02 Apostila Versao Digital Historia e Geografia Do Acre 015.909.942 05 1657644536kj
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Apostila gerada especialmente para: Kenedi Rodrigues 015.909.942-05
1. História do estado do Acre. 2. Realidade étnica, social, geográfica, cultural,
política e econômica do Acre.
HISTÓRIA DO ACRE1
Apresentação
O Acre é uma das 27 unidades federativas do Brasil. Está situado no sudoeste da região Norte e tem
como limites os estados do Amazonas a norte, Rondônia a leste, a Bolívia a sudeste e o Peru ao sul e
oeste. Ocupa uma área de 152.581,4 km², sendo pouco menor que a Tunísia. Sua superfície equivale a
menos de 2% do total do país. É um dos estados menos povoados do Brasil e foi o último a ser
efetivamente povoado. Nele está o ponto extremo oeste do Brasil. Sua capital é a cidade de Rio Branco.
Só em 1877 começaram a chegar no Acre — que na época era território boliviano — os primeiros
colonizadores quase todos nordestinos em busca da borracha encontrada na Floresta Amazônica. No
final do século XIX, já havia na região 50 mil brasileiros. Os seringueiros entraram em luta com as tropas
para ocupar a região e, em 1903, sob a liderança do gaúcho Plácido de Castro, proclamaram o Estado
Independente do Acre. O governo brasileiro ocupou então militarmente a região e, em seguida, entrou
em conversações diplomáticas com a Bolívia. Como resultado, o Acre foi comprado pelo Brasil à Bolívia.
Criado como Território Federal em 1904, o Acre foi elevado à categoria de Estado em 1962. A produção
de borracha, que promoveu sua ocupação e seu desenvolvimento, entrou em decadência a partir de 1913.
O nome, que passou do rio ao território, em 1904, e ao estado, em 1962, origina-se, talvez, do tupi
a'kir ü "rio verde" ou da forma a'kir, de ker, "dormir, sossegar", mas é quase certo que seja uma
deformação de Aquiri, modo pelo qual os exploradores da região grafaram Umákürü, Uakiry, vocábulo do
dialeto Ipurinã. Há também a hipótese de Aquiri derivar de Yasi'ri, Ysi'ri, "água corrente, veloz".
O Acre possui alguns apelidos: Extremo do Brasil, Estado das Seringueiras, Estado do Látex e Extremo
Oeste.
História
Na região do atual estado do Acre foram encontrados inúmeros Geoglifos (estruturas feitas no solo),
com idade variável em até 2100 anos. Pela complexidade remontam a civilizações pré-colombianas de
elevado grau de conhecimento em várias áreas e domínio de avançadas técnicas de movimentação de
terra e água. As últimas escavações fizeram uma descoberta importante em Xapuri: um buraco de esteio
em boas condições foi localizado em um geoglifo de formato redondo, reforçando a tese de que os índios
daquela época poderiam ter usado fortificações paliçadas para habitação e segurança.
Até o início do século XX o Acre pertencia à Bolívia. Porém, desde o princípio do século XIX, grande
parte de sua população era de brasileiros que exploravam seringais e que, na prática, acabaram criando
um território independente.
Em 1899, os bolivianos tentaram assegurar o controle da área, mas os brasileiros se revoltaram e
houve confrontos fronteiriços, gerando o episódio que ficou conhecido como a Revolução Acreana.
Em 17 de novembro de 1903, com a assinatura do Tratado de Petrópolis, o Brasil recebeu a posse
definitiva da região. O Acre foi então integrado ao Brasil como território, dividido em três departamentos.
O território passou para o domínio brasileiro em troca do pagamento de dois milhões de libras esterlinas,
de terras de Mato Grosso e do acordo de construção da estrada de ferro Madeira-Mamoré.
Tendo sido unificado em 1920, em 15 de junho de 1962 foi elevado à categoria de estado, sendo o
primeiro a ser governado por uma brasileira, a professora Iolanda Fleming.
Durante a segunda guerra mundial, os seringais da Malásia foram tomados pelos japoneses, e o Acre
dessa forma representou um grande marco na história Ocidental e Mundial, mudando o curso da guerra
a favor dos Aliados e graças aos Soldados da Borracha oriundos principalmente do sertão do Ceará.
Em 4 de abril de 2008, o Acre venceu uma questão judicial com o Estado do Amazonas em relação ao
litígio em torno da Linha Cunha Gomes, que culminou no anexo de parte dos municípios de Envira,
Guajará, Boca do Acre, Pauini, Eirunepé e Ipixuna. A redefinição territorial consolidou a inclusão de 1,2
milhão de hectares do complexo florestal Liberdade, Gregório e Mogno ao território do Acre, o que
corresponde a 11.583,87 km².
