 19 /06/ 2001, no âmbito do
Sistema Único de Saúde (BRASIL, 2002).
O PNHAH faz parte de um processo de discussão e implementação de projetos
de humanização do atendimento à saúde e de melhoria da qualidade do vínculo
estabelecido entre trabalhador da saúde, pacientes e familiares. A família, enquanto
extensão do paciente deverá ser incluída no processo de cuidado deste, porém, não
como auxiliar ao nosso trabalho, mas como indivíduos a serem cuidados também pela
enfermagem. Essa deverá oferecer o suporte necessário, esclarecer as dúvidas,
atender e acolher prontamente e de maneira empática esse suporte primário do
paciente, conquistando assim sua confiança. A inclusão da família no processo de
cuidado em Unidade de terapia Intensiva (UTI) é indispensável para podermos
atender o paciente de forma holística.
Humanizar significa a possibilidade de assumir uma posição ética de respeito
com o outro, acolher o desconhecido e reconhecer os limites. A humanização requer
uma interação harmoniosa entre o cuidado técnico e científico. Requer também
compromisso ético de todos os profissionais envolvidos na assistência, desde os
atendentes da recepção até a equipe envolvida diretamente com a assistência do
paciente e família. O processo do cuidado de enfermagem por si só constitui um ato
humanizado, visto que os objetivos do cuidar envolvem aliviar, confortar, ajudar,
favorecer, promover, entre outros. (MORAES; GARDA; FONSECA, 2004). Segundo
esses autores:
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exercício da crítica, criatividade e sensibilidade”. Refletindo, portanto, no despreparo
dos profissionais em proporcionar um cuidado humanizado cada vez mais exigido nos
serviços que utilizam alta tecnologia como as Unidades de Terapia Intensiva.
Fonte:pebmed.com.br
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1-Cessação total e irreversível da função cerebral, função espontânea dos
sistemas respiratório e circulatório. 2 - A cessação final e irreversível dos
batimentos cardíacos e respirações perceptíveis. [...] o principal sinal de
morte é a cessação da ação do coração. Outras indicações são: ausência de
reflexos, cessação da atividade elétrica do cérebro, determinada pelo eletro
encefalograma (EEC), manifestação de rigor mortis e uma descoloração
mosqueada no corpo. (THOMAS, 2000)
7
Os antigos egípcios sepultavam seus mortos juntamente com as roupas e os
alimentos, para que continuassem felizes, e da mesma forma os antigos índios
americanos, que enterravam seus parentes com tudo o que lhes pertencia. Esses
falavam dos espíritos do mal e atiravam flechas ao ar para afugentá-los. Os hebreus
consideravam o corpo do morto como alguma coisa impura, que não podia ser tocada.
(KÜBLER-ROSS, 2008)
Os antigos hindus incineravam seus mortos e suas cinzas eram lançadas ao
vento, ou nas águas dos rios, sendo o morto despojado de todos os seus traços de
identidade.
Fonte: espacoespiritual.wordpress.com
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Na Idade Média a morte era entendida com naturalidade, fazendo parte do
ambiente doméstico. O ritual da morte envolvia tanto a pessoa que ia morrer como os
seus parentes e amigos. Naquela época os nobres eram enterrados no interior das
igrejas, enquanto os pobres erram colocados em covas coletivas.
Tanto a família como os amigos do morto manifestavam o processo do luto
através do uso de roupas pretas e da não participação na vida social até que não
acontecesse a elaboração do óbito. As pessoas que sabiam que iam morrer
protagonizavam todo o ritual, despedindo-se dos entes queridos, fazendo o
testamento, buscando se reconciliar com as pessoas e superar as mágoas. A
comunidade participava ativamente de todo esse processo. (AGRA; ALBUQUERQUE,
2008).
Gutierrez (2003), tomando como referencial o estudo de Pessini (1999), fez
uma breve abordagem sobre o processo de morte e morrer a partir da idade média
até a década de 70 do século XX.
Durante os séculos XI e XII iniciaram-se mudanças sutis na maneira tradicional
de o homem atuar diante da morte;
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negada com o intuito de privar o doente do sofrimento. A extrema unção, que
era oferecida ao moribundo, em meados do século XX passou a ser dada
somente após sua morte;
A partir da segunda metade do século XX, a morte foi transferida para os
hospitais e passou a ser vista como um fenômeno técnico, às vezes adiada
ou antecipada, a depender dos interesses dos que tentavam domina-la. O
Médico transformou-se em herói na luta contra a morte;
Atualmente, os avanços tecnológicos e científicos tornaram a morte um
evento institucionalizado. É cada vez mais comum as pessoas morrerem no
hospital. O doente perde o direito de opinar sobre sua morte, o médico tornou-
se personagem principal e a família passou a sentir-se protegida por não ter
que presenciar a morte de um ente querido. Nesse contexto a morte passa a
ocorrer em cenário composto por fios, máquinas, aparelhos e pessoas
estranhas, geralmente equipe médica e de enfermagem.
