Relatório - Experimento 1 - Máquina CC

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA – CCET


DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE ELETRICIDADE – DEEE
CURSO: ENGENHARIA ELÉTRICA
LABORATÓRIO DE MÁQUINAS ELÉTRICAS (TURMA 02)

Lucas Silveira Soeiro - 2017023588

RELATÓRIO EXPERIMENTO 1 - CARACTERÍSTICAS DA MÁQUINA DE


CORRENTE CONTÍNUA, OPERANDO NO MODO MOTOR, NAS DIVERSAS
FORMAS DE EXCITAÇÃO

SÃO LUÍS – MA
2021
Lucas Silveira Soeiro

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RELATÓRIO EXPERIMENTO 1 - CARACTERÍSTICAS DA MÁQUINA DE
CORRENTE CONTÍNUA, OPERANDO NO MODO MOTOR, NAS DIVERSAS
FORMAS DE EXCITAÇÃO

Trabalho referente à disciplina de


Laboratório de Máquinas Elétricas, no curso
de Engenharia Elétrica, da Universidade
Federal do Maranhão, referente à nota parcial
atribuída do primeiro semestre letivo de 2021.

Prof.º Dr. José Gomes de Matos.

SÃO LUÍS – MA
2021

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RESUMO
Este relatório tem por objetivo apresentar os procedimentos e resultados obtidos no
primeiro experimento da disciplina Laboratório de Máquinas Elétricas referente a
Máquinas CC em suas quatro formas de excitação de campo (Excitação independente,
excitação shunt, excitação composta e excitação série). Neste documento são mostrados
os procedimentos feitos e elaborado comentários a respeito do observado e aqui
exposto.
Palavras-chave: Máquina, contínua, campo, excitação, tipos.

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Sumário
1. INTRODUÇÃO...........................................................................................................................5
2. DESENVOLVIMENTO.................................................................................................................9
2.1. Excitação Independente........................................................................................................9
2.2. Excitação Shunt...................................................................................................................11
2.3. Excitação Composta............................................................................................................12
2.4. Excitação Série.....................................................................................................................13
2.5. Tabelas e Dados fornecidos.............................................................................................14
3. CONCLUSÃO...........................................................................................................................16
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...................................................................................................17

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1. INTRODUÇÃO

Este relatório foi feito com a intenção de apresentar o experimento feito no dia 18 de
junho de 2021 pelo professor José Gomes de Matos, que tratou da Máquina de corrente
contínua e as particularidades de cada uma das quatro configurações de excitação de
campo. O experimento se deu de maneira remota onde o professor e os alunos se
encontraram virtualmente e o professor apresentou um vídeo gravado com cada parte do
experimento e comentando o apresentado; foi fornecido aos alunos também um
documento guia experimental no formato PDF com alguns valores pré colocados para
que se fossem feitas análises pelos alunos.

1.1. Introdução Teórica

Nas seções a seguir há uma breve explicação teórica sobre a máquina CC e suas
formas de excitação.
1.1.1. Princípio de Funcionamento de uma Máquina CC

As máquinas de corrente contínua se fazem valer da interação de campos magnéticos


presentes nas partes estáticas e móveis da mesma para produzirem uma força que
provoca movimento rotacional, e portanto torque, em sua parte móvel; são chamadas de
máquinas de corrente contínua pois sua construção é feita de tal forma que seja viável a
alimentação da mesma apenas com fontes de CC. Como máquinas elétricas, elas se
dividem em dois circuitos principais de funcionamento, o de Campo e o de Armadura
(vale lembrar que não são os únicos apenas os principais, falando resumidamente). A
forma como o circuito de alimentação do campo está arranjado na máquina faz com que
apresentem diferentes propriedades de funcionamento e que são: Excitação
independente, excitação shunt, excitação composta e excitação série.

Figura 1. Tensão induzida em uma bobina elementar (Fonte: Apostila


ELETROTÉCNICA APLICADA, EDITADO).
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1.1.2. Informações Adicionais

Seguem algumas informações consideradas neste relatório.