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História do Acre. https://bit.ly/2ErPT3U
Os Índios
A longa história do povoamento humano do Acre provavelmente começa entre 20.000 e 12.000 anos
atrás, quando os primeiros grupos humanos provenientes da Ásia chegaram de sua longa migração até
a América do Sul. Esses grupos humanos perseguiam as grandes manadas de animais gregários que
durante a idade do gelo se espalhavam pelas vastas savanas do mundo. A Amazônia era então uma
ampla extensão dessas savanas, com apenas algumas manchas de floresta ao longo dos rios que
cortavam as terras baixas.
Cerca de 6 milhões de índios habitavam à Amazônia antes da chegada dos Portugueses em 1616. No
Acre, na segunda metade do século XIX, viviam cerca de 150 mil índios, distribuídos em 50 povos. Em
1989, o número de índios no Acre era em de 5 mil. Em 1996, o número passou para 8.511. No ano de
2001, a FUNAI notificou a existência de 10.478 índios em todo Estado do Acre, distribuídos em 12 povos.
Esse tímido aumento pode ser explicado pela atuação de organizações indigenistas.
Existem no Acre hoje, 34 terras indígenas ocupadas por mais de 12.000 índios, que representam 2%
da população total do Estado. Esse contingente populacional pertence a 14 diferentes etnias, de línguas
Pano, Aruak e Arawá: (Yaminawa, Manchineri, Kaxinawá, Ashaninka, Shanenawa, Katukina,
Arara,Nukini, Poyanawa, Nawa, Jaminawa-Arara e Isolados). As etnias isoladas, sem contato com a
sociedade, têm o seu território tradicional ao longo da fronteira internacional Brasil-Peru.
Insurreição Acreana
A história do Acre começa a se definir em 1895 quando uma comissão demarcatória foi encarregada
de definir limites entre Brasil e Bolívia, com base no Tratado de Ayacucho, de 1867.
No processo demarcatório foi constatado, no ponto inicial da linha divisória entre os dois países
(nascente do Javari) que a Bolívia ficaria com uma região rica em látex, na época ocupada por brasileiros.
Reconhecida legalmente a fronteira Brasil-Bolívia, em 12 de setembro de 1898 a Bolívia quis tomar posse
da região então ocupada por seringueiros brasileiros, na vila de Xapuri. Os brasileiros não aceitaram e
obrigaram os bolivianos a se retirar da região.
No início de 1899 desembarcou em Puerto Alonso o ministro boliviano, Dom José Paravicini, com apoio
do governo brasileiro, impôs decretos, inclusive o de abertura dos rios amazônicos ao comércio
internacional, cobrou altos impostos sobre a borracha, demarcou seringais e oprimiu os nativos da região.
O período dessa atuação ficou na história como os "Cem dias de Paravicini".
A insurreição Acreana ganha seu primeiro ensaio em 1º de maio de 1899, quando seringalistas se
reúnem no seringal Bom Destino, de Joaquim Vitor, liderados pelo jornalista José Carvalho e decidem
lutar contra o domínio boliviano, O momento coincidia com a viagem de Paravivini para Belém. O
Delegado que o substituía, Moisés Santivanez foi expulso. Começava a Revolução Acreana. Sem armas
ou tiros, os revolucionários brasileiros restabeleceram o domínio e criaram a Junta Central Revolucionária.
Revolução Acreana
Com novo apoio do governo do Amazonas seringueiros e seringalistas revolucionários partiram mais
uma vez para a luta em 6 de agosto de 1902, em Xapuri. A luta armada se estendeu até 24 de janeiro de
1903, data de retomada do poder aos brasileiros e reinstalação do Estado Independente do Acre.
Com a substituição, na República brasileira, de Campos Sales (1898/1902) por Rodrigues Alves
(1902/1906) muda a postura do governo federal sobre o assunto. A partir das negociações do Ministro
das Relações Exteriores, Rio Branco, foi estabelecido o Tratado de Petrópolis, em 17 de novembro de
1903, que anexava o Acre ao Brasil.
Em 8 de setembro de 1909, mediante o Tratado do Rio de Janeiro, foi resolvida também a questão de
fronteiras como Peru.