Fonte: emais.estadao.com.br
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desse contexto. O doente moribundo possue necessidades muito especiais que
podem ser atendidas, se tivermos tempo para nos sentar, ouvir e descobrir quais são.
Segundo Pessini (2006) o fator humano jamais será dispensável, ou substituído
pela tecnologia de ponta – como as que encontramos hoje nas nossas UTIs – Pois
este passa “ pela comunicação humanizadora que ouve, acolhe e respeita o outro
como ser humano nas suas verdades, nos seus valores fundamentais e nas suas
opções de vida”. Para aprendermos a lidar com a morte podemos analisar a obra de
KüblerRoss (2008) onde descreve os estágios que o ser humano passa quando está
em fase terminal, a saber:
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É importante que os profissionais identifiquem quando se trata de uma
desistência precoce de lutar contra a doença e a morte e quando se trata da chegada
ao fim em paz.
Esses cinco estágios nem sempre acontecem em sequência, pois podem se
sobrepor um ao outro. É natural que toda pessoa a beira da morte reconheça algum
dos sinais de que algo não transcorre normalmente, e desenvolva esses estágios, ou
parte deles. Precisamos adquirir habilidade e preparação psicológica para identificar
as reações apresentadas pelo doente nesses estágios e, assim, podermos ajudá-los
a enfrentar a situações de morte iminente.
A morte nos mostra que há algo que não se pode vencer. Não surpreende
constatar que os profissionais que lidam com os processos de morte e morrer em
pacientes moribundos experimentem ansiedade, fracasso e impotência, culpa e
frustração, associadas aos sentimentos de impotência e tristeza.
Santos e colaboradores (2013) mencionaram que "... o médico se torna o ator
social no qual se deposita a função de deter a morte" (p. 2626) e que a formação
acadêmica em saúde costuma ser voltada para um modelo estritamente biomédico,
sem abranger os aspectos psicossociais da profissão. Essa lacuna nos cursos de
medicina, enfermagem, psicologia e em outros da área da saúde faz com que os
estudantes, futuros profissionais, tenham um preparo insuficiente para lidar com a
experiência humana de morte, pois esta não se restringe à perda dos sinais vitais
(Brasil, 2013; Fundação do Desenvolvimento Administrativo [Fundap], 2010).
As repercussões da ausência da temática do processo de morrer e da morte
na formação desses profissionais foram abordadas em diferentes publicações nos
últimos anos e explicitam diversas consequências negativas, como sofrimento
psíquico, depressão, estresse, angústia, síndrome de burnout, entre outros.
Quando o psicólogo ou profissional da saúde é capacitado adequadamente, há
um preparo maior para lidar com situações de morte, como, por exemplo, nas grandes
catástrofes em que ocorrem óbitos, podendo realizar acompanhamento aos familiares
no reconhecimento de cadáveres. Um dos objetivos é auxiliar como suporte emocional
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aos familiares e no processo de luto. O profissional com melhores condições de
compreender e apoiar as famílias na dor permite-lhes o sentimento de amparo, bem
como proporciona a validação dos sentimentos e emoções do enlutado (Ramírez,
2011; Reverte, García, Penas, & Barahona, 2014).
Fonte: humanizaamapa.blogspot.com
Por que então esse preparo é tão escasso? Pode haver várias razões, como
as do tipo histórico-culturais (Incontri & Santos, 2011), mas a principal parece
relacionar-se com a educação e formação que evita falar da morte (Kovács, 2008;
Percival & Jonhson, 2013).
Lima e Buys (2008), e Santos e Bueno (2011) identificaram essas atitudes
criando instrumentos de educação para a morte:
o aumento das discussões sobre morte/luto nas universidades
(principalmente) por meio de palestras, projetos, vivências e rodas de
conversa; com abordagem total do ser humano, nas dimensões emocional,
social, espiritual e física, e não apenas nesta última;
o aprofundamento do contato com quem está morrendo, bem como os
medos, as alegrias, as dores e as necessidades do paciente; e, por fim,
uma maior divulgação dos trabalhos realizados na área da tanatologia, não
só para os profissionais da saúde, como também para toda a sociedade.
Nesse sentido, Kovács e colaboradores (2014) promoveram um curso para
os profissionais de funerárias, em que abordaram a questão da morte no
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cotidiano, sendo observados: sobrecarga de trabalho, contato com famílias
enlutadas e despreparo para essas tarefas.
