Idolatria Espiritual

John Wesley 'Filhinhos, guardai-vos dos dolos. Amm'. (I Joo 5:21) 1. Existem duas palavras que ocorrem diversas vezes nesta Epstola paidia e teknia, -- s quais nossos tradutores conferiram a mesma expresso: filhinhos. Mas o significado delas muito diferente. A primeira muito propriamente atribuda, filhinhos; porque significa bebs em Cristo, -- aqueles que tm testado ultimamente do seu amor, e so, ainda, fracos e instveis nele. A ltima, deveria, com mais propriedade, ser atribuda filhos amados: uma vez que ela no denota algo mais do que a afeio do orador por aqueles a quem ele tem procriado no Senhor 2. Um historiador antigo relata, que quando o Apstolo esteve to enfraquecido pela idade, no sendo capaz de pregar, ele foi freqentemente trazido para a congregao, em sua cadeira, e afirmava justamente: 'Amados filhos, amem uns aos outros'. Ele no teria dada um conselho mais importante. E igualmente importante este que se coloca diante de ns; igualmente necessrio para toda parte da igreja de Cristo. 'Amados filhos, mantenham-se distantes de dolos'. 3. De fato, existe uma ligao ntima entre eles: Um no pode subsistir sem o outro. J que no existe um alicerce firme para o amor de nossos irmos, exceto o amor de Deus; tambm no existe possibilidade de se amar a Deus, exceto se nos mantivermos longe de dolos. I. Mas, quais so os dolos de que o Apstolo fala? Esta a primeira coisa a ser considerada. II. Ns podemos, ento, em Segundo Lugar, inquirir: Como ns podemos nos manter longe deles?

I
1. Em Primeiro Lugar: Quais so os dolos de que o Apstolo fala? Eu no imagino que ele queira dizer, pelo menos, no principalmente, os dolos que eram adorados pelos pagos. Aqueles para os quais ele estava escrevendo, quer fossem judeus ou pagos, no estavam correndo muito este risco. No existe probabilidade de que os judeus agora convertidos tivessem sido, alguma vez, culpados de ador-los. Tanto quanto os israelitas estiveram profundamente entregues a essa idolatria grave, por muitas eras, eles dificilmente, estiveram, alguma vez, envolvidos nisto, depois de seu retorno do cativeiro babilnico. Desde aquele perodo, todo o grupo de judeus tinha mostrado uma constante e profunda averso a isto: E os ateus, depois de terem se voltado, uma vez, para o Deus vivo, tinham pelos seus dolos anteriores, a mais extrema abominao. Eles abominavam tocar em coisas sujas; sim, eles escolhiam sacrificar suas vidas, a voltarem a adorar aqueles deuses a quem eles agora sabiam tratarem-se de demnios.

