Manual de Petições

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sumário

05
REPRESENTAÇÃO
PROCESSUAL

09 MODELOS CÍVEIS

MODELOS
TRABALHISTAS 08
26
PROCURAÇÃO
OUTORGANTE: Nome________, nacionalidade ______, estado civil _____,
profissão _____, inscrito no CPF/MF sob o nº___________, RG
nº__________SSP/SP, residente e domiciliado na Rua _____________, nº
__________, bairro __________, cidade de Diadema/SP, CEP nº ___________, filho
de _________________ e _____________, email ___________________.

OUTORGADOS: Nome, nacionalidade, estado cívil, Advogado inscrito na


OAB/SP sob nº, inscrito no CPF : , com escritório na endereço, Cidade, Estado,
CEP:.

PODERES: por este instrumento particular de procuração, constituo meus


bastantes procuradores os outorgados, concedendo-lhes os poderes da cláusula
ad judicia et extra, para o foro em geral, e especialmente para: promover
quaisquer medidas judiciais ou administrativas, em qualquer instância, assinar
termo, substabelecer com ou sem reserva de poderes, e praticar ainda, todos e
quaisquer atos necessários e convenientes ao bom e fiel desempenho deste
mandato.

PODERES ESPECÍFICOS: A presente procuração outorga aos acima descritos, os


poderes para, em nome do outorgante, receber citação, confessar, reconhecer a
procedência do pedido, transigir, desistir, renunciar ao direito sobre o qual se
funda a ação, realizar atos de procedimento, receber, dar quitação, firmar
compromisso, pedir a justiça gratuita e assinar declaração de hipossuficiência
econômica. (Em conformidade com a norma do art. 105 do NCPC15).

Cidade 19 de Mês de Ano


___________________________
RG:
CPF:
SUBSTABELECIMENTO
OUTORGANTE:

NOME:
OAB/SP:
NACIONALIDADE:
ESTADO CIVIL:
PROFISSÃO:
ENDEREÇO:
CEP/BAIRRO:
CIDADE/ESTADO:

OUTORGADO:

NOME: OAB nº

PODERES: a outorgado para representar NOME ., nos autos do processo movido


em face de, -, processo - em trâmite perante a - CIDADE - ESTADO, com iguais
reservas.

São Paulo, 13 de maio de 2021

_________________________________________
Nome:
OAB/SP:
DECLARAÇÃO DE HIPOSSUFICIÊNCIA

... (nome completo em negrito), ... (nacionalidade), ... (estado civil), ...
(profissão), portador do CPF/MF nº ..., com Documento de Identidade de n° ...,
residente e domiciliado na Rua ..., n. ..., ... (bairro), CEP: ..., ... (Município – UF),
DECLARO, para todos os fins de direito e sob as penas da lei, que não tenho
condições de arcar com as despesas inerentes ao presente processo, sem
prejuízo do meu sustento e de minha família, necessitando, portanto, da
Gratuidade da Justiça, nos termos do art. 98 e seguintes da Lei 13.105/2015
(Código de Processo Civil). Requeiro, ainda, que o benefício abranja a todos os
atos do processo.
... (Município – UF), ... (dia) de ... (mês) de ... (ano).

______________________________________
NOME COMPLETO
AÇÃO DE DIVÓRCIO
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ____ª VARA CÍVEL
(JUIZADO ESPECIAL) DA COMARCA DE CIDADE-ESTADO

... (nome completo em negrito do reclamante), ... (nacionalidade), ... (estado


civil), ... (profissão), portador do CPF/MF nº ..., com Documento de Identidade
de n° ..., residente e domiciliado na Rua ..., n. ..., ... (bairro), CEP: ..., ...
(Município – UF), vem respeitosamente perante a Vossa Excelência propor:

AÇÃO DE DIVÓRCIO LITIGIOSO C/C ALIMENTOS


em face de ... (nome em negrito do reclamado), ... (indicar se é pessoa física ou
jurídica), com CPF/CNPJ de n. ..., com sede na Rua ..., n. ..., ... (bairro), CEP: ...,
... (Município– UF), pelas razões de fato e de direito que passa a aduzir e no
final requer.:

DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA

O autor requer, inicialmente, os benefícios da Justiça Gratuita por ser pobre na


forma da Lei, conforme declaração de hipossuficiência em anexo. Não dispondo
de numerário suficiente para arcar com taxas, emolumentos, depósitos judiciais,
custas, honorários ou quaisquer outras cobranças dessa natureza sem prejuízo
de sua própria subsistência e de sua família, o suplicante requer a assistência da
Defensoria Pública com fulcro na Lei nº 1.060/50, acrescida das alterações
estabelecidas pela Lei nº 7.115/83, tudo consoante com o art. 5º, LXXIV, da
Constituição Federal.

DOS FATOS
Do Casamento e da separação de fato
A requerente contraiu matrimônio com o requerido em 28/02/2013, sob o
regime da comunhão parcial de bens, como prova a cópia da certidão de
casamento anexa.
O casal se encontra separado de fato há mais ou menos um ano, não tendo
ocorrido nenhum retorno à convivência nesse período, nem qualquer
possibilidade de reconciliação.
Dos filhos
AÇÃO DE DIVÓRCIO
Da união matrimonial adveio um filho, ..., nascido em 03/05/2014, conforme
registro de nascimento em anexo.
Da Guarda e do Direito de visita
Conforme citado anteriormente, o casal possui um filho menor e com
necessidades especiais que se encontra na guarda de fato da genitora desde a
separação de fato do casal. Tendo em vista o melhor interesse do filho, a
requerente requer a fixação da guarda unilateral em seu favor. Concernente ao
direito de visita requer que seja regulamentado em favor do réu nos dias em que
lhe for conveniente, devido a distancia de seu domicilio.
Da Pensão alimentícia do filho
Para a criança: A mãe do Requerente não tem condições de suportar sozinha os
encargos alimentares, não tendo meios de sustentá-lo.
O requerido goza de plena saúde física e mental, trabalhando como autônomo,
auferindo deste serviço uma media de três salários mínimos por mês,
perfazendo um valor de R$ 2.811,00 (dois mil oitocentos e onze reais). Diante
da possibilidade do alimentante os seus recursos tornam-se suficiente para
prestar alimentos a Requerente, cumprindo desta forma, seu dever de pai,
pedido.
Assim, requer a fixação judicial de alimentos de 30% (trinta por cento) do salário
recebido pelo o alimentante equivalente atualmente a R$ 843,00 (oitocentos e
quarenta e três reais), até o dia 10 (dez) de cada mês, com pagamento mediante
depósito em conta bancária da representante legal e que o requerido continue
arcar com sua obrigação de pagar o plano de saúde.
Da pensão alimentícia do cônjuge
A autora dispensa a fixação de alimentos a seu favor, bem como deixa de ofertar
ao promovido, pois ambos possuem condições financeiras para arcarem com
suas mantenças.
Da Inexistência de bens
Durante o consórcio conjugal não foram adquiridos bens imóveis ou móveis
susceptíveis de partilha
Do Uso do Nome de Solteira
O cônjuge virago retornará a utilizar seu nome de solteira, qual seja: ....
DO DIREITO
AÇÃO DE DIVÓRCIO
Trata o presente caso de dissolução da sociedade e do vínculo conjugal,
intentada pela Requerente Lilica ripilica das flores cravo que quer ver esse
vínculo rompido por não haver mais possibilidades de reatarem o matrimônio.
A nossa Constituição Federal (com redação pela EC nº 66/2010) passou a
admitir o divórcio direto, sem necessidade de observância de qualquer requisito:

Art. 226...
§ 6º. O casamento válido se dissolve pelo divórcio.
Trata-se de reconhecimento à Teoria do Desamor, segundo a qual não cabe ao
Estado intervir nas relações particulares de modo a determinar a permanência
da união dos cidadãos, estabelecendo requisitos temporais ou causais, quando
não mais exista o elemento afetivo.
Neste sentido, destacamos a doutrina especializada de Direito de Família que,
sobre o tema, leciona:
Convém postular que o direito de casar e o de não permanecer casado
constituem o verso e o reverso da mesma moeda, devendo ser compreendidos e
assegurados de forma integral, tanto no plano material, quanto na esfera
processual, libertos de exigências indevidas e mediante um exercício facilitada.
[2]