V t−K a⋅ϕ ⋅ω u
Equação 1: T a=K a⋅ϕ⋅I a Equação 2: I a=
Ra
P⋅N
Equação 3: f = Equação 4: ϕ R=ϕ D±ϕ s
2⋅60
Vt Ra
Equação 5: ω =( )−( )⋅I a Equação 6: T =K a⋅( K f⋅I a )⋅I a=K a⋅I 2a
K⋅ϕ K a⋅ϕ

Equação 7: I L =I a + I f

Figura 2. Características de motores CC (Fonte: Apostila ELETROTÉCNICA


APLICADA).

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1.1.3. Excitação Independente

Figura 3. Motor de corrente contínua com excitação independente (Fonte: Guia


Pratica Nº 1).

Nesta configuração temos uma fonte alimentando o enrolamento de campo da máquina


CC e outra alimentando a armadura da máquina como pode ser visto na figura 3.

1.1.4. Excitação derivação ou shunt

Figura 4. Motor de corrente contínua com excitação Shunt (Fonte: Editado pelo
Autor).

Nesta configuração temos uma mesma fonte alimentando tanto o enrolamento de campo
quanto o da armadura da máquina CC, como pode ser visto na figura 4.
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1.1.5. Excitação composta

Figura 5. Motor de corrente contínua com excitação Composta (Fonte: Editado


pelo Autor).
Nesta configuração temos uma fonte alimentando tanto o enrolamento de campo quanto
o da armadura da máquina CC, com a diferença de que o circuito do Campo é agora
composto por um enrolamento em série com a armadura e um exclusivo do campo,
como pode ser visto na figura 5.
1.1.6. Excitação Série

Figura 5. Motor de corrente contínua com excitação Série (Fonte: Editado pelo
Autor).
Nesta configuração temos uma mesma fonte alimentando tanto o enrolamento de campo
quanto o da armadura da máquina CC, com a diferença de que o circuito do Campo está
em série com o circuito da armadura, campo como pode ser visto na figura 6.
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2. DESENVOLVIMENTO

Primeiramente a máquina de corrente contínua foi acoplada a uma máquina síncrona a


qual operou como gerador, servindo de carga mecânica a máquina CC.
O professor realizou uma apresentação dos equipamentos que foram usados os quais:
• Máquina geradora Síncrona: Usada como carga ao motor CC, conectada em
estrela de tensão 230 V quando nessa conexão, a corrente contínua que alimenta
a bobina de campo é alimentada por uma ponte retificadora que é por sua vez
alimentada por uma fonte (transformador) que varia a tensão de entrada do
retificador.
• Cargas resistivas: Seis resistências (duas por fase) conectadas em delta trifásica
e tensão nominal 220 V alimentada pelo gerador.
• Máquina de corrente contínua: Possui enrolamento de armadura e um de campo.
Em sua placa de ligação é visível a presença do enrolamento de interpolo que
auxilia no processo de comutação evitando faiscamento, ligado em série com o
enrolamento de armadura. No circuito de campo temos quatro polos com cada
um possuindo uma bobina.
• Fontes auxiliares: Uma fonte de corrente contínua pra produzir tensão pra
alimentar a armadura que possui uma ponte trifásica a diodos. Pra excitar o
campo usou-se um transformador variável alimentando um retificador externo
em ponte monofásicos.
As medições foram feitos com instrumentos analógicos. Pra medir rotação usa-se um
tacômetro a laser.

