Vilankulo

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República de Moçambique

Ministério da Administração Estatal

PERFIL DO DISTRITO DE VILANKULO


PROVÍNCIA DE INHAMBANE

Edição 2005
A informação incluída nesta publicação provém de fontes consideradas fiáveis e tem uma
natureza informativa, não constituindo parecer profissional sobre a estratégia de
desenvolvimento local. As suas conclusões não são válidas em todas as circunstâncias. Noutros
casos, deverá ser solicitada opinião específica ao Ministério da Administração Estatal ou à
firma MÉTIER - Consultoria & Desenvolvimento, Lda.

Série: Perfis Distritais


Edição: 2005
Editor: Ministério da Administração Estatal
Coordenação: Direcção Nacional da Administração Local
Copyright © 2005 Ministério da Administração Estatal.
Um resumo desta publicação está disponível na Internet em: http://www.govnet.gov.mz/

Assistência técnica: MÉTIER – Consultoria & Desenvolvimento, Lda


Um resumo desta publicação está disponível na Internet em: http://www.metier.co.mz
Índice
________________________________________________________________________________________________

ÍÍnnddiiccee
PPrreeffáácciioo v
SSiiggllaass ee A
Abbrreevviiaattuurraass vii
M
MAAPPA
ADDA
A LLO
OCCA
ALLIIZ
ZAAÇÇÃ
ÃOOG
GEEO
OGGRRÁ
ÁFFIICCA
AD OD
DO DIISSTTRRIITTO
O viii
11 BBrreevvee CCaarraacctteerriizzaaççããoo ddoo D
Diissttrriittoo 2
11..11 LLooccaalliizzaaççããoo,, SSuuppeerrffíícciiee ee PPooppuullaaççããoo 2
11..22 CClliim
maa ee SSoollooss 2
11..33 IInnffrraa--eessttrruuttuurraass 3
11..44 EEccoonnoom miiaa ee SSeerrvviiççooss 3

22 CCeennáárriioo ppoollííttiiccoo ee ssoocciieeddaaddee cciivviill 6


33 D
Deem
mooggrraaffiiaa 7
33..11 EEssttrruuttuurraa eettáárriiaa ee ppoorr sseexxoo 7
33..22 TTrraaççoo ssoocciioollóóggiiccoo 7
33..33 LLíínngguuaass ffaallaaddaass 8
33..44 AAnnaallffaabbeettiissmmoo ee EEssccoollaarriizzaaççããoo 8

44 H
Haabbiittaaççããoo ee CCoonnddiiççõõeess ddee V
Viiddaa 9
55 O
Orrggaanniizzaaççããoo A
Addm Goovveerrnnaaççããoo
miinniissttrraattiivvaa ee G 11
55..11 GGoovveerrnnoo D Diissttrriittaall 11
55..22 SSíínntteessee ddooss rreessuullttaaddooss ddaa aaccttiivviiddaaddee ddooss óórrggããooss ddiissttrriittaaiiss 13
5.2.1 Agricultura, Ambiente e Desenvolvimento Rural 13
5.2.2 Área marítima e fluvial 15
5.2.3 Comércio e Turismo 15
5.2.4 Obras Públicas e Habitação 15
5.2.5 Cultura, Juventude e Desporto 16
5.2.6 Mulher e Coordenação da Acção Social 17
5.2.7 Justiça, Ordem e Segurança pública 17
5.2.8 Emprego e formação profissional 18
55..33 DDeessm miinnaaggeem m 19
55..44 FFiinnaannççaass PPúúbblliiccaass 19
55..55 CCoonnssttrraannggiim meennttooss àà aaccççããoo dodo G Goovveerrnnoo D Diissttrriittaall 20
55..66 PPaarrttiicciippaaççããoo ccoom muunniittáárriiaa 20
55..77 A p o i o
Apoio externo e x te r n o 21

66 PPoossssee ee U
Ussoo ddaa TTeerrrraa 22
66..11 PPoossssee ddaa tteerrrraa 22
66..22 TTrraabbaallhhoo aaggrrííccoollaa 23
66..33 UUttiilliizzaaççããoo eeccoonnóómmiiccaa ddoo ssoolloo 24
6.3.1 Agricultura 24

Vilankulo
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Índice
________________________________________________________________________________________________

6.3.2 Pecuária e Avicultura 24


6.3.3 Produção não agrícola 24

77 E
Edduuccaaççããoo 25
88 SSaaúúddee ee A
Accççããoo SSoocciiaall 28
88..11 CCuuiiddaaddooss ddee ssaaúúddee ee qquuaaddrroo eeppiiddéém
miiccoo 28
88..22 A c ç ão S
Acção Social o c i al 29

99 G
Géénneerroo 31
99..11 EEdduuccaaççããoo 31
99..22 A miiccaa ee eexxpplloorraaççããoo ddaa tteerrrraa
Accttiivviiddaaddee eeccoonnóóm 32
99..33 GGoovveerrnnaaççããoo 33

1100 A
Accttiivviiddaaddee E
Eccoonnóóm
miiccaa 34
1100..11 PPooppuullaaççããoo eeccoonnoom miiccaam meennttee aaccttiivvaa 34
1100..22 RReennddiim meennttoo ee ccoonnssuum moo ffaam miilliiaarr 35
1100..33 SSeegguurraannççaa aalliim meennttaarr ee eessttrraattééggiiaass ddee ssoobbrreevviivvêênncciiaa 36
1100..44 IInnffrraa--eessttrruuttuurraass ddee bbaassee 37
1100..55 AAggrriiccuullttuurraa ee D Deesseennvvoollvviimmeennttoo RRuurraall 38
10.5.1 Zonas agro-ecológicas 38
10.5.2 Produção agrícola e sistemas de cultivo 39
10.5.3 Pecuária 40
10.5.4 Pescas, Florestas e Fauna bravia 40
1100..66 EExxpplloorraaççããoo M Miinneeiirraa 41
1100..77 IInnddúússttrriiaa,, CCoom méérrcciioo ee SSeerrvviiççooss 41

A
Anneexxoo:: A
Auuttoorriiddaaddee CCoom Diissttrriittoo ddee V
muunniittáárriiaa nnoo D Viillaannkkuulloo 42
D
Dooccuum
meennttaaççããoo ccoonnssuullttaaddaa 43

L
Liissttaa ddee ttaabbeellaass
TABELA 1: População por posto administrativo, idade e sexo, 1/1/2005 7
TABELA 2: Agregados, segundo a dimensão e o tipo sociológico 7
TABELA 3: População, segundo o estado civil e a crença religiosa 8
TABELA 4: População, consoante o conhecimento de Português 8
TABELA 5: População, por condição de alfabetização, 1997 8
TABELA 6: Famílias, tipo de casa e condições básicas de vida 9
TABELA 7: Programas de acção social, 2000-2003 17
TABELA 8: População, por condição de frequência escolar 25
TABELA 9: População, por nível de ensino que frequenta 26
TABELA 10: População, por nível de ensino concluído 26
TABELA 11: Escolas, alunos e professores, 2003 27

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Índice
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TABELA 12: Unidades de saúde, camas e pessoal, 2003 28


TABELA 13: Indicadores de cuidados de saúde, 2003 28
TABELA 14: População, por condição de orfandade 29
TABELA 15: População deficiente, por idade e residência 30
TABELA 16: Programas de acção social, 2000-2003 30
TABELA 17: População activa, processo de trabalho e actividade, 2005 35
TABELA 18: Rede de Estradas 37
TABELA 19: Produção agrícola, por principais culturas: 2000-2003 40

L
Liissttaa ddee ffiigguurraass
FIGURA 1: Famílias, por condições básicas de vida......................................................... 9
FIGURA 2: Habitações, por tipo de materiais usados .................................................... 10
FIGURA 3: Habitações, por tipo de acesso a água.......................................................... 10
FIGURA 4: Estrutura do orçamento distrital, 2004 ........................................................ 19
FIGURA 5: Estrutura de exploração agrária da terra ...................................................... 23
FIGURA 6: Explorações e área, por culturas principais ................................................. 24
FIGURA 7: População, por nível de ensino que frequenta............................................ 25
FIGURA 8: Quadro epidémico, 2003................................................................................ 29
FIGURA 9: Indicadores de escolaridade, por sexos........................................................ 31
FIGURA 10: Quota das mulheres no trabalho agrícola e remunerado.......................... 32
FIGURA 11: População activa, processo de trabalho e actividade, 2005...................... 34
FIGURA 12: Consumo familiar, por grupo de produtos e serviços .............................. 35
FIGURA 13: Distribuição das famílias, por rendimento mensal .................................... 36

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República de Moçambique
Ministério da Administração Estatal

P
Prre
effá
ácciio
o
Com 800 mil km2 de superfície e uma população de 19,5
milhões de habitantes, Moçambique inicia o séc. XXI, com
exigências inadiáveis de engajamento de todos os níveis da
sociedade e dos vários intervenientes institucionais e
parceiros de cooperação, num esforço conjugado de combate
à pobreza e desigualdade e de promoção do desenvolvimento económico e social do País.

Efectivamente, alcançar estes propósitos, num contexto de interdependência dos objectivos


de reconstrução e desenvolvimento com os do crescimento, requer o empenho de todos os
sectores, grupos e comunidades da sociedade moçambicana.

Na esfera da governação, esta exigência abrange todos os níveis territoriais e cada uma das
instituições públicas, estando a respectiva política do Governo enunciada nos preceitos
Constitucionais sobre a Descentralização e a Reforma do Sector Público.

A Lei dos Órgãos Locais, n.º 8/2003 de 27 de Março, ao estabelecer os novos princípios e
normas de organização, competências e de funcionamento destes órgãos nos escalões de
província, distrito, posto administrativo e localidade, dotou o processo de um novo quadro
jurídico que reforça e operacionaliza a importância estratégica da governação local.

Neste contexto, o Distrito é um conceito territorial e administrativo essencial à programação


da actividade económica e social e à coordenação das intervenções das instituições nacionais
e internacionais. Avaliar o potencial distrital e o seu grau de sustentabilidade, bem como o
nível de ajustamento do respectivo aparelho administrativo e técnico às necessidades do
desenvolvimento local, é, pois, um passo primordial.

É, neste contexto, que o Ministério da Administração Estatal elaborou e procede à


publicação dos Perfis dos 128 Distritos de Moçambique.

Fá-lo, numa abordagem integrada com o processo de fortalecimento da gestão e planificação


locais, proporcionando – para cada distrito, no período que medeia 2000 a 2004 – uma
avaliação detalhada do grau local de desenvolvimento humano, económico e social.

Estamos certos que este produto, apetrechará as várias Instituições públicas e privadas,
nacionais ou internacionais, com um conhecimento de todo o país, que potencia o
prosseguimento coordenado das acções de combate à pobreza em Moçambique.

_______________________________________________________________________
República de Moçambique
Ministério da Administração Estatal
Efectivamente, entendemos os Perfis Distritais como um contributo para um processo de
gestão que integra, por um lado, os aspectos organizacionais e de competências distritais e,
por outro, as questões decorrentes do desenvolvimento e da descentralização nas áreas da
planificação e da afectação e gestão dos recursos públicos.

A presidir à definição do seu conteúdo e estrutura, está subjacente a intenção de fortalecer


um ambiente de governação:
dominado pela visão estratégica local e participação comunitária;
promotor da gradual implementação de modelos de negócio da administração
distrital ajustados às prioridades da região, ao quadro de desconcentração de
competências e ao sistema de afectação de recursos públicos; e
integrado em processos de apropriação local na decisão e responsabilização na
execução.

Para a sua elaboração, foram preciosos os contributos recebidos de várias instituições ao


nível central e local, de que destacamos, todos os Governos Provinciais e Distritais, o
Instituto Nacional de Estatística, o Ministério do Plano e Finanças, o Ministério da
Agricultura e Desenvolvimento Rural, o Ministério da Educação e o Ministério da Saúde.

