Portfólio - Karen Geovana Reis

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

CENTRO DE COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO

DEPARTAMENTO DE LÍNGUAS E LITERATURA ESTRANGEIRA

LLE -5160 - INTRODUÇÃO À TRADUÇÃO DO INGLÊS

PORTFÓLIO DE APRENDIZAGEM

Karen Geovana Reis

Professora Maria Lúcia Barbosa de Vasconcellos

FLORIANÓPOLIS, 27 DE JULHO DE 2022

SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO 2

1.1 APRESENTAÇÃO 2

1.2 ORGANIZAÇÃO 3

2. AMOSTRAGEM DOS TRABALHOS DESENVOLVIDOS EM 2022.1 3

2.1 UNIDADE DIDÁTICA 1 — IDENTIFICAÇÃO DE CRENÇAS ERRÔNEAS QUANTO À


TRADUÇÃO E AO TRADUZIR 4

2.2 JUSTIFICATIVA 12

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS 15

1. INTRODUÇÃO

1.1 APRESENTAÇÃO
Me chamo Karen Geovana Reis, atualmente estou cursando a 6° fase do curso de
Secretariado Executivo na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Escolhi o curso
com base na minha afinidade com as diferentes áreas de estudo que o currículo contempla,
como administração, história, psicologia, língua inglesa, tradução e estudos relacionados à
gestão de conhecimento. Essa diversidade curricular me cativou de início, antes mesmo que
eu descobrisse o valor da profissão.

Minha trajetória profissional começou em 2016 onde atuo como recepcionista em um


hotel, ou seja, profissionalmente nunca tive contato com o secretariado. Tudo que conheço a
respeito aprendi durante a graduação, e venho aprendendo cada vez mais no decorrer do
curso. Por isso, busco relacionar os conhecimentos que o currículo proporciona com a minha
atual experiência profissional e com a minha trajetória pessoal.

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1.2 ORGANIZAÇÃO

Após esta introdução, este portfólio está estruturado da seguinte forma: em primeiro
lugar, apresenta-se uma amostra de uma Unidade Didática realizada ao longo do semestre e a
fundamentação da escolha, seguida de uma tradução com informes do processo de traduzir.
Por fim, as considerações finais com uma reflexão da importância dos estudos de tradução e
sua relevância na formação e desempenho do profissional de secretariado.

2. AMOSTRAGEM DOS TRABALHOS DESENVOLVIDOS EM 2022.1


2.1 UNIDADE DIDÁTICA 1 — IDENTIFICAÇÃO DE CRENÇAS ERRÔNEAS
QUANTO À TRADUÇÃO E AO TRADUZIR

TAREFA 1: Reconhecimento das crenças individuais sobre a tradução e o tradutor e reflexões


sobre as mesmas a partir das apreciações de Pagano, 2000.

MATERIAL DE APOIO 1. O reconhecimento das crenças individuais sobre a


tradução e o tradutor e reflexões sobre as mesmas a partir das apreciações de
Pagano, 2000.

É essencial para o tradutor em formação reconhecer que suas crenças afetam seu
processo de aprendizagem.

“Por crenças, entende-se todo pressuposto a partir do qual o aprendiz constrói


uma visão do que seja aprender e adquirir conhecimento. Esses pressupostos determinam
os recursos e a forma que o aprendiz utiliza para resolver todo problema que surgir ao
longo de seu aprendizado (Jacobson et al., 1996). Crenças que refletem adequadamente o
processo de ensino/aprendizagem geralmente conduzem o aprendiz à escolha de recursos
e formas apropriadas que, por sua vez, garantem o sucesso e o contínuo exercício de
procedimentos acertados. Por outro lado, crenças errôneas ou pouco fundamentadas
levam o aprendiz a optar por recursos e formas não apropriadas e culmina, geralmente, no
insucesso e na insatisfação.

As crenças variam de pessoa para pessoa e estão relacionadas às experiências de


cada indivíduo e ao contexto sócio cultural com o qual interage. Por se tratar de ideias e
pressupostos que o aprendiz formula a partir de sua experiência, as crenças são passíveis
de mudança, seja pelo próprio acúmulo de vivências do aprendiz, seja pela intervenção
deliberada por parte de algum agente (professor, colega, amigo, membro da família, etc.)
no seu processo de aprendizagem.

