Agile Leadership Practices
Agile Leadership Practices
Agile Leadership Practices
1ª edição
Londrina
Editora e Distribuidora Educacional S.A.
2019
2
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CDD 300
____________________________________________________________________________________________
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2019
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3
AGILE LEADERSHIP PRACTICES
SUMÁRIO
Apresentação da disciplina_____________________________________________________05
Aprendendo a liderar__________________________________________________________89
Estruturas Ágeis________________________________________________________________139
Caro aluno,
A disciplina conta com uma série de temas que nos levam a refletir
sobre o quão importante são as respostas que damos às demandas
dos contextos nos quais estamos inseridos. Isso se aplica igualmente às
organizações.
5
Por fim, os elementos da cultura organizacional são abordados sob tal
perspectiva, para se possibilitar a criação de um ambiente propício para
o estabelecimento de práticas ágeis.
6
Liderança versus autogestão
Autor: Regis Garcia
Objetivos
8
Se a forma de gestão e desenvolvimento dos produtos se altera, há de
se repensar a gestão das demais áreas envolvidas com a operação das
organizações.
9
Mas o que essa reflexão inicial tem a ver com nosso tema?
Ocorre que os papéis exercidos por nós nos contextos sociais de família,
de trabalho, de educação, entre outros, estão permeados de situações que
demandam gerenciamento e acompanhamento. Quando não estamos
gerindo algo, estamos sendo geridos por algo ou por alguém.
10
representa a busca pelo uso eficaz dos recursos disponíveis, a fim de que
seja potencializada sua utilização em prol da solução dos problemas.
11
• Onde se realizará a busca por atingir esse objetivo?
12
significante influência das características da estrutura e do ambiente
organizacional.
13
dentro da estrutura simbólica evidenciada nos organogramas e
fluxogramas organizacionais.
14
Cabe ao gestor/ líder exercer o papel de liderança de forma a reunir
os recursos necessários, geri-los e aperfeiçoá-los, a fim de atingir os
objetivos.
Gestor é o sujeito que gesta, ou seja, que administra algo. Esse termo, no
entanto, não se aplica exclusivamente em organizações formais, como
empresas, por exemplo. O processo de gestão possui papel importante
nos mais variados contextos, que, geralmente, contam com planos
de trabalho.
ASSIMILE
O planejamento estratégico é a base para o alinhamento
de todos os envolvidos em prol da missão e da visão da
organização.
15
O gestor está presente em cada um dos níveis de planejamento
descritos anteriormente, variando apenas o nível hierárquico e volume
de responsabilidades sobre as quais responderá.
Planejamento estratégico
Planejamento tático
Planejamento operacional
Objetivos Time
Gestor
Demais
Metas recursos
16
De nada adianta o alinhamento do gestor/ líder em relação aos planos
da organização, e tampouco ter à sua disposição todos os recursos, se
não tiver a competência da gestão de pessoas.
2. Autogestão
17
Na autogestão, o indivíduo se responsabiliza pelos relacionamentos
com os demais integrantes do time e com os membros de outros
times, devendo possuir, dentre outras, as características apresentadas
na Figura 3.
Autoconhecimento
Espírito de equipe
Versatilidade
18
Podemos utilizar vários pontos de partida para chegarmos ao conceito
de autogestão, porém, dado nosso objetivo de correlacionar a liderança
com a autogestão, vamos partir da autoconsciência.
Autoconsciência
19
Podemos considerar o autoconhecimento e o conhecimento de mercado
como alicerces do processo de autogestão, entretanto, essas duas
características também afetam diretamente o processo de gestão e
liderança dos times.
AUTOGESTÃO
Conhecimento do ambiente
Autoconhecimento.
Autoconsciência.
e do mercado.
Gestão e Liderança
Objetivos e metas
20
externos desses contextos é um imperativo para que haja o bom exercício
da liderança e, consequentemente, se obtenha maior engajamento do time.
Inteligência emocional
Goleman (2011) defende, por exemplo, que, para tomar boas decisões, nós
precisamos ter sentimentos, emoções e domínio de nossos pensamentos.
O autor destaca a importância dos sentimentos viscerais, aqueles mais
profundos como requisito para tomarmos decisões que envolvem a ética,
especialmente em cargos empresariais e de liderança.
21
Tanto o extremo da superconfiança como o da baixa autoestima é
prejudicial para o exercício eficaz da liderança. As palavras-chave no
processo de autogestão são equilíbrio e estabilidade emocional.
Crença em si mesmo
Disciplina
22
desnecessários. Essa constatação nos leva a lembrar de que grande
parte da autogestão está fundamentada no envolvimento que o
indivíduo tem com os objetivos a serem perseguidos.
23
Priorização
3. Gestão do tempo
24
cuja propriedade e operação acabam sendo transferidas aos antigos
funcionários.
25
práticas de autogestão nos resultados da organização. Essas evidências
incluem aspectos quantitativos, como tempo de recuperação de
pacientes e diferença nos custos de atendimento em relação a outras
organizações do mesmo setor.
26
mais democrático e, muitas vezes, mais harmonioso no sentido de
convivência social.
27
No modelo de autogestão, se observa a preocupação com a clareza com
a qual as demandas são comunicadas aos pares. Sem essa característica,
se torna praticamente impossível a flexibilização e disseminação das
funções de gestão e, consequentemente, do alcance dos objetivos.
28
Mais uma vez, destacamos que o processo de autogestão demanda
envolvimento, treinamento, convencimento e, principalmente, grande
investimento em comunicação para que seus efeitos sejam positivos e não
prejudiciais ao ambiente e aos processos de trabalho.
29
por modelos mais flexíveis e adaptáveis às diferentes realidades
organizacionais.
TEORIA EM PRÁTICA
Caro aluno, certamente você já esteve envolvido com
alguma situação-problema que lhe inquietou até que fosse
solucionada, o que é comum a todos.
30
VERIFICAÇÃO DE LEITURA
31
times de trabalho, o modelo de autogestão não altera o
processo de decisão focada no líder, uma vez que esse,
necessariamente, deverá dar a palavra final sobre as
situações-problemas.
32
( ) O modelo de autogestão se aplica à economia
solidária devido ao fato de que uma de suas
características envolve a democratização da gestão, o
que se aproxima do conceito de coletividade.
a. V – V – F.
b. F – V – F.
c. V – F – F.
d. F – F – F.
e. F – F – V.
Referências Bibliográficas
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Actual Editora, 2014.