Dos Alimentos provisórios

Os alimentos provisórios pleiteados na presente ação têm como objetivo


promover o sustento dos filhos na pendência da lide. Tal pedido encontra-se
previsto no art. 4º da Lei N.º 5.478/68, que dispõe sobre a ação de alimentos,
senão vejamos:
Art. 4º. Ao despachar o pedido, o juiz fixará desde logo alimentos provisórios a
serem pagos pelo devedor, salvo se o credor expressamente declarar que deles
não necessita.
No caso em exame, resta comprovada a necessidade de fixação de tal provisão
legal, face à dificuldade financeira enfrentada pela genitora do filho que está
desempregada o que fatalmente resvala a manutenção. Registre-se a precisa
lição da atual doutrina de Maria Berenice Dias que, citando Silvio Rodrigues e C
AÇÃO DE DIVÓRCIO
Carlos Alberto Bittar, assim preconiza:
Talvez se possa dizer que o primeiro direito fundamental do ser humano é o de
sobreviver. E este, com certeza, é o maior compromisso do Estado: garantir a
vida dos cidadãos. Assim, é o Estado o primeiro a ter obrigação de prestar
alimentos aos seus cidadãos e aos entes da família, na pessoa de cada um que
integra. (…) Mas infelizmente o Estado não tem condições de socorrer a todos,
por isso transforma a solidariedade familiar em dever alimentar. Este é um dos
efeitos que decorrem da relação de parentesco[3].

Isto posto, com o objetivo de propiciar a criança proteção jurisdicional aos


meios à sua mantença digna durante o curso do processo, solicitam-se alimentos
provisórios, nos termos da pensão alimentícia requerida alhures
DO PEDIDO
Ante o exposto, requer:
1. Conceder aos requerentes os benefícios da Justiça Gratuita;

2. Fixar ALIMENTOS PROVISÓRIOS 30% (trinta por cento) do salário do


requerido que equivalente atualmente a R$ 843,30 (oitocentos e quarenta e três
reais e trinta reais), a ser depositado até o dia 10 (dez) de cada mês, de logo,
requerendo, que seja aberta conta bancária em nome da Genitora, para que seja
efetuado o depósito, referente à pensão alimentícia que deve ser paga até o dia
10 (dez) de cada mês. Bem como determinar que o genitor continue a arcar com
as obrigações de pagar o plano de saúde da criança.

3. A CITAÇÃO do réu, para que compareça à audiência de tentativa de auto


composição, a partir da qual querendo, poderá responder ao presente feito, no
prazo legal, bem como acompanhá-la em todos os seus procedimentos até
julgamento final, sob pena de, em assim não o fazendo, sofrem os efeitos da
revelia.

4. DETERMINAR a intimação do Ilustre Representante do Ministério Público


para que acompanhe os atos e procedimentos dessa ação, como também para
que se manifeste sobre os mesmos;
AÇÃO DE DIVÓRCIO
5. Ao fim, julgar pela procedência do pedido principal, para que seja decretado o
divórcio do casal, observando os termos da presente exordial, em especial
voltando a cônjuge virago a usar o seu nome de solteira, qual seja: LILICA
RIPILICA DAS FLORES CRAVO; Converter os alimentos provisórios em
definitivos no percentual designado no Item ‘2’; conceder a guarda unilateral do
filho do casal para genitora, assegurando ao genitor o direito de visitas nos
termos expostos conforme disposto nesta peça;

6. Expedir, após o trânsito em julgado, o competente mandado de averbação da


sentença ao cartório de registro civil competente, para que proceda às
alterações necessárias junto ao assento do casamento das partes, com isenção
de custas

7. DECIDIR pela condenação do demandado no pagamento das verbas de


sucumbência, isto é, custas processuais e honorários advocatícios, estes na base
de 20% (vinte por cento) sobre o valor da condenação.
Protesta provar o alegado por todos os meios admitidos em direito,
notadamente, depoimento pessoal do acionado, sob pena de confissão, juntada
posterior de documentos, bem como, quaisquer outras providências que Vossa
Excelência julgue necessária à perfeita resolução do feito; ficando tudo de logo
requerido.

Dá à causa o valor de R$ ....

Nestes termos,

pede e espera deferimento.

... (Município – UF), ... (dia) de ... (mês) de ... (ano).

ADVOGADO
OAB n° .... - UF
AÇÃO DE ALIMENTOS
EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) DE DIREITO DA __
VARA DE FAMÍLIA COMARCA DE ___, ESTADO DE __.

... (nome completo em negrito do reclamante), ... (nacionalidade), ... (estado


civil), ... (profissão), portador do CPF/MF nº ..., com Documento de Identidade
de n° ..., residente e domiciliado na Rua ..., n. ..., ... (bairro), CEP: ..., ...
(Município – UF), por sua advogada devidamente constituídos pelo instrumento
de mandato anexo, nos termos do art. 287 do NCPC/2015 (documento 1), vem,
respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, propor a presente

AÇÃO DE ALIMENTOS E GUARDA

Em face de (NOME DO RÉU), (nacionalidade), (estado civil), (profissão), portador


(a) da carteira de identidade nº XXXXXX e do CPF nº XXXXXXX, residente e
domiciliado (a) no (Endereço), pelos fatos e fundamentos a seguir expostos:

PRELIMINARMENTE

I. DA JUSTIÇA GRATUITA

A autora não possui condições de pagar as custas e despesas do processo sem


prejuízo próprio ou de sua família, conforme declaração de hipossuficiência
anexa, sob égide no Novo Código de Processo Civil, art. 98 e seguintes e pelo
artigo 5º, LXXIV da Constituição Federal. Desse modo, a autora faz jus à
concessão da gratuidade de Justiça. Insta ressaltar que entender de outra forma
seria impedir os mais humildes de ter acesso à Justiça, garantia maior dos
cidadãos no Estado Democrático de Direito.

I. DOS FATOS

Conforme faz prova na certidão de nascimento em anexo, o (a) requerente é


filho (a) legítimo do requerido, fruto de relacionamento amoroso entre o
requerido e sua genitora, que viveram algum tempo em união estável.
AÇÃO DE ALIMENTOS
Desde a separação dos genitores o menor está sob os cuidados de sua genitora,
que possui guarda unilateral de fato.

Atualmente a representante legal não trabalha, e vem enfrentando dificuldades


em manter o mesmo padrão de vida de seu (a) filho (a) desde a separação do
casal.

A criação da requerente não deve recair somente sobre a responsabilidade de


sua genitora, que são muitas e notórias, como por exemplo: alimentação,
vestuário, moradia, assistência médica e odontológica, educação, dentre outras.

A situação financeira do requerido é estável e privilegiada, segundo informações


de testemunhas que serão oportunamente arroladas, o requerido exerce a
função de autônomo no ramo de XXXX, percebendo cerca de R$ XXX (XXXX
reais) mensais, todavia, quando procurado pela representante legal do (a)
requerente, este se negou a prestar auxílio superior ao valor de R$ XXX (XXXX
reais), valor este insuficiente, não restando outra alternativa se não a
propositura da presente ação.

A requerente já possui a guarda unilateral, sendo assim, deseja que a guarda


continue com a genitora do menor, com o direito de visita livre para o genitor.

Diante dos fatos expostos, surgiu a necessidade de se ingressar com a presente


demanda para regularizar a guarda definitiva do (a) menor, bem como
regulamentar as visitas do genitor e fixar um valor mensal a título de pensão
alimentícia em favor do (a) menor.

II. DO DIREITO

A Lei 5.478/68 dispõe sobre a prestação de alimentos, regulando esta. O artigo


1.696 do diploma Civil diz que:

“Art. 1.696. O direito à prestação de alimentos é recíproco entre pais e filhos, e


extensivo a todos os ascendentes, recaindo a obrigação nos mais próximos em
grau, uns em falta de outros.”
AÇÃO DE ALIMENTOS
O requerente encontra amparo legal no artigo 1.695 do Código Civil que diz:

“Art. 1.695. São devidos os alimentos quando quem os pretende não tem bens
suficientes, nem pode prover, pelo seu trabalho, à própria mantença, e aquele,
de quem se reclamam, pode fornecê-los, sem desfalque no necessário ao seu
sustento.”
Ademais, o dever de prestação de alimentos está previsto expressamente na
Constituição Federal, em seu artigo 229, sendo dever dos pais satisfazer as
necessidades vitais do (a) autor (a), vez que este (a) não pode provê-las por si.

