Relatório de Impacto Ambiental (RIMA)
Relatório de Impacto Ambiental (RIMA)
Relatório de Impacto Ambiental (RIMA)
(RIMA)
MONTASA
MONTANHA ÁLCOOL E AÇUCAR S.A.
Março de 2006
RIMA - MONTASA
ÍNDICE
1 INTRODUÇÃO 7
2 IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDEDOR 10
2.1 NOME OU RAZÃO SOCIAL ................................................................................10
2.2 ENDEREÇO COMPLETO ....................................................................................10
2.3 REPRESENTANTES LEGAIS...............................................................................10
2.4 PESSOA DE CONTATO .....................................................................................10
2.5 NÚMERO DE REGISTROS LEGAIS .....................................................................10
3 ASPECTOS LEGAIS E INSTITUCIONAIS . 11
3.1 FEDERAL.........................................................................................................11
3.2 ESTADUAL ......................................................................................................15
3.3 MUNICIPAL .....................................................................................................18
3.4 NORMAS TÉCNICAS BRASILEIRAS ....................................................................18
4 CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO 19
4.1 OBJETIVOS DO EMPREENDIMENTO..................................................................19
4.2 CRONOGRAMA DE DESENVOLVIMENTO............................................................19
4.3 HISTÓRICO DO EMPREENDIMENTO .................................................................19
4.4 JUSTIFICATIVAS TÉCNICAS, ECONÔMICAS, SOCIAIS, AMBIENTAIS E
LOCACIONAIS.......................................................................................................21
4.4.1 Justificativas Locacionais 27
4.4.2 Justificativas Ambientais 28
4.5 EMPREENDIMENTOS ASSOCIADOS, DECORRENTES E SIMILARES......................28
4.6 DESCRIÇÃO DO EMPREENDIMENTO .................................................................37
4.6.1.1 Delimitação da Área de Plantio da Cana-de-açúcar...............................38
4.6.1.2 Preparo da Área de Plantio da Cana-de-açúcar ....................................40
4.6.1.3 Adubação do Solo ..............................................................................41
4.6.1.4 Plantio da Cana-de-açúcar..................................................................43
4.6.1.5 Tratos Culturais .................................................................................44
4.6.1.6 Colheita da Cana-de-açúcar ................................................................45
4.6.1.7 Construção da Planta Industrial ..........................................................47
4.6.1.8 Construção do Tanque de Mistura.......................................................51
4.6.1.9 Construção do Decantador .................................................................52
4.6.1.10 Construção da Estação de Tratamento de Água .................................52
RIMA - MONTASA
4.6.2 Fase de Operação 53
4.6.2.1 Processo Industrial de Produção de Álcool ...........................................53
4.6.2.2 Processo Industrial de Produção de Energia ........................................64
4.6.2.3 Disposição/Tratamento de Efluentes Líquidos, Resíduos Sólidos e
Emissões Atmosféricas ..................................................................................66
4.6.2.3.1 Fase de Instalação ......................................................................66
4.6.2.3.2 Fase de Operação .......................................................................70
4.6.3 Armazenagem / Estocagem das Matérias-primas, Produtos e Subprodutos 76
4.6.3.1 Matéria-prima ....................................................................................76
4.6.3.2 Insumos Industriais ...........................................................................77
4.6.3.3 Produto Final.........................................................................................78
4.6.3.4 Subprodutos.........................................................................................78
4.7 IMPORTÂNCIA ECONÔMICA DO EMPREENDIMENTO NO CONTEXTO REGIONAL .78
5 DELIMITAÇÃO DA ÁREA DE INFLUÊNCIA ...............................82
6 DIAGNÓSTICO AMBIENTAL 83
6.1 MEIO FÍSICO...................................................................................................83
6.1.1 Climatologia 83
6.1.1.1 Caracterização Climática da Região .....................................................83
6.1.1.2 Considerações Gerais............................................................................ 83
6.1.2 Qualidade do A........................................................................................86
6.1.2.1 Emissões Atmosféricas .......................................................................88
6.1.2.1.1 Caracterização das Fontes de Emissão Atmosféricas......................88
6.1.3 - Geologia, Geomorfologia 107
6.1.3.1 Introdução ...................................................................................... 107
6.1.3.2 Metodologia..................................................................................... 107
6.1.3.3 Estratigrafia..................................................................................... 107
6.1.4 Solos 117
6.1.5 Recursos Hídricos...................................................................................117
6.1.5.1 Quantidade de Água ........................................................................ 119
6.1.5.1.1 Vazões Médias Mensais Disponíveis ............................................ 121
6.1.5.1.2 Vazões Médias Anuais Disponíveis.............................................. 122
6.1.5.1.3 Vazões Mínimas Anuais de Sete Dias Consecutivos ...................... 122
6.1.5.2 Qualidade de Água........................................................................... 123
6.1.5.2.1 Parâmetros Analisados .............................................................. 123
6.1.5.2.2 Classificação das Águas Segundo a Resolução CONAMA 357/2005124
3
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6.1.5.2.3 Índice de Qualidade da Água (IQA)............................................ 125
6.1.6 Efluentes Líquidos..................................................................................127
6.1.6.1 Fontes de geração e Tratamentos Propostos ..................................... 127
6.1.6.2 Caracterização Qualitativa e Quantitativa........................................... 128
6.1.6.3 Balanço Hídrico................................................................................ 129
6.1.7 Resíduos Sólidos....................................................................................131
6.1.7.1 Fontes de Geração e Caracterização.................................................. 131
6.1.7.2 Classificação dos Resíduos................................................................ 134
6.1.8 Ruídos e Vibrações.................................................................................136
6.2 MEIO BIÓTICO .............................................................................................. 138
6.2.1 Flora......................................................................................................138
6.2.1.1 Introdução ...................................................................................... 138
6.2.1.2 Objetivo .......................................................................................... 139
6.2.1.3 Material e Métodos .......................................................................... 139
6.2.2 Fauna....................................................................................................149
6.2.2.1 Ictiofauna (Peixes)........................................................................... 149
6.2.2.1.1 Introdução................................................................................ 149
6.2.2.1.2 Material e Métodos.................................................................... 150
6.2.2.1.3 Resultados................................................................................ 151
6.2.2.1.4 Discussão ................................................................................. 152
6.2.2.1.5 Registro Fotográfico de Algumas Espécies .................................. 153
6.2.2.2 Herpetofauna (Anfíbios) ................................................................... 154
6.2.2.2.1 Introdução................................................................................ 154
6.2.2.2.2 Material e Métodos.................................................................... 155
6.2.2.2.3. Resultados e Discussão ............................................................ 155
6.2.2.2.4. Considerações Finais ................................................................ 158
6.2.2.2.6 Registro Fotográfico de Algumas Espécies .................................. 158
6.2.2.3 Herpetofuna (Répteis)...................................................................... 159
6.2.2.3.1 Introdução................................................................................ 159
6.2.2.3.2 Material e Métodos.................................................................... 160
6.2.2.3.3 Resultados e Discussão ............................................................. 160
6.2.2.3.4 Considerações Finais ................................................................. 162
6.2.2.3.5 Registro Fotográfico de Algumas Espécies .................................. 163
6.2.2.4 Avifauna.......................................................................................... 163
6.2.2.4.1 Introdução................................................................................ 163
4
RIMA - MONTASA
6.2.2.4.2 Material e Métodos.................................................................... 164
.6.2.2.4.3 Resultados............................................................................... 165
6.2.2.4.4 Discussão ................................................................................ 174
6.2.2.5 Mamíferos ....................................................................................... 175
6.2.2.5.1 Introdução................................................................................ 175
6.2.2.5.2 Metodologia.............................................................................. 175
6.2.2.5.3 Resultados................................................................................ 179
6.2.2.5.4 Discussão ................................................................................. 181
6.3 MEIO ANTRÓPICO ......................................................................................... 183
6.3.1 Dinâmica Populacional...........................................................................185
6.3.1.1 Características Demográficas ............................................................ 185
6.3.2 Características Econômicas......................................................................192
6.3.2.1 Mercado de Trabalho e Renda .......................................................... 194
6.3.2.2 Mercado de Trabalho Formal ............................................................ 201
6.3.2.3 Agricultura ...................................................................................... 205
6.3.2.4 Investimentos Previstos Para a Região Extremo Norte e de Montanha. 209
6.3.3 Infra-Estrutura.......................................................................................212
6.3.3.1 Saúde ............................................................................................. 214
6.3.3.2 Educação ........................................................................................ 217
6.3.3.4 Segurança ...................................................................................... 222
6.3.3.5 Turismo e Cultura ............................................................................ 223
6.3.4 Localidades da Área de Influência............................................................223
6.3.4.1 São Sebastião do Norte ................................................................... 225
6.3.4.2 Vinhático ......................................................................................... 228
6.3.5 Arqueologia............................................................................................232
7 IMPACTOS AMBIENTAIS, MEDIDAS MITIGADORAS, COMPENSATÓRIAS E
POTENCIALIZADORAS.............................................................................................233
7.1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS...........................................................................237
7.1.1 Impactos Sobre o Meio Físico.................................................................237
7.1.1.1 Recursos Atmosféricos.........................................................................237
7.1.1.2 Recursos Hídricos ............................................................................ 243
7.1.1.3 Geologia, Geomorfologia e Geotecnica .............................................. 245
7.1.1.4 Resíduos Sólidos .............................................................................. 246
7.1.2. Meio Biótico..........................................................................................247
7.1.2.1 Flora...............................................................................................247
5
RIMA - MONTASA
7.1.2.2 Fauna.............................................................................................250
7.1.3 Meio Antrópico......................................................................................258
7.3 ANÁLISE INTEGRADA DOS IMPACTOS AMBIENTAIS ....................................... 269
8 PLANOS E PROGRAMAS AMBIENTAIS....................................................................272
8.1 PROJETO BÁSICO AMBIENTAL (PBA).............................................................. 272
8.1.1 Programa de Recuperação de Áreas Degradadas......................................272
8.1.2 Programa de Comunicação Social............................................................273
8.1.3 Programa de Educação Ambiental............................................................273
8.1.4 Programa de Monitoramento da Emissões Atmosféricas.............................273
8.1.5 Programa de Monitoramento das Águas Subterrâneas...............................273
8.1.6 Plano de Gerenciamento de Resíduos.......................................................274
8.1.7 Plano de Umectação de Vias....................................................................274
9 CONCLUSÃO........................................................................................................275
10 COMPENSAÇÃO AMBIENTAL .............................................................................276
11 PROGNÓSTICO AMBIENTAL .............................................................................279
12 EQUIPE TÉCNICA .............................................................................................282
13 REFERÊNCIAS...................................................................................................283
14 ANEXOS...........................................................................................................295
14.1 – CRONOGRAMA DE DESENVOLVIMENTO...................................................296
14.2 – MAPA DE LOCALIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO......................................297
14.3 – MAPA DAS VIAS DE ACESSO...................................................................298
14.4 – PROPRIEDADES DESTINADAS AO PLANTIO DA CANA-DE-AÇUCAR............299
14.5 – LAYOUT GERAL DA ÁREA INDUSTRIAL....................................................300
14.6 – MATRIZ DE INTERAÇÃO DOS IMPACTOS.................................................301
RIMA - MONTASA
INTRODUÇÃO 1
RIMA - MONTASA
A capacidade de produção programada do empreendimento objeto deste licenciamento,
no final de 2009, atingirá a marca de 800.000 toneladas de cana moída por safra,
gerando um volume de 285 m3 diário de álcool e a potência máxima de geração de
energia elétrica da ordem de 5 MW.
Cabe ressaltar que todo quantitativo de efluentes líquidos e resíduos sólidos gerados,
decorrentes do processo de produção do álcool, é reaproveitado neste processo e no
cultivo da cana-de-açúcar, caracterizando esta tecnologia como limpa. Este procedimento
é de suma importância, pois contribui para diminuir a quantidade de resíduos a serem
tratados e dispostos, reduzindo as atividades extrativas de matéria-prima, protegendo,
desta forma, o meio ambiente.
RIMA - MONTASA
O EIA / RIMA descrevem as principais características do empreendimento, dando ênfase
à identificação dos impactos ambientais decorrentes das atividades necessárias nas fases
de implantação e operação e as principais medidas, que visam à minimização,
potencialização e compensação dos mesmos. Os estudos relativos ao presente trabalho
foram desenvolvidos por equipe multidisciplinar, em consonância com o Termo de
Referência aprovado pelo Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos –
IEMA/SEAMA - ES. Ressalta-se que estes se basearam em pesquisa de dados existentes e
levantamentos de campo.
RIMA - MONTASA
IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDEDOR 2
Avenida Pai João nº. 1137, Bairro Urbes, Conceição da Barra – ES, CEP 29.960-000.
CNPJ: 39.628.755/0001-70
10
RIMA - MONTASA
ASPECTOS LEGAIS E INSTITUCIONAIS 3
3.1 FEDERAL
Leis
RIMA - MONTASA
Dispõe sobre a política energética nacional, as atividades relativas ao monopólio do
petróleo, institui o Conselho Nacional de Política Energética e a Agência Nacional do
Petróleo e dá outras providências.
LEI N° 9.605/1998.
Sanções penais e administrativas aplicáveis às condutas lesivas ao Meio Ambiente
(Lei de Crimes Ambientais).
Lei Federal nº 9.985, de 18/06/2000.
Dispõe sobre o Sistema Nacional de Unidades de Conservação.
Decretos
Resoluções
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RESOLUÇÃO CONAMA Nº 006, de 24/01/1986.
Dispõe sobre a aprovação de modelos para publicação de pedidos de licenciamento.
RESOLUÇÃO CONAMA N° 06, de 15/06/88.
Dispõe sobre a criação de inventários para o controle de estoques e/ou destino final
de resíduos industriais, agrotóxicos e PCB’s.
RESOLUÇÃO CONAMA Nº 005, de 15/06/1989.
Estabelece critérios para a conservação dos recursos atmosféricos de regiões
específicas.
RESOLUÇÃO CONAMA Nº 001, de 08/03/1990.
Estabelece normas a serem obedecidas no interesse da saúde no tocante à emissão
de ruídos em decorrência de qualquer atividade.
RESOLUÇÃO CONAMA Nº 003, de 28/06/1990.
Fixa padrões de qualidade do ar primários e secundários para partículas totais em
suspensão, fumaça, partículas inaláveis, dióxido de enxofre, monóxido de carbono,
ozônio e dióxido de nitrogênio.
RESOLUÇÃO CONAMA Nº 008, de 06/12/1990.
Estabelece limites máximos de emissão de poluente do ar.
RESOLUÇÃO CONAMA Nº 013, de 06/12/1990.
Define o raio de 10 km no entorno das unidades de conservação, visando à proteção
dos ecossistemas ali existentes.
RESOLUÇÃO CONAMA Nº 010, 01/10/93.
Estabelece os parâmetros básicos para análise dos estágios de sucessão de Mata
Atlântica.
Resolução 029, de 07/12/94.
Define vegetação primária e secundária nos estágios inicial, médio e avançado de
regeneração da Mata Atlântica, considerando a necessidade de definir o corte, a
exploração e a supressão da vegetação secundária no estágio inicial de regeneração
no Espírito Santo.
RESOLUÇÃO CONAMA N° 237/97.
Dispõe sobre os critérios para o licenciamento ambiental.
RESOLUÇÃO CONAMA Nº 003, de 28/06/1999.
Estabelece os Padrões de Qualidade do Ar.
13
RIMA - MONTASA
RESOLUÇÃO CONAMA Nº 257, 30/06/1999.
Estabelece que pilhas e baterias que contenham em suas composições chumbo,
cádmio, mercúrio e seus compostos, tenham os procedimentos de reutilização,
reciclagem, tratamento ou disposição final ambientalmente adequados.
RESOLUÇÃO CONAMA N° 275, de 25/04/2001.
Estabelece o código de cores para os diferentes tipos de resíduos, a ser adotado na
identificação de coletores e transportadores, bem como nas campanhas informativas
para a coleta seletiva.
RESOLUÇÃO Nº 307, de 5/07/2002.
Estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão dos resíduos da
construção civil.
RESOLUÇÃO CONAMA Nº 334, de 19/05/2003.
Dispõe sobre os procedimentos de licenciamento ambiental de estabelecimentos
destinados ao recebimento de embalagens vazias de agrotóxicos.
RESOLUÇÃO CONAMA Nº 357, de 17/03/2005.
Dispõe sobre a classificação dos corpos de água e diretrizes ambientais para o seu
enquadramento, bem como estabelece as condições e padrões de lançamento de
efluentes, e dá outras providências.
RESOLUÇÃO CONAMA Nº 358, de 29/04/2005.
Dispõe sobre o tratamento e a disposição final dos resíduos dos serviços de saúde e
dá outras providências.
RESOLUÇÃO CONAMA N° 362, de 23/06/2005.
Estabelece definições e torna obrigatório o recolhimento e destinação adequada de
todo o óleo lubrificante usado ou contaminado.
Portarias
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RIMA - MONTASA
3.2 ESTADUAL
Leis
15
RIMA - MONTASA
LEI Nº 6.924, 14 DE DEZEMBRO DE 2001.
Modifica dispositivos da Lei nº 6.607, de 06 de fevereiro de 2001, que dispõe sobre o
preparo do solo para fins agrícola, pecuário e florestal.
LEI Nº 7.058, de 18/01/2002.
Dispõe sobre a fiscalização, infrações e penalidades relativas à proteção ao meio
ambiente.
LEI ESTADUAL nº 5.866, de 21/06/1999.
Altera a Lei Estadual nº 5.361, de 30 de dezembro de 1996, que dispõe sobre a
Política Florestal do Estado do Espírito Santo.
Decretos
16
RIMA - MONTASA
1266-R, de 30/12/2003, 1297-R, de 12/03/2004, 1351-R, de 08/07/2004, e pela Lei
7.058, de 18/01/2002.
DECRETO N° 4376-N, de 10/12/1998.
Institui o Plano de Prevenção de Acidentes Ambientais com produtos perigosos.
DECRETO N° 24-R, de 22/03/2000.
Aprova o regulamento que disciplina o uso, a produção, o consumo, o comércio, o
armazenamento e o transporte interno de agrotóxicos, seus componentes e afins do
Estado do Espírito Santo.
DECRETO N° 1318-R, de 29/04/2004.
Regulamenta a construção de barragens no Estado do Espírito Santo.
Resoluções
Instruções Normativas
17
RIMA - MONTASA
3.3 MUNICIPAL
Vale ressaltar que o Plano Diretor Urbano – PDU, do Município de Montanha, segundo
informações da Secretaria Municipal de Administração, está em fase de elaboração e sem
prazo previsto para conclusão.
18
RIMA - MONTASA
CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO 4
Nas empresas, indústrias e até mesmo na agroindústria, agricultura, essas diretrizes têm
se tornado básicas em suas gestões, incorporando à produtividade e lucratividade à
19
RIMA - MONTASA
conservação dos recursos naturais e “otimização” ou até mesmo a substituição de
insumos, para contribuir sempre mais com esse contexto de preservação do meio
ambiente.
Contando com suas experiências de sucesso já existentes, a DISA possui, ainda, o apoio
incontestável da administração pública municipal para a implantação da MONTASA, a ser
localizada próxima à localidade de São Sebastião, Município de Montanha.
20
RIMA - MONTASA
É composta por mais duas subsidiárias: APAL – Agropecuária Aliança S.A. e JHD –
Condomínio Agrícola Jorge Henrique Donato, que têm suas atividades voltadas para o
cultivo da cana-de-açúcar, café, seringa. As suas áreas estão distribuídas em áreas de
plantio e preservação permanente.
Atuando no mercado nacional, o grupo DISA conta com um quadro de 1700 funcionários
diretos, todos voltados para o desenvolvimento da empresa e a satisfação de seus
fornecedores, clientes e comunidade.
RIMA - MONTASA
colhida e processada pela primeira vez. A mesma cana pode ser colhida até cinco ou dez
vezes, mas a cada ciclo devem ser feitos investimentos significativos para manter a
produtividade em níveis competitivos.
A cana é a força por trás das 307 ‘centrais energéticas’ existentes no Brasil, 128 das
quais estão em São Paulo, utilizando cana que cobre 2,35 milhões de hectares de terra.
São usinas e destilarias que processam a biomassa proveniente da cana-de-açúcar e que
alimentam um círculo virtuoso: produzem açúcar como alimento, energia elétrica vinda
da queima do bagaço nas caldeiras, álcool hidratado para movimentar veículos e álcool
anidro para melhorar o desempenho energético e ambiental da gasolina.
Conforme dados do ano de 2001, fornecidos pelo Governo do Estado do Espírito Santo, o
Brasil é o maior produtor de açúcar de cana do mundo, com os menores custos de
produção e, também, o maior exportador do produto. Metade da produção brasileira é
destinada ao mercado interno. A metade exportada gerou, em 2001, 2,2 bilhões de
dólares para a balança comercial. O Brasil exporta açúcar branco (refinado), cristal e
demerara, e há pelo menos cinco anos a Rússia se mantém como a maior importadora
do açúcar brasileiro. O Estado de São Paulo é responsável por 60% de todo o açúcar
produzido no País e por 70% das exportações nacionais.
No Estado de São Paulo, o setor gera para consumo próprio entre 1.200 e 1.500
22
RIMA - MONTASA
Megawatts, 40 usinas produzem excedentes de 158 Mw e a luz, que vem da cana, já
ajuda a iluminar diversas cidades. O potencial de geração de energia da agroindústria
canavieira está em torno de 12 mil Mw – a potência total instalada no Brasil é de 70 mil
Mw. Em 2002, em função de novos projetos, mais 300 Mw foram adicionados e em curto
prazo o setor poderá contribuir com 4 mil Mw adicionais.
Em 1984, os carros a álcool respondiam por 94,4% da produção das montadoras. Desde
1986, no entanto, afastada a crise do petróleo e centrando-se as políticas econômicas
internas na contenção de tarifas públicas, para limitar a inflação, o governo contribuiu
decisivamente para o início de uma curva descendente de produção de carros a álcool:
- o desestímulo à produção levou a relação muito justa entre oferta e demanda do
produto no final dos anos 90;
- mesmo com a existência de álcool nas indústrias, o governo, por omissão ou falha
operacional, não foi capaz de resolver problemas logísticos e provocou uma crise
localizada de abastecimento em 89.
RIMA - MONTASA
Atualmente, três milhões de veículos são movidos a álcool hidratado, consumindo 4,9
bilhões de litros/ano. Usa-se álcool anidro, produção de 5,5 bilhões de litros/ano, na
proporção de 24 a 25%, como aditivo para a gasolina. Nos últimos 22 anos registrou-se
economia de 1,8 bilhão de dólares por ano, com a substituição pelo álcool, do
equivalente a 200 mil barris de gasolina/dia.
A queda da demanda de álcool hidratado foi compensada pelo maior uso do álcool
anidro, que acompanha o crescimento da frota brasileira de veículos leves. Em mais de
25 anos de história de utilização do álcool em larga escala, o Brasil desenvolveu
tecnologia de motores e logística de transporte e distribuição do produto únicas no
mundo. Hoje, há determinação legal no sentido de que toda gasolina brasileira contenha
de 20% a 25% de álcool anidro, com variação de + ou – 1. A definição pontual cabe ao
Conselho Interministerial de Açúcar e Álcool - CIMA, e é feita de modo a equilibrar a
relação entre oferta e consumo. O Brasil desenvolveu infra-estrutura ímpar de
distribuição do combustível e detém uma rede de mais de 25 mil postos, com bombas de
álcool hidratado, para abastecer cerca de três milhões de veículos, 20% da frota
nacional.
RIMA - MONTASA
Os Estados Unidos já possuem uma frota de mais de um milhão e meio de veículos
flexíveis, rodam com diversas misturas de álcool e gasolina, e deverão aumentar muito a
utilização do álcool misturado à gasolina em razão do banimento do metil-tércio-butil-éter
(MTBE) na Califórnia e em outros Estados, em virtude da contaminação dos lençóis
freáticos causada por esse derivado do petróleo. Austrália, Tailândia, México, Suécia,
União Européia, Canadá, Colômbia, Índia, China e Japão já ensaiam programas de álcool,
estimulados por preocupações ambientais e agrícolas.
O Brasil já colhe os frutos ambientais do seu uso em larga escala. Estudo publicado pela
Confederação Nacional da Indústria, em 1990, que comparou cenários de utilização de
combustíveis na Região Metropolitana de São Paulo, concluiu que o melhor cenário para
a redução de emissões seria o uso exclusivo do álcool em toda a frota e o pior, o uso de
gasolina pura. Na faixa intermediária, situaram-se os cenários de frota operando
exclusivamente com gasolina, contendo 22% de etanol, e, em posição ambientalmente
mais favorável, o mix da frota circulante em 1989, composto por 51% de veículos com
22% de etanol na gasolina e 49% de veículos a álcool puro.
25
RIMA - MONTASA
O maior diferencial ambiental do álcool está na origem renovável. É extraído da biomassa
da cana-de-açúcar, com reconhecido potencial para seqüestrar carbono da atmosfera, o
que lhe confere grande importância no combate global ao efeito estufa.
É um produto renovável e limpo que contribui para a redução do efeito estufa e diminui
substancialmente a poluição do ar, minimizando os seus impactos na saúde pública.
Apesar de ser lembrado como resposta do Brasil às crises do petróleo, o álcool anidro era
usado desde os anos 30 como aditivo na gasolina brasileira. Na busca de autonomia
energética, o país desenvolveu o Programa Nacional do Álcool e o pioneiro carro a álcool.
Estavam lançadas as raízes de uma capacidade instalada de produção anual de 16
bilhões de litros de álcool, o equivalente a 84 milhões de barris de petróleo/ano.
Uma cultura altamente ecológica, pois além do externado anteriormente controla suas
pragas com inimigos naturais (controle biológico); suas doenças através da engenharia
genética; utiliza todos seus resíduos industriais nas lavouras de cana; manejo de solo
adequado e ainda gera um combustível limpo e renovável.