O Tratado de Petrópolis determinou que o Brasil teria que recompensar a Bolívia pagando-lhe dois
milhões de libras esterlinas na permuta por um território que congregaria o Acre inferior, cuja extensão
era de 142.000 Km, e também o Acre superior – com 48.000 Km –, território abundante em florestas e
reservas de seringueiras. O Brasil, por sua vez, em troca, entregaria algumas extensões da fronteira do
Mato Grosso e encetaria a construção da estrada-de-ferro Madeira-Mamoré, em uma dimensão de 400
km, para que a Bolívia tivesse uma saída em direção ao Oceano Atlântico.
A assinatura do Tratado de Petrópolis teve um significado diplomático muito importante para o Brasil,
não foi preciso estourar uma guerra para se resolver o problema do Acre. A anexação de quase 200 mil
quilômetros quadrados de território foi para as mãos de cerca de 60 mil seringueiros e respectivas
famílias, para que pudessem trabalhar na extração da borracha.
Solucionado o problema com a Bolívia, restava acertar a situação do Peru, que reclamava a posse do
território do Acre, além de uma ampla área no Estado do Amazonas. Entre os anos de 1898 e 1902 os
peruanos intentaram empreender comissões administrativas e militares na região que compreendia o
Alto-Juruá e, entre 1900 e 1903, o Alto-Purus, porém os brasileiros por si mesmos os obrigaram a
abandonar os territórios pertencentes ao Acre.
A 8 de setembro de 1909, o então Ministro das Relações Exteriores, Barão do Rio Branco, firmou um
acordo com o governo do Peru delimitando os limites entre estes.
O Acre foi definitivamente unido num só corpo, sendo seu primeiro governador o Senhor José Augusto
de Araújo, eleito em outubro de 1962 com 7.184 votos e nomeado pelo então Presidente da República.
Na Constituição de 1934 a região do Acre passou a usufruir o direito de ter dois representantes na
Câmara dos Deputados e no ano de 1957 é alçado à condição social de Estado.
Aspectos Gerais2
População
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https://cidades.ibge.gov.br/brasil/ac/panorama
Economia
Questões
01. (SEFAZ/AC – Fiscal da Receita Estadual – CESPE) O processo de formação econômica do Acre
ocorreu no contexto da expansão da frente pioneira extrativista cuja base era
(A) o pau-brasil para indústria madeireira.
(B) o látex para a produção de borracha.
(C) a mineração de ouro.
(D) a cassiterita.
02. (Prefeitura de Padre Bernardo/GO – Contador – ITAME) Aponte corretamente para o nome do
tratado assinado entre Brasil e Bolívia que pôs fim ao conflito territorial e resultou na anexação do território
do Acre ao Brasil:
(A) Tratado de Rio Branco.
(B) Tratado de Tordesilhas.
(C) Tratado de Santa Rosa.
(D) Tradado de Petrópolis.
03. (PC/AC – Agente de Polícia Civil – IPAD) Depois de anos de discussões e embates, finalmente
o Acre se tornou um Estado brasileiro por meio do Projeto de Lei 4.070, elaborado pelo deputado
Guiomard Santos, e que foi aprovado durante a gestão do presidente:
(A) Castelo Branco, em meados de 1965.
(B) Jânio Quadros, no decorrer do ano de 1960.
(C) Getúlio Vargas, durante o período do Estado Novo.
(D) João Goulart, em meados de 1962.
(E) Juscelino Kubitschek, no ano de 1957.
04. (Prefeitura de Goiânia/GO – Assistente Administrativo – CS/UFG) Nos anos 1980, Chico
Mendes ficou conhecido por batalhar junto aos trabalhadores rurais do Acre pelo desenvolvimento
racional e equitativo da floresta. Obtiveram, então, um resultado social e ecologicamente positivo nessa
luta. Pode-se destacar como um dos principais pontos alcançados, a demarcação de:
(A) reservas biológicas.
(B) reservas extrativistas.
(C) florestas nacionais.
(D) reservas indígenas.
05. (SEFAZ/AC – Fiscal da Receita Estadual – CESPE) O processo de anexação do Acre ao Brasil
passou por um conflito de fronteira entre a Bolívia e o Brasil, interrompido por vários anos, atingindo o
clímax, na região do Acre, onde Plácido de Castro, um gaúcho de 28 anos de idade, liderou outro levante
Apostila gerada especialmente para: Kenedi Rodrigues 015.909.942-05
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armado, em meados de 1902, contra os representantes do governo de La Paz. Esse conflito configurou-
se mais grave, não porque a Argentina parecesse respaldar a Bolívia a disputar com o Brasil a hegemonia
da região, mas por envolver fortes interesses de outro país. País este que aportou uma canhoneira em
Belém em missão aparente de amizade e partiu rumo a Tabatinga e Iquitos, furtivamente, com os faróis
de navegação apagados durante a noite, sem esperar licença especial do governo brasileiro, levando a
bordo o cônsul daquele outro país. Ato este considerado de desrespeito à soberania nacional.
