ET-E-410 Motores Baixa Tensao CCM-BT Rev 9

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CLASSIFICAÇÃO

SISTEMA DE PADRONIZAÇÃO
USO INTERNO
DE ENGENHARIA - SPE
TÍTULO Nº VALE PÁGINA

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ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA PARA CENTRO DE CONTROLE ET - E - 410
REV.
DE MOTORES DE BAIXA TENSÃO (CCM-BT)
9

REVISÕES
TE: TIPO A - PRELIMINAR C - PARA CONHECIMENTO E - PARA CONSTRUÇÃO G - CONFORME CONSTRUÍDO
EMISSÃO B - PARA APROVAÇÃO D - PARA COTAÇÃO F - CONFORME COMPRADO H - CANCELADO

Rev. TE Descrição Por Ver. Apr. Aut. Data

0 C INCLUSÃO NO SPE MFO GH EMV MD 31/10/06


ADEQUAÇÃO COMO DOCUMENTO
1 C MO MAT EMV MP 29/02/08
PADRÃO PARA PROJETOS
REVISÃO GERAL – PARA
2 C ATENDIMENTO AO LTA DE JCT MB JMS JBM 25/10/09
SUBESTAÇÕES
3 C REVISÃO GERAL PELA EEV JCF PRC MB PP 13/09/10
REVISÃO GERAL PARA INCLUSÃO DE
4 C REQUISITOS NOS PROJETOS DE JCF PRC MB PP 02/10/12
FERROSOS, FERTILIZANTES, COBRE E
5 C REVISÃO
ENERGIA DOS ITENS 7.5, 7.6 E 7.17 HSD PRC MB GJ 30/04/13

6 C REVISÃO GERAL HSD PRC MB GJ 31/10/13

7 C REVISÃO DO ITEM 8.26 HSD PRC MB GJ 08/10/14

REVISÃO ITENS 8.2, 8.3, 8.4, 8.5.3, 8.6,


8 C 8.7, 8.10.2, 8.11, 8.12, 8.13, 8.15, 8.16, PRC GGG MB AC 12/02/16
8.24, 8.25, 8.26, 10.1.2 E 10.2
REVISÃO ITENS 3.0, 4.0 E INCLUSÃO
9 C EPG LPR PRC CIU 15/12/21
ITEM 9.0 (PNRs) E ANEXO A (REF. FD)

Este documento tem o objetivo de orientar e estabelecer diretrizes para o desenvolvimento dos Projetos da Vale. A sua aplicaç ão e adequação é de
responsabilidade da Equipe do Projeto, considerados os princípios de segurança e de maximização de valor para a Vale.
Soluções alternativas, que venham a ser propostas pelas projetistas contratadas, devem ser encaminhadas para a Equipe do Projeto da Vale com
as devidas justificativas para aprovação.

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ÍNDICE

ITEM DESCRIÇÃO PÁGINA

1.0 OBJETIVO 4
2.0 APLICAÇÃO 4
3.0 DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA 4
4.0 CÓDIGOS E NORMAS 4
5.0 DEFINIÇÕES 5
6.0 ESCOPO 6

7.0 CARACTERÍSTICAS GERAIS 6


7.1 GERAL 6
7.2 REQUISITOS GERAIS DE OPERAÇÃO 7
7.3 REQUISITOS TÉCNICOS GERAIS 7
7.4 PINTURA 7
8.0 CARACTERÍSTICAS ESPECÍFICAS 8
8.1 PADRONIZAÇÃO 8
8.2 CERTIFICAÇÃO DE RESISTÊNCIA A ARCOS INTERNOS 8
8.3 OPERAÇÕES À DISTÂNCIA 8
8.4 INVÓLUCRO 9
8.5 GAVETAS 9
8.6 BARRAMENTOS 10

8.7 DISJUNTORES 11
8.8 CONTATORES 13
8.9 SISTEMA DE CONTROLE, PROTEÇÃO, MEDIÇÃO, MOTORIZAÇÃO E
SINALIZAÇÃO 14
8.10 TRANSFORMADORES PARA MEDIÇÃO E PROTEÇÃO 14

8.11 MEDIDORES MULTIFUNCIONAIS DE GRANDEZAS ELÉTRICAS 15


8.12 RELÉS DE PROTEÇÃO MULTIFUNÇÃO (IED) 16
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8.13 RELÉS INTELIGENTES (RI) PARA COMANDO E PROTEÇÃO DE MOTORES 17
8.14 COORDENAÇÃO DOS DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO CONTRA CURTOS-
CIRCUITOS 18
8.15 DISPOSITIVOS DE COMANDO E SINALIZAÇÃO 18
8.16 REDE DE COMUNICAÇÃO 18
8.17 FIAÇÃO E RÉGUA DE BORNES 19
8.18 DESUMIDIFICAÇÃO 20
8.19 ENTRADA E SAÍDA DE CABOS DO CCM-BT 20

8.20 ATERRAMENTO 20
8.21 ILUMINAÇÃO INTERNA 21
8.22 PLACAS DE IDENTIFICAÇÃO 21
8.23 OUTROS COMPONENTES NECESSÁRIOS 21
8.24 INVERSORES E SOFT-STARTERS INSTALADOS NO CCM-BT 21
8.25 DIAGNÓSTICO TÉRMICO 22

8.26 DETECÇÃO DE ARCO ELÉTRICO 23


8.27 SENSORES PARA DIAGNÓSTICO TÉRMICO E DETECÇÃO DE ARCO ELÉTRICO
23
9.0 ATENDIMENTO AOS PADRÕES NORMATIVOS DA VALE 23

10.0 REQUISITOS DE SAÚDE, SEGURANÇA E MEIO AMBIENTE 23


10.1 MEDIDAS DE SEGURANÇA 24
11.0 INSPEÇÕES E ENSAIOS 24
11.1 ENSAIOS DE RECEBIMENTO 24
11.2 ENSAIOS DE RESISTÊNCIA AO ARCO ELÉTRICO 25
11.3 RELATÓRIOS DE ENSAIOS 25

12.0 GARANTIA DE PERFORMANCE 26


13.0 EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO 26
ANEXO 26

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1.0 OBJETIVO

Estabelecer os requisitos técnicos, as informações gerais e as instruções para o


fornecimento centro de controle de motores de baixa tensão (CCM-BT) a ser utilizado nas
instalações da Vale.

