Tema 11.medidas Cautelares Pessoais
Tema 11.medidas Cautelares Pessoais
Tema 11.medidas Cautelares Pessoais
PESSOAIS
DIREITO PROCESSUAL PENAL II
Art. 282. As medidas cautelares previstas neste título deverão ser aplicadas
observando-se a:
I – necessidade para a aplicação da lei penal, para investigação ou a instrução
criminal e, nos casos expressamente previstos, para evitar a prática de infrações
penais;
II – adequação da medida à gravidade do crime, circunstâncias de fato e condições
pessoais do indiciado ou acusado.
1 CARACTERÍSTICAS
2. CONTRADITORIEDADE
Audiência de Custódia
1 CARACTERÍSTICAS
3. EXCEPCIONALIDADE
§ 6º A prisão preventiva somente será determinada quando não for cabível a sua
substituição por outra medida cautelar, observado o art. 319 deste código, e o não
cabimento da substituição por outra medida cautelar deverá ser justificado de
forma fundamentada nos elementos presentes do caso concreto, de forma
individualizada.
1 CARACTERÍSTICAS
4. CUMULATIVIDADE
5. JURISDICIONALIDADE
Art. 282. As medidas cautelares serão decretadas pelo juiz a requerimento das
partes ou, quando no curso da investigação criminal, por representação da
autoridade policial ou mediante requerimento do ministério público.
Art. 285. A autoridade que ordenar a prisão fará expedir o respectivo mandado.
Parágrafo único. O mandado de prisão:
a) será lavrado pelo escrivão e assinado pela autoridade;
b) designará a pessoa, que tiver de ser presa, por seu nome, alcunha ou sinais
característicos;
c) mencionará a infração penal que motivar a prisão;
d) declarará o valor da fiança arbitrada, quando afiançável a infração;
e) será dirigido a quem tiver qualidade para dar-lhe execução.
PRESSUPOSTOS DO ATO PRISIONAL
Art. 286. O mandado será passado em duplicata, e o executor entregará ao preso,
logo depois da prisão, um dos exemplares com declaração do dia, hora e lugar da
diligência. Da entrega deverá o preso passar recibo no outro exemplar; se recusar,
não souber ou não puder escrever, o fato será mencionado em declaração, assinada
por duas testemunhas.
Art. 287. Se a infração for inafiançável, a falta de exibição do mandado não obstará a
prisão, e o preso, em tal caso, será imediatamente apresentado ao juiz que tiver
expedido o mandado, para a realização de audiência de custódia.
Art. 284. Não será permitido o emprego de força, salvo a indispensável no caso de
resistência ou de tentativa de fuga do preso.
Art. 292. Se houver, ainda que por parte de terceiros, resistência à prisão em
flagrante ou à determinada por autoridade competente, o executor e as pessoas que
o auxiliarem poderão usar dos meios necessários para defender-se ou para vencer a
resistência, do que tudo se lavrará auto subscrito também por duas testemunhas.
Parágrafo único. É vedado o uso de algemas em mulheres grávidas durante os atos
médico-hospitalares preparatórios para a realização do parto e durante o trabalho de
parto, bem como em mulheres durante o período de puerpério imediato.
PRESSUPOSTOS DO ATO PRISIONAL
NECESSIDADE DE COMUNICAÇÃO DA PRISÃO AO JUIZ, AOS FAMILIARES OU
A QUEM O ACUSADO INDICAR, AO MINISTÉRIO PÚBLICO E À DEFENSORIA
PÚBLICA (QUANDO O ACUSADO NÃO INDICAR ADVOGADO).
IMPOSSIBILIDADE DE PRISÃO CINCO DIAS ANTES DA ELEIÇÃO E ATÉ 48
HORAS DEPOIS, SALVO EM FLAGRANTE OU EM VIRTUDE DE SENTENÇA
CONDENATÓRIA POR CRIME INAFIANÇÁVEL TRANSITADA EM JULGADO
(ART. 236, LEI 4.737/65).
RECOLHIMENTO EM ESTABELECIMENTOS DIVERSOS DO CUMPRIMENTO DA
PENA
Art. 300. As pessoas presas provisoriamente ficarão separadas das que já
estiverem definitivamente condenadas, nos termos da lei de execução penal.