Crenças sobre a tradução e o tradutor são todas aquelas percepções que se tem
sobre o que seja traduzir, o que é uma tradução, o papel do tradutor, etc. No caso do
aprendiz de tradução, essas percepções filtram as formas de pensar e abordar a tradução e
têm um efeito considerável no seu desempenho e no trabalho a ser desenvolvido. Crenças
errôneas podem conduzir a uma tradução não adequada e podem influenciar o
desempenho do tradutor; além disso, podem determinar a forma como a sociedade em
geral tende a avaliar a tradução como profissão e o tradutor como agente dessa atividade.
(Pagano, 2000, p. 11-15)

! Leia cada uma das afirmações contidas na tabela da FICHA 1 e decida se você: concorda
com ela, discorda dela ou se você não tem opinião formada a respeito, justificando sua
resposta na célula correspondente à sua posição.

Ficha 1. Crenças sobre a tradução e o tradutor

CRENÇA Concordo - Discordo - justificativa Não tenho opinião formada


justificativa - porque

1. A tradução é uma
arte reservada a uns Acredito que é um
poucos que podem conjunto de técnicas
que podem ser
exercê-la graças a desenvolvidas por
um dom especial. meio de estudos e
práticas de tradução.

2. A tradução é uma
atividade prática O conhecimento de
que requer apenas língua certamente é um
facilitador,
um conhecimento principalmente da
de língua e um bom língua para a qual a
dicionário. obra será traduzida. No
entanto, acredito que
apenas isso não é
suficiente para uma
tradução.
3. O tradutor deve ser
um falante bilíngue Pode ser um
e ter morado num diferencial, mas
certamente não é o
país onde se fala a que caracteriza um
língua estrangeira tradutor.
com a qual
trabalha.

4. Só se pode traduzir
da língua Conforme colocado
estrangeira para a no texto de Pagano,
mesmo o falante
língua materna bilíngue pode ter o
(tradução direta), conhecimento
uma vez que só limitado da língua que
dominamos esta fala, por isso
última. habilidades e
conhecimentos
técnicos são
indispensáveis para a
atuação do tradutor.

5. O tradutor é um
traidor e toda Discordo. Essa
tradução envolve coleção impõe que o
tradutor deve seguir
certo grau de regramento do texto
traição. primário, o que
desconsidera a
autonomia na
tradução.

! Na FICHA 2 abaixo, compare suas respostas com as apreciações de Pagano, 2000 e reveja
suas crenças à luz dessas apreciações. Copie sua justificativa da FICHA 1 e cole na coluna
“Sua postura e justificativa sobre a crença”.
Apreciação de Pagano sobre a crença Sua crença revisitada ou corroborada: comentários

Crença 1: Está implícita aqui a ideia de que se nasce Acredito que é um conjunto de técnicas
tradutor ou que só se pode chegar a ser tradutor que podem ser desenvolvidas por meio de
quando se possui este dom. No entanto, tradutores
competentes e reconhecidos possuem uma carreira
estudos e práticas de tradução.
que envolve experiência e qualificação. Uma quota
de sensibilidade artística certamente contribui para a
beleza de determinados textos, especialmente os
literários. Contudo, renomados poetas e tradutores
têm reconhecido a necessidade de experiência e
conhecimento linguístico, cultural e estratégico (saber
o que fazer e como fazer) para realizar uma tradução.

Crença 2: A prática de tradução requer não apenas O conhecimento de língua certamente é