A todos os intervenientes e, em particular aos Administradores de Distrito, que estas


publicações sejam consideradas como um gesto de agradecimento e devolução. Uma menção
de apreço, ainda, ao grupo MÉTIER, Consultoria e Desenvolvimento, pela assistência
técnica prestada na análise da vasta informação recolhida.

A finalizar, referir que a publicação destes Perfis insere-se num esforço continuado, por
parte do Ministério da Administração Estatal e da sua Direcção Nacional de Administração
Local, de monitoria do desenvolvimento institucional da administração pública local e do seu
gradual ajustamento às exigências do desenvolvimento e crescimento em Moçambique.

Entusiasmamos, pois, todas as contribuições e comentários que possam fazer chegar a essa
Direcção Nacional, no sentido de melhorar e enriquecer o conteúdo futuro dos Perfis.

Maputo, 25 de Setembro de 2005.

Ministro da Administração Estatal

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Siglas e Abreviaturas
________________________________________________________________________________________________

S
Siig
glla
ass e
eAAb
brre
evviia
attu
urra
ass

AD Administração Distrital

DDADR Direcção Distrital de Agricultura e Desenvolvimento Rural

DDMCAS Direcção Distrital da Mulher e Coordenação da Acção Social

DNAL Direcção Nacional da Administração Local

DNPO Direcção Nacional do Plano e Orçamento

EDM Electricidade de Moçambique

EN Estrada Nacional

IAF Inquérito aos agregados familiares, sobre o orçamento familiar

INE Instituto Nacional de Estatística

IRDF Inquérito às receitas e despesas das famílias

MADER Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural

MAE Ministério da Administração Estatal

MPF Ministério do Plano e Finanças

PA Posto Administrativo

PIB Produto Interno Bruto

PNUD Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento

PRM Polícia da República de Moçambique

TDM Telecomunicações de Moçambique

PSAA Pequeno Sistema de Abastecimento de Água

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M
MAAP
PAAD
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CAAL
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OGGE
EOOG
GRRÁ
ÁFFIIC
CAAD
DOOD
DIIS
STTR
RIIT
TOO
DISTRITO DE VILANKULO Breve Caracterização do Distrito
________________________________________________________________________________________________

1
1 B
Brre
evve
eCCa
arra
acctte
erriizza
aççã
ãood
dooD
Diissttrriitto
o

11..11 Suuppeerrffíícciiee ee PPooppuullaaççããoo


LLooccaalliizzaaççããoo,, S

O
distrito de Vilankulo fica situado a Norte da província de Inhambane, tendo como
limites a Norte com o distrito de Inhassoro, a Sul com o distrito de Massinga, a Oeste
com os distritos de Mabote e Funhalouro e a Este com o Oceano Índico.

Com uma superfície1 de 5.867 km2 e uma população recenseada em 1997 de 113.045
habitantes e estimada à data de 1/1/2005 em cerca de 138.340 habitantes, o distrito de
Vilankulo tem uma densidade populacional de 23,6 hab/km2.

A relação de dependência económica potencial é de aproximadamente 1:1.4, isto é, por cada


10 crianças ou anciões existem 14 pessoas em idade activa.

A população é jovem (42%, abaixo dos 15 anos de idade), maioritariamente feminina (taxa
de masculinidade de 44%) e de matriz rural (taxa de urbanização de 18%).

11..22 C
Clliim
maa ee S
Soollooss
O clima do distrito clima do distrito é dominado por zonas do tipo
tropical seco, no interior, e húmido, à medida que se caminha para a
costa, com duas estações: a quente ou chuvosa que vai de Outubro a
Março e a fresca ou seca de Abril a Setembro.

A zona litoral, com solos acidentados e permeáveis, é favorável para a


agricultura e pecuária, apresentando temperaturas médias entre os 18° e os 33° C. A
precipitação média anual na época das chuvas (Outubro a Março) é de 1500mm, com maior
incidência nos meses de Fevereiro e Março, em que chegam a ocorrer inundações.

A zona interior do distrito apresenta solos franco-arenosos e areno-argilosos e uma


precipitação média anual de 1000 a 1200mm, com temperaturas elevadas, que provocam
deficiências de água.

1 Direcção Nacional de Terras CADASTRO NACIONAL DE TERRAS http://www.dinageca.gov.mz/dnt/

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Vilankulo
DISTRITO DE VILANKULO Breve Caracterização do Distrito
________________________________________________________________________________________________

11..33 IInnffrraa--eessttrruuttuurraass
O distrito de Vilankulo é servido por transportes rodoviários, marítimos e aéreos, sendo
atravessado pela principal estrada do país (EN1), que o liga à principais cidades do país.

A infra-estrutura de telecomunicações inclui uma rede de telefonia fixa e comunicações via


rádio. O distrito acede ainda, em vastas aéreas, à rede de telefonia móvel dos dois
operadores existentes.

A Vila de Vilankulo é servida por um sistema de abastecimento de água canalizada. No resto


do distrito o abastecimento de água potável a muitas comunidades é deficiente,
estimando-se em 34%, o seu nível de cobertura.

De acordo com os dados do Censo de 1997, só a vila de Vilankulo beneficia de energia


eléctrica, que cobre cerca de 2% da população total do distrito.

O distrito de Vilankulo possui 94 escolas (das quais, 56 do ensino primário nível 1), e está
servido por 6 unidades sanitárias, incluindo um Hospital Rural que possibilitam o acesso
progressivo da população aos serviços do Sistema Nacional de Saúde, apesar de a um nível
bastante insuficiente como se conclui dos seguintes índices de cobertura média:

Uma unidade sanitária por cada 23 mil pessoas;


Uma cama por 1.125 habitantes; e
Um profissional técnico para cada 1.300 residentes no distrito.

Apesar dos esforços realizados, importa reter que o estado geral de conservação e
manutenção das infra-estruturas não é suficiente, sendo de realçar a rede de bombas de água
a necessitar de manutenção e a rede de estradas e pontes que na época das chuvas tem
problemas de transitibilidade.

11..44 EEccoonnoom
miiaa ee S
Seerrvviiççooss
Dos 585 mil hectares do distrito, estima-se 2 em 250 mil hectares o seu potencial de terra
arável (cerca de metade da área total) estando ocupados pelo sector familiar agrícola cerca
de 35 mil hectares. A pecuária ocupa cerca de 30 mil hectares, estando a restante parte do
distrito ocupada por florestas, exploração mineira ou zonas não aproveitadas.

2 Conforme JVA CENACARTA-IGN France International, ESTATÍSTICAS DE USO E COBERTURA DA TERRA, Nov. 1999
(escala 1:250,000)

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Vilankulo
DISTRITO DE VILANKULO Breve Caracterização do Distrito
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Comparativamente aos outros distritos, Vilankulo possui uma densidade populacional


significativa, que aliada à procura externa ao distrito de terrenos, tem dado origem a alguns
conflitos sobre a posse da terra.

De um modo geral, a agricultura é praticada manualmente em pequenas explorações


familiares em regime de consociação de culturas com base em variedades locais,
nomeadamente o milho, o amendoim, o feijão-nhemba, a mapira, a mexoeira, a mandioca, a
batata-doce. O algodão é a cultura de rendimento mais importante para a economia agrícola
do distrito. A produção agrícola é feita em condições de sequeiro e o distrito de Vilankulo
não possui infra-estruturas de regadio disponíveis para a exploração agrícola.

As cheias que assolaram o distrito em


2000/01 foram devastadoras, levando à
perda quase total da campanha agrícola e
afectando grande parte da população do
distrito. Somente em 2003, após o
período de seca e estiagem que se seguiu,
e a reabilitação de algumas infra-
estruturas, se reiniciou timidamente a
exploração agrícola do distrito e a recuperação dos níveis de produção de campanhas
anteriores.

A falta de áreas de pastagem, de fontes de água próximas, a inoperacionalidade dos tanques


carracicidas e a falta de recursos financeiros para aquisição de mais cabeças, são os
principais obstáculos à criação de gado.

O distrito debate-se com problemas de erosão de solos e de desflorestamento. A fauna


bravia do distrito tem alguma importância como suplemento alimentar para as famílias
locais.

O coqueiro fornece frutos, que são consumidos frescos, bem como madeira e folhas que
são utilizadas na construção. Além da castanha de cajú, o falso fruto é processado para
venda sob a forma de bebida alcoólica tradicional.

Sendo um distrito costeiro, o peixe de água doce e do mar está também incluído nos hábitos
alimentares das famílias.

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Vilankulo
DISTRITO DE VILANKULO Breve Caracterização do Distrito
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A indústria local é muito pouco desenvolvida, sendo a actividade artesanal em vários ofícios
uma alternativa imediata à actividade agrícola, ou prolongamento da sua actividade. A
comercialização agrícola é fraca e, das 147 lojas existentes no distrito, só 117 estão
operacionais.

A única instituição financeira existente no distrito opera mais como uma instituição de
captação de poupanças que de crédito.

As exportações do gás de Pande e Temane iniciaram em Fevereiro de 2004. Este


empreendimento constitui para a região, uma plataforma de desenvolvimento
importantíssima que, se devidamente integrada, poderá conduzir ao rápido desenvolvimento
económico e social de toda a província de Inhambane.

Para além das belas praias da costa continental, o distrito está na zona de influência do
Arquipélago de Bazaruto, o Parque Nacional mais famoso de Moçambique, cuja exploração
integrada com os objectivos de desenvolvimento da região, pode proporcionar a este
distrito uma importante alavanca para o crescimento da indústria do turismo.

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Vilankulo
DISTRITO DE VILANKULO Cenário político actual e sociedade civil
________________________________________________________________________________________________

2
2 C
Ceen
náárriio
oppo
ollííttiicco
oee sso
occiie
edda
adde viill
e cciiv

O
nome de Vilankulo, provem da palavra “Nyivelakudi” que significa “venho de longe”,
resposta dada à pergunta dos Nguni ao chegarem a esta zona, onde os nativos de
Vilankulos se tinham fixado em refugio das guerras que decorriam naquele tempo.

No âmbito da implementação do Decreto 15/2000 sobre as autoridades comunitárias de 1ª


e 2ª linhas (régulos, chefes de terras e secretários de bairro), de acordo com
as entidades distritais, foi levado a cabo um trabalho de divulgação do
mesmo em todos os Postos Administrativos, Localidades, Aldeias e
Povoações, tendo sido envolvidas todas as camadas sociais. Este trabalho
culminou com a legitimação pelas respectivas comunidades e o
reconhecimento pela autoridade competente de 24 líderes comunitários locais.

A relação entre a Administração e as autoridades comunitárias é positiva e tem contribuído


para a solução dos vários problemas locais, nomeadamente os surgidos devido aos conflitos
de terras existentes no distrito.

Em relação à religião existem várias crenças no distrito e representes das respectivas


hierarquias e que se têm envolvido, em coordenação com as autoridades distritais em várias
actividades de índole social. A religião dominante é a Sião/Zione, praticada pela maioria da
população do distrito.

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Vilankulo
DISTRITO DE VILANKULO Demografia
________________________________________________________________________________________________

3
3 D
Deem
moog
grra
affiia
a
A superfície do distrito é de 5.867 km2 e a sua população está estimada em 138
mil habitantes à data de 1/1/2005. Com uma densidade populacional de 24
hab/km2, prevê-se que o distrito em 2010 venha a atingir os 161 mil habitantes.

