Análise Numérico-Computacional Das Tensões Térmicas Induzidas Pela Soldagem
Análise Numérico-Computacional Das Tensões Térmicas Induzidas Pela Soldagem
Análise Numérico-Computacional Das Tensões Térmicas Induzidas Pela Soldagem
Área de concentração:
Engenharia Mecânica de Projeto e
Fabricação
São Paulo
2014
LEONARDO MANESCO BARBAN
Área de concentração:
Engenharia Mecânica de Projeto e
Fabricação
São Paulo
2014
Este exemplar foi revisado e corrigido em relação à versão original, sob
responsabilidade única do autor e com a anuência de seu orientador.
A Deus por ter me gratificado com tranquilidade e sabedoria nos momentos em que
mais necessitei.
Aos meus pais pelo apoio de sempre e por propiciarem as oportunidades que me
conduziram até aqui, poupando-me das adversidades que um dia tiveram que
enfrentar.
A minha futura esposa Juliana por me fazer acreditar e superar meus limites quando
eu mesmo não acreditava ser possível.
Ao Professor Dr. Miguel Mattar Neto por demonstrar interesse no trabalho realizado
e pela contribuição de ideias para conclusão deste estudo.
Aos meus colegas de mestrado Eng. Bruno Takahashi e Eng a. Cristiane Makiyama
pelo apoio e sugestões.
Key words: Welding. Thermal stresses. Residual stresses. Finite element method.
LISTA DE FIGURAS
Temperatura de amolecimento
Tensão de escoamento
Módulo de Young
Densidade
Calor específico
Temperatura
Tempo
Condutividade térmica
̇ Fluxo de calor gerado por unidade de volume
Fluxo de calor
Coeficiente de distribuição
Velocidade de soldagem
Fator de retardamento
Tensão
Corrente
Dupla-Elipsoidal de Goldak
Parâmetros geométricos da Dupla-Elipsoidal de Goldak
Tamanho estimado da poça de fusão
Entalpia
Temperatura na superfície
Temperatura ambiente
Constante de Stefan-Boltzman
Emissividade
Área da superfície i
Temperatura da superfície i
Temperatura da superfície j
Deformação total
Deformação elástica
Deformação plástica
Deformação térmica
Tensão
Tensâo elástica
Temperatura de referência
Tensões principais
Função de escoamento
Multiplicador plástico
Sumário
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................... 17
1. INTRODUÇÃO
1.2. Motivação
1.3. Escopo
2. ESTRUTURAS SOLDADAS
2.1. Introdução
O código ASME Seção VIII Divisão 1 parágrafo UW-13, faz uma categorização
de soldas em A, B, C e D. Basicamente, as soldas da categoria A são as soldas
principais as quais são solicitadas por maiores tensões, como por exemplo, soldas
longitudinais, soldas do tampo, solda de ligação entre tampo hemisférico e costado.
A categoria B descreve as soldas principais onde atuam tensões de menor
intensidade, como é o caso das soldas circunferenciais e soldas de ligação entre
tampos conformados, excluindo tampo hemisférico, com o corpo do equipamento. Já
a categoria C descreve, por exemplo, as soldas para conexão de flanges e por fim a
categoria D mostram as soldas que conectam os bocais ao corpo principal (ASME
Seção VIII Divisão 1, 2012) (Falcão, 2008).
Figura 8. Fenômenos que ocorrem no arco elétrico. Retirada de Wainer, Brandi e Mello
(2010).
27
Figura 10. Tipos de juntas e chanfros para soldagem de aço inoxidável. Retirada de
Wainer, Brandi e Mello (2010).
Ø do Ø do Vazão de Vel. de
Esp. Corrente No. de
Tipo de junta eletrodo MA argônio soldagem
(mm) (A) passes
(mm) (mm) (L/min) (cm/min)
1 1 1 25-60 4 1 25-30
Sem chanfro
1,5 1,5 1,5 50-80 4 1 25-30
Com
2 1,5 1,5-2 80-110 4 1 25-30
abertura
3 2 2-3 100-150 4 1 25-30
4 2 3 120-200 5 1 25
Chanfro em
5 3 3-4 200-250 5 1 25
V
6 3 4 200-250 6 2 25
29
Figura 12. Tensões residuais induzidas por processos de soldagem. a) Junta durante a
soldagem. b) Junta durante o resfriamento. Adaptado de Sindo, K., Welding
Metallurgy Second Edition.
31
( (1)
To = 20 °C
-1
Material (°C ) Ts (°C) y (MPa) E (MPa) (Ts-To) (%) y= y/E (%)
-6
SS 316 18x10 1050 300 193000 1,85 0,16
-6
C-Mn 12x10 650 350 207000 0,76 0,17
Por fim, é importante ressaltar que a estimativa das tensões térmicas geradas
durante a soldagem é um processo bastante complexo, visto que diversas variáveis,
como propriedades do material de adição e do material de base, taxa de
resfriamento do componente, parâmetros utilizados durante o processo de soldagem
e restrições mecânicas impostas, influenciam no perfil de distribuição.
