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Modelagem e Análise de Sistemas Elétricos em Regime Permanente

O transformador
Utilizados para viabilizar a transmissão de energia elétrica em alta tensão.
• Usinas: para elevar a tensão (69 kV a 750 kV)
• Subestações (centros de consumo): para rebaixar a tensão (13,8 e 23 kV)
• Interligações: para compatibilizar os diversos níveis de tensão das LTs que aportam.

Quadro – Potência instalada em subestações do setor elétrico brasileiro.


POTÊNCIA INSTALADA EM SUBESTAÇÕES - MVA
Em 31.12 2001
1999 2000 2001 Entradas Retiradas
25 kV/outras (1) 74.196,0 75.109,0 75.109,0 0,0 0,0
69 kV/outras 18.777,1 18.902,1 19.094,4 192,3 0,0
88 kV/outras 5.717,2 5.717,2 5.717,2 0,0 0,0
138 kV/outras 46.251,6 46.707,1 47.384,0 676,9 0,0
230 kV/outras 34.732,7 35.928,7 36.779,7 851,0 0,0
345 kV/outras 33.610,4 34.480,4 34.480,4 0,0 0,0
440 kV/outras 15.137,0 15.437,0 15.437,0 0,0 0,0
500 kV/outras 47.636,9 49.538,9 53.510,9 3.972,0 0,0
750 kV/outras 16.200,0 16.750,0 18.250,0 1.500,0 0,0
(1) Apenas transformadores elevadores de usinas
Fonte: Boletim Semestral do SIESE Síntese 2001 (disponível em: http://www.eletrobras.gov.br/mercado/siese/).

Objetivo: definir modelo do transformador para estudos de transmissão de potência elétrica em


regime permanente (em condições equilibradas).
O transformador – Sérgio Haffner Versão: 10/9/2007 Página 1 de 21
Modelagem e Análise de Sistemas Elétricos em Regime Permanente
Transformador ideal de dois enrolamentos
Transformador ideal → resistência dos enrolamentos é nula (tensão induzida pela variação do
fluxo é igual à tensão terminal) e que a permeabilidade do núcleo é infinita (fluxo fica confinado
ao núcleo e enlaça todas as espiras).
φm (t )
v1 (t ) = N1 φ1 (t ) = N1 φ m (t )
N1 espiras N2 espiras d d
i1 (t ) () i 2 (t )
dt dt
v 2 (t ) = N 2 φ 2 (t ) = N 2 φ m (t )
+ + d d
v1 (t ) v 2 (t ) dt dt

– –
v1 (t ) N1
Fluxo em 1: Fluxo em 2: =
φ1 (t ) = φ m (t ) φ 2 (t ) = φ m (t ) v2 (t ) N 2

A potência instantânea de entrada, p1 (t ) , é igual a potência instantânea de saída, p2 (t ) :


i1 (t ) v2 (t ) N 2
p1 (t ) = p 2 (t ) ⇒ v1 (t ) ⋅ i1 (t ) = v 2 (t ) ⋅ i2 (t ) = =
i2 (t ) v1 (t ) N1

Enrolamentos onde se ligam as fontes de energia e as cargas são geralmente denominados


primário e secundário, respectivamente.

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Modelagem e Análise de Sistemas Elétricos em Regime Permanente
Transformador ideal em regime permanente senoidal
I1 I2
N1 : N 2
+ +
• •
Transformador
Ideal V1 V2

– Ideal –

N2
Regime permanente senoidal:
Utilizando a =
V 1 N1 N2 N 1 (relação de espiras):
= ⇒ V 2 = V1 1
V 2 N2 N1
V 2 = aV 1 V = V2
⇒ 1
a
I1 N2 N1
= ⇒ I2 = I1 1
I 2 N1 N2 I 2 = I1 ⇒ I 1 = aI 2
a
2 2
ref N  ref N 
Reflexão de impedâncias: Z2 =  1  Z 2 Z1 =  2  Z 1
 N2   N1 

Exemplo – No circuito da Figura anterior, N 1 = 2000 , N 2 = 500 , V 1 = 1200 0 V e I 1 = 5 − 30 A , quando


o o

ref
uma impedância Z 2 é ligada ao secundário. Determinar V 2 , I 2 , Z 2 e a impedância Z 2 que é definida
como sendo o valor de Z 2 referido ao primário do transformador (impedância refletida).