III. DO PEDIDO

Por derradeiro, restando infrutíferas todas as tentativas para uma saída


suasória, não restou à requerente outra alternativa se não a propositura da
presente ação de alimento, para que seu genitor, ora requerido, seja compelido
a contribuir com o necessário para que a requerente sobreviva com, um mínimo
de dignidade, e para tanto requer:

a) Designação de audiência prévia de conciliação, nos termos do art. 319, VII, do


Novo Código de Processo Civil;

b) A citação do requerido, acima descrito, para que compareça em audiência a


ser designada por Vossa Excelência, sob pena de confissão quanto a matéria de
fato, podendo contestar dentro do prazo legal sob pena de sujeitar-se aos
efeitos da revelia, nos moldes do art. 344 do NCPC/2015;

c) O deferimento dos benefícios da justiça gratuita por ser pobre na acepção


jurídica da palavra, não podendo arcar com as despesas processuais sem privar-
se do seu próprio sustento e de sua família;

d) O arbitramento de alimentos provisórios, em R$ XXX (XXXX reais),


equivalente a XX% do salário mínimo, a ser depositado na conta
(poupança/corrente) do Banco XXXX, Agência XXX, Conta nº XXXXXXXX-X,
conta em nome de (NOME DO (A) FAVORECIDO (A));

e) A intimação do representante do Ministério Público para intervir no feito;


AÇÃO DE ALIMENTOS
f) a procedência da presente ação, condenando-se o requerido na prestação de
alimentos definitivos, na proporção de em R$ XXX (XXXX reais), equivalente a
XX% do salário mínimo, a ser depositado na conta (poupança/corrente) do
Banco XXXX, Agência XXX, Conta nº XXXXXXXX-X, conta em nome de (NOME
DO (A) FAVORECIDO (A));

g) Seja deferida a guarda definitiva do menor à genitora e regulamentada o


direito a visita livre para o genitor;

h) Seja condenado o requerido ao pagamento das custas processuais e


honorários advocatícios, nos moldes do art. 546 do CPC/2015;

Protesta provar o alegado por todos os meios de prova admitidos em direito,


que ficam desde já requeridos, ainda que não especificados.

Atribui-se à causa o valor R$ (…), para fins de alçada, nos moldes do art. 292, III
do NCPC/2015.

Nestes termos,
pede e espera deferimento.
... (Município – UF), ... (dia) de ... (mês) de ... (ano).

ADVOGADO
OAB n° .... - UF
AÇÃO DE COBRANÇA
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ____ª VARA CÍVEL
(JUIZADO ESPECIAL) DA COMARCA DE CIDADE-ESTADO

... (nome completo em negrito do reclamante), ... (nacionalidade), ... (estado


civil), ... (profissão), portador do CPF/MF nº ..., com Documento de Identidade
de n° ..., residente e domiciliado na Rua ..., n. ..., ... (bairro), CEP: ..., ...
(Município – UF), vem respeitosamente perante a Vossa Excelência propor:

AÇÃO DE COBRANÇA

em face de ... (nome em negrito do reclamado), ... (indicar se é pessoa física ou


jurídica), com CPF/CNPJ de n. ..., com sede na Rua ..., n. ..., ... (bairro), CEP: ...,
... (Município– UF), pelas razões de fato e de direito que passa a aduzir e no
final requer.:

DOS FATOS

O requerido no ano de 2015 adquiriu da autora diversas peças de roupas e


acessórios, mediante promessa de pagamento parcelado, tendo sido acertado
entre as partes que o pagamento seria mensal e que a data de vencimento das
prestações seria no dia 17 de cada mês e no valor de R$ 85,00 cada.

Contudo, o último pagamento ocorreu em 17.02.2016. E, portanto, desde então,


o requerido deixou de pagar as prestações da dívida contraída por ele, eis que
as parcelas se encontram impagas e vencidas relativas ao período de 17.03.2016
à 17.08.2016.

Logo, o requerido encontra-se inadimplente com a sua obrigação de pagar,


desde 17 de março de 2016. Ou seja, a 06 (SEIS) MESES!

Assim, o débito do réu alcançou o valor histórico de R$ 500,00 (Quinhentos


Reais), que atualizado desde 17.03.2016 até a presente data perfaz o montante
de R$ 660,55 (SEISCENTOS E SESSENTA REAIS E CINQUENTA E CINCO
CENTAVOS), conforme cálculo incluso.

Por fim, as tentativas amigáveis de receber os valores devidos foram inúmeras,


todavia, restaram infrutíferas, face ao total descaso e desinteresse do requerido
em adimplir com o seu débito. Desta feita, não restou à requerente outra
alternativa a não ser buscar no Judiciário a solução desse conflito.
AÇÃO DE COBRANÇA
DO DIREITO

Estabelece o Novo Código de Processo Civil, que na ação de cobrança o valor


do débito deve ser atualizado até a data da propositura da ação:

“Art. 292. O valor da causa constará da petição inicial ou da reconvenção e será:


I – na ação de cobrança de dívida, a soma monetariamente corrigida do
principal, dos juros de mora vencidos e de outras penalidades, se houver, até a
data de propositura da ação;”;

Como se apresenta em anexo através da memória discriminada de cálculo, o


valor da dívida atualizado até esta data é de R$ 660,55 (SEISCENTOS E
SESSENTA REAIS E CINQUENTA E CINCO CENTAVOS).

DOS PEDIDOS

Ante todo o exposto, passa a requerer:

a) A citação do requerido através de Oficial de Justiça, para comparecer à


audiência de conciliação, sob pena de revelia e confissão quanto à matéria de
fato;

b) A Total Procedência da Ação, condenando o requerido ao pagamento do


principal, acrescido de juros, correção monetária, honorários advocatícios e, que
consoante planilha de cálculo ora acostada, até a presente data aufere a quantia
de R$ 660,55 (SEISCENTOS E SESSENTA REAIS E CINQUENTA E CINCO
CENTAVOS), que deverá ser atualizado monetariamente e acrescido de juros até
a data do efetivo pagamento;

c) A produção de todos os meios de prova em direito admitidos, em especial o


depoimento pessoal do requerido e oitiva de testemunha;

d) A concessão do benefício da Assistência Judiciária Gratuita, eis que a autora


preenche os requisitos da Lei 1.060/50, porquanto não possui condições de
arcar com custas judiciais sem prejuízo do sustento próprio e de sua família,
para em caso de haver necessidade de recurso à Instância Superior;

e) A condenação do requerido ao pagamento de custas judiciais e honorários


advocatícios no valor de 20% sobre o valor da condenação, em havendo recurso
à Instância Superior;
AÇÃO DE COBRANÇA
f) Por fim, que as futuras intimações, sejam encaminhadas através da advogada
que subscreve a presente.

Dá-se a causa o valor de R$ 660,55.

Nestes termos,

pede e espera deferimento.

... (Município – UF), ... (dia) de ... (mês) de ... (ano).

ADVOGADO
OAB n° .... - UF
AÇÃO DE DANOS MORAIS
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ____ª VARA CÍVEL
(JUIZADO ESPECIAL) DA COMARCA DE CIDADE-ESTADO

... (nome completo em negrito do reclamante), ... (nacionalidade), ... (estado


civil), ... (profissão), portador do CPF/MF nº ..., com Documento de Identidade
de n° ..., residente e domiciliado na Rua ..., n. ..., ... (bairro), CEP: ..., ...
(Município – UF), vem respeitosamente perante a Vossa Excelência propor:

AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS COM PEDIDO DE TUTELA


PROVISÓRIA.

em face de ... (nome em negrito do reclamado), ... (indicar se é pessoa física ou


jurídica), com CPF/CNPJ de n. ..., com sede na Rua ..., n. ..., ... (bairro), CEP: ...,
... (Município– UF), pelas razões de fato e de direito que passa a aduzir e no
final requer.:

QUANTO À AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO

A Autora opta pela realização de audiência conciliatória (CPC/2015, art. 319,


inc. VII), razão qual requer a citação do requerido, por carta (CPC/2015, art.
247, caput) para comparecer à audiência designada para essa finalidade
(CPC/2015, art. 334, caput c/c § 5º).

DOS FATOS

No início do mês Maio deste ano a requerente se dirigiu a loja Hering e


Magazine Luiza, para efetuar umas compras, mas no momento em que precisou
efetuar um crediário para parcelamento foi informado pelo atendente que, por
meio de uma consulta no SERASA, serviço de proteção ao crédito, constatou
que o nome da requerente constava no cadastro de inadimplentes,
impossibilitando a aquisição almejada.