34
3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
3.1. Introdução
modelo requer que as chapas a serem unidas sejam finas o suficiente. Isto
representa que análises envolvendo soldagem com múltiplos passes, como
exemplificado na Figura 17, estão limitadas por esta alternativa de simulação. Este
tipo de análise, porém se torna vantajoso, pois gera um menor número de
elementos, e consequentemente uma menor quantidade de nós, contribuindo para
obtenção dos resultados finais com um menor tempo de processamento de dados.
cesp QG (2)
t x x y y z z
Figura 19. Modelo circular de distribuição do fluxo de calor proposto por Pavelic et.al.
Figura retirada de Goldak (2005).
2
qr q 0 e Cr (3)
43
sendo q(r) fluxo de calor na superfície, q(0) é o máximo fluxo ocorrendo na origem
da fonte de calor, C representa um coeficiente de distribuição e r indica o raio
medido a partir do centro da fonte.
Goldak (2005) cita que Friedman, no ano de 1975, e Krutz e Segerland, em
1978, propuseram uma forma alternativa ao modelo de Pavelic, onde um sistema de
coordenadas que se move junto com a fonte térmica, Figura 20 (a), obtendo uma
expressão para o fluxo de calor, nas coordenadas (x,y,z), conforme Equação 4.
a) b)
c)
O eixo z representa o sentido da soldagem
Figura 20. a) Modelo de fonte de calor Gaussiana aplicada à superfície, b) Modelo de
fonte de calor Gaussiana volumétrico. c) Dupla elipsoidal de Goldak. Figuras
adaptadas de Goldak (2005) e Lindgren (2007).
3x2 3z v t 2
3Q c2 c2
q( x, z, t ) e e (4)
c2
Q VI (5)
44
3 x2 3y2 3 z v t 2
6 3Q c2 c2 c2
q( x, y, z, t ) e e e (6)
c3
3 x2 3y2 3 z v t 2
6 3 ff Q
a2 b2 c12
q f ( x, y, z, t ) e e e (7)
a b c1
3 x2 3y2 3 z v t 2
6 3 fr Q a2 b2 c22
qr ( x, y, z, t ) e e e (8)
a b c2
ff fr
(9)
c1 c2
2c1
ff (10)
c1 c 2
2c 2
fr (11)
c1 c 2
Figura 22. Ilustração do procedimento para modelo térmico com temperatura prescrita.
Figura adaptada de Lindgren (2007).
48
lw
tw (12)
v
onde v representa a velocidade de soldagem.
Rodeiro (2002) utilizou este tipo de análise na simulação de uma solda tipo
anel. Com base em um estudo de macrografia se determinou o perfil do cordão de
solda, o qual foi dividido em 48 partes iguais para análise do modelo numérico. Para
um volume estimado, representando a poça de fusão, foi considerada uma
temperatura inicial de 25 oC, sendo elevada até a temperatura liquidus do metal
depositado, 1420 oC. Esta foi mantida por certo período, totalizando o tempo tw, o
qual após ser atingido permitiu o resfriamento desta parcela do cordão. No final das
48 repetições foi possível observar os campos de temperatura em função do tempo
da análise. A diferença entre as temperaturas medidas experimentalmente e
simuladas foi menor que 3%, validando o modelo proposto.
o
Figura 23. a) Distribuição das temperaturas, em C, considerando o modelo de condução
o
de calor. b) Distribuição das temperaturas, em C, considerando o modelo de
convecção. Figura retirada de Lawrence e Michaleris (2011).
H c esp dt (13)
4
qradiação bol em Ai Fij Ti T j4 (15)
e p th tp tr
ij il ij ij ij kl (21)
52
p th tp tr
ij Cijkl kl kl kl kl kl (22)
e p
onde il
indica a deformação elástica, ij é o componente de deformação plástica,
th tp
ij representa a parcela térmica, ij corresponde à deformação plástica induzida
e
ij Cijkl kle (23)
th
ij ij (T TREF ) (24)
1
1 2 2 22
eVM 1 2 2 3 3 1 (25)
2
f ( ij , y ) eVM y (26)
p f
p (27)
Figura 24. Curva tensão vs. deformação, caso uniaxial, com e sem encruamento. Figura
adaptada de Kelly (2012).
f ( ij , y0 ) eVM y0 (28)
Figura 28. a) Comparação das tensões residuais axiais, na parte interna do tubo para a
o
localização 90 , considerando ou não a influencia da transformação de fase. b)
Comparação das tensões residuais circunferenciais, na parte interna do tubo
o
para a localização 90 , considerando ou não a influencia da transformação de
fase. Figura retirada de Lee e Chang (2011).