33..11 EEssttrruuttuurraa eettáárriiaa ee ppoorr sseexxoo


Com uma população jovem (42%, abaixo dos 15 anos), tem um índice de masculinidade de
44% e uma taxa de urbanização de 18%, concentrada na Vila de Vilankulo (com 25 mil
habitantes) e zonas periféricas de matriz semi-urbana. A estrutura etária do distrito reflecte
uma relação de dependência económica de 1:1.4, isto é, por cada 10 crianças ou anciões
existem 14 pessoas em idade activa.

TABELA 1: População por posto administrativo, idade e sexo, 1/1/2005


Grupos etários
TOTAL 0-4 5 - 14 15 - 44 45 - 64 65 e +
DISTRITO DE
VILANKULO 138.340 21.986 36.269 55.398 18.096 6.591
Homens 60.985 10.841 18.032 21.914 7.489 2.708
Mulheres 77.355 11.145 18.237 33.485 10.606 3.883
P.A. de VILANKULO 66.478 10.902 17.479 27.571 7.850 2.675
Homens 29.890 5.380 8.724 11.300 3.403 1.083
Mulheres 36.588 5.523 8.755 16.271 4.447 1.592
P.A. de MAPINHANE 71.862 11.084 18.790 27.827 10.245 3.916
Homens 31.095 5.462 9.308 10.614 4.086 1.625
Mulheres 40.767 5.622 9.482 17.213 6.159 2.291
Fonte: Estimativa da MÉTIER, na base do INE, Dados do Censo de 1997.

33..22 TTrraaççoo ssoocciioollóóggiiccoo


Das 21.590 famílias do distrito, a maioria é do tipo sociológico alargado (42%), isto é, com
um ou mais parentes para além de filhos e têm, em média, 3 a 5 membros.

TABELA 2: Agregados, segundo a dimensão e o tipo sociológico


% de agregados, por dimensão Média de pessoas, por agregado
1-2 3-5 6 e mais TOTAL < 15 anos ≥ 15 anos
31,2% 41,7% 27,1% 4,2 1,8 2,4
TIPO SOCIOLÓGICO DE AGREGADO FAMILIAR
Monoparental (1) Nuclear
Unipessoal Alargado (2)
Masculino Feminino Com filhos Sem filhos
13,5% 1,2% 11,4% 24,2% 7,4% 42,3%
Fonte: Instituto Nacional de Estatística, Dados do Censo de 1997.
1) Família com um dos pais.
2) Família nuclear ou monoparental com ou sem filhos e um ou mais parentes.

PÁGINA 7
Vilankulo
DISTRITO DE VILANKULO Demografia
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Na sua maioria casados, após os 12 anos de idade, têm forte crença religiosa, dominada pela
religião Sião ou Zione.

TABELA 3: População, segundo o estado civil e a crença religiosa


Com < 12 Com 12 anos ou mais, por Estado civil
anos Total Solteiro Casado ou união Separado/ Divorciado Viuvo
34,6% 65,4% 20,0% 37,3% 2,7% 5,4%
Com Crença Religiosa
Total Católica Envangélica Zione Animista Outra
100,0% 17,0% 13,5% 47,3% 0,7% 22,2%
Fonte: Instituto Nacional de Estatística, Dados do Censo de 1997.

33..33 LLíínngguuaass ffaallaaddaass


Tendo por língua materna dominante o Chichopi, da população do distrito com 5 ou mais
anos de idade, somente 39% têm conhecimento da língua portuguesa, sendo este domínio
predominante nos homens, dada a maior inserção na vida escolar e no mercado de trabalho.

TABELA 4: População, consoante o conhecimento de Português


Sabe falar Português Não sabe falar Português
Total Homens Mulheres Total Homens Mulheres
DISTRITO DE VILANKULO 39,1% 23,0% 16,1% 60,9% 24,0% 36,9%
5 - 9 anos 4,0% 2,1% 1,9% 11,9% 5,7% 6,2%
10 - 14 anos 8,9% 4,9% 4,0% 6,3% 2,8% 3,6%
15 - 19 anos 7,6% 3,9% 3,6% 5,7% 2,5% 3,2%
20 - 44 anos 14,9% 8,9% 6,0% 19,4% 7,4% 12,0%
45 anos e mais 3,7% 3,2% 0,5% 17,5% 5,6% 11,9%
Fonte: Instituto Nacional de Estatística, Dados do Censo de 1997.

33..44 A
Annaallffaabbeettiissm
moo ee EEssccoollaarriizzaaççããoo
Com 64% da população analfabeta, predominantemente mulheres, o distrito de Vilankulo
tem uma taxa de escolarização baixa, constatando-se que somente 41% dos seus habitantes,
principalmente residentes no posto sede, frequentam ou já frequentaram a primária.

TABELA 5: População, por condição de alfabetização, 1997


Taxa de analfabetismo
TOTAL Homens Mulheres
DISTRITO DE VILANKULO 64,2% 48,8% 75,9%
5-9 83,9% 82,6% 85,2%
10 - 14 46,7% 40,9% 52,6%
15 - 44 56,2% 34,8% 70,2%
45 e mais 80,0% 55,8% 97,1%
Fonte: Instituto Nacional de Estatística, Dados do Censo de 1997.

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Vilankulo
DISTRITO DE VILANKULO Habitação e Condições de Vida
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4
4 H
Haab
biitta
aççã
ãooe
eCCo
onnd
diiççõ
õeess d
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Viid
daa
O tipo de habitação modal do distrito é “a
palhota, com pavimento de terra batida, tecto
de capim ou colmo e paredes de caniço ou
paus”. Em relação a outras utilidades, o padrão
dominante é o de famílias “sem rádio e electricidade, dispondo de uma bicicleta em cada seis famílias, e
vivendo em palhotas sem latrina e água colhida directamente em poços ou furos”.

A Vila de Vilankulo é a zona que apresenta melhores condições habitacionais, verificando-se


que “a maioria das famílias têm rádio, vivem em casas com água canalizada fora de casa e latrina e 35%
têm energia eléctrica”. As casas de madeira e zinco (1%) e de bloco ou tijolo (3%) representam
4% do total das habitações do distrito, estando concentradas na Vila de Vilankulo.

FIGURA 1: Famílias, por condições básicas de vida

41%
24%
3% 1%

Com Água Canalizada Com retrete ou latrina Com electricidade Com Radio

Fonte: Instituto Nacional de Estatística, Dados do Censo de 1997.

TABELA 6: Famílias, tipo de casa e condições básicas de vida


TIPO DE HABITAÇÃO
CONDIÇÕES BÁSICAS Moradia ou Casa de Palhota ou
EXISTENTES TOTAL Apartamento madeira e zinco casa precária
Casas Pessoas Casas Pessoas Casas Pessoas Casas Pessoas
DISTRITO DE VILANKULO 25.840 112.872 723 4.255 279 1.525 24.838 107.092
Com Água Canalizada 3% 3% 23% 23% 3% 3% 2% 2%
Com retrete ou latrina 41% 47% 83% 86% 71% 74% 40% 45%
Com electricidade 1% 1% 19% 18% 4% 2% 0% 0%
Com Radio 24% 31% 60% 67% 62% 70% 23% 29%
Fonte: Instituto Nacional de Estatística, Dados do Censo de 1997.

No que diz respeito às paredes, pavimento e tecto, o material de construção dominante é,


respectivamente o caniço ou paus, a terra batida e o capim ou colmo.

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DISTRITO DE VILANKULO Habitação e Condições de Vida
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FIGURA 2: Habitações, por tipo de materiais usados


91%
96%
100% 90%
90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
10%
20% 3% 1% 1% 8%
10%
0%
Pare de s Pare de s Pare de s Chão de Chão de Te cto de Te cto de Te cto de
de bloco de zinco de m ate rial adobe laje chapa capim
caniço, duráve l ou te rra de zinco ou
paus ou batida colm o
outros

Fonte: Instituto Nacional de Estatística, Dados do Censo de 1997.

Em particular, no que concerne às fontes de abastecimento de água, verifica-se que na sua


maioria a população do distrito recorre directamente a poços ou furos (87%). Os pequenos
sistemas de fontanários e de canalização, na sua maioria fora de casa, cobrem 7% das
habitações, predominantemente do PA Sede de Vilankulo.

FIGURA 3: Habitações, por tipo de acesso a água

87%
90%

80%

70%

60%

50%

40%

30%

20%
5% 5%
10% 0% 2%

0%
Canalizada, Canalizada, fora Fontanário Poço ou furo Rio ou Lago
dentro de casa de casa
Fonte: Instituto Nacional de Estatística, Dados do Censo de 1997.

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5
5 O
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vaae
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ovve
errn
naaççã
ãoo

O
distrito tem dois Postos Administrativos: Vilankulo-Sede e Mapinhane que, por sua vez,
estão subdivididos em 4 Localidades, para além da Vila de Vilankulo, onde o distrito
tem a sus Sede. Este distrito engloba, ainda, as Ilhas de Benguerua e Magaruque, com
34Km² e 9Km².

Posto Administrativo Localidades


Sede Vula de Vilankulo
Vilankulo
Quwene
Mapinhane Mapinhane
Belane
Muabsa
55..11 G
Goovveerrnnoo D
Diissttrriittaall
O Governo Distrital, dirigido pelo Administrador de Distrito, está
estruturado nos seguintes níveis de direcção e coordenação:
Gabinete do Administrador, Administração e Secretaria;
Direcção Distrital da Agricultura e Desenvolvimento Rural;
Direcção Distrital do Comércio, Indústria e Turismo;
Direcção Distrital da Educação;
Direcção Distrital da Saúde;
Direcção Distrital da Cultura, Juventude e Desporto;
Direcção Distrital das Mulher e Coordenação da Acção Social;
Órgãos de Justiça (Registo e Notariado e Tribunal Judicial);
Comando Distrital da PRM.

Com um total de 52 funcionários (dos quais, 12 são mulheres), apresenta a seguinte


distribuição por categorias profissionais:
Técnicos Superiores 1
Técnicos Médios 2
Assistentes Técnicos 11
Operários, Auxiliares Administrativos e Agentes de Serviço 18
Pessoal auxiliar 20

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O sistema de governação vigente é baseado no Conselho Executivo. Em resultado da


aprovação das Leis 6/78 e 7/78, este substituiu a Câmara Municipal local que era dirigida
pelo Administrador do Distrito, por acumulação de funções, por força do artigo 491 da
Reforma Administrativa Ultramarina (RAU).

O Conselho Executivo local é um órgão distinto do Aparelho do Estado no escalão


correspondente, com as seguintes funções:

Dirigir as tarefas políticas do Estado, bem como as de carácter económico, social e


cultural.

Dirigir, coordenar e controlar o funcionamento dos órgãos do Aparelho do Estado.

O Conselho Executivo é dirigido por um Presidente, que geralmente por acumulação de


funções é o Administrador do Distrito, o qual é nomeado pelo Ministro da Administração
Estatal.

Ao nível do distrito o Aparelho do Estado é constituído pela Administração do Distrito e


restantes direcções e sectores distritais. O Administrador por sua vez responde perante o
Governo Provincial e Central, pelos vários sectores de actividades do Distrito organizados
em Direcções e Sectores Distritais.

A governação tem por base os Presidentes das Localidades, Autoridades Comunitárias e


Tradicionais. Os Presidentes das Localidades são representantes da Administração e
subordinam-se ao Chefe do Posto Administrativo e, consequentemente, ao Administrador
Distrital, sendo coadjuvados pelos Chefes de Aldeias, Secretários de Bairros, Chefes de
Quarteirões e Chefes de Blocos.

As instituições do distrito operam com base nas normas de funcionamento dos serviços da
Administração Pública, aprovadas pelo Decreto 30/2001 de 15 de Outubro, do Conselho
de Ministros, publicado no Boletim da república n° 41, I Série, Suplemento.

