3 - Anotações GLP

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Gás Liquefeito de Petróleo (GLP)

Derivado composto das frações leves C3 e C4, que pode ser liquefeito sob pressão.

 Composto principalmente por Propano e Butano, mas pode conter as olefinas Propeno e Buteno, além de
traços do Etano (C2), Pentano (C5) e outros pesados C5+

Tipos
Propano Comercial
 Predominantemente Propano e Propeno

Como o propano é mais leve que o butano, este tipo é indicado onde se necessita de alta volatilidade, ex: locais de
clima frio.

OBS: o propano possui maior variação do potencial de vaporização pela temperatura!

Butano Comercial
 Predominantemente Butano e Buteno

O butano tem uma variação menor de pressão x temperatura. Este tipo é indicado com sistemas de queimadores
com pre-vaporizadores (controle ativo de temperatura do gás de injeção ao queimador) para manter estabilidade na
pressão de vapor.

OBS: O butano é mais estável quanto ao potencial de vaporização ao longo da temperatura (Pressão de Vapor x
Temperatura mais estável)

Propano/Butano
 Mistura de propano/butano e propeno/buteno.
 As cadeias C3 geralmente estão em maior proporção

GLP comercial residencial no Brasil.

Pode ter as proporções C3/C4 variadas em função do local de aplicação (relação com o clima)

Propano Especial
 Mistura rica em Propano (mínimo 90%), e no máximo 5% de propeno.

Aplicação onde o teor de olefinas é um fator limitante.

Divisão da Aplicação e Consumo


 80 a 90% do consumo é domiciliar e comercial
 O restante é industrial e agricultura
Produção
Separação do GLP à partir do Gás Natural Rico
GLP Saturados
As frações do GLP podem ser separadas do gás natural rico em torres de separação de gases.

Como é proveniente do gás fóssil, não há a presença de olefinas (propenos e butenos)

Separação do GLP à partir do Petróleo


GLP Saturados
Na destilação atmosférica do petróleo, obtém-se frações saturadas do GLP. Similarmente, por se tratar da separação
de carga de origem fóssil, não há a presença de olefinas.

GLP Insaturados
Os processos de FCC e Coqueamento permitem a extração de frações de GLP:

 No Craqueamento, as cadeias longas são quebradas, e alguns dos produtos se encontram na faixa C3 e C4
 No Coqueamento, o carbono retirado das cadeias resulta em quebras, e alguns dos produtos se encontram
na faixa C3 e C4.

Em ambos os casos, como as moléculas das frações de GLP são obtidas por reforma química, podem existir
insaturados (olefinas e diolefinas).

Requisitos de Qualidade
 Facilidade de Liquefação: Teor máximo de C2 e C3
 Facilidade de vaporização: Teor mínimo de C3
 Composição uniforme: proporção C3/C4
 Queima limpa: Limite de C5+
 Não ser corrosivo e poluente: Controle do S

Volatilidade
PVR
Indicativo principal da volatilidade do GLP, portanto, da facilidade de vaporização.
MAIOR PVR MENOR PVR
FACILIDADE DE Maior Menor
VAPORIZAÇÃO
PRESENÇA DE Maior Menor
LEVES
PRESSÃO PARA Maior Menor
LIQUEFAZER GLP

A PVR máxima é 1430 kPa abs (aprox. 14 bar) para o GLP brasileiro.

Corrosividade
Teor de Enxofre
O enxofre presente no GLP, ao queima-se, é emitido como SOx, que são poluentes consideráveis visto que a
aplicação do GLP geralmente se dá em ambientes fechados.

Realizam-se dois ensaios para garantir que o GLP esteja especificado quanto ao teor de enxofre:

 Teor de Enxofre Total


 Corrosividade à lâmina de Cobre

Composição
Resíduo de Evaporação e Teor de Pentanos
São controlados para garantir a facilidade de vaporização do GLP. As frações C5+, que incluem o pentano, são mais
pesadas, portanto, propensas a sobrarem no fundo do botijão sem vaporizar-se ao final do uso.

Também tem relação com a qualidade da queima: frações pesadas, ou contaminantes, contribuem negativamente
para a queima limpa.

Massa Específica e Poder Calorífico


A massa específica junto ao Poder Calorífico tem relação com o Índice de Woobe, uma medida de intercambialidade
de gases combustíveis em queimadores.

Odorização
Utiliza-se o enxofre etilmercaptan.

 45mg para 38 m³ de GLP

Obs.: não é rigidamente controlado. As vezes nem é necessário a adição do odorizante, pois o GLP refinado já pode
conter os mercaptans em sua composição.

GLP de Inverno
 Massa específica máxima 550 kg/m³, para garantir que há teor de leves o suficiente garantindo vaporização à
baixas temperaturas

O critério de massa específica no GLP normal (“verão”) é apenas o de anotar. Não há limites estabelecidos.

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