Fonte: jornal.fmrp.usp.br
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identificar e estudar as competências dos profissionais necessárias para lidar com os
processos de morte e morrer, nas diversas fases do ciclo de vida.
Fonte: www.iped.com.br
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A atuação do profissional da psicologia no contexto hospitalar não se refere
apenas à atenção direta ao paciente, refere-se também a atenção à família e a equipe
de saúde, com o objetivo de promover mudanças, atividades curativas e de
prevenção, além de possibilitar a diminuição do sofrimento que a hospitalização e a
doença causam no sujeito. Santos; Jacó-Vilela, (2009) apud Gioia-Martins; Rocha
Júnior (2001) acreditam que o profissional da psicologia inserido no contexto
hospitalar não tem consciência de quais sejam suas tarefas e seu papel dentro das
instituições, ao mesmo tempo em que o hospital também tem dúvidas quanto ao que
esperar desse profissional, desse modo o distanciamento da realidade institucional e
a inadequação da assistência mascarada por um falso saber pode gerar experiências
malsucedidas.
A psicologia hospitalar por ser uma área que lida diretamente com a
subjetividade e sofrimento do outro exige que o psicólogo entenda os limites de sua
atuação para não se tornar um dos elementos invasivos provenientes da
hospitalização, bem como promover a humanização e a transformação social no
ambiente hospitalar, sem ficar preso nas teorizações que isolam conflitos mais amplos
(ESTIVALET, 2000). Conjuntamente com o enfoque da humanização e do
atendimento em saúde, a interdisciplinaridade é uma das bases da tarefa do psicólogo
que adentra no hospital, pois partindo desse pressuposto o sujeito doente deve ser
considerado biopsicossocial (TAVARES et al., 2012).
Contudo, é um desafio para o profissional da psicologia adentrar em um
contexto onde se predomina o olhar biomédico, onde há limites institucionais regidos
por regras, condutas e normas, além disso, o trabalho do psicólogo é muitas vezes
deficiente no contexto hospitalar, pois a ausência de estrutura física impossibilita o
espaço de cuidado do psicólogo (CHIATTONE, 2011). Ainda é muito presente o
modelo tradicional de atuação do mesmo nesse contexto, porém, na verdade, mesmo
que se busquem novas formas de cuidados psicológicos, nos deparamos com
situações onde o profissional obriga-se a exercer seu trabalho nos corredores e entre
macas (SEBASTIANI, 2011).
O estado precário da saúde da população brasileira é um entrave dentro do
saber psico, pois exige do profissional uma revisão de seus valores pessoais,
acadêmicos e emocionais. Assim, nessa perspectiva, o contexto hospitalar difere-se
do contexto de aprendizagem e orientação acadêmica, já que se percebe uma
realidade precária nas condições de saúde da população que é alvo constante das
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injustiças sociais e aspira por um tratamento hospitalar digno (SALMAN;
PAULASKAS, 2013).
Diante dessa concepção e das dúvidas que abarcam a psicologia e o papel do
psicólogo hospitalar, a pesquisa realizada teve como objetivo entender a construção
do papel do psicólogo hospitalar na atualidade, verificando a construção histórica do
perfil desse profissional na realidade brasileira e seus possíveis desdobramentos,
levando em consideração sua atuação na dimensão assistencial e na saúde pública
atualmente.
Fonte:ppsychelogos.blogspot.com
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sua teoria de Psicologia Experimental, onde no Brasil Henrique Roxo foi o primeiro
autor a orientar estudos relacionados ao tema e com bases no estudo de Binet-Simon
associou a Psicologia Experimental à Psiquiatria e à Neurologia (SOARES, 2010).
Ainda para Soares (2010), com a grande influência benéfica de correntes
doutrinárias que as faculdades de Medicina da Bahia e do Rio de Janeiro recebiam no
período, com teses, atividades e ensaios médicos averiguou-se que estes então
traziam um caráter científico, preciso e rico no interesse psicológico, por estarem
voltados aos métodos e técnicas da psicologia de maior objetividade e confiabilidade,
onde diante deste movimento começaram a surgir nos hospitais e clínicas
psiquiátricas os laboratórios de Psicologia.
A atuação do psicólogo brasileiro se consolidou primeiramente no âmbito
privado com o objetivo da prática psicoterápica clínica, assim para Marcon, Luna e
Lisboa (2002) após a década de 60, a área da saúde pública abriu o espaço para a
absorção dos profissionais em diversos segmentos, fazendo com que sua atuação
nos hospitais se tornasse então uma nova área de atuação. Todavia, sabe-se que
somente em 1962 a profissão de psicólogo foi regulamentada no Brasil e o primeiro
curso de Psicologia foi implantado na universidade de São Paulo, quando logo mais
tarde em 1987 a 1ª Conferência de Saúde Mental aprovou a redução progressiva de
leitos em hospitais psiquiátricos e sua substituição por serviços alternativos à
internação psiquiátrica, em seguida no ano de 1992 a 2ª Conferência de Saúde Mental
aprovou a rede de atenção integral à saúde mental, com o objetivo de substituir os
hospitais psiquiátricos.
