Seguranca em Eletricidade - EQUIPE 5

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SENAI CIMATEC

DISCIPLINA PROJETO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

SEGURANÇA EM ELETRICIDADE
NR 10 E SPDA

EQUIPE:
Adriana da Anunciação
Barbara Nicole S. Santos
Flávia Conceição Oliveira
Jadiel Carvalho dos Santos
Regivaldo Pereira dos Santos

Salvador/BA
2022
CURSO: TÉCNICO EM EDIFICAÇÕES
TURMA: G77155 TURNO: NOTURNO

1 SEGURANÇA EM ELETRCIDADE

A segurança em eletricidade é que um conjunto de medidas que garantem a


identificação e o controle dos riscos aos quais trabalhadores que lidam com redes
elétricas estão expostos.

1.1 Norma de Regulamentadora 10 – NR10


A norma regulamentadora 10 é uma orientação que
governa o trabalho e as atividades que envolvem o
uso ou manuseio de energia elétrica. Ela traz
regras que esclarecem quais são os cuidados a
serem tomados e como fazer isso.
Em suas disposições, estão fatores como medidas
de controle, isolamentos, dispositivos de proteção,
entre outros que, juntos ou de forma isolada,
contribuem para a segurança de quaisquer
atividades que precisem fazer uso da energia elétrica ou que sejam realizadas
em ambientes energizados.

1.1.1 Objetivos

O objetivo da NR 10 é justamente garantir segurança e saúde aos trabalhadores


que realizam instalações e serviços em eletricidade, manter os ambientes de
trabalho mais seguros, diminuir o índice de acidentes e prevenir choques elétricos
fatais são alguns dos objetivos da NR-10. Entretanto, o principal objetivo é
estabelecer requisitos e condições mínimas de segurança para todas as
atividades que expõem o trabalhador ao risco envolvendo energia elétrica.
As empresas que descumprirem as obrigações previstas pela norma estão
sujeitas a multas e penalizações. Dessa forma, a NR-10 tem por objetivo eliminar
ou, ao menos, diminuir qualquer risco à saúde e à vida do trabalhador em função
de risco envolvendo energia elétrica.

1.1.2 Importância

Diversos ramos de atividade requerem o manuseio, transformação ou até mesmo


produção de energia elétrica. Antes da criação da NR-10, os índices de acidentes
e óbitos decorrentes deste tipo de atividade eram muito elevados.
Após sua criação, estes índices sofreram uma queda acentuada, provando que a
norma regulamentadora é efetiva. Desta forma, podemos dizer que a importância
da NR-10 se dá pela diminuição do risco à vida, provida pelas disposições
previstas em seu texto.
Além disso, a NR-10 também prevê que os colaboradores que trabalham nestas
condições devem, obrigatoriamente, receber um treinamento sobre as

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disposições de segurança e prevenção, sendo que deve ocorrer uma atualização


deste treinamento, no mínimo, a cada 2 anos.
Portanto, além de determinar ações de prevenção e segurança contra riscos
elétricos, a NR-10 também garante que os colaboradores saberão quais são as
disposições da norma, a fim de serem, eles mesmos, supervisores do trabalho
realizado pelas empresas.
Caso alguma disposição seja descumprida por seus empregadores, o trabalhador
terá o direito de reivindicar a regularização das condições de trabalho. A empresa
que se negar, estará sujeita às penalizações previstas no próprio texto da norma.
A NR-10 é uma forma de garantir que, não somente existam as melhores formas
de prevenção e segurança, como também que elas sejam atendidas.

1.1.3 Normas Brasileiras Registradas (NBR) da Associação Brasileira de


Normas Técnicas (ABNT)

 NBR 5410 – Instalações Elétricas de Baixa Tensão;


 NBR 14039 – Instalações Elétricas em Média Tensão (de 1,0 kV até 36,2
kV);
 NBR 5418 – Instalações Elétricas em Atmosferas Explosivas;
 NBR 5419 – Proteção de Estruturas Contra Descargas Elétricas
Atmosféricas;
 NBR ISO/CIE 8995 – Iluminação de Ambientes de Trabalho;
 NBR IEC 60269 – Dispositivos Fusíveis de Baixa Tensão;
 NBR IEC 60898 – Disjuntores para Proteção de Sobrecargas – Instalações
Domésticas e Similares;
 NBR 8674 – Proteção contra Incêndios em Transformadores;
 NBR 8222 e NBR 12232 – Proteção contra Incêndio.