L. A. M. Bandeira. O barão de Rothscild e a questão do Acre. In: Rev. Bras. Polít. Int., vol. 43, n.º 2, Brasília, 2000 (com adaptações).
No final do segundo período do texto acima, a expressão "outro país" refere-se
(A) a Portugal.
(B) à Argentina.
(C) à Grã-Bretanha.
(D) aos Estados Unidos da América.
Gabarito
O Estado do Acre, antes território pertencente à Bolívia foi incorporado ao Brasil em 1903, com a
assinatura do Tratado de Petrópolis. Está situado no extremo sudoeste da Amazônia brasileira, entre as
latitudes de 07 007'S e 11 0 08' S, e as longitudes de 660 30' W e 740WGr. Sua superfície territorial é
de 153.149,9 Km², correspondente a 3,9% da área amazônica brasileira e a 1,8% do território nacional.
Sua extensão territorial é de 445 Km no sentido Norte-SuI e 809 Km entre seus extremos Leste-
Oeste. O Estado faz fronteiras internacionais com o Peru e a Bolívia, e nacionais com os estados do
Amazonas e de Rondônia. (Figura abaixo)
O relevo é composto, predominantemente, por rochas sedimentares, que formam uma plataforma
regular que desce suavemente em cotas da ordem de 300m nas fronteiras, para pouco mais de 100m
nos limites com o Estado do Amazonas. No extremo ocidental situa-se o ponto culminante do Estado,
onde a estrutura do relevo se modifica com a presença da Serra do Divisor, uma ramificação da Serra
Peruana de Contamana, apresentando uma altitude máxima de 600m.
Os solos acreanos, de origem sedimentar, abrigam uma vegetação natural composta basicamente
de florestas, divididas em dois tipos: Tropical Densa e Tropical Aberta, que se caracterizam por sua
heterogeneidade florística, constituindo-se em grande valor econômico para o Estado.
Turismo
Gameleira
Localizada à margem direita do rio Acre está a Gameleira. No local é possível encontrar a centenária
árvore que deu nome ao local, símbolo de perseverança e resistência do povo acreano e que serviu de
referencial para a fundação da capital, no fim do século 19. Atualmente, o espaço é um grande calçadão,
que hospeda pequenas lanchonetes, bancos para observação do manancial e o mastro da bandeira
acreana.
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Lilia Camargo. Turismo no Acre cresce 31,2%, segundo pesquisa. Notícias do Acre. https://www.agencia.ac.gov.br/turismo-no-acre-cresce-312-segundo-
pesquisa-2/.
Biblioteca Pública
Localizada no Centro de Rio Branco, a Biblioteca Pública acreana foi inaugurada em 10 de março de
1979 e totalmente restaurada em 2008, na gestão do então governador Binho Marques. O espaço conta
com um acervo de mais de 80 mil livros e recebe cerca de 7,5 mil pessoas mensalmente. A biblioteca
(que está passando por uma reforma desde o início de 2019), conta com espaços de leitura,
computadores com acesso livre à internet para pesquisa, área infantil, de histórias em quadrinhos (HQ) e
filmoteca.
Parque da Maternidade
Inaugurado em setembro de 2002, o Parque da Maternidade possui uma extensão de 6.000 metros,
cruzando boa parte de Rio Branco. Ao longo do parque, há vias para carros, ciclovias, pista de
caminhadas e de skate, playgrounds, quadras de esporte, anfiteatros, praças, restaurantes e lanchonetes.
Parque do Tucumã
Com um estilo similar ao do Parque da Maternidade, o Parque Tucumã conta com cerca de 3.600
metros de extensão. O local possui pistas sinalizadas para veículos, ciclovias, calçadas para pedestres,
playground, quadras de esportes, praças namoradeiras e quiosques para lanches.
Mercado do Bosque
Quibe, baixaria, mingau e tapioca, entre muitos outros pratos típicos do Acre, são algumas das iguarias
que podem ser encontradas no Mercado do Bosque. O espaço foi recentemente reformado pela prefeitura
de Rio Branco e conta com 42 permissionários.