2.0 APLICAÇÃO

Esta especificação aplica-se a todas as áreas de desenvolvimento e implantação de projetos


da Vale.

3.0 DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA

Os documentos relacionados abaixo foram utilizados na elaboração deste documento ou


contêm instruções e procedimentos aplicáveis a ele. Devem ser utilizados na sua revisão
mais recente.

PNR-000051 Sistemas Elétricos – Geral – Energia Incidente


PNR-000052 Sistemas Elétricos – Geral – Aterramento / SPDA
PNR-000053 Sistemas Elétricos – Geral
PNR-000080 Sistemas Elétricos – Geral – Sistemas de Proteção
CP-R-501 Critérios de Saúde e Segurança para Elaboração de Projetos de
Engenharia
EG-G-401 Especificação Geral para Embalagem, Identificação, Manuseio,
Armazenamento, Preservação e Embarque
EG-M-402 Especificação Geral para Tratamento de Superfície e Pintura de
Proteção e Acabamento
ET-E-438 Especificação Técnica para Inversor de Frequência de Baixa
Tensão
GU-E-400 Glossário de Termos e Siglas Utilizados nos Empreendimentos
GU-G-624 Elaboração do Manual de Operação e Manutenção

4.0 CÓDIGOS E NORMAS

Os códigos e/ou normas relacionados abaixo foram utilizados na elaboração deste


documento ou contêm instruções e procedimentos aplicáveis a ele. Devem ser utilizados na
sua revisão mais recente.

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• ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas

NBR 5410 Instalações Elétricas de Baixa Tensão


NBR 6855 Transformadores de Potencial Indutivos – Requisitos e Ensaios
NBR 6856 Transformador de corrente com isolação sólida para tensão
máxima igual ou inferior a 52 kV - Especificação e ensaios
NBR 11003 Tintas – Determinação da aderência
NBR IEC 60439-1 Conjuntos de Manobra e Controle de Baixa Tensão – Parte 1:
Conjuntos com Ensaio de Tipo Totalmente Testados (TTA) e
Conjuntos com Ensaio de Tipo Parcialmente Testados (PTTA)
NBR IEC 60529 Graus de Proteção para Invólucros de Equipamentos elétricos
(Código IP)
NBR IEC 60947-1 Dispositivos de Manobra e Comando de Baixa Tensão – Parte 1:
Regras Gerais
NBR IEC 60947-2 Dispositivos de Manobra e Comando de Baixa Tensão – Parte 2:
Disjuntores

• IEC – International Electrotechnical Commission

IEC 61850 Communication networks and systems in substations - All parts


IEC/TR 61641 Enclosed Low Voltage Switchgear and Controlgear Assemblies –
Guide for Testing under Conditions of Arcing due to Internal Fault

• SEPRT - Secretaria Especial de Previdência e Trabalho

A Vale exige o atendimento integral às normas regulamentadoras – NRs da Consolidação


das Leis do Trabalho, relativas à Segurança e Medicina do Trabalho, conforme portaria
3214, de 08/06/1978 e suas atualizações, bem como o atendimento integral aos requisitos
de saúde e segurança da legislação local vigente

Os requisitos legais têm sempre prevalência sobre os requisitos constantes neste


documento, com exceção de situações em que estes sejam mais restritivos.

5.0 DEFINIÇÕES

As definições de caráter geral, comuns ao universo de implantação de projetos, podem ser


encontradas no GU-E-400.

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6.0 ESCOPO

Esta especificação se aplica a centros de controle de motores de baixa tensão, referidos


neste documento como CCM-BT, com tensão nominal até 1,0 kV.

O painel será aceito como PTTA toda vez que os desvios observados em relação ao típico
ensaiado apresentarem condições menos exigentes, conforme descrito na IEC 60439-1 e
interpretado pela Vale.

Requisitos relacionados aos seguintes itens fazem parte do escopo:

• Centro de controle de motores de baixa tensão com todos os materiais e


componentes necessários ao seu funcionamento;
• Inspeções, testes e ensaios;
• Embalagem;
• Documentação técnica completa, conforme detalhado na requisição técnica;
• Ferramentas especiais para operação e manutenção, quando aplicáveis;
• Peças de reposição para start-up, de propriedade e responsabilidade do
fornecedor;
• Lista de peças sobressalentes para dois anos de operação, para aquisição
posterior, a critério da Vale;
• Montagem de componentes e cubículos que tenham sido transportados
desmontados;
• Serviços de supervisão de montagem, comissionamento, testes, start-up e
operação assistida.

7.0 CARACTERÍSTICAS GERAIS

7.1 GERAL

Os CCM-BT deverão ser do tipo TTA (conjuntos com ensaio de tipo totalmente testados) ou
PTTA (conjuntos com ensaio de tipo parcialmente testados), conforme especificado na NBR
IEC 60439-1.

Exemplos de interpretação para conjuntos PTTA:

• Conjunto ensaiado TTA IP54: atende como PTTA ao IP31 toda vez que a
condição de aquecimento for menos exigente;
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• Conjunto ensaiado TTA 4000 A: atende como PTTA a 3200 A toda vez que
os barramentos e isoladores principais permanecem inalterados, e as
condições de dissipação, em igual ou melhor situação, comparado com o
conjunto testado;
• Conjunto ensaiado TTA 80 kA: atende como PTTA 65 kA toda vez que a
distância entre isoladores seja maior ou igual, com a mesma bitola de barra;
• Ensaio dielétrico: se a mudança aumenta as distâncias entre fases e entre
fase e partes condutoras da estrutura, usando-se os mesmos isoladores,
etc., o painel modificado é considerado conjunto PTTA.
Como forma típica de separação por barreiras ou divisões do CCM-BT, deverá ser adotada a
“Forma 4b”, assim descrita na NBR IEC 60439-1.

Os CCM-BT deverão ser constituídos por cubículos modulados, padronizados, denominados


colunas.

Cada coluna deverá possuir um compartimento de cabos estendendo-se da parte superior


até a parte inferior, com acesso frontal por meio de portas com largura mínima de 200 mm,
de forma a possibilitar o acesso às borneiras e a identificação de componentes. Esse
compartimento deverá possuir perfis para fixação dos cabos de força e comando.

7.2 REQUISITOS GERAIS DE OPERAÇÃO

Deverá ser garantida a capacidade nominal dos equipamentos, assim como as demais
características de operação apresentadas na folha de dados.