1.1.4 Segurança em Projetos - NR 10 – Item 10.3

10.3.1 É obrigatório que os projetos de


instalações elétricas especifiquem dispositivos
de desligamento de circuitos que possuam
recursos para impedimento de reenergização,
para sinalização de advertência com indicação
da condição operativa.
10.3.2 O projeto elétrico, na medida do possível,
deve prever a instalação de dispositivo de
seccionamento de ação simultânea, que permita
a aplicação de impedimento de reenergização
do circuito.

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10.3.3 O projeto de instalações elétricas deve considerar o espaço seguro,


quanto ao dimensionamento e a localização de seus componentes e as
influências externas, quando da operação e da realização de serviços de
construção e manutenção.
10.3.3.1 Os circuitos elétricos com finalidades diferentes, tais como:
comunicação, sinalização, controle e tração elétrica devem ser identificados e
instalados separadamente, salvo quando o desenvolvimento tecnológico permitir
compartilhamento, respeitadas as definições de projetos.
10.3.4 O projeto deve definir a configuração do esquema de aterramento, a
obrigatoriedade ou não da interligação entre o condutor neutro e o de proteção e
a conexão à terra das partes condutoras não destinadas à condução da
eletricidade.
10.3.5 Sempre que for tecnicamente viável e necessário, devem ser projetados
dispositivos de seccionamento que incorporem recursos fixos de
equipotencialização e aterramento do circuito seccionado.
10.3.6 Todo projeto deve prever condições para a adoção de aterramento
temporário.
10.3.7 O projeto das instalações elétricas deve ficar à disposição dos
trabalhadores autorizados, das autoridades competentes e de outras pessoas
autorizadas pela empresa e deve ser mantido atualizado.
10.3.8 O projeto elétrico deve atender ao que dispõem as Normas
Regulamentadoras de Saúde e Segurança no
Trabalho, as regulamentações técnicas oficiais estabelecidas, e ser assinado por
profissional legalmente habilitado.
10.3.9 O memorial descritivo do projeto deve conter, no mínimo, os seguintes
itens de segurança:
a) especificação das características relativas à proteção contra choques elétricos,
queimaduras e outros riscos adicionais;
b) indicação de posição dos dispositivos de manobra dos circuitos elétricos:
(Verde - “D”, desligado e Vermelho -
“L”, ligado);
c) descrição do sistema de identificação de circuitos elétricos e equipamentos,
incluindo dispositivos de manobra, de controle, de proteção, de intertravamento,
dos condutores e os próprios equipamentos e estruturas, definindo como tais
indicações devem ser aplicadas fisicamente nos componentes das instalações;
d) recomendações de restrições e advertências quanto ao acesso de pessoas aos
componentes das instalações;
e) precauções aplicáveis em face das influências externas;
f) o princípio funcional dos dispositivos de proteção, constantes do projeto,
destinados à segurança das pessoas;

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g) descrição da compatibilidade dos dispositivos de proteção com a instalação


elétrica.
10.3.10 Os projetos devem assegurar que as instalações proporcionem aos
trabalhadores iluminação adequada e uma posição de trabalho segura, de
acordo com a NR 17 - Ergonomia.

1.1.5 NR 10.8 - Habilitação, Qualificação, Capacitação e Autorização dos


Trabalhadores

É considerado trabalhador qualificado aquele que comprovar conclusão de


curso específico na área elétrica reconhecido pelo Sistema Oficial de Ensino.
 Quem pode realizar serviços elétricos:
• Técnicos eletrotécnicos ( Qualificado)
• Eletricista ( Capacitado)
• Engenheiros eletricistas ( Habilitado)