2.1. Excitação Independente

Em primeiro momento a máquina CC está com excitação independente, uma fonte para
o campo e uma para a armadura. Para ligar esta máquina é necessário seguir a
ordem de primeiro Alimentar a corrente no campo (como a máquina usada suportava
até 600 mA, foi inicialmente colocado esse valor), necessário para gerar conjugado de
partida e evitar que ela tenha corrente muito alta de acordo com a equação 1; segundo é
alimentado a armadura através da fonte de corrente contínua, a qual tem valor nominal
de 9 A e é medida por um alicate amperímetro com 5 voltas (“...como se estivesse
medindo 5 correntes…”). Foi atingido 222 V de alimentação na armadura (nominal de
220 V).
Com essas duas alimentações tivemos o início das rotações, funcionamento da máquina
CC com rotação de 1374 rpm (diferente da nominal que é 1800 rpm); esta diferença se
dá pelo fato de haver alimentação de armadura muito próximo da nominal mas corrente
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de campo muito elevada. Para resolver o problema foi reduzido a corrente de campo
para aumentar a rotação (NOTA: até aqui em vazio), chegando a 1805 rpm com pouco
mais de 340 mA.
Caso a corrente de campo seja tirada excessivamente, levaremos o termo
correspondente a força contra eletromotriz (-ka·ϕ·ωu) a zero e a corrente da armadura
ficará muito grande; outra consequência seria a máquina CC tentar compensar isto
através de um aumento indefinido de rotação (velocidade) até que ou os sistemas de
proteção atuem ou a máquina se danificar.
Para inverter a rotação da máquina é preciso inverter o conjugado da máquina que é
feito ou invertendo o sentido da corrente de campo ou a de armadura (geralmente se faz
modificando o sentido da corrente de armadura); no experimento é feito invertendo o
sentido da corrente de armadura e observou-se a inversão de rotação como esperado.
Isto também foi comprovado por meio de um sequencímetro analógico que estava
ligado a máquina síncrona.
Seguindo, foi feito o ensaio com motor de corrente contínua com excitação
independente de acordo com a figura 3, com a diferença de que a carga resistiva
conectada em delta; vale lembrar que o gerador síncrono acoplado estava sem excitação
no campo portanto em vazio. É aplicado tensão nominal na armadura o mais próxima o
possível sendo de 220,8 V e é medido uma corrente na armadura de 6,4 A (pois haviam
5 voltas no alicate amperímetro), configurando uma corrente de armadura de
aproximadamente 1,2 A. Com esses dados é possível determinar a potência de entrada
de Pin = Va·Ia = 264,96 W.
Mantendo a tensão de alimentação e a corrente de campo foi feita então a adição de uma
carga ao eixo, ligando a máquina CA que alimentava o campo do gerador para que este
por sua vez alimente a carga resistiva. Com auxílio de um alicate amperímetro capaz de
medir potência foi registrado que a carga alimentada recebia uma potência de 651 W
(através do gerador síncrono). Como isto ocasionaria queda de tensão, o valor
administrado a armadura da máquina CC foi regulada para seu valor nominal (220 V),
neste momento verificou-se que a corrente de entrada da máquina CC estava a 50% do
valor nominal (4,5 A) e que a rotação estava a 1760 rpm (uma redução de 40 rpm).
Assim foi fornecida uma potência a máquina CC de Pin = 993,6 W e foi medida uma
potência na saída da máquina síncrona de Pout = 651 W indo a carga resistiva, resultando
em rendimento da montagem de η = [651 / 993,6]·100 = 65,52% (342,6 W de perdas
que se dividem em perdas rotativas, perdas nas resistências internas das duas máquinas).
Por último, foi ajustada a máquina CC para valores nominais da alimentação da
armadura (220,4 V e 9 A) diminuindo a corrente de campo, resultando em P in = 1983,6
W e foi medida na saída uma potência de Pout = 1466 kW alcançando assim o
rendimento de η = [1466 /1983,6]·100 = 73,9% com um valor de perda de 517 W.
(como corrente na armadura aumentou, e as perdas ôhmicas aumentaram em valor
absoluto embora o rendimento tenha aumentado). Checando as rotações foi medido o
valor de 1713 rpm, 87 rpm abaixo do valor nominal de 1800 rpm. Vale comentar que a
este ponto não era mais possível recuperar velocidade nem aumentando a tensão na
armadura já que já estava em valor nominal e nem diminuindo a corrente de campo ou
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então a corrente da armadura aumentaria muito até valores perigosos ao equipamento
devido a perda da forca contra eletromotriz, como já comentado.