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MICHAELIS. Dicionário português on-line. São Paulo: Editora Melhoramentos,
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MICHELS, Everton; FERREIRA, Marcelo Gitirana. Gerenciamento ágil no processo de
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NICK, Horney; BILL Pasmore; O’SHEA, Tom. Leadership agility: A business imperative
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ROSENBACH, William E.; TAYLOR, Robert L.; YOUNDIT, Mark A. Contemporary
Issues in Leadership. 7ª Ed. New York-USA: Routledge, 2012.
Gabarito
Questão 1 – Resposta: D.
Resolução: Embora todas as alternativas contemplem processos
importantes para a utilização do modelo de autogestão, os dois
processos com os que quase convivemos mais diretamente, e que
representam um enorme desafio para a gestão de forma geral, são
os relacionamentos e a tomada de decisões.
Questão 2 – Resposta: E.
Resolução: Duas das características do modelo de autogestão são
justamente a democratização e a distribuição de responsabilidades
e autoridades. Portanto, não está correto dizer que não há
mudança no processo de decisão e, tampouco, que existe a
centralização das decisões na pessoa do líder.
Questão 3 – Resposta: B.
Resolução: Existem questionamentos quanto à premissa de que
toda sociedade de economia solidária deve ser gerida a partir
do modelo de autogestão. Não se questiona o modelo, mas a
34
vinculação conceitual dele ao da econômica solidária. Não existe
pré-requisito da implantação da autogestão para se considerar uma
organização de economia solidária.
35
Estilos de liderança: propósito
Autor: Regis Garcia
Objetivos
37
liderança na condução dos processos. É nesse ponto que a
sistematização das práticas dos líderes bem-sucedidos colabora
para a compreensão sobre os fatores que permitiram êxito da
organização.
2. A sistematização do estudo do processo de liderança, além
de permitir a compreensão sobre a operação como um todo,
contribui para a identificação das boas práticas de gestão dos
times que foram responsáveis pelo sucesso organizacional.
Como você deve ter percebido, existe uma relação de troca entre a
liderança e o contexto mais amplo da organização. Nesse processo de
troca, tanto o líder como a organização influenciam e são influenciados.
Antissocial
Pró-social
38
para todos os problemas envolvendo a relação líder e liderados no
contexto organizacional.
39
PARA SABER MAIS
O professor Luiz Homero Silva Gutierrez, da PUC-RJ, em
seu artigo Percepção do Clima Organizacional, conforme
o escalão hierárquico, destaca uma expressão em Latim
muito aderente às nossas discussões: “tempora Mutantur,
nos et mutamur inillis (os tempos estão mudados e nós
somos mudados dentro deles)”. (GUTIERREZ, 1998, p. 5).
40
O reconhecimento dessa influência é importante, uma vez que é a
cultura da organização que dita grande parte dos comportamentos
dos indivíduos e grupos e, consequentemente, afeta seu
desempenho.
41
homogeneidade, mesmo em ambientes com pensamentos
heterogêneos.
42
Figura 1 – Processo de gestão de pessoas
Atração
e
Retenção
Gestão
Manutenção
de Desenvolvimento
pessoas
Administração
de
desempenho
O papel que o líder exerce nesse processo acaba levando seus liderados
a comportamentos de adesão, gerados, muitas vezes, pela crença de
que esses últimos adquirem em relação ao líder.
43
Dessa forma, a cultura da organização vai se formando a partir de
inúmeros elementos, dentre eles, pelas experiências das relações
entre os líderes, os liderados e a própria organização enquanto
entidade coletiva.
44
Goleman (2000) destaca que, de forma equivocada, muitos
gestores compreendem os estilos de liderança mais como traços de
personalidade do que como escolhas estratégicas.
45
fundamentaram a sistematização de alguns estilos de liderança mais ou
menos definidos.
Estilo autocrático
Segundo Possi (2006, p. 4), nesse tipo de liderança “apenas o líder fixa as
diretrizes, sem qualquer participação do grupo”.
Estilo democrático
46
Segundo Possi (2006, p. 4), nesse tipo de estilo de liderança, “as
diretrizes são discutidas pelo grupo, estimulado e assistido pelo líder”.
Estilo liberal
Nesse sentido, vamos utilizar outra classificação que traz, além dos três
estilos apresentados anteriormente, outras abordagens de estilos de
liderança.
47
A necessidade de ajuste de comportamento diante de situações
diferentes representa um dos desafios da liderança. Em muitas
situações, existe a demanda por comportamentos distintos daqueles
que normalmente praticamos.
Adaptabilidade
Isso não significa que o líder não tenha um perfil individual que lhe
caracteriza, ou mesmo que necessite anular a si próprio para exercer a
liderança, mas há a necessidade constante dele enxergar os problemas
de fora para dentro.
48
Essa visão, que podemos denominar de holística, contribui para que
características individuais prevaleçam sobre a cultura organizacional,
gerando ruídos e conflitos que só prejudicam a condução do time.
49
Figura 2 – Processo de gestão de pessoas
50
Cada um desses estilos de liderança possui características que, reunidas,
formam uma espécie de perfil do líder.
51
Outra abordagem relacionada aos estilos de liderança traz
diferenciações em relação ao comportamento dos líderes quanto aos
incentivos e motivações para fazer o grupo se desenvolver segundo os
objetivos da organização.
Liderança transacional
Liderança transformacional
52
Liderança carismática
53
Dessa forma, podemos considerar que a principal função do líder é a de
condução eficaz das equipes nos mais variados contextos e diante das
mais variadas situações.
54
É nesse sentido que as teorias contemporâneas da liderança
descrevem, de forma mais contundente, a influência dos
comportamentos. É o que se observa quando analisamos os conceitos
dos estilos transformacional e carismático.
ASSIMILE
O estilo carismático traduz perfeitamente o conceito
da palavra carisma. Esse termo designa a influência e
admiração que se tem por outra pessoa. Tem relação com
a simpatia. Com a capacidade de influenciar as pessoas
por meio da conquista. O carisma gera seguidores.
55
São características que contribuem para que o time esteja de fato
engajado e mantenha sua motivação para seguir o líder. Portanto, a
prática dos estilos de liderança gera maior eficácia não apenas pela
forma como os liderados realizam suas atividades, mas também pela
forma como acreditam e estão dispostos a se sacrificar pela liderança.
TEORIA EM PRÁTICA
Vimos que as características da liderança definem os estilos
de liderança e influenciam o resultado das organizações,
seja direta ou indiretamente.