7.3 REQUISITOS TÉCNICOS GERAIS

Os manuais de instalação, operação e manutenção deverão conter a descrição detalhada de


funcionamento do equipamento, conforme GU-G-624.

7.4 PINTURA

A pintura de proteção anticorrosiva e de acabamento deverá estar em conformidade com a


EG-M-402, inclusive quanto às cores padrão.

O sistema de pintura a ser adotado e a especificação das tintas deverão levar em


consideração a agressividade dos locais de trabalho e as condições de abrasividade do
material.

Nota:
O fornecedor poderá apresentar o seu processo padrão de proteção de superfície e pintura,
para aprovação pela Vale.

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8.0 CARACTERÍSTICAS ESPECÍFICAS

8.1 PADRONIZAÇÃO

A padronização dos valores de tensão nominal, corrente nominal, corrente de curto-circuito


simétrica e potência das gavetas para os CCM-BT, é a seguinte:

• Tensão Nominal: 460 V;


• Corrente nominal de entrada: 630 A, 800 A, 1250 A, 1600 A, 2000 A, 2500 A
e 3200 A;
• Corrente nominal de cubículos de saída com disjuntores em caixa moldada:
100 A, 160 A, 250 A, 300 A, e 400 A;
• Corrente nominal de cubículos de saída com disjuntores abertos (tipo ACB):
630 A, 800 A, 1250 A, 1600 A, 2000 A e 2500 A;
• Corrente de curto-circuito simétrica: 35 kA, 50 kA e 65 kA;
• Potência das gavetas para partida direta simples e partida direta com
reversão: 3, 10, 20, 50, 75, 100 e 150 cv;
• Potência das gavetas para partida com soft-starter: 60, 75, 100, 200, 250,
300 e 400 cv;
• Potência das gavetas extraíveis para partida com inversor de frequência: 1,
2, 4, 10 e 15 cv;
• Potência das gavetas fixas para partida com inversor de frequência: 20, 25,
30, 40, 50, 60 e 75 cv.

8.2 CERTIFICAÇÃO DE RESISTÊNCIA A ARCOS INTERNOS

Caso solicitado na FD (Folha de Dados), o CCM-BT terá certificação de resistência ao arco


interno de todas as unidades funcionais, testado conforme IEC/TR 61641.

O certificado deverá ser expedido por laboratório reconhecido (CEPEL, KEMA ou outro
devidamente habilitado e reconhecido pelo INMETRO) ou laboratório internacional
equivalente.

8.3 OPERAÇÕES À DISTÂNCIA

Para proporcionar maior segurança (extração e inserção de disjuntores remotamente) e


flexibilidade operacional, o CCM-BT deverá ser adequado ao comando e monitoramento
total nos modos “local” e “remoto”.

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Os disjuntores abertos das entradas e dos alimentadores e os disjuntores de alimentação do
processo serão comandados pelo protocolo do processo de acordo com o solicitado na FD
(Folha de Dados).

8.4 INVÓLUCRO

Os invólucros deverão ter grau de proteção, no mínimo IP-4X, considerando que sua
instalação será dentro de salas elétricas climatizadas e pressurizadas conforme definido no
projeto.

A estrutura do CCM-BT deverá ser formada por unidades acopláveis entre si, que
possibilitem seu remanejamento e ampliações futuras.

As unidades que formam o CCM-BT deverão ser construídas com chapas e perfilados de
aço, formando uma estrutura autossuportável.

A construção do CCM-BT deverá permitir manobras, ligações e manutenção pela frente do


painel.

A parte traseira deverá ser provida de tampas aparafusadas. Quando não houver
necessidade de acesso posterior para manutenção, o fabricante do CCM deverá enviar o
certificado de confirmação desta situação.

O CCM-BT não deverá possuir janelas de inspeção.

8.5 GAVETAS

8.5.1 Características Gerais

As gavetas dos demarradores para motores ou dos disjuntores para alimentação de outras
cargas poderão ser extraíveis ou fixas, conforme o seguinte critério:

• As gavetas deverão ser extraíveis para potência até 100 cv (acima desse
valor deverão ser usados compartimentos fixos);
• Inversores de frequência até 15 cv deverão ser instalados em gavetas
extraíveis;
• Inversores de frequência acima de 15 cv e até 75 cv deverão ser instalados
em gavetas fixas.

Cada gaveta extraível ou compartimento fixo deverá possuir barra própria de aterramento,
individual, para o caso de eventual ocorrência de curto-circuito em seu interior.

Gavetas extraíveis ou compartimentos fixos “reserva” deverão ser equipados com todos os
componentes, não sendo admitido o fornecimento de CCM-BT com espaços vazios.

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8.5.2 Compartimentos Fixos

Nos compartimentos fixos deverão ser previstos meios para colocação de cadeados quando
seu disjuntor estiver na posição “aberto”.

8.5.3 Gavetas Extraíveis

O sistema de instalação nos cubículos, para gaveta do tipo extraível, deverá possibilitar sua
movimentação para as posições de “Inserido”, “Teste” ou “Extraído”. Essas posições que
determinam as respectivas condições de conexão aos circuitos, conforme Tabela 8.1.

Tabela 8.1 - Posição x Conexão aos circuitos


Proteção, registro de
Posição Força Controle e sinalização eventos e
parametrização
INSERIDO Conectado Conectado Conectado
TESTE Desconectado Conectado Conectado
EXTRAÍDO Desconectado Desconectado Desconectado

Nas movimentações para as posições de “Teste” ou “Extraído”, as aberturas para conexão


dos disjuntores aos barramentos deverão ser automaticamente vedadas por obturadores
(guilhotinas).

Deverão existir isolantes adequados nos suportes das garras extraíveis dos disjuntores, de
forma a impedir curtos-circuitos, no caso de queda acidental das guilhotinas.

Deverá existir dispositivo que permita a instalação de cadeado de bloqueio que impeça a
movimentação acidental ou inadvertida do disjuntor quando estiver na posição de “Teste” ou
“Extraído”.

Na posição “Extraído”, o disjuntor estará apto a ser removido do cubículo, caso seja
necessário.

Os dispositivos de intertravamento deverão permitir as manobras de extração e inserção dos


disjuntores somente com a porta do cubículo fechada, de forma a garantir total segurança
aos operadores, impedindo manobras indevidas ou atos inseguros.

8.6 BARRAMENTOS

As extremidades dos barramentos do CCM-BT para conexão a cabos ou barramentos de


chegada, bem como para cabos dos circuitos de força de saída, deverão ser executadas
utilizando-se padrão NEMA CC1 ou IEC adequados ao número de cabos definidos para o
circuito.

