A Abóbada Celeste No Templo Maçônico - Fadel Antonio Filho
A Abóbada Celeste No Templo Maçônico - Fadel Antonio Filho
A Abóbada Celeste No Templo Maçônico - Fadel Antonio Filho
CELESTE NO
símbolo num templo maçônico está
isento de significado. Desta forma,
cada astro ali representado expres-
sa, além da sua beleza estética, um
profundo significado cuja origem re-
TEMPLO
monta às mitologias sumerianas,
babilônicas, egípcias e greco-rornana.
Mais que isso, apresenta também
significados alquímicos e místicos.
.A... Alguém poderia indagar: por quê
exatamente esses astros estão ali
P
araquem entra pela primeira abóbada celeste do templo maçôni- Lira).
vez num templo maçônico, a co contenha, além do Sol e da Lua, Contudo, convém lembrar que a
abóbada celeste é, sem dúvi os planetas Mercúrio, Júpiter, abóbada celeste do templo maçôni-
da alguma, uma "visão de Saturno (com seus satélites), as es- co é uma herança da visão do céu
impacto". Desde os templos mais trelas Arcturus, Spica, Aldebaran, dos antigos povos da Europa. Eviden-
modestos aos mais ricos em orna- Régulus e Fomalhaut e as Constela- temente que os astros ali represen-
mentos e arquitetura, o céu estrela- ções de Órion e da Ursa Maior, mas tados são conhecidos desde a anti-
do chama a atenção pela sua peculi- os conglomerados estelares das guidade e que devido as suas magni-
aridade e beleza. Plêiades e das Híadas. tudes e brilho, sobressaiam-se no
CASTELLANI (1988) observa que É interessante observar que este céu noturno. Eram astros ou Conste-
a decoração do teto nos templos conjunto de astros, além do Sol e da lações-chave, isto é, que serviam de
maçônicos do Rito Escocês Antigo e Lua, pode ser visto, em diferentes guia para quem desejasse estudar o
Aceito é, geralmente, estelar e que o momentos, tanto no Hemisfério Nor- firmamento, tendo neles pontos de
hábito de ornamentar de estrelas o te como no Hemisfério Sul da Terra. referência. Isso significa afirmar, de
teto tem sua origem no Antigo Egito. Entretanto, a abóbada celeste que maneira mais simples, que tais as-
É o que se vê no templo de CARNAC domina nossos templos, em toda tros chamavam a atenção dos obser-
(em Luxor). Mas, observa ainda que porção austral da Terra, é fruto da vadores desde aqueles tempos pas-
essas ornamentações tinham um herança dos templos maçônicos da sados, dos mais sábios ao homem
valor muito mais simbólico do que Europa, que está situada na porção comum. Ademais, os primeiros tem-
estético. setentrional do globo terrestre. plos maçônicos eram 'montados' ao
Dentro desta perspectiva, ainda Contudo, é bom lembrar que o céu relento, na calada da noite, nos luga-
CASTELLANI (op.cit.) comenta que do Hemisfério Sul, voltado para o res ermos, de modo que a abóbada
embora muitos templos maçônicos centro da nossa galáxia, é conside- celeste que cobria nossos irmãos
apresentem seus tetos estrelados, rado mais rico em estrelas. Se nos- durante os trabalhos de loja, era o
os astros são ali representados a sa abóbada celeste representasse céu estrelado natural e autêntico,
esmo, sem qualquer critério astronô- esse céu, teríamos certamente a pre- exibindo sua extraordinária beleza e
mico ou conforme a tradição, o que sença de belas estrelas, como Sírius magia.