56
VERIFICAÇÃO DE LEITURA
57
2. A gestão de pessoas está diretamente relacionada
com a liderança, uma vez que esta última é exercida
por meio das relações interpessoais. Nesse sentido,
podemos dizer que uma das funções da gestão
de pessoa está relacionada mais diretamente
com a redução do turnover, ou seja, com a troca
de colaboradores por demissão ou por pedido
de demissão.
a. Atração e retenção.
b. Desenvolvimento.
c. Administração do desempenho.
d. Manutenção do conhecimento.
e. Convencimento autoritário.
a. Incentivador.
b. Afiliativo.
c. Democrático.
d. Coercitivo.
e. Coaching.
58
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SCHEIN, Edgar. Organizational Culture and Leadership. 4. ed. SanFrancisco, CA-
US: Jossey Bass, 2010.
Gabarito
Questão 1 – Resposta: B.
Resolução: O estudo dos estilos de liderança possui seu foco
nas ações do líder e não, necessariamente, nas atividades das
organizações. Dessa forma, a avaliação do estilo pode servir para
outros tipos de empresas, além da que serviu de objeto de estudo.
59
Questão 2 – Resposta: A.
Resolução: O turnover se caracteriza como a alta rotatividade de
funcionários por motivos diversos. Entretanto, o papel da gestão
de pessoas, relacionado às motivações para atrair e manter bons
colaboradores pode interferir positivamente nesse indicador.
Questão 3–Resposta: D.
Resolução: Geralmente, em situações de emergência, surgem
liderança que precisam fazer a coisa acontecer, sendo que, para
isso, acabam exercendo a característica de coerção. Não há tempo
para o convencimento tradicional em muitos desses casos.
60
Alinhamento entre a estratégica e
a liderança
Autor: Regis Garcia
Objetivos
62
definir os caminhos a serem seguidos por seu corpo diretivo e demais
integrantes.
63
PARA SABER MAIS
Vale a pena refletir sobre o fato de que, além desses
problemas para o empreendedorismo brasileiro, existe
outra questão que representa uma barreira, muitas vezes,
intransponível para a maioria dos empreendedores: a falta
de cultura de planejamento. Esse fato acaba levando muitos
empresários a considerarem que os motivos de dificuldade
das empresas não estão na forma como a conduzem, mas
exclusivamente em fatores externos.
64
Figura 1–Nível de eficiência na interseção visão/ação
Visão
Ação
Fonte: elaborada pelo autor.
65
não apenas como instrumento de gestão dos processos internos
organizacionais, mas também como um conjunto de diretrizes
que orientam as decisões organizacionais com impacto a médio e
longo prazo.
66
esteja voltada para os interesses daqueles com quem se relaciona no
ambiente externo.
ASSIMILE
Stakeholder é um termo da língua inglesa que tem
como significado grupo de interesse, pois são pessoas
que possuem algum tipo de interesse nos processos e
resultados da empresa.
67
Para Hill e Jones (2013), essa infraestrutura corresponde ao contexto
global da empresa, no qual todas as outras atividades de criação de
valor ocorrem, incluindo a cultura da organização.
68
Grande parte do sucesso na elaboração dos planos estratégicos, bem
como no estabelecimento da estratégica organizacional como um todo,
está nas mãos do alto escalão, porém, não devem estar restritos a ele.
69
Para Mintzberg et al. (2007), existe uma falha no conceito de liderança
voltada para a sobrevivência de suas comunidades. Consideram que
uma das mais importantes funções da liderança é manter os valores
da organização e sua identidade diferenciada. Essas ações são as que
garantem a sobrevivência institucional. Os autores acrescentam que,
embora seja tão importante, essa função é pouco compreendida.
Você deve ter percebido, até aqui, que a elaboração das estratégias
organizacionais não consiste em um processo simples, principalmente
70
pelo envolvimento de elementos de difícil controle, como são aqueles
verificados no ambiente externo à organização.
71
Figura 2 – Processo de formulação da estratégia
72
O atual contexto impõe um comportamento ativo na busca por
informações, mas, sobretudo, no uso efetivo dessas informações como
subsídio para tornar as informações mais eficazes.
73
2.1 A gestão da execução do plano estratégico
74
Justamente essa diversidade de interesse é o que acaba, quando mal
gerida, criando o gap entre o que foi planejado e o que é possível
colocar em prática.
75
ASSIMILE
Conforme Buchanan e O’Connell (2006), em 1973, Henry
Mintzberg descreve vários tipos de tomadas de decisão,
e situa o processo decisório no contexto maior da
atividade gestora.
Como não podemos gerir o que não conhecemos, é necessário que haja
um constante processo de estudo sobre a infraestrutura organizacional
na qual se insere, entre outros elementos, a cultura. Além disso, o
acompanhamento e incentivo ao relacionamento produtivo no contexto
organizacional podem influenciar positivamente nos resultados obtidos
pela organização.
76
as formas como enxergam um mesmo problema, mas de buscar o
equilíbrio constante no ambiente organizacional, mesmo em meio ao
caos que o caracteriza.
77
substituições de membros de um time envolvido com um determinado
projeto da empresa. Dentre os funcionários, além da Júlia, temos o
Roberto. Um jovem conhecido como nerd dentro da empresa.
78
relações internas, permitindo, dessa forma, o alinhamento dos objetivos
individuais com os objetivos da organização.
ORGANIZAÇÃO
79
O sucesso do processo de execução do plano estratégico possui forte
influência do quão equilibrada é a relação entre indivíduos, com
interesses diferentes dentro do mesmo contexto organizacional.
80
Figura 5 – Importância da disseminação e comunicação estratégica
Alta cúpula.
Estratégia.
Plano.
Visão e missão. Liderança
intermediária.
Comunica.
Engaja.
Times operacionais.
Execução do plano.
81
garantir que a estratégia seja adequadamente disseminada e executada
por todos os integrantes da organização.
OBJETIVOS MACRO
82
O alinhamento estratégico envolve três pilares principais:
o alinhamento em relação à missão; à visão e aos valores
organizacionais, como se pode observar na Figura 5, sendo esses
elementos discutidos previamente ao processo de elaboração do
plano estratégico, uma vez que nortearão a elaboração dos macro-
objetivos a serem perseguidos.
83
Utilizando a metáfora da corrida de bastão, o objetivo de chegar ao
menor tempo, e com o bastão na mão do último competidor, equivale
à visão empresarial.
TEORIA EM PRÁTICA
Você se recorda do caso da empresa Leadership
Management Ltda., que foi apresentado durante o
desenvolvimento desse tópico? Vamos pensar em uma
situação hipotética envolvendo a reunião que os sócios
da empresa propuseram para discutir a estratégia da
empresa. Vimos que os perfis dos funcionários, em
especial da Lúcia e do Roberto, eram bem diferentes e
essa é nossa questão. Como os sócios Hiroshi e Tanaka
deverão lidar para que consigam alinhar as estratégias
da empresa com os interesses de funcionários tão
diferentes? Eis seu desafio, pense a respeito, recorra às
discussões que desenvolvemos, e elabore sua resposta.