2.2. Excitação Shunt

No segundo momento do laboratório foi refeita a montagem para que se tivesse o motor
de corrente contínua com excitação em derivação ou shunt, de acordo com a figura 4.
Neste momento havia apenas uma fonte de alimentação (tanto pra armadura quanto pro
campo); uma consequência disto é que, em comparativo com a configuração de
excitação independente, foi dispensado o procedimento de primeiro alimentar a corrente
de campo e depois a de armadura uma vez que na excitação shunt a corrente Ia é
resultado de uma divisão de corrente entre o campo e a armadura, da corrente de linha
na alimentação.
Assim, a alimentação ocorre apenas no fornecimento de tensão de linha ao conjunto o
que torna o conjugado da máquina diretamente proporcional a tensão de alimentação;
isto gera dificuldade de partida nessa configuração já que o conjugado é pequeno
devido a corrente de armadura também ser, que é normalmente corrigido com a
elevação da corrente de partida em relação a corrente nominal (duas ou três vezes
maior), para vencer a resistência inercial do eixo a máquina. (Uma diferença entre a
ligação independente e shunt é que para a excitação independente a correte de campo
não varia com a tensão da armadura e na ligação shunt ela irá varia de maneira
diretamente proporcional. Entretanto se a tensão de linha na configuração shunt se
mantiver invariável e de forma que torne a corrente de campo igual à da excitação
independente, então a máquina CC com excitação shunt irá se comportar da mesma
forma que a configuração de excitação independente, no que se refere a queda de
rotação).
Assim, é colocada o valor de tensão nominal na alimentação da máquina e atingiu-se os
valores de VL = 220,5 V, IL = 1,5 A, If ≈ 0,63 A e rotação de 1328 rpm, para solucionar
isto e alcançar o valor nominal de rotação do motor CC fez-se a diminuição da corrente
de campo aumentando a resistência em série com ramo do campo (o reostato) que
inicialmente era resistência de zero Ohms. Fazendo este ajuste foi alcançado o valor
rotacional de 1805 rpm e que a corrente de campo foi reduzida praticamente ao mesmo
valor de quando esta máquina CC estava na configuração de excitação independente
(340 mA), vale lembrar que até este momento a máquina estava a vazio. Pouco tempo
depois temos os valores de VL = 220,4 V, IL = 2,6 A, If ≈ 0,34 A e rotação de 1801 rpm.
A este ponto é interessante notar que como a corrente do campo agora é controlada pelo
reostato, mesmo que sejam mantidas as configurações de alimentação inalteradas, a
corrente de campo tende a diminuir um pouco mais naturalmente pelo efeito joule,
quando o aquecimento do reostato resulta num aumento da resistência ôhmica do
mesmo e portanto diminuição da corrente que passa por ele.

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Ao ser feita a adição de carga na saída do gerador síncrono acoplado a máquina CC,
chega-se a valores de VL = 220,4 V, IL = 4,7 A, If ≈ 0,34 A e rotação de 1776 rpm. Em
seguida é ajustada a corrente de linha a ser nominal e chegou-se aos valores de V L =
220,6 V, IL = 9,3 A, If ≈ 0,34 A e rotação de 1743 rpm, valores semelhantes aqueles
obtidos quando a máquina operou em excitação independente com carga no eixo. Isto
nos leva a concluir que se forem mantidos os valores da tensão de armadura e da
resistência de campo, o motor com excitação shunt e com excitação independente
funcionam da mesma forma.

2.3. Excitação Composta

Na terceira parte do experimento o motor CC é reorganizado a apresentar uma excitação


composta (primeiramente aditiva e em um segundo momento subtrativa), assim como
mostrado na figura 5. Para tal usou-se a metade da bobina série disponível no painel de
ligações do motor. Inicialmente foi configurado para que a ligação seja aditiva. Com a
energização do motor foi perceptível que agora, diferentemente do motor em excitação
shunt, havia facilidade em vencer a resistência inercial rotórica do eixo devido o fluxo
do campo ser composto pelas contribuições do campo da bobina em série com a
armadura, uma vez que compartilhavam a mesma corrente, e o fluxo do campo em
derivação que nesse primeiro momento era muito pequeno; estando portanto o fluxo
resultante do campo alimentado majoritáriamente pelo fluxo da bobina série.
Em uma pequena demonstração, reconectou-se a bobina série para que seja agora
subtrativa e verificou-se que havia uma grande dificuldade para a partida mesmo que a
tensão de alimentação da linha seja incrementada; apenas após consideráveis valores na
alimentação é que se percebeu um giro tímido do eixo no sentido contrário aquele visto
na ligação aditiva já que na ligação subtrativa o fluxo resultante do campo é resultado
do campo derivação subtraído do campo série.
Retornando a ligação aditiva da excitação composta, a máquina CC foi levada em seus
valores nominais através da manipulação do reostato do campo derivação. Ao
adicionarmos a carga do gerador síncrono (alimentando seu campo), foi observado que
houve queda de frequência elétrica no gerador e perda significativa na rotação do eixo,
ao ponto que quando em valores nominais e carga máxima, viu-se que a velocidade
estava em 1488 rpm. Isto ocorreu pelo fato de que o fluxo é diretamente proporcional as
correntes série e derivação e que o fluxo é inversamente proporcional a velocidade
como pode ser visto na equação 5; quanto mais carga é adicionada a montagem mais
corrente de armadura é requisitada pela máquina que por sua vez aumenta o fluxo série
que compõe o fluxo resultante combinado ao fluxo shunt que permanece constante; e o
fluxo resultante por sua vez reduz a velocidade de rotação.
Tendo isso em mente, pode-se concluir que no caso da máquina com excitação
composta subtrativa ao aumento da carga aplicada ao eixo resultaria numa diminuição
do fluxo o que culminaria num incremento de rotação e não perda. Uma das aplicações
que se pode ver na ligação subtrativa são cargas que demandam mais rotação quando