constitui um erro. O correto é que a (da Constelação do Cão Maior), O SOL, nosso astro-rei, o centro
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de nosso sistema planetário, está pomposidade e da arrogância. Repre- da sabedoria profunda. Os antigos as-
situado no Oriente do templo, onde senta a masculinidade seca e quen- trólogos não tinham idéia da real di-
a abóbada celeste aparece mais ilu- te e a parte 'iluminada' da mente, da mensão da Lua e de sua pouca im-
minada, representando a luz da sa- racionalidade, enquanto a Lua é a portância no esquema cósmico. Por
bedoria que vem desse quadrante da inconsciência e o conhecimento in- isso igualaram a Lua ao Sol, em uma
Terra. Ali fica situado o trono do Ve- tuitivo. dualidade masculina/feminina. Do
nerável Mestre, que conduz a loja A LUA é o corpo celeste mais pró- ponto de vista astrológico, a Lua re-
com saber e autoridade. ximo da Terra. Sempre foi simultane- presenta a alma e o inconsciente. É
O Sol, para os antigos, era a figu- amente familiar e misteriosa. Embo- vista como feminina, úmida e emotiva
ra mais poderosa do céu, a fonte pri- ra sempre mantenha a mesma face e representa a futilidade, a materni-
mária de luz, calor e vida, maior e voltada para a Terra, a Lua muda dade, a família, o crescimento e a
mais potente que qualquer outro cor- constantemente de aparência, à me- morte.
po celeste. Embora a astronomia mo- dida que as sombras de seus cumes Na abóbada celeste está situada
derna demonstre que o Sol é uma avançam pelas planícies cobertas de mais ao Ocidente; com sua pálida luz,
estrela comum e comparativamente crateras. deixa aquela porção do céu mais es-
pequena, em termos absolutos ele Desde os tempos mais remotos, cura, domina o lugar onde os apren-
ainda é mais poderoso do que pode- os homens enxergaram nela diferen- dizes devem sentar, significando que
mos imaginar. Para nossa escala hu- tes figuras, que deram origem a inú- ali a luz (sabedoria) ainda é fraca e
mana, o Sol é uma gigantesca e meras lendas. Entretanto, a caracte- que se deve aprimorar na caminha-
trovejante fornalha nuclear, com uma rística mais notável da Lua é sua re- da para o Oriente, desbastando a
massa 300 mil vezes maior que a gularidade: ela passa de Cheia a Min- pedra bruta para um maior aperfei-
Terra, cujo núcleo atinge temperatu- guante, a Nova e a Crescente, vol- çoamento pessoal, quando então te-
ras de 15 milhões de graus. É a es- tando ao estado inicial a cada 29 dias rão acesso à parte do templo com
trela mais próxima de nós e, com sua e meio, com uma inabalável constân- maior luminosidade, em direção do
luz e calor, sustenta a nossa exis- cia. Nascente ou do Oriente.
tência e a vida na Terra. Muitos povos antigos usavam-na Os planetas representados na
No antigo Egito, o Sol era o deus para acompanhar a passagem do abóbada celeste eram conhecidos
Ra, simbolizado por um escaravelho tempo. Para os babilônios, a Lua era desde os tempos antigos, visíveis
e que era parido todas as manhãs Sin, o deus do calendário e da sabe- que são a olho nu. Com exceção de
pela deusa do céu Nut, para nova- doria. Selene para os gregos, que te- Vênus (confundido com uma estrela
mente ser engolido por ela ao anoi- miam o período sem luz da Lua Nova, - estrela Dalva, estrela Matutina ou
tecer. Por seu lado, os gregos elege- quando, acreditavam, essa deusa era estrela Vespertina) e Marte, o deus
ram o deus Apoio, com sua carrua- levada ao mundo subterrâneo.
gem de fogo, como o deus Sol. Um Desde as épocas mais remo-
deus contraditório e 'ambíguo', como tas as pessoas atribuíam à Lua
o próprio astro, fonte benévola de poderes sobre os processos da
vida, mas ao mesmo tempo capaz de natureza. Há muito se sabe que
grande destruição, por meio de suas ela causa as marés e por exten-
mortíferas radiações. Muitas vezes são acreditava-se que ela tam-
os gregos atribuíam a Febo deificação bém afetava os fluídos corpóreos.
do Sol e sabemos também que os Sua antiga associação com a
poetas antigos faziam ordinariamen- menstruação - a duração média
te distinção entre Apoio e o Sol, que de um ciclo menstrual é quase
concebiam como divindades diferen- igual ao ciclo lunar - pode ser
tes. E, em todo o Mundo Antigo, o uma das razões para as mais
culto ao deus Sol (como na Ilha de antigas culturas terem identifica-
Rodes) era muito difundido, onde era do a Lua como feminina.
chamado de Hélios. A mais importante deusa da
A astrologia atribui ao Sol o go- Lua era a irmã gêmea de Apoio,
verno do ego essencial, a ambição, a caçadora grega Ártemis, que os
o espírito, a vontade, a energia, o po- romanos conheciam como Diana.