Surpresa com a notícia e convicta de não possuir qualquer dívida que


justificasse tal restrição de crédito, a requerente dirigiu-se até o SERASA para
retirar um extrato que indicasse seu nome no cadastro, pois estava certa de que
não possuía divida alguma.

Quando retirou o extrato, verificando de que se tratava, não entendeu o porquê


de seu nome constar no referido cadastro, haja vista que este apontamento
refere-se à várias contas de energia elétrica de duas unidades consumidora,
onde morou à cinco anos atrás, quê não é de propriedade da
AÇÃO DE DANOS MORAIS
autora, e sim, de propriedade do requerido conforme consta certidão de inteiro
teor do imóvel em anexo.

A autora pode se lembrar que morou a cinco anos atrás em uma das quitinetes
do requerido, e que nesta época transferiu a titularidade da unidade
consumidora onde residia para seu nome, pois na época precisava de um
comprovante de endereço de titularidade sua, porem quando mudou-se deixou
quitadas as contas de energia elétrica que consumiu durante o período que
residiu na quitinete.

No entanto, por surpresa encontra-se a titularidade de duas unidades


consumidora em nome da autora e várias contas em atraso, motivo pelo o qual
foi incluso o seu nome no cadastro do SERASA, fazendo a requerente passar por
situação vexatória desnecessária.

Presume-se que o requerido agiu de má-fé, cadastrando mais uma unidade


consumidora em nome da requerente sem o conhecimento da mesma, por
negligencia em deixar a permanecer a titularidade da unidade consumidora em
nome da autora, e por omissão com o descumprimento ao dever de adimplir as
contas em aberto no valor de R$ 527,46 (quinhentos e vinte sete reais e
quarenta e seis centavos), valor este insignificante perante a riqueza do
requerido, pois este é uma pessoa bem conceituada e porta de bens de grande
valia.

O extrato atualizado demonstra que o nome da requerente está negativado, por


consumo de energia elétrica que a mesma não consumiu, visto que, tal situação
configura o dano moral, o suposto débito não é responsabilidade da requerente
adimplir e sim do requerido, pois feriu a honra e dignidade, trazendo um
inigualável constrangimento a Autora.

A requerente vem à presença de Vossa Excelência requerer a aplicação de danos


morais e requerer que o requerido retire o nome da requerente dos Serviços de
Proteção ao Crédito – SPC, SERASA, congêneres e seja regularizado a
titularidade das unidades consumidora na Empresa CELG retirando o nome da
requerente das duas unidade consumidora.

DO DIREITO

Em decorrência deste incidente, a requerente experimentou situação


constrangedora, angustiante, tendo sua moral abalada, face à indevida inscrição
de seu nome no cadastro de inadimplentes com seus reflexos prejudiciais, sendo
suficiente a ensejar danos morais, até porque, ela não é devedora, de modo, que
é obrigação do requerido.

O certo é que até o presente momento, a requerente permanece com seu nome
registrado no cadastro do SERASA, por conta de um débito que não é obrigação
da requerente adimplir, e precisa que seja retirado para continuar sua vida.
AÇÃO DE DANOS MORAIS
O requerido, atualmente está agindo com manifesta negligência e evidente
descaso com a requerente, pois jamais poderia ter permitido o nome da autora,
até a presente data no cadastro dos serviços de proteção ao crédito.
Sua conduta, sem dúvida, causou danos à imagem, à honra e ao bom nome da
requerente que permanece nos cadastros do SERASA, de modo que encontra-se
com uma imagem de mau pagadora, de forma absolutamente indevida, eis que
nada deve.

Desta forma, tendo cadastrado a titularidade de mais uma unidade consumidora


em nome da autora e deixou de adimplir as contas de energia elétrica
ocasionado a inclusão do nome da mesma nos cadastros dos serviços de
proteção ao crédito, não pode o requerido se eximir da responsabilidade pela
reparação do dano causado, pelo qual responde.

Neste sentido, a Constituição Federal de 1988, em seu art. 5º, inciso X,


assegura o direito à indenização pelo dano moral decorrente de violação à
intimidade, à vida privada, à honra e à imagem das pessoas.

X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas,


assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de
sua violação;

Nesse diapasão, claro é que o requerido, ao cometer imprudente ato, afrontou


confessada e conscientemente o texto constitucional acima transcrito, devendo,
por isso, ser condenado à respectiva indenização pelo dano moral sofrido pela
requerente.

Diante do narrado, fica claramente demonstrado o absurdo descaso e


negligência por parte do requerido, que permanece com o nome da requerente
até o presente momento inserido no cadastro do SERASA, fazendo-o passar por
um constrangimento lastimável.

A única conclusão a que se pode chegar é a de que a reparabilidade do dano


moral puro não mais se questiona no direito brasileiro, porquanto uma série de
dispositivos, constitucionais e infraconstitucionais, garantem sua tutela legal.
O desiderato da Promovente também está sob a proteção da Lei Substantiva
Civil. Eis o teor dos seus artigos 186 e 927:

Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou


imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente
moral, comete ato ilícito.

Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (art. 186 e 187), causar dano a outrem, fica
obrigado a repará-lo.
Eis a acepção de dano moral na jurisprudência pátria:
AÇÃO DE DANOS MORAIS
Apelação Cível nº 888.2002.0017 - 1ª Câmara Cível - Rel. Des. Jorge Ribeiro
Nóbrega - jul. 20/06/2002).

Um dos elementos da responsabilidade é o dano ou prejuízo, que traduz a


violação a um interesse jurídico tutelado material ou moralmente. Assim, o dano
material (que não pode ser hipotético, mas certo) consiste na violação dos
direitos patrimoniais, já o dano moral implica na violação dos direitos da
personalidade.

No entanto, prevê claramente o dano moral, diante de todo exposto, a


requerente requer a reparação mediante indenização por todos os danos
causados a autora da ação.

DA TUTELA PROVISÓRIA

Dispõe o artigo 294 do Novo Código de Processo Civil, que a Tutela Provisória,
pode ser fundamentada em Urgência ou Evidência, complementando o referido
artigo, citemos o artigo 300, do mesmo Código. Vejamos:

Art. 300. A Tutela de urgência será concedida quando houver elementos que
evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado
útil do processo.

Dessa forma, como único meio de resguardar os direitos da requerente, que já


se encontra sofrendo prejuízos e passando por dificuldades de toda ordem, e
impedir que suporte lesão de mais difícil reparação até a prolação da sentença, é
necessária o deferimento dos efeitos da tutela provisória no que se refere o
pagamento das contas em aberto, e à exclusão de seu nome dos registros do
SPC e SERASA, com a imposição de multa diária pelo descumprimento da
obrigação.

Há nos autos “prova inequívoca” da ilicitude cometida pelo Requerido,


fartamente comprovada por documentos imersos nesta querela.
Desse modo, à guisa de sumariedade de cognição, os elementos indicativos de
ilegalidades contido na prova ora imersa, traz à tona circunstâncias de que o
direito muito provavelmente existe.

Acerca do tema em espécie, é do magistério de José Miguel Garcia Medina as


seguintes linhas:

“... Sob outro ponto de vista, contudo, essa probabilidade é vista como requisito,
no sentido de que a parte deve demonstrar, no mínimo, que o direito afirmado é
provável (e mais se exigirá, no sentido de se demonstrar que tal direito muito
provavelmente existe, quanto menor for o grau depericulum. “ (MEDINA, José
Miguel Garcia. Novo
AÇÃO DE DANOS MORAIS
código de processo civilcomentado … – São Paulo: RT, 2015, p. 472) (itálicos do
texto original)

Com esse mesmo enfoque, sustenta Nélson Nery Júnior, delimitando


comparações acerca da “probabilidade de direito” e o “fumus boni iuris”, esse
professa, in verbis:

“4. Requisitos para a concessão da tutela de urgência: fumus boni iuris: Também
é preciso que a parte comprove a existência da plausibilidade do direito por ela
afirmado (fumus boni iuris). Assim, a tutela de urgência visa assegurar a eficácia
do processo de conhecimento ou do processo de execução…” (NERY JÚNIOR,
Nélson. Comentários ao código de processo civil. – São Paulo: RT, 2015, p. 857-
858) (destaques do autor)

Diante dessas circunstâncias jurídicas, faz-se necessária a concessão da tutela


de urgência antecipatória, o que também sustentamos à luz dos ensinamentos
de Tereza Arruda Alvim Wambier:

“O juízo de plausibilidade ou de probabilidade – que envolvem dose significativa


de subjetividade – ficam, ao nosso ver, num segundo plano, dependendo do
periculum evidenciado. Mesmo em situações que o magistrado não vislumbre
uma maior probabilidade do direito invocado, dependendo do bem em jogo e da
urgência demonstrada (princípio da proporcionalidade), deverá ser deferida a
tutela de urgência, mesmo que satisfativa. “ (Wambier, Teresa Arruda Alvim …
[et tal]. – São Paulo: RT, 2015, p. 499)

No tocante ao periculum na demora da providência judicial, urge demonstrar


que a autora necessita de seu nome para realizar compras, de inteira
necessidade.

