Relatório Da Anamnese - Morais
Relatório Da Anamnese - Morais
Relatório Da Anamnese - Morais
CURSO DE PEDAGOGIA
RELATÓRIO ANAMNESE
SOBRAL - CE
2017
A mãe entrevistada possui 43 anos de idade, reside na cidade de Viçosa do
Ceará, é casada, é coordenadora escolar, tem dois filhos biológicos, um casal. Um
menino de 6 anos e uma menina de 5 anos. Para a realização da anamnese, foi
avaliado o garoto de 6 anos de idade, pois a mãe apresenta duas queixas referentes
ao menino que serão elencadas durante o desenvolvimento deste relatório. O pai da
criança tem 54 anos de idade, é agente de saúde pública.
A respeito da gestação, a mãe narra que o filho foi muito desejado e também
planejado. A mesma reitera que sua gravidez foi de alto risco, pois sofria de uma
doença chamada Trombofilia (doença que provoca aumento da coagulação
sanguínea e possível formação de coágulos (trombos), que podem entupir os vasos
de sangue do corpo).
Quanto à forma de disciplina empregada pelos pais, a mãe diz que conversa
e explica para a criança quando ela erra. Quando há falta de limite apresentada pelo
filho, o mesmo é castigado, ficando sem seus brinquedos ou celular. Nesse
momento, reage chorando e quem o protege nessas horas é a vó. É muita
censurada, consegue se relacionar bem com o pai, a mãe e a irmã mais nova. A
família não apresenta nenhum problema na atualidade. A criança gosta de brincar
com areia quando vai à praia, gostando de desenhar e de pintar, tendo sua
brincadeira predileta a de jogar no celular. Tem por programa preferido na TV o
desenho animado Pica-Pau. O lazer que mais lhe interessa é ir à praia, ao parque
para brincar de balaço e gangorra com sua irmã. Ao ser contrariado, a criança
mostra-se zangada e diz que a mãe é chata. A mãe a corrige, aconselhando-o de
que isso não é certo.
Somente aos seis anos parou de usar fraldas. Quanto à passagem para o
troninho, mostra dificuldades para defecar nesse objeto. A criança, segundo a mãe,
tem medo de usar o sanitário, e isso faz com que não defeque de forma adequada,
segurando o coco até não aguentar mais, fazendo o saltar nas calças, pois tem
medo de defecar e de usar o sanitário. Essa situação preocupa muito a mãe, pois
nessa idade ainda não consegue ter controle sobre a defecação, faz a qualquer
momento, passando até 2 dias ou 3 sem defecar.
Começou a falar com 1 ano de idade, tendo mais diálogo com a mãe e a vó.
As duas sempre falavam algumas palavras para ele repetir. As primeiras palavras
foram mãe e pai, não trocava letras, não falava errado e hoje se comunica muito
bem dentro do ambiente familiar, falando de uma forma que todos entendem. Um
exemplo é de quando pede para ir ao parque com a mãe, consegue se expressar de
forma correta. Também é capaz de dar um recado e até de fazer compra, mas se
tiver acompanhado. Ele narra uma história, consegue passar todas as informações
de forma clara e concisa, pula de alegria quando está falando à mãe e à vó. A mãe
entende o que ele conta, tendo a história, começo, meio e fim. A criança tem insônia,
é agitado, mas não tem pesadelos. Dorme junto com a mãe e a irmã dentro do
quarto. Tem medo de dormir sozinho, não apresenta enurese noturna. Dorme com a
mãe até hoje.
Quanto à história clínica, não teve bronquite, mas teve alergia ao passar por
climas quentes e frios, tendo inflamações na garganta. Houve também viroses
infantis e internações, mas nunca passou por procedimento cirúrgico algum. Não
apresenta problemas de visão e nem neurológicos. Faz acompanhamento
psicológico atualmente. Porém, não necessita de apoio educacional especializado.
Apresentou somente crise de garganta de repetição e houve 4 internamentos. A
criança se preocupa com a saúde, aceita que está doente e procura a mãe quando
está com mal-estar. A própria tem acesso a brinquedos pedagógicos, a jogos, a
revistas, a livros, a brinquedos eletrônicos, a redes sociais. Participa de atividade
física na escola quando quer.
Sua entrada na escola inicia aos 2 anos e meio numa creche particular da
cidade. Os pais que escolheram a escola para o filho. A escolha da instituição foi
pelo preço, era menos cara. A criança nunca repetiu de ano. Apresentou problemas
com a professora, e até hoje não consegue interagir com a professora na sala de
aula, a mesma não consegue avaliar a criança e nem trabalhar com ela dentro da
sala, pois a criança é tímida, não participa da aula e nem se socializa dentro da sala
de aula com seus colegas.
A criança dentro de sala de aula não tem atitude, muda até o semblante, não
interage e nem se socializa. Não falta às aulas. A mãe diz que o foco da escola é a
aprendizagem, ela sente uma falta de diálogo perante o problema de socialização do
filho na sala de aula. A criança como não participa das atividades em sala de aula,
recebe apoio pedagógico da própria mãe que é pedagoga, por isso aprendeu a ler e
a escrever.
A depressão foi tão severa que perdeu 20 quilos, destaca a responsável pelo
filho, pois se sentia incapaz de ver o sofrimento do filho no ambiente escolar, o
mesmo chorava muito e nem se alimentar queria por conta de não querer ir à escola.
A mãe até hoje passa por tratamento psiquiátrico e psicológico, estando afastada de
suas funções como professora. E o filho ainda está passando pelo processo de
socialização dentro da sala de aula, pois mostra-se calado e não participativo na
aula e nem comunicativo com a professora e colegas de classe.