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IMPORTÂNCIA NA ESCOLA
RESUMO:
O presente artigo tem como objetivo demonstrar, por meio de pesquisas e estudos, o surgimento do
direito ambiental no contexto mundial e no ordenamento jurídico de nosso país, bem como,
analisarmos a importância da escola por meio da educação ambiental na transformação dos indivíduos
consumistas do mundo contemporâneo. Este estudo leva a fazer uma reflexão sobre a importância da
educação ambiental como disciplina escolar se há uma real possibilidade de influenciar no
desenvolvimento sustentável dos educandos, levando-os a terem uma consciência voltada à
valorização da vida, adquirindo novos hábitos e novo estilo de vida, abdicando do consumismo
capitalista e fazendo uso racional dos recursos naturais. A sociedade contemporânea, principalmente
nos países de primeiro mundo, onde o uso de produtos industrializados é mais recorrente, vem a cada
dia promovendo um consumismo cada vez mais desenfreado, isso a médio e longo prazo, podem levar
com que os recursos naturais venham a se exaurir com maior velocidade, levando a um colapso de
proporções global. A natureza já não aguenta mais essas agressões e a cada dia vem dando
demonstrações disso por meio das inúmeras catástrofes climáticas. Diante de toda problemática
ambiental que o mundo globalizado enfrenta é de extrema importância que essa e as novas gerações
tenham em seus currículos escolares desde as séries iniciais a dimensão ambiental, pois sabemos que a
escola sem sombra de dúvida é o local ideal para que todo esse processo aconteça.
1 INTRODUÇÃO
O presente trabalho nos leva a fazermos uma reflexão dentro de uma visão ampla do
surgimento da Educação Ambiental a nível mundial e em nosso país, analisarmos problemas e
possíveis soluções e o papel da escola nas demandas ambientais contemporâneas. A educação
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ambiental pode ser definida como o processo educativo pelo qual o educando obtém
conhecimentos acerca das questões ambientais, onde ele adquire uma nova visão sobre o meio
ambiente, sendo um agente transformador em relação à conservação ambiental.
Durante vários séculos, a humanidade de forma desenfreada e descontrolada consumiu
os recursos naturais e poluiu os mares, o ar, as águas e o solo, levando o meio ambiente a um
estado de degradação de forma descontrolada nunca vista antes, mas as consequências desses
atos vêm mostrando seus reflexos nas últimas décadas.
A sociedade contemporânea altamente capitalista está vivendo um período de
consumismo desenfreado, onde os recursos naturais têm sido explorados de forma
descontrolada e desordenada, correndo o risco de em pouco tempo exaurir. A natureza já não
aguenta mais essas agressões e a cada dia vem dando demonstrações disso por meio das
inúmeras catástrofes climáticas, como os maremotos, os tsunamis, os furacões, as tempestades
cada vez mais frequentes e violentas, o clima cada dia mais imprevisível, os governantes
parece terem acordado e já sentem os reflexos dos estragos provocados ao meio ambiente
durante toda história da humanidade e começaram a se mobilizarem por medidas com que
vem mitigar os problemas ambientais do planeta. Diante de problemas que parecem ser
irreversíveis, o enfrentamento deve ser urgente e de forma global, as ações devem ser
coordenadas por iniciativas a nível mundial, mas o agir poder ser local com ações que venham
a produzir resultados a fim de beneficiar a todos, mundialmente.
Nos anos 60 que iniciaram os embates a nível global as questões sobre a situação da
degradação ambiental do planeta, mas foi a partir da Conferência de Tbilisi na Geórgia em
1977, essa conferência veio a repercutir em nosso país, resultando em diversas ações entre
elas a criação de órgãos de coordenação da política ambiental, criação de projetos, cursos e
programas voltados para a área ambiental, bem como a criação de leis federais, estaduais e
municipais objetivando a regulamentação das políticas ambientais por todo país.
No entanto, foi a partir da promulgação da Lei 9.795, de 27 de abril de 1999, que
instituiu a Política Nacional de Educação Ambiental por meio da qual foi determinada a
obrigatoriedade da Educação Ambiental em todos os níveis do ensino formal da educação
brasileira, então ganhava notoriedade a educação ambiental. Podemos dizer que essa lei foi
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um marco importante para a educação ambiental brasileira, ela nada mais foi do que o
resultado de um longo processo de discussões entre governo, educadores e ambientalistas.