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Modelagem e Análise de Sistemas Elétricos em Regime Permanente
Modelo do transformador ideal em pu
Tensões nominais como tensões de base;.
pri
Vbase – Tensão de base (nominal) do primário [kV]
N 2 pri
sec
Vbase V sec
– Tensão de base (nominal) do secundário: base = Vbase [kV]
N1
S base S base N1 pri
pri
I base
S
= base
sec
I base = = = I base
S base a potência de base do sistema: pri
sec
Vbase N 2 pri N2
Vbase Vbase
N1
N2
V1
V2 N1 V1
V 1 pu =
V1 V 2 pu = sec = = pri ⇒
pri Vbase N 2 V pri Vbase V 2 pu = V 1 pu
Vbase base
N1
N1
I1
I2 N2 I1
I 1 pu =
I1 I 2 pu = sec = = pri ⇒
I base N1 pri I 2 pu = I 1 pu
I base I base
pri
I base
N2
I 1 pu I 2 pu I 1 pu I 2 pu
+ + + +

Transformador
V 1 pu Ideal V 2 pu V 1 pu V 2 pu
em pu
– – – –

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Modelagem e Análise de Sistemas Elétricos em Regime Permanente
Circuito equivalente do transformador real de dois enrolamentos

Fluxo disperso em 1: Fluxo disperso em 2:


φm (t )
φ1disp (t ) φ () φ 2disp (t ) Resistências enrolamentos
i1 (t ) i 2 (t )
não são nulas ( r1 e r2 );
+ +

v1 (t ) v 2 (t ) Existem fluxos dispersos


(reatâncias x1 e x 2 );
– –

N1 espiras N2 espiras Ocorrem perdas (variações


no sentido do fluxo,
(a) Transformador real de dois enrolamentos. histerese, e correntes
parasitas induzidas no
núcleo).
I1 r1 + jx1 r2 + jx 2 I2
N1 : N 2
+ +
• • Secundário em aberto →
Transformador
V1
corrente de magnetização
Real V2
rm jxm (impedância de magnetização
– Ideal –
rm e x m ).

(b) Transformador real de dois enrolamentos em regime permanente.

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Modelagem e Análise de Sistemas Elétricos em Regime Permanente

Quando todos os parâmetros ( r1 , x1 , r2 , x 2 , rm e x m ) e grandezas ( V 1 , I 1 , V 2 e I 2 ) estão em pu,


o transformador ideal pode ser omitido (substituído por um curto-circuito).

I1 r1 + jx1 r2 + jx 2 I2
+ +
Transformador Im
Real em pu
V1 V2
rm jxm
– –

Parâmetros série (resistência dos enrolamentos e reatância de dispersão: r1 , x1 , r2 e x 2 ):


determinados por intermédio do ensaio de curto-circuito.
Corrente nominal nos enrolamentos
I 1 ≈ I 2 = 1 0 pu r1 + jx1 r2 + jx 2 I 2 = 1 0 pu

+ +
Im ≈0 V1
Z= = r1 + jx1 + r2 + jx2
I1
V1 Magnetização V2 =0
desprezada rm jx m
– –

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Modelagem e Análise de Sistemas Elétricos em Regime Permanente
Impedância de magnetização: determinada por intermédio do ensaio de circuito aberto
Tensão nominal nos enrolamentos
I 1 = I m r1 + jx1 r2 + jx 2 I2 =0
+ +
V1 r ⋅ jxm
Im Z= = r1 + jx1 + m
I1 rm + jxm
V 1 = 1 0 pu V2
rm jxm
– –

Considerando as características dos grandes transformadores → perdas nos enrolamentos1


(devido a r1 e r2 ) e no núcleo2 (devido a rm e x m ) são muito pequenas (quando comparadas com
S nominal .

I1 jx I2
+ +

jx = jx1 + jx 2
V1 V2

– –

1
Cujo valor nominal corresponde à diferença entre as perdas totais e as perdas em vazio.
2
Ou perdas em vazio.
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Modelagem e Análise de Sistemas Elétricos em Regime Permanente
Quadro – Características de perdas, correntes de excitação e impedâncias.