Seringal Cachoeira
Com opções de trilhas, arvorismo, hospedagem em chalé e contato muito próximo à natureza, o
Seringal Cachoeira é uma das opções mais procuradas por pessoas interessadas neste tipo de lazer.
Localizado em Xapuri, o espaço dispõe de três chalés, sendo um para casais e um familiar, belichário
feminino e masculino, além de restaurante e piscina. Para os aventureiros, há também arvorismo.
Rio Croa
Conhecido pelas águas escuras , o Rio Croa é considerado um dos maiores pontos de ecoturismo de
Cruzeiro do Sul. A paisagem paradisíaca chama a atenção de milhares de turistas, já que o local perdeu
a característica de rio há cerca de 15 anos, e hoje, mais parece um lago. Com fauna e flora riquíssima, a
vitória-régia é uma das características do Croa, sendo possível encontrar diversas por todo o rio. Além
disso, ao longo dos quase três mil hectares, é fácil encontrar árvores centenárias, como a samaúma e as
seringueiras.
Parque Linear
O Parque Linear conta 22 hectares, abrangendo os bairros Cobal, Remanso e Telégrafo, em Cruzeiro
do Sul. Antes ocupando área irregular, o espaço foi transformado pelo governo do Estado e entregue à
população em 2016. O local conta com pista de caminhada, ciclovia, espaço para prática de esporte, de
convivência comunitária e de cultura.
Geoglifos
Grandes figuras observadas no solo de áreas rurais acreanas, de origem desconhecida. Só podem ser
vistos a mais de 80 metros do chão, por meio de voo de balão ou avião. Os desenhos são em diversos
formatos geométricos.
Serra do Divisor
O Parque Nacional Serra do Divisor é de proteção integral à natureza e, atualmente, é administrada
pelo Instituto Chico Mendes de Conservação e Biodiversidade (ICMBio). Localizado na fronteira com o
Peru, o parque é distribuído entre os municípios de Cruzeiro do Sul, Mâncio Lima, Marechal Thaumaturgo,
Porto Walter e Rodrigues Alves. Para visitação, há agências de viagem que dispõem de pacotes. A
unidade de conservação possui as cachoeiras do Formoso, do Ar-Condicionado, do Amor, do Perdernal,
do Buraco da Central e do Mirante. Todos os passeios devem ser feitos com guias.
Festival Yawa
Considerada umas das maiores festividades étnicas da Amazônia, o Festival do povo indígena
Yawanawá será realizado no segundo semestre do ano, na Aldeia Nova Esperança, que tem acesso pelo
Rio Gregório, em Tarauacá. Para chegar ao local, são quase 15 horas de viagem, por via terrestre e
fluvial.
Extrativismo
Um dos grandes desafios para a compreensão de hoje é refletir suas vias de desenvolvimento e
perspectivas no cenário das transformações tencionadas pelas demandas políticas, econômicas, sociais
e ecológicas num mundo cada vez mais globalizado e interdependente. Essa percepção implica numa
visão holística e abrangente de uma problemática que deixou de ser somente regional e nacional,
tornando-se efetivamente de caráter global (Oliveira, 1994). Essa realidade apresenta-se
multidimensional, expressando a crise da modernização capitalista e as possibilidades de transição para
um novo modelo de desenvolvimento fundado no ideário da sustentabilidade (Silva, 1997; Stroh, 1998).
Ao contrário de noções correntes e ilusórias como ‘vazio demográfico’, ‘pulmão do mundo’, ‘natureza
intocada’; mistificações e reducionismos já tão criticados (Ab’saber, 1992; Benchimol, 1992; Kitamura,
1994; Gonçalves, 2001), o Estado do Amazonas o Estado do Acre, faz parte da história da penetração do
capitalismo na fronteira, com sua lógica de dominação imanente, desenfreando uma disputa pela posse
da terra, acirrando conflitos e contradições em áreas rurais e urbanas e, fundamentalmente, estabeleceu
uma abissal desigualdade na apropriação do espaço econômico, político e socioambiental da região.
A crescente internacionalização das economias e o aumento da interdependência dos sistemas
políticos em escala global constituem aspectos importantes desse cenário, no qual as redes
informacionais, financeiras e mercantis assumem caráter estratégico, colocando-se em discussão o
princípio da soberania das nações e o papel do Estado, à medida que as fronteiras nacionais vão
perdendo importância, ou ganhando novos significados (Becker, 1992).