conhecimento de língua (competência linguística um facilitador, principalmente da língua
bilíngue) mas também estratégias de diversas
naturezas, que podem ser adquiridas ou por meio da
para a qual a obra será traduzida. No
experiência ou por meio de formação profissional. entanto, acredito que apenas isso não é
Teóricos referem-se à “competência tradutória” como suficiente para uma tradução.
um conjunto de conhecimentos, habilidades e atitudes
que o tradutor bem sucedido possui e que conduzem a
um exercício adequado de sua profissão. Entre essas
(sub)competências incluem-se habilidades que
transcendem o conhecimento linguístico, como por
exemplo, conhecimento especializado, utilização de
recursos tecnológicos e características pessoais como
capacidade de dedução, indução, inferência e
capacidade de contínua atualização de conhecimentos
gerais e específicos.
Crença 3: A competência linguística bilíngue é uma Pode ser um diferencial, mas certamente
condição necessária para o tradutor; mas não não é o que caracteriza um tradutor.
suficiente. Sem dúvida, falantes bilíngues possuem a
qualidade essencial para traduzir com sucesso, a
vivência de culturas estrangeiras também. No entanto,
outros fatores afetam o ato tradutório e outras
competências além das linguísticas promovem o bom
desempenho do tradutor. Por exemplo,
subcompetência instrumental (saber usar internet,
dicionários online, memória de tradução e saber
buscar documentação de terminologia específica),
subcompetência estratégica (saber o que fazer com a
linguagem) e componentes psicofisiológicos
(motivação, disciplina, curiosidade, habilidade para
trabalhar sozinho e em equipe, etc.). Bilinguismo não
é tudo: outros aspectos entram na competência
tradutória.

Crença 4: Esta crença é muito difundida. Entretanto Conforme colocado no texto de Pagano,
vale lembrar que o fato de sermos falantes nativos de mesmo o falante bilingue pode ter o
uma língua não nos torna automaticamente habilitados
para traduzir para essa língua. Vale lembrar também
conhecimento limitado da língua que fala,
que falantes nativos possuem diversos graus de por isso habilidades e conhecimentos
conhecimento e proficiência em sua língua materna. técnicos são indispensáveis para a atuação
Outro ponto é que a tradução é uma habilidade do tradutor.
específica e requer uma formação específica. Claro
que traduzir para a língua nativa é mais fácil; mas é
possível também traduzir para a L2 se usarmos um
corpus específico do assunto tratado, dicionários
especializados e outras estratégias para compensar um
menor conhecimento linguístico da L2.

Crença 5: Traduttori, traditori: Esta afirmação antiga Discordo. Essa coleção impõe que o
e famosa ainda domina as conversas e comentários tradutor deve seguir regramento o texto
sobre a tradução: em consequência a essa afirmação, a
noção de ‘fidelidade’ ainda é usada para avaliar
primário, o que desconsidera a autonomia
traduções. Entretanto, não existe uma equivalência na tradução.
automática e não há uma tradução ideal, única e
perfeita. Traduções podem ser realizadas com
objetivos diferentes daqueles do texto fonte (o
chamado original) e feitas para um público diferente,
uma vez que vão ser lidas em um contexto diferente.
Portanto, o tradutor não é um traidor, mas um
recriador de significados para um contexto diferente e
para um determinado fim.

TAREFA 2: Conscientização sobre as competências ‘linguística’ e a ‘referencial’.


Trabalhe em grupos de 2 ou 3 pessoas buscando as informações em fontes de documentação
referencial, como por exemplo, Google Images para discutir a atividade da FICHA 2. Tendo
resolvido os problemas referenciais, preencha individualmente as células da FICHA 2.

! De posse das informações linguísticas e referenciais obtidas nas FICHAS 1 e 2, faça uma
proposta de tradução das expressões indicadas em cada célula da Tarefa Final.
Tarefa Final: Elaboração da sua proposta de tradução

TEXTO A SER TRADUZIDO

Give a wooden mug tree a new life. Use it as a place for all your headbands and
scrunchies. It´s a great place to hang them on and keep in the bathroom.

SUA PROPOSTA DE TRADUÇÃO

Dê uma nova vida a um porta canecas. Use-o como um lugar para suas bandanas e
prendedor de cabelos. É um ótimo lugar para pendurá-los e mantê-los no banheiro.

Referência teórica:

AUBERT, F. H. (1993). As (in)fidelidades da tradução: servidões e autonomia do tradutor.


Campinas, SP: Editora da UNICAMP.

PAGANO, A. (2000). Crenças sobre a tradução e o tradutor – revisão e perspectivas para


novos planos de ação. In: ALVES, MAGALHÃES, PAGANO (2000). Traduzir com
autonomia – estratégias para o tradutor em formação. Belo Horizonte: UFMG.