2. Nem ns podemos razoavelmente supor que ele fale daqueles dolos que so agora adorados na Igreja de Roma; quer anjos, ou as almas dos santos mortos; ou imagens de ouro, prata, madeira ou pedra. Nenhum desses dolos era conhecido na Igreja Crist, at alguns sculos depois do tempo dos Apstolos. Uma vez, de fato, o prprio Joo 'caiu ao cho, para adorar, diante da face de um anjo', que falava com ele; provavelmente confundindo-o, pela sua aparncia gloriosa, com o Grande Anjo da Aliana; mas a reprovao severa do anjo, que se seguiu imediatamente, protegeu os cristos de imitaram aquele mau exemplo: 'No faas, tu, isto!'. Por mais glorioso que eu posso parecer, eu no sou teu Mestre. 'Eu sou conservo teu, e de teus irmos, os Profetas: Adora a Deus' (Apocalipse 22:9). 3. Colocando, ento, os dolos pagos e catlicos de lado, quais so esses dos quais somos aqui advertidos pelo Apstolo? As palavras precedentes nos mostram o significado desses. 'Este o verdadeiro Deus', -- a finalidade de todas as almas que Ele criou; o centro de todos os espritos criados; -- 'a vida eterna', -- o nico alicerce da felicidade presente, assim como da felicidade eterna. A Ele, portanto, e to somente, nosso corao devido. E Ele no pode, Ele no ir, desistir de Seu ttulo; ou consentir que ele seja dado a algum outro: Ele est dizendo continuamente a todo filho do homem: 'Meu filho, d-me teu corao!'. E dar nosso corao a algum outro, idolatria clara. Assim sendo, o que quer que tire nosso corao Dele, ou o divida com Ele, um dolo; ou, em outras palavras, no que quer que encontremos felicidade, e que seja independente de Deus. 4. Tome um exemplo do que ocorre, quase diariamente. A pessoa que tem estado, tanto tempo, envolvida no mundo, cercada e fatigada com abundncia de trabalho, tendo, por fim, adquirido uma fortuna fcil, desprende-se de todos os negcios, e se retira para o interior, -- para ser feliz. Feliz em que? Para desfrutar. Porque ela pretende agora, dormir e passar o dia na inatividade agradvel! Feliz em comer e beber o que seu corao desejar: talvez, uma refeio mais primorosa do que aquela dos velhos romanos, que festejaram sua imaginao antes que a iguaria fosse servida; e que, antes de deixar a cidade, confortaram-se com o pensamento de 'bacon gordo e repolho, tambm!'. Feliz, -- em modificar, desenvolver, reconstruir, ou, pelo menos, decorar, a velha manso que ele adquiriu; e, igualmente, em melhorar tudo ao redor dela; os estbulos, o alpendre, os jardins. Mas, neste meio tempo, onde Deus entrou? Em nenhum lugar, afinal. Ele no pensou Nele. Ele no pensou mais no Rei dos cus, do que no rei da Frana. Deus no estava nos seus planos. O conhecimento e amor de Deus estavam inteiramente fora de questo. Portanto, todo este esquema de felicidade no isolamento, idolatria, do comeo ao fim. 5. Se ns formos para os particulares, a primeira espcie desta idolatria o que Joo denomina, o desejo da carne. Ns estamos aptos a tomarmos isto em um significado mais restrito, como se ele se referisse a um dos sentidos apenas. No assim: esta expresso igualmente se refere a todos os sentidos exteriores. Ela significa buscar a felicidade na gratificao de algum, ou de todos os sentidos externos; embora, mais particularmente, nesses trs sentidos menores, -- gosto, cheiro e tato. Ela significa, o buscar a felicidade nisto, se no de uma maneira grosseira, de uma maneira indelicada, atravs da intemperana declarada, por meio da glutonaria ou bebedeira, ou desavergonhada devassido; ainda que, de em uma forma regular de