RIMA - MONTASA
Este modelo depende da abertura de novos mercados para o açúcar e, principalmente,
da transformação do álcool em commodity internacional.
RIMA - MONTASA
como um fator impeditivo a distância entre a área industrial e a área de plantio da
matéria-prima. Neste caso, a impossibilidade de plantio de cana-de-açúcar na região de
Pinheiros justifica-se pelo desenvolvimento expressivo da fruticultura e pelo elevado
custo das terras, por serem férteis.
Sob o ponto de vista ambiental, a área eleita para implantação da unidade fabril da
MONTASA foi escolhida tendo como premissa a não ocorrência de vegetação de porte
arbóreo/arbustivo. Este critério foi e será seguido também para as áreas destinadas ao
cultivo da cana-de-açúcar. Isto significa dizer que somente serão ocupadas áreas que
hoje são ocupadas por pastagem. As pastagens possuem pouca importância para
manutenção da diversidade biológica da região, por não oferecerem local de abrigo para
a maioria dos representantes da fauna.
RIMA - MONTASA
Diversidade, flexibilidade e adequação às necessidades do meio ambiente. A cana-de-
açúcar é matéria-prima de grande flexibilidade. Com ela é possível produzir açúcar e
álcool de vários tipos, fabricar bebidas, como cachaça, rum e vodka, e gerar eletricidade
a partir do bagaço via alcoolquímica.
Dos resíduos, utilizam-se a vinhaça e o vinhoto como fertilizantes. Existem ainda outros
derivados: dextrana, xantan, sorbitol, glicerol, cera refinada de torta, antifúngicos, etc.
Através dos resíduos, têm-se, ainda, o biogás de resíduos e as águas residuais que
servem para fertilização e irrigação.
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Existem ainda o mercado dos derivados como, por exemplo, os derivados do bagaço,
onde pode-se citar os seguintes: polpa quimiomecânica de bagaço; polpa química para
papel; polpa para dissolver; polpa absorvente; papel de jornal; papel de impressão e de
escrever de polpa quimiomecânica; papel de impressão e de escrever de polpa química;
papéis estucados com polpas química e quimiomecânica; meio para corrugar;
carboximetilcelulose; celulose microcristalina; pó de celulose; meios filtrantes; fármacos a
partir de lignina do bagaço; tabuleiros de partículas de bagaço; tabuleiros ou painéis com
aglutinantes inorgânicos; tabuleiros de fibras de bagaço; produtos moldados de bagaço;
tabuleiros de fibras de densidade média (MDF); furfurol; resina de furfurol acetona;
resina para fundição; primário atincorrosivo furano-asfáltico; fármacos nicrofurânicos;
álcool furfurílico; resina de álcool furílico; carvão ativado; bagacilho hidrolisado; bagacilho
pré-digerido; bagacilho pré-digerido com cal (Predical).
O Estado do Espírito Santo, com excelente localização geográfica, possuidor de boa rede
viária interna e de acesso a outros Estados, inclusive ferroviários e boa infra-estrutura
portuária para exportação de açúcar, apresenta-se com grande potencial de expansão da
demanda, visto que os Estados vizinhos (MG, BA, RJ) são importadores de açúcar e
álcool. Assim, um terminal de armazenamento de alcóois vem sendo estudado para suprir
a demanda internacional do álcool.
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RIMA - MONTASA
Como não poderia deixar de comentar, o Programa denominado Pro-álcool foi
considerado um programa bem-sucedido de substituição em larga escala dos derivados
de petróleo. Foi desenvolvido para evitar o aumento da dependência externa de divisas
quando dos choques de preço de petróleo. De 1975 a 2000, foram produzidos cerca de
5,6 milhões de veículos a álcool hidratado. Acrescido a isso, o Programa substituiu por
uma fração de álcool anidro (entre 1,1% a 25%) um volume de gasolina pura consumida
por uma frota superior a 10 milhões de veículos a gasolina, evitando, assim, nesse
período, emissões de gás carbônico da ordem de 110 milhões de toneladas de carbono
(contido no CO2), a importação de aproximadamente 550 milhões de barris de petróleo e,
ainda, proporcionando uma economia de divisas da ordem de 11,5 bilhões de dólares.
A cana-de-açúcar tem o mais alto retorno para os agricultores por hectare plantado. O
custo de produção do açúcar no país é baixo (inferior a US$ 200/toneladas), podendo
dessa maneira competir no mercado internacional. Tal mercado é, entretanto, volátil e
apresenta grandes oscilações de preços.
A produção mundial de açúcar em 2000 foi de 131 milhões de toneladas, sendo de cerca
de 13% a participação do Brasil, segundo dados da Revista BiodiselBR. As etapas na
produção do açúcar e do álcool diferem apenas a partir da obtenção do suco, que poderá
ser fermentado para a produção de álcool ou tratado para o açúcar. Caso a produção de
açúcar se torne menos atrativa devido às reduções de preços internacionais o que
freqüentemente ocorre, poderá ser mais vantajoso a mudança na produção para álcool.
RIMA - MONTASA
1975, quando o governo federal decidiu encorajar a produção do álcool em substituição à
gasolina pura, com o objetivo de reduzir as importações de petróleo, então com um
grande peso na balança comercial externa. Nessa época, o preço do açúcar no mercado
internacional vinha decaindo rapidamente, o que tornou conveniente a mudança de
produção de açúcar para álcool.
No programa Brasileiro do Álcool, Pro-álcool, destacam-se cinco fases distintas que são:
- a 1ª Fase (Inicial): período de 1975 a 1979 - o esforço foi dirigido sobretudo para a
produção de álcool anidro para a mistura com gasolina. Nessa fase, o esforço principal
coube às destilarias anexas. A produção alcooleira cresceu de 600 milhões de l/ano
(1975-76) para 3,4 bilhões de l/ano (1979-80). Os primeiros carros movidos
exclusivamente a álcool surgiram em 1978;
- 2ª Fase (de Afirmação): período de 1980 a 1986 - segundo choque do petróleo (1979-
80) triplicou o preço do barril de petróleo e as compras desse produto passaram a
representar 46% da pauta de importações brasileiras em 1980. O governo, então,
resolve adotar medidas para plena implementação do Pro-álcool. São criados
organismos como o Conselho Nacional do Álcool – CNAL, e a Comissão Executiva
Nacional do Álcool – CENAL, para agilizar o programa. A produção alcooleira atingiu um
pico de 12,3 bilhões de litros em 1986-87, superando em 15% a meta inicial do
governo de 10,7 bilhões de l/ano para o fim do período. A proporção de carros a álcool
no total de automóveis de ciclo Otto (passageiros e de uso misto) produzidos no país
aumentou de 0,46% em 1979 para 26,8% em 1980, atingindo um teto de 76,1% em
1986.
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RIMA - MONTASA
A oferta de álcool não pode acompanhar o crescimento descompassado da demanda,
com as vendas de carro a álcool atingindo níveis superiores a 95,8% das vendas totais de
veículos de ciclo Otto para o mercado interno em 1985.
Os baixos preços pagos aos produtores de álcool a partir da abrupta queda dos preços
internacionais do petróleo, que se iniciou ao final de 1985, impediram a elevação da
produção interna do produto. Por outro lado, a demanda pelo etanol, por parte dos
consumidores, continuou sendo estimulada por meio da manutenção de preço
relativamente atrativo ao da gasolina e da manutenção de menores impostos nos
veículos a álcool comparados aos à gasolina. Essa combinação de desestímulo à
produção de álcool e de estímulo à sua demanda, pelos fatores de mercado e
intervenção governamental assinalados, gerou a crise de abastecimento da entressafra
1989-90. Vale ressaltar que, no período anterior à crise de abastecimento houve
desestímulo tanto à produção de álcool, conforme citado, quanto à produção e
exportação de açúcar, que àquela época tinham seus preços fixados pelo governo.
Apesar de seu caráter efêmero, a crise de abastecimento de álcool do fim dos anos 1980
afetou a credibilidade do Pro-álcool, que, juntamente com a redução de estímulos ao seu
uso, provocou, nos anos seguintes, um significativo decréscimo da demanda e,
consequentemente, das vendas de automóveis movidos por esse combustível.
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o álcool hidratado. Essa mistura (60% de etanol hidratado, 34% de metanol e 6% de
gasolina) obrigaria o país a realizar importações de etanol e metanol, que no período
entre 1989-95 superou a 1 bilhão de litros, para garantir o abastecimento do mercado ao
longo da década de 1990. A mistura atendeu as necessidades do mercado e não foram
constatados problemas sérios de contaminação e de saúde pública.
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preços entre o álcool e o açúcar para o produtor e incentivos de financiamento para as
fases agrícola e industrial de produção do combustível. Com o advento do veículo a álcool
hidratado, a partir de 1979, adotou-se políticas de preços relativos entre o álcool
hidratado combustível e a gasolina, nos postos de revenda, de forma a estimular o uso
do combustível renovável.
- 5ª Fase (Atual): no período atual - trinta anos depois do início do Pro-álcool, o Brasil
vive agora uma nova expansão dos canaviais com o objetivo de oferecer, em grande
escala, o combustível alternativo. O plantio avança além das áreas tradicionais, do
interior paulista e do Nordeste, e espalha-se pelos cerrados. A nova escalada não é um
movimento comandado pelo governo, como a ocorrida no final da década de 70,
quando o Brasil encontrou no álcool a solução para enfrentar o aumento abrupto dos
preços do petróleo que importava. A corrida para ampliar unidades e construir novas
usinas é movida por decisões da iniciativa privada, convicta de que o álcool terá, a
partir de agora, um papel cada vez mais importante como combustível, no Brasil e no
mundo.
A tecnologia dos motores flex fuel veio dar novo fôlego ao consumo interno de álcool. O
carro que pode ser movido a gasolina, álcool ou uma mistura dos dois combustíveis foi
introduzido no País em março de 2003 e conquistou rapidamente o consumidor. Hoje, a
opção já é oferecida para quase todos os modelos das indústrias e os automóveis
bicombustíveis ultrapassaram pela primeira vez os movidos a gasolina na corrida do
mercado interno. Diante do nível elevado das cotações de petróleo no mercado
internacional, a expectativa da indústria é que essa participação se amplie ainda mais. A
relação atual de preços faz com que o usuário dos modelos bicombustíveis dê preferência
ao álcool.
A velocidade de aceitação pelos consumidores dos carros bicombustíveis, ou flex fuel, foi
muito mais rápida do que a indústria automobilística esperava. As vendas desses veículos
já superaram as dos automóveis movidos a gasolina. Os bicombustíveis representaram
49,5% do total de automóveis e comerciais leves vendidos em 2003, enquanto a
participação dos movidos a gasolina ficou em 43,3%, segundo a Associação Nacional dos
Fabricantes de Veículos Automotores - ANFAVEA. A preferência do mercado levou a
Câmara Setorial de Açúcar e do Álcool, órgão ligado ao governo, a rever suas projeções e
indicar que a participação da nova tecnologia deverá atingir 75% dos carros vendidos em
2006.
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RIMA - MONTASA
Dessa maneira, as perspectivas para o Pro-álcool vêm sendo caracterizadas através do
empenho do mundo em encontrar uma solução duradoura para seu problema energético,
como na época das crises do petróleo dos anos 70. A preocupação ambiental se somou à
redução dos estoques e à alta dos preços dos combustíveis fósseis para valorizar as
fontes renováveis e menos poluentes de energia.
RIMA - MONTASA
presidente da Usinas e Destilarias do Oeste Paulista - UDOP, associação fundada em
1985 para agrupar as destilarias ali implantadas no embalo do Pro-álcool. O oeste de São
Paulo, segundo Zancaner, oferece custos menores de arrendamento em relação às
regiões tradicionais do Estado e condições naturais de clima, solo e topografia adequadas
para os canaviais: “temos a vantagem de uma cana mais rica em açúcar que a da região
de Ribeirão Preto, por causa do clima menos úmido”, diz ele.
Mas não pode-se atribuir ao Pro-álcool o status de único programa implantado pelo
Governo Federal para minimizar os impactos ocorridos na década de 1970 pela então
“crise do petróleo”. Para minimizar o desequilíbrio na balança comercial brasileira,
causado pela brusca elevação dos preços do petróleo durante a crise do petróleo, o
governo federal decidiu implementar uma política energética, cujo objetivo era reduzir o
dispêndio líquido de divisas. Uma das principais vertentes dessa política foi incentivar
fontes alternativas ao petróleo importado e o uso eficiente da energia, destacando-se os
seguintes programas: Programa de Produção Antecipada de Petróleo, Programa de
Eletrotermia, Programa de Uso Eficiente da Energia – Conserve, Programa Nacional do
Álcool – Pro-álcool.
Por meio dessas políticas e medidas, ocorreu uma evolução significativa da produção
nacional de petróleo e gás natural. O consumo final energético do álcool etílico por ano
tem variado desde 1975 até 2000 entre 580 milhões e 10,6 bilhões de litros, tendo a
produção atingido um volume máximo de 15,5 bilhões de litros em 1997.
RIMA - MONTASA
4.6.1 Fase de Instalação
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Figura 4.6.1.1-1 – Vista da área de plantio da cana-de-açúcar
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RIMA - MONTASA
4.6.1.2 Preparo da Área de Plantio da Cana-de-açúcar
No preparo do solo, deve-se considerar duas situações distintas: se a cana vai ser
plantada pela primeira vez ou se o terreno já se encontra ocupado com cana.
No primeiro caso, faz-se uma aração profunda, com bastante antecedência do plantio,
visando destruir, incorporar e decompor os restos culturais existentes. Seguidamente, é
realizada a gradagem do solo, que se trata da realização de cortes no solo, com o
objetivo de completar a primeira operação.
Em solos argilosos, é normal a existência de uma camada impermeável, a qual pode ser
detectada através de trincheiras abertas no perfil do solo, ou pelo penetrômetro.
Constatada a impermeabilização/compactação do solo, seu rompimento se faz através de
subsolagem, que só é aconselhada quando a camada adensada se localizar a uma
profundidade entre 20 e 50 cm da superfície e quando o solo estiver seco. A subsolagem
trata-se da quebra da estrutura do solo por meio de um equipamento denominado
subsolador, visando o aumento da permeabilidade do solo, para possibilitar um plantio
mais profundo.
Por fim, às vésperas do plantio, faz-se uma nova gradagem, visando o acabamento do
preparo do terreno e a eliminação de ervas daninhas.
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RIMA - MONTASA
Tal como descrito para a primeira situação, se confirmada a compactação do solo, a
subsolagem torna-se necessária. Nas vésperas do plantio procede-se uma aração
profunda (profundidade variando entre 25 e 30 cm), por meio de arado ou grade pesada.
Posteriormente, são realizadas as gradagens necessárias, visando manter o terreno
destorroado e apto ao plantio.
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RIMA - MONTASA
do mesmo e da necessidade de nutrientes pela lavoura. A Figura 4.6.1.3-1 mostra a
aplicação do vinhoto em áreas de plantio da cana-de-açúcar.
Os sistemas básicos de aplicação do vinhoto são por infiltração, por veículos e aspersão,
sendo que cada sistema apresenta modificações.
A torta de filtro úmida pode ser aplicada em toda a área, respeitando uma proporção de
80 a 100 t/ha, e também no sulco de plantio (15 a 30 t/ha) ou nas entrelinhas (40 a 50
t/ha). Metade do fósforo contido na torta de filtro pode ser proveniente da adubação
fosfatada recomendada (Boletim Técnico 100 IAC, 1996). A Figura 4.6.1.3-2 mostra a
aplicação da torta de filtro em área de plantio da cana-de-açúcar.
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RIMA - MONTASA
Figura 4.6.1.3-2 - Aplicação da torta de filtro
Na região Centro-Sul existem duas épocas bem definidas para o plantio de cana-de-
açúcar, a saber: período de setembro a outubro e o período de janeiro a março. Porém, o
período de setembro a outubro não é o mais recomendado, sendo indicado em casos de
necessidade urgente de matéria-prima, que pode se justificar por recente instalação ou
ampliação do setor industrial, ou pelo comprometimento da safra devido à ocorrência de
adversidade climática.
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Figura 4.6.1.4-1 - Plantio convencional com cultivo mínimo
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O controle mais eficiente das ervas, nesse período, é químico, realizado através da
aplicação de herbicidas em pré-emergência, logo após o plantio e em área total.
Dependendo das condições de aplicação, infestação da gleba e eficiência do praguicida,
há necessidade de uma ou mais carpas mecânicas e catação manual até o fechamento
da lavoura. A partir daí a infestação de ervas é praticamente nula.
O primeiro plantio está previsto para outubro de 2006, tendo em vista a previsão de uma
safra de 400.000 toneladas de cana moída em 2007. Para tanto, será necessário o
envolvimento de 188 funcionários para preparo do solo e cultivo da cana-de-açúcar.
Acerca do tipo de colheita que será feita, a mecanização será realizada de maneira
gradativa, em função da necessidade de aquisição de um grande número de máquinas.
Sendo assim, a substituição da colheita manual pela mecanizada ocorrerá de acordo com
as informações constantes da Tabela 4.6.1.6-1 a seguir.
2007 - - 400.000
2008 20 2 600.000
2009 40 4 800.000
2010 70 5 800.000
2011 70 5 800.000
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Figura 4.6.1.6-1 – Colheita manual
Alojamentos Provisórios
Dentre as funções dos funcionários da área agrícola estão o plantio dos canaviais e tratos
culturais, quais sejam: adubação da lavoura, aplicação de fertilizantes e herbicidas,
capina manual, irrigação, a colheita, o transporte da cana, a manutenção mecânica dos
equipamentos, dentre outros. Estes são contratados na própria região, municípios da
área de influência da empresa para todo o período da entressafra, entretanto, na época
da safra, normalmente entre os meses de abril a outubro, faz-se necessário à
contratação adicional de mão-de-obra para o trabalho na colheita da cana de outras
regiões do país, no caso específico, da região nordeste, Estado de Alagoas. Tal fato se
deve a não conseguir na região o número de funcionários necessários, devido à colheita
coincidir com outras, tais como: fruticultura, culturas básicas na alimentação humana e a
cafeicultura. A atividade da cafeicultura inicia sua colheita em maio e vai até julho ou
agosto, portanto, na mesma época em que a atividade canavieira está em plena colheita.
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Para esta mão-de-obra externa a DISA (do mesmo grupo da MONTASA) conta com
alojamentos instalados com toda a infra-estrutura necessária para a permanência dos
mesmos, como pode ser observado através da Figura 4.6.1.6-2 que se segue.
Além destes alojamentos já instalados pela DISA, caso se faça necessário, com a
instalação de sua filial, MONTASA, pode ocorrer a necessidade da instalação de mais um
alojamento. Neste caso, previamente a sua implantação, será discutido com a
municipalidade o local mais adequado e que menos impacto poderá acarretar para a
população residente.
A planta Industrial, incluindo todo o setor administrativo, irá ocupar uma área de
aproximadamente 8,0 hectares. Trata-se de uma área plana e coberta por pastagem
(Figura 4.6.1.7-1).
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- drenagem pluvial;
- sistema de tratamento de esgoto doméstico;
- abastecimento de água;
- redes elétricas e telefônicas;
- urbanização e paisagismo.
Para a execução das obras de infra-estrutura básica está prevista a instalação de canteiro
de obras, o qual contará as seguintes instalações:
- escritório central;
- galpão para máquinas e manutenção;
- guarita;
- almoxarifado;
- banheiro para operários;
- refeitório.
Também deverão ser executadas cercas, portões e guaritas para completa vedação da
área.
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Todas as instalações do canteiro de obras serão removidas após conclusão das obras, ou
seja, antes do início de operação do empreendimento.
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Obras em Concreto Armado
Canteiro de Obras
Alojamento Provisório
A mão-de-obra alocada para a fase de implantação, caso por alguma exigência técnica
não permita a contratação local, serão alojados em área urbana, conforme solicitação e
previamente acordado com a municipalidade.
Unidade Fabril
A planta, que se encontra no Anexo, Item 14.5, mostra o arranjo geral da planta
industrial da MONTASA.
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RIMA - MONTASA
Tabela 4.6.1.7-1 – Equipamentos da planta industrial
EQUIPAMENTO QUANTIDADE
Ternos de moendas 6
Caldeira de geração de vapor 2
Turbo gerador elétrico 1
Destiladores 4
Torres de resfriamento 4
Picador/Desfibrador 1
Colheitadeiras CASE - Modelos 7000 e 7700 Variável*
*
De acordo com o avanço da mecanização da colheita da cana-de-açúcar (ver Tabela 4.6.1.6-1).
O tanque de mistura ficará localizado há 300 metros da planta industrial, para evitar
geração de odores no local. A Figura 4.6.1.8-1 mostra uma vista de um tanque de
vinhaça.
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RIMA - MONTASA
Figura 4.6.1.8-1 – vista de um tanque de mistura dos efluentes líquidos
Será construída uma unidade de decantação para a água utilizada na lavagem da cana-
de-açúcar, na intenção de reduzir a captação de água. O dimensionamento e critérios
construtivos desta unidade de tratamento seguirão os preceitos estabelecidos pela
Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), NBR12216/1992, diretrizes
provenientes de literatura, bem como resultados de experiências decorrentes desta
prática.
A Estação de Tratamento de Água (ETA) será responsável pelo tratamento das águas
captadas no Córrego do Dezoito, que abastecerão as caldeiras, responsáveis pela
geração de vapor, energia mecânica e elétrica. As unidades constituintes da ETA serão
instaladas adequadamente, nas proximidades das caldeiras.
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RIMA - MONTASA
filtração para remoção de impurezas, que ainda estejam presentes, e, quando
necessário, em etapa posterior, receberá produtos químicos para correção do pH. Este
tratamento é denominado “tratamento em ciclo completo” (Di Bernardo e Dantas, 2005).
O sistema de produção não difere muito do que se tem como boa prática, comum e
disseminada nas demais empresas sucroalcooleiras similares. A cana-de-açúcar é
produzida no campo, portanto, desde o preparo do solo até a sua colheita e transporte
para a indústria, trata-se de uma atividade meramente agrícola.
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RIMA - MONTASA
A avaliação do teor de açúcares permite verificar o potencial produtivo da cana, quanto
mais sacarose ou açúcares redutores totais - ART, melhor. O quantitativo de fibra
permite avaliar o potencial de produção de bagaço, o qual será queimado em caldeira
para gerar vapor d’água e toda a energia térmica (vapor), mecânica e elétrica, utilizadas
no processo de obtenção do álcool etílico hidratado e anidro. O teor de impurezas
identifica a qualidade do corte e do embarque da cana, através da quantificação de
impurezas vegetais e minerais, respectivamente.
Os resultados destas análises para toda a safra constarão nos registros da empresa e
subsidiarão ações corretivas na área agrícola, tais como: fertilização diferenciada do solo,
uso de variedades de cana mais produtivas, melhorias no corte e no embarque da cana,
entre outras.
Após a pesagem e a avaliação qualitativa, os caminhões com cana são descarregados por
meio de dois guinchos tombadores, também conhecidos como hillos (Figura 4.6.2.1-1).
No processo são utilizados dois hillos, sendo que um descarrega a cana diretamente na
mesa alimentadora e o outro descarrega a cana no galpão de estocagem, onde se
armazena a cana de reserva estratégica para suprir a operação por um período de 3
(três) a 4 (quatro) horas de moagem.
Cana-de-açúcar
Hilo
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RIMA - MONTASA
A mesa alimentadora recebe a cana diretamente de um dos guinchos e realiza sua
lavagem por meio de um sistema do tipo cascata. A Figura 4.6.2.1-2 mostra o sistema de
lavagem da cana-de-açúcar.
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RIMA - MONTASA
Após a sua lavagem, a cana segue em esteiras transportadoras para a área de preparo,
onde a cana-de-açúcar é preparada para a retirada do caldo, que ocorre nas moendas.
Este preparo trata-se simplesmente do trituramento da cana.
A cana é triturada em duas etapas distintas, a saber: o picador, constituído por navalhas,
que fatia a cana em pedaços de diferentes tamanhos. E, seguidamente, o desfibrador
realiza a abertura das células (em inglês este termo técnico é conhecido como open
cells). Este último sistema é realizado por meio de martelos oscilantes e rotativos em
sentidos variados. As Figuras 4.6.2.1-3 e 4.6.2.1-4 apresentam o sistema de trituramento
da cana.
Desfribrador
Picador
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RIMA - MONTASA
Dessa maneira, obtém-se o trituramento da cana, objetivando aumentar a retirada dos
açúcares contidos na cana na etapa de extração do caldo.
No primeiro terno de moenda a cana passa sem embebição alguma, garantindo eficiência
de extração de açúcares entre 65% e 70%. Parte do caldo já extraído no primeiro terno
de moendas é utilizado na embebição da cana no segundo terno de moendas, para
aumentar a eficiência de extração do caldo. A partir do terceiro terno de moendas, a
cana é embebida com água, também objetivando o aumento de eficiência de processo. O
quantitativo desta água de embebição atingirá 60 m3/h.
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RIMA - MONTASA
No caldo misto, obtido nas moendas, constarão os açúcares da cana. O limite máximo
admissível de perda de açúcares no bagaço é 4%, o que significa controlar todas as
etapas do processo para atingir um quantitativo superior a 96% de açúcares da cana no
caldo misto.
O caldo misto constituirá a matéria-prima da qual será produzido etanol ou álcool etílico.
O processo de filtração gera um resíduo sólido denominado “torta de filtro”, que por ser
rico em matéria orgânica; sais minerais e, principalmente, em fósforo (P), é aproveitado
na lavoura de cana como fonte de adubo e nutrientes.
RIMA - MONTASA
açúcares presentes no meio e deste processo biológico resulta como subproduto o álcool
etílico ou o etanol.
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RIMA - MONTASA
O produto final da etapa de centrifugação é denominado vinho, justamente por possuir
teor alcoólico similar ao deste produto, em torno de 7,0 a 7,5%. O vinho vai para a
segunda etapa da destilaria, que é a separação do álcool nas colunas de destilação.