No âmbito de sua atuação, embora já se visualizasse a passagem para um
modelo de atenção integral, o psicólogo era visto ainda exercendo seu trabalho clínico
e não um trabalho ligado à saúde ou ao biopsicossocial e que em relação a sua
formação os psicólogos não a tiveram pautados na área da saúde (MARCON; LUNA;
LISBOA, 2002).
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6 A POLÍTICA DE HUMANIZAÇÃO HOSPITALAR E OS PAPÉIS DOS
PROFISSIONAIS DE SAÚDE
Fonte:amenteemaravilhosa.com.br
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angústia e sofrimento na fase da hospitalização, fase esta que gera muitas crises
(MOTA, MARTINS e VÉRAS, 2006).
Para Salman; Paulaskas (2013), a humanização tem como aspecto
fundamental a valorização do indivíduo como um todo, fazendo com que o psicólogo
tenha como papel a valorização do ser doente do que a patologia do mesmo,
aprendendo também a ouvir seus familiares em um local próprio e adequado, nos
deixando claro que para a prática da humanização dar certo é necessário realizar uma
execução reflexiva acerca dos valores e princípios que norteiam a prática profissional,
culminando num tratamento digno, solidário e acolhedor por parte dos profissionais
da saúde ao doente, garantindo que a humanização busque sempre manter ou
melhorar a qualidade da comunicação, consequentemente a possibilidade de
relacionamentos mais saudáveis e próximos.
Um aspecto importante em relação ao papel dos profissionais da psicologia no
hospital é que este profissional deve estar pautado nos aspectos do adoecer, das
crenças e das fragilidades dos pacientes e de seus familiares, assim para os autores
o psicólogo deve promover a diminuição da angústia e da tensão para então mudar a
impressão que as pessoas têm sobre o hospital, em contrapartida fazendo os usuários
perceberem o hospital como um lugar que tenta oferecer condições para uma
manutenção ou recuperação da saúde, ficando claro que a atuação do psicólogo
hospitalar consiste de uma rápida capacidade de ação emergencial e para a
construção de uma política qualificada em relação à saúde a humanização deve ser
vista como uma das dimensões indispensáveis nesse processo, onde tenha função
de mostrar que além de um programa, sua aplicação tem objetivo de torna-se uma
política que opere em toda rede dos hospitais brasileiros (MOTA, MARTINS e VÉRAS,
2006).
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7 PACIENTES EM CRISE E O PAPEL DO PSICÓLOGO HOSPITALAR
Fonte: souzamarques.br
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Chiattone (2011) ressalta ainda a importância do olhar do psicólogo em relação
aos pacientes hospitalizados, devendo levar em consideração alguns aspectos
importantes nos processos de resolução da crise, sendo eles: os traços de
personalidade dos pacientes, suas atitudes frente a vida, a maturidade interna e o
grau de integração psíquica, as crenças que o mesmo possui sobre sua doença, suas
reações a crises passadas e suas perdas significativas, os sinais psicológicos ou
físicos de depressão, a presença de reações ou sinais paranóides e por fim a doença
instalada, onde a psicoterapia emergencial surge como um apoio caracterizando-se
de um processo de superação dos problemas ligados a situações de natureza
traumática, onde dependendo do olhar que a pessoa tem sobre a situação permite
que a mesma possa expressar livremente seus sentimentos em relação ao seu
estado, sendo indicada a pacientes que passam por sobrecarga emocional muito
grande, auxilia o paciente a atravessar o período crítico em que se encontra,
determinado pelo processo da doença e hospitalização, permitindo-lhe buscar a
elaboração e integração subjetiva dos acontecimentos.
Considerando que o hospital é uma instituição marcada pela luta constante
entre a vida e a morte. Um dos princípios significativos da psicologia no contexto
hospitalar é a atuação conjunta do psicólogo e as equipes de saúde, onde o objetivo
é maximizar nos pacientes a esperança de melhora, cura e minimização ou suspensão
do sofrimento em si, já que a maioria das pessoas tem uma imagem negativa
relacionada ao ambiente hospitalar, marcada por mortes e sofrimentos, sendo um
local onde excita uma batalha constante diante das condutas terapêuticas.