TRANSFORMADORES TRIFÁSICOS DE TENSÃO MÁXIMA 15 kV


Potência Corrente de excitação Perdas em vazio Perdas totais Impedância
[kVA] máxima [%] máximo [W] máximas [W] 75° C [%]
30 4,1 170 740
45 3,7 220 1.000
75 3,1 330 1.470 3,5
112,5 2,8 440 1.990
150 2,6 540 2.450
225 2,3 765 3.465
4,5
300 2,2 950 4.310
TRANSFORMADORES TRIFÁSICOS DE TENSÕES MÁXIMAS 24,2 e 36,2 kV
Potência Corrente de excitação Perdas em vazio Perdas totais Impedância
[kVA] máxima [%] máximo [W] máximas [W] 75° C [%]
30 4,8 180 825
45 4,3 250 1.120
75 3,6 360 1.635 4,0
112,5 3,2 490 2.215
150 3,0 610 2.755
225 2,7 820 3.730
5,0
300 2,5 1.020 4.620
Fonte: Trafo Equipamentos Elétricos S.A. (disponível em http://www.trafo.com.br/)
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Modelagem e Análise de Sistemas Elétricos em Regime Permanente
Exemplo 1 – Um transformador Exemplo 2 (Provão 2000) – Questão relativa às matérias de Formação
monofásico tem 2000 espiras no Profissional Específica (Ênfase Eletrotécnica).
enrolamento primário e 500 no
secundário. As resistências dos
enrolamentos são r1 = 2 Ω e
r2 = 0,125 Ω ; as reatâncias de
dispersão são x1 = 8 Ω e
x 2 = 0,5 Ω . A carga ligada ao
secundário é resistiva e igual a
12 Ω. A tensão aplicada ao
enrolamento primário é de 1200
V. Determinar o fasor tensão
secundária e a regulação de
tensão do transformador:
vazio carga
V2 −V2
Regulação% = carga
100%
V 2

carga
onde V 2 é a magnitude da
tensão no secundário com plena
vazio
carga e V 2 é a magnitude da
tensão no secundário em vazio.

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Modelagem e Análise de Sistemas Elétricos em Regime Permanente
Transformador com relação não-nominal
• Para controlar a tensão no sistema, muitas vezes os transformadores operam com relação de
transformação diferentes da nominal N1
NOM
(
: N 2NOM . )
• Apresentam um enrolamento com diversas derivações (taps), comutáveis sob carga (comutador
sob carga) ou não (chave seletora).
• Derivações numeradas: derivação “1” a de maior tensão.

Média tensão Alta tensão

Tensão máxima Tensão [V] Tabela – Derivações típicas da


Derivação
do equipamento Primário Secundário regulação sob carga.

[KV eficaz] φ e 1φ
3φ φ (FF) φ (FN)
1φ 3φφ φ

1 13.800 7.967 2 terminais Tensão primária Tensão
15,0 2 13.200 7.621 220 ou 127 [kV] secundária [kV]
138
3 12.600 7.275 230 ± 8 × 1,875%
ou 69
1 23.100 13.337 380/220 69
24,2 2 22.000 12.702 ou
3 terminais 138 ± 8 × 1,875% 23
3 20.900 12.067 220/127 13,8
440/220 ou
1 34.500 19.919 23
254/127 ou 69 ± 8 × 1,875 %
36,2 2 33.000 19.053 240/120 ou 13,8
3 31.500 18.187 230/115
(FF) - tensão entre fases
(FN) - tensão entre fase e neutro
Fonte: Trafo Equipamentos Elétricos S.A. (disponível em http://www.trafo.com.br/)

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Modelagem e Análise de Sistemas Elétricos em Regime Permanente
Considerando toda a impedância série concentrada em apenas um dos enrolamentos (refletida para
o primário, por exemplo) e desprezando as perdas no núcleo.
N1 : N 2 Relação de espiras:
I1 R + jX I2
1: a Atual: N1 : N 2
+ + + + NOM
• • Nominal: N1 : N 2NOM