A coluna A recebe o vinho com aproximadamente 7,0 a 7,5% de álcool e transfere para a
coluna B um produto intermediário contendo cerca de 50,0% de teor alcoólico. Este
processo resulta na geração de um subproduto ou produto residual, denominado vinhoto,
também conhecido como vinhaça ou restilo, que é extraído na saída da coluna A (parte
inferior do destilador).
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RIMA - MONTASA
fuel e, também, comercializado para outros fins comerciais e industriais, como por
exemplo, a indústria de tintas e vernizes.
A coluna C de destilação é utilizada para produzir o álcool anidro, que exige um teor
alcoólico mínimo de 99,3%. Para a obtenção do álcool anidro, além da coluna C, utiliza-
se mais uma coluna de destilação e um produto auxiliar desidratante. Sabendo-se que o
ciclo-hexano é o produto mais utilizado para esta finalidade, o mesmo constituirá o
processo em pauta.
O ciclo-hexano tem a finalidade de formar uma mistura ternária (álcool, água e ciclo–
hexano). Após esta mistura, pode-se separar a água com o ciclo–hexano do álcool puro,
e numa coluna auxiliar recupera-se o ciclo–hexano, que retorna ao processo. Com este
processo produz-se álcool anidro, que é utilizando na mistura de 21% a 26% com a
gasolina, na forma de aditivo e oxigenante, o que traz benefícios para o meio ambiente e
para a economia de petróleo.
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RIMA - MONTASA
Cana-de-açúcar
Recebimento e pesagem
na balança rodoviária
Galpão de estocagem
Descarga da cana (reserva suficiente para o
período de 3 a 4 horas de
moagem)
Mesa alimentadora
Água Água de lavagem
(lavagem da cana)
Sistema de
Desfibrador e navalhas tratamento I
(trituração da cana)
Moenda
Água de embebição Bagaço
(moagem da cana)
Legenda:
- Etapas do processo produtivo
- Entrada de insumos
- Resíduo e efluente gerado
- Sistema de tratamento proposto (1)
(1) Os sistemas de tratamento apresentados no fluxograma serão apresentados no item 4.6.3, referente a
efluentes líquidos e resíduos sólidos.
Figura 4.6.2.1-8 – Fluxograma do processo de produção do álcool – parte I
62
RIMA - MONTASA
Caldo misto
(matéria-prima do álcool)
Neutralização do pH
(tratamento químico)
Dornas de fermentação
Sistema de
tratamento IV Vinhoto Destilação do vinho
ÁLCOOL HIDRATADO
(máximo de 93,5% de teor alcoólico)
ÁLCOOL ANIDRO
Legenda: (mínimo de 99,3% de teor alcoólico)
63
RIMA - MONTASA
4.6.2.2 Processo Industrial de Produção de Energia
O vapor é produzido numa caldeira aquatubular, que utiliza como combustível o próprio
bagaço da cana-de-açúcar, proveniente do processo de moagem da cana em quantidade
mais do que suficiente para gerar vapor superaquecido à temperatura de 300o C, pressão
de 21 Kg/cm² e vazão de 80 toneladas de vapor por hora (TVH). A Figura 4.6.2.2-1
mostra a caldeira aquatubular.
Esta caldeira será equipada com sistema de precipitação e coleta da fuligem por via
úmida, capaz de atender os padrões de controle ambiental, sendo constituída por 2
(dois) lavadores de gases, que se situam a montante do exaustor e são compostos por
um tanque cilíndrico, onde ocorre o tratamento dos gases, que serão lançados na
atmosfera. Objetivando uma boa aplicação da tecnologia de coleta de fuligem da
caldeira, será instalado nesta estrutura um sistema de separação e recirculação da água
de lavagem dos gases.
64
RIMA - MONTASA
A recirculação da água de lavagem dos gases ocorrerá em um tanque de decantação,
que conterá o material sedimentado, cujo destino é a fertilização do solo, devido à sua
composição.
65
RIMA - MONTASA
4.6.2.3 Disposição/Tratamento de Efluentes Líquidos, Resíduos Sólidos
e Emissões Atmosféricas
Efluentes Líquidos
Resíduos Sólidos
Dependendo da destinação a ser dada a esses resíduos, pode ser necessário a instalação
de uma área de armazenamento de resíduos Classe II, que, neste caso, deverá ser
instalada em conformidade com as prescrições da NBR 11174:1999, onde os resíduos
deverão ser temporariamente depositados até a sua destinação final.
66
RIMA - MONTASA
Os resíduos das obras deverão seguir as recomendações constantes da Resolução
CONAMA n° 307/2002, que estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão
dos resíduos da construção civil.
Emissões Atmosféricas
A MONTASA terá como área de influência um raio de 30 Km, pois, esta abrangência
contempla as áreas onde serão implantadas a unidade fabril e o talhões de plantio da
cana-de-açúcar.
O acesso a MONTASA será feito principalmente pela Rodovia Estadual 209 - ES (não
pavimentada) e vias municipais (não pavimentadas), com isso, as localidades mais
impactadas com as emissões de poeira pelo tráfego de veículos serão: 30 de Maio e
Ramal da Fumaça, levando em conta o trajeto da Cidade de Montanha para o
empreendimento e a localidade de São Sebastião do Norte (Figuras 4.6.2.3.1-1), quando
o acesso ocorrer pela Cidade de Pedro Canário.
67
RIMA - MONTASA
Figura 4.6.2.3.1-1 – Ruas de São Sebastião, localidade que estará na rota do transporte
da cana-de-açúcar
68
RIMA - MONTASA
conforme preconizadas na legislação pertinente, seguindo as recomendações dos
órgãos federais, estaduais e municipais quanto aos controles necessários para
realização da mesma. Principalmente, quanto à velocidade, evitando acidentes e
emissões de material particulado em vias não pavimentadas. Sobretudo, manter sempre
os motores dos veículos utilizados nesta fase regulados, efetuando as trocas de óleo,
obedecendo à programação da ação preventiva; realizando inspeção diária visualmente
e medições periódicas da função do escapamento e intervir sempre que for constatada
a emissão de fumaça fora do normal.
69
RIMA - MONTASA
Tabela 4.6.2.3.1-2- Controle das emissões atmosféricas
PONTO DE
POLUENTE ATMOSFÉRICO CONTROLE
GERAÇÃO
Tráfego Interno Material Particulado Umectação das vias internas, evitando,
assim, a ressuspensão do material
depositado.
(*) - manter sempre os motores regulados, efetuando as trocas de óleo, obedecendo à programação da ação
preventiva; realizando inspeção diária visualmente e medições periódicas da função do escapamento. Intervir
sempre que for constatada a emissão de fumaça fora do normal.
Efluentes Líquidos
70
RIMA - MONTASA
O fluxo de água suja passa por um separador de correntes, tipo cush-cush, de onde são
retirados os toletes de cana caídos da mesa e a palha existente, os quais são lançados de
volta no colchão de cana lavada a caminho da moagem.
Devido ao grande volume de areia arrastado durante e após a lavagem da cana, a água
de lavagem segue para um tanque decantador de areia de grandes dimensões,
construído em concreto armado, onde há a sedimentação dos sólidos pesados. Nesta
etapa, o efluente, já isento de areia, é recirculado através de bombeamento para os
aspersores de lavagem de cana situados sobre a mesa alimentadora. A Figura 4.6.2.3.2-1
mostra o fluxograma da dinâmica do efluente gerado no início do processo de produção
de álcool.
Água de lavagem
ÁGUA DECANTADA -
Tanque de
Retorno ao processo
decantação
(mesa alimentadora)
Legenda:
- Efluente líquido gerado
- Etapa/processo de tratamento e/ou destinação final
Figura 4.6.2.3.2-1- Fluxograma do sistema de Tratamento I
RIMA - MONTASA
potássio (K) e matéria orgânica, o vinhoto produzido pela unidade industrial, juntamente
com a água de lavagem de cana e demais águas servidas, serão totalmente aproveitados
na adubação dos canaviais, através de um sistema integrado de fertirrigação.
Vinhoto
FERTIRRIGAÇÃO
(Aplicação no solo como
fertilizante)
Legenda:
- Efluente gerado
- Etapa/processo de tratamento e/ou destinação final
72
RIMA - MONTASA
Figura 4.6.2.3.2-1 - Distribuição do vinhoto na área de plantio da cana-de-açúcar
Resíduos Sólidos
Além dos resíduos sólidos domésticos gerados nas diversas áreas da empresa: escritório;
planta industrial, restaurante, copa, etc, são gerados também resíduos industriais. Vale
destacar que todos os resíduos gerados terão coleta, manejo e disposição final
adequados, pois a empresa será submetida a um Plano de Gerenciamento de Resíduos
Sólidos e Plano de Coleta Seletiva.
73
RIMA - MONTASA
Bagaço
Caldeira aquatubular
Água Fuligem
(geração de vapor)
Captação da fuligem:
Energia elétrica -Lavadores de gases
-Sistema de separação e recirculação
da água de lavagem dos gases
Legenda:
- Resíduo gerado
- Etapa/processo de tratamento e/ou destinação final
- Insumo
- Produto final
Figura 4.6.2.3.2-4 - Fluxograma do Sistema de Tratamento II
O bagaço é utilizado como combustível para a caldeira aquatubular, que requer água
para geração de vapor, energia mecânica e energia elétrica. A captação da fuligem é
realizada por meio de um sistema de lavadores de gases, que possui um sistema próprio
de tratamento e recirculação.
Lodo
CALDO RESIDUAL
Bagacilho Filtro a vácuo (Retorno ao processo junto
ao caldo misto)
TORTA DE FILTRO
(Aplicado no solo como
fertilizante)
Legenda:
- Resíduo gerado
- Etapa/processo de tratamento e/ou destinação final
Figura 4.6.2.3.2-5 - Fluxograma do Sistema de Tratamento III
74
RIMA - MONTASA
Emissões Atmosféricas
O controle nas fontes visa reduzir a concentração de poluentes antes de ser lançado na
atmosfera. Isto é conseguido através da implantação de sistemas de controle e/ou
adoção de procedimentos operacionais. Dentre os principais citam-se:
- altura adequada das chaminés de indústrias, em função das condições de dispersão
dos poluentes;
- uso de matérias-primas e combustíveis que resultem em resíduos gasosos menos
poluidores;
- modificação dos processos industriais, objetivando reduzir a emissão de poluentes;
- operação e manutenção adequadas dos equipamentos, visando a garantir o bom
funcionamento dos mesmos, diminuindo-se o lançamento de poluentes atmosféricos;
- melhoria da combustão. Quanto mais completa a combustão, menor a emissão de
poluentes;
- controle da emissão de poluentes nos veículos;
- uso de combustíveis menos poluidores, nos veículos (exemplo: gás natural);
- instalação de equipamentos de retenção de partículas e gases.
RIMA - MONTASA
presente em um gás;
- precipitador eletrostático – equipamento de filtração que apresenta o melhor índice
de eficiência (superior a 99 %) para o controle da poluição do ar.
- vapor de escape das turbinas e das válvulas de segurança e alívio de pressão da rede
de vapor.
Vale lembrar que esta temática será rigorosamente tratada no capítulo de diagnóstico
ambiental.
4.6.3.1 Matéria-prima
76
RIMA - MONTASA
72 horas após o corte. No galpão industrial de moagem existirá espaço para até 600
toneladas de cana, suficientes para suprir a operação de 3 a 4 horas de moagem.
Desidratação do álcool
hidratado para transformá-lo Tanque cilíndrico 1,53 g/l de
Ciclo-hexano
em álcool anidro. de aço carbono. álcool anidro
77
RIMA - MONTASA
4.6.3.3 Produto Final
Os dois produtos finais, álcool hidratado e álcool anidro, após saírem das respectivas
colunas de destilação B e C, passarão por um tanque de medição e serão enviados para
os tanques cilíndricos de estocagem final, fabricados em aço carbono, cada um com
capacidade de 5.000 m³.
4.6.3.4 Subprodutos
- Vinhoto - segue para o tanque mistura e, juntamente com a água de lavagem de cana
e demais águas servidas, retornam aos canaviais pelo sistema de fertirrigação.
RIMA - MONTASA
Com a crise do petróleo em 1973, elevando o preço do barril de US$ 7,00 a US$ 9,00
para US$ 30,00, a economia do mundo inteiro se abalou e veio a necessidade de buscar
alternativas energéticas. Dentro deste panorama, pressionado pela falta de divisas para
seu abastecimento de petróleo, o Brasil viu como opção de médio e longo prazo
dinamizar a Petrobras, não só na prospecção, como também no refino. E, a curto, médio
e longo prazo, a bioenergia extraída da cana-de-açúcar, com todas as facilidades do
ambiente edafo-climático propício brasileiro e conhecimento tecnológico, visto que, desde
a 2° Guerra Mundial, o Brasil utilizava o álcool anidro na gasolina como complemento.
Atuando no mercado nacional, o grupo DISA conta com um quadro de 1700 funcionários
diretos, todos voltados para o desenvolvimento da empresa e a satisfação de seus
fornecedores, clientes e comunidade.
Teve-se, assim, tantos benefícios em âmbito nacional quanto estaduais, onde destacam-
se principalmente: emprego no campo com profissionalização, assistência social, evitando
o êxodo rural, arrecadação de impostos, enfim, enriquecimento regional e uma imagem
totalmente positiva.
79
RIMA - MONTASA
Apesar de todas as adversidades e acreditando em algumas expectativas
governamentais, o setor no Espírito Santo deu a volta por cima e cresceu, passando de
Estado importador de álcool a quase auto-suficiente. Porém, continua sendo grande
importador de açúcar.
De fato, a agropecuária teve uma queda de 11% em seu desempenho, porém este
resultado se deveu mais à relação entre os gastos com os insumos e a produção, do que
ao desempenho da própria produção. Apesar de tratar-se de um ano de queda no ciclo
da bianualidade do café e ao já citado problema da seca, a queda no total da produção,
Valor Bruto da Produção – VBP, foi de apenas 2%. O que agravou a situação da atividade
foi o crescimento de 7,8% nos insumos, ocasionado principalmente pela utilização
intensiva de energia elétrica para irrigação em função da seca. Por outro lado, a atividade
também é influenciada pela questão dos preços.
80
RIMA - MONTASA
Mais recentemente, a queda de participação da agropecuária no Produto Interno Bruto
(PIB) estadual estava relacionada à baixa de preços do café por cinco anos consecutivos.
Em 2003, o café apresentou uma recuperação de preços importante, da ordem de 46%,
que, depois de vários anos levou a produção (VBP) a uma variação de preços positiva de
16%. Em contrapartida os índices de preços referentes aos insumos, Índice de Preços
por Atacado - Oferta Global (IPA-OG), oscilaram, em média, 30%. Desta situação,
resultou uma queda de 11% no Valor Adicionado da Agropecuária, como já foi dito, e
uma variação de preços igual a 1 quebrando, pelo menos, o ciclo de preços negativos,
embora sobre uma base muito baixa. Por fim, a agropecuária, que até o ano de 2000
manteve uma participação média entre 7% e 8% no PIB estadual, chega a 2003 com
uma participação de 3,63%; por sua vez, a relação de proporcionalidade entre os gastos
com insumos e o valor da produção da atividade, que em toda a série girou em torno de
um pouco mais de 30%, chegou a quase 50% em 2002 e a 61,10% em 2003, indicando
uma descapitalização do setor.
81
RIMA - MONTASA
DELIMITAÇÃO DA ÁREA DE INFLUÊNCIA 5
Conforme se pode observar, para o Meio Físico foi definida como área de influência direta
uma abrangência de um raio de 300 metros , enquanto que para o Meio Biótico a área de
influência direta a ser considerada possui 1.000 metros no entorno da área eleita para
implantação da MONTASA, Ao passo que a área de influência indireta foi considerada
como um raio de 5.000 metros para os meios físico e biótico.
Vale ressaltar que o fato da delimitação prévia das áreas neste capítulo não descarta uma
abordagem mais ampla quanto a impactos peculiares que necessitem de maior
abrangência em relação às áreas.
82
RIMA - MONTASA
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL 6
6.1.1 Climatologia
RIMA - MONTASA
média do período), fornecidos pelo INCAPER, no período 01 /01/2005 a 27/03/2006.
Apresenta uma média mensal superior acima de 20 ºC para todos os meses no ano de
2005 e entre os meses de janeiro a março de 2006. A média anual para o referido
intervalo de tempo é de 23,7 ºC e 26,3 ºC, respectivamente.
84
RIMA - MONTASA
Figura 6.1.1.2-2 – Gráfico climatológico da Média Anual da Temperatura Máxima e
Mínima no período de 1976 a 1989 e 2001 a 2004
Fonte: INCAPER < http://www.incaper.es.gov.br/clima/mucurici_bol.htm> Acessado em 21/01/2006
Em relação aos dias de chuva, é verificada uma média mensal superior a 5 dias, período
de 2005, e 2 dias entre os meses de janeiro a março de 2006. A média anual para o
referido intervalo de tempo é de 10 dias para 2005 e 9 para os meses estudados do ano
85
RIMA - MONTASA
de 2006. A Figura 6.1.1.2-3 apresenta uma série histórica, com informações do período
de 1976 a 1989 e de 2001 a 2004 de média mensal de precipitação e de dias chuvosos.
- Umidade Relativa do Ar
Com relação à umidade relativa do ar, apresenta a média mensal superior acima 70%
para o período de 2005 e entre os meses de janeiro a março de 2006. A média anual
para o referido intervalo de tempo é de 80%, para 2005, e 73% para os meses do ano
de 2006.
- Evapotranspiração
6.1.2 Qualidade do Ar
Os limites que possibilitam a garantia da proteção da saúde humana, bem como dos
componentes do meio ambiente, são estabelecidos através de critérios científicos para
86
RIMA - MONTASA
cada tipo de contaminante do ar e regulamentados no Brasil através da Resolução
CONAMA nº 03/1990, sendo definidos como padrões de qualidade do ar.
RIMA - MONTASA
açucar, portanto, o município não apresenta áreas industrializadas de grande porte. As
agroindústrias existentes no município são: Aguardente “Cabocla, Capoeira, Juracinha,
Alambique Panciere, produtos estes comercializados no próprio Município de Montanha.
Concluí-se que a região apresenta uma boa qualidade do ar, pois é uma área rural, com
exceção das possíveis emissões de material particulado, devido à utilização das vias
(estaduais e municipais) de tráfegos não pavimentadas, para locomoção da população e
de produtos agropecuários e de fruticultura e possíveis focos de queimadas que são
constatados pela Defesa Civil do Estado do Espírito Santo.
Poluentes Atmosféricos
88
RIMA - MONTASA
Os níveis de poluição atmosférica são medidos pela quantidade de substâncias poluentes
presentes no ar. A variedade das substâncias que podem ser encontradas na atmosfera é
muito grande, o que torna difícil a tarefa de estabelecer uma classificação. Para facilitar
esta classificação, os poluentes são divididos em duas categorias:
- poluentes primários: emitidos diretamente pelas fontes de emissão, sejam elas naturais
ou antrópicas;
- poluentes secundários: formados na atmosfera, através da reação química entre
poluentes primários e constituintes naturais da atmosfera. Exemplo: os oxidantes
fotoquímicos (reação química entre hidrocarbonetos e óxidos de nitrogênio), sendo
dentre eles o mais importante o ozônio.
2) Hidrocarbonetos
São gases e vapores com odor desagradável, similar à gasolina ou diesel, irritante dos
olhos, nariz, pele e trato respiratório superior, resultantes da queima incompleta e
evaporação de combustíveis e outros produtos voláteis. Podem vir a causar dano celular,
sendo que diversos hidrocarbonetos são considerados carcinogênicos e mutagênicos.
Participam ainda na formação dos oxidantes fotoquímicos na atmosfera, juntamente com
os óxidos de nitrogênio (NOx).
89
RIMA - MONTASA
3) Óxidos de Nitrogênios (NOx)
Não está ainda perfeitamente demonstrado que o monóxido de nitrogênio (NO) constitua
perigo à saúde nas concentrações em que se encontra no ar das cidades. Entretanto, em
dias de intensa radiação, o NO é oxidado a dióxido de nitrogênio (NO2), que é altamente
tóxico ao homem, aumentando a susceptibilidade às infecções respiratórias e aos demais
problemas respiratórios em geral. Além de irritante das mucosas, provocando uma
espécie de enfisema pulmonar, podem ser transformados nos pulmões em nitrosaminas,
algumas das quais são conhecidas como potencialmente carcinogênica.
90
RIMA - MONTASA
6) Dióxido de carbono (CO2)
É um dos gases responsável pelo aumento do Efeito Estufa, que é a forma que a Terra
tem para manter sua temperatura constante.
8) Fumaça
91
RIMA - MONTASA
Fontes de Emissão Atmosférica
•Manter veículos e
máquinas reguladas, com
•Gases (Nox, SO2, O e HC) suas manutenções em dia
e MP de veículos/máquinas de acordo com os manuais
Transporte de Operários
dos fabricantes.
•Utilização de lonas em
Transporte de Insumos caminhões responsáveis
(Areia, cimento,terra) pelo transporte de matéria-
prima que possa sofre a
ação eólica
•O3 através de reações
químicas na atmosfera
Terraplanagem (HC+Nox) •Efetuar umectação das
vias de tráfegos (internas e
acesso), áreas de manobra
e pátios de insumos,
evitando a ação eólica
Construções de:
•Manter os veículos e
máquinas, providos de
Transporte de
equipamentos (silencioso) e
equipamentos
atendendo as exigências
legais de acordo com a
legislação vigente (federal,
•Ruídos estadual e municipal) em
relação à área escolhida
Montagem de para a instalação do
equipamentos empreendimento.
industriais
Atividades na implantação
Poluentes
Operação
Controles
RIMA - MONTASA
O fluxograma do processo de plantio, corte e transporte da cana para uma indústria de
álcool, descrevendo as possíveis emissões atmosféricas e seus controles é mostrado na
Figura 6.1.2.1.1-2.
93
RIMA - MONTASA
O fluxograma do processo de produção de uma indústria de álcool, apresentando as
possíveis emissões atmosféricas e seus controles são mostrados na Figura 6.1.2.1.1-3.
•Manter veículos e
•Gases (Nox, SO2, CO e HC) máquinas reguladas, com
e MP de veículos/máquinas suas manutenções em dia,
de acordo com os manuais
Transporte de Insumos
dos fabricantes.
utilizados no processo
•O3 através de reações
•Efetuar umectação da vias
químicas na atmosfera
de tráfegos utilizadas no
(HC+Nox)
transporte da cana.
•Manter os veículos e
Transporte da Cana •MP (vias não máquinas providas de
pavimentadas) equipamentos (silencioso),
atendendo as exigências do
fabricante e legais, de
acordo com a legislação
•Ruídos vigente (federal, estadual e
Pesagem e avaliação municipal).
•
Poluentes Controle
Descarga da cana nas
mesas alimentadoras
•Fuligem (palha) •Promover limpeza do setor
através de varrição e
recolhimento do material,
Lavagem da Cana dando a destinação
apropriada aos mesmos.
Área de armazenagem
setor de moagem
Moagem
94
RIMA - MONTASA
Operação planta de destilação de álcool – emissões atmosféricas
(continuação)
Poluentes Controle
Correias
(transportadoras)
•MP (bagacilhos) •As correias serão
enclausuradas, evitando o
arraste eólico.
Poluentes
Galpão Processo de
coberto fermentação • Odor;
• CO2
Vinho
Caldeiras
Lavadores
de gás
Poluentes
Controle
• Nox;
Chaminé • Lavagem dos gases nos
• CO2;
• MP (PTS e PM10) lavadores de gás.
Álcool Álcool
anidro hidratado
Armazenamento em
tanques
Movimentação de Veículos
95
RIMA - MONTASA
destinada a destilaria de álcool, ocorrendo remoção de terra, aterros, abertura de valas,
como também transporte de material (terra, areia, cimento) e equipamentos necessários
na execução da obra. Portanto, devido esta movimentação e a ação eólica no local
poderão vir a ser geradas emissões de material particulado. Para controle destas
possíveis emissões é normalmente adotada a umectação das vias de tráfegos, pátios e
utilização de lonas nos caminhões, quando necessário, durante a atividade de transporte
das matérias-primas (terra, areia, entulho), como também a utilização de locais com
menor interferência em relação à ação dos ventos onde são estocados a matérias-primas
(terra, areia, entulho), evitando o arraste eólico. Se houver necessidade, também
poderão ser adotados sistemas de aspersões fixos ou manuais, como procedimento de
controle, caso venha ser necessário.
Para que este controle seja executado a contento, o transporte da cana-de–açúcar será
realizado com os devidos cuidados, velocidade controlada e outras necessidades para que
se possa evitar o mínimo de geração de material particulado, devido à movimentação dos
equipamentos rodoviários e os possíveis derrames da matéria-prima nas vias de tráfegos,
sendo que os mesmo serão recolhidos e direcionados ao processo de fabricação.
96
RIMA - MONTASA
Com relação à umectação das vias, serão realizados constantemente, principalmente no
período seco, podendo sofrer alterações se a situação assim exigir devido a um período
de estiagem maior. Este serviço contará com caminhões de umectação, adaptados com
canhão de aspersão e sistema de chuveiro na traseira do veículo. Portanto, a empresa
adotará a atividade de umectação das vias de tráfego (não pavimentadas), que estejam
diretamente atendendo as atividades do empreendimento, MONTASA, e que venham
contribuir com a geração de Material Particulado (poeira), seja no interior da área do
empreendimento ou fora dele trazendo à geração de emissões de poeira e que
porventura venha causar incômodo aos usuários diários destas vias, como também a
população que habitam a região. A umectação ocorrerá de acordo com plano de
umectação elaborado pela empresa, levando em conta as condições climáticas e tendo
como objetivo a redução da geração de emissões atmosféricas mantendo a qualidade do
ar em boas condições.