epicurismo; na sensualidade distinta; em tal curso elegante de auto-indulgncia, como no a perturbar tanto a cabea, quanto o estmago; como no a prejudicar, afinal, nossa sade, ou envergonhar nossa reputao. 6. Mas ns no devemos supor que estas espcies de idolatria esto confinadas aos ricos e grandes. Nisto tambm, 'o dedo do campons' (como nosso poeta fala) 'pisa no calcanhar do corteso'. Milhares, da classe inferior, assim como os das classes altas, sacrificam suas vidas a estes dolos; buscando sua felicidade (embora que de uma maneira mais humilde), em gratificarem seus sentidos exteriores. verdade, que a carne, bebida, e os objetos deles so de um tipo inferior. Mas eles ainda elaboram toda a felicidade que eles tanto tm, quanto buscam; e usurpam os coraes que so devidos a Deus. 7. A segunda forma de idolatria mencionada pelo Apstolo o desejo dos olhos: Ou seja: buscar a felicidade, em gratificar a imaginao (utilizando-se principalmente dos olhos); aquele sentido interno que to natural para os homens, quanto ver ou ouvir. Este gratificado por tais objetos que so tanto grandes e bonitos quanto incomuns. Mas, assim como para os objetos grandes, parece que eles s se agradam deles, enquanto so novos. Fssemos observar as Pirmides do Egito, diariamente, durante um ano, que prazer elas proporcionariam, ento? Mais ainda, que prazer um objeto maior do que esses -- o oceano, revolvendo a costa rica em moluscos, d a algum que esteja por tanto tempo acostumado a ele? Sim, que prazer ns recebemos, em geral, dos objetos maiores do Universo do longnquo e amplo cu azul; terrivelmente largo, e maravilhosamente brilhante, com estrelas inumerveis e luz incomensurvel? 8. Os objetos bonitos so, em geral, a prxima busca de prazeres da imaginao. As obras da natureza, em particular. Assim, pessoas, em todas as pocas, tm se deleitado, com cenas rurais, e colinas e vales, e quedas d'gua de correntezas murmurantes. Outros tm se agradado, em acrescentar arte natureza, como nos jardins, com seus vrios ornamentos: Outros com meras obras de arte; como edifcios, e representaes da natureza, se em esttuas ou pinturas. Muitos, igualmente, encontrar prazer nas vestimentas bonitas, ou moblias de vrios tipos. Mas a novidade deve ser acrescentada beleza; assim como a grandeza, ou, logo, ela tornar-se- inspida ao sentido. 9. Ns estamos nos referimos parte principal da beleza, ao prazer que muitos tm no seu animal favorito? Quem sabe, um pardal, um papagaio, um gato, um cachorro pequeno? Algumas vezes, isto pode ser devido a estes. Em outras, a nenhum, mas as pessoas agradam-se de poder encontrar alguma beleza, afinal, no favorito. No, possivelmente ele seja superlativamente feio, aos olhos de todas as outras pessoas. Neste caso, o prazer parece surgir da mera extravagncia ou capricho, ou seja, loucura. 10. Ns devemos nos referir ao pice da novidade, principalmente, o prazer encontrado na maioria das diverses e deleites, os quais, fssemos repeti-los diariamente, em poucos meses se tornariam extremamente chatos e inspidos? Ao mesmo tpico, ns podemos nos referir ao prazer que obtido em colecionar curiosidades; se elas so naturais ou artificiais, quer velhas ou novas. Isto adocica o trabalho do virtuoso, e torna todo seu trabalho leve.

11. Mas no principalmente novidade que ns imputamos o prazer que recebemos da msica? Certamente, esta tem uma beleza intrnseca, assim como freqentemente, uma excelncia intrnseca. Trata-se de uma beleza e grandeza de um tipo peculiar, no expressa facilmente; relacionada proximamente ao sublime e ao belo na poesia, que fornece um prazer raro. E, ainda assim, admite-se que a novidade salienta o prazer que se ergue de alguma dessas fontes. 12. Do estudo da lngua, do Criticismo, e da Hstria, ns recebemos um prazer de uma natureza mista. Em todos esses, existe sempre alguma coisa nova; freqentemente, alguma coisa bela ou sublime. E a Histria no apenas gratifica a imaginao em todos esses aspectos, mas igualmente nos satisfaz, por tocar em nossas paixes, nosso amor, desejo, alegria, devoo. A ltima desses nos oferece um prazer enorme, embora estranhamente misturado com uma espcie de dor. De modo que algum no deve se admirar da exclamao de um poeta refinado.
O que toda alegria e jovialidade, a no ser uma turbulncia impura, Quando a beleza comparada melancolia divina?