V1 E1 E2 V2 Potência de base S base


N2 E2 I2 1
– – Ideal – – a= =a =
N1 E1 I1 a

sec
N 2NOM pri Vbase N 2NOM
Utilizando tensões nominais como base:
pri
Vbase e sec
Vbase = NOM Vbase a NOM = pri
= NOM
N1 Vbase N1
S base S base S base 1
pri
I base = pri
sec
I base = sec
= pri
= pri
I base
Vbase Vbase a NOMVbase a NOM
E1 E2 a E1 a E1 a
E 1 pu = pri
E 2 pu = sec
= pri
= pri
⇒ E 2 pu = E 1 pu
Vbase Vbase a NOMVbase a NOM Vbase a NOM
1
I1
I2 a a I1
I 1 pu =
I1 I 2 pu = sec = = NOM pri
⇒ I 2 pu =
aNOM
I 1 pu
pri I base 1 pri a I base
I base I base a
a NOM
Conclusão: mesmo em pu, TR com relação não nominal não pode ser substituído por CC.
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Modelagem e Análise de Sistemas Elétricos em Regime Permanente
Transformador de três enrolamentos
φm (t ) Fluxo disperso em 2:
Fluxo disperso em 1:
φ 2disp (t )
Terciário é freqüente
φ1disp (t ) i 2 (t ) em transformadores de
i1 (t ) + força.
+ v2 (t )
– Emprego do terciário:
v1 (t )
i3 (t )
N2 espiras
• Caminho para
– +
correntes de
N1 espiras v3 (t ) seqüência zero;

N3 espiras • Conexão dos
Fluxo disperso em 3: alimentadores de
(a) Transformador de três enrolamentos. φ3disp (t ) distribuição;
Z 2 = r2 + jx 2 I2
• Alimentar os
I1 Z 1 = r1 + jx1 +
O serviços auxiliares;
+ Z 3 = r3 + jx3 I3
• Conexão de
+
V2
compensação de
reativos.
V1 V3
rm jxm

– – – Ponto comum “O” ≠ N


(b) Circuito equivalente em pu.

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Modelagem e Análise de Sistemas Elétricos em Regime Permanente
Impedâncias determinadas através de ensaios de curto-circuito entre os respectivos pares de
enrolamentos (restante em aberto).

z12 : aplicada tensão no primário (para circular corrente nominal) com o secundário em curto-
circuito e o terciário aberto
I 2 = 1 0 pu
Z 2 = r2 + jx 2
I 1 ≈ I 2 = 1 0 pu Z 12 = Z 1 + Z 2
Z 1 = r1 + jx1 O +
+ Z 3 = r3 + jx3 I3
Para as demais combinações:
Im ≈ 0 +
V2 = 0
V1 Z 23 = Z 2 + Z 3
V3
rm jx m
Z 13 = Z 1 + Z 3
– – –

• As impedâncias dos ramos são dadas por: Z1 =


1
2
(
Z 12 + Z 13 − Z 23 )
1
(
Z 2 = Z 12 + Z 23 − Z 13
2
)
1
(
Z 3 = Z 13 + Z 23 − Z 12
2
)
• Este modelo pode apresentar resistências e/ou reatâncias negativas.
• Transformadores de três enrolamentos apresentam enrolamentos com potências
nominais diferentes (geralmente).
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Modelagem e Análise de Sistemas Elétricos em Regime Permanente
Autotransformador
Transformador com acoplamento magnético e conexão elétrica (aditiva ou subtrativa).

I1 N1 : N 2 I2
N2
+ 1: a + a=
• • N1
V1 N1 1
V1 V2 = =
V2 N2 a
I1 N2
– Ideal – = =a
I2 N 1

• •
• •
• •
• •
Conexões Aditivas Conexões Subtrativas

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Modelagem e Análise de Sistemas Elétricos em Regime Permanente
Em geral, utiliza-se a conexão aditiva.
I2 Iy Ix

+ • + + + •

V2 V1 I1
Ix Iy
– –
Vy Vx + +
+ +
• •
Vx V1 I1 V2 I2 Vy
– – – – – –

(a) Autotransformador elevador. (b) Autotransformador rebaixador.