Contudo, pela sua privilegiada geografia, estruturas geológicas, diversidade cultural de suas
populações e detentora de inestimável patrimônio de
florestas, recantos eco turísticos, jazidas minerais e mananciais de água doce, commodities do futuro;
a maior fronteira de recursos naturais do planeta – mega-bioma que desafia saberes tradicionais e o
conhecimento científico, diante das potencialidades e serviços que pode disponibilizar - biotecnologia,
sequestro de carbono, ciclos hidro químicos, dentre outros (Fearnside, 1996; Kitamura, 1997); tem uma
importância fundamental na gestação de um novo modelo de civilização – com a utilização racional de
sua biomassa, conciliando o desenvolvimento socioeconômico com a proteção do meio ambiente no
plano local, regional, nacional e global (Silva, 2005).
Este trabalho busca refletir na agenda da governança global (global governance) que constitui o
desafio essencial para a gestão do presente e do futuro. Seu alcance abrange do micro ao macro
(povoados, municipalidades, cidades, estruturas nacionais, transnacionais e planetárias). Governança
global não significa governo mundial, mas uma ação coletiva envolvendo múltiplos atores com a finalidade
de gerir problemas comuns, que melhorem as condições de vida no planeta (ibidem).
Os consideráveis impactos negativos causados nas populações e no meio ambiente, aliados a vários
eventos importantes ocorridos na Amazônia, geraram pesadas críticas no Brasil e no exterior e,
consequentemente, ajudaram a tornar a região alvo de publicidade internacional. Cabe aqui sublinhar que
o Banco Mundial teve um papel de destaque, posto que ele foi responsável por viabilizar, na época, vários
projetos de desenvolvimento social e ambientalmente nocivos (Fearnside, 1996).
Em virtude destes acontecimentos, algumas iniciativas promissoras foram tomadas na segunda
metade da década de 1980 com o propósito específico de corrigir erros passados causados pelas políticas
públicas de desenvolvimento. Embora estas iniciativas tenham sido auspiciosas, a mudança efetiva de
comportamento em relação ao meio ambiente só pôde de fato ser verificada nos anos 1990. As questões
ambientais passaram a ocupar uma posição central nas campanhas para as eleições presidenciais de
1990 (Hall, 1991; Barbanti Jr., 1998).
Apesar dos avanços visíveis e do caráter inovador da iniciativa, o Programa Piloto apresentou uma
série de dificuldades, especialmente visíveis na limitação enfrentada pelos Projetos Demonstrativos Tipo
A - PD/As, que priorizaram muito mais as demandas para o financiamento dos projetos do que a produção
de modelos com possibilidades de disseminação. Além do mais, o enfoque sobre as técnicas de produção
não foi acompanhado por medidas (capacitação gerencial, marketing, etc.) relacionadas à viabilização
das cadeias produtivas (Barbanti Jr., 1998). Cabe também apontar a permanência dos problemas
fundiários na Amazônia, Rondônia e Acre embora algumas ações tenham sido tomadas no âmbito do
Projeto de Proteção às Populações e Terras Indígenas - PPTAL e do Projeto Reservas Extrativistas -
RESEX; por sua vez, poucos avanços puderam ser verificados na articulação entre o Programa Piloto e
outros importantes programas ambientais, como, por exemplo, o Programa Nacional de Florestas - PNF,
o Programa Nacional de Meio Ambiente - PNMA e o Fundo Nacional de Meio Ambiente - FNMA, apesar
de serem todos eles coordenados pelo Ministério do Meio Ambiente - MMA e financiados com recursos
nacionais e estrangeiros. Ao mesmo tempo, determinadas dificuldades administrativas, no âmbito dos
governos federal e estadual, contribuíram para uma certa lentidão na implementação do Programa Piloto,
o que prejudicou em parte a consecução dos seus objetivos (MMA/Comissão de Coordenação Brasileira
do PPG7, 2002). Não obstante estas limitações, os resultados alcançados e, a própria iniciativa do PPG7.
Não deixam de ser significativos (Serra & Fernández, 2004).
O Governo Federal lançou, em 1998, um programa, denominado de Eixos Nacionais de Integração e
Desenvolvimento (ENID), que remonta a antiga concepção de desenvolvimento dos governos militares.
A delimitação dos Eixos obedeceu a quatro critérios específicos: a malha de transporte existente; a
hierarquia funcional das cidades; a identificação dos focos dinâmicos no país; e a caracterização dos
ecossistemas nas diferentes regiões brasileiras (BNDES/Consórcio Brasiliana, 2000). Em função destes
critérios, o território nacional foi dividido em nove Eixos, a saber: Arco-Norte; Madeira-Amazonas;
Araguaia-Tocantins; Oeste; Sudoeste; Transnordestino; São Francisco; Rede Sudeste; e Sul.