Portanto, a atuação do psicólogo requer uma maturidade que passa pelo
exame detalhado de sua posição diante da morte e do morrer, sendo de suma
importância o profissional elaborar o medo e a negação em relação a essa
problemática, diagnosticar em si as dificuldades de enfrentamento e elaboração da
própria negação da morte para então entender a negação da própria instituição, do
paciente e dos familiares, sendo que muitas vezes trabalhar com o sofrimento ou
perda de significado da existência pelo paciente pode despertar nos profissionais as
mesmas vivências (CHIATTONE, 2011).
Sendo assim, para Chiattone (2011), a tarefa do psicólogo se define pela
capacidade de apoio, compreensão e direcionamento humanizado das diferentes
situações pelas quais passam esses pacientes e seus familiares, e culminar para que
todo programa terapêutico eficaz e humano deva incluir apoio psicológico para o
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enfrentamento de todo o processo de doença e possibilidade de morte, pois o manejo
de pacientes hospitalizados inclui a adaptação fisiológica e medica e a adaptação
psicológica e existencial frente a situação traumática em si. Em relação aos pacientes
e seus familiares, o psicólogo deve estruturar um trabalho de psicoterapia pautado
num modelo comunicativo, reforçando o trabalho estrutural e de adaptação dos
pacientes e seus familiares no enfrentamento da problemática vivenciada por ambos,
direcionado, então, em um nível de apoio, atenção, compreensão, suporte ao
tratamento, clarificação dos sentimentos, esclarecimentos sobre a doença e o
fortalecimento dos vínculos pessoais e familiares.
Em segundo plano, o psicólogo hospitalar pode ainda realizar a formação de
grupos com o objetivo de informar, culminando num espaço de reflexão e expressão
dos sentimentos, minimizando o impacto emocional e estresse vivenciados pelos
mesmos. Em relação às equipes de saúde, o psicólogo hospitalar pode sistematizar a
realização de grupos operativos, realizando um treinamento e clarificando o papel de
cada profissional, além de estimular a realização de atividades para a diminuição do
estresse visto que em profissionais da área da saúde o nível de estresse é elevado
(CHIATTONE, 2011).
Para Salman e Paulauskas (2013) apud Cordioli (1998), um dos principais
desafios da psicologia tem sido fundamentar e desenvolver técnicas de intervenção
psicológica quem atendam às demandas específicas de pacientes em ambientes
hospitalares, tendo como objetivo possuir intervenções que levem aos pacientes uma
melhor aceitação de sua doença bem como o tratamento, onde as intervenções com
os pacientes em crise constituam na utilização de técnicas para diminuir a ansiedade,
favorecendo o desenvolvimento de um estado emocional mais tolerável e capaz de
restaurar a estabilidade afetiva e suas relações com o ambiente.
O uso do manejo assistencial centrado na equipe, um diagnóstico diferencial,
um atendimento psicológico de apoio, um manejo ambulatorial, técnicas
complementares e intervenção familiar são fortemente recomendadas, onde a
flexibilidade e a criatividade são condições fundamentais para a percepção das
necessidades que cada paciente apresenta, com isso a construção de um ambiente
terapêutico apropriado e a centralização do trabalho com o paciente em crise gera o
melhor manejo das relações humanas no ambiente hospitalar, o que não é tarefa
somente do psicólogo, mas também dos outros profissionais da área da saúde
inseridos nesse contexto, já que os mesmos possuem um contato mais próximo e
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contínuos com esses pacientes, no caso das enfermeiras, fisioterapeutas,
nutricionistas e médicos intensivistas. (SALMAN; PAULAUSKAS, 2013).
Desse modo, para Salman e Paulauskas (2013), o atendimento psicológico ao
paciente pode ser caracterizado por intervenção focal pautado na psicoterapia breve
de apoio, consistindo em avaliar sua situação, analisar a maneira de enfrentamento e
a manifestação do paciente no momento presente, bem como construir opções de
pensamento e, consequentemente, o comportamento.
O que é levado em conta e o que se espera do terapeuta é que o mesmo
possua uma postura ativa no manejo da assistência, com o intuito de permitir
continência das manifestações, expressando concordância com ideias e atitudes do
paciente, assim também reforçar as funções adaptativas do ego, reassegurando a boa
percepção da realidade, além disso, o psicólogo tem como papel favorecer a
percepção de novas formas de enfrentamento da situação, promovendo o devido
suporte para o momento de instabilidade emocional, favorecendo o vínculo de
confiança com a equipe multiprofissional.
8 O PROCESSO DE LUTO
Fonte: perdasmorteeluto.wordpress.com
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Segundo Kastenbaum e Aisembesrg (1983), a morte sempre existiu, mas nem
sempre teve representações nítidas em nossas mentes. Portanto, precisamos morrer,
até porque iremos ajudar a perpetuar a espécie que se nutre da morte de seus
indivíduos para se preservar.