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maiores forem como antigas locomotivas com tração elétricas acionadas com
retificadores.

2.4. Excitação Série

Por fim o motor CC é remontado para que apresente a configuração de excitação série
como mostrado na figura 6 (É muito usado em cargas que exijam alto conjugado na
partida e baixa rotação em regime permanente. Quando a vazio a rotação é
perigosamente alta.). Com pouca alimentação na entrada (visto que com apenas 18 V a
máquina já partiu), a máquina apresentou alto torque inicial, suficiente pra vencer a
resistência inercial o eixo rotórico e que foi necessário controlar a tensão da armadura
para que não houvesse rotação altíssima quando a máquina em vazio; nessa condição foi
alcançada a rotação nominal de 1800 rpm com apenas aproximadamente 104 V quando
a tensão nominal é de 220 V, ou seja, com essa configuração (excitação série) neste
motor CC usado foi necessário apenas 47,2 % da tensão nominal pra se alcançar a
rotação nominal. Isto pode ser explicado matematicamente observando a equação 6.
Quando foi feita a adição de carga, foi visto que a velocidade caiu abruptamente
entretando o conjugado por sua vez aumentou. Com esse aumento de carga, para que se
recuperasse velocidade foi necessário que se aumentasse a tensão de linha, o que se
justifica matematicamente pela equação 5.
Ainda, apenas como demonstração, foi retirada momentaneamente a carga do conjunto
e foi visto que houve um aumento abrupto da rotação, beirando o descontrole o que
indicou a sensibilidade dessa configuração (excitação série) a tensão de linha aplicada.

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2.5. Tabelas e Dados fornecidos

Nota: As tabelas apresentadas nesta seção tem valores informados pelo professor por
meio do guia experimental fornecido e foram preenchidos de acordo com as
informações dadas mas não são exatamente aqueles vistos durante o experimento.

Tabela 1. Dados das máquinas síncrona (gerador) e da Máquina de Corrente Contínua


CC (motor)
Potência Tensão Corrente Velocidade Número de Velocidade
Máquina
Nominal Nominal Nominal Nominal Polos P Síncrona (RPM)

Gerador
2 KVA 230 V 5A 1800,0 4,0 1800,0
Síncrono

Motor CC 2 kW 220 V 9A 1800,0 4,0 1800,0

Tabela 2. Motor CC com excitação independente (dados CA dividir por 5)


Máquina de Corrente Contínua Máquina Síncrona (carga)

Va(V) If(A) Ia(A) N (RPM) Pin(W) VL(V) IL(A) Pout(W) Rend. (%)

220,8 350,0 1,2 1800,0 265,0 7,8 0,0 0,0 0,0

220,8 350,0 5,0 1756,0 1104,0 126,8 16,7 3659,0 66,3

220,8 350,0 8,0 1740,0 1766,4 165,8 21,8 6250,0 70,8

Tabela 3. Motor CC com excitação derivação


Máquina de Corrente Contínua Máquina Síncrona (carga)

VL(V) If(mA) IL(A) Ia(A) N (RPM) Pin(W) VL(V) IL(A) Pout(W) Rend. (%)

221,3 350,0 1,7 1,35 1800,0 376,2 7,5 0,0 0,0 0,0

221,3 350,0 5,0 4,65 1757,0 1106,5 118,4 15,6 3200,0 57,8

221,3 350,0 8,8 8,45 1744,0 1947,4 160,5 21,1 5860,0 60,2

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Tabela 4. Motor CC com excitação Composta (Aditiva)
Máquina de Corrente Contínua Máquina Síncrona (carga)