Bom trabalho!
84
VERIFICAÇÃO DE LEITURA
a. Cultura e valores.
b. Visão e cultura.
c. Cultura, valores e missão.
d. Visão, cultura e valores.
e. Missão, visão e valores.
85
3. Vimos que existe um desafio para a organização,
relacionado à questão da formulação e execução das
estratégias.
Referências bibliográficas
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ULRICH, D. Os campeões de recursos humanos: inovando para obter os melhores
resultados. São Paulo: Futura, 1998.
Gabarito
Questão 1 – Resposta: D.
Resolução: A competitividade envolve a capacidade da organização
em dar respostas aos movimentos de seus concorrentes de forma
satisfatória. Envolve manter sua capacidade de competir.
87
Questão 2 – Resposta: E.
Resolução: No modelo de alinhamento estratégico, os pilares são
formados pelo trio: missão, visão e valores.
Questão 3–Resposta: C.
Resolução: O gap existente entre a formulação e execução da
estratégia pode ser gerido e é necessário que seja minimizado,
a fim de garantir o alinhamento entre o plano estratégico e
a liderança, que deve possibilitar sua execução pelos demais
integrantes da organização.
88
Aprendendo a liderar
Autor: Regis Garcia
Objetivos
Você já deve ter ouvido alguns jargões que nos levam a pensar que
a liderança é algo inato e simples de ser executado, certo? Pois bem,
algumas questões são persistentes quando o assunto é liderança.
90
Um indivíduo pode apresentar certas características de cultura, perfil,
temperamento, de comportamento e até mesmo fisiológicas, algumas
delas inatas, que o preparam naturalmente para o exercício da liderança.
91
PARA SABER MAIS
Segundo Figueiredo (2018), em sua tese de doutorado
na Universidade Europeia de Lisboa, somente a partir da
integração entre a teoria e a prática torna-se possível a
obtenção de teorias de liderança mais eficazes.
92
É preciso reconhecer, por exemplo, que, conforme Cortela e Mussak
(2013), na empresa, é mais fácil se obter a percepção do significado das
coisas relacionadas ao ambiente organizacional do que na escola.
93
Na aquisição das competências que nos habilitam ao exercício da
liderança dos times de trabalho, passamos a desenvolver uma visão
ampla, crítica, imparcial e, muitas vezes, parcial sobre o mercado.
94
líder global, que deve ser capaz de transcender as barreiras nacionais e
empresariais [...]”, segundo Winck et al. (2016, p. 37).
3
Incluir liderança ágil em seus processos de
gestão de talentos.
95
O líder é o indivíduo que, acima de tudo, provoca mudanças. É provável
que, na história da humanidade, os primeiros líderes tenham sido
aqueles que apresentarem soluções para os problemas de sobrevivência.
(CORTELA; MUSSAK, 2013, p. 33-34)
96
contratações, criação de estruturas físicas etc. Nesse caso, o conteúdo
real da estratégia fica a cargo dos liderados.
2. Aprendendo a liderar
97
Podemos começar a partir da seguinte reflexão sobre o aprendizado da
liderança: “o líder é aquele que gosta de aprender e enxerga no outro o
gosto de aprender”, segundo Cortela e Mussak (2013, p. 134)
98
Para Schein (2010), existe ainda muito que se estudar sobre o que
é e como deve ser desempenhado o papel do líder. Confusões, por
exemplo, sobre se líder é o presidente da organização ou alguém que
toma iniciativas para mudar as coisas, faz com que não haja ainda um
consenso sobre o que é o líder.
99
Como o objetivo é o de concentrarmos nossa discussão sobre
os principais aspectos, apresentamos a Figura 2, que sintetiza as
características mais presentes nos estudos envolvendo o tema.
CONTEXTO
LÍDER
Características Competências
# Predisposição ao # Conhecimento.
aprendizado. # Poder de influência.
# Coragem. # Capacidade de
# Determinação. Relacionamento interpessoal.
# Persistência. # Capacidade de
# Resiliência. Relacionamento intrapessoal.
# Equilíbrio emocional. # Tomada de decisões.
VUCA WORLD
100
Pela análise da Figura 2, podemos observar que essas competências são
mais amplas e compreendem uma espécie de estrutura básica sob a
qual se encontram as características e as competências do líder.
ASSIMILE
VUCA – termo cunhado pela escola de arma e guerra
americana, adaptou-se à realidade das organizações
com características como: Volatilidade (dinâmica das
mudanças); Uncertainty–Incerteza (falta de previsibilidade);
Complexidade (caos que envolve as organizações);
Ambiguidade (nebulosidade e significados mistos das
condições).
101
Já, para Joiner (2014), as tendências do contexto contemporâneo são de
mudanças aceleradas e crescimento da interdependência.
CONTEXTO
+ Interdependência. global.
VUCA WORLD
102
conhecimento, pois, conforme Cortela e Mussak (2013, p. 135), “a pior
de todas as arrogâncias é a arrogância intelectual, é acreditar que já
sabe tudo”.
103
influência que os líderes exercem sobre seus liderados e sobre o próprio
ambiente organizacional como um todo.
Capital
psicológico
global
Capital Capital
intelectual social
global global
104
• O capital social global: envolve igualmente a paixão pela
diversidade, o impacto interpessoal e a diplomacia.
105
Há pelo menos duas décadas, vivenciamos o fenômeno da aplicação de
conceitos ágeis no mundo dos negócios, seja pelo modelo trazido pela
indústria de software, seja pela utilização isolada de conceitos ágeis
pelas organizações.
ASSIMILE
Quando algo é considerado um ponto crítico no ambiente
das organizações, gera a canalização dos esforços e
emprego de recursos, a fim de evitar que se torne o que
se denomina de gargalo, ou seja, um ponto de restrição à
fluidez dos processos ou dos fluxos informacionais.
106
ambientes contemplam. Para Nick, Bill e O’Shea (2010), os líderes somente
atingem a congruência necessária em uma organização VUCA se fizerem
contínuas mudanças nas pessoas, processos, tecnologias e estrutura.
107
Uma das demandas impostas às organizações contemporâneas é a de
formar líderes que, por sua vez, formem outros líderes.
Sendo assim, formar líderes ágeis para que possam desenvolver outros
líderes com pelo menos as mesmas competências que possuem, é uma
solução difícil, mas esperada para o enfrentamento dos problemas
organizacionais.