O processo de luto ocorre quando perdemos alguém muito próximo. A maioria
das pessoas enlutadas é capaz de com o tempo, e com a ajuda da família e amigos,
de reconciliar-se com sua perda e retomar as suas atividades normais. Para outras,
no entanto, é indicado ajuda psicoterapêutica.
Para Worden (1998), é essencial que a pessoa enlutada realize quatro tarefas
básicas, antes que o processo de luto possa ser completado. Segundo ele, tarefas de
luto não elaboradas podem prejudicar o crescimento e desenvolvimento futuros. Diz
que essas tarefas não precisam ser necessariamente seguidas, em ordem específica,
mas ele sugere a seguinte ordem:
I – Aceitar a realidade da perda;
II – Elaborar a dor da perda;
III – Ajustar-se a um ambiente onde está faltando a pessoa que faleceu;
IV – Reposicionar, em termos emocionais, a pessoa que faleceu e continuar a
vida.
De acordo com Freud (1913, p.65) “o luto tem uma tarefa física que precisa
cumprir: a sua missão é deslocar os desejos e lembranças da pessoa que faleceu”.
Assim, como a criança passa por etapas para seu desenvolvimento saudável as
etapas do luto também precisam ser vivenciadas para que não ocorram traumas ou
danos futuros.
A tanatóloga e psiquiatra Kübler-Ross (2004, p.561) em seu trabalho com
doentes em fase terminal, verificou que na maioria dos casos os mesmos recebiam
de bom grado a oportunidade de falar abertamente sobre sua condição e sabiam que
estavam perto de morrerem, embora não recebessem informação sobre esse fato.
Depois de falar com 500 pacientes terminais, Kübler-Ross (1969-1970) definiu
cinco estágios durante o processo de reconciliação com a morte, são eles:
I - Negação (recusa em aceitar a realidade que está acontecendo);
II - Raiva (as pessoas ficam frustradas e com raiva por estarem doentes e
podem transferir sua raiva para o pessoal do hospital e para os médicos);
III - Barganha (os pacientes podem tentar negociar com médicos, os amigos
ou mesmo com Deus em troca de cura, prometem, fazem doações, frequentam igreja);
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IV - Depressão – neste estágio, os pacientes apresentam sintomas clínicos de
depressão, retraimento, retardo mental, perturbação do sono, desesperança e
possivelmente ideia de suicídio;
V - Aceitação – neste último, os pacientes compreendem que a morte é
inevitável e aceitam a universalidade da experiência. Seus sentimentos variam de
humor neutro e eufórico, e em circunstâncias ideais, resolvem seus sentimentos para
com a inevitabilidade da morte e conseguem falar sobre o enfrentamento do
desconhecido.
Para Kübler-Ross (1998), nem todas as pessoas passam por estes estágios e
algumas podem passar por eles em sequência diferente, oscilando entre a raiva e a
depressão ou podem sentir ambas ao mesmo tempo.
Fonte: www.biancatrevisan.com.br
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Sabe-se que a perda de um ente querido impõe a familiares e amigos a
aceitação da morte e de sua irreversibilidade. A partir desse momento essas pessoas
começam uma nova etapa de suas vidas. Consequentemente desfazem os laços que
os uniam e reorganizam suas vidas para aprender a viver sem aquele que partiu.
Acontecem várias mudanças tanto psicológicas quanto espirituais e alterações
na rotina das pessoas para sempre. De acordo com Pitta (1999) algumas
características dos aspectos psicológicos são:
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As perdas são parte da vida: quando morre a mãe, morre também parte da
nossa infância e adolescência; quando morre um filho, morre em nós o futuro
previsto junto àquele filho, o sonho de vê-lo um profissional, pai de nossos
netos, a pessoa que nos acompanharia até o fim de nossa vida.
As perdas são necessárias porque para crescer temos de perder, não só pela
morte, mas também por abandono, pela desistência. Em qualquer idade, perder é
difícil e doloroso, mas só através das perdas os seres humanos tornam-se plenamente
desenvolvidos. Cabe salientar que as perdas incluem não apenas separações e
abandonos, mas também a perda consciente ou inconsciente, de sonhos românticos,
ilusões de segurança, expectativas irreais e outras. As perdas que enfrentadas ao
longo da vida e das quais não se foge são basicamente duas: - Que o amor de nossos
pais não é só nosso. - Que nossos pais vão nos deixar, e que nós vamos deixá-los.
Vale ressaltar que para o processo de recuperação ser facilitado é
indispensável a ajuda e amizade de outras pessoas que já tenham passado por essa
experiência. Os sentimentos de ansiedade e insegurança desaparecem aos poucos,
dando lugar à confiança. Depois que a tristeza passa a pessoa descobre que pode
retornar às suas atividades e outros interesses.