É importante informar que a área onde o empreendimento pretende ser instalado é uma
área agrícola, Fazenda Conquista, com 8,0 hectares, sendo hoje utilizada como criação
extensiva de gado bovino. O acesso ao empreendimento é feito pela Rodovia Estadual
ES-209 (não pavimentada) e vias municipais (não pavimentadas), passando pelos
povoados de 30 de maio e Ramal da Fumaça, levando em conta o trajeto da Cidade de
Montanha para o empreendimento e pelo povoado de São Sebastião do Norte, quando
vindo da Cidade de Pedro Canário.
Veículos e Máquinas
No caso de veículo a diesel, pelo fato de ocorrer à formação de fuligem, quanto mais
negra for à tonalidade da fumaça emitida, maior será a emissão de poluentes.
97
RIMA - MONTASA
Como pode-se ver através da explanação anterior, há existência de emissão atmosférica
por veículos e máquinas, portanto, é necessário que os veículos/máquinas estejam com
sua manutenção em dia evitando principalmente a emissão de material particulado
(fumaça negra).
98
RIMA - MONTASA
Com a moagem da cana-de-açúcar, obtém-se o caldo, que segue para processo de
fermentação, e a fibra, que se torna em outra matéria-prima de grande importância no
processo, que é o bagaço da cana, matéria-prima esta que é utilizada como combustível
(poder calorífico é excelente, sendo superior a 2.200.000 Kcal/T/bagaço) nas caldeiras,
equipamento responsável pela geração do vapor e utilizado para gerar energia térmica.
O transporte do bagaço, seja para caldeira ou para o galpão coberto, ocorrerá através de
correias transportadoras, devidamente enclausuradas, com proteção em forma de “U” e
fechadas em suas laterais, visando controlar as possíveis emissões de material
particulado (bagacilhos) devido à ação eólica.
Queimadas
99
RIMA - MONTASA
ser instalado no Município de Montanha também utilizará a colheita mecanizada, devendo
seguir o seguinte cronograma:
- no primeiro ano de funcionamento (estima-se o início em 2008 - início da produção),
será realizada 100% de queimadas, com colheita da cana manual;
- no ano de 2009, 80% será de queimadas, com colheita manual, e 20% com colheita
mecanizada (2 colheitadeiras);
- no ano de 2010, 60% de queimadas, com colheita manual, e 40% com colheita
mecanizada (4 colheitadeiras);
- no ano de 2011, 30% de queimadas, com colheita manual, e 70% com colheita
mecanizada (5 colheitadeiras).
Figura 6.1.2.1.1-5 – Ilustração colhedeira CASE modelo 7000, potência de 335 CV (246
KW), tipo de rodado pneus e altura do despontador 3600 mm
100
RIMA - MONTASA
Figura 6.1.2.1.1-6 – Ilustração colhedeira CASE modelo 7700, potência de 335 CV (246
KW), tipo de rodado esteira e altura do despontador 3600 mm
Caldeiras Aquatubulares
Como equipamento utilizado para executar esta tecnologia, tem-se as caldeiras, que se
utilizam do bagaço de cana como combustível, tornando-se, assim, elemento chave nesta
competitividade do processo de industrialização e obtenção do álcool e açúcar.
Normalmente, são utilizadas as do tipo aquatubulares, providas de economizadores e
pré-aquecedores de ar, que ajudam a melhorar a eficiência da caldeira.
101
RIMA - MONTASA
Com relação ao combustível, o bagaço de cana de açúcar resultante da moagem da
cana-de-açúcar, tem a sua avaliação através da fibra da cana que se determina o
potencial de produção do bagaço, permitindo obter uma geração de vapor e energia
auto-suficiente nas indústrias de álcool. Inicialmente, a energia elétrica gerada limita-se
às necessidades da empresa, entretanto, dependendo da evolução do mercado
consumidor quanto ao consumo de energia elétrica futuramente e, talvez, com o
desenvolvimento de equipamentos mais modernos e com mais eficiência, promovendo a
substituição dos equipamentos hoje utilizados, possam permitir a ampliação da
capacidade de geração de energia elétrica, de forma a ter excedente para venda.
A empresa adotara duas (02) caldeiras aquatubulares, uma com capacidade de produção
de 40 TVH – 24Kgf/cm², com potência nominal de 515,85 KW, e outra com capacidade
de produção de 80 TVH - 21Kgf/cm², com potência nominal de 515,85 KW.
102
RIMA - MONTASA
Figura 6.1.2.1.1-7 – Ilustração de uma caldeira aquatubular
103
RIMA - MONTASA
Figura 6.1.2.1.1-9 – Ilustração de sistema de lavagem de gás de uma caldeira
aquatubular
Fermentação
Durante a reação, ocorre intensa liberação de gás carbônico (CO2) e odor, a solução
aquece-se e ocorre a formação de alguns produtos secundários como: álcoois superiores,
glicerol, aldeídos e etc. O tempo de fermentação varia de 4 a 12 horas. Ao final deste
período praticamente todo o açúcar já foi consumido, com a conseqüente redução da
liberação de gases.
104
RIMA - MONTASA
gases de saída em uma torre de recheio para recuperação do álcool evaporado, por
absorção deste em água, que é retornada ao processo.
Destilação
Para que se possa recuperar o álcool existente neste vinho é adotado o processo de
destilação, que se utiliza dos diferentes pontos de ebulição das diversas substancias
voláteis presentes, separando-as. Portanto, a destilação se constitui de um processo
específico aonde se deve retirar, se possível, 100º do álcool presente do vinho,
referenciado anteriormente. Para tanto, são processadas em três colunas de destilação.
Além destas colunas principais, têm-se os seus diversos acessórios, tais como:
105
RIMA - MONTASA
Estimativa de Fontes Fixas
106
RIMA - MONTASA
6.1.3 - Geologia, Geomorfologia
6.1.3.1 Introdução
Nesta descrição será apresentado um mapa geológico das litologias aflorantes na área de
influencia, uma descrição das unidades litoestratigráficas presentes e as ocorrências
minerais da região de estudo. Será dada ênfase a geologia de superfície embora faça-se
uma breve descrição das litologias não aflorantes.
6.1.3.2 Metodologia
6.1.3.3 Estratigrafia
RIMA - MONTASA
Complexo Paraíba do Sul, que correspondem às rochas mais antigas existentes no
entorno da região e sobre as quais as anteriores estão depositadas. A Figura 6.1.3.3-1
apresenta um mapa geológico regional da região de estudo.
Grupo Barreiras
Em grande parte dos afloramentos desta unidade na área de estudo observou-se uma
coloração predominantemente amarelada, podendo variar para avermelhada, e
granulometria variando de média a grosseira, sendo ainda comum à presença de
infiltrações de óxido de ferro, que podem chegar a formar bolsões de canga limonítica.
108
RIMA - MONTASA
Estes sedimentos areno-argilosos virão a se constituir ainda em fonte de material de
empréstimo (corte e aterro) para as futuras obras, uma vez que correspondem a
materiais adequados para compactação de aterro.
Hidrogeologia
Aqüíferos Rasos
Aqüíferos Profundos
RIMA - MONTASA
não realizou estudos hidrogeológicos e perfurações de poços tubulares profundos na
região em busca destes aqüíferos.
Este domínio morfoestrutural se estende por uma ampla região no estado do Espírito
Santo, e, de modo geral, toda a parte centro-norte do estado do Espírito Santo que se
enquadra neste domínio é dividida em duas unidades geomorfológicas distintas - os
Tabuleiros Costeiros e a Planície Costeira.
Na área de estudo a unidade da Planície Costeira não se faz presente em sua forma mais
característica, que se encontra junto à linha de costa. No entanto, em função da grande
escala de trabalho foi possível identificar localmente as planícies aluviais nas partes mais
baixas do terreno, onde se encontram as lagoas, várzeas e por onde drenam os
pequenos cursos d’água da área interligando-os, enquanto os Tabuleiros Costeiros
ocupam toda a parte mais elevada da área de estudo.
RIMA - MONTASA
Na área de estudo a unidade da Planície Costeira não se faz presente e não são
observadas as feições típicas da unidade, com amplos depósitos de cordões litorâneos,
depósitos de mangue e depósitos de pântanos e brejos. Esta planície na área de
implantação é observada em pequenas depressões junto às várzeas e a drenagem ali
existente, sendo caracterizada no presente levantamento como Planície Aluvial.
Tabuleiros Costeiros
Para oeste, em direção ao interior do continente, estes tabuleiros continuam com uma
suave ascensão, chegando, na porção norte do estado, a atingir pouco mais de 100m de
111
RIMA - MONTASA
altitude na altura de seu contato com as elevações serranas do cristalino. Em média, o
gradiente do relevo dos Tabuleiros Costeiros é da ordem de 1,2 metro por quilometro,
com declividade para o mar.
Na área de estudo, esta unidade apresenta um relevo que varia de plano a suave
ondulado, levemente inclinado em direção ao litoral, com cotas dos topos tabulares ou
semi-tabulares variando em torno de 120 metros, podendo chegar até 132 metros no
local previsto para implantação, correspondendo às partes mais elevadas da área de
estudo.
Figura 6.1.3.3-1 - Relevo plano dos tabuleiros com leves ondulações, no local do
empreendimento
112
RIMA - MONTASA
diferencie dentro da unidade. A implantação do empreendimento se dará unicamente
sobre esta unidade dos Tabuleiros.
Na região de estudo esta planície não se apresenta de forma expressiva, mas apenas em
pequenas áreas de vertentes e baixadas junto às drenagens. A Planície Aluvial
praticamente não existe, salvo partes muito incipientes se formando ao longo dos
pequenos talvegues existentes no entorno. Estes vales possuem fundo chato, em forma
de “U”, onde se acumulam sedimentos carreados pelo escoamento das águas pluviais,
representados por argilas e areias dos sedimentos do Grupo Barreiras. Nos locais mais
encharcados junto às áreas encharcadas assumem a feição de pequenos depósitos de
brejos.
Avaliação Morfodinâmica
Embora a área de estudo possua uma pequena dimensão, o que, de modo geral,
restringe e dificulta a análise, apresenta-se neste item uma avaliação morfodinâmica que
procurou identificar os processos físicos atuais que estão ocorrendo no interior da área
de estudo.
Dentre os processos físicos passíveis de serem avaliados na área de estudo podem ser
destacadas os processos erosivos, as áreas com instabilidade de taludes e o
assoreamento ou colmatação de corpos hídricos.
113
RIMA - MONTASA
Descrevem-se a seguir, as formas como cada um desses processos se manifesta na área
de estudo.
Contribui para a baixa possibilidade de alagamentos nesta área ao fato do terreno não
apresentar áreas rebaixadas internamente, mas apenas declividades voltadas para as
bordas, o que permite o escoamento das águas pluviais para as vertentes e linhas de
drenagens.
Por outro lado, a unidade da Planície Aluvial com suas baixadas e vales, onde se
encontram as linhas de drenagem da região apresentam uma suscetibilidade diferenciada
conforme o ponto considerado. Nas vertentes que dão acesso as linhas de drenagem
esta suscetibilidade a alagamentos e encharcamentos é totalmente nula, uma vez que as
águas escoam livremente, sem acúmulo, enquanto nas partes mais baixas, já nas
proximidades dos córregos, pode haver um empoçamento natural das águas pluviais.
Processos Erosivos
Tal fato se deve também a presença da cobertura vegetal em praticamente toda a área,
que de certa forma protege o solo contra a ação direta das águas pluviais. Outro fator
que contribui também para a ausência total de processos erosivos atuais é o baixo índice
114
RIMA - MONTASA
de interferência física, e, mesmo nos locais onde estas intervenções se fizeram presentes,
a exemplo de cortes para implantação de estradas, não ocorreu o desencadeamento de
processos erosivos acentuados.
Com relação as vertentes que se iniciam nas bordas dos Tabuleiros Costeiros e seguem
até os fundos dos vales, que no presente levantamento compreende a unidade da
Planície Aluvial, estas podem ser classificadas como de suscetibilidade média para
desenvolvimento de processos erosivos, sobretudo se iniciado um processo de
intervenção nas mesmas.
115
RIMA - MONTASA
Outros aspectos em relação aos eventuais processos erosivos futuros na área de estudo
são a pouca movimentação de terra para a implantação do projeto, com trabalhos de
corte e aterro para construção e utilização nas obras de implantação. Estas áreas,
quando não recuperadas adequadamente, de modo geral, favorecem o
desencadeamento de processos erosivos.
Do ponto de vista geotécnico, inicialmente deve ser enfatizado que a totalidade da área
prevista para implantação do empreendimento se caracteriza pela presença de um relevo
plano, não existindo depósitos de tálus ou vertentes abruptas e muito íngremes, situação
esta que não exigirá durante as obras a adoção de técnicas de escoramento de solos ou
rochas, bem como a utilização de sistemas não convencionais de contenção de material
terroso ou rochoso, mas apenas de instrumentos simples de controle de erosão.
Cabe aqui destacar a similaridade do ponto de vista geotécnico entre a área, onde se
propõe a construção, e áreas, onde já se encontram implantados outros
empreendimentos semelhantes na região, registrando-se o suporte geotécnico seguro e
sem ocorrências de rebaixamento ou recalques do terreno. Adicionalmente, pode-se
ainda acrescentar que sobre os mesmos sedimentos do Grupo Barreiras, encontram-se
implantadas diversas cidades de médio porte, a exemplo das cidades de Montanha,
Linhares e São Mateus, todas no Espírito Santo.
116
RIMA - MONTASA
Diante do exposto, a suscetibilidade a ruptibilidade, instabilidade ou rompimento do
terreno para as áreas propostas para implantação do empreendimento, foram
consideradas nulas.
6.1.4 Solos
A área de implantação situa-se mais a noroeste do Estado, num chapadão com relevo
plano a suave ondulado e solos da área dos tabuleiros costeiros, apresentando talvegues
nas proximidades dos seus limites.
A área apresenta-se menos antropizada, com cobertura vegetal, na sua maior parte,
representada por gramíneas.
117
RIMA - MONTASA
permite acompanhar as prováveis alterações que possam ocorrer sobre esse ambiente a
partir de sua implantação.
A vazão a ser captada para o processo produtivo da empresa está discriminado na Tabela
6.1.5.
Vazão de Captação
Finalidade
m3/h m3/s
Água de Embebição 60 0,0167
Lavagem da Cana 21 0,0058
Lavagem dos Gases da Caldeira 14 0,0039
Caldeira 50 0,0139
Diversos 30 0,0083
TOTAL 175 0,0486
Figura 6.1.5-1 – Vista parcial do Córrego do Dezoito no ponto de captação de água para
abastecer a MONTASA
118
RIMA - MONTASA
Bacia Hidrográfica do Rio Itaúnas
A Bacia do Rio Itaúnas tem uma área de Superfície de aproximadamente 4.480 Km2,
sendo basicamente 4.360 Km2 no Estado do Espírito Santo e 120 Km2 no Estado da
Bahia.
O Rio Itaúnas é formado por dois braços: o norte e o sul. A divisa dos Estados do Espírito
Santo e Minas Gerais é feita pelo Córrego Limoeiro ou Guaribas. Já na parte norte, vários
afluentes tem suas nascentes em território baiano, como acontece com o Córrego do
Zinco, o Ribeirão do Engano e outros. Os principais afluentes do Rio Itaúnas são:
- Rio Angelim;
- Rio Preto Norte;
- Rio Santana;
- Rio São Domingos;
- Córrego do Dezoito;
- Córrego Claro;
- Ribeirão Suzano;
- Rio Ribeirão Dourado.
RIMA - MONTASA
- Vazões Mínimas Anuais de sete dias consecutivos em Função de um período de
retorno;
Visto que não existe uma estação fluviométrica localizada exatamente no ponto de
captação, foi adotado o método de regionalização de vazões em função das áreas de
drenagem e utilizou-se os dados existentes na estação fluviométrica de Ataléia (Código:
55790000), que e á mais próxima do ponto de captação.
Para uma boa aplicação desta formulação 01 foram feitas três considerações que
influenciaram significativamente na escolha da estação 55790000 – Ataléia. São elas:
Utilizou-se uma estação fluviométrica com uma série histórica de 37 anos de medições
(1966 a 2002). Desta forma o comportamento hidrológico da região foi bem
representado estatisticamente.
Em Coser (2004) foi identificado no Estado do Espírito Santo três regiões homogêneas
com comportamento hidrológico semelhantes. Assim como no PERH as bacias de
contribuição da Estação 55790000 - Ataléia e da captação estão localizadas dentro de
uma mesma região.
120
RIMA - MONTASA
6.1.5.1.1 Vazões Médias Mensais Disponíveis
Foram calculadas as médias das vazões de cada mês durante os 37 anos na Estação
55790000 - Ataléia. Através da Equação (01) foram obtidas as vazões no ponto de
captação.
6,0
5,0
4,0
3,0
2,0
1,0
0,0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Tem po (m eses)
De acordo com o gráfico de Vazões Mensais Médias observa-se que as maiores Vazões
ocorrem nos meses de novembro a março e as menores Vazões nos meses de abril a
outubro. A menor vazão mensal média observada ocorre no mês de setembro com 1,41
m3/s.
121
RIMA - MONTASA
6.1.5.1.2 Vazões Médias Anuais Disponíveis
Foram calculadas as médias das vazões anuais para os 37 anos na Estação 55790000 –
Ataléia, e foram obtidas as vazões no ponto de captação. A Figura 6.1.5.1.2-1 mostra as
vazões anuais médias no ponto de captação da MONTASA.
10,00
Vazão Média Anual (m 3/s)
8,00
6,00
4,00
2,00
0,00
1966 1971 1976 1981 1986 1991 1996 2001
Tem po (anos)
Com as vazões mínimas de sete dias consecutivos de cada um dos 37 anos na Estação
55790000 – Ataléia obteve-se, através de equação, assim como, as vazões mínimas de
sete dias para o ponto de captação. Estes dados estão disponíveis na Tabela 6.1.5.1.2-1.
Através de equação obteve-se a vazão mínima de sete dias consecutivos para um período
de retorno (Tr) de 10 anos (Q7,10):
q7 ,10 = 0,162m 3 / s
122
RIMA - MONTASA
6.1.5.2 Qualidade de Água
Este item tem como objetivo a caracterização qualitativa do Córrego do Dezoito, utilizado
como fonte de captação de Água. Esta caracterização é de extrema importância para o
conhecimento da situação atual do curso d’água utilizado, bem como para o
acompanhamento de situações futuras.
Nesta etapa, foram realizadas análises de parâmetros físicos e químicos da água coletada
em dois pontos distintos no curso d’água. Estes pontos foram:
- Ponto de captação;
- Ponto a jusante da captação.
Com o resultado das análises, foi feita uma classificação do córrego, segundo a
Resolução CONAMA 357/05, além do cálculo do Índice de Qualidade de Água (IQA) nos
dois pontos.
São eles:
- Oxigênio Dissolvido (OD);
- Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO);
- Coliformes Fecais (CF);
- Temperatura da amostra;
- pH;
- Nitrogênio total;
- Fósforo Total;
- Sólidos Totais; e
- Turbidez.
123
RIMA - MONTASA
6.1.5.2.2 Classificação das Águas Segundo a Resolução CONAMA 357/2005
As análises realizadas nos dois pontos estudados mostraram que os resultados nesses
pontos o Córrego do Dezoito atendem aos limites definidos para a Classe 2 - “Água
Doce”, exceto o parâmetro Fósforo Total que estabelece máximo 0,05 mg/l e foram
encontrados 0,56 e 0,17 nos pontos 1 e 2, respectivamente. De acordo com a Tabela
6.1.5.2.2-2. Há fortes indícios de que este resultado acima do estabelecido pelo
enquadramento seja resultado do uso de agrotóxicos na área a montante do Córrego do
Dezoito.
124
RIMA - MONTASA
Tabela 6.1.5.2.2-2 – Resultados das Análises nos pontos 1 e 2 de estudo de captação da
MONTASA no Córrego do Dezoito comparados aos parâmetros de enquadramento da
Classe 2 – “Águas Doces” da Resolução CONAMA 357/05
Cabe ressaltar que resultados das análises de coliformes fecais são seguramente abaixo
dos estabelecidos pela resolução de referência.
O Índice de Qualidade das Águas (IQA) utilizado no presente estudo foi o mesmo
utilizado pela CETESB, que é uma adaptação do Índice de Qualidade de Água da National
Sanitation Foundation (NSF). Ele foi obtido a partir da combinação das opiniões de 142
especialistas de todas as partes dos Estados Unidos, e os profissionais que participaram
da pesquisa indicaram as variáveis de qualidade de água que deveriam ser medidas, o
peso relativa das mesmas e a condição em que se apresentava cada uma delas, segundo
uma escala de valores.
125
RIMA - MONTASA
variação da qualidade das águas de acordo com o estado ou a condição de cada
parâmetro. Estas curvas de variação, sintetizadas em um conjunto de curvas médias para
cada parâmetro, bem como o peso relativo de cada parâmetro.
A partir do cálculo efetuado, pode-se determinar a qualidade das águas brutas que,
indicada pelo IQA numa escala de 0 a 100, é classificada para abastecimento público,
conforme Tabela 6.1.5.2.3-1.
QUALIDADE IQA
ÓTIMA 80 a 100
BOA 52 a 79
ACEITÁVEL 37 a 51
RUIM 20 a 36
PÉSSIMA 0 a 19
Nos Cálculos do IQA do presente trabalho foi adotado o índice de Oxigênio Dissolvido
(OD) no ponto de Saturação em função da altitude do ponto de captação (139 m) e da
Temperatura Média da Água. Adotou-se: OD de Saturação: 10,0 mg/l.
Com os resultados das análises nos dois pontos e conforme metodologia apresentada, os
Valores de IQA foram gerados conforme estão apresentados na Tabela 6.1.5.2.3-2.
Foram encontrados os Índices de Qualidade da Água (IQA) nos pontos 1 e 2 como sendo
69 e 63, respectivamente. Assim, este trecho do Córrego do Dezoito possui água de
“Boa” qualidade segundo o IQA adotado pela CETESB.
126
RIMA - MONTASA
Tabela 6.1.5.2.3-2 – Índice de Qualidade das Águas (IQA) nos dois pontos de estudo no
Córrego do Dezoito
NMP/
1 Coliformes Fecais 210 460 0,15 39 13
100ml
2 pH - 7,3 7,2 0,12 91 92
3 DBO mg/l 3,5 3,2 0,1 64 68
4 Nitrogênio Total mg/l 9,4 0,41 0,1 57 90
5 Fósforo Total mg/l 0,56 0,17 0,1 51 64
6 Temperatura mg/l 25 25 0,1 93 93
7 Turbidez UNT 8 9 0,08 79 77
8 Resíduos Totais mg/l 131,5 145,0 0,08 81 80
% de
9 OD 91 92 0,17 95 96
Saturação
IQA 69 63
Classificação para a classe 2 BOA BOA
Para sintetizar as informações constantes do item 4.6.3 deste trabalho, a Tabela 6.1.6.1-
1 apresenta as fontes de geração de efluentes líquidos do empreendimento com os
respectivos tratamentos propostos.
127
RIMA - MONTASA
Tabela 6.1.6.1-1 – Efluentes líquidos gerados e tratamento proposto
Para as demais águas servidas, que se tratam das águas provenientes da lavagem das
dornas de fermentação, dos pisos industriais e do pátio de cana-de-açúcar é estimada
uma geração de 3 m3/h.
128
RIMA - MONTASA
Dessa maneira, a geração de efluentes industriais totaliza um valor de 164 m3/h em 2007
e 184 m3/h em 2009.
Consumo (m3/h)
Atividade
2007 2009
Lavagem da cana 21 21
Lavagem dos gases da caldeira 14 14
Embebição da cana na moagem 50 60
Geração de vapor - caldeira 50 50
Consumo diverso 15 30
Total 150 175
Vale ressaltar que toda água será captada do Córrego do Dezoito, estimado em um valor
de 175 m3/h previsto para o ano de 2009. O consumo diverso contempla a parcela de
água destinada ao uso doméstico.
129
RIMA - MONTASA
Figura 6.1.6.3-1 – Balanço hídrico previsto para 2009
130
RIMA - MONTASA
6.1.7 Resíduos Sólidos
Fase de Instalação
Atividades Humanas:
− restos/sobras de comida;
131
RIMA - MONTASA
− resíduos diversos - copos descartáveis e “marmitex” (de alumínio isentas de sobras),
embalagens de plástico, etc;
− esgoto sanitário das frentes de serviço – banheiros químicos são a alternativa mais
indicada para as frentes de serviço;
− resíduos provenientes de varrição de áreas.
Qualquer resíduo diferente dos citados deve ser, antes de qualquer ação, levado ao
conhecimento do empreendedor para as orientações adequadas.
Fase de Operação
132
RIMA - MONTASA
Tabela 6.1.7.1-1 – Identificação de pontos e equipamentos geradores de resíduos
133
RIMA - MONTASA
6.1.7.2 Classificação dos Resíduos
São aqueles que não se enquadram nas classificações de Resíduos Classe I – Perigosos
ou Resíduos Classe II B – Inertes, nos termos da norma NBR 10004:2004. Estes resíduos
podem apresentar propriedades tais como: combustibilidade, biodegradabilidade ou
solubilidade em água.
134
RIMA - MONTASA
A classificação de resíduos envolve a identificação do processo ou atividade que lhe deu
origem, que neste caso, especificamente, foi baseada em processos similares, de seus
constituintes e características e a comparação destes constituintes com listagens de
resíduos e substâncias cujo impacto à saúde e ao meio ambiente é conhecido. Assim, não
foram realizados testes de lixiviação, solubilização ou concentrações de contaminantes,
visto que os resíduos gerados têm origem conhecida e constam nos anexos da norma
NBR 10004:2004. A Tabela 6.1.7.2-1 apresenta os resíduos oriundos da área fabril e
serviços e sua respectiva classificação.
135
RIMA - MONTASA
Com relação aos resíduos ambulatoriais, estes são classificados segundo a Resolução
CONAMA nº 358, de 29 de abril de 2005. Os resíduos gerados no ambulatório deverão
ser acondicionados em recipientes de acordo com à sua geração e tipologia.