No tocante à região amazônica, os Eixos, na verdade, repetem a lógica do modelo de desenvolvimento
passado, na medida em que grande parte do seu sucesso está baseada na infraestrutura viária, ou seja,
a competitividade nos mercados nacional e internacional depende fundamentalmente da capacidade de
transportar consideráveis volumes de mercadoria a longas distâncias com velocidade e eficiência. É
exatamente em relação à expansão da infraestrutura viária na Amazônia que os impactos socioambientais
seriam preocupantes, posto que a pavimentação das diversas rodovias, que abrangeria cerca de 4.600
km de estradas na região, está prevista nos Eixos. Isto resultaria, na ampliação de fronteiras econômicas,
causando adversos no meio ambiente, tais como o desmatamento, provocado pela pecuária, agricultura
e exploração madeireira, em função da facilidade de penetração em antigas áreas isoladas; diminuição
da pluviosidade, por causa do acentuado desmatamento, com o aumento do período de seca; e
desestímulo na adoção de práticas produtivas mais sustentáveis, como o manejo florestal e o sistema
agroflorestal [ ...] (Ipam/Isa, 2001).
Depois de quase duas décadas sem investimentos expressivos na Amazônia, o governo federal está
planejando ações que podem alterar a paisagem regional: Primeiro, uma ampliação do sistema de
transporte regional através do Programa Eixos Nacionais de Integração e de Desenvolvimento. Essa
iniciativa, a mais importante desde a pavimentação da BR 364 (Cuiabá-Porto Velho) no início dos anos
80, aumentará a oferta de recursos naturais (em especial, madeira) e terras para a agropecuária (Shneider
et all, 2000).
Segundo, o Ministério do Meio Ambiente está implantando uma nova política florestal, cujo ponto
central é a ampliação e consolidação de uma rede de Florestas Nacionais e Estaduais na Amazônia Legal.
As Florestas Nacionais, Estaduais ou Municipais são Unidades de Conservação de Uso Sustentável, cuja
finalidade é produzir bens (produtos madeireiros e não-madeireiros) e serviços ambientais. O governo
O descaso com a região amazônica sempre foi latente, porque os governos se preocupavam mais com
a região centro-sul, considerada o coração do Brasil, o centro financeiro do País. Os investimentos na
Amazônia sempre eram feitos de maneira estanque, sem planejamento. O Estado agia somente nos
casos emergenciais quando a região estava em crise. Cessavam os problemas, que ficavam incubados,
o Estado voltava novamente suas atenções para o coração econômico do País, o centro-sul (França,
2005).
Parte integrante da Política Nacional de Desenvolvimento Regional, o Plano Amazônia Sustentável
(PAS) destaca-se como iniciativa para propor estratégias e linhas de ação que unem a busca do
desenvolvimento econômico e social com o respeito ao meio ambiente. Trata-se de uma iniciativa do
Governo Federal em parceria com os estados da região amazônica, coordenada pelo Ministério da
Integração em conjunto com o Ministério do Meio Ambiente, Ministério do Planejamento, Orçamento e
Gestão, Casa Civil e Secretaria Geral da Presidência da República.
O PAS constitui um conjunto de estratégias e orientações para as políticas dos Governos Federal,
estaduais e municipais. Reúne sob uma mesma orientação muitas das ações inovadoras empreendidas
em programas já existentes, fomentando sinergias. Além disso, pretende sinalizar caminhos para o
desenvolvimento da Amazônia aos setores produtivos e à sociedade. Ao considerar a bacia amazônica e
o bioma florestal como referências, vai mais além, situando a Amazônia brasileira em sua importância
estratégica para a integração continental.
Estratégias de Implementação
Um dos maiores desafios a enfrentar no ordenamento do território reside na compatibilização de
interesses de ordem privada com interesses de ordem coletiva. Isso se manifesta na destinação de terras
públicas, bem como nas ações públicas de mitigação de efeitos e para as áreas protegidas, com as
decorrentes da implantação da infraestrutura e dos grandes projetos. Uma questão central é assegurar
direitos de populações mais vulneráveis tais como produtores familiares, populações tradicionais e
comunidades indígenas frente aos processos de expansão de atividades econômicas na fronteira
amazônica.
A estratégia preconizada pelo PAS é ampliar a presença do Estado na região em todos os níveis. O
governo federal deve garantir maior governabilidade sobre os movimentos de ocupação e transformação
socioprodutiva em determinadas áreas. Tal presença manifesta-se também por meio da oferta de serviços
públicos essenciais, como educação, segurança, saúde, habitação, assistência técnica, regularização
fundiária e justiça.