VASCONCELLOS M. L. & BARTHOLAMEI JUNIOR L. (2008). Estudos da Tradução I -


ISBN: 978-85-60522-19-4

http://www.libras.ufsc.br/hiperlab/avalibras/moodle/prelogin/adl/fb/logs/Arquivos/textos/
estudos_da_traducao/Estudos_Traducao_I.pdf

2.2 JUSTIFICATIVA
A escolha da UD foi devido a sua relevância no meu aprendizado sobre tradução.
Havia um ideia enraizada sobre crenças e o desenvolvimento dessa unidade didática
proporcionou rever esses conceitos. O ato de traduzir é também um aprendizado, e como
estudante reconhecer isso logo no começo dos estudos de tradução é essencial para identificar
as crenças que poderiam afetar esse processo. A relevância desta Unidade Didática se dá
também devido ao fato de mostrar que a tradução é uma atividade que pode ser realizada por
qualquer pessoa, e que as crenças são passíveis de mudança desde que o aprendiz esteja
aberto a rever seus conceitos.
3. TRADUÇÃO COM INFORMES
Escolhi a tradução do poema This Is a Photograph of Me de Margaret Atwood, que
traduzi como atividade na disciplina de Estudos da Tradução: Laboratório de Tradução.

Essa tradução foi uma das primeiras traduções que foram desenvolvidas após iniciar
os estudos de tradução, e foi a escolha para o portfólio por ter sido desafiadora e significativa.
O gênero literário é diferente do que foi apresentado na disciplina LLE5160, no entanto o
conteúdo apresentado sobre as etapas da tradução (orientação, redação e revisão) foi utilizado
no processo de traduzir.
O processo se deu da seguinte forma:
Antes (orientação):

● verificação do gênero textual e a identificação da linguagem a ser utilizada: texto literário


com o uso de figuras de linguagem.
● identificar os estranhamentos no texto e os possíveis problemas de tradução.
Problemas identificados: encontrar expressões na língua de chegada que mantivessem
o ritmo do texto de partida.
● busca interna através do reconhecimento de palavras conhecidas.
● Consulta em outras obras da mesma autora, a fim de identificar o ritmo das suas
narrativas.

● consulta a colegas.

● Tempo gasto: em média 1-2 horas.

Durante (redação):

O processo de traduzir foi desafiador. Como foi a minha primeira tradução, embora eu
já tivesse realizado a etapa de orientação, me questionei como organizar todas as
informações e começar a traduzir de fato. Primeiramente, separei em colunas, o texto fonte e
ao lado a tradução (conforme está no portfólio), assim foi possível realizar a tradução
simultaneamente a leitura do texto.

● Aplicar as soluções encontradas para resolver os problemas.


● Selecionar as soluções prováveis.
● Tradução mantendo a estrangeirização do texto-fonte e a mensagem.
● Tempo gasto: em média 3 horas.

Depois (revisão):

A revisão foi realizada algumas horas após finalizar o texto. Fiz algumas alterações,
por exemplo, traduzir eventually como por fim invés de eventualmente. Esse tempo entre
finalizar a tradução e refletir acerca do texto me permitiu pensar melhor em soluções como
essa que foram mais adequadas para manter o ritmo da poesia.

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A disciplina Introdução à Tradução do Inglês teve um papel fundamental na minha
formação acadêmica, no meu conhecimento como futura profissional de secretariado e na
minha trajetória pessoal. Além de todo conhecimento que adquiri, pude refletir que a
tradução não faz parte somente do currículo do curso, de textos literários ou de documentos
em uma empresa, faz parte do cotidiano das pessoas e é um ato comunicativo de grande
relevância para a sociedade.
Como estudante de secretariado executivo, o reconhecimento do papel da tradução no
mundo corporativo possibilita que, como secretária executiva, eu tenha a habilidade
necessária para desempenhar meu papel com excelência. Por isso, podemos considerar que
para atender as necessidades do ambiente de trabalho, é indispensável o domínio das técnicas
de tradução pelos profissionais de Secretariado Executivo, sendo isso um fator determinante
para que o profissional tenha destaque no seu desempenho.

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