Prova de I Unidade de Direito Financeiro e Tributário I (2021.1)
Prova de I Unidade de Direito Financeiro e Tributário I (2021.1)
Prova de I Unidade de Direito Financeiro e Tributário I (2021.1)
Luiz
Edmundo Celso Borba
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O Direito Financeiro se caracteriza por ser o ramo do Direito Público que estuda a atividade
financeira do Estado sob a perspectiva jurídica, observando as relações jurídicas que decorrem
dessa atividade e que se estabelecem entre o Estado e o particular. Assim, o objeto dele, por
ser a atividade financeira estatal, compreende o estudo do orçamento, receita pública, despesa
pública e crédito público. Neste ponto, ressalta-se que a atividade financeira é a ação do
Estado referente à obtenção de recursos para os entes federativos realizarem suas regulares
funções (que geram despesas), organizadas através de leis orçamentárias, as quais são objeto
de fiscalização e controle.
Não obstante, o Direito Financeiro possui relação intrínseca com o Direito Constitucional, visto
que o primeiro tem como base o segundo, o qual representa a fundamentação de validade dos
segmentos do universo jurídico. Ademais, a Constituição Federal regula o Direito Financeiro
através de vários dispositivos, em especial o art. 24, inciso I, que estabelece competência para
a União, os Estados e o Distrito Federal para legislar sobre a matéria. Vale salientar, também,
que a unidade, concretude e coerência do Direito Financeiro são demonstradas na medida em
que a atividade financeira estatal está regida integralmente conforme a teoria da Constituição.
Ademais, observa-se que o Estado tem no Direito Constitucional e Financeiro uma fonte
normativa existencial, falando-se até sobre a constitucionalização do Direito Financeiro.
Ainda, cumpre dissertar sobre o Estado de Direito e sua relação com o Direito Financeiro,
tendo em vista que antes do estabelecimento deste tipo de Estado, as saídas públicas não
tinham uma regulamentação definida, ficando para o Executivo a discricionariedade quanto à
arrecadação e a despesa pública. Conforme o prof. Edmundo demonstrou em sala de aula,
essa parte história é essencial para que entendamos como a transformação ocasionada pelo
estabelecimento do Estado de Direito originou diretrizes para a organização do Estado,
principalmente no tocante à atividade financeira. Ademais, observa-se que o Estado de Direito
possui conexão com o poder estatal, isto é, quando esse poder é limitado pelo direito
(conjunto de normas jurídicas), em que as decisões não podem ser contrárias à legislação.
Esse aspecto é imprescindível no funcionamento do Direito Financeiro, já que as limitações
são necessárias para que haja o correto procedimento da atividade financeira do Estado.
Por fim, insta observar que a Ciência das Finanças é a disciplina que objetiva compreender
temas relacionados à obtenção e o gasto (dispêndio) do suporte financeiro necessário para o
funcionamento dos serviços estatais ou de pessoas de direito público, além de analisar os
efeitos resultantes da atividade governamental. Assim, Direito Financeiro e a Ciência das
Finanças se relacionam no que se refere ao tema central: a atividade financeira do Estado.
Contudo, diferenciam-se porque a Ciência engloba diversos aspectos (sociológico, político,
econômico, entre outros) e o Direito se limita à análise jurídica, ou seja, aborda o fenômeno
financeiro apenas quando há a devida normatização legal etc.
No Brasil utiliza-se o orçamento participativo como a principal forma de definição das receitas
e despesas públicas.
As propostas remetidas pelo Poder executivo podem e devem ser aprovadas até o 10º dia do
mês de janeiro do ano fiscal a que se referem a LDO e a LOA.
A LOA só gera seus efeitos dentro do período de um ano, jamais em outro exercício, quando
ela perde plenamente a sua eficácia.
As pedalas fiscais são possíveis com as alterações ocorridas, este ano, na Carta Magna de
1988, através de EC.
I, II, III, IV e V.
II, IV e V, apenas.
I, II e III, apenas.
Ao Poder Executivo, ao Poder Legislativo, ao Poder Judiciário, aos Tribunais de Contas dos
Estados, Distrito Federal e Municípios, excluindo-se de seu âmbito de incidência o Ministério
Público.
Conterá Anexo de Riscos Fiscais, onde serão avaliados os passivos contingentes e outros
riscos capazes de afetar as contas públicas, informando as providências a serem tomadas,
caso se concretizem.