Fonte: www.emotioncard.com.br
O termo “Luto Antecipatório” foi utilizado, pela primeira vez, por Lindemann,
por meio da sua observação de esposas de soldados que iam para a
guerra. Posteriormente, esta denominação foi utilizada para pessoas que recebem o
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diagnóstico de doenças terminais e o envolvimento da família nesta perda. Seja
prolongada ou repentina, quando em decorrência de doenças prolongadas, esta é
considerada estressante para as famílias e desencadeia um mecanismo de
enfrentamento diferente.
Quando uma pessoa morre inesperadamente, os membros das famílias
carecem de tempo para antecipar e prepararem-se para a perda, para lidar
com assuntos inconclusos ou, em muitos casos, até para dizer adeus. Quando o
processo de morrer é prolongado, os recursos financeiros e a prestação de cuidados
da família podem-se esgotar, e as necessidades de outros membros são colocadas
suspensas.
O alivio com o fim do sofrimento do paciente e da tensão familiar costuma vir
carregado de culpa e cada vez mais as famílias estão no penoso dilema: em manter
ou não o prolongamento, a manutenção da vida. Por se tratar de pacientes crônicos
com doenças terminais, sem recursos para cura e à mercê de dores crônicas,
perdem a esperança de uma possível recuperação.
O luto antecipatório pode ser entendido, analisado e experimentado por
quatro perspectivas distintas, sendo cada uma pertinente a cada pessoa que o
experimenta:
1. Perspectiva do paciente: sendo ele a figura central do
drama, desempenha o papel do doente e do enlutado;
2. Perspectiva dos familiares: refere-se à rede social com quem o
paciente tem intimidade;
3. Perspectiva de outras pessoas: as pessoas que tem algum tipo
de relação, porém pouco interesse e vínculo com o paciente enlutado;
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Segundo Freud, (1999 apud Torres) “A vida, por, mais breve que seja,
merecerá sempre ser vivida em toda sua plenitude. Nem a morte consegue ofuscar a
validade de seus belos e inesquecíveis momentos. ”
Como os membros de uma sociedade negadora da morte, carecemos de
recursos para acompanhar esse estágio final da vida, sobretudo quando é uma
criança que está morrendo. A morte de uma criança é um insulto, é traumática e
suscita culpa. Não obstante, ”a morte não segue um horário previsível, ela escolhe
seu próprio tempo e lugar” (KÜBLER-ROSS, s/d).
No câncer, a título de exemplo, quando de longa duração e sem perspectiva de
cura, configura-se a fase terminal. Assim, não havendo mais recursos para deter o
curso da doença e da morte, duelar com a doença somente traria mais sofrimento
para o paciente e aqueles que o cercam. Neste caso, afirma Perina (1994), com o
diagnóstico do câncer se conhece o mundo das doenças e com as recaídas, a
incerteza do futuro e a possibilidade de ficar para sempre aprisionado no mundo
subterrâneo da morte.
Feigemberg (1980) diz ser significativo o fato de a terminologia psiquiátrica e
psicológica ter poucas palavras descritas para variedades de emoções e modos de
reação ao morrer. A morte, na visão do autor, não é uma doença e não pode ser
descrita somente em termos médicos e biológicos. Afirma ainda que, por tradição
prevalece o lado biológico do morrer e da morte, e este é usualmente o ponto de
referência. Mas o morrer tem um aspecto psicológico que é dominante, pois enquanto
o componente biológico se torna cada vez mais uniforme – caracterizado por sintomas
inespecíficos tais como fadiga e dor -, o componente psicológico se torna cada vez
mais dinâmico e repleto de experiências emocionais.
O luto, como já se analisou, passa por um curso que vai de um choque inicial
passando pelo desespero para chegar à recuperação e restituição, e pode se
manifestar por diversos sintomas tais como choro, perturbações somáticas,
perturbações do sono, reações hostis, culpa e depressão. Além disso, em todo o luto
há inevitavelmente tristeza e raiva. A família está triste porque está perdendo uma
relação significativa e, de certa forma, está morrendo junto com a pessoa querida.
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Identificar o conflito como foco;
Identificar em que estado se encontra a pessoa enlutada;
Pensar em estratégias de mudanças;
Encorajar o paciente a dividir sua experiência de perda com outras
pessoas;
Desenvolver habilidades para novos relacionamentos no âmbito social;
As Reações Psicossomáticas
Fonte:zenklub.com.br
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Não é de causar surpresa, em alguns casos, que a depressão associada ao
pesar típico atinja formas mais graves. Nesses casos, pode-se chegar ao risco de
suicídio. As ideias suicidas, muitas vezes, são uma manifestação do desejo de unir-
se ao falecido e isto pode ser tolerado e elaborado com ajuda. Para outros pacientes,
a vida realmente parece não valer à pena, ou aparecem ideias delirantes de culpa ou
de malvadez. Isso deve ser levado a sério e a internação hospitalar de faz necessária,
especialmente se o paciente vive sozinho.