RECOLHIMENTO DIFERENCIADO DOS PRESOS
ESPECIAIS
Art. 295. Serão recolhidos a quartéis ou a prisão especial, à disposição da autoridade competente, quando sujeitos a prisão
antes de condenação definitiva:
I - os ministros de Estado;
II - os governadores ou interventores de Estados ou Territórios, o prefeito do Distrito Federal, seus respectivos secretários, os
prefeitos municipais, os vereadores e os chefes de Polícia;
III - os membros do Parlamento Nacional, do Conselho de Economia Nacional e das Assembleias Legislativas dos Estados;
IV - os cidadãos inscritos no "Livro de Mérito";
V – os oficiais das Forças Armadas e os militares dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios;
VI - os magistrados;
VII - os diplomados por qualquer das faculdades superiores da República;
VIII - os ministros de confissão religiosa;
IX - os ministros do Tribunal de Contas;
X - os cidadãos que já tiverem exercido efetivamente a função de jurado, salvo quando excluídos da lista por motivo de
incapacidade para o exercício daquela função;
XI - os delegados de polícia e os guardas-civis dos Estados e Territórios, ativos e inativos.
§ 1o A prisão especial, prevista neste Código ou em outras leis, consiste exclusivamente no recolhimento em local distinto da
prisão comum.
PRISÃO EM FLAGRANTE (Art. 301 e ss. CPP)
Trata-se de uma medida precautelar, pois serve exclusivamente para preparar a
decretação de uma prisão preventiva ou de outras medidas cautelares pessoais.
A prisão em flagrante é uma medida administrativa, de jurisdicionalização
postergada.
Além de preparar a decretação de outras medidas cautelares, tem por finalidade
evitar a prática criminosa ou deter o seu autor, proteger a prova da materialidade
do crime e da autoria .
A prisão em flagrante é um ato complexo, que possui no mínimo quatro
momentos: (a) a prisão captura; (b) a lavratura do auto de prisão em flagrante; (c)
a prisão detenção e (d) judicialização.
SITUAÇÕES QUE ADMITEM A PRISÃO EM
FLAGRANTE, PREVISTAS NO ART. 302
Flagrante esperado: não se confunde com o preparado. Neste caso, diante da notícia de
que um crime poderá ser praticado, a polícia toma as providências para prender em
flagrante aquele que irá cometer o crime. A polícia vigia o local do crime e espera que o
agente espontaneamente o pratique.
Flagrante nos crimes habituais: os crimes habituais são compostos por uma série
reiterada de atos (ex. exercício ilegal da medicina). Neste caso, o flagrante seria
impossível.
REGRAS GERAIS
Qualquer pessoa pode realizar a prisão em flagrante, mas a autoridade policial
tem o dever de realizá-la (salvo nos casos de flagrante diferido autorizado pelo
juiz, de acordo com as Leis nº 12.850/13 e 11.343/06)
A competência para lavratura do auto de prisão em flagrante será realizada pela
autoridade policial do local em que ocorrer a prisão captura.
As formalidades para a lavratura do auto de prisão em flagrante estão previstas
nos arts. 304 e 305, do CPP.
Devem ser ouvidos o condutor (salvo se o crime for praticado na presença ou
contra a autoridade que tem competência para lavrar o flagrante – policial ou
juiz), duas testemunhas presenciais e o conduzido. Se não houver testemunhas
presenciais (mais seguro), podem ser ouvidas testemunhas de apresentação.
REGRAS GERAIS
Tem-se entendido que o condutor pode servir de testemunha, o que contraria o
disposto no art. 304, CPP.
*Se o preso não souber ler ou se recusar a assinar, o auto deverá ser assinado
por duas testemunhas que presenciaram a leitura do auto. (estas testemunhas
não se confundem com as presenciais e nem com as de apresentação).
O conduzido pode valer-se do seu direito ao silêncio (art. 5º, LXIII, CF)
Na lavratura do auto de prisão em flagrante deverá constar a informação sobre a
existência de filhos, respectivas idades e se possuem alguma deficiência e o nome
e o contato de eventual responsável pelos cuidados dos filhos, indicado pela
pessoa presa.
Os depoimentos devem ser tomados em peças distintas, ou seja um termo para
cada um a fim de permitir a liberação dos ouvidos antes da lavratura do auto.