Diante disso, a autora vem pleitear, sem a oitiva prévia da parte contrária
(CPC/2015, art. 300, § 2º), independente de caução (CPC/2015, art. 300, § 1º),
tutela de urgência antecipatória no sentido de:

Determinar que o Ré possa adimplir o debito e posteriormente exclua, no prazo


de cinco (5) dias, o nome da requerida dos órgãos de restrições, referente a
questão ora debatida;

DOS PEDIDOS

Por todo o exposto, com base na farta e suficiente prova documental acostada
aos autos, vem a Autora requerer, sucessivamente:
AÇÃO DE DANOS MORAIS
a) Conceder a Tutela de Urgência Antecipatória, para determinar que o Ré pague
debito das contas de consumo de energia elétrica, e posteriormente exclua, no
prazo 05 (cinco) dias, o nome da Requerente dos órgãos de Restrições, referente
a questão ora debatida. Sem a oitiva prévia da parte contraria (CPC/2015 art.
300, § 2º), independente de caução (CPC/2015 art. 300, § 1º), com a imposição
de multa diária pelo descumprimento da obrigação;

b) A citação do requerido no endereço aludido nesta peça vestibular, a fim de,


querendo, contestar a presente ação no prazo legal, sob pena de revelia;.

c) Seja declarada a inexistência de débitos da requerente para com o requerido;

d) A condenação do requerido a pagar a requerente um quantum a título de


danos morais, o valor de R$ 30.000,00 (trinta mil reais), em atenção às
condições das partes, principalmente o potencial econômico-social do lesante, a
gravidade da lesão, sua repercussão e as circunstâncias fáticas;

e) Seja o Ré condenado a pagar o todos os ônus pertinentes à sucumbência,


nomeadamente honorários advocatícios, esses de já pleiteados no patamar
máximo de 20%(vinte por cento) sobre o proveito econômico obtido pela Autora
ou, não sendo possível mensurá-los, sobre o valor atualizado da causa
(CPC/2015, art. 85, § 2º).

f) protesta provar o alegado por toda espécie de prova admitida (CF, art. 5º,
inciso LV), nomeadamente pelo depoimento do representante legal da Ré
(CPC/2015, art. 75, inciso VIII), oitiva de testemunhas a serem arroladas
opportuno tempore, juntada posterior de documentos como contraprova,
exibição de documentos, tudo de logo requerido
g) Requer, ainda, que todas as publicações e intimações sejam realizadas
EXCLUSIVAMENTE em nome do advogado Dr. Patrícia de Sousa Freitas,
OAB/GO 43.826, sob pena de nulidade da intimação.
Dá-se a causa o valor de R$ 30.000,00 (trinta mil reais).

Nestes termos,
pede e espera deferimento.
... (Município – UF), ... (dia) de ... (mês) de ... (ano).

ADVOGADO
OAB n° .... - UF
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA ____ª VARA DO
TRABALHO DA COMARCA DE CIDADE-ESTADO

... (nome completo em negrito do reclamante), ... (nacionalidade), ... (estado


civil), ... (profissão), portador do CPF/MF nº ..., com Documento de Identidade
de n° ..., residente e domiciliado na Rua ..., n. ..., ... (bairro), CEP: ..., ...
(Município – UF), vem respeitosamente perante a Vossa Excelência propor:
AÇÃO DE RECLAMAÇÃO TRABALHISTA
em face de ... (nome em negrito do reclamado), ... (indicar se é pessoa física ou
jurídica), com CPF/CNPJ de n. ..., com sede na Rua ..., n. ..., ... (bairro), CEP: ...,
... (Município– UF), pelas razões de fato e de direito que passa a aduzir e no
final requer.:

DA COMISSÃO DE CONCILIAÇÃO PRÉVIA.

Tendo em vista ser o entendimento doutrinário e jurisprudencial majoritário que


a submissão dos conflitos trabalhistas à comissão de conciliação prévia, prevista
na CLT em seus artigos 625 - A e seguintes, é uma faculdade do trabalhador,
vem o reclamante a este juízo para buscar a solução de seu conflito.

RESUMO DA RELAÇÃO DE EMPREGO.

O reclamante laborou para a empresa reclamada no período de 07/05/2015 a


29/12/2015, no qual possuía a função de açougueiro, com remuneração mensal
de R$788,00.

Ocorre que o Supermercado reclamado no mês de dezembro resolveu “fechar as


portas”, demitindo todos os seus funcionários, o que não foi diferente com o
reclamante.

Ciente de que recebia suas verbas rescisórias, o reclamante viu nesta opção a
garantia de subsistência de um mês até que conseguisse arrumar outro labor, foi
a partir dessas falsas esperanças que começou sua agonia.

O reclamado de fato realizou o pagamento de R$ 1.796,00 (mil setecentos e


noventa e seis reais) referente as suas verbas rescisórias, ocorre que ficou em
falta acerca do FGTS, que mesmo sendo uma verba incontroversa, não foi
devidamente adimplida.

Salientando também, que em nenhum momento de sua jornada de trabalho, o


reclamante, que é açougueiro, recebeu adicional de insalubridade.
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA
Neste diapasão o reclamante tentou resolver de maneira administrativa sua
situação, para que recebesse seu FGTS acrescentado da multa de 40%, posto
sua demissão ter ocorrido sem justa causa, mas não obteve êxito, tampouco
recebeu documento algum para que fosse possível a liberação de seu seguro
desemprego.

Não encontrando outro meio de ter seus direitos respeitados senão buscar nas
vias judiciais sua satisfação.

DOS PEDIDOS.

Ante, o exposto, requer o reclamante que:

- Que seja deferido os benefícios da justiça judiciária gratuita, nos termos do


artigo 12 da Lei 1.060/50, por ser pobre na acepção legal, não podendo arcar
com as custas do processo sem prejuízo do sustento próprio;

- Seja julgada totalmente procedente os pedidos da presente reclamação


trabalhista, condenado a reclamada:

a) Ao pagamento do saldo salário referente ao último mês trabalhado (22/30)

b) Ao pagamento do FGTS acrescido da multa de 40%;

c) A incidência do adicional de insalubridade em todas as suas remunerações,


refletindo desta forma em suas verbas rescisórias: Aviso prévio, FGTS, Hora
Extra, Férias e 13º);

d) multa do art. 477 da CLT;

e) multa do art. 467 da CLT;

f) entrega de guia de seguro desemprego ou indenização substitutiva.

- Que seja condenada a reclamada ao pagamento de honorários advocatícios nos


termos do contrato de honorários advocatícios juntado aos autos em anexo, a
título de dano material emergente.

- Requer a notificação da reclamada no endereço supramencionado, para que,


querendo apresente resposta no prazo legal, sob pena de revelia.

- Requer, ainda, provar o alegado por todos os meios de provas em direito


admitidos, inclusive TESTEMUNHAL.
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA
Valor da Causa: R$ 40.000,00 (quarenta mil reais) por meros valores fiscais.
Nestes termos,

pede e espera deferimento.

... (Município – UF), ... (dia) de ... (mês) de ... (ano).

ADVOGADO
OAB n° .... - UF
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA VARA DO TRABALHO DE ...

Autos nº. ...

Reclamante: ...

Reclamada: ...