A actividade do governo distrital segue uma abordagem essencialmente empírica e de


contacto com a comunidade. Importa que esta prática venha a ser sistematizada em sistemas
de planificação e controlo regulares e fiáveis, bem como seja baseada numa visão estratégica
que oriente o planeamento anual e faça convergir de forma eficaz os esforços sectoriais.

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55..22 Síínntteessee ddooss rreessuullttaaddooss ddaa aaccttiivviiddaaddee ddooss óórrggããooss ddiissttrriittaaiiss


S
Nesta secção, sem pretender ser exaustivo transcrevendo o rol de funções oficiais das
Administrações já publicadas oficialmente, focam-se as principais actividades de intervenção
pública directa que contribuem para o desenvolvimento social e económico do distrito.

5.2.1 Agricultura, Ambiente e Desenvolvimento Rural


Comparativamente aos outros distritos, Vilankulo possui uma densidade populacional
significativa, que aliada à procura externa ao distrito de terrenos, tem dado origem a alguns
conflitos sobre a posse da terra, para cuja solução e moderação têm contribuído a
Administração e a DADR (Serviços de Geografia e Cadastro) em coordenação com anciãos
influentes localmente.

Situação de Emergência

A situação de emergência caracterizou-se por seca nos primeiros dois meses (Janeiro e
Fevereiro de 2003) e ciclone Jafett em Março de 2003, que assolou uma grande parte do
distrito. A seca abrangeu cerca de 15.233 famílias, enquanto que os efeitos do ciclone
afectaram cerca de 36.198 pessoas, para além da destruição de infra-estruturas sociais,
nomeadamente: 9.937 casas habitacionais; 269 salas de aulas; e vias de acesso obstruídas.

De salientar que a pronta e rápida intervenção do Governo em parceria com as ONG’s e


outros organismos humanitários, reduziram significativamente o sofrimento das populações
assoladas, tendo-se restabelecido rapidamente as condições normais de vida em todos os
sectores gravemente afectados.

Agricultura

Foram instaladas 5 bombas pedestais e 2 depósitos elevados de água nos povoados


de Sumburane, Pambarra e Manjotse I na localidade de Mapinhane, e abertos 2,5 ha
onde foram plantadas 250 mudas de coqueiro híbrido, tendo sido limpos 140
cajueiros;
Foi feita a distribuição de 40 plantas de citrinos pelas escolas de Mapinhane,
Machengue e Maziane;

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Foi feita a distribuição de 1.000 plantas de laranjeiras e limoeiros às comunidades no


povoado de Mapinhane e a instalação de 5,5 hectares com 550 coqueiros híbridos
em Munavalate, Pambarra e Mapinhane;
Forma distribuídos 2.000 coqueiros híbridos em diversos povoados do distrito,
instalado um viveiro com 3.000 mudas, recebidos e distribuídos 7Kg de sementes de
hortícolas diversas e feita a limpeza de 3 ha de mandioqueiras em Mapinhane.

Pecuária e Pescas

Neste sector foram realizadas as seguintes actividades:

Emitidas 667 guias de trânsito para o transporte de diverso tipo de pescado para
vários pontos do país, num total de 161.174Kg, contra as 785 guias para 174.639Kg
emitidas o ano passado;
Emitidas 109 guias para 862 animais, contra as 232 para 2.531 animais emitidas no
ano anterior;
Realizados 16.268 banhos carracicidas contra 11.255 em igual período do ano
passado;
Tratados contra várias doenças 1.195 animais, contra 1.242 em igual período do ano
transacto;
Abatidos 17 bovinos e 38 caprinos (3.600 Kg de carne limpa), contra 23 bovinos e 4
caprinos (3.823 Kg de carne limpa) em igual período do ano passado;
Até finais de Junho foram vacinados os seguintes efectivos pecuários: 818 bovinos
contra o Curbúnculo Hemático; 280 bovinos contra o Curbúnculo Simtomático; e
35 caninos contra a Raiva;
No âmbito do repovoamento pecuário foram distribuídos, em parceria com a Acção
Agrária Alemã, 128 caprinos a 32 beneficiários.

Florestas e Fauna Bravia

Foi intensificada a fiscalização florestal e faunística através de fiscais e brigadas provinciais


destacadas para o efeito. Foram igualmente controlados produtos em trânsito,
nomeadamente, 61.093 m³ de toros de umbila, 83.859 m³ de chanfuta, 23.668 m³ de Panga-
panga, 2.100 tábuas de chanfuta serradas, 0,960 m³ de barrotes.

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Foram transportados para fora do distrito 3.793 esteres de diverso material e 196 sacos de
carvão vegetal e foram apreendidos 3 esteres de mecrusse e 10 postes.

Desenvolvimento rural

Para o desenvolvimento do distrito foi lançado pela Direcção Provincial de Coordenação da


Acção Ambiental o plano de desenvolvimento de Pambarra, povoado situado na EN1
(cruzamento para a Sede do Distrito).

É de esperar que o referido plano impulsione o desenvolvimento deste povoado em todos


os sectores, tendo já sido feita a demarcação de 140 talhões para diversos fins.

5.2.2 Área marítima e fluvial


Foram levadas a cabo diversas actividades de fiscalização marítima e da costa da Baía, tendo
sido arrecadada uma receita de 60 mil contos, proveniente da cobrança de diversas taxas.

Há a assinalar o naufrágio de 3 embarcações de que resultaram 11 vítimas mortais. Devido


aos efeitos do ciclone Jafett, 111 embarcações, à vela e a motor, ficaram total ou
parcialmente destruídas.

5.2.3 Comércio e Turismo


Foram licenciados 10 estabelecimentos a título provisório, sendo 4 na área Municipal, dos
quais uma indústria de 3ª classe, e os restantes na área da Administração do Distrito.

5.2.4 Obras Públicas e Habitação


Tem a seu cargo a execução do investimento e promoção da manutenção de infra-estruturas
locais.

Reposição de infra-estruturas danificadas pelas calamidades

De recordar que o distrito foi fustigado pela depressão tropical Jafett que destruiu inúmeras
infra-estruturas económicas e sociais e deixou 15,233 famílias numa situação de penúria
total.

Face a esta situação, o Governo e as ONG’s têm desenvolvido esforços que culminaram
com a reposição das condições normais de vida das populações, citando como exemplo, a

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reconstrução de 97 salas de aulas, contra as 134 danificadas, distribuição de víveres, material


de construção e vestuário, às populações mais afectadas

De uma forma geral, a reposição das infra-estruturas danificadas pelas últimas calamidades
naturais, cifra-se em 81,5%, mercê do envolvimento comunitário, sobretudo na reabertura
de estradas, reconstrução de salas de aulas, casas para professores e casas das próprias
comunidades.

Edifícios públicos

Concluído o armazém da Repartição de Finanças;


Concluída a construção de um residência tipo 3 geminada da Direcção Provincial de
Obras Públicas e Habitação de Inhambane;
Em conclusão o edifício da Sede Distrital da CVM;
O Escritório da Direcção Distrital de Educação em fase de empena.

5.2.5 Cultura, Juventude e Desporto


Na área da cultura existem vários grupos que praticam diverso tipo de danças e cânticos
típicos de toda a região.

Na área cultural, foram realizadas várias actividades das quais se salienta a reactivação de 10
grupos de dança, 6 de teatro e 7 de canto coral, bem como o levantamento estatístico dos
mesmos.

O destaque vai para a realização de um festival de canto coral ao nível do distrito, onde foi
apurado o grupo de canto coral da Igreja Adventista do 7º Dia da Sede do Distrito, que foi
indicado para representar o distrito na fase provincial.

Foram inscritos 605 jovens candidatos a emprego, sendo 447 do sexo masculino e 55 do
sexo feminino, e foram formados 150 activistas e criados 5 núcleos para promover acções
de prevenção e combate ao HIV/SIDA, nomeadamente, nas Escolas Secundárias de
Vilankulo, padre Geraldo Gumiero, EPCs de Pambarra, Aeroporto e Mapinhane.

Com vista à massificação do desporto ao nível do Distrito, foram criadas duas sub-
comissões para facilitar a participação da camada juvenil no Campeonato Distrital de
Futebol recreativo, tendo sido criadas 18 equipas em 3 zonas: 10 na Vila de Vilankulo; 4 no
PA de Mapinhane; e outras 4 na Localidade de Belane.

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A DDCJD tem promovido várias actividades, nomeadamente a participação no II Festival


Nacional de Dança Popular, o fomento do associativismo juvenil e de grupos culturais, bem
como o apoio ao desenvolvimento das artes plásticas, em particular a escultura.

5.2.6 Mulher e Coordenação da Acção Social


À DDMCAS compete coordenar a integração e assistência social a pessoas, famílias e
grupos sociais em situação de pobreza absoluta, dando prioridade à criança órfã, mulher
viúva, idosos e deficientes, doentes crónicos e portadores do HIV-SIDA, reclusos, tóxico-
dependentes, regressados e refugiados.

TABELA 7: Programas de acção social, 2000-2003


Tipo de Programa
Crianças atendidas 1.116
Idosos atendidos 466
Deficientes atendidos 78
Mulheres atendidas 104
TOTAL 1.764
Fonte: Direcção Distrital da Mulher e Coordenação da Acção Social

Esta Direcção tem coordenado as acções de algumas organizações não governamentais,


associações e sociedade civil, promovendo a criação de igualdade de oportunidade e de
direito entre homem e mulher todos aspectos de vida social e económica, e a integração,
quando possível, no mercado de trabalho, processos de geração de rendimentos e vida
escolar.

Apesar dos esforços desenvolvidos, são ainda bem patentes no distrito os efeitos da
pobreza, calamidades naturais e da guerra que assolou Moçambique nas últimas décadas.

5.2.7 Justiça, Ordem e Segurança pública


Quanto às actividades de Registo e Notariado imporrta destacar 4.349 actos
correspondentes ao reconhecimento de assinaturas, 3.783 conferências de fotocópias, 87
escrituras, emissão de 175 certidões e 119 procurações.

No quadro da manutenção da ordem, segurança e tranquilidade públicas, para combate ao


crime e acidentes rodoviários, a polícia realizou várias actividades com destaque para o
patrulhamento, rusgas selectivas, investigações aos indiciados em actos criminais e sua

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condução aos órgãos da justiça, para além da realização de reuniões de ligação polícia-
comunidade, entre outras actividades.

Foram conhecidos 209 casos criminais contra os 156 registados em igual período do ano
passado, a que corresponde uma subida de 53 casos. Foram esclarecidos 157 casos e ficado
por esclarecer 52. As principais causas da criminalidade são, o desemprego, a obtenção de
lucros, o consumo excessivo de bebidas alcoólicas, consumo de estupefacientes.

Foram controlados 17 casos de acidentes de viação, contra 11 em igual período do ano


passado, representando uma subida de 6%.

No que toca ao sector de assuntos religiosos, de notar que o distrito conta com 32
representações religiosas registadas na Direcção Nacional de Assuntos Religiosos.

5.2.8 Emprego e formação profissional


Durante os primeiros seis meses, foram inscritos para emprego 318 candidatos, dos quais
248 são homens e 70 mulheres, contra 912 (859 homens e 5 mulheres) em igual período do
ano passado.

No âmbito da formação profissional, a ADCOOP formou em diversas especialidades 360


candidatos oriundos de Vilankulo e dos distritos vizinhos de Govuro e Inhassoro,
enquadrados nos projectos da SASOL em Temane, a maior parte dos quais foi seleccionada
para emprego.

Ainda durante o semestre, foram formados pelo Conselho Municipal e CIVAN 57 jovens e
adultos (30 homens e 27 mulheres) em matéria de informática (WORD, WINDOWS,
EXCEL e POWER POINT) .