108
lideranças a confiarem em uma gama de canais de comunicação
virtual. A diversidade de características dos membros dos times
representa mais um desafio.
109
TEORIA EM PRÁTICA
A partir de nossas discussões envolvendo as características
do ambiente ágil, reflita sobre a situação-problema descrita
a seguir e busque apresentar, de forma fundamentada, uma
solução que contemple os requisitos da liderança ágil. Uma
empresa que esteja fazendo a abertura de duas filiais: uma
nos Estados Unidos e outra no Oriente Médio, necessitará
por à frente dessas filiais que tipo de líder? Quais os
comportamentos que se espera desse tipo de liderança?
VERIFICAÇÃO DE LEITURA
a. Complexo e estagnado.
b. Volátil e previsível.
c. Ambíguo e estagnado.
d. Incerto e complexo.
e. Incerto e estagnado.
110
c. Diz respeito à capacidade de mover o grupo
pelo exemplo.
d. Tem, necessariamente, relação com as técnicas de
neurociência.
e. Não é uma característica comum em líderes globais.
Referências Bibliográficas
BLANK, Steve. Why the lean start-up changes everything. Harvard business review,
v. 91, n. 5, p. 63-72, 2013.
CORTELA, Mário Sergio; MUSSAK, Eugênio. Liderança em foco. Campinas, SP:
Papirus 7 Mares, 2013.
FIGUEIREDO, Paula Cristina Nunes. Competências para uma liderança percebida
como eficaz – Líderes e liderados. Tese de doutorado em Gestão. Universidade
Europeia: Laureate International Univerties. Lisboa: Julho, 2018.
111
JOINER, Bill. Leadership agility: a global imperative. Dialogue Review, 2014, p.48-53.
MINTZBERG, Henry et. al. O processo da estratégia: conceitos, contextos e
casos selecionados. Luciana de Oliveira da Rocha [trad.], 4. ed. Porto Alegre:
Bookman, 2007.
NICK, Horney; BILL Pasmore; O’SHEA, Tom. Leadership agility: a business imperative
for a VUCA world. People and Strategy, v. 33, n. 4, p. 32, 2010, p. 32-38.
POSSI, Marcos. Gerenciamento de projetos, guia do profissional: aspectos
humanos e interpessoais. Vol.2. Rio de Janeiro: Brasport, 2006.
SCHEIN, Edgar. Organizational culture and leadership. 4. ed. SanFrancisco, CA-US:
Jossey Bass, 2010.
WINCK, Mattheus Fontana et. al. O desenvolvimento das competências de líderes
globais: Uma abordagem baseada nos estudos de global mindset leadership.
Internext: Revista Eletrônica de Negócios Internacionais. São Paulo, v.11, n. 2, p.
35-48, 2016.
Gabarito
Questão 1 – Resposta: D.
Resolução: VUCA é um acrônimo de: volátil, incerto, complexo
e ambíguo.
Questão 2 – Resposta: C.
Resolução: A capacidade de influência do líder tem fundamento em
seu próprio exemplo de conduta.
Questão 3 – Resposta: E.
Resolução: A volatilidade impõe a necessidade de adaptação
constante.
112
Motivação do time ágil
Autor: Regis Garcia
Objetivos
114
Como dissemos há pouco, compreender o exercício da liderança não é uma
tarefa fácil, mas compreender a motivação das pessoas nos parece um
desafio ainda maior.
115
1.1 A motivação no contexto organizacional
O que esperar, por exemplo, de uma pessoa que diz: ”eu tive que me
esforçar para sair da cama hoje e vir trabalhar. Só de lembrar que tinha
que vir e experimentar os mesmos problemas, convivendo com as mesmas
pessoas e ouvir certas pessoas me dando ordens, quase voltei a dormir”.
116
Motivação é algo muito pessoal, mas sofre influência dos contextos e das
situações com os quais os indivíduos interagem cotidianamente.
117
Quanto mais claros forem esses dois elementos, quanto mais forte
for a cultura da organização e mais satisfatório for seu nível de
disseminação no contexto, menos ruídos e conflitos influenciarão a
motivação das pessoas internamente.
Como liderado, qual seria sua percepção? Você estaria mais propenso
a confiar e aderir, ou, ao contrário, se mostraria desconfiado e
reticente em agir de acordo com as orientações de seu líder?
118
No mesmo sentido, mesmo quando as organizações não apresentam
essas fragilidades, se não contarem com líderes com competências
e habilidades da liderança eficaz, será possível observar os mesmos
problemas em relação à percepção dos liderados.
119
1.2 Automotivação e o papel motivacional da liderança
120
automotivação diz respeito à capacidade de uma pessoa estabelecer
metas para si e, principalmente, persistir em suas atividades em direção
a essas metas.
121
Algumas vezes, talvez na maioria delas, há dúvidas se o que mais
impactou positivamente a pessoa foi saber quantas calorias foram
deixadas para trás, ou o quanto se satisfez com determinada atividade.
122
Para exercermos o papel de motivadores, devemos nos submeter
ao processo de autoconhecimento, autogestão e automotivação.
O resultado desses exercícios será, dentre outros, o de aumentar
nossa confiança em influenciar as pessoas a partir de nossos
próprios exemplos.
123
quando seu conteúdo é coerente e fortemente correlacionado com o
objetivo perseguido pelo indivíduo ou pelo time, de modo geral.
124
de forma que se mantenham ativas em suas atividades laborais, é
justamente a atitude do líder em oferecer feedbacks claros, sinceros e
contínuos.
125
Dessa forma, se você e eu queremos exercer uma liderança capaz de
manter nosso time coeso, engajado e comprometido, ou seja, motivado a
desempenhar suas atividades laborais, precisamos sempre pensar e agir a
partir desses pressupostos.
126
Essa constatação reforça a percepção de que os processos adaptativos
representam um imperativo para a sobrevivência dos negócios.
Nesse sentido, por exemplo, Liu (2017) relata que sua motivação para o
estudo de padrões de liderança derivou de um grande desafio por ele
vivenciado, quando assumiu a liderança de um time ágil em uma empresa
multinacional da indústria de tecnologia.
127
Essa amplitude de atuação das equipes ágeis envolve, entre outras atitudes,
o compartilhamento de informações.
Esse mesmo conceito pode ser extrapolado para os times ágeis em outros
contextos, como, por exemplo, nos processos decisórios que visam criar ou
aprimorar processos organizacionais das empresas de modo geral.
128
Aliás, fique tranquilo, pois não estamos nos esquecendo das competências
e das habilidades do líder e dos membros dos times de trabalho. Trata-se
apenas de uma delimitação de nossa discussão a partir do reconhecimento
da influência da liderança e da motivação na eficácia do trabalho dos
times ágeis.