VL(V) If(mA) IL(A) Ia(A) N (RPM) Pin(W) VL(V) IL(A) Pout(W) Rend. (%)

222,0 330,0 1,6 1,27 1804,0 355,2 7,5 0,0 0,0 0,0

222,0 330,0 5,0 4,67 1634,0 1110,0 118,4 15,6 3200,0 57,7

222,0 330,0 8,0 7,67 1518,0 1776,0 160,5 21,1 5860,0 66,0

Tabela 5. Motor CC com excitação Composta (Composta subtrativa – Não realizada)


Máquina de Corrente Contínua Máquina Síncrona (carga)

VL(V) If(mA) IL(A) Ia(A) N (RPM) Pin(W) VL(V) IL(A) Pout(W) Rend. (%)

Tabela 6. Motor CC com excitação série


Máquina de Corrente Contínua Máquina Síncrona (carga)

Va(V) If(A) Ia(A) N (RPM) Pin(W) VL(V) IL(A) Pout(W) Rend. (%)

102,7 2,6 2,6 1804,0 267,0 7,8 0,0 0,0 0,0

102,7 5,0 5,0 1634,0 513,5 79,1 10,40 1425,0 55,5

103,0 7,6 7,6 1518,0 782,8 103,2 13,56 2425,0 62,0

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3. CONCLUSÃO

Ao final deste experimento foi possível observar analisando os resultados obtidos no


experimento também preenchendo as tabelas fornecidas no guia experimental que o
comportamento de todas as quatro formas de excitação de campo de uma máquina
CC; onde foi possível perceber que a máquina CC tanto na excitação independente
quanto na excitação shunt apresentaram comportamentos iguais sob mesmas
condições e que em ambos os casos houve certa dificuldade na partida; também,
seguindo os conhecimentos teóricos responderam de forma diretamente
proporcional a aplicação de corrente na armadura.
Na máquina CC com excitação composta de campo, foi notável como a contribuição
da bobina de campo que está em série com a armadura da máquina ajudou a vencer
a resistência inercial rotórica do eixo e que essa configuração possui relativo
balanço entre torque e rotação. Vale lembrar que a mesma permite duas formas, uma
aditiva e uma subtrativa, sendo a aditiva resultando em uma relação inversa entre
fluxo magnético e rotação justificado pela equação 5 e já comentado; assim mais
carga no eixo resulta em menos rotação do mesmo. No caso da forma subtrativa
tem-se um funcionamento contrário onde o fluxo diminui com o incremento da
carga aumentando as rotações da mesma de forma a necessidade de se ter um
cuidado maior a esta configuração.
Já no caso da máquina CC com excitação série, vimos que a mesma também não
tem dificuldades para partida e que ela responde muito bem, em termos de
conjugado, ao incremento da corrente na armadura, de maneira exponencial como
mostrado na equação 6. Entretanto esta configuração apresenta perda significativa
na rotação do eixo a medida que foi inserida carga no mesmo, revelando uma
relação inversamente proporcional da rotação do eixo com o incremento de carga,
no entanto o torque da máquina respondeu a perda de rotação de maneira
inversamente proporcional aumentando.
Além destes conhecimentos corroborados pelo experimento, vale apena citar aqueles
agregados durante o mesmo como a sequência de alimentação na configuração de
excitação independente e outros como uso de instrumentos como tacômetro ou
sequencímetro na prática, instrumentos dos quais o autor deste relatório possui
pouca familiaridade; isto, com certeza, contribuiu para minha formação como
engenheiro eletricista.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 Chapman, Stephen J. Fundamentos de máquinas elétricas [recurso


eletrônico] / Stephen J. Chapman ; tradução: Anatólio Laschuk. – 5. ed. – Dados
eletrônicos. – Porto Alegre : AMGH, 2013.
 Umans, Stephen D. Máquinas elétricas de Fitzgerald e Kingsley [recurso
eletrônico] / Stephen D. Umans ; tradução: Anatólio Laschuk. – 7. ed. – Dados
eletrônicos. – Porto Alegre : AMGH, 2014.
 Gomes de Matos, José. ELETROTÉCNICA APLICADA (parte II). Apostila,
curso Eletrotécnica Aplicada. Universidade Federal do Maranhão, São Luís, Ma,
Brasil, 83 p.

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