... (nome da parte em negrito), já qualificado nos autos, por seu representante
legal, ..., brasileiro, casado, empresário, portador do CPF nº. (...) e do RG (...),
com endereço na Rua dos Tapajós, nº. 20, Bairro dos Índios, Caratinga/MG, vem,
respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, através de seu advogado que
a esta subscreve, apresentar

CONTESTAÇÃO TRABALHISTA

com fundamento no art. 847 da CLT c/c art. 5º, LV, da CF/88, em face da
reclamatória trabalhista ajuizada por JOÃO DE SANTO CRISTO, pelos fatos e
fundamentos que passa a expor:

1 – DAS PRELIMINARES DE INEXISTÊNCIA DE CITAÇÃO (NOTIFICAÇÃO) E


INCORREÇÃO DO VALOR DA CAUSA

Inicialmente, cumpre arguir as preliminares de inexistência de citação


(notificação) e incorreção do valor da causa (CPC, art. 337, I e III,
respectivamente). A primeira pode ser facilmente observada ao compulsar-se os
autos, pois, no incluso caderno processual, não consta, a quaisquer folhas,
comprovação da citação (notificação) da reclamada para contestar a exordial.
Por seu turno, a incorreção do valor da causa também resta evidente, pois, se
somadas todas as verbas pretendidas pelo reclamante, tem-se que valor da
presente demanda seria de cerca de R$300.000,00 (trezentos mil reais), e não
de R$100.000,00 (cem mil reais), conforme por ele alegado.

2 – PREJUDICIAL DE MÉRITO: DA PRESCRIÇÃO

Tendo em vista a prescrição trabalhista prevista no art. 7, XXIX, da CR/88, a


empresa reclamada suscita a prescrição de todas as verbas devidas há mais de 5
(cinco) anos, contados da data do ajuizamento da ação.
Ou seja, a reclamada suscita a prescrição das verbas relativas a horas extras,
adicionais de insalubridade e periculosidade, gratificação natalina, FGTS, vale
transporte, bem como de reflexos, anteriores a ____/____/_______ (cinco anos
contados regressivamente a partir da data do ajuizamento da ação).
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA

3 – DA DEFESA DE MÉRITO

Realmente, o reclamante foi admitido no dia 04/01/2010 para trabalhar como


frentista na empresa reclamada. De fato, seu salário básico sempre foi de
R$2.200,00 (dois mil e duzentos reais). A data da demissão é, com verdade,
08/01/2016. No entanto, com relação às demais informações contidas na
petição inicial, a reclamada não concorda, passando a contestá-las a seguir.

3.1 – DA JORNADA DE TRABALHO

A reclamada CONTESTA a informação prestada pelo reclamante em sua petição


inicial relativa à jornada de trabalho. Na verdade, a jornada de trabalho do
reclamante sempre foi de 08h00min às 18h00min, com intervalo para repouso e
alimentação de 12h00min às 14h00min, de segunda à sexta, e aos sábados era
de 08h00min às 12h00min.
Portanto, a jornada sempre foi de 8 (oito) horas diárias e 44 (quarenta e quatro)
horas semanais, não havendo que se falar em horas extras, ou, sequer, em
reflexo destas sobre as demais verbas trabalhistas.

2.2 – DO ADICIONAL DE PERICULOSIDADE

A reclamada CONTESTA a informação prestada pelo reclamante em sua petição


inicial relativa ao adicional de periculosidade. Na verdade, o reclamante sempre
recebeu o adicional de periculosidade calculado sobre o seu salário contratual,
conforme comprovam os recibos em anexo.
Portanto, reconhecida a regularidade no pagamento do adicional de
periculosidade, não há que se falar em seus reflexos sobre as demais verbas
trabalhistas.

2.3 – DO ADICIONAL DE INSALUBRIDADE

A reclamada CONTESTA a informação prestada pelo reclamante em sua petição


inicial relativa ao adicional de insalubridade. Na verdade, o reclamante nunca
trabalhou em contato com agentes nocivos acima do limite tolerado pela NR 15
do Ministério do Trabalho, o que afasta, pois, a incidência do adicional de
insalubridade.
Ainda que não acolhida a alegação acima, o reclamante NÃO faz jus à cumulação
dos adicionais de periculosidade e insalubridade, consoante o previsto no art.
192, § 2º, da CLT e entendimento jurisprudencial prevalente no Tribunal
Superior do Trabalho.
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA

TST: “AGRAVO. ADICIONAIS DE PERICULOSIDADE E INSALUBRIDADE.


POSSIBILIDADE DE OPÇÃO. ALEGAÇÕES: DIVERGÊNCIA JURISPRUDENCIAL E
AFRONTA AOS ARTIGOS 196, § 3º e 460 da CLT. NÃO DEMONSTRAÇÃO. NÃO
PROVIMENTO. A reclamada argumenta que não poderia ter sido reconhecido o
direito da reclamante em optar entre o recebimento do adicional de
periculosidade ou de insalubridade, considerando que o seu pedido foi de
cumulação das duas verbas. Ocorre que o artigo 193, § 2º, da CLT assegura ao
empregado a possibilidade de escolher, caso a função desempenhada seja
concomitantemente insalubre e perigosa, pelo adicional que lhe seja mais
vantajoso (de periculosidade ou o de insalubridade), sendo de entendimento
deste Tribunal Superior que não pode haver cumulação das referidas verbas.
Precedentes. Assim, tem-se que o acórdão regional encontra-se em consonância
com a jurisprudência desta Corte Superior, circunstância a obstar o
processamento do recurso de revista, nos termos do artigo 896, § 7º, da CLT e
da Súmula nº 333. Agravo a que se nega provimento” (Ag-AIRR - 454-
87.2012.5.24.0091, Relator Ministro: Guilherme Augusto Caputo Bastos, Data
de Julgamento: 14/09/2016, 5ª Turma, Data de Publicação: DEJT 16/09/2016)
– grifei.
“Por um apertado placar de seis votos a cinco, o Tribunal Superior do Trabalho
(TST) decidiu nesta quinta-feira (13/10) que um trabalhador sujeito a fatores de
periculosidade e de insalubridade tem direito a receber apenas um dos dois
adicionais em seu salário. A decisão foi tomada pela Subseção I da Seção de
Dissídios Individuais (SDI-1), ao acolher recursos de embargos da empresa. Com
isso, o colegiado derrubou entendimento contrário da 1ª instância e do Tribunal
Regional do Trabalho de São Paulo (2ª Região), e da 7ª Turma do TST, que
aceitaram o pagamento cumulativo dos dois adicionais. No caso específico,
identificou-se a presença de fatores que poderiam gerar tanto o pagamento por
adicional de insalubridade – decorrente de potencial exposição a agentes
nocivos à saúde -, quanto de periculosidade – pela presença de inflamáveis no
ambiente de trabalho. O entendimento da SDI-1 na quinta-feira está em linha
com a interpretação tradicional da Corte sobre § 2ª do artigo 193 da
Consolidação das Leis do Trabalho, que diz: ‘o empregado poderá optar pelo
adicional de insalubridade que porventura lhe seja devido’. ‘A decisão consolida
uma postura mais concreta da SDI sobre o tema, foi um julgamento que colocou
as situações em equilíbrio” (...) (DANTAS, Iuri. TST volta a proibir acúmulo de
adicionais de insalubridade e periculosidade. Notícia publicada no dia
15/10/2016, disponível em ).
Eventualmente, caso Vossa Excelência venha a entender que é possível a
cumulação dos adicionais de periculosidade e insalubridade, o que a reclamada
entende não ser juridicamente possível, requer-se que Vossa Excelência
reconheça a tese de que o adicional de insalubridade deve ser calculado sobre o
salário mínimo, e não sobre o salário contratual.
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA

De fato, a súmula vinculante nº. 4 do Supremo Tribunal Federal já decidiu que o


salário não pode servir de base de cálculo de verba trabalhista. No entanto, o
próprio STF já julgou ação no sentido de que o salário mínimo deve continuar
sendo a base de cálculo do adicional de insalubridade enquanto o legislador não
criar base de cálculo diversa.

Nesse sentido é a jurisprudência dos Tribunais Regionais do Trabalho das 1ª e


10ª Regiões:

TRT-10: “ADICIONAL DE INSALUBRIDADE BASE DE CÁLCULO Diante da


ausência de outro critério para compor a base de cálculo do adicional de
insalubridade deve ser observado o disposto no artigo 192 da CLT - salário
mínimo - até que outro venha a ser definido pelo legislador ou pelas partes
interessadas, observados os valores vigentes no respetivo período.
Compreensão derivada da Súmula Vinculante n.º 4 do excelso STF (...)” (TRT-10
- RO: 1669201001410007 DF 01669-2010-014-10-00-7 RO, Relator:
Desembargador Douglas Alencar Rodrigues, Data de Julgamento: 14/09/2011,
3ª Turma, Data de Publicação: 30/09/2011 no DEJT) – grifei.
TRT-1: “Base de cálculo do adicional de insalubridade. Súmula vinculante nº. 4
do Eg. STF. O Supremo Tribunal Federal, em interpretação do teor da Súmula
Vinculante nº. 4, tem decidido que, muito embora reconhecida a
inconstitucionalidade da vinculação de qualquer vantagem ao salário mínimo, é
defeso ao Poder Judiciário substituir o legislador definindo novo critério de
cálculo para o adicional de insalubridade, razão pela qual, enquanto legislação
específica não seja editada e à míngua de norma coletiva, deve ser observado
como base de cálculo o salário mínimo (...)” (TRT-1 - RO:
00114082420145010008 RJ, Relator: RELATOR, Data de Julgamento:
16/02/2016, Nona Turma, Data de Publicação: 02/03/2016) – grifei.