13. O amor novidade incomensuravelmente gratificado pela filosofia experimental; e, na verdade, por todo ramo da filosofia natural; que abre um campo imenso para as descobertas ainda novas. Mas no existe igualmente um prazer nisto, assim como nos estudos matemticos e metafsicos, que no resultam da imaginao, mas do exerccio do entendimento? A menos que ns digamos que a novidade das descobertas que fazemos, atravs das pesquisas matemticas ou metafsicas seja uma razo, pelo menos, se no o principal, dos prazeres que recebemos disto. 14. Eu insisto muito mais nessas coisas, porque bem poucos as vem, sob o verdadeiro ponto de vista. A generalidade dos homens, e, mais particularmente, dos homens de conscincia e eruditos, est to longe de suspeitar que existe, ou pode existir, o menor perigo nelas, que ela acredita seriamente que se trata de motivo de grande prazer, dedicar-se totalmente a elas. Quem deles, por exemplo, no se admiraria e elogiaria a engenhosidade incansvel do grande filsofo que diz: 'Eu estou h trinta e oito anos em minha parquia de Upminster, e estou certo de que existem no menos do que cinqenta e trs espcies de borboletas nela: Mas se Deus me concedesse alguns anos mais de vida, eu no duvido que eu pudesse demonstrar que existem cinqenta e cinco!' Eu admito que a maioria desses estudos tem seu uso, e que possvel us-los, sem abusar deles. Mas se ns formos buscar nossa felicidade nestas coisas, ento, ela se torna um dolo. E o desfrutar dele, no obstante, possa ser admirado ou aplaudido pelo mundo, condenado por Deus, como nem melhor, nem pior do que a idolatria condenvel. 15. A terceira coisa, o amor ao mundo, o Apstolo fala sob aquela expresso incomum - hE alazoneia ta biou, - que afirmada por nossos tradutores, como o orgulho da vida. Usualmente se supe que ela signifique a pompa e esplendor daqueles que so de uma classe mais alta. Mas ela no tem um sentido mais extenso? Ela, preferivelmente, no significa buscar felicidade no louvor de homem, que, acima de todas as coisas, produz orgulho? Quando isto buscado, de uma maneira mais pomposa, pelos reis ou homens ilustres, ns chamamos de 'sede de glria'; quando buscada, de uma maneira mais simples, pelos homens comuns, ns denominados

'cuidar de nossa reputao'. Em termos claros, buscar a honra do que vem de homens, em vez daquela que vem de Deus apenas. 16. Mas o que cria uma dificuldade aqui isto: Ns somos requeridos no apenas para 'no ofender a quem quer que seja', e 'providenciar coisas honestas aos olhos de todos os homens', mas para 'agradar a todos os homens, para a sua boa edificao'. Mas quo difcil fazer isto com um olho nico em direo a Deus! Ns devemos fazer tudo que se nos apresenta, para impedirmos 'que falem mal a respeito do bem que existe em ns'. Sim, ns devemos valorizar uma reputao limpa, se for dado a ns, apenas menos do que uma boa conscincia. Mas, ainda assim, se ns buscamos nossa felicidade nisto, ns seremos capazes de perecer em nossa idolatria. 17. A quais, desses tpicos precedentes, o amor ao dinheiro se refere? Talvez, algumas vezes, a um, e, algumas vezes, a outro, j que ele um meio de gratificar, tanto o 'desejo da carne', por causa 'do desejo dos olhos', quanto 'o orgulho da vida'. Em qualquer um desses casos, o dinheiro apenas buscado com o objetivo de uma finalidade mais alm. Mas ele buscado, algumas vezes, por amor a ele, sem qualquer outra viso mais adicional. Algum que seja devidamente um sovina ama e busca o dinheiro, por amor a ele. Ele no busca coisa alguma alm, a no ser, colocar sua felicidade em adquiri-lo ou possu-lo. E isto uma espcie de idolatria distinta de todas as precedentes; e, certamente, a mais vil, e mais comum idolatria que uma alma humana capaz. Buscar felicidade, tanto em gratificar este ou outro dos desejos acima mencionados efetivamente renunciar ao Deus verdadeiro, e colocar um dolo em seu lugar. Em uma palavra, existem tantos objetivos no mundo, em que os homens buscam felicidade, em vez de buscarem-na em Deus; tanto dolos em que eles colocam seus coraes; tantas espcies de idolatria que eles praticam. 18. Eu gostaria de levar ao conhecimento, apenas de mais uma, embora ela, em alguma medida, possa ser includa em diversas das precedentes; sim, em muitos aspectos, sendo distinta de todas elas; ou seja, idolatrar a criatura humana. Sem dvida, da vontade de Deus que ns todos possamos amar uns aos outros. sua vontade que possamos amar nossas relaes, e nossos irmos cristos, com um amor peculiar; e esses em particular, a quem Ele tem feito particularmente teis nossas almas. Esses ns somos ordenados a 'amar fervorosamente'; ainda assim, 'com o corao puro'. Mas isto no 'impossvel para o homem?'. Preservar a fora e ternura da afeio, e, ainda assim, sem qualquer mancha na alma, com pureza imaculada? Eu no quero dizer apenas no maculada pela luxria. Eu sei que isto possvel. Eu sei que uma pessoa pode ter uma afeio inaltervel por outra, sem qualquer desejo deste tipo. Mas ele sem idolatria? No se trata de amar a criatura mais do que o Criador? No colocar um homem ou uma mulher, no lugar de Deus? Dando a eles seu corao? Que isto seja cuidadosamente considerado, at mesmo, por aqueles a quem Deus tem reunido; atravs dos maridos e esposas; pais e filhos. No se pode negar que esses devem amar um ao outro ternamente? Eles foram ordenados a assim fazerem. Mas eles no foram ordenados, nem lhes foi permitido, amarem um ao outro de maneira idlatra. Ainda assim, quo comum isto! Quo freqentemente, um marido, uma mulher, um filho, so colocados no lugar de Deus. Quantos destes que so considerados bons cristos fixam suas afeies, uns nos outros, de modo a no deixarem lugar para Deus! Eles buscam sua felicidade na criatura, no no Criador. Um pode verdadeiramente dizer ao outro: Eu te vejo, Senhor, e objetivo de meus desejos.