ASSIMILE
One-on-one são reuniões individuais periódicas entre o líder
e cada um dos integrantes do time. Esse tipo de reunião
é considerado como uma das práticas importantes da
liderança de times ágeis. Contribuem para diminuir as
incertezas e estabelecer elos de confiança entre líder e
liderados.
129
3. Em última análise, como eu poderia estabelecer confiança entre nós
desde o início?
130
um bom desempenho. Isso tudo está inserido no que denominamos, há
pouco, como alinhamento organizacional.
131
O que se observa, a partir da análise da agenda apresentada na
Figura 2, é a sistematização de um primeiro contato capaz de causar,
positivamente, o que, geralmente, chamamos de primeira impressão.
132
PARA SABER MAIS
O desenvolvimento ágio de softwares tem como ponto
de partida o manifesto ágil, que representa um conjunto
de técnicas e metodologias com a finalidade de tornar o
desenvolvimento de sistemas algo mais conectado aos
clientes e usuários, com escalabilidade e testabilidade como
pressupostos básicos.
O leque de recursos necessários para que o time ágil exerça seu papel
é grande, pois a partir das reuniões diárias é possível estabelecer suas
demandas, a fim de manter o trabalho em constante aprimoramento.
133
Na representação gráfica, Neves e Coimbra (2018, p. 2) explicam que
a Self Determination Theory (SDT) apresenta três categorias principais: a
desmotivação, a motivação intrínseca, e a motivação extrínseca.
A liderança dos times ágeis precisa manter o foco nas duas categorias
finais, pois a automotivação e a motivação fazem com que o time
esteja em constante movimento em prol dos objetivos traçados.
134
Independentemente da possível nebulosidade acerca das causas e
consequências da motivação, precisamos considerar que esse fator
influi, diretamente, na eficácia dos times ágeis.
TEORIA EM PRÁTICA
A partir de nossas discussões envolvendo os aspectos
motivacionais dos times ágeis, especialmente o da
automotivação, pense sobre a seguinte situação: você foi
contratado por uma empresa multinacional e está diante
do desafio de fazer seus primeiros contatos com os times
de alto desempenho da companhia. Resumidamente, quais
aspectos deveriam influenciar a preparação das reuniões
iniciais com seu novo time de trabalho?
135
VERIFICAÇÃO DE LEITURA
a. No nível estratégico.
b. Nos macros objetivos.
c. No nível intermediário.
d. Dentro dos times ágeis.
e. No nível operacional.
136
destacamos as características individuais das pessoas.
a. Feedback do líder.
b. Volatilidade do ambiente externo empresarial.
c. Estabilidade do ambiente externo empresarial.
d. Culturas organizacionais sem regras e padrões de
comportamento.
e. Tamanho da organização, independentemente de
sua cultura.
Referências Bibliográficas
BLANCHARD, Ken. Liderança de alto nível: como criar e liderar organizações de
alto desempenho. Porto Alegre: Bookman, 2012.
BLANK, Steve. Why the lean startup changes everything. Harvard business review,
v. 91, n. 5, p. 63-72, 2013.
JOINER, Bill. Leadership agility: a global imperative. Dialogue Review, 2014, p.48-53.
LIN, Chien-Huang; HUANG, Yidan. Tell me only what I want to know: congruent self
motivation and feedback. Social Behavior and Personality, 2018, p. 1523-1536.
LIU, Peng. Patterns for making leadership happen and building self organizing agile
team. XP Conference 2017, maio, 2017.
NEVES, Lurdes; COIMBRA, Joaquim Luís. Estudo de validação em contexto educativo
da versão portuguesa da escala multidimensional de motivação no trabalho.
Paideia, 2018, v. 28, e2803.
SCHACH, Stephen R. Engenharia de software: os paradigmas clássico & orientado
a objetos. 7. ed. Ariovaldo Griesi [tradução]. São Paulo: McGraw-Hill, 2010.
TODOROV, João Cláudio; MOREIRA, Márcio Borges. O conceito de motivação na
Psicologia. Revista Brasileira de Terapia Comportamental e Cognitiva, 2005, v.
VII, n. 1, p. 119-132.
137
Gabarito
Questão 1 – Resposta: C.
Resolução: A força da cultura organizacional influencia diretamente
nas relações internas e, consequentemente, afeta a motivação
das pessoas.
Questão 2 – Resposta: E.
Resolução: É no nível operacional onde a maior parte dos
relacionamentos ocorre. Isso se dá a partir de um maior volume de
pessoas interagindo.
Questão 3 – Resposta: A.
Resolução: O feedback tem sido estudado como fator de influência
na percepção e na automotivação das pessoas no ambiente
de trabalho.
138
Estruturas Ágeis
Autor: Regis Garcia
Objetivos
140
Para responder a essa indagação, precisamos recordar que toda
mudança, geralmente, se inicia a partir de uma insatisfação com a
situação anterior de algo ou de alguém.
ASSIMILE
O termo ambiental não se restringe aos aspectos
ecológicos, embora sejam fundamentais para garantir a
sustentabilidade empresarial. Aqui, ambiental descreve o
contexto no qual as organizações estão inseridas.
141
Para melhor compreendermos a necessidade das estruturas ágeis,
precisamos recordar o que constitue o contexto VUCA World.
• Estrutura hierárquica.
142
Essas duas subestruturas garantem que a empresa funcione e, portanto,
a forma como são construídas e geridas afetam diretamente a eficácia
do funcionamento organizacional.
143
a análise dos requerimentos, o design, a produção, o teste e a
manutenção.
144
O problema relacionado à falta de priorização no ambiente
organizacional reside no fato de envolvermos muitas pessoas ou
equipes em muitos projetos simultâneos, o que, em última análise, gera
mais gasto e menos eficiência.
Figura 2 – Priorização
Modelo ágilno modelo ágil
Infinitas
iniciativas
urgentes.
Poucas
iniciativas
prioritárias.
145
ASSIMILE
Segundo o dicionário financeiro, o core business
representa a atividade principal ou primária, aquela em
que a companhia é especialista e sobre a qual deverá
centrar seus esforços.
146
Figura 3 – Aplicação e ganhos dos modelos ágeis
147
ASSIMILE
C-Suite pode ser considerado como o conjunto de funções
localizadas no topo da organização, que, na língua inglesa,
iniciam pela letra C: CEO (Chief Executive Officer), CFO (Chief
Financial Officer) e CTO (Chief Technology Officer).
148
se tornem mais flexíveis, abertos, e mais amplos em termos de
aplicação.