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Os barramentos principais e derivados deverão ser totalmente revestidos por material
isolante para mitigação do efeito corona.

Preferencialmente, recomenda-se que o isolante de revestimento seja formado pela


deposição eletrostática de epóxi, com fusão posterior em forno.

Alternativamente poderá ser aplicado o revestimento em material termocontrátil, adequado à


classe de tensão do CCM-BT.

As emendas e derivações de barramentos deverão ser tratadas quimicamente para melhoria


de contato.

O processo de tratamento químico (estanhagem, prateação ou niquelagem) deverá ser


definido na folha de dados (FD) do CCM-BT, considerando-se as condições ambientais da
instalação.

Os valores de torque para aperto dos parafusos de conexão dos barramentos deverão
constar nos manuais de manutenção do CCM-BT.

Os barramentos deverão possuir fita ou pintura nas extremidades, nas cores de


identificação:

• Barramento de Corrente Alternada:


- Fase R: Cor azul-escuro;
- Fase S: Cor branca;
- Fase T: Cor violeta;
- Terra: Cor verde.

• Barramento de Corrente Contínua:


- Positivo: Cor vermelha;
- Negativo: Cor preta.

8.7 DISJUNTORES

Os disjuntores de entrada e dos circuitos de saída deverão ser tripolares, termomagnéticos,


com abertura a ar, atendendo às especificações da NBR IEC 60947-2.

Os disjuntores deverão possibilitar que seja realizada a função de seletividade lógica para as
funções de proteção contra curto-circuito.

Os disjuntores extraíveis deverão ser equipados com os seguintes dispositivos e acessórios:

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• Contatos primários de acoplamento autoalinháveis;


• Contatos auxiliares (no mínimo 4 NA e 4 NF), para sinalização e
intertravamento, com possibilidade de acréscimo posterior de contatos
adicionais;
• Dispositivo de carregamento manual das molas, com alavanca;
• Indicador de carga das molas (carregadas/descarregadas);
• Intertravamentos entre o dispositivo de carregamento manual e o motor
elétrico, de tal modo que durante a operação de um deles o outro não possa
ser acionado;
• Contador de operações;
• Dispositivo para abertura e fechamento manual.

Os cubículos de disjuntores extraíveis deverão ser equipados com os seguintes dispositivos


e acessórios:

• Sinalização de presença de tensão;


• Sinalização da condição de operação (“aberto” ou “fechado”);
• Plugue para alimentação dos circuitos de controle para as condições de
"operação" e "teste" do disjuntor;
• Dispositivo para impedir a abertura da porta com o disjuntor inserido;
• Dispositivo para impedir movimentação (inserção – extração) do disjuntor
quando fechado;
• Indicadores mecânicos das posições do disjuntor (“inserido”, “teste” ou
“extraído”) no interior de cada compartimento, além dos indicadores da
posição dos contatos principais, "aberto" e "fechado";
• Chave de comando “abrir – normal – fechar” com punho tipo pistola;
• Botão tipo “soco” para abertura de emergência (aplicável apenas para o
disjuntor de entrada).

O comando local dos disjuntores deverá ser por meio de botões “liga” e “desliga” ou através
de IEDs que possuam os mesmos incorporados.

Deverá ser prevista a possibilidade de comando e sinalização remotos do disjuntor, com


protocolo de comunicação definido na FD (Folha de Dados), com ligação a partir das
seguintes informações levadas às réguas de bornes:

• Disjuntor “Inserido”;
• Disjuntor na posição de “Teste”;
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• Disjuntor “Extraído”;
• Mola carregada;
• Comando (Liga/Desliga) pelo frontal do cubículo (Local/Remoto);
• Ligado/Desligado.

Os disjuntores deverão possuir, obrigatoriamente, as funções “tempo longo”, “tempo curto” e


“instantâneo” (LSI), todas ajustáveis e com a função instantânea passível de ser bloqueada,
quando o estudo de seletividade assim o definir, ou ao receber pulso das funções
instantâneas dos disjuntores de saída.

8.7.1 Disjuntores dos Cubículos de Entrada

As correntes padronizadas para os disjuntores dos cubículos de entrada são: 630 A, 800 A,
1250 A, 1600 A, 2000 A, 2500 A e 3200 A.

Os disjuntores deverão ser do tipo aberto, extraíveis, motorizados, devendo, no entanto,


permitir também o carregamento das molas manualmente.

8.7.2 Disjuntores dos Cubículos de Saída

As correntes padronizadas para os disjuntores dos circuitos de saída em caixa moldada são:
100 A, 125 A, 160 A, 250 A, 300 A e 400 A.

Os CCM-BT poderão, eventualmente, alimentar cargas diversas, que não sejam motores,
assumindo a função de um conjunto de manobras (CJM-BT).

As correntes padronizadas para os disjuntores dos circuitos de saída do tipo aberto (ACB)
são: 630 A, 800 A, 1250 A, 1600 A, 2000 A e 2500 A.

Os disjuntores de saída, além das funções LSI, como acima, deverão possuir também a
função GS (Ground-Sensor), ajustável em corrente e em tempo. A função instantânea
deverá possibilitar o envio de bloqueio para a função instantânea do disjuntor de entrada.

8.8 CONTATORES

Os contatores deverão ser tripolares, para o regime ininterrupto, categoria AC3, para
motores de indução com rotor de gaiola.

O contator deverá suportar afundamentos de tensão (SAG) de até 30% da tensão nominal,
sem desatracar.

A FD do CCM-BT deverá determinar o número de contatos auxiliares requeridos, sendo o


mínimo de 2 contatos NA e 2 NF.

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8.9 SISTEMA DE CONTROLE, PROTEÇÃO, MEDIÇÃO, MOTORIZAÇÃO E
SINALIZAÇÃO

A tensão auxiliar para controle, proteção, medição, motorização de componentes e


sinalização do CCM-BT deverá ser provida por uma das seguintes instalações:

• Sistema de corrente alternada:


- Sistema composto por no-breaks redundantes e quadro de distribuição
de tensão confiável da subestação.

• Sistema de corrente contínua:


- Sistema composto por conjunto retificador/carregador de baterias e
quadro de distribuição de corrente contínua da subestação.

