Apostila - Avaliação
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CBI of Miami 2
Avaliação Clínica e Diagnóstica nos Transtornos do Espectro
do Autismo III: Escalas de Triagem, Rastreio e Probabilidade
Djalma Freitas
CBI of Miami 3
da criança, dura apenas alguns minutos para ser preenchida, não depende de
agendamento prévio, é de baixo custo e não causa desconforto aos pacientes.
Essa escala é uma extensão da CHAT. Consiste em 23 questões do tipo sim/
não, que deve ser autopreenchida por pais de crianças de 18 a 24 meses de
idade, que sejam ao menos alfabetizados e estejam acompanhando o filho em
consulta pediátrica. O formato e os primeiros nove itens do CHAT foram
mantidos. As outras 14 questões foram desenvolvidas com base em lista de
sintomas frequentemente presentes em crianças com autismo. (LOSAPIO &
PONDÉ, 2008, p.222)
Embora Losapio e Pondé (2008, p.222) destaquem que a escala deve
ser autopreenchida, é importante orientar que o profissional deve auxiliar os
pais ou cuidadores ao longo do preenchimento devido à dificuldade muitas
vezes encontrada para a compreensão das questões.
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pontuação fica abaixo de 47 pontos, a criança não é considerada autista.
(Marteleto & Pedromônico, 2005, p.296)
[...] nossos resultados sugerem que o ABC é um instrumento [...] útil na
identificação de crianças com autismo, em contextos clínicos e educacionais,
com maior probabilidade quando utilizado o ponto de corte 49. (Marteleto &
Pedromônico, 2005, p. 300)
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É uma escala de 15 itens que auxilia na identificação de crianças com
autismo e as distingue de crianças com prejuízos do desenvolvimento sem
autismo. Sua importância consiste na diferenciação do autismo leve-moderado
do grave. É breve e apropriada para uso em qualquer criança acima de 2 anos
de idade. Sua construção foi realizada durante 15 anos e incluiu 1.500 crianças
autistas. Para tal, levaram-se em conta os critérios diagnósticos de Kanner
(1943), Creak (1961), Rutter (1978), Ritvo & Freeman (1978) e do Diagnostic
and Statistical Manual of Mental Disorders (DSM-III) (1980). A escala avalia o
comportamento em 14 domínios geralmente afetados no autismo, mais uma
categoria geral de impressão de autismo. Estes 15 itens incluem: relações
pessoais, imitação, resposta emocional, uso corporal, uso de objetos, resposta
a mudanças, resposta visual, resposta auditiva, resposta e uso do paladar,
olfato e tato, medo ou nervosismo, comunicação verbal, comunicação não
verbal, nível de atividade, nível e consistência da resposta intelectual e
impressões gerais. Os escores de cada domínio variam de 1 (dentro dos limites
da normalidade) a 4 (sinto- mas autistas graves). A pontuação varia de 15 a 60,
e o ponto de corte para autismo é 30. (Pereira et al, 2008, p. 488)
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Com estas questões é possível compreender a capacidade da criança
em assumir a perspectiva de uma outra pessoa, habilidade que comumente
está prejudicada em pessoas com TEA.
Por fim é importante destacar que nenhuma destas escalas ou
investigações fazem sozinhas o diagnóstico de uma pessoa em risco de TEA.
Este diagnóstico depende de uma avaliação robusta que, clinicamente e
multidisciplinarmente, fornecerá dados para um fechamento diagnostico. As
escalas e possibilidades de investigações aqui apresentadas devem ser
usadas como auxílio para diagnóstico, assim como, para estabelecer o risco de
TEA e fazer o encaminhamento para processos diagnósticos.
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