2.4 – DAS FÉRIAS


A reclamada CONTESTA a informação prestada pelo reclamante na sua petição
inicial relativa às férias. Na verdade, a reclamada não deve nenhum período de
férias ao reclamante, pelos motivos que passa a expor:
As férias relativas aos períodos 04/01/2011, 04/01/2012 e 04/01/2013 já
foram devidamente pagas pela reclamada, excluindo a possibilidade de serem
novamente pagas, conforme recibos em anexo.

Já referente às férias de 04/01/2014, o reclamante não possui direito a recebê-


las. É que, nesse período, o reclamante excedeu sua cota de faltas injustificadas,
pois computados 32 (trinta e duas) ausências imotivadas. Logo, de acordo com o
art. 130 da CLT, o reclamante perde o direito a receber as férias.
Também prejudicado o pleito de receber as férias referentes a 04/01/2015,
pois, no período aquisitivo, o reclamante permaneceu em gozo de licença, com
percepção de salários, durante 60 (sessenta) dias, conforme demonstram os
documentos em anexo, o que isenta a reclamada de pagá-lo as férias, consoante
o art. 133, II, da CLT.
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA

De igual modo, prejudicado o pleito do pagamento das férias de 04/01/2016,


pois, no aludido período aquisitivo, o reclamante deixou de trabalhar, com
percepção do salário, por mais de 90 (noventa) dias na empresa da reclamada,
em virtude de paralisação parcial dos serviços da firma, conforme documentos
em anexo, o que isenta a reclamada de pagar ao reclamante as férias referentes,
consoante o art. 133, III, da CLT.

2.5 – DAS GRATIFICAÇÕES NATALINAS

A reclamada CONTESTA a informação prestada pelo reclamante em sua petição


inicial relativa às gratificações natalinas.
A alegação de que a reclamada deve ao reclamante as verbas de gratificações
natalinas no decurso do pacto laboral é inverídica, pois o reclamante, durante a
vigência do contrato de trabalho, sempre pleiteou da reclamada diversas
quantias a título de adiantamento de salário, as quais eram por esta deferidas e
pagas, conforme os recibos em anexo.

Desse modo, configurando as quantias mencionadas adiantamento de salário,


não há que se falar em débitos de gratificações natalinas, porquanto já pagas ao
reclamante durante o pacto laboral e compensadas ao fim de cada ano
trabalhado com os décimos terceiros salários.

Atendendo ao princípio da eventualidade, esta compensação também será


arguida no momento oportuno nesta peça processual.

2.6 – DO FGTS

A reclamada confessa que não procedeu ao recolhimento do FGTS do


reclamante. Como já exposto anteriormente, o reclamante não entregou sua
CTPS para anotação, motivo pelo qual não foi possível se proceder às
formalidades necessárias ao recolhimento do FGTS.

Para efeito da multa do art. 467 da CLT, a reclamada informa que procederá ao
pagamento integral do FGTS nesta primeira audiência.

2.7 – DO DANO MORAL

A reclamada CONTESTA as informações prestadas pelo reclamante em sua


petição inicial relativas ao dano moral. Na verdade, o reclamante praticou a falta
grave descrita no art. 482, a, da CLT, motivo pelo qual foi demitido por justa
causa.
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA

A reclamada também contesta as informações prestadas pelo reclamante acerca


das circunstâncias da demissão.

Na verdade, embora veementemente negada pelo reclamante a imputação de


furto, consistente na conduta de subtrair para si da reclamada o dinheiro
proveniente da venda de combustíveis, tal fato criminoso restou cabalmente
comprovado pela investigação que se sucedeu, na qual apurou-se, solidamente,
os indícios de autoria e prova da materialidade ínsitos à conduta delitiva
analisada.

Com efeito, finda a investigação policial, o reclamante foi indiciado por furto, e,
por tal crime, denunciado pelo Ministério Público, seguindo-se o recebimento da
denúncia pelo juízo da 3ª Vara Criminal da Comarca de Caratinga/MG e,
realizada a instrução processual, adveio sentença condenatória pelo delito
mencionado, da qual o reclamante sequer recorreu, demonstrando a sua
concordância com a condenação, e, portanto, houve o trânsito em julgado no dia
01/06/2016, conforme certidões e cópia da sentença em anexo, referentes à
Ação Penal nº. 0000000-00.2016.8.13.0134.

Desse modo, não subsiste a alegação de que a demissão por justa causa do
reclamante foi inadequada, pois comprovado o ato de improbidade ensejador da
rescisão do contrato de trabalho (CLT, art. 482, a), decorrente da prática de
crime pelo reclamante contra a reclamada, do que, inclusive, já houve
confirmação, como acima demonstrado, não prevalecendo a alegação do
reclamante de que a existência de câmeras de monitoramento no
estabelecimento da reclamada seria óbice intransponível ao furto, pois, por
óbvio, consubstancia-se somente em um dificultador para a subtração ilícita.
Ademais, somente para efeitos de reforço, junta-se, também, na oportunidade,
cópia do interrogatório do reclamante colhido na ação penal em que foi réu, no
qual, saliente-se, houve expressa confissão do furto praticado contra a
reclamada, confissão que, obtida sob o crivo do contraditório e da ampla defesa,
próprios do processo penal, merece apreciada no julgamento da presente
reclamatória trabalhista, a título de prova emprestada, consoante autorização do
art. 372 do Código de Processo Civil.

Nessa toada, não remanescendo acusação falsamente imputada ao reclamante,


afasta-se, também, a alegação de que houve dano moral, consistente em
supostas ofensas à dignidade e honra do reclamante, seja porque não se
desincumbiu do ônus de prová-las, seja porque, ainda que eventualmente
reconhecidas tais ofensas por Vossa Excelência, estas teriam sido intentadas por
terceiros, e não pela reclamada, o que espaça sua legitimidade passiva quanto
ao dano moral, seja porque, com convicção, condenar a reclamada ao pagamento
de indenização ao reclamante o faria beneficiar-se de sua própria torpeza, o que
é vedado pelo ordenamento jurídico pátrio.
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA

Eventualmente, caso Vossa Excelência entenda que houve dano moral, requer-
se que se atenha a alguns critérios para a fixação do quantum indenizatório.
Primeiramente, deve-se levar em consideração a extensão do dano. No caso,
conquanto o reclamante tenha afirmado ter sofrido sérios transtornos de ordem
psicológica, não juntos aos autos documentos bastantes para comprovar a
dimensão dos supostos transtornos, além do que, conquanto tenha alegado que
ele e sua família necessitaram submeterem-se a tratamento psicológico, o laudo
juntado apenas menciona o atendimento do reclamante, não incluindo sua
família, e é datado de 10/12/2015, data anterior à que houve a suposta
acusação pública do furto pelo gerente da empresa reclamada (08/01/2016), o
que demonstra, pois, que eventuais transtornos psicológicos já eram suportados
pelo reclamante antes mesmo do evento que considerou vexatório, com este em
nada se correlacionando.

Em segundo lugar, deve-se levar em consideração a capacidade econômica das


partes. Com efeito, a reclamada é empresa de pequeno porte, com capital social
integralizado de apenas R$30.000,00 (trinta mil reais), contanto com apenas
onze funcionários, dos quais seis são familiares do proprietário, além do que, ao
fim de cada mês, geralmente, aufere receita pouco superior às suas despesas,
isto quando não opera em déficit, conforme documentos em anexo, e, portanto,
dispõe de parcos recursos para o pagamento de despesas oriundas de processos
judiciais, tal como o presente, merecendo o dano moral pleiteado, acaso
reconhecido, ser fixado em patamar modesto, de, no máximo, um salário mínimo,
pois suficiente a atender o binômio da reparação/punição para o suposto ato
ilícito praticado.