O sistema adotado pelo projeto deverá alimentar os seguintes circuitos do CCM-BT:

• Bobinas de abertura e fechamento dos disjuntores;


• Carregamento motorizado das molas dos disjuntores;
• Bobinas dos contatores;
• Alimentação dos relés de proteção IED;
• Alimentação dos multimedidores microprocessados;
• Sinalização.

8.10 TRANSFORMADORES PARA MEDIÇÃO E PROTEÇÃO

Os transformadores para medição e proteção deverão ser projetados e construídos


conforme os requisitos da NBR 6855 e NBR 6856. Deverão ser do tipo seco, com isolamento
classe de temperatura A (105 ºC), em resina epóxi, para instalação no interior dos cubículos
dos CCM-BT, com nível de isolamento compatível com a classe de tensão dos cubículos.

Os transformadores para medição e proteção deverão ter capacidade de suportar os efeitos


térmicos e dinâmicos das correntes momentâneas de curta duração estabelecidas para o
barramento principal.

8.10.1 Transformadores de Potencial (TP)

Os transformadores de potencial deverão ter classe de exatidão 0,6P75.

Disjuntores termomagnéticos tipo caixa moldada, para proteção de sobrecorrente, providos


de contatos de alarme local e remoto deverão ser instalados no secundário dos TP.

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8.10.2 Transformadores de Corrente (TC)

Deverão ser do tipo B de baixa impedância interna, com 2 enrolamentos secundários, estes
aplicados a função de proteção e medição.

Os transformadores de corrente deverão ser para corrente secundária de 1A ou de 5A,


conforme requerido na FD.

A classe de exatidão do enrolamento para proteção será adequada à necessidade do projeto


conforme requerida na FD.

A classe de exatidão do enrolamento para medição será adequada à necessidade do projeto


conforme requerida na FD.

Para a proteção de sobrecorrente de terra (ground sensor), deverá ser instalado um


transformador de corrente tipo janela, na barra de saída de cada cubículo dos ramais de
saída, no compartimento de cabos, preferencialmente entre os terminais dos cabos e a parte
inferior do cubículo.

8.11 MEDIDORES MULTIFUNCIONAIS DE GRANDEZAS ELÉTRICAS

Os medidores multifuncionais a serem instalados na entrada dos CCM-BT deverão ser


dispositivos eletrônicos inteligentes microprocessados destinados à monitoração e à análise
do sistema elétrico.

O medidor multifuncional de grandezas elétricas poderá ser substituído pelo relé de proteção
multifunção (IED) que possua a função de medição e atenda aos requisitos mínimos do
medidor multifuncional de grandezas elétricas.

Os multimedidores deverão ser apropriados à ligação a transformadores de potencial, tendo


115 Vca como tensão de referência.

Os circuitos secundários dos transformadores de potencial e de corrente deverão passar por


blocos de aferição, antes dos multimedidores.

Os medidores multifuncionais de grandezas elétricas devem atender aos seguintes


requisitos mínimos:

• Executar, a partir da medição de corrente e tensão, o cálculo e a medição de


grandezas tais como corrente, tensão, frequência, potência aparente,
potência ativa, potência reativa, fator de potência e demanda, distorção
harmônica e harmônicas individuais até a 15ª ordem;
• Permitir a programação dos parâmetros por meio de teclado no painel frontal
e por meio de terminais remotos;

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• Possuir painel com display LCD para programação e monitoração;


• Possuir taxa de amostragem mínima de 32 amostras/ciclo;
• Possuir arquivo de registro de eventos;
• Permitir a comunicação em protocolo de rede Profibus DP, IEC 61850, ou,
na ausência destes, protocolo proprietário;
• Possuir disponibilidade para alimentação auxiliar nas faixas de 120 - 240
Vca e 120 - 250 Vcc.

8.12 RELÉS DE PROTEÇÃO MULTIFUNÇÃO (IED)

Os relés de proteção multifunção se aplicam aos cubículos de entrada e aos cubículos de


saída de alimentadores do CCM-BT com disjuntores abertos.

Esses relés deverão ser próprios para montagem semiembutida, em invólucros à prova de
pó e umidade e adequados a ambientes tropicais.

Os relés de proteção deverão ser apropriados à ligação a transformadores de potencial,


tendo 115 Vca como tensão de referência.

Os circuitos secundários dos transformadores de potencial e de corrente deverão passar por


blocos de aferição, antes dos relés de proteção.

Caso solicitado na FD (Folha de Dados), os relés de proteção deverão ser do tipo digital
microprocessado multifuncional e possuir display para exibir dados operacionais, eventos,
ajustes e interfaces de comunicação com o sistema de controle local e com terminal de
programação.

A comunicação deverá ser feita nos seguintes protocolos de rede:

• IEC 61850, para o sistema de proteção e supervisão do sistema elétrico;


• Profibus DP ou DeviceNet, para as interfaces com o sistema de controle e
supervisão de processo.

Os relés deverão dispor de 4 contatos, no mínimo, sendo 2 para alarme e outros 2 para
desligamento.

Os contatos principais, ou a combinação de contatos principais e auxiliares contidos nos


relés, deverão ser projetados para suportarem as correntes de abertura e fechamento dos
circuitos a que pertencem.

O cancelamento da sinalização deverá ser conseguido via frontal ou via rede de


comunicação, por meio do uso de senha.

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Os relés de proteção deverão satisfazer os seguintes requisitos, no mínimo:

• Permitir o uso da seletividade lógica;


• Possibilitar modificação dos parâmetros de ajustes e sinais de alarme;
• Possibilitar registro e arquivo de eventos nas mudanças de estado de
entrada e saída;
• Possibilitar o registro de oscilografia.

As funcionalidades dos relés de proteção multifunção (IEDs), deverão ser definidas na FD


(Folha de Dados) conforme necessidade da aplicação.

Os relés de proteção de transformadores, além das entradas digitais para uso da


seletividade lógica, deverão ter entradas para receber atuação das proteções inerentes aos
transformadores.

Os relés auxiliares, quando necessários, deverão ter tempo de operação de 40 ms no


fechamento dos contatos, e de 10 ms em sua abertura, além de operação elétrica e
restabelecimento automático.

Na falta de tensão auxiliar para alimentação do relé, este deverá possuir recurso que permita
desligar o contator (relé de proteção contra falha interna - watchdog).

As unidades de desbalanço de corrente deverão ser sensíveis às correntes de sequência


negativa surgidas devido ao desequilíbrio de cerca de 5% de tensão nas fases, e deverão
ser temporizadas, com ajustes na faixa de 0,5 a 5 s.