A educação ambiental é “considerada inicialmente como uma preocupação dos
movimentos ecológicos com a prática de conscientização, que seja capaz de chamar a atenção
para a má distribuição do acesso aos recursos Naturais”. Carvalho (2006, p. 71)
A educação ambiental deve ser trabalhada na escola não por ser uma exigência do Ministério
da Educação, mas porque acreditamos ser a única forma pela qual podemos transformar a
realidade de um indivíduo orientando suas atitudes, sua forma de pensar e agir em seu
ambiente social. A educação ambiental enquanto disciplina escolar não deve ser vista apenas
como tema transversal, deve ser trabalhada separadamente como disciplina de meio ambiente,
pois é por meio da educação ambiental, que podemos transformar a vida de uma comunidade,
ensinando aos cidadãos ações corretas.
Acredita-se que uma das formas para tentar resolver os problemas relacionados ao
meio ambiente é através de uma disciplina específica a ser introduzida nos currículos das
escolas, podendo “assim alcançar a mudança de comportamento de um grande número de
alunos, tornando-os influentes na defesa do meio ambiente para que se tornem
ecologicamente equilibrados e saudáveis”. Santos (2007, p. 10) A preservação do meio
ambiente está diretamente relacionada com a consciência ecológica, e é nesse ponto que a
educação ambiental tem papel importante, pois, atitudes ambientalmente corretas devem ser
temas amplamente abordados dentro e fora do ambiente escolar.
Portanto é na construção do conhecimento em educação ambiental que pode adquirir
uma percepção coerente do que se passa no ambiente a nossa volta, à informação é uma
ferramenta capaz de transformar a consciência do sujeito e de seu grupo.
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corretas. Tem-se como o primeiro registro de preocupação mundial com a educação ambiental
a reunião de 1968, em Roma, quando alguns cientistas dos países desenvolvidos discutiram
temas sobre o consumo e as reservas de recursos naturais não renováveis e o crescimento da
população mundial.
De acordo com Sato (2004, p.23), a primeira definição para a Educação Ambiental foi
adotada em 1971 pela Internacional Union for the Conservation of Nature (União
Internacional pela Conservação da Natureza), aonde os conceitos ali definidos vieram a sofrer
ampliações posteriormente pela Conferência de Estocolmo e depois pela Conferência de
Tbilisi na Geórgia.
Em 1972, acontece em Estocolmo na Suécia à primeira Conferência Mundial das
Nações Unidas sobre Meio Ambiente Humano, começava aí a ser objeto de discussão a nível
internacional, a educação ambiental. Foi definida nesta Conferência uma série de medidas e
princípios para uso ecologicamente correto do meio ambiente, várias nações fizeram parte
deste encontro, inclusive o Brasil, vários temas relacionados ao Meio Ambiente Humano
foram debatidos, temas como poluição dos oceanos, ar e águas, crescimento desordenado das
cidades e o bem-estar das populações de todo o mundo. Mas os maiores avanços da Educação
Ambiental e da consciência ambiental foram realmente intensificados e se tornaram mais
conhecidos particularmente nas décadas de 80 e 90.
De acordo com Pedrine (1997) “O Plano de Ação da Conferência de Estocolmo
recomendou a capacitação de professores e o desenvolvimento de novos métodos e recursos
instrucionais para a Educação Ambiental”. Mais a frente em 1975, em Belgrado cerca de 65
países enviaram especialistas para o encontro de Belgrado, nesse encontro vários temas foram
discutidos e foi a partir dessas discussões que surgiu a criação de um Programa Mundial de
Educação Ambiental. Mas foi em Tbilisi na Geórgia em 1977, que aconteceu a conferência
mais marcante da história da Educação Ambiental, em sua declaração foram definidos
princípios, estratégias, objetivos, funções, características, e recomendações para a Educação
Ambiental. Ali foi definido o seguinte:
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A Educação Ambiental é um processo de reconhecimento de valores e clarificação
de conceitos, objetivando o desenvolvimento das habilidades e modificando as
atitudes em relação ao meio, para entender e apreciar as inter-relações entre os seres
humanos suas culturas e seus meios biofísicos. A Educação Ambiental também está
relacionada com a prática das tomadas de decisões e a ética que conduzem para a
melhoria da qualidade de vida. (TBILISI, 1977)
Nos anos seguintes ocorreram diversos eventos voltados para a Educação Ambiental
dentre os quais estão os seguintes: Comissão Brundtland em 1987, definida como Nosso
Futuro em Comum a ECO 92 no Rio de Janeiro 1992 definiu a Agenda 21 com destaque o
dilema da relação homem-natureza e também combate às desigualdades sociais, Viena 1993,
Cairo 1994, Copenhagem e Beijing 1995, Roma e Istambul 1996, Milênio em New York em
2000 e a Cúpula do Desenvolvimento Sustentável em Joanesburgo em 2002.