REGRAS GERAIS
As formalidades do auto são requisitos essenciais e a sua inobservância pode
acarretar a sua nulidade.
A autoridade policial somente mandará recolher o indivíduo à prisão, se depois
da ouvi-lo entender que há fundada suspeita contra este, isto é, um juízo de
probabilidade quanto a autoria e a existência de infração (será lavrado o auto e o
conduzido não será recolhido à prisão)
No prazo máximo de 24 horas, a autoridade policial deverá fornecer ao preso a
nota de culpa.
Em até 24 (vinte e quatro) horas após a realização da prisão, será encaminhado
ao juiz competente o auto de prisão em flagrante e, caso o autuado não informe
o nome de seu advogado, cópia integral para a Defensoria Pública.
REGRAS GERAIS
Após receber o auto de prisão em flagrante, no prazo máximo de até 24 (vinte e
quatro) horas após a realização da prisão, o juiz deverá promover audiência de
custódia com a presença do acusado, seu advogado constituído ou membro da
Defensoria Pública e o membro do Ministério Público,
A não realização de audiência de custódia sem motivação idônea ensejará
também a ilegalidade da prisão, a ser relaxada pela autoridade competente, sem
prejuízo da possibilidade de imediata decretação de prisão preventiva.
(Posicionamento mitigado pelo STJ, que entende que não é nula a prisão
preventiva, quando decretada fundamentadamente sem audiência de custódia).
O STF entende que a ausência de audiência de custódia não é por si só
suficiente para ensejar nulidade da prisão preventiva.
REGRAS GERAIS
Porém, é preciso lembrar que o Ministro Fux suspendeu a obrigatoriedade da
audiência de custódia prevista no pacote anticrime.
As audiências de custódia devem ser presenciais, inclusive na pandemia, como
reafirmou o CNJ na Recomendação 62/2020 a partir da leitura da Resolução
213/2015.
Na audiência de custódia, a autoridade judicial entrevistará a pessoa presa em
flagrante, devendo:
I - esclarecer o que é a audiência de custódia, ressaltando as questões a serem
analisadas pela autoridade judicial;
II - assegurar que a pessoa presa não esteja algemada, salvo em casos de resistência
e de fundado receio de fuga ou de perigo à integridade física própria ou alheia,
devendo a excepcionalidade ser justificada por escrito;
III - dar ciência sobre seu direito de permanecer em silêncio;
REGRAS GERAIS
PRESSUPOSTO NEGATIVO
Não ter o agente praticado a conduta albergado por uma excludente (art. 314, CPP)
PRISÃO PREVENTIVA (Art. 312 e ss. CPP)
Garantia da ordem pública
REVOGAÇÃO
a) Quando não subsistirem mais as situações que autorizaram sua decretação
PRISÃO DOMICILIAR
Lei de Execução Penal (art. 117)
Essa prisão admite saídas temporárias autorizadas pelo juiz, podendo ser determinado o
acompanhamento por escolta.
PRISÃO TEMPORÁRIA
DEFINIÇÃO
Trata-se de prisão decretada pela autoridade judiciária na fase de investigação preliminar, a
pedido da autoridade policial ou do MP, com prazo preestabelecido, para a obtenção de
elementos referentes à autoria e materialidade das infrações previstas na lei.
PRAZO
5 dias, prorrogáveis por mais 5 dias. Na Lei dos Crimes Hediondos, 30 dias, prorrogáveis por
mais 30 dias.
PRESSUPOSTOS
a) quando imprescindível para as investigações do inquérito policial;
b) quando o indiciado não tiver residência fixa
ou não fornecer elementos necessários ao esclarecimento de sua identidade;
b) houver fundadas razões da autoria nos crimes previstos no art. 1º, III, da referida Lei e na
Lei dos Crimes Hediondos.
PRISÃO TEMPORÁRIA
DIREITOS DO PRESO TEMPORÁRIO
I) Monitoração eletrônica
Cumulada com outras medidas.
Fiança
Reforço: ocorre quando a fiança prestada foi por engano
MEDIDAS insuficiente ou quando houve a depreciação do material
CAUTELARES da em fiança (ouro) ou perecimento do bem hipotecado
(incêndio da casa). Se houver a mudança na qualificação
DIVERSAS DA jurídica do crime para um de maior gravidade, é possível
PRISÃO aumentar o valor da fiança.