149
Figura 4 – Funcionamento da estrutura ágil
Essa questão, que a princípio nos parece de fácil solução, traz consigo
uma importante reflexão: as companhias precisam mais de novos
150
produtos e serviços inovadores, ou, no mesmo sentido, demandam
inovação em seus processos funcionais?
• Comunicações.
• Indústria de tratores.
• Indústria aeronáutica.
151
• Empresas de tecnologia de armazenamento de informações.
• Empresas de logística.
• Indústria de vinhos.
• Outras.
152
PARA SABER MAIS
Os problemas da organização são, em sua maioria,
transversais, porque transcendem os níveis hierárquicos
nos quais são gerados, exigindo ações de todos os
integrantes da organização em prol de uma solução única e
duradoura.
153
torna-se, nesse caso, o maior desafio para a liderança. Nesse sentido,
aconselha-se que antes de mudar uma estrutura, seja relacionada a uma
atividade, um setor ou uma unidade, é preciso mudar antes as regras.
A clareza das regras e a obtenção de comprometimento das pessoas
garantem solidez à estrutura e adequação à aplicação do Modelo Ágil.
154
Figura 5 – Seis práticas cruciais dos líderes em estruturas ágeis
5 estrutura.
6 comportamentos Ágeis.
ASSIMILE
Rigby, Sutherland e Takeuchi (2016) tratam a confusão de
conceitos pelos executivos sob a perspectiva de anarquia,
como sendo um ambiente no qual todo mundo faz
o que quer.
Outro equívoco envolve achar que uma estrutura ágil é aquela na qual
os líderes sempre dizem o que fazer, porém, de forma mais rápida.
155
pela liderança. É preciso sempre recorrer aos fundamentos do modelo,
conforme discutimos na seção 1 dessa mesma unidade.
156
sentido, os times masters representam uma oportunidade de apoio que
os líderes menos experientes podem sempre recorrer.
157
A mudança, portanto, é uma constante nas estruturas ágeis, e vencer a
resistência é um desafio do líder responsável pela mudança.
158
ASSIMILE
No sentido destacado no item 3, comissionamento
(commissioning) é o processo necessário para fornecer uma
instalação de um sistema totalmente funcional e de acordo
com os requisitos do projeto do proprietário.
TEORIA EM PRÁTICA
A partir de nossas discussões envolvendo os aspectos da
liderança no contexto das estruturas ágeis, podemos inferir
que o líder exerce um papel fundamental no processo de
aplicação do Modelo Ágil no contexto das organizações.
Nesse sentido, o senhor Ananias está assumindo o papel
de um integrante sênior, em um time ágil na empresa
Atmosfera Ltda, que atua no ramo educacional. Como
159
sênior, foi consultado por um dos líderes da organização
sobre como romper as barreiras para a implantação do
Modelo Ágil, já que alguns colaboradores se mostraram
avessos à mudança. Qual a provável resposta que será dada
pelo senhor Ananias?
VERIFICAÇÃO DE LEITURA
a. Começar pequeno.
b. Entender como o modelo funciona.
c. Permitir a personalização dos times masters.
d. Prática ágil no topo.
e. Destruir barreiras.
160
a. O contexto organizacional é caracterizado pela
volatilidade, pela baixa concorrência e pela redução de
significados.
b. São características do contexto organizacional: a
variedade de significados para um mesmo fenômeno,
baixa volatilidade e a complexidade.
c. VUCA é um acrônimo de Volatilidade, Usabilidade,
Complexidade e Assertividade.
d. O contexto VUCA imprime tranquilidade para as
organizações em geral, pois estão preparadas para as
demandas desse tipo de contexto.
e. O conceito surgiu a partir do encerramento da
Guerra Fria, surgimento da Internet e predomínio das
tecnologias da informação.
a. SCRUM.
b. LEAN.
c. KANBAN.
d. XP.
e. BSC.
161
Referências Bibliográficas
BLANK, Steve. Why the lean startup changes everything. Harvard business review,
v. 91, n. 5, p. 63-72, 2013.
LIU, Peng. Patterns for making leadership happen and building self organizing agile
team. XP Conference 2017, 2017.
NICK, Horney; BILL Pasmore; O’SHEA, Tom. Leadership agility: a business imperative
for a VUCA world. People and strategy, v. 33, n. 4, p. 32, 2010, p. 32-38.
RIGBY, Darrell K.; SUTHERLAND, Jeff; TAKEUCHI, Hirotaka. Embracing Agile. Harvard
Business Review, 2016, p. 40-48,50.
SCHACH, Stephen R. Engenharia de software: os paradigmas clássico & orientado
a objetos. 7. ed. Ariovaldo Griesi [tradução]. São Paulo: McGraw-Hill, 2010.
SHANI, A. B.; NOUMAIR, D. A. Research in organizational change and
development. v. 25. Bingley, UK: Emerald Publishing Limited, 2017.
Gabarito
Questão 1 – Resposta: C.
Resolução: A experiência dos times masters é um elemento
fundamental para que se viabilize a implantação do modelo ágil.
Pessoas menos experientes podem se apoiar nas pessoas mais
experientes.
Questão 2 – Resposta: E.
Resolução: O termo ganhou significância após o período das
duas Guerras Mundiais, da Guerra Fria, das quebras de fronteiras
geográficas geradas pela globalização e, principalmente, com o
advento da Internet e do avanço exponencial das tecnologias da
informação.
Questão 3 – Resposta: B.
Resolução: O modelo LEAN está focado na otimização do processo
de produção e na redução de resíduos.
162
Cultura Ágil
Autor: Regis Garciaa
Objetivos
164
Revisaremos alguns conceitos e características, relacionados à questão
cultural nas organizações, a fim de tornar nosso desafio superável e
menos subjetivo.
165
culturais se pretendemos superar essas dificuldades em prol da maior
eficácia organizacional.
166
Nesse sentido, o desenvolvimento do estilo de resposta, destacado
por Schein (2010), na verdade, decorre das experiências diante dos
problemas vivenciados pelas organizações. São as respostas às
demandas que moldam o comportamento da organização. Dessa
forma, afetam diretamente, por exemplo, a formação de uma cultura
de enfrentamento.
ASSIMILE
Segundo o dicionário Michaelis on-line (MICHAELIS, 2019,
p. 1), cultura, no sentido antropológico, significa o conjunto
de conhecimentos, costumes, crenças, padrões de
comportamento, adquiridos e transmitidos socialmente,
que caracterizam um grupo social.