As unidades de proteção contra defeitos a terra serão conectadas a TC tipo janela (ground
sensor), devendo possuir ajustes reguláveis na faixa 0,1 a 2 A, ou faixas mais amplas,
contendo esse intervalo. Deverão possuir ainda temporização a tempo definido, ajustável a
partir de 50 ms.

As unidades receberão alimentação de transformadores de corrente com corrente


secundária nominal de 1 A ou 5 A.

Os ajustes de tempo e corrente de cada unidade deverão ser independentes dos demais.

8.13 RELÉS INTELIGENTES (RI) PARA COMANDO E PROTEÇÃO DE MOTORES

Os RI se aplicam aos cubículos de saída de demarradores do CCM-BT.

Esses relés deverão apresentar as mesmas funcionalidades dos relés de proteção (IED),
aliadas às funções de comando via rede de comunicação.

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As funcionalidades dos relés de proteção multifunção (IEDs), deverão ser definidas na FD
(Folha de Dados) conforme necessidade da aplicação.

8.14 COORDENAÇÃO DOS DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO CONTRA CURTOS-


CIRCUITOS

A fim de proporcionar a máxima continuidade de alimentação, os dispositivos de proteção do


CCM-BT deverão atuar de forma que a eventual ocorrência de curto-circuito ou sobrecarga
em qualquer circuito de saída seja eliminada pelo dispositivo de proteção do próprio circuito
defeituoso, sem afetar os outros circuitos de saída, assegurando, assim, a seletividade do
sistema de proteção.

Os dispositivos de manobra e de proteção dos demarradores do CCM-BT deverão ser


selecionados de forma a atender a “Coordenação tipo 2”, descrita na NBR IEC 60947-4-1.

8.15 DISPOSITIVOS DE COMANDO E SINALIZAÇÃO

Chaves de comando de disjuntor deverão ter punho tipo pistola, posições "Abrir – Normal –
Fechar", e retorno automático por mola à posição "Normal", após o punho ser liberado pelo
operador. Próximas ao punho, deverão existir setas, gravadas ou impressas, para indicar a
direção de movimento do punho, para abrir ou fechar o disjuntor, cada uma delas
acompanhada da inscrição "ABRIR" (movimento de punho para esquerda) ou "FECHAR"
(movimento de punho para direita). Entre as setas, deverá haver um indicador mecânico de
posição, para indicar a última operação manual efetuada na chave. As chaves deverão
travar e permanecer travadas quando o punho for puxado a partir da posição "Abrir".

Lâmpadas indicadoras tipo LED deverão ser próprias para embutir em painel, com protetor
extraível pela parte frontal, nas seguintes cores:

• Vermelho - significando "LIGADO";


• Verde - significando "DESLIGADO";
• Amarelo - significando "DEFEITO".

Para os disjuntores abertos, se o IED possuir diagrama unifilar, sinalização e medição,


poderá substituir as chaves “Local/Remoto”, “Abrir/Fechar”, chave de desbloqueio e
sinalizadores, desde que indicado na FD (Folha de Dados).

8.16 REDE DE COMUNICAÇÃO

Caso a rede de comunicação necessite de alimentação, deverá ser instalada uma fonte em
cada CCM-BT com valores de tensão de entrada, saída e potências indicadas na FD. Essa
fonte deverá atender a conjuntos de 30 a 40 acionamentos, mantendo sempre um número
completo de colunas, ou seja, a rede de uma coluna não poderá ser alimentada por mais de
uma fonte.

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O protocolo de comunicação deverá ser Profibus DP, Profinet, Internet IP, DeviceNet ou IEC
61850, e será definido na FD do CCM-BT.

Para equipamentos baseados na rede ethernet, deverá ser considerado a instalação de DIO
(Distribuidor Interno Óptico), e a interligação entre o equipamento e DIO através de fibra
óptica.

A interligação dos cabos de rede dos dispositivos deverá ser feita utilizando uma caixa de
derivação para cada coluna. Os dispositivos deverão ser ligados diretamente às derivações
da caixa, não sendo permitida a utilização de bornes comuns para a realização dos jumpers.

A terminação da rede de comunicação deverá ser realizada dentro da última caixa de


derivação a ser instalada.

Os dispositivos da rede (relés ou interfaces I/O) deverão disponibilizar os seguintes sinais


via rede de comunicação:

• Falha de comunicação;
• Falha na gaveta (sobrecarga e falta de tensão de comando);
• Liga local;
• Desliga local;
• Funcionando;
• Indicação de corrente (quando solicitado na FD).

8.17 FIAÇÃO E RÉGUA DE BORNES

A fiação deverá ser constituída por condutores extraflexíveis, isolados com materiais que
possuam características específicas quanto à não propagação e à autoextinção do fogo, de
seção mínima 1,5 mm², exceto nos secundários dos TC, onde deverão ser de 4 mm².

Os terminais para os cabos de controle e proteção deverão ser a compressão, tipo pino,
para circuitos de tensão, e tipo olhal, para circuitos de corrente.

Cada terminal a compressão poderá receber, no máximo, 2 cabos.

As réguas de bornes e a fiação deverão ser visíveis e de fácil acesso pela parte frontal de
cada cubículo.

Todo condutor deverá ser claramente identificado por etiquetas ou anilhas de material
plástico em cada extremidade, inclusive os cabos de interligação entre unidades, que
deverão ser fornecidos enrolados e adequadamente marcados para ligação às réguas de
bornes.
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A identificação da fiação deverá corresponder aos diagramas de interligação.

Cada régua de bornes do CCM-BT deverá conter bornes de reserva, conforme definições do
projeto.

Os bornes deverão possuir elementos de identificação do tipo removível.

Os seguintes circuitos e contatos deverão ser levados à régua de bornes de saída:

• Circuitos de abertura e fechamento de disjuntores;


• Contatos auxiliares não utilizados de relés e disjuntores;
• Circuitos de sinalização de disjuntores.

8.18 DESUMIDIFICAÇÃO

Para evitar corrosão por umidade, o CCM-BT deverá ser fornecido com resistores de
aquecimento para tensão monofásica de 220 V, instalados na parte inferior de cada
cubículo.

Os resistores de aquecimento deverão constituir um ou mais circuitos elétricos, a serem


controlados por um ou mais termostatos ajustáveis e protegidos por disjuntores instalados
no compartimento de baixa tensão.