136
RIMA - MONTASA
de entulhos. Também pode-se considerar o ruído originado em relação ao trafego diário
nas vias já existentes no local, pelos usuários e proprietários.
Durante a fase de operação ocorrera à geração de ruídos na planta industrial, pois sendo
esta composta de vários equipamentos de acionamentos mecânicos, elétricos e vapor
durante o seu funcionamento, é necessário manter os padrões de emissão sonora dentro
dos padrões especificados pelos fabricantes dos equipamentos, como também da
137
RIMA - MONTASA
transportes de matéria-prima e insumos necessários para produção, equipamentos
responsáveis pela descarga e carga da cana, além do transporte do álcool. Como
controle, a empresa adotará velocidades reduzidas dos veículos e caminhões de
transporte / máquinas, permitindo obter uma melhor segurança no trânsito, como
também minimização da emissão de ruído durante estas atividades e uma manutenção
periódica, conforme manual do fabricante, exigindo que estes equipamentos tenham os
seus equipamentos de controle (silenciosos) mantidos adequados e dentro das suas
características técnicas.
6.2.1 Flora
6.2.1.1 Introdução
138
RIMA - MONTASA
6.2.1.2 Objetivo
Área de Estudo
Metodologia
Foram aplicados 10 pontos com distância de 15 m entre eles, direcionados para o interior
do fragmento florestal. O critério de inclusão das árvores na amostragem foi diâmetro à
139
RIMA - MONTASA
altura do peito (DAP) ≥ 10 cm. Esses indivíduos foram medidos com auxílio de fita
métrica (DAP) e vara de poda (altura), que também foi utilizada para coleta de ramos
visando a confirmação da identificação das espécies em campo (Figuras 6.1.2.3-1). Foi
utilizado o software FITOPAC para cálculo dos parâmetros fitossociológicos.
6.2.1.4 Resultados
A vegetação típica da região de estudo pode ser classificada como Floresta de Tabuleiro
por ocupar terrenos da formação Barreiras (Rizzini, 1997) ou, de acordo com o sistema
proposto por Veloso et al. (1991) como Floresta Estacional Semidecidual. As condições
pedológicas e principalmente climáticas na área de estudo (Incaper & Neput, 1999)
condicionam a existência dessa tipologia vegetal, pois o demarcado período de seca
induz à caducifólia de algumas espécies.
140
RIMA - MONTASA
A seguir serão descritas e caracterizadas as tipologias vegetais encontradas nas áreas de
influência direta e indireta do empreendimento, considerando as formações nativas e
antropizadas.
Pastagem
141
RIMA - MONTASA
Brejo
Tipologia herbácea entremeada por alguns arbustos eventuais (Bactris setosa). Ocorre às
margens do Córrego do Dezoito, em seus meandros e na planície de inundação desse
curso d’água, incluindo o provável local de captação de água para o empreendimento
(influência direta).
Vegetação Ciliar
RIMA - MONTASA
americana (jenipapo) e embaúba (Cecropia pachystachya), dentre outras (Figura 6.2.1.4-
3).
Figura 6.2.1.4-3 - Aspecto geral da vegetação ciliar de porte arbóreo nas margens do
Córrego do Dezoito
Essa tipologia corresponde aos fragmentos de vegetação arbórea existente nas partes
mais altas do terreno, todos na área de influência indireta do empreendimento.
Correspondem à pequenos remanescentes de Floresta Estacional Semidecidual isolados
em meio às pastagens.
143
RIMA - MONTASA
Figura 6.2.1.4-4 – Aspecto geral do remanescente de Floresta Estacional Semidecidual
A floresta apresenta um dossel com 10 metros de altura em média, mas com alguns
indivíduos podendo alcançar até 17 metros. O diâmetro médio encontrado foi de 19,7 cm
e a área basal por hectare totalizou 33,55. Dentre os 40 indivíduos amostrados nos 10
pontos quadrantes foram identificados 12 espécies, que gerou um índice de diversidade
de 2,017. A densidade projetada ficou em 918 indivíduos/hectare.
144
RIMA - MONTASA
As principais espécies arbóreas conforme o Valor de Importância (VI) foram Guazuma
crinita, Joannesia princeps, Protium heptaphyllum e Polyandrococos caudescens, que
somadas totalizam 70% do VI da floresta estudada. Todas as espécies amostradas são
classificadas como pioneiras ou secundárias (Lorenzi, 1998; 2002; Jesus & Rolim, 2005),
e ocorrem em outras florestas estacionais (Souza et al., 1998; Jesus & Rolim, 2005; Silva
& Nascimento, 2001), e mesmo em ambientes diferentes como a restinga (Pereira &
Araújo, 2000) e a floresta ombrófila densa (Thomaz & Monteiro, 1997; Sanchez et al.,
1999; Jardim, 2003) de vários estados brasileiros, indicando serem espécies de ampla
distribuição geográfica.
De acordo com Lorenzi (1998), G. crinita é uma espécie heliófita e comum em capoeiras
e ambientes de solos arenosos. Lorenzi (2002) indica que P. caudescens e P.
heptaphyllum são helófitas e ocorrentes em formações secundárias. O estudo de Rolim &
Folli (2000) considerando floresta de diferentes graus de preservação e impactos,
destacam a importância de J. principes na regeneração de florestas desmatadas ou
queimadas ou na cicatrização de clareiras em áreas exploradas.
Composição Florística
145
RIMA - MONTASA
na Floresta de Tabuleiro da Reserva Natural da Vale do Rio Doce, no Município de
Linhares (ES).
Apesar da maior parte da área de estudo estar ocupada por pastagem, a tipologia que
apresentou maior riqueza foi a floresta, assim como a forma de vida que se sobressaiu
foi a arbórea.
Ambientes
Família Espécies Nome vulgar Hábito
F B C P
Anacardiaceae Tapirira guianensis Aubl. Cupuba AR x
Annonaceae Rollinia laurifolia Schltdl. pinha-da-mata AR x
Mandevilla sp LIA x
Apocynaceae
Tabernaemontana laeta Mart. leiteira AR x x
Araliaceae Schefflera morototoni (Aubl.) S. Frodin. Imbaubão AR x
Astrocarium aculeatissimum (Schott)
brejaúva AR x x
Burret
Bactris setosa Mart. tucum-do-brejo ARB x x
Arecaceae Desmonchus orthacanthos Mart. cerca-onça ESC x
Elaeis guineense Jacq. dendê AR x
Polyandrococos caudescens (Mart.)
palmito-amargoso AR x x
Barb. Rodr.
Adenocalymna marginatum (Cham.) DC Cipó-de-são-joão LIA x
Paratecoma peroba (Record & Mell.)
perobinha-do-campo AR x
Kuhlm.
Bignoniaceae
Sparattosperma leucanthum (Vell.) K.
cinco-folhas AR x x x
Schum.
Zeyhera tuberculosa (Vell.) Bureau Ipê-felpudo AR x x
Blechnaceae Blechnum serrulatum Rich. samambaia-do-brejo HER x
Eriotheca macrophylla (K. Schum.) A.
Bombacaceae Imbiruçú AR x
Robyns
Cordia taguahyensis Vell. ARB x
Boraginaceae
Cordia trichoclada DC. louro AR x
Protium heptaphyllum (Aubl.)
Burseraceae Amescla-cheirosa AR X
Marchand.
Cactaceae Pereskia aculeata Mill. ora-pro-nobis LIA x
Cecropiaceae Cecropia pachystachya Trécul embaúba AR x
Connaraceae Connarus sp ESC x
Cyperus ligularis L. tiririca HER x
Fuirena umbellata Rott. tiriricão-do-brejo HER x
Cyperaceae
Rhynchospora holoschoemoides (C.L.
tiririca HER x
Richard.)
Cnidosculus pubescens (Pax.) Pax. & K.
Arre-diabo AR x
Hoffm.
Cnidosculus urens (L.) Arthur urtiga HER x
Euphorbiaceae nterm glandulosus L. gervão HER x
Hyeronima oblonga (Tul.) Mull. Arg. AR x
Joannesia princeps Vell. Boleira AR x x
Sebastiana sp ARB x
146
RIMA - MONTASA
Tabela 6.1.2.4-2 – Lista florística da Fazenda Conquista, Município de Montanha (ES)
Ambientes
Família Espécies Nome vulgar Hábito
F B C P
Carpotroche brasiliensis (Raddi) Endl. Sapucainha AR x
Flacourtiaceae
Casearia commersoniana Cambess. Cafezinho AR x
bananeirinha-do-
Heliconiaceae Heliconia psittacorum L. f. HER x
mato
Hydrocharitaceae Egeria densa Planch. Elodea HER x
Lauraceae Ocotea sp canela AR x
Bauhinia forficata Link unha-de-vaca ARB x
Bauhinia sp escada-de-macaco LIA x
Leguminosae
Caesalpinoideae
Senna multijuga (Rich.) Irwin &
AR x
Barneby
Senna occidentalis (L.) Link fedegoso HER X
Leguminosae Lonchocarpus guilleminianus (Tul.)
AR x
Faboideae Malme
Anadenanthera colubrina (Vell.) Brenan angico-branco AR x
nte edulis Mart. Ingá AR x
Leguminosae Mimosa bimucronata (DC.) Kuntze ARB x
Mimosoideae Parapiptadenia pterosperma (Benth.)
angico-vermelho AR X
Brenan
Piptadenia paniculata Benth cobi AR X
Malphighiaceae Heteropteris sp LIA x
Sida cordifolia L. vassoura HER X
Malvaceae
Sida glaziovii K. Schum. Veludinho HER X
Cedrela fissilis Vell. Cedro-rosa AR x
Meliaceae
Guarea guidonia (L.) Sleumer ARB x
Maclura tinctoria (L.) D. Don ex Steud. ARB x
Sorocea guilleminiana Gaudich. Folha-de-serra ARB x
Campomanesia guazumifolia (Camb.)
Gabiroba ARB x
Berg
Psidium guajava L. goiabeira AR X
Moraceae
Psidium guineense Sw. Araçá ARB X
Bouganvillea spectabilis Willd Buganvile ARB X
Guapira opposita (Vell.) Reitz maria-mole AR x
Nymphea ampla (Salisb.) DC. Aguapé HER x
Ludwigia octovalvis (Jacq.) P.H. Raven cruz-de-malta HER x
147
RIMA - MONTASA
Tabela 6.1.2.4-1 – Lista florística da Fazenda Conquista, Município de Montanha (ES)
(Continuação)
Ambientes
Família Espécies Nome vulgar Hábito
F B C P
Orchidaceae Oeceoclades maculata (Lindl.) Lindl. Orquídea-de-chão HER x
Passifloraceae Passiflora alata Dryand. Maracujá-do-mato LIA x
Brachiaria spp. Braquiária HER x X
Merostachys sp taquara AR x
Paspalum conspersum Schrad. Capim-milhã HER x
Poaceae
Paspalum maritimum Trin. Capim-pernambuco HER X
Paspalum notatum Flügge grama-batatais HER X
Paspalum repens L. capim-torpedo AR x X
Polygonaceae Polygonum acuminatum Kunth erva-de-bicho HER x
Pontederiaceae Eichornia crassipes (Mart.) Solms aguapé HER x
Samambaia-gigante-
Pteridaceae Acrostichum danaeifolium Lan. Et Fis. HER x
do-brejo
Amaioua ntermédia Mart. AR x
Borreria verticillata (L.) G. Mey. Vassourinha HER X
Rubiaceae
Genipa americana L. jenipapo AR x
Psycotria sp HER x
Conchocarpus longifolius (A.St.-Hil.)
HER x
Rutaceae Kallunki & Pirani
Zanthoxylon rhoifolium Lam. Maminha-de-porca AR x
Sapindaceae Cupania oblongifolia Mart. Camboatã AR x
Sapotaceae Pouteria venosa (Mart.) Baehni bapeba-pêssego AR X
Smilacaceae Smilax brasiliensis Spreng Japecanga LIA x
Solanaceae Solanum viarum Dunal mata-cavalo HER X
Guazuma crinita Mart. algodão-da-mata AR x
Sterculiaceae Pterigota brasiliensis Allemão farinha-seca AR x
Waltheria indica L. malva-branca
Theophrastaceae Clavija caloneura (Mart.) Miq. ARB x
Tiliaceae Luehea divaricata Mart. açoita-cavalo AR x
Typhaceae Typha dominguensis G. Don taboa HER x
Celtis iguanea (Jacq.) Sarg. Espora-de-galo ARB X
Ulmaceae
Trema micrantha (L.) Blume gurindiba ARB X
LEGENDA: (Hábito: AR= árvore; ARB= arbusto; HER= herbácea; LIA= liana; ESC= escandente. Ambientes:
F= Floresta Estacional Semidecidual; B= brejo; C= Ciliar; P= pastagem).
148
RIMA - MONTASA
Espécies endêmicas, raras e ameaçadas
6.2.2 Fauna
6.2.2.1.1 Introdução
149
RIMA - MONTASA
6.2.2.1.2 Material e Métodos
Área de Estudo
Figura 6.2.2.1.2-1 – Vista parcial do trecho Córrego do Dezoito em um dos trechos onde
foram realizadas as coletas.
A captação de água que será utilizada nos processos da MONTASA será realizada no
Córrego do Dezoito.
Amostragens
150
RIMA - MONTASA
Os peixes capturados foram acondicionados sem aços plásticos com água e, após serem
identificados e contados, foram soltos no mesmo local de captura. Para a identificação
das espécies foram usadas as seguintes bibliografias: Ellis (1913), Eigenmann (1917-
1921), Britski (1972), Britski et al. (1984), Weitzman et al. (1988), Menezes (1987, 1988)
e Nijessen & Isbrucker (1980a, b e c), entre outros.
6.2.2.1.3 Resultados
CHARACIDAE
Astyanax taeniatus Piaba
Moenkhausia doceana Piaba
CRENUCHIDAE
Characidium sp. Peixe-rei, Alfinete
CICHLIDAE
Geophagus brasiliensis Cará
HEPTAPTERIDAE
Rhamdia quelem Jundiá / Bagre
ANOSTOMIDAE
Leporinus steidachneri Piau
LORICARIIDAE
Hypostomus aff. punctatus Cascudo
Otothyris travassossi Cascudinho
ERYTHRINIDAE
Hoplias malabaricus Traíra
POECILIIDAE
Poecilia vivipara Barrigudinho
TRICHOMICTERIDAE
Trichomycterus alternatus Bagrinho
151
RIMA - MONTASA
Foram coletados 236 exemplares de peixes. A espécie mais abundante foi à piaba
(Astyanax taeniatus), a qual representou 73,3% das capturas. O piau (Leporinus
steidachneri) foi à segunda espécie mais abundante, representando 6,8% das capturas.
Demais espécies ocorreram com baixos níveis de abundância. A grande maioria dos
exemplares coletados era jovem.
6.2.2.1.4 Discussão
152
RIMA - MONTASA
Variações no número de espécimens e espécies são comuns em diferentes estudos, uma
vez que a maioria apresenta diferentes técnicas de amostragens. Entretanto, parece claro
que a diversidade de espécies é menor em região de montanhas do que nas baixadas.
As maioria das espécies que ocorrem no Córrego do Dezoito se caracterizam pela grande
plasticidade ecológica, fundamental para garantir o sucesso destas em habitats tão
degradados.
153
RIMA - MONTASA
Figura 6.2.2.1.4- 2 - Hoplias malabaricus
6.2.2.2.1 Introdução
154
RIMA - MONTASA
6.2.2.2.2 Material e Métodos
Área de Estudo
Metodologia
A identificação das espécies no campo foi feita visualmente e através das vocalizações
emitidas pelos machos.
Nas áreas de pastagens, nas bordas e o interior do fragmento os troncos caídos (podres
ou não) foram vasculhados, pois, principalmente nas pastagens estes ambientes tornam-
se locais de abrigo contra a dessecação.
155
RIMA - MONTASA
Tabela 6.2.2.2.3-1 - Relação das espécies de anfíbios amostradas na área de estudo,
Fazenda Conquista, Montanha - ES
HYLIDAE
Dendropsophus decipiens (Hyla decipiens) Perereca
Dendropsophus branneri (Hyla branneri) Perereca
Hypsiboas albomarginatus (Hyla albomarginata) Perereca-verde
Scinax alter Perereca
Scinax similis Perereca
Scinax x-signatus Perereca
LEPTODACTYLIDAE
Eleutherodactylus binotatus Rãnzinha
Eleutherodactylus sp. Rãnzinha
Leptodactylus gr. ocellatus Rã
Leptodactylus gr. fucus Rã-assoviadora
Notas:
1- A classificação sistemática segue Faivovich, et al. 2005
2 - os nomes entre parênteses foram validos até junho de 2005
156
RIMA - MONTASA
BUFONIDAE
4,55%
HYLIDAE
34,55%
LEPTODACTYLIDAE
60,90%
Foi observado um total de 110 indivíduos na área de estudo. A espécie Leptodactylus gr.
fuscus com 36 exemplares foi a mais abundante numericamente, representando 32,73%
do total amostrado; seguida por Eleutherodactylus binotatus (20,91%), Scinax alter
(14,55%) e Dendropsophus decipiens (10,00%). As outras espécies foram
numericamente menos representadas.
O local onde será implantado a unidade fabril da MONTASA é todo coberto por
pastagens. Este ambiente no período amostrado (verão), não abrigava anfíbios e
provavelmente na maior parte do ano também não apresenta condições favoráveis para
ser habitado pela anurofauna, pois, a ausência de abrigo, de umidade e o pisoteio do
gado certamente dificultam a ocupação deste ambiente.
Nenhuma das espécies observadas no local, consta da lista dos animais ameaçados de
extinção (IBAMA, 2003 e DECRETO-ES, 2005), porém, todas são importantes para a
manutenção do ambiente, visto que cada uma desempenha sua função no equilíbrio
ecológico deste ecossistema.
157
RIMA - MONTASA
6.2.2.2.4. Considerações Finais
158
RIMA - MONTASA
Figura 6.2.2.2.6-3 - Exemplar de Leptodactylus gr. Fuscus (rã-assoviadora)
6.2.2.3.1 Introdução
159
RIMA - MONTASA
foi o primeiro e talvez único registro da espécie no ES desde 1977, após o primeiro
encontro com o viperídeo, não houve nenhum outro trabalho no estado relacionado à
espécie, desde então só existem registros para o sul da Bahia e nordeste de MG, sendo
na verdade, considerada endêmica do sul da Bahia.
O estudo realizado teve como principal objetivo diagnosticar o presente estado dos
répteis na localidade de Montanha/ES, onde será implantada a MONTASA.
ORDEM SQUAMATA
SUB-ORDEM SAURIA
FAMÍLIA GEKKONIDAE
Hemidactylus mabouia - lagartixa-de-parede
Gymnodactylus darwini - lagartixa
FAMÍLIA TEIIDAE
160
RIMA - MONTASA
Ameiva ameiva - calango-verde
Tupinambis merianae - lagarto, teiú
FAMÍLIA POLYCHROTIDAE
Enyalius sp.
SUB-ORDEM SERPENTES
FAMÍLIA COLUBRIDAE
Philodryas olfersii - cobra-verde
Oxyrhopus trigeminus – falsa-coral
Oxybelis aeneus – bicuda
A análise com relação às famílias predominantes não mostrou nenhuma surpresa (Figura
6.2.2.3.3-1). A dominância foi alcançada pela família Gekkonidae, com um total de
161
RIMA - MONTASA
Colubridae Polychrotidae
10,71% 3,57%
Teiidae
17,86%
Gekkonidae
67,86%
De um modo geral, as espécies de répteis que foram amostradas na área de estudo são
comuns no território capixaba, ocorrendo em uma grande variedade de habitats,
contudo, a maioria das espécies amostradas, apesar de não serem habitantes exclusivas
do interior da mata, possuem uma relação direta ou indireta com estes ambientes.
O teiú (Tupinambis merianae) é uma espécie que sofre pressão de caça na maioria dos
municípios capixabas, pois, sua carne é apreciada como alimento e com isso sua
população tem sido reduzida. A lagartixa-de-parede (Hemidactylus mabouia) é uma
espécie exótica que se adaptou muito bem aos ambientes antropizados.
162
RIMA - MONTASA
6.2.2.3.5 Registro Fotográfico de Algumas Espécies
6.2.2.4 Avifauna
6.2.2.4.1 Introdução
163
RIMA - MONTASA
papéis biológicos, são reconhecidas como os melhores bioindicadores da qualidade
ambiental, por serem um grupo relativamente fácil de ser estudado, pelo grande número
de informações já conhecidas sobre sua sistemática e por se distribuírem por todos os
ecossistemas terrestres, onde ocupam os mais variados nichos ecológicos e tróficos das
florestas, distribuindo-se desde o piso até as copas das árvores (Almeida & Almeida,
1998; Dário, 1999; Dário & Almeida, 2000
Foram realizados três dias de coletas de campo, entre os dias 4 e 7 de fevereiro de 2006,
resultando em 36 horas de campo. Foram identificadas e coletadas informações em três
diferentes áreas que são: Área Aberta (Pastagem); Ambiente Paludícula (Alagado) e
Ambiente Florestal (Fragmento).
164
RIMA - MONTASA
Técnicas de Estudo Empregadas
- Levantamento Assistemáticos
- Sensos por Transectos Pontuais
Classificação Sistemática
Foi utilizada a classificação sistemática proposta por Sick (1997), e para a identificação
das espécies foram utilizadas as seguintes bibliografias, Frisch (1981), Duning (1987),
Andrade (1992), Rosário (1996), Venturini et al. (1996), Sick (1997), Souza (1998),
Höfling & Camargo (1999) MBML (s.d.), para avaliação do status utilizou-se Bernardes et
al. (1990), Paiva (1999) e IUCN (1996).
6.2.2.4.3 Resultados
Nas áreas estudadas foram registradas a presença de 103 espécies de aves, pertencentes
a 12 Ordens e 28 Famílias (Tabela 6.2.2.4.3-1). A ordem mais representativa foi a dos
Passeriformes, com 54,3% das espécies.
Foram efetuados três dias de observações na área, onde detectou-se que toda a área já
sofreu forte pressão antrópica, com grande parte da cobertura nativa original tendo dado
lugar a extensas áreas de pastagens, sendo a mesma ocupada em sua maioria por
espécies sinantropas – ou seja espécies que avançam sua distribuição geográfica a
medida que a vegetação original é retirada, as espécies florestais encontram-se
suprimidas nos pequenos fragmentos existentes na região, foram encontradas espécies
de aves que habitam tanto áreas de mata como áreas abertas e de alagado. Os baixos
números de espécies observados nas áreas podem ser considerados indicativos da
elevada pressão que a área vem sofrendo.
165
RIMA - MONTASA
Tabela 6.2.2.4.3-1 – Lista qualitativa da avifauna. Freqüência e classificação
sistemática seguem Sick (1997) combinado ao proposto por CBRO (2005);
nomenclatura popular segue Willis & Oniki (1991), combinado a Sick, 1997.