Para o autotransformador elevador:
N1  1 N1 1 
I x = I1 + I 2 = I1 + I 1 = 1 +  I 1 V y = V 1 +V 2 = V 2 + V 2 =  + 1V 2
N2  a N2 a 
*
*  1    1 *  1 *  1
Potência de entrada: S x =V = V 1 1 +  I 1  = V 1 1 +
xIx  I 1 = 1 + V 1 I 1 S x = 1 +  S 1
 a    a  a  a
*  1 *  1
Potência de saída: S y = V y I y = 1 + V 2 I 2 S y = 1 +  S 2
 a  a
S 1 e S 2 : potências complexas de entrada e saída na conexão como transformador ideal.
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Modelagem e Análise de Sistemas Elétricos em Regime Permanente
O modelo do transformador em fase
Transformadores em fase = transformador ideal ( 1 : a km ) + impedância série z km .
V p = a km V k = a kmVk θ k
V k = Vk θ k V m = Vm θ m
k p Z km = rkm + jx km m
I km I mk

1 : a km I pm

Da relação do transformador ideal em fase3:


Vk 1 I km
= ⇒ V p = a km V k = a km
*
= a km ⇒ I km = a km I pm
V p a km I pm
( )
I pm = Y km V p − V m = Y km akm V k − V m ( )
(
I km = akm I pm = akm Y km akm V k − V m ) I km = akm
2
Y kmV k − akm Y kmV m
(
I mk = − I pm = −Y km akm V k − V m ) I mk = −akm Y km V k + Y km V m

3
Como não há dissipação de potência ativa ou reativa no transformador ideal:
* *
* * I km Vp I km  V p 
S km = S pm ⇒ V k I km =V p I pm ⇒ = ⇒ = 
*
I pm Vk I pm  V k 
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Modelagem e Análise de Sistemas Elétricos em Regime Permanente
Equivalente π de um transformador em fase
k m
I km I mk
Vk A Vm

B C
A, B, C admitâncias

( )
I km = A V k − V m + BV k = ( A + B )V k − AV m I km = ( A + B )V k + (− A)V m
I mk = A(Vm −V k ) + CV
m = − AV k + ( A + C )V m I mk = (− A)V k + ( A + C )V m
Comparando as expressões anteriores, tem-se:
A = akm Y km a km = 1 pu, ou seja, a km = a NOM : A = Y km , B = C = 0
B = akm (akm − 1)Y km a km < 1 pu, ou seja, a km < a NOM : B < 0 (capacitivo) e C > 0 (indutivo)
C = (1 − akm )Y km a km > 1 pu, ou seja, a km > a NOM : B > 0 (indutivo) e C < 0 (capacitivo)

Exemplo – Dado um transformador trifásico, 138/13,8 kV, 100 MVA, cuja reatância de dispersão vale 5% (na
base do transformador), determinar o circuito equivalente do transformador se as bases do sistema são:
a) 138/13,8 kV, 100 MVA
b) 169/16,9 kV, 200 MVA
c) 169/15 kV, 250 MVA

O transformador – Sérgio Haffner Versão: 10/9/2007 Página 17 de 21


Modelagem e Análise de Sistemas Elétricos em Regime Permanente
Transformador em fase: expressão do fluxo de potência da barra k para a barra m:
V p = a km V k = a kmVk θ k
V k = Vk θ k V m = Vm θ m
k p Z km = rkm + jx km m
I km I mk

1 : a km I pm
*
S km = V k I km = V k akm 2
[
Y km V k − akm Y kmV m = ]
*

= V k  akm Y km V k − akm Y km V m  = akm


* * * * * * *
2 2
Vk2 Y km − akm Y kmV k V m =
  
= (akmVk ) (g km − jbkm ) − akm (g km − jbkm )VkVm θ km
2

= (akmVk )2 (g km − jbkm ) − (akmVk )Vm (g km − jbkm )(cosθ km + jsenθ km )


Pkm = (a kmVk ) g km − (a kmVk )Vm ( g km cosθ km + bkm sen θ km )
2
Pmk = Vm2 g km − (a kmVk )Vm (g km cosθ mk + bkm sen θ mk )

Qkm = −(a kmVk ) bkm − (a kmVk )Vm (g km sen θ km − bkm cosθ km ) Qmk = −Vm2 bkm − (a kmVk )Vm (g km sen θ mk − bkm cosθ mk )
2

Exercício para casa: Conhecidos os parâmetros que definem o transformador em fase e os


fasores das tensões terminais, mostrar como é possível determinar as perdas de potência ativa e
reativa neste transformador.