10.8.3 Trabalhador capacitado:


a) receba capacitação sob orientação e
responsabilidade de profissional habilitado e
autorizado; e
b) trabalhe sob a responsabilidade de profissional
habilitado e autorizado.
10.8.3.1 A capacitação só terá validade para a
empresa que o capacitou e nas condições
estabelecidas pelo profissional habilitado e
autorizado responsável pela capacitação.
10.8.4 São considerados autorizados os
trabalhadores qualificados ou capacitados e os
profissionais habilitados, com anuência formal da
empresa.
10.8.5 A empresa deve estabelecer sistema de identificação que permita a
qualquer tempo conhecer a abrangência da autorização de cada trabalhador,
conforme o item 10.8.4.
10.8.7 Os trabalhadores devem ser submetidos a exame de saúde compatível
com as atividades a serem desenvolvidas, realizado em conformidade com a NR
7 e registrado em seu prontuário médico.
10.8.8 Os trabalhadores autorizados a intervir em instalações elétricas devem
possuir treinamento específico
10.8.8.1 A empresa concederá autorização na forma desta NR aos trabalhadores
capacitados ou qualificados e aos profissionais habilitados que tenham
participado com avaliação e aproveitamento satisfatórios dos cursos constantes

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do Anexo III desta NR. (Alterado pela Portaria MTPS n.º 508, de 29 de abril de
2016)

1.1.6 ATERRAMENTO:

Aterramento é um sistema que consiste no direcionamento de possíveis


correntes de fuga para a terra. É feito através da conexão das instalações
elétricas a um condutor, que por sua vez é responsável por dispersar a corrente
para a terra.
Elementos do aterramentos:
Fio Terra – Como o nome já sugere, este
é o fio ligado à haste que conecta o
equipamento à terra, que possui a função
de conduzir a corrente elétrica.
Haste – Barra instalada na terra,
responsável por dispersar a corrente.
Caixa de Inspeção – Caixa onde está
contido o sistema de aterramento.
Anel / Abraçadeira – Conecta o fio terra à
haste.

1.1.7 Funções do aterramento:

Proteção Pessoal

Desligamento Automático

O aterramento facilita o desligamento automático de equipamentos de proteção


como disjuntores, de forma mais rápida.
- Componente de Sistemas de Segurança
O aterramento é um componente imprescindível do SPDA (Sistema de Proteção
contra Descargas Atmosféricas), responsável por direcionar descargas
atmosféricas (raios) à terra.
- Controle de Tensões
Por fim, caso haja a ocorrência de um curto-circuito fase-terra retornando da terra
para a fonte mais próxima, o aterramento possibilita o controle das tensões
desenvolvidas no solo.

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1.2 Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas - SPDA


O Sistema de Proteção Contra Descargas
Atmosféricas (SPDA) está presente em vários
estabelecimentos tais como: empresas,
fábricas, edifícios e até mesmo em
residências e estabelecimentos agropecuários
mais afastados dos grandes centros urbanos.
Ele serve como proteção de prédios, antenas,
instalações industriais e para pessoas contra
as descargas atmosféricas.
De acordo à ABNT NBR 5419 ele é um
sistema completo destinado a proteger uma estrutura contra os efeitos das
descargas atmosférica, em geral, é composto de dois sistemas: externo e o
interno de proteção, podendo haver somente um deles. Para se compreender
melhor a norma define descarga atmosférica como uma “descarga elétrica de
origem atmosférica entre uma nuvem e a terra ou entre nuvens, consistindo em
um ou mais impulsos de vários quiloampères” e, raio como “um dos impulsos
elétricos de uma descarga atmosférica para a terra”.
Os raios são formados a partir de descargas elétricas que ocorrem, em geral, em
uma tempestade entre partículas negativas nas nuvens e positivas no solo,
quando o ar aquece aumenta a interação intermolecular gerando clarões e
descargas elétricas, o deslocamento desse ar emite som (trovão), essas
descargas elétricas de íons (negativas) são atraídas pelos cátions (positiva) na
terra criando o raio. Quando há um SPDA esse raio é atraído para um receptor e
conduzido à terra, sem atingir de forma danosa as edificações. A imagem
(abaixo) da ABNT NBR 5419 mostra o mapa com o número médio de trovoadas
por ano no Brasil, onde se vê que na região de Salvador, varia entre 5 e 10 dias
por ano de trovoadas.

1.2.1 Importância do SPDA

O SPDA tem como objetivo encaminhar


a energia do raio, desde o ponto que ele
atinge a edificação até o aterramento, o
mais rápido e seguro possível.
O SPDA não é pára o raio, não atrai
raios e nem evita que o raio caia e sim
protege o patrimônio (edificação) e as
pessoas que estão dentro da edificação
que é protegida, neutralizar, pelo poder
de atração das pontas, o crescimento do
gradiente de potencial elétrico entre o solo e as nuvens, por meio do permanente
escoamento de cargas elétricas do meio ambiente para a terra.