Identificação: V = Visualização, A = contato auditivo (identificação de cantos e chamados), F =
166
RIMA - MONTASA
Tabela 6.2.2.4.3-1 – Lista qualitativa da avifauna (Continuação)
CLASSIFICAÇÃO MÉTODO DE
ID SISTEMÁTICA NOME COMUM IDENTIFICAÇÃO HABITAT
capoeiras, bordas, áreas
14 Milvago chimachima Carrapateiro V abertas
capoeiras, bordas, áreas
15 Polyborus plancus Carancho V abertas
capoeiras, bordas, áreas
16 Falco femoralis Falcão-de-coleira V abertas
capoeiras, bordas, áreas
17 Falco sparverius Quiriquiri VF abertas
GRUIFORMES
RALLIDAE
18 Rallus nigricans Saracura-preta VAE alagados
19 Porphyrula martinica Frango-d'água-azul VAE alagados
20 Gallinula chloropus Galinha-d'água VAF alagados
CARIAMIDAE
Seriema-de-pé- capoeiras, bordas, áreas
21 Cariama cristata vermelho abertas
CHARADRIFORMES
JACANIDAE
22 Jacana jacana Jaçanã-preta VAF alagados
CHARADRIIDAE
23 Vanellus chilensis Quero-quero AVF alagados
COLUMBIFORMES
COLUMBIDAE
capoeiras, bordas, áreas
24 Columba picazuro Pomba-asa-branca VAF abertas
capoeiras, bordas, áreas
25 Columba cayennensis Pomba-galega VAE abertas
capoeiras, bordas, áreas
26 Columbina minuta Rolinha-caxexa V abertas
capoeiras, bordas, áreas
27 Columbina talpacoti Rolinha-roxa VF abertas
capoeiras, bordas, áreas
28 Columbina picui Rolinha-branca V abertas
167
RIMA - MONTASA
Tabela 6.2.2.4.3-1 – Lista qualitativa da avifauna (Continuação)
CLASSIFICAÇÃO MÉTODO DE
ID SISTEMÁTICA NOME COMUM IDENTIFICAÇÃO HABITAT
PSITACIFORMES
PSITTACIDAE
capoeiras, bordas, áreas
29 Aratinga leucophthalmus Aratinga-de-bando VA abertas
capoeiras, bordas, áreas
30 Aratinga aurea Aratinga-estrela VA abertas
capoeiras, bordas, áreas
31 Forpus xanthopterygius Tuim VAF abertas
CUCULIFORMES
CUCULIDAE
32 Piaya cayana Alma-de-gato VAEF matas
capoeiras, bordas, áreas
33 Crotophaga ani Anu-preto V abertas
capoeiras, bordas, áreas
34 Guira guira Anu-branco VA abertas
35 Tapera naevia Saci-do-campo V matas
STRIGIFORMES
STRIGIDAE
capoeiras, bordas, áreas
36 Otus choliba Corujinha-de-orelha AV abertas
capoeiras, bordas, áreas
37 Speotyto cunicularia Coruja-buraqueira VF abertas
CAPRIMULGIDAE
capoeiras, bordas, áreas
38 Nyctidromus albicollis Curiango VE abertas
APODIFORMES
APODIDAE
39 Streptoprocne zonaris Taperuçu-de-coleira V capoeiras, áreas abertas
TROCHILIDAE
capoeiras, bordas, áreas
40 Eupetomena macroura Beija-flor-tesoura VE abertas
beija-flor-de-garganta- capoeiras, bordas, áreas
41 Amazilia fimbriata verde abertas
168
RIMA - MONTASA
Tabela 6.2.2.4.3-1 – Lista qualitativa da avifauna (Continuação)
CLASSIFICAÇÃO MÉTODO DE
ID SISTEMÁTICA NOME COMUM IDENTIFICAÇÃO HABITAT
Beija-flor-de-banda- capoeiras, bordas, áreas
42 Amazilia versicolor branca V abertas
CORACIFORMES
ALCEDINIDAE
Martim-pescador-
43 Ceryle torquata grande VE alagados
PICIDAE
capoeiras, bordas, áreas
44 Picumnus cirratus Picapau-anão-barrado V abertas
capoeiras, bordas, áreas
45 Colaptes campestris Picapau-do-campo VF abertas
46 Celeus flavescens Picapau-velho VAEF matas
Picapau-de-testa-
47 Veniliornis maculifrons pintada V matas
PASSERIFORMES
Sub-ordem SUB
OSCINES
THAMNOPHILIDAE
48 Taraba major Choró-boi AV matas
FURNARIIDAE
capoeiras, bordas, áreas
49 Furnarius rufus João-de-barro AVE abertas
capoeiras, bordas, áreas
50 Furnarius figulus* João-nordestino AVE abertas
capoeiras, bordas, áreas
51 Synallaxis spixi João-tenenem AVEF abertas
capoeiras, bordas, áreas
52 Certhiaxis cinnamomea João-do-brejo AVE abertas
capoeiras, bordas, áreas
53 Phacellodomus rufifrons João-graveto AVEF abertas
169
RIMA - MONTASA
Tabela 6.2.2.4.3-1 – Lista qualitativa da avifauna (Continuação)
CLASSIFICAÇÃO MÉTODO DE
ID SISTEMÁTICA NOME COMUM IDENTIFICAÇÃO HABITAT
TYRANNIDAE
54 Camptostoma obsoletum Risadinha AV matas
capoeiras, bordas, áreas
55 Elaenia flavogaster Maria-é-dia AVF abertas
56 Hemitriccus diops Maria-de-olho-falso AV matas
Todirostrum Ferreirinho-teque-
57 poliocephalum* teque AVF matas
58 Todirostrum cinereum Ferreirinho-relógio V matas
59 Tolmomyias flaviventris
capoeiras, bordas, áreas
60 Fluvicola nengeta Lavadeira-mascarada AVEF abertas
capoeiras, bordas, áreas
61 Arundinicola leucocephala Maria-velhinha VEF abertas
capoeiras, bordas, áreas
62 Satrapa icterophrys Suiriri-pequeno VF abertas
capoeiras, bordas, áreas
63 Machetornis rixosus Suiriri-cavaleiro VF abertas
capoeiras, bordas, áreas
64 Myiarchus ferox Maria-cavaleira VF abertas
capoeiras, bordas, áreas
65 Myiarchus tyrannulus Maria-de-asa-ferrugem V abertas
capoeiras, bordas, áreas
66 Pitangus sulphuratus Bentevi-verdadeiro V abertas
capoeiras, bordas, áreas
67 Megarynchus pitangua Neinei VA abertas
Bentevi-de-coroa- capoeiras, bordas, áreas
68 Myiozetetes similis vermelha VA abertas
69 Tyrannus savana Tesourinha-do-campo V bordas, áreas abertas
capoeiras, bordas, áreas
70 Tyrannus melancholicus Suiriri-tropical VA abertas
Pachyramphus
71 polychopterus Caneleiro-preto V matas
170
RIMA - MONTASA
Tabela 6.2.2.4.3-1 – Lista qualitativa da avifauna (Continuação)
CLASSIFICAÇÃO MÉTODO DE
ID SISTEMÁTICA NOME COMUM IDENTIFICAÇÃO HABITAT
Sub-ordem OSCINES
HIRUNDINIDAE
capoeiras, bordas, áreas
72 Tachycineta albiventer Andorinha-do-rio VF abertas
capoeiras, bordas, áreas
73 Phaeoprogne tapera Andorinha-do-campo V abertas
Andorinha-serradora- capoeiras, bordas, áreas
74 Stelgidopteryx ruficollis azul V abertas
TROGLODYTIDAE
75 Thryothorus genibarbis Garrincha-de-bigode VAFEC matas
capoeiras, bordas, áreas
76 Troglodytes aedon Corruíra-de-casa AV abertas
MUSCICAPIDAE
77 Turdus leucomelas Sabiá-de-cabeça-cinza VCFE matas
MIMIDAE
capoeiras, bordas, áreas
78 Mimus saturninus Tejo-do-campo AVE abertas
MOTACILLIDAE
capoeiras, bordas, áreas
79 Anthus lutescens Caminheiro-zumbidor AV abertas
VIREONIDAE
80 Cyclarhis gujanensis Pitiguari AVFC matas
81 Hylophilus poicilotis Vite-vite-coroado AV matas
EMBERIZIDAE
82 Parula pitiayumi Mariquita-do-sul V matas
83 Basileuterus culicivorus Pula-pula-coroado VA matas
capoeiras, bordas, áreas
84 Coereba flaveola Cambacica VA abertas
85 Nemosia pileata Saíra-de-chapeu-preto AV matas
86 Trichothraupis melanops Tiê-de-topete AVCF matas
capoeiras, bordas, áreas
87 Thraupis sayaca Sanhaço-cinza V abertas
capoeiras, bordas, áreas
88 Thraupis palmarum Sanhaço-do-coqueiro V abertas
171
RIMA - MONTASA
Tabela 6.2.2.4.3-1 – Lista qualitativa da avifauna (Continuação)
CLASSIFICAÇÃO MÉTODO DE
ID SISTEMÁTICA NOME COMUM IDENTIFICAÇÃO HABITAT
capoeiras, bordas, áreas
89 Euphonia chlorotica Gaturamo-fifi AV abertas
capoeiras, bordas, áreas
90 Euphonia violacea Gaturamo-verdadeiro AV abertas
91 Tangara cayana Saíra-cabocla V matas
92 Ammodramus humeralis Tico-tico-do-campo AVF matas
capoeiras, bordas, áreas
93 Sicalis flaveola Canário-da-terra AVF abertas
capoeiras, bordas, áreas
94 Hemberizoides herbicola Canário-do-campo AVF abertas
capoeiras, bordas, áreas
95 Volatinia jacarina Tiziu AVF abertas
capoeiras, bordas, áreas
96 Sporophila caerulescens Coleirinha VA abertas
capoeiras, bordas, áreas
97 Coryphospingus pileatus Tico-tico-rei-cinza VA abertas
capoeiras, bordas, áreas
98 Paroaria dominicana Galo-da-campina VF abertas
capoeiras, bordas, áreas
99 Icterus jmacaii Sofrê VAFE abertas
capoeiras, bordas, áreas
100 Agelaius ruficapillus Garibaldi VA abertas
capoeiras, bordas, áreas
101 Leistes superciliaris Polícia-inglesa-do-sul V, A, F, E abertas
capoeiras, bordas, áreas
102 Gnorimopsar chopi Pássaro-preto V abertas
capoeiras, bordas, áreas
103 Molothrus bonariensis Chopim-gaudério V abertas
Foram encontradas duas espécies que são endêmicas do bioma Mata Atlântica (Parker III
et al., 1996 e Sick, 1997), são elas: Furnarius figulus e Todirostrum poliocephalum.
172
RIMA - MONTASA
Nas Figuras 6.2.2.4.3-1 e 6.2.2.4.3-2 são apresentadas algumas espécies observadas na
área de estudo.
Figura 6.2.2.4.3-1 - O saci (Tapera naevia) espécie que ocupa ambientes abertos
vocalizando até mesmo nas horas mais quentes do dia
173
RIMA - MONTASA
6.2.2.4.4 Discussão
De uma maneira geral, é possível afirmar que a comunidade de aves encontrada na área
do empreendimento, localidade denominada Ramal da Fumaça, no Município de
Montanha (ES), e na região como um todo, apresenta uma estreita relação com as
formações vegetais existentes, apresentando ainda íntima uma ligação com os ambientes
aquáticos e bordas de matas, existindo um número pequeno de aves dependentes de
ambientes extremamente conservados, que está demonstrada pela alta semelhança entre
a diversidade e a similaridade entre as áreas estudadas.
Mesmo com uma alta diversidade, a grande maioria da avifauna observada na região é
composta de aves conhecidas, como sinantrópicas, ou seja, espécies que ampliam sua
distribuição geográfica na medida em que a vegetação original é suprimida. Estas
espécies apresentam uma alta plasticidade no que se refere aos impactos causados por
atividades humanas em paisagens alteradas e que apresentam elevada capacidade de se
adaptar aos ambientes alterados (Sick, 1997).
Espécies grandes, como jacus (Penelope sp.) e mutuns (Crax sp.), estão entre as mais
afetadas pela fragmentação de florestas. Grandes frugívoros, como papagaios (Amazona
sp.), araras (Ara sp.) entre outros (o corocochó Carpornis cucullatus e o araçari-banana
Baillonius bailloni) são também muito afetados por este fator.
174
RIMA - MONTASA
maior de se ter mais espécies generalistas, o que pode ocasionar um empobrecimento da
diversidade local.
6.2.2.5 Mamíferos
6.2.2.5.1 Introdução
6.2.2.5.2 Metodologia
175
RIMA - MONTASA
entrevistas com moradores e trabalhadores da região, a fim de levantar as espécies de
difícil visualização ou que não puderam ser registradas devido ao curto período amostral.
Nas entrevistas apenas foram consideradas as espécies relatadas por mais de uma
pessoa, para que houvesse maior confiabilidade nesses dados.
Cada ponto recebeu 2 armadilhas do tipo Sherman de arame galvanizado, uma grande
(42x21x21cm) no solo (Figura 6.2.2.5.2-2) e uma pequena (29x13x13cm) no estrato
arbóreo inferior, fixada em galhos ou cipós a aproximadamente 2m do solo (Figura
6.2.2.5.2-3), para capturar espécies de diferentes hábitos de locomoção. Cinco armadilhas
do tipo Tomahawk (40,64 x 12,70 x 12,70 cm) foram colocadas uma em cada transecto
(Figura 6.2.2.5.2-4), em pontos esparsos, para aumentar as chances de captura. As
armadilhas foram armadas ao anoitecer e checadas a cada manhã. As iscas utilizadas
foram óleo de fígado de bacalhau e banana. Os animais capturados foram identificados e
liberados no mesmo local.
176
RIMA - MONTASA
Figura 6.2.2.5.2-1 – Área de transição (TR) vista do pasto
177
RIMA - MONTASA
Figura 6.2.2.5.2-3 – Armadilha do tipo Sherman pequena colocada no estrato arbóreo
inferior
Os animais foram identificados com auxilio de Eisenberg & Redford, (1999), Emmons &
Feer (1997). O arranjo sistemático seguiu Fonseca et al (1996) e quanto ao Status, foram
consideradas espécies ameaçadas, de acordo com a Lista Oficial de espécies Brasileiras
Ameaçadas de Extinção (IBAMA, 2003) e a lista de Espécies Ameaçadas de Extinção do
Espírito Santo (Decreto - ES, 2005).
178
RIMA - MONTASA
6.2.2.5.3 Resultados
Forma de
Ordem – Família – Espécie Nome comum
detecção
DIDELPHIMORPHIA
Família Didelphidae
Didelphis aurita # Gambá, Sarué V, C, R, E
Philander frenata Cuíca-de-quatro-olhos E
Gracilinanus microtarsus # Cuíca, catita C
XENARTHRA
Família Dasypodidae
Dasypus novemcinctus # Tatu-galinha R, E
Família Myrmecophagidae
Tamandua tetradactyla Tamanduá-de-colete E
PRIMATES
Família Callithrichidae
Callithrix geoffroyi Sagui-da-cara-branca E
CARNIVORA
Família Canidae
Cerdocyon thous Cachorro-do-mato V, E
179
RIMA - MONTASA
Tabela 6.2.2.5.3-1- Espécies de mamíferos registrados na Área de influência da
Alcooleira MONTASA
Forma de
Ordem – Família – Espécie Nome comum
detecção
Família Procyonidae
Nasua nasua Quati E
Procyon cancrivorus # Mão-pelada R, E
Família Mustelidae
Galictis sp. Furão V
Lontra longicaudis Lontra E
Família Felidae
Leopardus tigrinus Gato-do-mato E
RODENTIA
Família Cavidae
Cavia sp. Preá E
Família Sciuridae
Sciurus aestuans Esquilo, caticoco E
Família Erethizontidae
Sphiggurus insidiosus* Ouriço E
Família hydrochaeridae
Hydrochaeris hydrochaeris Capivara E
LAGOMORPHA
Família Leporidae
Sylvilagus brasiliensis Coelho-do-mato E
Legenda: C = Captura; R = Rastros; V = Visualização; E = Entrevista.
* O gênero necessita de revisão taxonômica, portanto pode pertencer a outra espécie.
# Espécies registradas no fragmento adjacente ao empreendimento
Capturas
Com relação às capturas, foi realizado um esforço amostral de 85 armadilhas por noite
durante três noites, totalizando 255 armadilhas-noite. Houve 8 capturas, resultando num
sucesso de captura de 3,14%. Apenas as espécies Didelphis aurita e Gracilinanus
microtarsus, foram capturadas, sendo a última responsável por 87,5% das capturas (7
indivíduos). Das 8 capturas, 2 foram efetuadas no solo (25%) e 6 no estrato arbóreo
inferior (75%).
180
RIMA - MONTASA
Considerando o sucesso de captura por área, a área de vegetação secundária em estágio
médio de regeneração (SM) apresentou sucesso de 4,57% (7 capturas), a área de
vegetação secundária em estágio inicial de regeneração (SI) 1,96% (1 captura) e na área
de transição entre o fragmento e o pasto não houve nem uma captura.
6.2.2.5.4 Discussão
Por isso, a utilização de entrevistas com moradores locais é importante para uma melhor
caracterização da mastofauna da região. Através delas, foram obtidos registros de 10
espécies de mamíferos, além das outras 6 confirmadas no estudo.
181
RIMA - MONTASA
O número total de espécies (16) é bastante relevante, tendo em vista que representa
10,06% de todas as espécies de mamíferos não-voadores existentes na Mata Atlântica,
que segundo Fonseca et al. (1996), são 159. Esse número também é expressivo quando
comparado à região com maior riqueza de mamíferos não-voadores do Estado segundo
Passamani et al. (2000), o município de Santa Teresa, com 48 espécies. Isso mostra que
apesar da área de estudo ser relativamente pequena e bastante impactada, ainda abriga
um considerável número de espécies de mamíferos, sendo assim importante para a
manutenção da diversidade dessa classe.
Todas as capturas foram realizadas no interior do fragmento (SI e SM), não tendo sido
capturados animais na área de transição com o pasto (TR). Esse fato pode ter relação
com o impacto causado pelo gado, tendo em vista que durante o trabalho foram vistos
vários bovinos nessa área. O impacto causado pelo gado também ter influência na
dominância de uma espécie de hábito principalmente arborícola, no entanto essa relação
só poderia ser constatada de fato através de estudos mais prolongados.
182
RIMA - MONTASA
Com relação à ocorrência de poucas espécies de mamíferos de médio e grande porte,
dois fatores que certamente têm influência no fragmento amostrado são o tamanho
relativamente reduzido e a falta de conectividade com outros focos de vegetação, pois,
como indicado por Chiarello (1999), pequenos fragmentos possuem de baixa a média
riqueza de espécies de mamíferos maiores que um 1 kg, enquanto fragmentos grandes
possuem alta riqueza.
183
RIMA - MONTASA
mercado europeu: o açúcar. Segundo o economista Celso Furtado (1995), em seu relato
da importância econômica do açúcar na formação econômica brasileira, sem o relativo
avanço técnico já adquirido pelos portugueses nesse setor, o êxito da empresa brasileira
teria sido mais difícil ou mais remoto.
Através dos itens a seguir, ver-se-á uma região que aproxima-se em vários aspectos do
Nordeste Brasileiro. A agropecuária dominante, o clima difícil para algumas culturas,
caracterizado pela seca constante e estiagem, carência de infra-estrutura nos municípios
que tem características extremamente rurais.
15,2
2004
70,4
15,6
2000
67,1
Essa figura mostra ainda um dado comentado ao longo do estudo, que é a redução do
crescimento geométrico da população nos últimos anos, que pode ser justificado pela
procura de centros educacionais, comerciais que ofereçam melhores condições de
rendimentos, entre outros.
184
RIMA - MONTASA
Por tudo isto, é grande a expectativa quanto à instalação do empreendimento, como
pode ser constatado na comunidade, devido principalmente a escassez de postos de
trabalho para os moradores do município, especialmente na zona rural. Muitos desses
que fazem parte dos cortadores de cana que percorrem os canaviais do norte capixaba
através de trabalho e renda, nas épocas de colheita.
De acordo com dados fornecidos pelo IPES, a região é uma das que possui os municípios
com menor PIB per capita. No ranking estadual do PIB per capita, em primeiro lugar
tem-se o Município de Anchieta, seguido de Vitória, Aracruz, Serra e Jaguaré, este
explica-se pelo tamanho pequeno do seu território e sua participação na distribuição de
royalties de petróleo de perfurações e produções onshore. Esses dados são referentes ao
ano de 2003, sendo que na região Extremo Norte tem-se Pinheiros na melhor colocação
geral, ou seja, em 24º, em 30º Pedro Canário, em 37º tem-se Montanha, seguido de
Mucurici em 43º lugar e Ponto Belo na 55º posição.
De acordo com os dados fornecidos através do IPES, o Município de Montanha foi criado
a partir do ano de 1953, tendo sido instalado em 16 de abril de 1964, o que o torna um
município relativamente jovem, dada a época de colonização do Estado do Espírito Santo.
185
RIMA - MONTASA
Da população residente no Extremo Norte, cerca de 34.939 habitantes residiam na área
urbana e 15.807 habitantes residiam na área rural. A Figura 6.3.1.1-1 mostra a
distribuição da população residente, segundo situação de domicílio nos municípios que
fazem parte da Microrregião Extremo Norte. Pode-se perceber que o município com
maior número de habitantes no ano de 2000 era o Município de Pinheiros seguido pelo
Município de Montanha.
12.000
10.000
8.000 7.350
6.000 4.867
4.331
4.000 3.170 2.730
2.000 1.396
0
Montanha Mucurici Pinheiros Ponto Belo
Nota-se que o Município de Montanha mantém com Pinheiros uma média parecida de
habitantes por zona rural e urbana, enquanto Mucurici chama atenção pela equidade nos
residentes das zonas rurais e urbanas.
RIMA - MONTASA
6.263
12%
17.263
34%
21.320
42% 5.900
12%
187
RIMA - MONTASA
A taxa de urbanização na Microrregião Extremo Norte é de 68,9%. A Figura 6.3.1.1-3
mostra os dados referentes aos municípios que fazem parte da mesma.
74,9 77,7
80
65,5
70
60 53,7
50
40
30
20
10
0
Montanha Mucurici Pinheiros Ponto Belo
Vale lembrar que o Município de Mucurici apresentou uma pequena diferença entre a
população residente na zona rural e a população residente na zona urbana, o que
representava no ano de 2000 aproximadamente 440 habitantes a mais na zona urbana,
conforme dados do IPES.
Quanto à população urbana, essa relação se repete quanto ao sexo dos residentes. Ou
seja, 37% das mulheres da zona urbana da microrregião são do Município de Montanha,
e a mesma porcentagem, 37% dos homens que residem na zona urbana da microrregião
pertencem à Montanha. Na Tabela 6.3.1.1-2 são mostrados dados referentes ao censo de
2000 com a divisão da população por residência e sexo, no Município de Montanha.
188
RIMA - MONTASA
Tabela 6.3.1.1-2 – População residente segundo situação de domicílio e sexo
Urbana Rural
Local
Homens Mulheres Homens Mulheres
8.579
50%
8.684
50%
Mulheres Homens
Aproximadamente 57% da população é de jovens até 29 anos de idade, 23% dos 30 aos
49 anos de idade, e apenas 10% de 60 a 79 anos de idade.
189
RIMA - MONTASA
Vale ressaltar que esses dados são referentes ao censo de 2000 realizado pelo IBGE,
tendo sido fornecidos pelo IPES.
Pela Figura 6.3.1.1-5 pode-se perceber essa proporção de imigrantes externos para o
local de nascimento, tanto na microrregião quanto no Município de Montanha.
9.000 8.644
8.000
7.000 6.312
6.000
5.000
4.000
3.000 2.541
2.187
2.000
Nota-se uma queda em alguns municípios e pequena elevação nos demais, o que gerou
estagnação na taxa de densidade demográfica da região.
190
RIMA - MONTASA
A taxa de crescimento geométrico anual da população residente apresentou pequena
queda nos períodos aqui analisados, que são de 1991 a 2000 e no período de 2000 a
2004. A Tabela 6.3.1.1-3 a seguir mostra as relativas taxas para cada município.
25.000
18.133
17.388 17.263
15.000
13.363
11.527 11.331
10.000
6.203
5.900
5.000
0
1970 1980 1990 2000
A seguir, através das características econômicas, vários fatos aqui citados, como o
decréscimo populacional em certas regiões, poderão ser explicados ou justificados
191
RIMA - MONTASA
através da descrição do mercado de trabalho e renda, que pode ser um dos fatores
decisivos para essa ocorrência.
Nesta seção serão abordados dados relativos à produção, mercado de trabalho e renda
formal e informal, como será explicado adiante, agricultura, orçamento municipal e
perspectivas de investimentos e desenvolvimento econômico da região.
Dessa forma, após uma breve análise neste diagnóstico até o presente, ver-se-á que o
município não possui destaque em nível estadual que faça necessária uma abordagem
tendo como parâmetros dados nacionais ou estaduais. Porém, sempre que se fizerem
necessários, esses dados serão contemplados e abordados, conforme avaliação da
situação do Município de Montanha.
Mas essa nem sempre foi à realidade econômica daquela região. O Município de
Pinheiros, por exemplo, ocupou a 15ª posição no mesmo ranking no ano de 2001. A
192
RIMA - MONTASA
Figura 6.3.2-1, a seguir, mostra a evolução nesse ranking dos municípios do Estado em
relação ao seu PIB per capita do período de 1999 ao ano de 2003.
Pode-se notar, a partir do gráfico apresentado na Figura 6.3.2-1, que o município que
tem obtido maior destaque na produção é o de Pinheiros e a maior oscilação tem sido
demonstrada pelos dados referentes ao Município de Montanha. Ponto Belo, por ser um
município basicamente da agricultura e com uma produção relativamente pequena, como
será mostrado mais a frente deste item, tem apresentado resultados insatisfatórios ao
longo do período aqui demonstrado.
Contudo, esses municípios têm suas semelhanças e a principal deles é o baixo nível
industrial e a predominância agropecuária.
70
60
50
40 Montanha
Mucurici
Pinheiros
30 Ponto Belo
20
10
0
1991 2000 2001 2002 2003
Figura 6.3.2-1 – Variação das posições dos municípios no ranking do PIB per capita
193
RIMA - MONTASA
A Figura 6.3.2-2, a seguir, dá uma noção do comércio básico existente no Município de
Montanha, com lojas pequenas e sem muita concorrência entre o varejo de produtos
semelhantes.
Os dados referentes ao item Mercado de Trabalho e Renda são obtidos através de dados
censitários fornecidos pelo IBGE, sendo que a sua característica principal é a
abrangência, pois inclui trabalhadores com carteira assinada, empregados domésticos,
autônomos e informais, ou mesmo o trabalhador destinado às culturas de subsistência
individual e/ou familiar.
Entre a população ocupada da Região Extremo Norte, cerca de 42,2% são de atividades
agropecuárias e apenas 10% em atividades industriais. No Município de Montanha, esses
números não diferem muito, porém, o que chama atenção é a grande quantidade de
pessoas ocupadas no setor de prestação de serviço. A Figura 6.3.2.1-1 mostra essas
diferenças entre as ocupações da população referente ao mercado de trabalho e renda
da região e do município.
194
RIMA - MONTASA
42,2
45 38,7
35,9
40 33,2
35
30
25
20
15
13,7
10 12,2 12,7
10,5
0 0,4 0,6
Região Extremo Norte Montanha
Atividades agropecuárias Atividades industriais
Comércio e reparação Atividades de prestação de serviço
Atividades mal especificadas
Pode-se perceber que entre a população ocupada no ano de 2000 que a grande maioria
mostrava-se concentrada na agropecuária e na atividade de prestação de serviços.
195
RIMA - MONTASA
Tabela 6.3.2-1 – População ocupada segundo atividades em 2000
População Ocupada
1
Atividade – Seção CNAE Extremo
Montanha
Norte
O fato mais interessante é que nota-se que as atividades que ocupam mais indivíduos em
Montanha são as atividades: em primeiro a atividade da Seção A, com 39%, segundo a
atividade da Seção G, com 13%, depois as Seções P e F com 8% e 7%, respectivamente.
E essa ordem é alterada quando se refere à região. Às atividades predominantes na
Região Extremo Norte continuam sendo às que se enquadram na Seção A, com 42% da
população ocupada, seguida pela Seção G, com 14%, e em terceiro nota-se um empate
nas proporções nas Seções L e P, com 7% da população ocupada cada uma, já em
quarto, a Seção M, com 5% da população ocupada. A maior diferença é o aparecimento
da Seção L entre as quatro primeiras com mais indivíduos ocupados no quadro regional,
o que não ocorre em âmbito municipal, apesar de ser uma atividade com uma
quantidade mediana de indivíduos ocupados.