Amazônia Central
Esta área abrange um vasto território entre os rios Xingu (leste), Madeira (oeste), Mato Grosso (sul) e
as Guianas (norte), compreendendo o centro e o oeste do Pará e o leste do Amazonas. Essa macrorregião
convive com forte expansão de novas fronteiras agropecuárias, principalmente ao longo dos eixos
rodoviários e fluviais. É grande a proporção de áreas florestais, terras indígenas unidades de
Amazônia Ocidental
A terceira macrorregião compreende vastas extensões que, permanecendo distantes de grandes
rodovias implantadas no passado, são comandadas ainda pelo ritmo da natureza. É imensa sua
potencialidade, não só de florestas como farta em disponibilidade de água e de recursos naturais, que
ainda permanecem distantes das grandes rodovias. A sociodiversidade é uma das grandes riquezas, com
forte presença de populações indígenas e caboclas e das forças militares. A concentração da economia
industrial em Manaus não rompeu com o domínio do extrativismo e da circulação fluvial da Amazônia
Ocidental. A região corresponde aos estados do Amazonas, de Roraima e à maior parte do Acre, embora
sejam baixos os índices de renda per capita e de desenvolvimento humano.
Vigilância e expansão orientada devem ser as palavras-chaves para a ação política nessa área, onde
são cruciais as contribuições do Sistema de Proteção da Amazônia (SIPAM) e do Sistema de Detecção
de Desmatamento em Tempo Real (DETER).
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Fundação Nacional do Índio. Modalidades de Terras Indígenas http://www.funai.gov.br/index.php/indios-no-brasil/terras-indigenas.
Reservas indígenas
A União poderá estabelecer, em qualquer parte do território nacional, áreas destinadas a posse e
ocupação pelos povos indígenas, onde possam viver e obter meios de subsistência, com direito ao
usufruto e utilização das riquezas naturais, garantindo-se as condições de sua reprodução física e cultural.
Para constituição das Reservas Indígenas, adotam-se as seguintes etapas do processo de
regularização fundiária:
Encaminhadas com Reserva Indígena (RI): Áreas que se encontram em procedimento administrativo
visando sua aquisição (compra direta, desapropriação ou doação).
Regularizadas: Áreas adquiridas que possuem registro em Cartório em nome da União e que se
destinam a posse e usufruto exclusivos dos povos indígenas. * incluem-se neste item, a área Dominial.
Questões
02. (SEE/AC – Professor – FUNCAB) A maior parte dos fluxos populacionais ocorre através de duas
forças: uma de repulsão e outra de atração. O mapa a seguir representa os principais fluxos migratórios
no Brasil entre 1950 e 1970.
Apostila gerada especialmente para: Kenedi Rodrigues 015.909.942-05
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Os principais fluxos de nordestinos e sulistas estão atrelados, respectivamente, aos seguintes fatores:
(A) Desmetropolização /Ciclo da Borracha.
(B) Elevada Carga Tributária / Migrações pendulares.
(C) Industrialização / Expansão da Fronteira Agrícola.
(D) Qualificação da Mão de Obra / Concentração de Terras.
(E) Projeto Calha Norte /Metropolização.
As microrregiões geográficas do Acre, divididas pelo IBGE, apresentam cinco regiões: Brasileia, Sena
Madureira, Rio Branco, Cruzeiro do Sul e Tarauacá. Com relação à disposição geográfica dessas
microrregiões e tendo como ponto de referência o centro geográfico do estado, é correto afirmar que a
microrregião de
(A) Sena Madureira está situada a noroeste.
(B) Rio Branco está situada a noroeste.
(C) Cruzeiro do Sul está situada a oeste.
(D) Brasileia está situada a sudoeste.
Gabarito
Comentários
01. Resposta: A
A Microrregião de Cruzeiro do Sul é uma das microrregiões do estado brasileiro do Acre, pertencente
à mesorregião Vale do Juruá.
03. Resposta: C
Questão que pede conhecimentos básicos de Geografia/localização junto de conhecimentos
específicos sobre as microrregiões acreanas. Cruzeiro do Sul marca a porção mais a oeste do mapa.
O Oriente sempre marcará o “lado direito” de um mapa. O Ocidente o esquerdo, o Norte a parte de
“cima” e o Sul a parte de “baixo”.
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http://www.sudeco.gov.br/a-regiao-centro-oeste