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Oferecer à descarga elétrica que for cair em suas


proximidades um caminho preferencial, reduzindo os
riscos de sua incidência sobre as estruturas
Segundo informações divulgadas pelo Grupo
de Eletricidade Atmosférica(ELAT), que é ligado
ao Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), por
ano, o território brasileiro é atingido por cerca de
50 milhões de raios, que acertam, em média, 500 pessoas
e um grande número de edificações.Com isso, a cada 50
mortes por raios no mundo, uma ocorre no Brasil. São
130 mortes e mais de 200 feridos por ano, sem contar os
prejuízos financeiros causados para o País, que são
estimados em cerca de um bilhão de reais.

Fonte: http://www.inpe.br/webelat/homepage/menu/infor/infografico.-.mortes.por.raios.php

1.2.2 Tipos de SPDA

1.2.2.1 SPDA moderno com Para-Raios Ionizante


Tem como principal característica a emissão

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antecipada de um traçador ascendente.


O traçador cria um canal ionizado que modela o percurso do raio até o solo,
graças à detecção dinâmica da variação do campo elétrico presente na emissão
do raio.
Com isso, ele entrega um maior raio de proteção cobrindo até mesmo as áreas
abertas, o que é ótimo para grandes estruturas, como indústrias e condomínios
residenciais.
1.2.2.2 Faraday
É bastante utilizado no ramo industrial para
proteger galpões e edifícios. Isso porque a
disposição dos cabos pela estrutura se torna o
próprio receptor da descarga atmosférica.

1.2.2.3 SPDA pelo método da Ponta Franklin


Devido à norma NBR 5419, o método apresenta
algumas limitações. Essas limitações são: altura
máxima de 45 metros ou 15 andares, com uma flecha
de proteção de 25º. Por isso, esse SPDA só é utilizado
em edifícios de porte menor.
1.2.2.4 SPDA pelo método das Esferas Rolantes
Chamado de “modelo eletrogeométrico
(EGM)”,
esse tipo de SPDA é projetado por meio de
uma simulação feita com uma esfera cujo raio
é determinado pelo nível de proteção
desejado.
Durante a simulação, a esfera rola por toda a
área externa da edificação.
Os locais que forem tocados pela bola são os
mais resistentes à “queda” de um raio. Por isso, é nesses pontos que são
instalados os captores do SPDA.
Captores: São os dispositivos que tomam contato com os raios, anteriormente
aos demais elementos.

1.2.3 Norma SPDA

A norma de instalação de SPDA é regulada pela Associação Brasileira de


Normas Técnicas (ABNT), através da NBR 5419. O objetivo da NBR 5419 é evitar
e minimizar incêndios, explosões, danos materiais e risco de morte de pessoas e
animais pelos efeitos das descargas elétricas.
Objetivo da NBR 5419 é evitar e minimizar incêndios, explosões, danos materiais

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e risco de morte de pessoas e animais pelos efeitos das descargas elétricas.

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REFERÊNCIAS

• NR 10 – Norma Regulamentadora 10
• https://clinimedjoinville.com.br/o-que-e-a-nr-10-seguranca-em-instalacoes-
e-servicos-em-eletricidade/ - Acessado em 05/jun/22
• https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-
especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-
trabalho/normas-regulamentadoras/nr-10.pdf - Acessado em 02/jun/22
• https://eletrojr.com.br/2021/01/13/o-que-e-aterramento-eletrico/ - Acessado
em 08/jun/22
• https://rwengenharia.eng.br/importancia-do-spda-2/ - Acessado em
02/jun/22
• http://www.inpe.br/webelat/homepage/menu/infor/infografico.-
.mortes.por.raios.php - - Acessado em 08/jun/22
• ENGENHARIA ADEQUADA. SPDA: o que é, tipos, quando é necessário
e passo a passo do projeto. In: https://adequada.eng.br/spda/ acessado
em 06/jun/2022.
• ABNT NBR 5419. Proteção de estruturas contra descargas
atmosféricas. Fev/2001

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