1
Classificação Nacional de Atividades Econômicas – CNAE.
196
RIMA - MONTASA
Tabela 6.3.2.1-2 – Indicadores do Mercado de Trabalho no ano de 2000
Nota-se que a taxa de desocupação é maior que a média da região toda e a Figura
6.3.2.1-2 mostra a contribuição do Município de Montanha na população ocupada da
região. Lembrando-se que o Município de Montanha representa cerca de 34% da
população total da Região Extremo Norte.
33%
67%
197
RIMA - MONTASA
Ressalta-se que esses dados referem-se ao mercado de trabalho que inclui a população
considerada economicamente em idade ativa, ou seja, indivíduos que possuem entre 10
anos e mais. E dos 6.223 indivíduos ocupados no ano de 2000, cerca de 1.509 tinham
entre 15 a 24 anos, sendo que 33,7% estavam ocupados na agricultura, pecuária,
silvicultura e exploração florestal, 16% ocupavam-se na atividade de comércio, reparação
de veículos automotores, objetos pessoais e domésticos. Essa faixa etária representava
naquele ano de 2000, segundo o IPES, cerca de 20% da população ocupada do
município.
3
2,4 2,5
2
1,3
1
0,6
0
Atividades Atividades Comércio e Atividades de
agropecuárias, de industriais mercadorias prestação de
-1 extração vegetal e serviços
pesca
-1,3
-2 -1,8
-3
-3
-3,5
-4
Extremo Norte Montanha
De acordo com esses dados fornecidos pelo IPES, a taxa de crescimento geométrico
anual no período de 1991 a 2000 na Região Extremo Norte foi de -0,1, enquanto a
198
RIMA - MONTASA
mesma taxa referente ao Município de Montanha foi de -1,3, dados preocupantes que
ressaltam a dificuldade de geração de emprego no município.
Das 4.882 famílias pesquisadas através do Censo de 2000, realizado pelo IBGE, 38,3%
possuíam rendimentos familiar per capita de até ½ salário mínimo, é o que mostra a
Figura 6.3.2.1-4, ou seja, a faixa de rendimento per capita das famílias2 no Município de
Montanha.
143 11
3% 0%
143 224
288 5%
3%
6% 1.869
573 236 37%
12% 5%
1.395
29%
Figura 6.3.2.1-4 – Número de famílias segundo faixa de rendimento mensal per capita
em 2000
2
Renda familiar per capita média é a razão entre o somatório da renda pessoal de todos os indivíduos e o
número total destes indivíduos na unidade familiar.
199
RIMA - MONTASA
408 102 162
2% 1% 1% 856
938
1.020 5% 5% 2.439
5% 13%
1.281
7%
4.897
6.735
26%
35%
Mais de 20 a 30 SM Mais de 30 SM
Vale comentar, ainda, que do total da população ocupada em 2000, que era de 18.839
indivíduos, 492 tinham entre 10 a 14 anos de idade, 5.037 tinham de 15 a 25 anos de
idades e 1.092 de 60 anos ou mais. Ou seja, 35,14% da população ocupada em 2000
tinham de 10 a 25 anos, e 60 anos ou mais, e 64,86% da população estava inserida
entre 26 anos de idade a 59 anos.
200
RIMA - MONTASA
1%
1%
3% 5%
7% 11%
6%
7%
35%
24%
Esta seção possui dados mais atualizados, pois conta com instrumentos de captação de
dados como a Relação Anual de Informações Sociais – RAIS, e o Cadastro Geral de
Empregados e Desempregados – CAGED, do mercado formal, que fornecem dados
anuais ao Ministério do Trabalho do Governo Federal.
201
RIMA - MONTASA
8,9% no mesmo período em Montanha. Já no ano de 2004, a região apresentou taxa de
crescimento do emprego formal de 10,6%, enquanto o município acumulou no ano um
crescimento do emprego formal de 6,5% para o ano de 2004. Estes resultados não
podem ser considerados pessimistas, analisando-se a trajetória, bem como as tendências
do valor agregado do PIB Municipal no período de 1999-2002 divulgados pelo IPES nos
municípios que formam a Região Extremo Norte. A Figura 6.3.2.2-1 mostra os valores
agregados do PIB Municipal em R$ mil.
120.000
100.040
97.550
84.911
100.000
74.689
69.805
80.000
62.591
60.593
49.565
60.000
33.727
32.306
27.035
32.323
23.114
40.000
22.631
21.992
20.599
20.000
0
Montanha Mucurici Pinheiros Ponto Belo
202
RIMA - MONTASA
Tabela 6.3.2.2-1 – Distribuição setorial do emprego formal em 2003
Vínculos
Atividade – Seção CNAE Extremo
Montanha
Norte
A agricultura, pecuária, silvicultura e exploração florestal 480 2.052
C indústrias extrativistas 54 100
D indústrias da transformação 41 113
E produção e distribuição de eletricidade, gás e água 5 20
F construção 8 11
G comércio; reparação de veículos automotores, objetos pessoais 280 783
e domésticos
H alojamento e alimentação 18 49
I transporte, armazenagem e comunicações 6 30
J intermediação financeira 29 52
K atividades imobiliárias, aluguéis e serviços prestados às 8 15
empresas
L administração pública, defesa e seguridade social 422 1.616
M educação 27 61
N saúde e serviços sociais 64 109
O outros serviços coletivos, sociais e pessoais 40 115
P serviços domésticos - 1
Total 1.482 5.127
Fonte: Mte/RAIS
203
RIMA - MONTASA
O setor de construção também apresenta dados intrigantes. A taxa de crescimento do
emprego formal na atividade de construção foi de -450% em 2003 e obtendo uma taxa
de 180% no ano de 2004. Um dos fatores que podem contribuir para essa imensa
oscilação é a existência de obras públicas no município, entre outras.
204
RIMA - MONTASA
Em relação à escolaridade média desses indivíduos que ocupam postos de emprego do
mercado de trabalho formal, pode-se afirmar, que em sua grande maioria, estes
possuem a 4ª série incompleta ou o 2º grau completo, como no caso de Montanha.
6.3.2.3 Agricultura
De acordo com dados do Sistema Nacional de Indicadores Urbanos - SNIU, cerca de 60%
do PIB Municipal é proveniente da agropecuária, ano de 2002, e cerca de 37,3% vem do
setor de serviços. O comércio é responsável por 0,6% do PIB Municipal, enquanto a
indústria participa com apenas 3,4%, afirmando o que tem sido demonstrado neste
Estudo: a principal atividade econômica do Município de Montanha é a agropecuária,
praticamente sem setores industrializados.
Pode-se notar, baseado nos dados do IPES de 2003, uma pequena mudança no cenário
da lavoura permanente no Município de Montanha. Nos anos anteriores a 2003, a
produção de goiaba não era contabilizada nos dados da região, pois não havia produção
significativa. A partir de 2003, foram produzidas 300 mil frutos de goiaba na região,
sendo que 7% dessa produção é originária de Montanha.
205
RIMA - MONTASA
impulsionando o desenvolvimento de toda a região norte do Estado. O mamão é
exportado para os mercados dos Estados Unidos e Europa.
Na Região Extremo Norte, pode-se notar uma acréscimo de cerca de 71% do valor da
produção agrícola do ano de 2000 a 2003, conforme dados demonstrados na Tabela
6.3.2.3-1 a seguir.
2000 2003
Atividade
mil reais % mil reais %
206
RIMA - MONTASA
Tabela 6.3.2.3-2 – Produção agrícola no Município de Montanha em moeda corrente
2000 2003
Atividade
mil reais % mil reais %
207
RIMA - MONTASA
800.000
728.230
700.000
600.000
500.000
400.000
300.000
200.000 200.500
100.000
79.500
0
1990 2000 2003
208
RIMA - MONTASA
Esse crescimento na lavoura da cana-de-açúcar representou cerca de 72,8% no período
de 1990, 2000 e 2003. Esse crescimento pode ser visualizado através da Figura 6.3.2.3-
2, na quantidade produzida medida através da tonelada por ha.
180.000
165.480
160.000
140.000
120.000
100.000
80.000
67.500
60.000
40.000
45.000
20.000
0
1990 2000 2003
209
RIMA - MONTASA
Deve-se destacar que a realização de um investimento é a conclusão de um processo que
se inicia com a identificação de uma oportunidade de negócio, passando por várias fases
de estudos, definição do financiamento e licenciamento nos órgãos competentes. Os
investimentos previstos no Relatório datado de maio de 2005 somam cerca de R$ 43,0
bilhões no período compreendido entre 2005-2010 e será distribuído regionalmente.
210
RIMA - MONTASA
Do ponto de vista setorial, observa-se significativa concentração em três atividades:
energia, com R$ 17,1 bilhões ou 39,9%; indústria, com R$ 14,4 bilhões ou 33,6%; e
terminal portuário, aeroporto e armazenagem, com R$ 7,1 bilhões ou 16,6% do valor
global.
A Rodovia ES-209, que liga Cristal do Norte a Pedro Canário, será pavimentada pelo
Governo do Estado. As obras serão realizadas por meio do Departamento de Edificações,
Rodovias e Transportes da Secretaria de Desenvolvimento de Infra-estrutura e dos
Transportes (SEDIT).
211
RIMA - MONTASA
Outra realização importante na região é a construção do Matadouro Frigorífico Municipal,
em Montanha, que vai abater inicialmente 60 cabeças/dia e beneficiar cerca de 800
criadores do município, com previsão de gerar cerca de 25 empregos diretos, podendo
ampliar a oferta, se houver incremento no abate. A obra situa-se na estrada que liga a
sede do município ao Córrego do Dezoito, a 1 km da sede.
6.3.3 Infra-Estrutura
A Região Extremo Norte apresenta situação difícil quanto ao orçamento municipal médio
da região.
Conforme dados obtidos através dos balanços municipais, a região possuía déficit
orçamentário de R$12.821 no ano de 2003. Déficit em linguagem contábil é um excesso
de passivo e ativo, isto é, as despesas e pagamentos são maiores que o faturamento e o
total de crédito. Nas finanças públicas, como é o caso dos municípios, fala-se déficit
orçamentário quando as despesas são superiores à arrecadação.
212
RIMA - MONTASA
Tabela 6.3.3-2 – Síntese orçamentária do Município de Montanha no exercício de 2003
Esses dados serão relevantes quanto forem analisados os dados referentes à infra-
estrutura do município e da região, pois trazem consigo informações como investimentos
nas área de saúde, educação, saneamento, bem como os tipos e quantidades de gastos
realizados pelo agente.
Educação 3.624.052
Saneamento, habitação, transporte e urbanismo 2.624.355
Saúde 2.215.790
Administração, previdência, judiciária e encargos da dívida 1.856.361
Cultura, desporto, lazer, cidadania, assistência social e 834.220
segurança
Legislativa 547.908
Apoio ao desenvolvimento 265.152
Despesa Total 11.967.838
Fonte: Dados referentes ao exercício de 2003 divulgados através dos Balanços Municipais
No contexto regional, essa ordem muda para despesas com educação, representando
28,5%, seguidas pelas despesas referentes à saúde, que foram de cerca de 20,9%, e
17,4% referentes à administração, previdência, judiciária e encargos da dívida.
213
RIMA - MONTASA
Durante a visita realizada no Município de Montanha, o Prefeito Hercules Favarato
ressaltou sua preocupação com a educação do município e mostrou algumas das
conquistas realizadas, através do repasse de verbas do Governo Federal, incluindo
recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de
Valorização do Magistério - FUNDEF, e com a participação da prefeitura, que segundo
seu gestor, participou dos investimentos com contrapartidas financeiras para a execução
de projetos e, principalmente, na priorização de gestão otimizada dos recursos
destinados à educação.
6.3.3.1 Saúde
Número de Leitos
Cirurgia 11 2 2 -
Clinica Médica + Tisiol +
30 8 12 -
Reabilitação + Crônicos
Obstetrícia 13 4 4 -
Pediatria 27 4 5 -
Total 81 18 23 -
Fonte: IPES
214
RIMA - MONTASA
cujo valor (12,7 por mil nascidos vivos) é o menor registrado no município e também o
menor entre os municípios que compõem a Região Extremo Norte.
RIMA - MONTASA
municípios do interior do Estado e vários municípios no Brasil, todos os serviços
oferecidos, bem como despesas com saúde do município representaram um gasto
equivalente a R$ 158,10 por habitante.
Na área de saúde mental, Montanha possui um programa que realizou 848 consultas
psiquiátricas e 280 consultas psicológicas. Este Programa atende também a pacientes dos
Municípios de Ponto Belo, Mucurici e Pinheiros, esporadicamente.
216
RIMA - MONTASA
6.3.3.2 Educação
2000
Conforme os dados demonstrados nas tabelas apresentadas, pode-se notar que a taxa de
analfabetismo cresce paralelamente com a faixa etária analisada. O que leva a crer que
com as atuais condições de educação da população, daqui a 30 anos aproximadamente,
estes números tendem a ser insignificantes.
RIMA - MONTASA
que em Montanha é de 12,2% - única faixa etária que supera a média regional – pode-se
atribuir à redução do trabalho infantil nos últimos 15 anos. Acredita-se que essa redução
do trabalho infantil, bem como a estruturação da educação no município, que também
mostrou-se o que mais direciona recursos financeiros da região para esse setor,
contribuiu para que nessa faixa etária os índices fossem considerados piores que os da
região.
A taxa de analfabetismo é maior entre as mulheres, tanto no meio rural quanto no meio
urbano. Percebe-se também que a falta de recursos financeiros, devido à ausência de
emprego e renda, no meio rural reflete neste índice, desfavorecendo esta população e
ocasionado menores oportunidades de desenvolvimento profissional.
Apesar da taxa de analfabetismo ter obtido redução entre os anos de 1991 e 2000, esse
índice permanece bastante significativo na Região Extremo Norte, como mostrado
através das Tabelas 6.3.3.2-1.
2000
População
Número que Cobertura Cobertura
Faixa Taxa de
de freqüenta pela rede pela rede
etária escolaridade
pessoas escola ou pública privada
creche
218
RIMA - MONTASA
A rede municipal de ensino de Montanha conta com cerca de 12 estabelecimentos, com
um total de 2.693 alunos, conforme dados cedidos pela Secretaria Municipal de Educação
referentes ao ano de 2005.
A Rede Particular conta com o centro de Educação Básica Nossa Senhora Aparecida,
chamado pelos populares de “Colégio das Freiras”, que possui 182 alunos, sendo 117 no
ensino fundamental e 65 no ensino médio.
219
RIMA - MONTASA
12
12
10
8
3
4
2
1
2
Para o Ensino Médio, Montanha dispõe de apenas 01 escola da rede estadual e no Ensino
Superior o município é atendido pelo Centro Regional de Educação à Distância da
Universidade Federal do Espírito Santo – UFES, e pela Universidade de Tocantins –
UNITINS, através do sistema de educação à distância.
220
RIMA - MONTASA
6.3.3.3 – Habitação e Saneamento
No meio rural, a média de moradores por domicílio e a média de pessoas por família são
superiores ao meio urbano. Nota-se, também, que o índice de famílias por domicílio e a
média de moradores por dormitório são semelhantes entre os dois meios.
Através do censo de 2000, o IBGE constatou que em relação ao destino do lixo, 89,8%
da região urbana e 69,9% da população rural possui o sistema de destino de lixo através
da coleta.
221
RIMA - MONTASA
De acordo com relatos da comunidade, depois que a captação passou a ser realizada no
local atual, não tem ocorrido problemas, como falta de água, ou problemas no
abastecimento da população.
6.3.3.4 Segurança
222
RIMA - MONTASA
6.3.3.5 Turismo e Cultura
A manifestação tradicional é a Festa de São João, que acontece no final de junho, como
em todo o resto do Brasil.
223
RIMA - MONTASA
A seguir, far-se-à uma breve descrição das localidades do Município de Montanha mais
próximas ao empreendimento. Porém, ressalta-se que a para o estudo foi considerado
todo o Município de Montanha como área de Influência Direta, principalmente por suas
características demográficas como densidade demográfica reduzida, distribuição da
população quanto às zonas rural e urbana e algumas características econômicas, que não
fornecem dados suficientes para analisar-se com individualidade seus distritos.
224
RIMA - MONTASA
Conforme informações da Prefeitura Municipal de Montanha, as localidades de Trinta de
Maio e Ramal da Fumaça são atendidas por São Sebastião do Norte.
Para obter informações mais locais foram entrevistados em São Sebastião do Norte:
− Arlindo Ferreira – trabalhador rural;
− Iracy Costa Dias – comerciante;
− Marco Cysne – produtor rural; e
− Irene de Jesus Favarato - trabalhadora rural.
A PSF V compila informações das três localidades juntamente, logo, não há informações
oficiais individualizadas das mesmas.
225
RIMA - MONTASA
De qualquer forma, a população dessas três localidades (São Sebastião do Norte, Trinta
de Maio e Fumaça) corresponde a apenas 15% da população do município, que possuía
em 2000, segundo o IBGE, 75% de taxa de urbanização.
Feminino
Masculino
1.123
1.229
48%
52%
Quanto à distribuição etária, prevalece nas localidades a faixa dos 20 aos 49 anos de
idade, com cerca de 50% de todas as pessoas cadastradas e 15% possuem de 0 a 9
anos de idade. A Figura 6.3.4.1-2 mostra a divisão etária da população das localidades de
São Sebastião do Norte, Fumaça e Trinta de Maio.
226
RIMA - MONTASA
800 752
700
600
500
400
306
300 259 236 228
203
200 147
118
82
100
21
0
< 1 ano
1 a 4 anos
5 a 6 anos
7 a 9 anos
10 a 14 anos
15 a 19 anos
20 a 39 anos
40 a 49 anos
50 a 59 anos
> 60 anos
Figura 6.3.4.1-2 – População cadastrada do PSF de São Sebastião do Norte
Das famílias cadastradas, que são 658 no total, 79,84% dos jovens entre 7 a 14 anos
estão na escola e 92,99% das pessoas e 15 anos e mais são alfabetizadas.
O destino do lixo de 62% das famílias é a coleta pública e 32,5% das famílias têm seu
lixo queimado ou enterrado e cerca de 5,32% das famílias destina o lixo a céu aberto. A
destinação de esgotamento sanitário da maioria das famílias dessas localidades é a fossa,
ou seja, 69% das famílias possuem fossa em seus domicílios e apenas 27% das famílias
possui sistema de coleta de esgoto.
Das famílias acompanhadas a maioria possui energia nos domicílios, ou seja, 99% das
famílias.
6.3.4.2 Vinhático
São cerca de 863 famílias atendidas nas localidades inseridas em Vinhático, que
representa 19% de toda a comunidade cadastrada no SIAB do Município de Montanha.
228
RIMA - MONTASA
Masculino Feminino
1.506 1.418
52% 48%
Das 863 famílias cadastradas, 93% possuem jovens entre 7 e 14 anos na escola e 92%
de pessoas com 15 anos ou mais alfabetizadas. A Escola Municipal de Ensino
Fundamental “Pedro Palácios”, mostrada na Figura 6.3.4.2-2, localizada na Sede do
Distrito de Vinhático, possuía em 2005 cerca de 224 alunos.
229
RIMA - MONTASA
Foram realizados um total de 35.543 atendimentos na Unidade de Saúde de Vinhático em
2003, e 35.168 atendimentos no ano de 2004. O saldo para 2004 foi positivo em se
tratando de atendimentos à população.
Como pode-se notar através da Figura 6.3.4.2-3, as visitas dos Agentes Comunitários de
Saúde – ACS aumentaram de 8.820 visitas em 2003 para 11.477 visitas em 2004.
12000 11477
10000
2003
8820
2004
8000
6000
5346
4922
4910
3864
4000 3456 3525
3165 3062
1879 1995
1761
2000 1474 1720
1562 1385 1323
0
Cons Médica PSF
Curativos
Pré-Consulta
Aplicação de Vacinas
Atend. Odontológico
Cons. na Unidade
(Buchechos)
230
RIMA - MONTASA
As informações do SIAB mostram que 96%% das famílias residente nas três localidades
são abastecidas de água pela rede pública, sendo que o restante é possui abastecimento
de água na residência de poços ou nascentes. O tratamento de água nos domicílios é em
sua maioria através de filtros, cerca de 90% das famílias do Distrito de Vinhático.
O destino do lixo de 97%% das famílias é a coleta pública e apenas 2,09% das famílias
têm seu lixo queimado ou enterrado e cerca de 0,6% das famílias destina o lixo a céu
aberto.
Das famílias acompanhadas a maioria possui energia nos domicílios, ou seja, 99% das
famílias.
231
RIMA - MONTASA
6.3.5 Arqueologia
232
RIMA - MONTASA
IMPACTOS AMBIENTAIS, MEDIDAS MITIGADORAS, COMPENSATÓRIAS E
POTENCIALIZADORAS 7
As principais diretrizes para identificação das áreas de influência dos impactos ambientais
(positivos ou negativos) decorrentes da implantação e operação da MONTASA –
Montanha Álcool e Açúcar S.A. foi o Município de Montanha e a Bacia Hidrográfica do Rio
Itaúnas.
Direta
Indireta
233
RIMA - MONTASA
Metodologia Utilizada
Quanto à natureza
Quanto ao efeito
234
RIMA - MONTASA
Quanto à abrangência
Quanto à ocorrência
Quanto à freqüência
Quanto à reversibilidade
- Reversível - quando uma vez cessada a ação, o fator ambiental retorna às suas
condições originais; e
- Irreversíveis - quando cessada a ação, o fator ambiental não retorna as suas condições
originais, pelo menos num horizonte de tempo aceitável pelo homem.
Quanto à intensidade
235
RIMA - MONTASA
- Média - quando os efeitos dos impactos apresentam média intensidade de alteração da
qualidade ambiental; e
- Forte - quando os efeitos dos impactos apresentam forte intensidade de alteração da
qualidade ambiental.
- Preventiva – são medidas que prevêem e eliminam eventos adversos que apresentam
potenciais de causar prejuízos aos itens ambientais destacados nos meio físico, biótico e
antrópico. Ela antecede a ocorrência do impacto negativo.
236
RIMA - MONTASA
7.1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS
A mobilização de mão-de-obra em uma área rural pode oferecer uma série de riscos à
rotina e à qualidade de vida da população do entorno do empreendimento.
O acesso aos centros das comunidades rurais é, na maior parte, realizado em vias de
tráfego sem pavimentação. A população da área de abrangência possui características
rurais acentuada em sua forma e qualidade de vida e, devido ao número de
trabalhadores que serão contratados e a forma de colheita da cana-de-açúcar (queima)
nos primeiros 02 anos de operação, os impactos (positivos e adversos) serão maiores
nesta fase do empreendimento.
237
RIMA - MONTASA
vizinha, que utiliza essas vias de tráfego da região, que também serão utilizadas durante
a implantação da MONTASA.
Medidas Mitigadoras
− realizar umectação das vias não pavimentadas próximas aos povoados e nas vias
internas dos mesmos, se for necessário, como também nas vias internas as fazendas,
que, porventura, venham a ser utilizadas em grande escala gerando uma potencial
emissão de Material Particulado (Poeira);
238
RIMA - MONTASA
Estas medidas mitigadoras deverão ser empregadas nas fase de implantação e operação,
sendo de caráter preventivo, de longo prazo e estão sob a responsabilidade do
empreendedor.
Este impacto na fase de implantação é de caráter negativo fraco e de efeito direto, visto
que os ruídos apesar de passíveis de controle, podem provocar algum incômodo. Sua
abrangência é local, de curto prazo, temporário e reversível. Na fase de operação, o
funcionamento das colheitadeiras e das máquinas e equipamentos componentes da
planta industrial irão promover ruídos no entorno de sua área de abrangência. Trata-se
de um impacto negativo fraco e de efeito direto. Sua abrangência é local, de longo prazo,
cíclico e reversível.
Medidas Mitigadoras
239
RIMA - MONTASA
sejam controlados e não venham a causar efeitos na área de influência do mesmo, não
permitindo, ainda, incômodo a fauna e a população, que, porventura, habitam próximo a
ele ou utilizam como rota a região onde será implantado o empreendimento.
Estas medidas mitigadoras deverão ser empregadas nas fase de implantação e operação,
sendo de caráter preventivo e corretivo, de longo prazo e estão sob a responsabilidade
do empreendedor.
FASE DE OPERAÇÃO
Como está previsto um controle de velocidade nas vias, este impacto potencial de
emissão de poluentes atmosféricos apresenta caráter negativo fraco e de efeito direto,
visto que com a inserção das medidas de controle, não ocorrerá a alteração significativa
da qualidade do ar na região, considerando que abrangência é regional (raio de 30 km no
entorno do empreendimento), de longo prazo e cíclico.
Medidas Mitigadoras
240
RIMA - MONTASA
Estas medidas mitigadoras deverão ser empregadas nas fase de operação, sendo de
caráter preventivo, de longo prazo e estão sob a responsabilidade do empreendedor.
Este impacto potencial apresenta caráter negativo médio de efeito direto, visto que as
emissões de fumaça, fuligem e particulados provocam desconforto nos povoados vizinhos
e alteração da qualidade do ar. Sua abrangência é regional, cíclico (somente utilizada nas
épocas da safra), reversível e de médio prazo para 70% da área e de longo prazo para
30% da área plantada.
Medidas Mitigadoras
- Para um melhor controle da execução da queima da cana, a área deverá ser dividida
em aceiros, sendo observado as condições climáticas na época, principalmente a
velocidade do vento. Como medida de segurança, é disponibilizado carros pipas nos
locais de intervenção, para evitar a proliferação de chamas indesejáveis.
241
RIMA - MONTASA
Estas medidas mitigadoras deverão ser empregadas na fase de operação, sendo de
caráter corretivo e preventivo, de longo prazo e estão sob a responsabilidade do
empreendedor.
Este impacto potencial apresenta caráter negativo fraco e de efeito direto. Sua
abrangência é local, cíclico (somente na safra), de longo prazo e reversível.