167
A influência da cultura organizacional nos comportamentos da
organização é significante e, portanto, necessário seu amplo
conhecimento. Para Azzolini, Richiard e Gray (2018), a cultura
organizacional, por exemplo, define mais o comportamento, do que
os outros dois elementos considerados como partes fundamentais da
organização, ou seja: a estrutura e o sistema.
168
Figura 1 – Síntese do conceito de cultura aplicável ao contexto
organizacional
169
Além da adaptação em relação ao contexto externo, outro fator que
envolve os pressupostos básicos é a integração interna, ou seja, a
integração dos integrantes de um grupo também constitui elemento
de desenvolvimento cultural.
170
As crenças e os pressupostos básicos são considerados por Schein
(2010), os principais elementos da cultura. No sentido dado pelo
autor, os pressupostos resultam das experiências de sucesso na
solução de problemas, assim como vimos na Figura 1 e, dessa forma,
a cultura organizacional representa algo que estará sempre em
processo de evolução.
2. Cultura Ágil
171
Figura 2 – Elementos da cultura organizacional
Nível periférico
coisas são feitas. Percebe-se
no primeiro contato
intermediário
São as justificativas para os Valores
artefatos. Regras de Nível
comportamento.
Inquestionável.
172
às demandas de agilidade emanadas das demandas do ambiente
externo da organização.
173
O que difere o conceito de cultura organizacional do conceito de
cultura no sentido amplo é, apenas, o contexto no qual o termo está
sendo aplicado.
174
de práticas executadas no contexto organizacional que tornam os
processos mais fluidos e eficazes.
Sob essa perspectiva, a partir dos sucessos das práticas promovidas pelo
modelo ágil, transforma-se a cultura organizacional.
175
Segundo Gregory e Taylor (2019), essa realidade requer mais do
que a adoção de novas práticas. Requer também uma mudança de
comportamentos, normas e mentalidade em toda a organização.
Alinhar
ASSIMILE
No sentido tratado por Gregory e Taylor (2019), o reajuste
cultural tem o mesmo significado de transformação cultural,
176
ou seja, significa levar a cultura organizacional ao nível
desejado como norteador das atividades organizacionais.
177
2.2 Atitudes e mudanças em prol da Cultura Ágil
178
Figura 4 – Respostas às demandas do contexto como aspecto cultural
179
Segundo Rigby, Sutherland, Takeuchi (2016), existe a ideia de que para criar
equipes mais ágeis, é necessário mudar a estrutura organizacional, porém,
isso não é uma regra, às vezes a mudança é somente comportamental.
É nesse sentido que o Modelo Ágil pode contribuir e, quando eficaz nas
respostas às demandas contextuais, desenvolve e fortalece a cultura
organizacional e, mais especificamente, a Cultura Ágil.
Os autores utilizam a expressão inglesa churn out para dizer o que os times
em estrutura ágeis fazem em relação às inovações. É como se a estrutura
ágil, criada sob a estrutura organizacional, criasse uma espécie de sistema
integrado de geração de ideias e de inovação.
180
No modelo de Gregory e Taylor (2019) de transformação cultural ágil,
aplicado em um estudo empírico, a transformação se dá a partir de cinco
elementos: interdependência; novas atividades profissionais; flexibilidade;
propriedade coletiva de metas; reflexão sobre o processo.
181
Figura 5 – Respostas às demandas do contexto como aspecto cultural
TEORIA EM PRÁTICA
Imaginemos que uma empresa familiar, na qual a cultura
organizacional se confunde com a própria cultura do
dono, esteja em processo de sucessão do fundador. Esse
processo surgiu da necessidade de resposta ao ambiente
competitivo e à exigência de modernização na gestão da
182
empresa. Partindo do conceito VUCA, como caracterizador
do ambiente no qual a empresa opera, quais as sugestões
para que se desenvolva a Cultura Ágil na empresa?
VERIFICAÇÃO DE LEITURA
a. Pressupostos.
b. Crenças.
c. Valores.
d. Agilidade.
e. Artefatos.
a. Administração de empresas.
183
b. Economia.
c. Direito.
d. Antropologia.
e. Pedagogia
a. A cultura é intangível.
b. A cultura sempre vence.
c. Não há cultura sem prática.
d. Cultura gera cultura.
e. Cada cultura em seu lugar.
Referências Bibliográficas
AZZOLINI, Elena; RICCIARDI, Walter; GRAY, Muir. Healthcare organizational
performance: why changing the culture really matters. Ann Ist Super Sanità, v. 54,
n. 1: 6-8, 2018.
DICIONÁRIO Michaelis. Disponível em: <https://michaelis.uol.com.br/moderno-
portugues/busca/portugues-brasileiro/cultura/>. Acesso em: 15 out. 2019.
FREITAS, Maria Ester De. Cultura organizacional: evolução e crítica. Coleção–
debates em administração. São Paulo: Cengage Learning, 2009.
GREGORY, Peggy; TAYLOR, Katie. Defining Agile Culture: a collaborative and
Practitioner-Led approach. IEEE/ACM, 12th International Workshop on Cooperative
and Human Aspects of Software Engineering (CHASE), 2019.
MCGUIRE, John B.; PALUS, Charles J. Vertical Transformation of Leadership Culture.
A Transdisciplinary & Transcultural Journal for New Thought, Research, &
Praxis, 2018, v. 14, p.144 -166.
184
MONTGOMERY, Anthony et al. Connecting organizational culture and quality of care
in the hospital: is job burnout the missing link? Journal of Health Organization
and Management, v. 25, n. 1, p. 108-123, 2011.
RIGBY, Darrell K.; SUTHERLAND, Jeff; TAKEUCHI, Hirotaka. Embracing Agile. Harvard
Business Review, 2016, p. 40-48,50.
SCHEIN, Edgard H. Organizational Culture and leadership. 4. ed. USA, San
Francisco-CA: Ed. Jossey Bass, 2010.
SHANI, A. B.; NOUMAIR, D. A. Research in Organizational Change and
Development. v. 25. Bingley, UK: Emerald Publishing Limited, 2017.
Gabarito
Questão 1 – Resposta: E.
Resolução: Segundo a visão de Schein (2010), temos três níveis de
elementos envolvidos com a cultura. O mais perceptível é o dos
artefatos.
Questão 2 – Resposta: D.
Resolução: Embora tenhamos muitas áreas que estudam a cultura,
a antropologia apresenta os estudos mais voltados para a visão
ampla da cultura. No caso das organizações, temos a cultura
organizacional estudada pela administração de empresas.
Questão 3 – Resposta: B.
Resolução: Segundo os autores, se você quer práticas melhores,
são necessárias as melhores crenças. Crenças conduzem práticas.
As crenças estão incorporadas na cultura. A cultura sempre vence.
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