Dando continuidade aos 3 programas do PIEFP ( Projecto Integrado de Emprego e


Formação Profissional) foram auscultadas várias empresas do ramo de turismo, construção
civil e artesanato, para recolha de candidaturas a serem submetidas, para aprovação, à
Delegação Provincial do INEFP.

Beneficiaram de emprego na SASOl, construção civil, hotelaria e turismo, 904 candidatos,


incluindo os que transitaram do ano anterior

Comparativamente a igual período do ano passado, o número de ofertas de emprego subiu


em 785 candidatos devido à implantação de vários projectos da SASOL.

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55..33 D
Deessm
miinnaaggeem
m
As minas constituem ou constituíram, em algumas zonas identificadas, uma ameaça à
segurança da população e ao desenvolvimento económico. A acção de desminagem em
curso no país desde 1992, tem permitido diminuir o seu risco, sendo hoje a situação
existente no país e, em particular, neste distrito muito melhor e sobretudo mais controlada e
conhecida.

55..44 FFiinnaannççaass PPúúbblliiccaass


A Administração do Distrito, sem inclusão das instituições
subordinadas e unidades sociais, funcionou nos últimos anos com
os seguintes níveis de receitas e despesas anuais.

FIGURA 4: Estrutura do orçamento distrital, 2004

Estrutura da Receita, 2004 Estrutura da Despesa

3% 12%
7%
5%
20%

58%
15%
80%

Impost o de Reconst rução Nacional T axas e licenças de Mercados Despesas com pessoal Combustíveis e comunicações
Out ras receit as e t axas Subsídio do O.E. Manutenção Out ros gast os materiais

Fonte: Administração do Distrito e Direcção Provincial do Plano e Finanças

O nível de receita é manifestamente insuficiente ao cabal exercício das funções distritais. A


despesa corrente do orçamento distrital em 2004 foi de 19 contos por habitante, isto é,
cerca de 1 USD.

Do lado da despesa, os gastos com pessoal absorvem mais de metade do orçamento


corrente do distrito e, à excepção das cobranças de mercados e algumas receitas de serviços,
turismo e urbanismo, o esforço fiscal distrital é muito baixo.

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O investimento correspondeu no período em análise a cerca de 10% da despesa total,


associado principalmente à reabilitação de infra-estruturas destruídas ou danificadas pelas
cheias.

Quanto ao investimento com financiamento de base distrital, o seu montante é quase nulo,
sendo quase todas as acções de investimento público planificadas e orçamentadas ao nível
provincial, funcionando os principais sectores sociais com finanças geridas a este nível.

À governação distrital compete essencialmente a gestão corrente, fraccionada pela dispersão


orçamental dos principais sectores sociais e de infra-estruturas, o que condiciona fortemente
a sua actuação num esforço coordenado de desenvolvimento e integração.

55..55 C
Coonnssttrraannggiim Goovveerrnnoo D
meennttooss àà aaccççããoo ddoo G Diissttrriittaall
Face à situação financeira descrita, o Governo Distrital tem tido vários constrangimentos à
sua acção, de que se destacam os seguintes:

Não alocação de fundos de investimentos para manutenção das vias de acesso;


Falta de fundos de investimento para manutenção dos PS de Água e dos furos nas
aldeias;
Falta de infra-estruturas de educação e saúde para a população do distrito;
Falta de viaturas para a Administração e de motorizadas para locomoção dos Chefes
dos Postos Administrativos; e
Ausência de um programa de construções para atender o crescimento do aparelho
de estado.

55..66 PPaarrttiicciippaaççããoo ccoom


muunniittáárriiaa

Face à exiguidade orçamental, a participação comunitária tem sido essencial para suprir
várias necessidades em matéria de construção, reabilitação e manutenção de infra-estruturas,
nomeadamente estradas interiores, postos de saúde e escolas, bem como residências para
professores e enfermeiros.

Para tal, o Governo Distrital tem estabelecido coordenação de acções com as ONG’s,
visando levar a efeito a reconstrução e construção de infra-estruturas com base em recursos
locais e nos programas “comida pelo trabalho” financiados pelo PMA e pela Acção Agrária
Alemã (AAA). Estas acções envolveram 8.487 famílias em todas as localidades do distrito,

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tendo sido distribuídos os seguintes produtos: Milho - 540 toneladas; Feijão - 60 toneladas;
e Óleo alimentar - 29.650 litros. Paralelamente a estas acções, a Igreja Católica em
coordenação com o PMA, está a distribuir víveres aos idosos e deficientes, tendo abrangido
cerca de 1.000 pessoas.

Foram instaladas 5 bombas pedestais e 2 depósitos elevados de água nos povoados de


Sumburane, Pambarra e Manjotse I na localidade de Mapinhane, e abertos 2,5 ha onde
foram plantadas 250 mudas de coqueiro híbrido, tendo sido limpos 140 cajueiros.

Foi feita a abertura de vias de acesso, numa extensão média anual de 125 km, e a
manutenção de 562Km de estradas não classificadas. Foram abertos 6 furos e reabilitados 4,
bem como construídos 17 poços e 154 latrinas melhoradas.

Abertura de 2 Centros de Saúde em Muabsa e Quwene;


As obras no I.M.A.P. apresentam-se em fases diferentes de construção, sendo que
alguns blocos se encontram em fase de empena, outros em fase de cobertura e
outros em fase de reboco;
Na EP1 de Marrure os 2 blocos e as 2 salas de aulas estão em fase de empena;
Na EP1 de Gamela foi concluída a construção de 13 salas de aulas e 2 residências
para professores;
Neste âmbito foi realizada a reabilitação de 20 salas de aulas; a construção de 24
salas de aulas; estando 39 em construção, e a construção de 14 casas para
professores.

55..77 A
Appooiioo eexxtteerrnnoo
Na sua actuação, o Governo Distrital tem tido apoio de vários organismos de cooperação,
que promovem programas sociais de assistência, protecção do ambiente e desenvolvimento
rural, que desempenham um papel activo e importante no apoio à reconstrução e
desenvolvimento locais, sendo de destacar a CARE no abastecimento de água rural, a
ADRA e o PMA na distribuição de sementes, e a MSF-Bélgica no sector da saúde.

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Vilankulo
DISTRITO DE VILANKULO Posse e Uso da Terra
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6
6 P
Poosssse
eeeU
Usso
odda
aTTe
errrra
a 333
A informação deste capítulo tem por objectivo analisar
os traços gerais que caracterizam a base agrária do
distrito, de forma a permitir inferir sobre eventuais
cenários de intervenção que reforcem o sector no
contexto do processo de desenvolvimento distrital.

Apesar das limitações inerentes à natureza e grau de


fiabilidade dos dados que suportaram a análise, este
capítulo evidencia os principais pontos fortes que fazem
deste sector veículo de intervenção privilegiado do desenvolvimento económico e social
deste distrito. Referirmo-nos, entre outros, ao facto de:

Ser a actividade dominante em praticamente todo o distrito;


Esta actividade fazer parte dos hábitos e costumes da população;
A actividade ser praticada pela maioria dos agregados familiares do distrito;
Constituir a maior fonte de emprego e de rendimento da população;
As condições naturais permitirem a prática da actividade.

66..11 PPoossssee ddaa tteerrrraa


Comparativamente aos outros distritos, Vilankulo possui uma densidade populacional
significativa, que aliada à procura externa ao distrito de terrenos, tem dado origem a alguns
conflitos sobre a posse da terra.

O distrito possui cerca de 26 mil explorações agrícolas com uma área média é de 1.5
hectares. Com um grau de exploração familiar dominante, 45% das explorações do distrito
têm menos de 1 hectare, apesar de ocuparem somente 15% da área cultivada.

Este padrão desigual da distribuição das áreas fica evidente se referirmos que 30% da área
cultivada pertence a somente 9% das explorações do distrito.

3 Baseado em trabalho analítico da MÉTIER, suportado pelos dados do INE do Censo Agro-pecuário de 1999-2000. Apesar de se
tratar de extrapolação s a partir duma amostra cuja representatividade ao nível distrital é baixa, considera-se que – do ponto de vista
da análise da estrutura de uso e exploração da terra - os seus resultados são um bom retrato das características essenciais do distrito.
Aconselha-se, pois, que mais do que os seus valores absolutos, este capítulo seja analisado tendo em vista absorver os principais
aspectos estruturais da actividade agrária.

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DISTRITO DE VILANKULO Posse e Uso da Terra
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Na sua maioria os terrenos não estão titulados e, quando explorados em regime familiar,
têm como responsável, em quase 70% dos casos, o homem da família.

FIGURA 5: Estrutura de exploração agrária da terra

Area (ha) cultivada


30%
Número de Explorações
25%

20%

15%

10%

5%

0%
< 1/2 1/2 ha - 1 ha - 2 2 ha - 3 3 ha - 4 4 ha - 5 5 ha - 10 ha -
ha 1 ha ha ha ha ha 10 ha 100 ha

Fonte de dados: Instituto Nacional de Estatística, Censo agro-pecuário, 1999-2000

No que respeita à posse da terra, 60% das 60 mil parcelas em que estão divididas as
explorações são tradicionalmente pertença das famílias da região, sendo transmitidas por
herança aos filhos. Abrangendo em muitos casos pequenas explorações, o seu peso
específico em termos de área é, porém, de somente 30%. Um terço das parcelas agrícolas
pertencem às autoridades tradicionais e oficiais do distrito.

66..22 TTrraabbaallhhoo aaggrrííccoollaa


Dada a composição alargada da maioria dos agregados moçambicanos, a estrutura de
exploração agrícola do distrito reflecte a base da economia familiar, constatando-se que 85%
das explorações são cultivadas por 3 ou mais membros do agregado familiar.

Estas explorações estão divididas em cerca de 60 mil parcelas, 80% com menos de meio
hectare e exploradas em 60% dos casos por mulheres. De realçar que 20% do total de
agricultores são crianças menores de 10 anos de idade, de ambos os sexos.

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Vilankulo
DISTRITO DE VILANKULO Posse e Uso da Terra
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66..33 U
Uttiilliizzaaççããoo eeccoonnóóm
miiccaa ddoo ssoolloo
6.3.1 Agricultura
A maioria da terra é explorada em regime de consociação de culturas alimentares,
nomeadamente o milho, mandioca, feijão nhemba e amendoim.

FIGURA 6: Explorações e área, por culturas principais

30.000
22.600 25.018
22.464
25.000

20.000
12.372
15.000
15.798
10.000 10.145

5.000 425 572 0


24 5.974 3.509
0 109 0
Amendoim Batata Doce Feijão Mandioca Milho Arroz Algodão

Nº Exploraçõe s Áre a (ha)

Fonte de dados: Instituto Nacional de Estatística, Censo agro-pecuário, 1999-2000

Para além das culturas alimentares, o distrito tem um apreciável número de fruteiras,
palmeiras e cajueiros.

6.3.2 Pecuária e Avicultura


No distrito existem cerca de 13 mil criadores de pecuária e 25 mil de avicultura, a maior
parte em regime familiar.

Os dados disponíveis apontam para uma estrutura de comercialização da produção que


varia de 1% nos bovinos a 7% nos caprinos constituindo, para além do seu valor alimentar,
uma fonte importante de rendimento familiar.

6.3.3 Produção não agrícola


Constitui igualmente fonte importante de rendimento da população do distrito. Deriva,
essencialmente, da venda de madeira, lenha, caniço e carvão, bem como da actividade
pesqueira e artesanal, efectuado num conjunto de centenas de explorações económicas.

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DISTRITO DE VILANKULO Educação
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7
7 E
Eddu
ucca
aççã
ãoo
A maioria da população (64%) do distrito é analfabeta e somente
41% das pessoas com 5 ou mais anos de idade,
predominantemente homens, frequentam ou já frequentaram o
nível primário do ensino.