Cada circuito de aquecimento deverá alimentar no máximo 6 resistores.

8.19 ENTRADA E SAÍDA DE CABOS DO CCM-BT

A saída dos cabos de força e de controle deverá ser pela parte inferior do cubículo.

O fundo de cada cubículo deverá ser provido de chapa metálica removível, bipartida, com
furo central para passagem dos cabos.

8.20 ATERRAMENTO

Deverá ser instalada barra de terra na parte inferior traseira de cada cubículo, aparafusada
firmemente à sua estrutura metálica.

As barras de terra de todos os cubículos deverão ser conectadas entre si por meio de
emendas, constituindo um barramento de terra único do CCM-BT.

Todas as partes metálicas não condutoras de energia elétrica do CCM-BT, tais como
invólucro, paredes divisórias, armações e partes não condutoras dos componentes, estrutura
suporte do barramento, terminais de aterramento dos secundários dos transformadores de

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instrumentos, e terminais de aterramento de blocos terminais deverão estar conectadas à
barra de terra.

A barra de terra do CCM-BT deverá possuir, em cada extremidade, um conector para cabos
de cobre, de seção a ser informada na folha de dados.

As portas de compartimentos deverão ser ligadas à estrutura do CCM-BT por meio de


cordoalhas de cobre.

8.21 ILUMINAÇÃO INTERNA

Cada coluna do CCM-BT deverá ser equipada com lâmpada fluorescente compacta, com
reator incorporado e microinterrruptor instalado na porta.

8.22 PLACAS DE IDENTIFICAÇÃO

Cada CCM-BT deverá ser provido de uma ou mais placas de identificação, marcadas de
maneira indelével e instaladas em local visível, de indicação da tensão nominal de trabalho,
e de sinalização de alerta nas portas e gavetas.

As indicações das placas de identificação são as especificadas na norma NBR IEC 60439-1.

Cada CCM-BT deverá ter uma placa com seu TAG, conforme o projeto.

Para cada cubículo do CCM-BT deverá ser prevista uma plaqueta em acrílico, de dimensões
adequadas, para identificação do equipamento alimentado.

Os equipamentos no interior de cada unidade deverão ser identificados utilizando-se código


idêntico aos usados nos diagramas esquemáticos e de fiação. Essa identificação deverá ser
feita na base de fixação de cada dispositivo e não no próprio corpo.

Todos os relés, as chaves, as lâmpadas de sinalização, os botões, instalados na face frontal


das gavetas, deverão possuir plaquetas de identificação indicando suas funções.

8.23 OUTROS COMPONENTES NECESSÁRIOS

Relés auxiliares, proteções dos circuitos e demais componentes e acessórios, necessários


ao perfeito funcionamento do CCM-BT, deverão ser fornecidos mesmo que não
mencionados nesta especificação ou na FD.

8.24 INVERSORES E SOFT-STARTERS INSTALADOS NO CCM-BT

Os inversores de frequência deverão atender aos requisitos do documento de referência, a


ET-E-438.

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Os inversores de frequência e soft-starters montados no CCM-BT deverão ser adequados ao
funcionamento em sistema elétrico com neutro aterrado por meio de resistor de alto valor
ôhmico (limitação a 3 A, contínua), com supervisão de falta à terra.

O fornecedor do CCM-BT deverá incluir no fornecimento a IHM montada na porta da gaveta


e quando necessário os filtros de entrada e saída (indicado na FD – Folha de Dados).

A proteção dos inversores e soft-starters deverá ser feita por disjuntores.

Os dispositivos e componentes individuais que contêm circuitos eletrônicos deverão atender


aos requisitos da norma básica de EMC, e aos de ambiente de EMC especificado.

Para o correto dimensionamento e especificação dos inversores de frequência e soft-starters


o fornecedor do CCM-BT deverá receber da Vale todas as informações técnicas necessárias
sobre os equipamentos a serem acionados.

As funções de parametrização local e leitura de variáveis dos inversores e soft-starters


deverão ser feitas sem a necessidade de abertura da porta do compartimento do CCM-BT.

Os inversores e soft-starters deverão utilizar protocolo de comunicações tipo DeviceNet,


Profinet, Internet IP ou Profibus DP, a ser definido na folha de dados.

8.25 DIAGNÓSTICO TÉRMICO

Caso solicitado na FD, o diagnóstico térmico deverá ser composto por sensores óticos e por
sensores lineares de temperatura associados a uma unidade central de processamento a
ser instalada no cubículo de entrada do CCM-BT.

O diagnóstico térmico deverá ser composto por duas funções, atuando em dois níveis de
temperatura:

• Alarme de detecção de aquecimento anormal gerado por falha de condução


nas conexões elétricas ou componentes, num primeiro nível;
• Desligamento e/ou alarme crítico de temperatura, no caso de ocorrer
aquecimento anormal em nível superior ao nível de alarme.

Estes alarmes serão endereçados ao IED para envio ao supervisório.

O desligamento poderá ocorrer por meio do disjuntor de entrada ou dos disjuntores de saída,
conforme o local do aquecimento.

A elevação de temperatura dos condutores no interior do CCM-BT deverá ser monitorada


por meio de sensores lineares de temperatura a serem instalados nos compartimentos de
cabos.

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8.26 DETECÇÃO DE ARCO ELÉTRICO

Caso solicitado na FD (Folha de Dados), o sistema de detecção de arco elétrico deverá


atuar de forma ultrarrápida, para minimizar a energia liberada e garantir uma proteção
somente na ocorrência de arco elétrico.

A unidade de processamento do sistema de detecção de arco elétrico deverá ser instalada


no cubículo de entrada do CCM-BT.

Uma vez detectado um arco elétrico, o sistema de detecção deverá promover o


desligamento instantâneo do disjuntor de entrada e do alimentador do CCM ou do disjuntor
de saída do circuito associado ao detector.

8.27 SENSORES PARA DIAGNÓSTICO TÉRMICO E DETECÇÃO DE ARCO


ELÉTRICO

A instalação dos sensores não deverá degradar o desempenho dielétrico do painel e


tampouco desclassificar o painel ensaiado para arco elétrico.

Os principais pontos a serem supervisionados pelos sensores óticos são:

• Derivações dos barramentos;


• Acoplamentos de contatos extraíveis;
• Conexões de cabos.