No Brasil, pela primeira vez em sua história era inserido um capítulo específico
direcionado ao meio ambiente em sua Constituição Federal (1988 pg. 103), Art. 225. “Todos
têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e
essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à coletividade o dever de
defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações”. O meio ambiente passa a ser
considerado como um bem comum a todos.
O ECO 92 no Rio de Janeiro em 1992, é considerado o mais importante encontro
sobre o meio ambiente, após duas décadas da Conferência de Estocolmo, reuniram-se no Rio
de Janeiro, representantes de 170 países, foi elaborado nesta o tratado de Educação Ambiental
para as Sociedades Sustentáveis. A partir dessa conferência os Ministérios do Ambiente, da
Educação, da Cultura e da Ciência e Tecnologia, já no ano de 1992, instituíram o PRONEA -
Programa Nacional de Educação Ambiental. Como executor da política nacional de meio
ambiente e responsável pelo cumprimento de suas determinações o IBAMA também elaborou
diretrizes para implantação do PRONEA. Dessa forma, à educação ambiental foi incluída no
processo de gestão ambiental (IBAMA, 1998).
O Ministério da Educação em 1997 elabora, uma nova proposta curricular, definida
como PCNs - Parâmetros Curriculares Nacionais, ficando a partir daí o meio ambiente é
definido como tema transversal nos currículos básicos do ensino fundamental, ou seja, de 1º
ao 9º ano. Mas o efetivo reconhecimento da importância da educação ambiental como tema
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essencial e permanente no processo educacional, de fato só veio acontecer em 27 de abril de
1999, com a lei nº 9795/99, que teve como base o artigo nº 225, inciso VI da Constituição
Federal de 1988, que diz o seguinte: “promover a educação ambiental em todos os níveis de
ensino e a conscientização pública para a preservação do meio ambiente”. A Política Nacional
de Educação Ambiental sob a Lei nº 9.795 de 27 de Abril de 1999, também diz o seguinte em
seus primeiros artigos:
Art. 1º Entende-se por educação ambiental os processos por meio dos quais o
indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades,
atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso
comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade.
Art. 2º A educação ambiental é um componente essencial e permanente da educação
nacional, devendo estar presente, de forma articulada, em todos os níveis e
modalidades do processo educativo, em caráter formal e não-formal. (BRASIL,
1999)
Já em seu Artigo 4º, à referida Lei estabelece de forma explicita os princípios básicos
da Educação Ambiental no Brasil onde diz:
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responsabilidade coletiva em defesa da qualidade ambiental, de maneira interdisciplinar e
participativa.