61
4. CASO EXEMPLO
Considera-se como caso exemplo a união entre duas chapas de aço inoxidável
austenítico AISI 304, aplicando-se o processo de soldagem GTAW, o qual é
bastante utilizado pela indústria de tanques e vasos de pressão. Para a análise das
temperaturas e tensões residuais, utiliza-se o método dos elementos finitos por
intermédio do programa computacional ANSYS Workbench 14.0, incluindo sub-
rotinas escritas por APDL (Ansys Parametric Design Language). O modelo físico
utilizado é apresentado na Figura 31, tratando-se de duas chapas com 150 mm de
largura, 200 mm de comprimento e 2 mm de espessura, unidas por uma junta de
topo e soldada por um único passe. Ao final da simulação comparam-se os
resultados numéricos da magnitude e distribuição das temperaturas ao longo do
tempo e tensões residuais longitudinais com os dados experimentais e numéricos de
Seyyedian, Haghpanahi e Sedighi (2012).
x2 c
t (29)
k
onde representa o intervalo de tempo, x é o tamanho médio do elemento,
indica a densidade média, c o calor específico médio e k a condutividade térmica
média. Após a tocha ser extinta, o componente é deixado resfriar até atingir a
condição de equilíbrio térmico.
e th p
(30)
Sendo a parte elástica modelada com base na Lei de Hooke, com o módulo de
Young e coeficiente de Poisson dependentes da temperatura. A componente térmica
utiliza o coeficiente de expansão térmica dependente da temperatura. Por último, a
parcela plástica é modelada por meio da plasticidade independente da taxa de
deformação, considerando: o critério de escoamento de Von Mises e um modelo de
endurecimento cinemático bilinear.
A malha utilizada na simulação estrutural é a mesma do modelo térmico,
contendo os mesmos 9.600 elementos hexaédricos, porém composta pelo elemento
estrutural SOLID185, da biblioteca ANSYS. Este tipo de elemento é composto por 8
nós, com configuração idêntica ao SOLID70 apresentado na Figura 33, porém
possui as translações nos eixos x, y e z como os três graus de liberdade por nó,
sendo portanto utilizado para análises estruturais.
Para a solução da análise estrutural resta apenas definir as condições de
contorno, ou seja, as restrições mecânicas impostas no componente. A Figura 35
auxilia na visualização destas. A área de simetria, região hachurada, impede o
deslocamento dos nós desta face na direção x. O nó inferior localizado no local de
68
z x
Tabela 3. Propriedades para modelagem do material AISI 304 (Deng e Murakawa, 2006).
Coeficiente de Módulo
Calor Condutividade Coeficiente
Temperatura Densidade expansão de
específico térmica -5
de Poisson
térmica (x10 ) Young
o o o o -1
( C) (J/g C) (J/mm Cs) (kg/m³) (C ) (GPa)
Figura 36. Relação Tensão vs. Deformação, AISI 304, dependente da temperatura.
70
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO
20 segundos
40 segundos
60 segundos
80 segundos
Após a fonte de calor ser extinta, o componente continua a perder calor para o
ambiente, sendo resfriado até atingir o equilíbrio térmico. Este processo pode ser
observado por meio da Figura 38, a qual demonstra o comportamento da
temperatura medida em uma linha localizada na superfície superior na metade do
comprimento da peça.
1800
40 segundos
1600
80 segundos
1400 200 segundos
Temperatura (oC)
400
200
0
0 10 20 30 40 50
Distância da L.C. da solda (mm)
700
SEYYEDIAN_EXPERIMENTAL1
600 SEYYEDIAN_EXPERIMENTAL2
Simulação 3D_BARBAN
500
Temperatura (oC)
400
300
200
100
0
0 50 100 150 200 250 300
Tempo (s)
350
Simulação 3D_BARBAN
300 SEYYEDIAN_EXPERIMENTAL1
SEYYEDIAN_EXPERIMENTAL2
250
Temperatura (oC)
200
150
100
50
0
0 50 100 150 200 250 300
Tempo (s)
desvio cai para 1,6%. Outro fator visível é que a curva de temperatura numérica
atinge seu ponto máximo antes do computado experimentalmente, tendo neste caso
exemplo uma diferença de 2,3 segundos. Devido esta pequena antecipação do limite
superior e pequenos erros associados à modelagem do resfriamento, os demais
pontos até o tempo de 300 segundos apresentam um desvio maior, atingindo o valor
máximo de 18,5% tanto para o resultado experimental1 quanto experimental2.