der e a organização. A ele são atribu- Outra deusa grega, Hécate, era
ídos os traços da criatividade, do or- associada ao lado escuro da Lua.
gulho, da generosidade e da dignida- Era a senhora dos fantasmas, do
de, mas também do egoísmo, da obscuro e do oculto, da magia e
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da guerra, os demais planetas estão so envolto de hidrogênio e hélio, for- matéria.
ali simbolizados: Mercúrio, Júpiter e mando um imenso 'balão' de gás SATURNO, é o planeta mais dis-
Saturno. quente. Mais propriamente, é com- tante que pode ser visto da Terra a
MERCÚRIO é um planeta diminu- posto de densas camadas gasosas olho nu - é o sexto planeta a partir
to, correndo num ângulo tortuoso com um pequeno núcleo de metal lí- do Sol e os antigos astrônomos acha-
sobre uma órbita excêntrica, tem quido que parece se condensar em vam que era o planeta mais exterior
menos da metade do tamanho da rocha e gelo. A rápida velocidade de do Sistema Solar, um pária frio e
Terra e é o segundo menor planeta rotação de Júpiter (em tomo de 9,8 solitário no espaço profundo. É o
do Sistema Solar, depois de Plutão. dias), faz as nuvens da sua atmosfe- segundo maior planeta, depois de
É também o mais rápido, completan- ra formarem cinturões e faixas hori- Júpiter, portanto, igualmente um gi-
do uma volta em torno do Sol, a cada zontais mais quentes ou mais frias. gante gasoso, cerca de 95 vezes
88 dias. Muito próximo do Sol é qua- Entre esses cinturões e faixas escu- maior que a massa da Terra. Com
se ofuscado pelo brilho do seu enor- ras e claras que circundam o plane- uma órbita que perfaz 29 anos e meio
me vizinho. Representa bem sua ta, paralelos ao equador, surgem ao redor do Sol, Saturno possui um
maliciosa herança mítica e astrológi- imensos sistemas de turbulência e belíssimo sistema de anéis extrema-
ca. Para os antigos gregos, Mercúrio tempestades, como a Grande Man- mente finos mas amplo, com menos
era o deus Hermes, cujas caracterís- cha Vermelha, no hemisfério sul de de I km de espessura, mas que se
ticas de uma criança birrenta pareci- Júpiter, que corresponde provavel- estende por cerca de 420 mil km
am-Ihes bem coerentes. Maroto e mente a uma imensa coluna além da superfície do planeta. Pos-
esperto e com uma inteligência rápi- espiralada de nuvens, com um tama- sui também dezenas de luas
da e inquieta, os gregos lho atribuí- nho três vezes maior que a Terra, orbitando ao seu redor (como a gi-
am a invenção do alfabeto, da esca- gerando uma gigantesca tempesta- gante Titã, a maior do Sistema Solar
la musical, da astronomia e do boxe. de em atividade há centenas de anos. e que parece possuir atmosfera).
Além disso, era chamado de senhor Júpiter gera mais radiação própria Os gregos identificaram Saturno
das viagens e do comércio e patrono do que a recebida do Sol (do qual está com Cronos, chefe da raça de deu-
da alquimia - a arte mágica de trans- mais de cinco vezes a distância en- ses gigantes chamados Titãs que rei-
formar metais comuns em ouro. tre o Sol e a Terra, numa viagem anual navam antes dos deuses olímpicos.
Hermes tornou-se o mensageiro de quase doze anos), formando as- Os romanos o adaptaram a um deus
dos deuses e foi agraciado com elmo sim o centro de um sistema planetá- da agricultura que herdaram dos
e sandálias alados para desempe- rio em miniatura, com dezenas de etruscos, tornando-o deus do tempo
nhar suas tarefas celestes. No luas (como Ganimedes, Calixto, 10 e e da lavoura. Seu festival, as
panteão romano, Hermes recebeu o Europa que foram descobertas por Saturnálias, era celebrado no mês de
nome de Mercúrio que, além de go- Galileu em 1610). Especula-se que dezembro, para comemorar o solstício
vernar o comércio e a alquimia, foi- alguns desses satélites possam ser de inverno no Hemisfério Norte.