TABELA 8: População4, por condição de frequência escolar


P O P U L A Ç Ã O Q U E:
FREQUENTA FREQUENTOU NUNCA FREQUENTOU
Total Homens Mulheres Total Homens Mulheres Total Homens Mulheres
DISTRITO DE VILANKULO 17,9% 10,0% 7,9% 23,4% 14,3% 9,1% 58,7% 18,8% 40,0%
P.A. de VILANKULO 18,0% 10,1% 7,9% 27,1% 16,4% 10,7% 54,8% 17,6% 37,2%
P.A. de MAPINHANE 17,8% 10,0% 7,8% 19,9% 12,4% 7,6% 62,3% 19,9% 42,4%
Fonte: Instituto Nacional de Estatística, Dados do Censo de 1997.
A maior taxa de adesão escolar verifica-se no grupo etário dos 10 a 14 anos, onde 61% das
crianças frequenta a escola, seguido do grupo de 5 a 9 anos, o que reflecte a tardia entrada
na escola da maioria das crianças rurais.

A maioria destas crianças são rapazes que frequentam o ensino primário, dada a insuficiente
ou inexistente rede escolar dos restantes níveis de ensino no distrito.

FIGURA 7: População5, por nível de ensino que frequenta

Primário
100%
80%
60%
40%
20%
0%

Nenhum nível Outro nível escolar

Fonte de dados: Instituto Nacional de Estatística, Dados do Censo de 1997.

4 Com 5 ou mais anos de idade.


5 Com 5 ou mais anos de idade.

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DISTRITO DE VILANKULO Educação
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TABELA 9: População6, por nível de ensino que frequenta


NIVEL DE ENSINO QUE FREQUENTA Nenhum
Total Alfab. Primário Secund. Técnico C.F.P. Superior nível
DISTRITO DE VILANKULO 17,9% 0,0% 17,4% 0,4% 0,0% 0,0% 0,0% 82,1%
5 - 9 anos 31,9% 0,0% 31,9% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 68,1%
10 - 14 anos 60,7% 0,0% 60,5% 0,1% 0,0% 0,0% 0,0% 39,3%
15 - 19 anos 23,7% 0,0% 21,5% 2,1% 0,1% 0,0% 0,0% 76,3%
20 - 24 anos 2,2% 0,0% 1,1% 0,9% 0,1% 0,0% 0,0% 97,8%
25 e + anos 0,4% 0,1% 0,3% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 99,6%
HOMENS 23,2% 0,1% 22,6% 0,6% 0,0% 0,0% 0,0% 76,8%
MULHERES 13,8% 0,0% 13,5% 0,3% 0,0% 0,0% 0,0% 86,2%
P.A. de VILANKULO 18,0% 0,0% 17,3% 0,6% 0,0% 0,0% 0,0% 82,0%
P.A. de MAPINHANE 17,8% 0,0% 17,5% 0,2% 0,0% 0,0% 0,0% 82,2%
Fonte: Instituto Nacional de Estatística, Dados do Censo de 1997.

Do total de população com mais de 5 anos de idade, verifica-se que somente 11% concluiu
algum nível de ensino. Destes, 90% completaram o ensino primário e 4% o nível de ensino
secundário. Os restantes níveis de ensino representam somente 6% do efectivo escolarizado
e incluem 28 licenciados.

Este cenário é agravado no P.A. de Mapinhane, onde somente 8% da população com mais
de 5 anos completou algum nível de escolarização.

TABELA 10: População7, por nível de ensino concluído


NIVEL DE ENSINO CONCLUIDO
TOTAL Alfab. Primário Secund. Técnico C.F.P. Superior Nenhum
DISTRITO DE VILANKULO 11,4% 0,4% 10,3% 0,5% 0,1% 0,1% 0,0% 88,6%
5 - 9 anos 0,5% 0,0% 0,5% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 99,5%
10 - 14 anos 5,1% 0,0% 5,1% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 94,9%
15 - 19 anos 21,9% 0,0% 21,4% 0,4% 0,0% 0,0% 0,0% 78,1%
20 - 24 anos 23,5% 0,1% 22,0% 1,2% 0,2% 0,1% 0,0% 76,5%
25 e + anos 11,7% 0,8% 9,7% 0,7% 0,2% 0,1% 0,1% 88,3%
HOMENS 16,6% 0,7% 14,6% 0,9% 0,2% 0,1% 0,0% 83,4%
MULHERES 7,5% 0,1% 7,1% 0,2% 0,0% 0,0% 0,0% 92,5%
P.A. de VILANKULO 15,3% 0,4% 13,8% 0,8% 0,2% 0,1% 0,0% 84,7%
P.A. de MAPINHANE 7,8% 0,4% 7,1% 0,2% 0,0% 0,0% 0,0% 92,2%
Fonte: Instituto Nacional de Estatística, Dados do Censo de 1997.

A situação global descrita reflecte, para além de factores socio-económicos, o facto de a


rede escolar existente e o efectivo de professores, apesar de terem vindo a evoluir a um

6 Com 5 ou mais anos de idade.

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DISTRITO DE VILANKULO Educação
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ritmo significativo, serem insuficientes, o que é agravado por taxas de aproveitamento


baixas em algumas localidades do distrito.

TABELA 11: Escolas, alunos e professores, 2003


NÍVEIS DE ENSINO Nº de Nº de Alunos Nº de Professores
Escolas M HM M HM
TOTAL DO DISTRITO 94 13.608 28.183 181 519
EP1 56 10.337 21.411 99 300
EP2 5 1.073 2.479 19 56
ESG I 2 592 1.433 18 59
ESG II 1 51 153 6 27
Fonte: Administração do Distrito e Direcção Provincial da Educação
EP1 - 1º a 5º anos; EP2 - 6º e 7º anos; ESG I - 8º a 10º Anos.

A maioria dos professores das escolas do distrito tem uma formação escolar baixa, em
média entre a 6ª e 8ª classe e um ano de estágio pedagógico, o que condiciona bastante a
qualidade do ensino ministrado.

7 Com 5 ou mais anos de idade.

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DISTRITO DE VILANKULO Saúde e Acção Social
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8
8 S
Saaú
údde
eeeA
Accççã
ãooS
Soocciia
all
88..11 Cuuiiddaaddooss ddee ssaaúúddee ee qquuaaddrroo eeppiiddéém
C miiccoo
A rede de saúde do distrito, apesar de estar a evoluir a bom ritmo, é
insuficiente, evidenciando os seguintes índices de cobertura média:
Uma unidade sanitária por cada 23 mil pessoas;
Uma cama por 1.125 habitantes; e
Um profissional técnico para cada 1.300 residentes no distrito.

TABELA 12: Unidades de saúde, camas e pessoal, 2003

Unidades, Camas e Tipo de Unidades Sanitárias Pessoal existente


Pessoal existente, por Total de Hospital Centro de Centro de Postos de por sexo
Posto Administrativo Unidades Rural Saúde I Saúde II/III Saúde HM H M
Nº de Unidades 6 1 0 5 0
Nº de Camas 123 37 0 86 0
Pessoal Total 114 48 0 66 0 114 46 68
- Licenciados 1 1 0 0 0 1 0 1
- Nível Médio 22 14 0 8 0 22 8 14
- Nível Básico 54 24 0 30 0 54 22 32
- Nível Elementar 38 14 0 24 0 38 12 26
- Pessoal de apoio 7 3 0 4 0 7 2 5
Fonte: Administração do Distrito e Direcção Provincial da Saúde

A Direcção Distrital de saúde distribui regularmente por cada Centro de Saúde “Kits A e B”
e pelos Postos de Saúde “Kits B”.

A tabela seguinte apresenta, para o ano de 2003, a posição de alguns indicadores que
caracterizam o grau de acesso e de cobertura dos serviços do Sistema Nacional de Saúde.

TABELA 13: Indicadores de cuidados de saúde, 2003


Indicadores
Taxa de ocupação de camas 52,2%
Partos 2.455
Vacinação 67.963
Saúde materno-infantil 127.570
Consultas externas 95.686
Taxa de mortalidade hospitalar 2,9%
Taxa de baixo peso à nascença 10,8%
Taxa de mau crescimento 7,1%
Fonte: Administração do Distrito e Direcção Provincial da Saúde

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DISTRITO DE VILANKULO Saúde e Acção Social
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O quadro epidémico do distrito é dominado pela malária, diarreia e DTS e SIDA que, no
seu conjunto, representam quase a totalidade dos casos de doenças notificados no distrito.

FIGURA 8: Quadro epidémico, 2003

25.412

2.126 3 90 1.478 85

Diarreia e Cólera Malária Tuberculose DTS HIV/SIDA


Desinteria

Fonte: Administração do Distrito e Direcção Provincial da Saúde

88..22 A
Accççããoo S
Soocciiaall
A integração e assistência social a pessoas, famílias e grupos sociais em
situação de pobreza absoluta, dá prioridade à criança órfã, mulher viúva,
idosos e deficientes, doentes crónicos e portadores do HIV-SIDA, tóxico-
dependentes e regressados.

Em Vilankulo existem, segundo os dados do Censo de 1997, cerca de 3 mil órfãos (dos
quais 20% de pai e mãe) e cerca de 3.600 deficientes (77% com debilidade física, 10% com
doenças mentais e 12% com ambos os tipos de deficiência).

TABELA 14: População, por condição de orfandade


DISTRITO DE VILANKULO 3.146
Homens 1.254
Mulheres 1.892
5 - 9 anos 622
10 - 14 anos 999
15 - 19 anos 1525
P.A. de VILANKULO 1.431
P.A. de MAPINHANE 1.715
DISTRITO DE VILANKULO 3.146
Fonte: Instituto Nacional de Estatística, Dados do Censo de 1997.

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DISTRITO DE VILANKULO Saúde e Acção Social
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TABELA 15: População deficiente, por idade e residência


Posto administrativo e Idade TOTAL Física Mental Ambas
DISTRITO DE VILANKULO 3656 2832 378 446
0 - 14 593 346 117 130
15 - 44 1585 1175 166 244
45 e mais 1478 1311 95 72
P.A. de VILANKULO 1427 1078 178 171
P.A. de MAPINHANE 2229 1754 200 275
Fonte: Instituto Nacional de Estatística, Dados do Censo de 1997.

Esta Direcção tem coordenado as acções de algumas organizações não governamentais,


associações e sociedade civil, promovendo a criação de igualdade de oportunidade e de
direito entre homem e mulher todos aspectos de vida social e económica, e a integração,
quando possível, no mercado de trabalho, processos de geração de rendimentos e vida
escolar.
Desde o ano 2000, foram reunificadas com as suas famílias cerca de 1.100 crianças perdidas
e órfãs, foram identificadas beneficiando de apoios 104 mulheres e 466 idosos, e foram
assistidas 78 pessoas portadoras de deficiência.

TABELA 16: Programas de acção social, 2000-2003


Tipo de Programa
Crianças atendidas 1.116
Idosos atendidos 466
Deficientes atendidos 78
Mulheres atendidas 104
TOTAL 1.764
Fonte: Direcção Distrital da Mulher e Coordenação da Acção Social

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DISTRITO DE VILANKULO Género
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9
9 G
Géén
neerro
o
O distrito de Vilankulo tem uma população estimada de 138 mil
habitantes - 77 mil do sexo feminino - sendo 11% dos
agregados familiares do tipo monoparental chefiados por
mulheres.

99..11 EEdduuccaaççããoo
Tendo por língua materna dominante o Chichopi, só metade das mulheres tem conhecimento
da língua portuguesa. A taxa de analfabetismo na população feminina é de 76%, sendo de
49% no caso dos homens.
Das mulheres do distrito com mais de 5 anos, 70% nunca frequentaram a escola e somente
7% concluíram o ensino primário.
A maior taxa de adesão escolar verifica-se no grupo etário dos 10 a 14 anos, onde 53% das
crianças do sexo feminino frequenta a escola, o que reflecte a entrada tardia na escola da
maioria das crianças rurais, sobretudo meninas.