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deles incoerentes, os mesmos passam enxergar os temas estudados como mero conteúdo, sem
valor no cotidiano fora da escola. Na vida e na escola o exemplo continua sendo a melhor
técnica de ensino e o professor deve ter ciência da responsabilidade que exerce ao se portar
dentro e fora do ambiente educacional, frente a seus alunos e a sociedade de modo geral. Os
obstáculos no meio educacional são inúmeros, mas é preciso superá-los e descobrir quais são
as melhores maneiras de trabalhar os temas da educação ambiental dentro e fora do ambiente
escolar. Sato (2002) diz o seguinte:
Há diferentes formas de incluir a temática ambiental nos currículos escolares, como
atividades artísticas, experiências práticas, atividades fora de sala de aula, produção
de materiais locais, projetos ou qualquer outra atividade que conduza os alunos a
serem reconhecidos como agentes ativos no processo que norteia a política
ambientalista. Cabe aos professores, por intermédio de prática interdisciplinar,
proporem novas metodologias que favoreçam a implementação da Educação
Ambiental, sempre considerando o ambiente imediato, relacionado a exemplos de
problemas atualizados. (SATO 2002, p. 25)
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que se possa prevenir de maneira adequada, necessário é conscientizar e educar. A
educação ambiental é um dos mecanismos privilegiados para a preservação e
conservação da natureza, ensino que há de ser obrigatório desde a pré-escola,
passando pelas escolas de 1° e 2º grau, especialmente na zona rural, prosseguindo
nos cursos superiores. (LANFREDI, 2002. p. 197)
A educação ambiental ensinada nas escolas não deve estar limitada apenas a conceitos
científicos de forma abstrata, deve estar conectado com o meio externo do alunado, com o
meio natural onde este vive e fazendo uma ponte com o meio ambiente a sua volta, tornar o
ensino ambiental prático e prazeroso para o educando. Dentro dessa linha de pensamento
Júnior (2013) afirma o seguinte:
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Em nosso país existe uma enorme carência de conscientização ambiental nos centros
educacionais desde as séries iniciais até os cursos de graduação, é necessário incluir
disciplinas específicas de educação ambiental que sejam trabalhadas de forma interdisciplinar.
A inserção da educação ambiental como conteúdo curricular é importante e necessária porque
é por meio desta que pode desenvolver no indivíduo a consciência ambiental, fazê-lo
compreender que a preservação deste meio é preservar o futuro das novas gerações.
A educação deve ser vista não como apenas um meio de repassar informações, ela tem
a capacidade de transformar o ser humano, prover nele valores que incidam sobre seu caráter
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e postura perante a sociedade. É por meio da educação ambiental que alcança o
desenvolvimento de uma conscientização com foco no interesse do aluno pela preservação
ambiental construída de forma conjunta. O objetivo maior da educação ambiental é promover
no sujeito a adoção de uma nova postura em relação ao ambiente em que vive a partir de suas
experiências pessoais.
O processo de orientação educacional é de suma importância na vida das pessoas, seja
por meio das instituições educacionais seja no seio familiar. De forma que o aprendizado
passa por um conjunto de interações, sejam elas, professor/aluno ou familiar, o mais
importante é que as transformações aconteçam de forma positiva na vida do sujeito.
A escola quando se propõe a realizar intervenções que a transforme em um
instrumento de sustentabilidade promove uma revolução ambiental nas ações dos seus
educandos, pois uma coisa é ouvir falar outra é a vivência prática cotidiana, é no ambiente
real que o sujeito tem a oportunidade de propor mudanças, interferir nos problemas e ver as
mudanças acontecerem o sujeito vislumbra as transformações e passa a agregar conhecimento
de modo eficaz, torna-se um agente multiplicador dentro do seu lar e na comunidade, de modo
que, a visão e relação desse sujeito com o meio ambiente de modo algum será a mesma.
Sem sombra de dúvida a educação ambiental desenvolvida dentro da escola de
maneira efetiva e vivenciada na prática do cotidiano educacional pode ser considerada o
maior agente transformador de uma realidade consumista em uma sociedade consciente e
ambientalmente correta.
5. REFERÊNCIAS
BRASIL. Presidência da República. Lei nº. 9795 de 27 de abril de 1999: Política Nacional
de Educação Ambiental. Publicado no D.O.U. em 28/04/1999, disponível
em<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9795.htm>. Acesso em 10/06/2016.
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CARVALHO, I. C. M. Educação ambiental: a formação do sujeito ecológico. 2. ed. São
Paulo: Cortez, 2006.
SATO, Michèle. Para quem servirá Jo’Burg 2002. In: CONFERÊNCIA LATINO
AMERICANA SOBRE MEIO AMBIENTE, 5. 2002, Belo Horizonte. Anais... Belo
Horizonte: [s.n.], 2002. [Reproduzido em: Educação Ambiental em Ação, ano 1, n. 2,
set./nov, 2002. Disponível em: <http://www.revistaea.org/artigo.php? id artigo= 58
&class=20>. Acesso em: 11/06/2016.
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