Medidas Mitigadoras
242
RIMA - MONTASA
7.1.1.2 Recursos Hídricos
FASE DE IMPLANTAÇÃO
Medidas Mitigadoras
- Como medida mitigadora deverá ser, sempre que possível, evitado o revolvimento do
solo durante períodos chuvosos. Os solos deverão ficar expostos às intempéries pelo
tempo mais curto possível. Os solos expostos deverão ser protegidos, da ação das
chuvas, por vegetação ou outros tipos de cobertura.
243
RIMA - MONTASA
FASE DE OPERAÇÃO
Com a captação de água a ser realizada no Córrego do Dezoito poderá ocorrer uma
pequena redução de vazão no trecho a jusante do ponto de tomada d’água,
principalmente em períodos de baixas vazões.
O Q7,10 é adotado como vazão mínima admitida para a manutenção da vida aquática no
curso d’água. Desta forma, o impacto causado pela captação é de natureza negativa,
direto, cíclico e imediato, pode ser considerado de magnitude média.
Medida Mitigadora
Esta medida mitigadora deverá ser empregada na fase de operação, sendo de caráter
corretivo, de longo prazo e está sob a responsabilidade do empreendedor.
244
RIMA - MONTASA
7.1.1.3 Geologia, Geomorfologia e Geotecnica
FASE DE IMPLANTAÇÃO
Este impacto é classificado como direto, negativo, local, temporário, reversível, e de fraca
intensidade.
Medida Mitigadora
Esta medida mitigadora deverá ser empregada na fase de implantação e operação, sendo
de caráter corretivo e preventivo, de longo prazo e estão sob a responsabilidade do
empreendedor.
FASE DE OPERAÇÃO
245
RIMA - MONTASA
Trata-se de um impacto direto, negativo, local, cíclico, reversível, imediato e de
magnitude média, pois, em outra unidade produtiva similar o monitoramento realizado
demonstra não ocorrer à contaminação do solo com a Fertirrigação.
Medidas Mitigadoras
Estas medidas mitigadoras deverão ser empregadas nas fase de operação, sendo de
caráter preventivo, de longo prazo e estão sob a responsabilidade do empreendedor.
246
RIMA - MONTASA
Medidas Mitigadoras
Estas medidas mitigadoras deverão ser empregadas nas fase de implantação e operação
da MONTASA, sendo de caráter corretivo e preventivo, de longo prazo e estão sob a
responsabilidade do empreendedor.
7.1.2.1 Flora
Este impacto ocorrerá no local preterido para a instalação da MONTASA e nas áreas onde
ocorrerá o plantio de cana-de-açúcar em substituição as pastagens.
247
RIMA - MONTASA
Este impacto pode ser considerado: de natureza negativa fraca - pois a supressão será
de vegetação antropizada (pastagem), contudo, podendo atingir plântulas e sementes de
espécies nativas que estão dispersas no pasto; de efeito direto - por estar diretamente
relacionado à ação; de abrangência regional - pois as ações ocorrerão em áreas pré-
definidas para o plantio num raio de 30 km no entorno do empreendimento; de médio
prazo; temporária e reversível - porque os locais onde a vegetação será suprimida
passarão a ser utilizados de forma diferente dos usos atuais, porém, permitindo o
crescimento do mesmo tipo de vegetação preexistente após a desativação do
empreendimento.
Medidas Mitigadoras
Estas medidas mitigadoras deverão ser empregadas nas fase de implantação e operação
da MONTASA, sendo de caráter corretivo e preventivo, de longo prazo e estão sob a
responsabilidade do empreendedor.
248
RIMA - MONTASA
FASE DE OPERAÇÃO
Com a implantação da Usina a atividade de pecuária bovina não será mais praticada,
uma vez que toda a área de pastagem deverá ser ocupada com o plantio da cana-de-
açúcar. O término dessa atividade representará um impacto positivo principalmente sobre
os remanescentes florestais das fazendas Conquista, ABC e Aliança.
Este impacto pode ser considerado: de natureza positiva média - pois acabará o pisoteio
desses animais nas bordas das florestas (nas áreas onde o plantio da cana-de-açúcar
substituirá as pastagens), facilitando o desenvolvimento de plântulas e sementes de
espécies nativas, e estas também não estariam competindo com espécies invasoras
levadas para as florestas pelas fezes e pêlos dos animais; de efeito direto - por estar
diretamente relacionado à ação; de abrangência local - pois as ações não ultrapassarão
as áreas do empreendimento; de médio prazo - pois seus efeitos surgirão alguns meses
após a ação; temporário e reversível.
249
RIMA - MONTASA
preferencialmente espécies nativas, pela possibilidade de facilitar alguns processos
ecológicos envolvendo a fauna local, como deslocamento, abrigo e alimentação.
7.1.2.2 Fauna
Duellman & Trueb (1986), discutem amplamente sobre os prováveis fatores que podem
influenciar no declínio das populações de anfíbios, a primeira maior ameaça às
populações de anfíbios é a destruição dos habitats. Isto é particularmente evidente em
dois caminhos:
− destruição de florestas, especialmente aquelas tropicais úmidas, assim como
alterações nos ciclos hidrológicos, que acabam por afetar as regiões alagadas,
essenciais para a reprodução da maioria das espécies de anfíbios;
O impacto sobre a fauna de répteis pode ser diferenciado, onde, determinadas espécies
não sobrevivem às alterações ambientais imediatas, enquanto que outras deslocam-se
para áreas adjacentes ao impacto. Entre as espécies de répteis encontradas no local,
pelo menos duas encontram-se entre as que se adaptaram às situações adversas, devido
a influências antropomórficas: Tropidurus torquatus e Hemidactylus mabouia. Estas
espécies são comuns na área de estudo.
Os mamíferos, por possuírem uma grande variação morfológica, podem utilizar vários
ambientes diferentes, como aquáticos, terrestres e aéreo. A maioria dos mamíferos é
250
RIMA - MONTASA
muito mais ativa durante as horas crepusculares e noturnas (Eisenberg, 1989; Nowak,
1991; Cimardi, 1996). Os representantes deste grupo e que foram amostrados neste
estudo, ocorrem em uma grande variedade de ambientes do território capixaba.
Segundo Williams & Marsh (1998), o principal fator que influência negativamente na
abundância e diversidade de pequenos mamíferos são os efeitos na troca da estrutura da
vegetação em áreas fechadas de florestas para áreas abertas. Isto não irá ocorrer com
implantação e operação da Montasa.
251
RIMA - MONTASA
FASE DE IMPLANTAÇÃO
252
RIMA - MONTASA
Medida mitigadora
É difícil quantificar os impactos causados pelo ruído sobre uma fauna que vive
constantemente influenciada pela ação deste impacto, no entanto, as máquinas e
veículos necessários aos serviços de terraplanagem poderão causar um desconforto
para os animais que habitam os ambientes na área de influência direta do
empreendimento e certamente irão buscar ambientes mais distantes para se refugiar
dos ruídos.
Medida Mitigadora
253
RIMA - MONTASA
Esta medida mitigadora deverá ser empregada na fase de implantação do
empreendimento, sendo de caráter preventivo, de médio prazo e está sob a
responsabilidade do empreendedor.
Medidas Mitigadoras
254
RIMA - MONTASA
− Os solos deverão ficar expostos às intempéries pelo período de tempo mais curto
possível. Os solos expostos deverão ser protegidos da ação das chuvas, por vegetação.
Deverão ser construídas canaletas e outros dispositivos de drenagem que evitem
velocidades de escoamento superficial que possam causar erosão. Estruturas de
drenagem deverão ser dotadas de dissipadores de energia, não sendo permitida queda
livre de água sobre o solo.
FASE DE OPERAÇÃO
Todas as espécies que habitam o solo, as copas das árvores e o espaço aéreo na área
de influência direta do empreendimento serão diretamente afetados pelos ruídos
provocados por máquinas, equipamentos e veículos. O grupo mais afetado será o das
aves, dada a maior utilização e dependência do espaço aéreo. E ainda, habitualmente
elas utilizam os sinais sonoros entre os espécimes como característica comportamental.
O ruído gerado, tenderá a afugentar as espécies, contudo, a avifauna local, possui
amplo espectro de abrangência, estando os remanescentes de matas da região
relativamente próximos à ocupação humana, e a todo tipo de ruído que esta produz
(por exemplo: máquinas agrícolas e veículos automotores).
255
RIMA - MONTASA
Além da aves, os anfíbios também serão afetados pelo ruídos. Os anfíbios se
reproduzem geralmente à noite. O macho emite um canto (vocalização) durante o
período reprodutivo (corte e acasalamento). Os ruídos poderão afetar as espécies de
anfíbios que vivem no entorno. As espécies mais sensíveis a estes impactos tenderão
a procurar outros locais, diminuindo com isso, a diversidade faunística local. O mesmo
ocorrerá com os mamíferos.
Medida Mitigadora
Certamente que a melhor forma de mimizar os impactos sobre a fauna local, reside na
manutenção e enriquecimento vegetacional do fragmento de 29,0 hectares na Fazenda
Conquista e revegetaçao das áreas de preservaçao permanente existentes dentro das
fazendas Conquista, ABC e Aliança. Esta ação irá reduzir a percepção do ruído pela
fauna local e manter a oferta de locais para abrigo, alimentação e reprodução,
propiciando, conseqüentemente, ambientes mais favoráveis a manutenção da
diversidade faunística da região.
256
RIMA - MONTASA
80% manual e 20% através de colheitadeira; c) 3º ano 60% manual e 40% através de
colheitadeira e no 4º ano 30% manual e 70% através de colheitadeira. Isto significa
dizer que no 4º ano a queima ocorrerá somente em 30% da área plantada (nos locais
onde a colheita mecanizada se torna muito difícil). Este quadro poderá mudar, ou seja,
aumentar o percentual do plantio mecanizado com o fomento e/ou aquisição de novas
propriedades.
Medidas Mitigadoras
− Deverão ser feitos aceiros nos talhões a serem queimados com no mínimo três
metros de largura, ampliando esta faixa quando as condições ambientais, topográficas,
climáticas e o material combustível a determinarem.
− O aceiro deverá ter sua largura duplicada quando se destinar à proteção de áreas de
florestas e de vegetação natural, de preservação permanente, de reserva legal, aquelas
especialmente protegidas em ato do poder público e de imóveis confrontantes
pertencentes a terceiros.
257
RIMA - MONTASA
Esta medida mitigadora é de caráter preventivo e corretivo, de longo prazo, deverá ser
empregada na fase de operação da MONTASA, sendo de responsabilidade do
empreendedor.
Nos ecótonos entre os talhões e as áreas com vegetação natural os fertilizantes poderão
causar incômodo e, conseqüentemente, afugentamento da fauna e, com isso, reduzindo
a diversidade local.
Este impacto é caracterizado como negativo de média magnitude, local (nas áreas de
plantio), temporário, direto, de ocorrência em longo prazo e reversível.
Medida Mitigadora
Os impactos referentes ao meio antrópico serão abordados com base nos dados
levantados durante o estudo, bem como dados coletados em pesquisa de campo, onde
258
RIMA - MONTASA
foram entrevistados representantes de vários órgãos da administração pública municipal
do Município de Montanha e indivíduos da comunidade.
Como se não bastasse sua história econômica, a indústria sucroalcooleira vem sendo
objeto de especulações positivas, devido às novas diretrizes mundiais em termos de
opção como matriz energética.
259
RIMA - MONTASA
médios agricultores do Município de Montanha, que passariam a contar com uma
atividade industrial, favorecendo a continuidade dos cultivos desses.
Como foi abordado no Diagnóstico, uma das medidas econômicas mais usuais para
resolução de problemas de déficit orçamentário é o aumento nas tributações, para que
possam gerar maiores arrecadações.
260
RIMA - MONTASA
A mobilização de mão-de-obra para a implantação do empreendimento tende a ser
reduzida, considerando a oferta de mão-de-obra existente na região, e o baixo nível de
requisitos relacionados à escolaridade para a execução da implantação e da operação.
Valem ainda ressalvas à via de transporte principal dos veículos pesados, como
caminhões, Rodovia Estadual ES-209. O tráfego mais intenso nessa via pode gerar
transtornos à comunidade residente no entorno da rodovia. Os transtornos podem ser de
poeira a ruídos excessivos, além da maior incidência de buracos na pista, devido ao peso
de alguns caminhões.
Durante a fase de implantação da empresa serão gerados cerca de 190 novos postos de
trabalho. Na fase de operação 600 empregos no 1º ano e 1.200 nos anos seguintes.
Esta abertura de novos postos de trabalho terá efeitos consideráveis sobre a economia,
pois contribui para a manutenção de níveis de renda familiar e acesso a bens de
consumo e manutenção de demanda na área comercial (lojas, supermercados, etc.),
principalmente nos Municípios de Montanha, seguido por Pedro Canário e Pinheiros.
261
RIMA - MONTASA
profissional é baixa para a maioria dos trabalhadores necessários a operação da
MONTASA, esta mão-de-obra é farta na região norte do Espírito Santo.
O impacto em questão deve ser classificado como positivo forte, regional, direto,
temporário e de ocorrência em curto e longo prazo.
Medida Potencializadora
O impacto em questão deve ser classificado como positivo forte, regional, direto,
temporário e de ocorrência em longo prazo.
262
RIMA - MONTASA
Medida potencializadora
Este incentivo soma-se aos programas e incentivos do Governo Federal para a utilização
da cana-de-açúcar em vários segmentos do mercado.
O impacto em questão deve ser classificado como positivo forte, regional, direto, cíclico e
de ocorrência em longo prazo.
Medida potencializadora
263
RIMA - MONTASA
Impacto 22 – Geração de Tributos ao Orçamento Municipal.
A empresa sendo instalada paga impostos, operando paga impostos, e quanto mais sua
produção se elevar, mais impostos ela irá gerar. Assim, a empresa automaticamente
escolhendo um município carente de indústrias e investimentos como Montanha, auxilia
no desenvolvimento local.
O impacto em questão deve ser classificado como positivo forte, regional, direto, cíclico e
de ocorrência em longo prazo.
Medida potencializadora
Desta-se que durante as entrevistas realizadas com o poder publico municipal (Prefeito
de Montanha) constatou-se que existe uma grande carência de postos de trabalho nos
Municípios de Montanha, Pedro Canário, Pinheiros e Mucurici. Esta oferta de mão-de-obra
é constituída por trabalhadores com baixo ou nenhum nível de escolaridade, justamente
o perfil dos trabalhadores a serem contratados pela MONTASA
264
RIMA - MONTASA
Face ao exposto, o impacto decorrente da migração populacional deve ser considerado,
como negativo, local, direto, de ocorrência em médio prazo, reversível e de pequena
magnitude. Como existe a possibilidade de ocorrer a cada safra é cíclico.
Medidas Mitigadoras
− Mecanização da lavoura.
Medidas Mitigadoras
265
RIMA - MONTASA
localizados na área de influência direta ao empreendimento, alertando e permitindo o
livre trânsito dos pedestres durante o dia e noite, com maior segurança.
− Realizar umectação das vias não pavimentadas próximas aos povoados e nas vias
internas dos mesmos (Ramal da Fumaça e São Sebastião do Norte), se for necessário,
como também nas vias internas as fazendas, que, porventura, venham a ser utilizadas
em grande escala gerando uma potencial emissão de Material Particulado (Poeira).
266
RIMA - MONTASA
Medidas Mitigadoras
Como forma de minimizar na fase de operação os impactos referentes ao aumento da
utilização das Unidades de Saúde, deverão ser adotadas as seguintes medidas:
A área onde será instalada a MONTASA dista cerca de 2 km em linha reta da localidade
de Ramal da Fumaça e 2,7 km de São Sebastião do Norte, com isso, os odores e ruídos
quando perceptíveis serão de fraca intensidade.
Medidas Mitigadoras
267
RIMA - MONTASA
Estas medidas estarão sob a responsabilidade do empreendedor, possuem caráter
preventivo e corretivo, deverão ser implementadas na fase de operação e caracterizam-
se pela temporalidade de longo prazo.
Medida Mitigadora
268
RIMA - MONTASA
7.3 ANÁLISE INTEGRADA DOS IMPACTOS AMBIENTAIS
A matriz apresentada no Anexo, Item 14.6, permite uma visão integrada das ações do
empreendimento, dos impactos decorrentes das mesmas e os fatores ambientais
afetados, revelando as ações mais impactantes, a fase do empreendimento que gerará
mais impactos e quais os fatores ambientais mais afetados.
MÉDIO - ▲
FRACO - ▲
269
RIMA - MONTASA
Foram identificados 27 impactos potenciais, com 13 interações. Estes impactos potenciais
estão passíveis de incidirem nas principais atividades ocorrentes na implantação e
operação do empreendimento (Anexo, Item 14.18).
Dos cinco (05) impactos positivos identificados, quatro (04) incidirão sobre o meio sócio-
econômico e um (01) sobre o meio biótico; sendo 04 deles de magnitude forte e 01 de
média intensidade. Os impactos positivos decorrem da geração de empregos, aquisição
de bens e serviços e geração de tributos no meio sócio-econômico. Ao passo que no
meio biótico está relacionado à regeneração florestal.
Todos os impactos ocorrentes sobre o Meio Físico (n=10) são negativos, sendo 06 de
fraca intensidade e 04 de magnitude média (queima da cana-de-açúcar; alteração de
regime hídrico; contaminação do solo e águas subterrâneas por vinhoto e resíduos).
Quanto ao Meio Biótico, dos oito impactos identificados, 07 são adversos e 01 positivo
(de média intensidade). A retirada do gado da área para plantio e implantação da
unidade industrial é o único impacto positivo. Entre os impactos negativos, 03 são de
intensidade média (alteração da qualidade de água; queima da cana-de-açúcar e
aplicação de herbicidas) e 04 de fraca intensidade (substituição de pastagens; perda de
habitat; emissão de ruídos e afugentamento de espécies).
Por fim, destaca-se que os impactos negativos mais relevantes estão relacionados à
queima da cana-de-açúcar, os quais serão eliminados em quase sua totalidade com a
implantação da colheita mecanizada. Os outros impactos adversos são reversíveis, o que
significa dizer que se seguidas às medidas mitigatórias sugeridas e implementados os
planos, programas e medidas compensatórias a comunidade local e o meio ambiente não
270
RIMA - MONTASA
estarão passíveis de ser fortemente afetada pelos feitos adversos decorrentes da
implantação e operação do empreendimento.
271
RIMA - MONTASA
PLANOS E PROGRAMAS AMBIENTAIS 8
O objetivo dos Planos, Programas e Projetos aqui sugeridos é a redução dos impactos
negativos identificados na implantação e operação da MONTASA. Objetivam, ainda,
buscar a integração do empreendimento e empreendedor ao contexto regional,
diminuindo agressões ao próprio empreendimento, ao meio ambiente e à comunidade,
proporcionando a interação pacífica e harmoniosa entre esses atores, de forma a
assegurar a utilização sustentável dos recursos ambientais.
O Projeto Básico Ambiental tem como finalidade acompanhar a execução dos programas
ambientais propostos no Estudo de Impacto Ambiental (EIA) MONTASA – Montanha
Álcool e Açúcar S.A, bem como estabelecer regras de gerenciamento ambiental do
empreendimento, objetivando a conservação ambiental na sua área de influência durante
as obras necessárias à implantação e operação do mesmo.
272
RIMA - MONTASA
Este programa deverá abranger as Áreas de Preservação Permanente (APP’s) das
fazendas Conquista, ABC e Aliança. Ainda na Fazenda Conquista, o fragmento florestal
localizado ao lado da área preterida para implantação da unidade fabril da MONTASA terá
sua borda enriquecida.
O plano deverá identificar as vias a serem umectadas por caminhão pipa, bem como a
freqüência.
274
RIMA - MONTASA
CONCLUSÃO 9
Face ao exposto e levando em consideração que para os outros impactos adversos foram
propostas medidas mitigatórias e que os Planos e Programas visam mitigar e gerenciar os
possíveis impactos negativos e potencializar os impactos positivos, pode-se afirmar que
se trata de um empreendimento viável sob o ponto de vista ambiental.
275
RIMA - MONTASA
COMPENSAÇÃO AMBIENTAL 10
COMPENSAÇÃO AMBIENTAL
Nos casos em que a posse e o domínio não sejam do Poder Público (Reserva Particular
do Patrimônio Natural, Monumento Natural, Refúgio de Vida Silvestre, Área de Relevante
276
RIMA - MONTASA
Interesse Ecológico e Área de Proteção Ambiental), o referido artigo determina que os
recursos da compensação somente poderão ser aplicados para custear as seguintes
atividades:
- elaboração do Plano de Manejo ou nas atividades de proteção da unidade;
- realização das pesquisas necessárias para o manejo da unidade, sendo vedada à
aquisição de bens e equipamentos permanentes;
- implantação de programas de educação ambiental; e
- financiamento de estudos de viabilidade econômica para uso sustentável dos recursos
naturais da unidade afetada.
277
RIMA - MONTASA
recursos da compensação ambiental, considerando, entre outros, os critérios de
proximidade, dimensão, vulnerabilidade e infra-estrutura existente.
278
RIMA - MONTASA
PROGNÓSTICO AMBIENTAL 11
SEM O EMPREENDIMENTO
O Município de Montanha, bem como toda sua região Extremo Norte possui dificuldade
em elevar seus níveis de desenvolvimento. De acordo com os indicadores já citados
anteriormente no diagnóstico realizado, a região que tem características agrárias, conta
com reduzidas oportunidades de desenvolvimento industrial ou mesmo agroindustrial.
Atualmente, a Região Extremo Norte passa por dificuldades em sua arrecadação, que
interfere diretamente em suas receitas municipais, facilmente identificáveis através dos
balanços municipal expostos nos aspectos econômicos. Umas das formas mais usuais
dentro das políticas econômicas públicas para equilibrar as contas públicas, ou reduzir o
déficit, porém, sempre com o objetivo se superávit orçamentário, é o aumento na
arrecadação municipal, seja através da interferência nos valores tributários, seja através
de fiscalização em estabelecimentos comerciais efetiva para que se obtenha melhores
resultados.
A liberdade de entrar em mercados, a começar pelo mercado de trabalho, pode ser, ela
própria, uma contribuição importantíssima para o desenvolvimento, independente do que
o mecanismo de mercado possa fazer ou não para promover o crescimento econômico
ou da industrialização.
O cenário atual da região não é dos mais positivos. A região não possui atrativos
turísticos, que possam vir a ser explorados através dos programas em atividade
atualmente através dos Governo Federal e Estadual, além disso, a população possui
baixo nível de escolaridade e alto índice de ocupação no mercado informal. Sua taxa de
urbanização, bem como sua densidade demográfica não facilitam o desenvolvimento
econômico da região.
279
RIMA - MONTASA
A região tem buscado acompanhar os crescimentos econômicos de suas regiões vizinhas,
como é o caso do cultivo do mamão, estendendo seus territórios para as atividades
dessas regiões, para “pegar carona” no desenvolvimento econômico que algumas cidades
do Norte tem alcançado ultimamente, em se falando de agroindústria.
No diz respeito a fauna, as áreas que hoje são cobertas por pastagem abrigam uma
fauna pobre, com predominância de espécies adaptadas as áreas abertas. Dentre as
espécies tem-se o quero-quero (Vanellus chilensis), a rolinha-caldo-de-feijão
(Columbina talpacoti), a coruja-buraqueira (Athene cunicularia), o calago-comum
(Tropidurus gr. torquatus) e o calango-verde (Ameiva ameiva).
COM O EMPREENDIMENTO
Quando se observa a economia de uma cidade ou região é bem natural pensar nas
atividades econômicas desta região como sendo divididas em dois tipos. Primeiro, há as
atividades que satisfazem demandas de fora da região: a “base de exportação” da
região; segundo há as atividades que fornecem principalmente produtos e serviços aos
residentes locais. A idéia do multiplicador de base econômica é defendida com veemência
nas discussões acerca da economia espacial. Em breves palavras, o multiplicador de
bases funciona como um chamariz para outras atividades, por exemplo, quando monta-
se uma fábrica de móveis. Logo haverão fábricas de dobradiças, distribuição de
parafusos, restaurantes, serviços hoteleiros e toda uma estrutura motivada por um
agente multiplicador. No caso do Município de Montanha, o agente multiplicador será a
280
RIMA - MONTASA
Montasa. A tendência é de que os efeitos sejam, em sua maioria, positivos para
sociedade em geral da região, não somente para o Município.
Espera-se que os dados analisados neste estudo quanto ao mercado de trabalho formal
sejam alterados positivamente de uma forma significativa para o município e para a
região.
No que concerne a vegetação, como esta será recuperada nas APP’s e o fragmento
existente na Fazenda Conquista não mais sofrerá o pisoteio do gado,
conseqüentemente, haverá uma maior probabilidade da regeneração natural do
fragmento existente. Alia-se a este fato, o reflorestamento previsto (APP’s) que irá
proporcionar um aumento dos locais que poderão ser utilizados para abrigo,
alimentação e reprodução das espécies, e com isso, irá a médio prazo contribuir com a
manutenção e incremento na diversidade faunística da região. Um fator adverso a
operação da MONTASA é a queima da cana-de-açúcar, que poderá causar injúrias e
afugentar a fauna local, porém, como esta prática será substituída por colheita
mecanizada a partir do 2º ano de operação, este impacto será eliminado em 70% da
área plantada já no 4º ano de funcionamento da usina.
281
RIMA - MONTASA
EQUIPE TÉCNICA 12
282
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ANEXOS 14
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14.1 – CRONOGRAMA DE DESENVOLVIMENTO
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14.2 – MAPA DE LOCALIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO
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14.3 – MAPA DAS VIAS DE ACESSO
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14.4 – PROPRIEDADES DESTINADAS AO PLANTIO DA CANA-DE-
AÇUCAR
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14.5 – LAYOUT GERAL DA ÁREA INDUSTRIAL
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14.6 – MATRIZ DE INTERAÇÃO DOS IMPACTOS
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