lhe dado o domínio da medicina, daí antigos planetas capturados pela Saturno, de acordo com a mitolo-
o caduceu que trazia consigo, um imensa atração gravitacional de gia e a astrologia, governa a interação
bastão circundado por duas serpen- Júpiter, do indivíduo com o ambiente e repre-
tes entrelaçadas, que tinha o poder Tudo isso contempla a Júpiter uma senta a autoridade interna, o
de curar os doentes (entre os gregos, metáfora celeste apropriada para o autocontrole e a consciência. Saturno
o deus da medicina era Esculápio, um rei dos deuses. Tanto no panteão inspira ou destrói. Em circunstânci-
dos filhos de Apoio). romano, como Júpiter, ou no grego, as positivas, confere a persistência,
O simbolismo de Mercúrio é o do chamado de Zeus, era o soberano do a resistência, a prudência, a frugali-
autoconhecimento, a transformação Monte Olimpo, a casa dos deuses. dade e a capacidade administrativa.
pessoal, o preenchimento da lacuna Considerado o senhor do dia e dos A influência negativa de Saturno, po-
entre o ego e seus potenciais. É a raios, representa a autoridade mas- rém, é um aviso de repressão, egoís-
representação da união da mente- culina, que ilumina a humanidade mo e crueldade. Simboliza a ascen-
espírito-matéria, mas com a prima- com seus pensamentos. Inspira os dência da matéria sobre o espírito.
zia do intelecto. homens a irem além das situações Quanto às estrelas que observa-
JÚPITER, enorme e magnífico, é o que Ihes rodeiam, espiritual e mate- mos em nossa abóbada, também
maior planeta do Sistema Solar, cer- rialmente. Por isso está associado à estão carregadas de simbolismos e
ca de 300 vezes maior que a Terra. religião e à filosofia, à benevolência, sign ificados:
Completa uma volta ao redor do Sol à compaixão, à justiça, à lei e à ho- ARCTURUS (da Constelação do
a cada doze anos. Embora gigantes- nestidade, bem como à riqueza e à Boieiro) é uma gigante com uma
co, acredita-se que Júpiter possua boa situação social. Simboliza tam- luminosidade 115 vezes a do nosso
somente um pequeno núcleo rocho- bém o triunfo do espírito sobre a Sol. É vista na primavera, no verão e
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no outono, no Hemisfério Norte e no branca Rigel, que apresenta um fa- cie da Terra e a abóbada celeste nos
outono e inverno, no Hemisfério Sul. buloso brilho 60 mil vezes maior que dá a dimensão do infinito e a sensa-
Diz a lenda grega que Arcturus repre- o Sol. Órion é visível durante a prima- ção mágica que encerra a fantástica
senta Icário de Atenas, amigo do vera e o inverno, no Hemisfério Nor- aventura humana.
deus Baco, morto por pastores da te e no verão e outono, no Hemisfé- Não é por acaso que toda vez que
Ática e levado ao céu na forma de rio Sul. adentramos num templo maçônico,
estrela por Júpiter. URSA MAIOR, é também uma mesmo quando já estamos habitua-
SPICA (da Constelação de Virgem) Constelação-chave, chamada por al- dos a fazê-I o anos após anos, sem-
é uma brilhante estrela, com uma guns povos de "Arado", apresenta 7 pre olhamos para cima, para a abó-
luminosidade 1800 vezes a do nos- (sete) estrelas formando seu grupo bada celeste, em algum momento,
so Sol. É visível na primavera e no principal, conhecido por 'Dipper' (Ca- às vezes distraidamente, durante
verão, no Hemisfério Norte e no ou- neca). E facilmente reconhecida no nossas reuniões, tal a sensação
tono, no Hemisfério Sul. céu e ali encontramos várias estre- mágica de estarmos ao ar livre, sob
ALDEBARAN (da Constelação do las de sistemas duplos e triplos. O o céu noturno, como nos primórdios
Touro) é uma gigante vermelha, co- nome advém da lenda grega na qual da Maçonaria.
nhecida também como "o Olho do o jovem príncipe Arcas foi transfor-
Touro", com um brilho 165 vezes mado em um urso por Júpiter, o deus
maior que o do nosso Sol. É visível dos deuses, e assim transportado
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
no inverno e primavera, no Hemisfé- para o firmamento. Essa Constelação
rio Norte e no verão e outono, no é praticamente visível durante o ano
- ANDRADE, Fernando Expedito de. "O Templo"
Hemisfério Sul. O nome ALDEBARAN todo, no Hemisfério Norte e durante in A Tralha - Coletânea 4. Londrina, A Trolha,
vem do árabe. o outono, no Hemisfério Sul. 1998, pp. 77-81.