FIGURA 9: Indicadores de escolaridade, por sexos

Taxa de analfabetismo
76%

49%

15% 53%
Ensino primário concluído Conhecimento de português
28%
7% Homens
Mulheres

44%

70%

Sem frequência escolar

Fonte: Instituto Nacional de Estatística, Dados do Censo de 1997.

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Vilankulo
DISTRITO DE VILANKULO Género
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99..22 A miiccaa ee eexxpplloorraaççããoo ddaa tteerrrraa


Accttiivviiddaaddee eeccoonnóóm
De um total de 77 mil mulheres, 50 mil estão em idade de trabalho (15 a 64 anos).
Excluindo as que procura emprego pela 1ª vez, a população activa feminina é de 32 mil
pessoas, o que reflecte uma taxa implícita de desemprego feminino de 33%, contra 22% no
caso dos homens.

As explorações agrícolas estão divididas em cerca de 60 mil parcelas, 80% com menos de
meio hectare e exploradas em 60% dos casos por mulheres. De realçar que 30% do total de
agricultores são crianças menores de 10 anos de idade, de ambos os sexos, das quais 53%
são raparigas.

FIGURA 10: Quota das mulheres no trabalho agrícola e remunerado

82%

90%
65%
80% 65%

70% 53%

47%
60%
35% Homens
50% Mulheres
35%
40%
18%
30%

20%

10%

0%
Responsável pelas Trabalhadores % de assalariados % de agricultores
explorações agrícolas com menos de 10
anos de idade

Fonte de dados: Instituto Nacional de Estatística, Censo agro-pecuário, 1999-2000

A distribuição das mulheres activas residentes no distrito de acordo com a posição no


processo de trabalho e o sector de actividade é a seguinte:
Cerca de 90% são trabalhadoras agrícolas, familiares ou por conta própria;
4% são vendedoras ou empregadas do sector comercial formal e informal; e
As restantes 6% são, na maioria, trabalhadoras do sector de educação e saúde e de
outros ramos de actividade.
Nestes dois sectores chave da vida social a situação da mulher trabalhadora é, curiosamente,
inversa. Assim, enquanto nos professores só 35% são mulheres, verifica-se que 60% dos
técnicos de saúde do distrito são profissionais femininas.

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Vilankulo
DISTRITO DE VILANKULO Género
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99..33 G
Goovveerrnnaaççããoo
Ao nível do distrito tem-se privilegiado a coordenação das acções de
algumas organizações não governamentais, associações e sociedade civil,
promovendo a criação de igualdade de oportunidades e direitos entre
sexos em todos aspectos de vida social e económica, e a integração da
mulher no mercado de trabalho, processos de geração de rendimentos e
vida escolar.

Esta coordenação recorre a mecanismos de troca de informação,


diálogo e concertação da acção, evitando a sobreposição de actividades e racionalizando
recursos de forma a melhorar a eficácia e eficiência das acções governamentais e das
iniciativas da comunidade e do sector privado.

Ao nível do Governo Distrital, dos 52 funcionários existentes só 12 são senhoras, em geral


em posições inferiores da carreira administrativa.

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Vilankulo
DISTRITO DE VILANKULO
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1
100 A
Accttiiv
viid
daad
deeE
Ecco
onnó
ómmiicca
a
1100..11 PPooppuullaaççããoo eeccoonnoom meennttee aaccttiivvaa
miiccaam
A relação de dependência económica potencial é de aproximadamente 1:1.4, isto é, por cada
10 crianças ou anciões existem 14 pessoas em idade activa.

De um total estimado de 138 mil habitantes, 80 mil estão em idade de trabalho (15 a 64
anos). Excluindo os que procuram emprego pela primeira vez, a população
economicamente activa é de 57 mil pessoas, o que reflecte uma taxa implícita de
desemprego de 28%.

Destes, 90% são trabalhadores familiares ou por conta própria, e na sua maioria mulheres.
A percentagem de trabalhadores assalariados é somente de 10% da população activa e, de
forma inversa, é dominada por homens (as mulheres assalariadas representam apenas 18%
do total de assalariados).

A distribuição segundo a posição no processo de trabalho e o ramo de actividade reflecte,


naturalmente, a actividade dominante agrária do distrito, que ocupa 78% da mão-de-obra
activa do distrito (72%, por conta própria e 25% em regime de exploração familiar).

Os sectores secundário e terciário ocupam, respectivamente, 7% e 14% da população activa,


sendo dominados pela actividade de comércio formal e informal, onde trabalham cerca de
7% do total de pessoas activas e 4% das mulheres activas do distrito.

FIGURA 11: População activa8, processo de trabalho e actividade, 2005

14% 9%
21%
7%

79%
70%

Agricultura, s ilvicultura e pes ca Indús tria, energia e construção


As salariados Por conta própria Trabalhadores familiares
Comércio, Trans portes e Serviços

Fonte: Instituto Nacional de Estatística, Dados do Censo de 1997.

8 Com 15 anos ou mais, excluindo os que procuram emprego pela primeira vez.

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Vilankulo
DISTRITO DE VILANKULO
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TABELA 17: População activa9, processo de trabalho e actividade, 2005


SECTORES DE ACTIVIDADE POSIÇÃO NO PROCESSO DE TRABALHO
Assalariados Sector Por Trabalhador Empresário
conta
TOTAL Total Estado Empresas Coop. própria familiar Patrão
DISTRITO DE VILANKULO 57.297 9,2% 1,9% 7,3% 0,1% 68,6% 21,4% 0,7%
- Homens 25.135 7,5% 1,5% 6,0% 0,1% 29,0% 6,7% 0,6%
- Mulheres 32.162 1,7% 0,4% 1,3% 0,0% 39,7% 14,7% 0,1%
Agricultura, silvicultura e pesca 44.901 2,1% 0,1% 2,0% 0,0% 56,6% 19,4% 0,2%
Indústria, energia e construção 4.168 2,5% 0,3% 2,2% 0,0% 4,0% 0,6% 0,1%
Comércio, Transportes e Serviços 8.227 4,6% 1,4% 3,1% 0,0% 8,0% 1,4% 0,3%
Fonte: Instituto Nacional de Estatística, Dados do Censo de 1997.

1100..22 R
Reennddiim
meennttoo ee ccoonnssuum
moo ffaam
miilliiaarr
O distrito de Vilankulo tem um Índice de Incidência da Pobreza 10 estimado em cerca de
60% no ano de 200311. Com um nível médio mensal das receitas familiares estimado em
1.270 contos (40% em espécie, derivados do autoconsumo e da renda imputada pela posse
de habitação própria), a população do distrito apresenta um padrão de consumo
influenciado por estes dois factores, e concentrado nos produtos alimentares (53%) e na
habitação, água e energia e combustíveis (29%).

FIGURA 12: Consumo familiar, por grupo de produtos e serviços

5%
3%
4%
5%

54%

29%

Produtos Alimentares (*)


Habitação, Serviços, Transportes e Comunicações (*)
Material de construção e Mobiliário
Vestuário e Calçado
Lazer, Bebidas Alcoólicas, Restaurantes e Bares
Educação, Saúde e outros serviços

(*) Inclui o autoconsumo da produção agrícola e a imputação da renda por posse de habitação própria
Fonte: Instituto Nacional de Estatística, IAF - 2002/03.

9 Com 15 anos ou mais, excluindo os que procuram emprego pela primeira vez.
10 O Índice de Incidência da Pobreza (povery headcount índex) é a proporção da população cujo consumo per capita está abaixo da linha
da pobreza.

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Vilankulo
DISTRITO DE VILANKULO
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Com variância significativa, a distribuição da receita familiar está concentrada nas classes
baixas, com 65% dos agregados na faixa de rendimentos mensais inferiores a 2.000 contos.

FIGURA 13: Distribuição das famílias, por rendimento mensal

25,0%

14,6% 14,6%
11,0% 11,1%
9,3%
7,3% 7,0%

Com m enos De 500.000 De De De De De Com m ais


de 500.000 a 1.000.000 1.000.000 a 1.500.000 a 2.000.000 a 2.500.000 a 5.000.000 a de
MT MT 1.500.000 2.000.000 2.500.000 5.000.000 10.000.000 10.000.000
MT MT MT MT MT MT

Fonte: Instituto Nacional de Estatística, IAF - 2002/03.

1100..33 S meennttaarr ee eessttrraattééggiiaass ddee ssoobbrreevviivvêênncciiaa


Seegguurraannççaa aalliim
A situação de emergência caracterizou-se por seca nos primeiros dois
meses (Janeiro e Fevereiro de 2003) e ciclone Jafett em Março de 2003,
que assolou uma grande parte do distrito. A seca abrangeu cerca de 15.233
famílias, enquanto que os efeitos do ciclone afectaram cerca de 36.198
pessoas, para além da destruição de infra-estruturas sociais,
nomeadamente: 9.937 casas habitacionais; 269 salas de aulas; e vias de
acesso obstruídas.

Os efeitos destas situações agravaram as perdas da produção da colheita principal,


insuficiente para cobrir as necessidades de alimentos básicos, que só são satisfeitas com a
segunda colheita, com rendimentos não agrícolas ou com outros mecanismos de
sobrevivência.

Dados do levantamento dos “Médicos sem Fronteiras” permitem estimar em 2,5 meses a
média de reservas alimentares por agregado familiar de cereais e mandioca. Estima-se que
5% da sua população, sobretudo os camponeses de menos posses, idosos e famílias
chefiadas por mulheres, está em situação potencialmente vulnerável.

11 Estimativa da MÉTIER, a partir de dados do Relatório sobre Pobreza e Bem-Estar em Moçambique: 2ª Avaliação Nacional
(2002-03), DNPO, Gabinete de Estudos do MPF.

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De salientar que a pronta e rápida intervenção do Governo em parceria com as ONG’s e


outros organismos humanitários, reduziram significativamente o sofrimento das populações
assoladas, tendo-se restabelecido rapidamente as condições normais de vida em todos os
sectores gravemente afectados.

As principais organizações que apoiam o distrito, sobretudo aquando de calamidades, são o


PMA, o Departamento de Prevenção e Combate às Calamidades Naturais (DPCCN) o
PESU (Programa de Emergência de Sementes e Utensílios), a Save the Children Federation
USA (SCF) e a Organização Rural de Ajuda Mútua (ORAM), cuja actuação inclui a entrega
de alimentos do programa “comida pelo trabalho”, a distribuição de sementes e de
instrumentos agrícolas.

Nos períodos de escassez, as famílias recorrem, ainda, a uma diversidade de estratégias de


sobrevivência que incluem a participação em programas de "comida pelo trabalho", a
recolha de frutos silvestres e a caça. As famílias com homens activos recorrem, ainda, ao
trabalho remunerado na RSA e na Cidade de Maputo, para além de outras fontes de
rendimento, nomeadamente, a venda de bebidas tradicionais.

1100..44 IInnffrraa--eessttrruuttuurraass ddee bbaassee


O distrito de Vilankulo é servido por transportes rodoviários,
marítimos e aéreos, sendo atravessado pela principal estrada do
país (EN1), que o liga à principais cidades do país.

A reabertura da rede de estradas tem tido um impacto


importante no desenvolvimento do distrito, permitindo o acesso
dos investidores e a novas terras para a agricultura e o transporte da ajuda alimentar.