Ou seja: 'Eu desejo nada mais, a no ser a ti! Tu s a coisa que eu tanto busco! Todos os meus desejos esto em ti, e junto lembrana de teu nome'. Agora, se isto no idolatria clara, eu no saberei dizer o que poder ser.

II
Tendo considerado largamente o que so esses dolos, dos quais o Apstolo fala, eu vou inquirir agora (o que pode ser feito mais sumariamente) como ns podemos nos precaver deles. 1. Com este objetivo, eu aconselharia voc, Em Primeiro Lugar, a estar profundamente convencido de que nenhum deles traz felicidade; que nenhuma coisa, nenhuma pessoa debaixo do sol; no, nem um amontoado de todos juntos, pode dar alguma felicidade slida, satisfatria a algum filho do homem. O prprio mundo, leviano, imprudente, reconhece isto, sem refletir a respeito, enquanto ele considera, ou, mais do que isto, enquanto ele mantm veementemente que 'nenhum homem sobre a terra est satisfeito'. A mesma observao foi feita h dois mil anos: -Permita seja dada ao homem, fortuna, ou escolha de posio; ainda assim, ningum sobre a terra viver satisfeito.

E se nenhum homem sobre a terra est contente, certo que nenhum homem feliz. Porque qualquer que seja a posio em que ele se encontre, o descontentamento incompatvel com a felicidade. 2. De fato, no apenas a parte inconseqente do mundo, mas a parte pensante concorda que nenhum homem est satisfeito; a melancolia prova o que vemos, de todos os lados, no alto e no baixo, no rico e no pobre. E, geralmente, quanto mais entendimento eles tm, mais descontentes eles esto, porque eles sabem, com maior distino, pelo que se queixam, e pelo que sentem dor. verdade, que cada um tem (para usar de um jargo atual, e um excelente) seu cavalinho de pau [brinquedo de criana], alguma coisa que agrada ao garoto grande, por algumas poucas horas ou dias, e nisto ele espera ser feliz! Mas, embora a esperana floresa eterna no peito do homem; o homem nunca feliz; mas estar sempre pronto a ser. Ainda que ele esteja caminhando na sombra intil, que logo ir desaparecer! Assim sendo, aquela experincia universal, nossa e de todos os novos amigos e familiares, claramente prova que, como Deus fez nossos coraes para si mesmo, ento eles no tero descanso, at que repousem Nele; at que ns nos familiarizemos com Ele, ns no estaremos em paz. Como 'um escarnecedor' da sabedoria de Deus 'busca sabedoria e no a encontra'; assim, um escarnecedor da felicidade em Deus, busca felicidade, mas encontra nenhuma. 3. J que voc est totalmente convencido disto, eu o aconselho, em Segundo Lugar, a parar e considerar sobre si mesmo.Voc pretende ser um tolo e um louco todos os seus dias? J no est em tempo de cair em si? Finalmente, acorde do sono, e chacoalhe o p! Liberte-se desta idolatria miservel, e 'escolha a melhor parte!'. Decida-se, firmemente, a buscar a felicidade onde ela pode ser encontrada; onde ela no poder ser buscada em vo. Decida-se a busc-la no Deus verdadeiro, a fonte de toda bem-aventurana; e no se demore! Coloque em execuo, imediatamente, o que