REGULUS (da Constelação de Também existem dois belos con- - ATLASVISUAISO Universo. S.Paulo, Ática, 1995.
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Leão) é 170 vezes mais brilhante que glomerados estelares, o das Plêiades to. Londrina, Editora Maçónica A Tralha Ltda.,
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primavera e no inverno, no Hemisfé- abertos e visíveis a olho nu e estão - COMMELlN, P.Mitologia Grega e Romana. Rio
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rio Norte e no verão e no outono, no situados na Constelação do Touro. - DOUCET, Friedrich W. O Livro de Ouro das Ci-
Hemisfério Sul. As Plêiades ou Sete Irmãs, estão pró- ências Ocultas - Magia-Alquimia-Ocutismo. Rio
FOMALHAUT (da Constelação do ximas à brilhante vermelha de Janeiro, Ediouro, 2001.
- FREITAS,Luiz Carlos Teixeira O Simbolismo As-
Peixe Austral) é 15 vezes mais bri- Aldebaran, e o seu nome provém da
trológico e a Psique Humana. S.Paulo, Círculo
lhante que o nosso Sol e é visível no palavra grega que significa 'navegar', do Livro, 1990.
outono e verão, no Hemisfério Norte por está associada ao tempo favorá- - MATSUURA, Oscar T. Atlas do Universo. S.Paulo,
e na primavera e inverno, no Hemis- vel à navegação; os latinos as cha- Scipione, 1996.
- MISTÉRIOS DO DESCONHECIDO, Conexões
fério Sul. mavam também Virgllias, isto é, Pri- Cósmicas. Rio de Janeiro, Time-Life/Abril Livros,
Duas Constelações estão presen- maveris, ou estrelas da Primavera. As 1994.
tes em, nossa abóbada celeste. São Plêiades eram as sete filhas de Atlas - MOORE, Patrick. Estrelas e Planetas - Uma in-
trodução fascinante à Astronomia. S.Paulo, Cír-
elas: ORION, também chamada de e Plêiona, da mitologia grega, e a culo do Livro, 1977.
Trapézio, possivelmente a mais im- mais brilhante entre elas é Alcíone. - MONTEIRO, Eduardo Carvalho. O Templo Ma-
pressionante do céu. Fácil de reco- As Híades, por sua vez, circundam çônico e as Moradas do Sagrado. Londrina, A
Trolha, 1996.
nhecercom sua ~spada' pendendo Aldebaran e por isso são quase ofus- - NICOLSON,J. Astronomia. S.Paulo, Melhora-
das três estrelas que formam a 'bai- cadas pelo poderoso brilho daquela mentos/EDUSp, 1970 (Série Prisma: 7).
nha' ou o 'cinturão' do caçador ce- estrela. O nome provém também da
leste, filho de Netuno e Euríale, filha mitologia grega, e as Híades são
de Minos. Essas três estrelas, conhe- igualmente filhas de Atlas, associa-
cidas popularmente por 'Três das pelos antigos ao período de mau
Marias', são cientificamente chama- tempo e de chuvas.
das de Alnitak, Alnilan e Mintaka. Assim é nossa abóbada celeste.
Essa belíssima Constelação-chave, Olhando-a detidamente, leva-nos,
porquanto serve de referência para além da nossa admiração pela bele-
localizarmos dezenas de outras Cons- za e grandiosidade que enseja, nos
telações e estrelas, possui duas es- faz refletir sobre a imensidão do Uni-
trelas de 1 ~ grandeza, a gigantesca verso e da nossa pequenez frente a
avermelhada Betelgeuse, 250 vezes maravilhosa criação do G:.A:. D:. U: ..
maior que o nosso Sol e 15 mil ve- Nosso templo representa o COS-
zes mais brilhante e a estrela azul- MOS, numa visão a partir da superfi-