O transformador – Sérgio Haffner Versão: 10/9/2007 Página 18 de 21


Modelagem e Análise de Sistemas Elétricos em Regime Permanente
O modelo do transformador defasador
• Equipamento capaz de controlar relação de fase entre a tensão do primário e do secundário.
• Relação de transformação (pu) → número complexo ( 1 : e jϕ ou 1 : 1 ϕ )

V p = e jϕ km V k = Vk θ k + ϕ km
V k = Vk θ k V m = Vm θ m
k p Z km = rkm + jx km m
I km I mk

I pm
jϕ km
1: e
Vk 1 1
= = jϕ ⇒ V p = t km V k = e jϕ km V k = 1 ϕ km ⋅ Vk θ k = Vk θ k + ϕ km
V p t km e km
I km
= t km
*
= e − jϕ km ⇒ I km = t km
*
I pm = e − jϕ km I pm
I pm
( ) (
I pm = Y km V p − V m = Y km t km V k − V m )
I km = tkm
*
I pm = tkm
*
(
Y km tkm V k − V m = tkm
*
)
tkm Y kmV k − tkm
*
Y kmV m = Y kmV k + − tkm
*
Y km V m( )
( ) (
I mk = − I pm = −Y km tkm V k − V m = −tkm Y km V k + Y km V m = − tkm Y km V k + Y km V m )
Não pode ser representado por um circuito equivalente do tipo π.
O transformador – Sérgio Haffner Versão: 10/9/2007 Página 19 de 21
Modelagem e Análise de Sistemas Elétricos em Regime Permanente
Transformador defasador: expressão do fluxo de potência da barra k para a barra m:
V p = e jϕ km V k = Vk θ k + ϕ km
V k = Vk θ k V m = Vm θ m
k p Z km = rkm + jx km m
I km I mk

I pm
jϕ km
1: e
*
[
S km = V k I km = V k Y kmV k − tkm*
Y kmV m = ]
*

= V k Y kmV k − tkm Y kmV m  = Vk2 Y km − tkm Y kmV k V m =


* * * * * * *
 
= Vk2 ( g km − jbkm ) − 1 ϕ km (g km − jbkm )VkVm θ km
= Vk2 ( g km − jbkm ) − VkVm (g km − jbkm )[cos(θ km + ϕ km ) + jsen (θ km + ϕ km )]
Pkm = Vk2 g km − Vk Vm [g km cos(θ km + ϕ km ) + bkm sen (θ km + ϕ km )]

Qkm = −Vk2 bkm − Vk Vm [g km sen (θ km + ϕ km ) − bkm cos(θ km + ϕ km )]

Exercício para casa: Determinar a expressão do fluxo de potência complexa da barra m para a
barra k. Utilizando esta expressão equacionar as perdas de potência ativa e reativa neste
transformador.
O transformador – Sérgio Haffner Versão: 10/9/2007 Página 20 de 21
Modelagem e Análise de Sistemas Elétricos em Regime Permanente
Expressões gerais dos fluxos de corrente e de potência
+ jϕ
Para linhas de transmissão e transformadores com tkm = akme km

Corrente:

(
I km = tkm
*
tkm Y km + jbkm
sh
V k + − tkm
*
) (
Y km V m ) 2
(
I km = akm Y km + jbkm
sh
) (
V k + − akme − jϕ km Y km V m )
I mk = (− t km Y km )V + (Y
k km + jbkm
sh
)Vm I mk = (− a
kme
+ jϕ km
Y km)V + (Y
k km )
+ jbkm
sh
Vm

Potência:

Pkm = (a kmVk ) g km − (a kmVk )Vm [g km cos(θ km + ϕ km ) + bkm sen(θ km + ϕ km )]


2

Qkm = −(a kmVk ) bkm + bkm


sh 2
( )
− (a kmVk )Vm [g km sen(θ km + ϕ km ) − bkm cos(θ km + ϕ km )]

Tabela Parâmetros para os diferentes equipamentos nas expressões gerais dos fluxos.
Equipamento a km ϕ km sh
bkm
Linha de transmissão 1 0
Transformador em fase 0 0
Transformador defasador puro 1 0
Transformador defasador 0

O transformador – Sérgio Haffner Versão: 10/9/2007 Página 21 de 21

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