9.0 ATENDIMENTO AOS PADRÕES NORMATIVOS DA VALE

Os ativos, componentes e diretrizes relacionados ao objeto deste documento deverão seguir


integralmente os padrões normativos de gestão, meio ambiente, segurança, integridade de
ativos da Vale (PNR). Caso eventualmente ocorra alguma divergência entre requisitos
estabelecidos neste documento e no PNR, esse último deverá prevalecer.

Para este fornecimento, o fornecedor deverá atender os requisitos estabelecidos nos PNR-
000051, PNR-000052, PNR-000053 e PNR-000080.

10.0 REQUISITOS DE SAÚDE, SEGURANÇA E MEIO AMBIENTE

Deverá ser realizada uma análise de riscos, a cada projeto, visando à identificação, não só
dos riscos do próprio equipamento, mas também dos decorrentes das suas interfaces com
outros equipamentos do sistema, bem como do ambiente em que está inserido.

Os requisitos de saúde e segurança descritos no CP-R-501 deverão ser atendidos.

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10.1 MEDIDAS DE SEGURANÇA

Deverão ser observadas todas as recomendações relativas às normas da ABNT, com


respeito à segurança na operação e manutenção do equipamento.

O fornecedor deverá informar todas as medidas de segurança que deverão ser tomadas
para que os trabalhos de operação e manutenção sejam cumpridos dentro das melhores
condições de segurança.

11.0 INSPEÇÕES E ENSAIOS

O controle de qualidade incluirá a execução de inspeções e ensaios durante a fabricação e


por ocasião do recebimento.

O controle da qualidade durante a fabricação e os respectivos ensaios a cargo do fornecedor


deverão ser efetuados de acordo com as normas da ABNT, ou com normas internacionais,
para as matérias-primas básicas e componentes, podendo a Vale exigir certificados de
procedência das matérias-primas e componentes, além de fichas e relatórios internos de
controle.

Ficará ainda assegurado à Vale, o direito de presenciar os ensaios de rotina, conferir


resultados e, em caso de dúvida, efetuar novas inspeções e exigir a repetição de qualquer
ensaio.

Todas as normas, especificações e/ou desenhos citados como referência, deverão estar à
disposição da Vale no local da inspeção.

O fornecedor deverá apresentar ao inspetor da Vale os certificados de aferição (dentro de


seu período de validade) de todos os instrumentos de seu laboratório ou do laboratório
contratado, emitidos por laboratório credenciado pela Rede Brasileira de Calibração (RBC).

O fornecedor deverá proporcionar livre acesso do inspetor da Vale aos laboratórios e às


instalações onde o CCM-BT estiver sendo fabricado, fornecendo a ele as informações
solicitadas.

11.1 ENSAIOS DE RECEBIMENTO

Os ensaios de recebimento de cada CCM-BT compreendem:

• Ensaios de rotina;
• Ensaios de tipo especialmente solicitados na folha de dados.

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Todos os ensaios de rotina e de tipo deverão ser realizados conforme a norma NBR IEC
60439-1.

11.1.1 Ensaios de Rotina

Antes de efetuados os ensaios de rotina, o inspetor da Vale fará uma inspeção geral,
verificando os seguintes itens:

• Placas de identificação;
• Ensaios de aderência da pintura conforme a NBR 11003;
• Verificação da cor final da pintura.

Os ensaios de rotina descritos nas normas supracitadas deverão ser realizados em todos os
CCM-BT a serem fornecidos.

11.1.2 Ensaios de Integração do Sistema

O fornecedor será responsável pelos ensaios de integração do sistema em fábrica, que será
acompanhado pela Vale. Neste ensaio será verificada e testada a integração do sistema
completo, com a verificação de atuação das proteções, intertravamento e comunicação.

11.1.3 Ensaios de Tipo

Para atendimento à solicitação de ensaios de tipo constante na folha de dados, o fabricante


deverá apresentar, juntamente com a proposta de fornecimento, os relatórios desses
ensaios realizados em unidades com as mesmas características técnicas e funcionais.

11.2 ENSAIOS DE RESISTÊNCIA AO ARCO ELÉTRICO

Quando solicitado na FD (Folha de Dados), os ensaios de resistência ao arco elétrico


deverão ser apresentados.

Neste caso, o fabricante deverá apresentar, juntamente com a proposta de fornecimento, os


relatórios desses ensaios realizados conforme a norma IEC/TR 61641 em unidades com as
mesmas características técnicas e funcionais.

11.3 RELATÓRIOS DE ENSAIOS

Os relatórios de ensaios deverão conter:

• Identificação do CCM-BT;
• Número da ordem de compra;
• Número de identificação das unidades ensaiadas;
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• Descrição dos ensaios efetuados com indicação das normas adotadas,


aparelhos e circuitos de medição utilizados;
• Registro de todos os resultados e observações feitas, incluindo memórias de
cálculo, oscilogramas (originais), gráficos, etc.

12.0 GARANTIA DE PERFORMANCE

O fornecedor deverá ser inteiramente responsável pelo funcionamento seguro e satisfatório


dos centros de controle de motores de baixa tensão, seus componentes, materiais e
instrumentos, inclusive no que diz respeito à capacidade do equipamento, às margens de
segurança, à capacidade de sobrecarga e a outras indicações peculiares especificadas
neste documento e na folha de dados.

Deverá ser de inteira responsabilidade do fornecedor o desempenho operacional da


instalação quanto aos aspectos de adequação ao processo, concepção do projeto,
qualidade dos materiais e serviços empregados.

13.0 EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO

O método de embalagem deverá ser adequado de maneira a proteger o conteúdo contra


quebras e danos durante o embarque e transporte e/ou armazenamento, do local de
fabricação ao local de instalação, conforme descrito na EG-G-401.

ANEXO

ANEXO A - FOLHA DE DADOS CENTRO DE


CONTROLE DE MOTORES DE BAIXA TENSÃO
ANEXO A - FOLHA
(CCM-BT)
Formato:
DE DADOS CENTRO DE CONTROLE Microsoft
DE MOTORES Excel
DE BAIXA TENSÃO (CCM-BT).xls
(2 páginas)

DÚVIDAS, CRÍTICAS OU SUGESTÕES


Para dúvidas, críticas ou sugestões relacionadas ao SPE, acesse a central online SPE Responde,
disponível no Portal de Projetos, ou utilize o endereço eletrônico [email protected]

Sua participação é fundamental nos processos de melhoria e manutenção do acervo do SPE.

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