A dor da perda, quando normal, pode ser assistida por amigos e familiares do
enlutado, com a assistência necessária durante os funerais e, talvez por algumas
semanas mais. Quando esta perda se configura em patologia, precisa de tratamento.
As pessoas em isolamento social têm a possibilidade de um processo de pesar mais
complicado, portanto necessitam de uma ajuda maior e mais prolongada.
A maior parte dos profissionais da área da saúde, na sua lide cotidiana, está
exposta à visão de morte mais que o restante da população, o que não os deve impedir
de se preocupar e refletir sobre ela.
De acordo com Pincus (1989), a morte é um acontecimento importante e
deveria ser dado a estes profissionais o mesmo tempo de pesar que às outras
pessoas, o que nem sempre acontece. Ao enfrentarem uma morte após outra, os
profissionais da saúde podem imergir em um quadro de tristeza que pode levá-los ao
estresse, provocando ora cansaço, ora atividade exagerada, cursando irritabilidade
com outros problemas, o que eventualmente prejudicará sua eficiência no trabalho,
podendo interferir na sua vida pessoal e familiar.
De acordo com Alves criou-se um mito nos dias atuais de que o bom
profissional não pode demonstrar seus sentimentos, medos e angustias em relação
aos seus pacientes. Diante de tal postura fria e metodicamente técnica e profissional,
não há espaço para expressar o seu real sentimento.
Segundo Baggio, os mecanismos de defesa utilizados pelos profissionais de
saúde fazem com que eles deixem de perceber a dor do outro, ou seja, deixem de
perceber as limitações e angústias dos pacientes, o que acaba comprometendo a
prestação de assistência. O convívio com a dor e a perda traz ao profissional a
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vivência de seus processos internos, trazendo à tona a sua fragilidade, medos e
vulnerabilidade.
De acordo com Gambatto et al. os profissionais da saúde têm a tendência de
adotar muitas vezes, inconscientemente mecanismos de defesa, como: negação da
situação, distanciamento, manutenções de relações superficiais com os doentes,
instituição de rotinas e protocolos, argumentando falta de tempo e de disponibilidade
para ouvir e estar junto dos doentes.
Neste contexto o psicólogo hospitalar pode ajudar a conter os sentimentos da
equipe que lida com a morte, promovendo “encontros de equipe” (staff meetings),
onde há espaço para os profissionais poderem falar e trocar suas experiências.
Segundo Costa et al. o psicólogo tem por objetivo estimular a equipe a perceber
e falar sobre suas dificuldades, facilitando assim uma melhor elaboração de seus
medos e angustias, permitindo que a equipe de saúde tenha uma expressão livre de
seus sentimentos. O Psicólogo Hospitalar pode trabalhar com espaços de diálogos
em que o profissional da saúde possa refletir sobre suas próprias emoções e
sentimentos proporcionando uma relação mais humana entre profissional de saúde e
paciente, onde este possa enxergá-lo como “pessoa” e não apenas como “doença”.
Ainda há a possibilidade de se trabalhar com os grupos Balint onde os
participantes podem relatar casos clínicos sem recorrer a nenhuma anotação, em
associação livre de palavras.
Vale ressaltar que os profissionais da saúde não são preparados para lidar com
a morte, uma falha que vem desde a sua formação, onde não são ministradas aulas
a respeito desta temática, o que acaba colocando no mercado de trabalho,
profissionais preparados apenas tecnicamente e despreparados psiquicamente.
Em algumas de suas obras Kübler Ross e Kovács, apontam a importância de
ser incluída nos currículos dos cursos de saúde a temática sobre a morte e a
humanização dos atendimentos ao paciente terminal, fazendo com que os
profissionais possuam uma preparação especial e não saibam apenas sobre questões
cientificas, mas que possam enxergar todos os pacientes de forma igual, tratando-os
com respeito e dignidade.
Aliviar o sofrimento ou ajudar uma pessoa a morrer é um dos ofícios mais
difíceis para o profissional de saúde. Não poder curar não significa fracasso, mas sim
um reconhecimento dos próprios limites da técnica.
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É necessário investir em uma formação continuada, em criação de grupos de
apoio aos profissionais da saúde para favorecer as despedidas, prepará-los para o
processo de separação, comunicação e suporte, estimulando assim os participantes
a falar sobre os problemas, as dificuldades e angústias que surgem no cuidado de
clientes terminais, suas famílias e seus sentimentos.
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