2.8 – DO VALE TRANSPORTE

A reclamada CONTESTA as informações prestadas pelo reclamante em sua


petição inicial relativas ao vale-transporte. Isso porque, e acordo com os
relatórios em anexo e também conforme provará mediante testemunhas, o
reclamante, desde sua admissão até o término do contrato de trabalho, sempre
perfez o trajeto de sua casa até a empresa da reclamada em transporte
fornecido por esta.
Desse modo, tem-se descabido o pleito de pagamento de vale-transporte, pois o
fornecimento deste pelo empregador, consoante a melhor doutrina e
jurisprudência, além de o desonerar do pagamento do aludido benefício em
pecúnia ao empregador, o autoriza a descontar até 6% (seis por cento) do
salário do empregado, o que nunca foi feito pela reclamada, haja vista que, em
sua gestão, sempre primou pela política de valorização máxima de seus
funcionários.

A propósito:
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA

“(...) O vale-transporte é direito do trabalhador urbano, rural e doméstico, e visa


custear as despesas de deslocamento no percurso residência/trabalho e
trabalho/residência, através de transporte coletivo público urbano,
intermunicipal ou interestadual, consoante dispõe o art. 1º da Lei nº.
7.418/1985 (...) Caso o empregador forneça diretamente o transporte ao
empregado (seja através de veículo próprio, seja por meio de fretamento), fica
naturalmente desobrigado de fornecer o vale-transporte” (RESENDE, Ricardo.
Direito do trabalho esquematizado – 4ª ed. – Rio de Janeiro: Forense; São
Paulo: MÉTODO, 2014, p. 687, versão digital) – grifos nosso e do autor.
“RECURSO DE REVISTA. VALE-TRANSPORTE. DESCONTO. TRANSPORTE
FORNECIDO PELA EMPRESA. Cinge-se a controvérsia a se estabelecer se é
devido o desconto de 6% (seis por cento), a título de vale-transporte, nos casos
em que haja fornecimento da condução pela empresa. A questão já foi objeto de
exame por esta Corte Superior, inclusive pela Quarta Turma, voto de minha
relatoria, oportunidade em que ficou consignado o entendimento de que a
medida adotada pela Empresa Reclamada encontra respaldo na lei. Precedentes.
Recurso de Revista conhecido e não provido” (TST - RR: 104336820135180103,
Relator: Maria de Assis Calsing, Data de Julgamento: 29/04/2015, 4ª Turma,
Data de Publicação: DEJT 08/05/2015).

2.9 – DA RESCISÃO CONTATUAL

A reclamada CONTESTA as informações constantes da inicial relativas a rescisão


contratual. Na verdade, o reclamante realmente cometeu a falta grave tipificada
no art. 482, a, da CLT (ato de improbidade), e, portanto, foi despedido por justa
causa, como já exposto inicialmente.
Justamente por esta falta grave cometida pelo reclamante, este perde o direito
ao recebimento do aviso prévio, pois a norma que regula o pagamento de tal
direito disciplina que só será devido o aviso prévio se a rescisão do contrato de
trabalho se der sem justo motivo (CLT, art. 487, caput), conforme também
preleciona Maurício Godinho Delgado:

“(...) Em síntese, o pré-aviso (...) é cabível nas seguintes situações extintivas do


contrato de trabalho de duração indeterminada: na dispensa do obreiro, sem
justa causa; na dispensa do empregado, em face da extinção da empresa ou
estabelecimento; na chamada dispensa indireta, isto é, resolução contratual por
infração do empregador. Finalmente, nos contratos a termo, o aviso caberá se
houver cláusula assecuratória de rescisão antecipada, sendo esta acionada pelo
empregador. Em todas estas situações, o aviso prévio é ônus empresarial e
direito trabalhista do empregado. (...) O aviso prévio não cabe na dispensa por
justa causa do empregado” (DELGADO, Maurício Godinho. Curso de direito do
trabalho. 14 ed. – São Paulo: LTr, 2015, pp. 1274/1275) – grifo nosso.
Ademais, a fim de afastar eventual alegação em sentido contrário, é cediço na
jurisprudência trabalhista que o crime de furto, praticado pelo empregado
contra o empregador, configura inequívoco ato de improbidade, a ensejar, pois,
a despedida do dito empregado infrator por justa causa, conforme abaixo:
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA

“JUSTA CAUSA. ATO DE IMPROBIDADE. FURTO DE DINHEIRO DA EMPRESA


(...) REGULARIDADE DA DESPEDIDA. INDEVIDAS REPARAÇÕES RESCISÓRIAS
PRÓPRIAS DA DESPEDIDA SEM JUSTA CAUSA. A justa causa para a despedida
motivada do empregado exige do empregador a produção de prova robusta,
inconteste, da falta grave imputada, notadamente a falta grave de
"improbidade", esta em razão dos efeitos que projeta, indiscutivelmente, quando
ocorrente, na vida pregressa do trabalhador, normalmente para além da
realidade do trabalho, com reflexos danosos nos âmbitos familiar e social do
trabalhador. Alegada e provada a prática de furto, pelo empregado, de dinheiro
da empresa, convalida-se o ato patronal, sendo indevida a conversão em
despedida sem justa causa, com as reparações rescisórias próprias previstas em
lei (...)” (TRT-4 - RO: 4313220115040351 RS 0000431-32.2011.5.04.0351,
Relator: MILTON VARELA DUTRA, Data de Julgamento: 21/08/2012,1ª Vara do
Trabalho de Gramado) – grifo nosso.
Também por causa da falta grave, o reclamante perde o direito ao recebimento
da multa de 40% sobre o saldo do FGTS, conforme extrai-se da Lei nº.
8.036/1990 e também do julgado acima colacionado.
A reclamada também contesta as informações relativas ao evento rescisório. Na
verdade, o reclamante recebeu todas as verbas rescisórias tempestivamente,
motivo pelo qual não faz jus ao recebimento da multa prevista no art. 477 da
CLT.
Tendo em vista que a única parcela incontroversa está sendo paga na audiência
realizada na data da entrega desta contestação, também não há falar em
pagamento da multa do art. 467 da CLT.

4 – DA CONTESTAÇÃO

A reclamada sempre realizou adiantamentos salariais ao reclamante, durante


vários meses ao longo de todos os anos de vigência do contrato de trabalho,
conforme comprovam os recibos em anexo. Tal qual exposto, anteriormente,
esses adiantamentos salariais foram descontados das parcelas de décimo
terceiro salários do reclamante. Sendo assim, caso Vossa Excelência,
eventualmente, venha a deferir os pedidos de gratificação natalina, requer-se a
compensação dos adiantamentos salariais do valor final da condenação.

5 – DOS PEDIDOS

Com relação aos pedidos formulados na petição inicial, assim se manifesta a


reclamada:

1) CONTESTA. Na verdade, o reclamante nunca entregou sua CTPS para ser


anotada;

2) CONTESTA. Na verdade, o reclamante nunca trabalhou em jornada


extraordinária, conforme já exposto anteriormente;
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA

3) CONTESTA. Como já dito, o adicional de periculosidade sempre foi pago


tendo por base o salário contratual;

4) CONTESTA. Como já exposto anteriormente, não é juridicamente possível a


cumulação dos adicionais de insalubridade e periculosidade. No entanto,
eventualmente, caso Vossa Excelência entenda de modo diverso, requer-se que
a base de cálculo do adicional de insalubridade seja o salário mínimo;

5) CONTESTA. Como já exposto, a reclamada não deve férias ao reclamante;

6) CONTESTA. Como já exposto, a reclamada não deve gratificações natalinas


ao reclamante;

7) CONTESTA. Como já exposto, a reclamada não lesou qualquer direito da


personalidade do reclamante, não devendo indenizá-lo, portanto, por dano
moral;

8) CONTESTA. Como já exposto, a reclamada sempre forneceu transporte ao


reclamante, não devendo a este, portanto, qualquer quantia a título de vale-
transporte;

9) CONTESTA. Como já dito, o reclamante foi demitido por justa causa não
recíproca com a reclamada, decorrente de prática de ato de improbidade, não
devendo a reclamada ao reclamante, pois, aviso prévio ou multa sobre 40% do
saldo do FGTS.

Protesta provar o alegado por todos os meios em direito admitidos, sobretudo,


prova testemunhal e depoimento.

Nestes termos,
pede e espera deferimento.
... (Município – UF), ... (dia) de ... (mês) de ... (ano).

ADVOGADO
OAB n° .... - UF

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