Passando para a curva de temperatura do ponto afastado 20 mm da linha de
centro da solda, Figura 40, o desvio entre a temperatura de pico obtida
numericamente, e a mesma registrada pelo resultado experimental1 é de 7,8%,
passando para 3,9% quando considerado o resultado experimental2. O ponto
máximo de temperatura também é atingido antes do computado experimentalmente,
em 5,9 segundos. Novamente, devido esta pequena antecipação do limite superior e
pequenos erros associados à modelagem do resfriamento, os demais pontos até o
tempo de 300 segundos apresentam um desvio maior, atingindo o valor máximo de
19,3% em relação ao resultado experimental1 e 12,3% para o experimental2.
Desvios entre os resultados numéricos e experimentais são esperados já que
por meio de hipóteses busca-se representar uma situação real. Na equação da fonte
de calor, bem como na modelagem do resfriamento, pequenos desvios estão
associados devido simplificações em relação à prática. No presente estudo a
aplicação da fonte de calor não foi modelada considerando a técnica ealive / ekill,
onde se ativam ou desativam elementos a medida que a fonte de calor está
atingindo determinada região, promovendo desta maneira um pequeno desvio de
temperatura a frente da fonte de aquecimento já que ocorre uma condução de calor
na direção longitudinal para um material que na prática ainda não existe. Outros
desvios podem estar associados à consideração de parâmetros de soldagem
constantes durante a simulação, o que não necessariamente ocorre no experimento.
Por fim, os resultados são extraídos manualmente de um gráfico, acarretando em
pequenos erros de aproximação na leitura. Expostos os argumentos acima,
considera-se que a distribuição de temperaturas obtida numericamente se aproxima
satisfatoriamente dos resultados experimentais, e desta maneira é capaz de
representar o comportamento térmico durante o processo de soldagem estudado.
Vale a observação que estes gráficos de temperatura, considerando um
processo de soldagem a arco elétrico de um material qualquer, por meio da
75
400
SEYYEDIAN_EXPERIMENTAL1
SEYYEDIAN_EXPERIMENTAL2
Tensão Residual Longitudinal (MPa)
200
100
0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120 130 140
-100
-200
-300
Distância da Linha de Centro da Solda (mm)
Figura 42. Tensões Residuais Longitudinais numérico vs. experimental, para chapa com
140 mm de largura, 150 mm de comprimento e 2 mm de espessura.
77
300
Simulação 3D_BARBAN
Seyyedian, Haghpanahi e Sedighi 2012_numérico
Tensão Residual Longitudinal (MPa)
200
100
0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120 130 140 150
-100
-200
-300
Distância da Linha de Centro da Solda (mm)
Figura 43. Tensões Residuais Longitudinais numérico vs. numérico, para chapa com 150
mm de largura, 200 mm de comprimento e 2 mm de espessura.
300
200
100
-100
-200
-300
0
11,94
23,881
35,821
47,761
59,701
71,642
83,582
95,522
107,46
119,4
131,34
143,28
155,22
167,16
179,1
191,04
6. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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1998.
Cary, H.B. Modern Welding Technology, New Jersey: Prentice-Hall Inc., 1979.
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Telles, P.C.S Vasos de Pressão 2ª Edição Atualizada. Rio de Janeiro: LTC, 1996,
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Wainer, E.; Brandi, S.D.; Mello, F.D.H. Soldagem: Processos e Metalurgia. São
Paulo: Editora Blucher, 2010.
CMSEL,S,WELD
*GET,EMAX,ELEM,,NUM,MAX
*GET,EMIN,ELEM,,NUM,MIN
ALLSEL
NPT=TIME_WELD/DT
*DO,ii,1,NPT,1
WTIME=(ii/20)
TIME,WTIME
HCENTER=VEL*WTIME
*DO,jj,EMIN,EMAX,1
X=CENTRX(jj)
Y=CENTRY(jj)
Z=CENTRZ(jj)
CSI=Z+VEL*(TAU-WTIME)
*IF,Z,GT,HCENTER,THEN
C=C1
F=FF
*ELSE
C=C2
F=FR
*ENDIF
PART1 = (6*(3**0.5)*F*Q)/(A*B*C*PI*(PI**0.5))
PART2 = (EE**(-3*((X/A)**2)))*(EE**(-3*((Y/B)**2)))*(EE**(-3*((CSI/C)**2)))
QF = PART1*PART2
BFE,jj,HGEN,,QF
*ENDDO
SOLVE
89
*ENDDO
CMSEL,S,WELD
BFEDELE,ALL,ALL
ALLSEL
TIME,TIME_1
DELTIM,DT1,DT1,DT1
SOLVE
TIME,TIME_2
DELTIM,DT2,DT2,DT2
SOLVE
TIME,TIME_3
DELTIM,DT3,DT3,DT3
SOLVE
TIME,TIME_4
DELTIM,DT4,DT4,DT4
SOLVE
TIME,TIME_5
DELTIM,DT5,DT5,DT5