voc resolveu! Vendo que 'todas as coisas esto prontas', 'familiarize-se com Ele, e esteja em paz'. 4. Mas no resolva, ou tente executar sua resoluo, confiando em suas prprias foras. Se voc o fizer, voc ir se frustrar extremamente.Voc no ser capaz de satisfazer-se com o mundo pecaminoso, muito menos com seu prprio corao pecaminoso; e, menos do que tudo, com os poderes da escurido. Clame, portanto, ao Forte, por fora. Debaixo de um profundo senso de sua prpria fraqueza e desamparo, confie no Senhor Jeov, em quem est a fora eterna. Eu o aconselho a clamar por Ele por arrependimento, em particular; no apenas para uma conscincia plena de sua impotncia, mas por um senso agudo da culpa excessiva, vileza, e loucura da idolatria que h tanto tempo o tem tragado. Clame por um conhecimento completo de si mesmo; de toda a sua propenso ao pecado e culpa. Ore para que voc possa estar completamente revelado a si mesmo; para que voc possa se conhecer como voc tambm conhecido. Quando, voc, ento, possuir esta convico genuna, todos os seus dolos perdero seus encantos. E voc ir se surpreender, em como voc pode, por tanto tempo, curvar-se sobre essas coisas, em que no se pode confiar, e que to freqentemente se afundaram debaixo de voc. 5. O que voc poderia ter perguntado a seguir? "Jesus, agora que eu perdi tudo; permita-me cair sobre teu peito!". Tu no disseste, 'Se tu creres, tu vers a glria de Deus? Senhor, eu poderia crer! Ajuda-me, em minha descrena. E me ajuda agora! Ajuda-me agora a entrar no descanso que permanece para o povo de Deus; para aqueles que deram seu corao a Ti, todo seu corao; que receberam a Ti como seu Deus e seu tudo. Tu que s mais fiel, do que os filhos dos homens; cheios de graa so teus lbios! Fala, para que eu possa ver a Ti!E como as sombras que fogem diante do sol, ento permita que todos os meus dolos desapaream Tua presena!'. 6. Do momento em que voc comear a experimentar isto, lute a boa luta da f; Tome o reino dos cus, com veemncia! Tome-o, como se ele fosse, atravs de uma tempestade! Negue a si mesmo, todo prazer que voc no est divinamente consciente que o leva para mais perto de Deus. Tome sua cruz diria: No se importe com a dor, se ela se colocar em seu caminho. Nada impossvel ao que cr: Voc pode fazer todas as coisas, atravs de Cristo que o fortalece. Faa-o corajosamente; e apresse-se para a liberdade, com a qual Cristo o faz livre. Sim, siga em Seu nome, e no poder de Sua fora, at que voc 'conhea todo o amor de Deus que ultrapassa todo entendimento'. E, ento, voc ter apenas que esperar, at que Ele o chame ao Seu reino eterno!
[Editado por Michael Anderson, estudante da Northwest Nazarene College (Nampa, ID), com correes por George Lyons para a Wesley Center for Applied Theology.]