TABELA 18: Rede de Estradas


Localização Dimensão Classificação Transitável Reabilitada
(km) (S/N) (S/N)
Belane - Quenene 80 NC sim não
Chichocane - Quenene 100 NC não não
EN 1, através do distrito 102 EN 1 sim sim
EN 1 - Vilankulo 20 EN 212 sim sim
Mapinhane - Mabote 80 ER 423 sim sim
Vilankulo - Chichocane 21 NC sim não
Vilankulo - Macunhe 20 NC sim não
Classificação: EN- Estrada Nacional; ER- Estrada Regional secundária, não alcatroada; NC- Não Classificada, estrada
rural terciária.
Fonte: Administração do Distrito

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A infra-estrutura de telecomunicações inclui uma rede de telefonia fixa e comunicações via


rádio. O distrito acede ainda, em vastas aéreas, à rede de telefonia móvel dos dois
operadores existentes.

O acesso à Internet pode ser efectuado nas zonas servidas por rede fixa e móvel de
telecomunicações, existindo também uma delegação dos Correios de Moçambique.

A Vila de Vilankulo é servida por um sistema de abastecimento de água canalizada. No resto


do distrito o abastecimento de água potável a muitas comunidades é deficiente. As fontes
de água melhorada são poços e furos, equipados com bombas. O distrito conta com 116
fontes de água, incluindo 60 furos (15 inoperacionais) e 29 poços (12 inoperacionais),
correspondendo a 34% da cobertura total.

A totalidade dos poços e furos dispõe de bombas de água, sendo a principal instituição
activa no sector, a CARE e a Água Rural, que tem organizado estágios periódicos de
manutenção de bombas de água e também disponibilizado acessórios e peças sobressalentes
que, porém, não obstam aos problemas de operacionalidade existentes.

De acordo com os dados do Censo de 1997, só a vila de Vilankulo beneficia de energia


eléctrica, que cobre cerca de 2% da população total do distrito.

Apesar dos esforços realizados, importa reter que o estado geral de conservação e
manutenção das infra-estruturas não é suficiente, sendo de realçar a rede de bombas de água
a necessitar de manutenção e a rede de estradas e pontes quase na época das chuvas tem
problemas de transitibilidade.

1100..55 A
Aggrriiccuullttuurraa ee D meennttoo R
Deesseennvvoollvviim Ruurraall

10.5.1 Zonas agro-ecológicas


O distrito de Vilankulo pode ser
classificado em três zonas agro-
ecológicas ou de produção,
principais:

Zona A (R33): Abarca o interior


do distrito, com solos
predominantes são arenosos e
brancos, pobres em matéria

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orgânica e a média anual das precipitações nesta zona varia de 600 a 800 mm,
embora às vezes ultrapasse aqueles valores. As culturas predominantes são o milho,
amendoim, feijão-nhemba e mandioca. A mexoeira era também uma cultura típica
destes solos, sendo que a mesma deixou, praticamente, de ser produzida devido à
falta de sementes e aos baixos rendimentos Existem algumas lagoas e pequenos
riachos mas com baixas muito pobres que não são bem aproveitadas.
Zona B (R25): Abraca a zona do litoral, com solos são vermelhos acastanhados,
profundos e férteis, existindo zonas com solos acastanhados, cinzento e escuro. As
culturas praticadas são o milho, mapira, feijão-nhemba, amendoim, mandioca, feijão
jugo e mexoeira. As condições hídricas nesta região são caracterizadas pela não
existência de lagoas e riachos, encontrando-se o lençol freático a uma profundidade
de 50-60 metros e apresentando algum teor de sal. A média de precipitações nesta
zona varia de 600-800 mm.

10.5.2 Produção agrícola e sistemas de cultivo


De um modo geral, a agricultura é praticada manualmente em pequenas explorações
familiares em regime de consociação de culturas com base em variedades locais,
nomeadamente o milho, o amendoim, o feijão-nhemba, a mapira, a mexoeira, a mandioca, a
batata-doce. O algodão é a cultura de rendimento mais importante para a economia agrícola.

A produção agrícola é feita predominantemente em condições de sequeiro, uma vez que as


condições climáticas determinam uma colheita por ano (época das chuvas), nem sempre
bem sucedida, uma vez que o risco de perda das colheitas é alto, dada a baixa capacidade de
armazenamento de humidade no solo durante o período de crescimento das culturas.

Algumas famílias empregam métodos tradicionais de fertilização dos solos como o pousio
das terras, a incorporação no solo de restolhos de plantas, estrume ou cinzas. Para além das
questões climáticas, os principais constrangimentos à produção são as pragas, a seca, a falta
ou insuficiência de sementes e pesticidas.

As cheias que assolaram o distrito em 2000/01 foram


devastadoras, levando à perda quase total da campanha agrícola e
afectando grande parte da população do distrito. Somente em
2003, após o período de seca e estiagem que se seguiu, e a
reabilitação de algumas infra-estruturas, se reiniciou timidamente a exploração agrícola do
distrito e a recuperação dos níveis de produção de campanhas anteriores.

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TABELA 19: Produção agrícola, por principais culturas: 2000-2003


Campanha 2000/2001 Campanha 2001/2002 Campanha 2002/2003
Principais Área (ha) Produção Área (ha) Produção Área (ha) Produção
Culturas Semeada (Toneladas) Semeada (Toneladas) Semeada (Toneladas)
Milho 12.954 3.303 12.954 3.886 15.555 3.950
Mapira 7.197 4.894 7.100 4.118 6.476 3.108
Amendoim 5.398 837 4.950 1.080 4.858 243
Mandioca 2.879 8.925 2.879 8.637 2.591 8.291
Feijões 6.477 997 6.477 648 5.829 117
Total 34.905 18.956 34.360 18.369 35.309 15.710
Fonte: Administração do Distrito e Direcção Provincial de Agricultura

10.5.3 Pecuária
O fomento pecuário tem sido fraco. Porém, a tradição na criação de
gado e uso de tracção animal, conduziram ao crescimento do
efectivo bovino de mil cabeças em 2000, para cerca de 3 mil em
2004.

A falta de áreas de pastagem, de fontes de água próximas, a


inoperacionalidade dos tanques carracicidas e a falta de recursos financeiros para aquisição
de mais cabeças, são os principais obstáculos à manutenção de maiores efectivos.

Os animais domésticos mais importantes para o consumo familiar são as galinhas, os patos
e os cabritos, enquanto que, para a comercialização, são os bois, os cabritos, os porcos e as
ovelhas.

10.5.4 Pescas, Florestas e Fauna bravia


O distrito debate-se com problemas de erosão de solos e de desflorestamento. As árvores
nativas, como o sândalo, constituem uma fonte de combustível e de materiais de
construção. Alguns comerciantes, provenientes da capital provincial e de Maxixe, visitam o
distrito de Vilankulo para adquirir fruta e outros produtos arvenses.

A fauna bravia do distrito tem alguma importância como suplemento alimentar para as
famílias locais. As espécies existentes no distrito incluem o cabrito cinzento e outros
pequenos antílopes, e a galinha-do-mato.

As fruteiras são as árvores mais importantes para as famílias do distrito, nomeadamente o


coqueiro, o cajueiro, a mangueira, a mafurreira, a bananeira, a papaieira, a laranjeira, o
limoeiro e a tangerineira.

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O coqueiro fornece frutos, que são consumidos frescos, bem como madeira e folhas que
são utilizadas na construção. Além da castanha de cajú, o falso fruto é processado para
venda sob a forma de bebida alcoólica tradicional.

Sendo um distrito costeiro, o peixe de água doce e do mar está também incluído nos hábitos
alimentares das famílias.

1100..66 EExxpplloorraaççããoo M
Miinneeiirraa
As exportações do gás de Pande e Temane iniciaram em Fevereiro de 2004. Este
empreendimento constitui para a região, uma plataforma de desenvolvimento
importantíssima que, se devidamente integrada, poderá conduzir ao rápido desenvolvimento
económico e social de toda a província de Inhambane.

A área de Pande e Temane, onde a Sasol tem direitos de exploração, é de 16.500 km2, e
abrange zonas dos distritos de Govuro, Mabote, Inhassoro, Vilankulo, Funhalouro e
Massinga, todos na Província de Inhambane, e do distrito de Machanga, na Província de
Sofala.

Os blocos de produção actuais ocupam pouco mais de 10% desta extensão, e estão
localizados nos distritos de Govuro, Inhassoro e Vilankulo. A zona de influência da Central
de Processamento abrange os distritos de Inhassoro e Vilankulo.

1100..77 IInnddúússttrriiaa,, C
Coom Seerrvviiççooss
méérrcciioo ee S
O distrito conta com 147 lojas, das quais 117 operacionais. Foram licenciados 10
estabelecimentos a título provisório, sendo 4 na área municipal, dos quais uma indústria de
3ª classe.

O distrito conta, ainda, com 14 estabelecimentos de hotelaria, 2 estações de serviço e 4


restaurantes. Existem, ainda, um estaleiro de construção e reparação de barcos, 8 moageiras,
2 serrações, 3 oficinas, 2 carpintarias e 2 padarias.

A única instituição financeira existente no distrito opera mais como uma instituição de
captação de poupanças que de crédito.

Para além das belas praias da costa continental, o distrito está na zona de influência do
Arquipélago de Bazaruto, o Parque Nacional mais famoso de Moçambique, cuja exploração
integrada com os objectivos de desenvolvimento da região, pode proporcionar a este
distrito uma importante alavanca para o crescimento da indústria do turismo.

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Autoridade tradicional
________________________________________________________________________________________________

A
Anneexxoo:: A
Auuttoorriiddaaddee C
Coom
muun
niittáárriiaa n Diissttrriittoo ddee V
noo D Viillaan
nkku
ulloo
(Fonte de dados: Direcção Nacional da Administração Local)
Área de Jurisdição Data de
Designação Local
Nº Nome completo Sexo Posto Reconheci-
de Aut. Comunitária Localidade Aldeia/Povção
Administrativo mento
1 Julai Murriane Vilankulo Chefe tradicional M
2 Laquiço Mubecua Muabsa Chefe tradicional M Faleceu
3 Zioe Mudumane Vilankulo Chefe tradicional M Faleceu
4 Adriano Hamela Machava Secretário de aldeia M
5 Uaciquete João Vilankulo Secretário de aldeia M
6 Uachane Sainda Chaúque Secretário de aldeia M
7 Machefucane M. Vilankulo Secretário de aldeia M
8 Adriano Silva Vilankulo Secretário de aldeia M
9 Jordão Saiete Chichume Secretário de aldeia M
10 Damião Gueze Magule Secretário de aldeia M
11 Laiçane Chitofo Baloi Secretário de aldeia M
12 Xavier Saute Vilankulo Secretário de aldeia M
13 Sanduane Sainda Mulumbe Secretário de aldeia M
14 Lampião Uane Tene Singo Secretário de aldeia M
15 Carlos Faida Murrombe Secretário de aldeia M
16 José Manuel Vilankulo Secretário de aldeia M
17 Zaqueu Pechiço Vilankulo Secretário de aldeia M
18 Julião Massane Chirrinze Secretário de aldeia M
19 Bandane Johane Vilankulo Secretário de aldeia M
20 João Banzalane Vilankulo Secretário de aldeia M
21 Arnaldo Cinturão Gomacha Secretário de aldeia M
22 Lazão Chichecane Chicomo Secretário de aldeia M
23 André Canilane Mavalho Secretário de aldeia M
24 António Inguijua Zibane M

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Documentação consultada
________________________________________________________________________________________________

D
Dooccu
umme
enntta
aççã
ãoo cco
onnssu
ulltta
adda
a
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Vilankulo
Documentação consultada
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Vilankulo
Série: Perfis Distritais
Edição: 2005

Editor: Ministério da Administração Estatal


Coordenação: Direcção Nacional da Administração Local
Copyright © Ministério da Administração Estatal
Um resumo desta publicação está disponível na Internet em http://www.govnet.gov.mz/

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Série “Perfis Distritais de Moçambique”


Edição 2005

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