EMILE HUGOT MANUAL DA ENGENHARIA ACUCAREIRA Part Final Vol1
EMILE HUGOT MANUAL DA ENGENHARIA ACUCAREIRA Part Final Vol1
EMILE HUGOT MANUAL DA ENGENHARIA ACUCAREIRA Part Final Vol1
HUGOT
24,2 . .
I I
1,450 =16680 ltros.
Volume de gás. - Observou-se que o gás contém, em média, apenas 25 a
33 % de C02. Baseando-se em 30%, obtém-se um volume de gás: I
16680
0,30
= 55600 I/TC
I
l
MANUAL DA ENGENHARIA AÇUCAREIRA 477
TANQUESDECARBONATAÇÃO
CARBONATAÇÁO CONTíNUA
E similar à da cal, porém afirrnou-se muitas vezes que a niagnésia era inde-
sejável, sendo melhor evitar, na defecação, cal com mais que uma certa porcen-
tagem de magnésia.
ELGUANITE
*-
482 E. HUGOT
g) Envio à evaporação.
A originalidade do método, além do agente de defecação e da dispensa da
cal, estava, portanto, na ausência de decantador. O caldo levava apenas 90 mi-
nutos entre as moendas e o múltiplo-efeito. Era extraordinariamente brilhante e
claro, assim como o xarope. A massa cozida A também era clara. O ganho de
pureza era maior que aquele das usinas vizinhas com defecação comum. e era
superior em 2 pontos. O açúcar era praticamente branco. O EIguanite custava
aproximadamente 8 vezes mais que a cal, porém a economia do .clarificador era
considerável. Este método foi abandonado em 1954, por causa do custo do pro-
duto.
MAGOX
Diluição
O fator de decantação é a diferença de densidade entre a matéria a ser
decantada e o líquido no qual está contida. Evidentemente, a superfície e a
forma das partículas, assim como a viscosidade do líquido, também exercem
~ua influência.
Portanto, o tempo necessário à decantação depende, principalmente, da
Jiferença de densidade entre o caldo e os corpúsculos do precipitado contido.
Em Clew,iston, na Flórida, efetuaram-se experiências sobre o tempo necessário à
decantação, em função da diluição do caldo (lSJ, 1937, p. 467):
a) Caldo misto 78 minutos
b) " ,,+ 10% de água 38 "
.c) " ,,+ 20% "" 28 "
2%- maior para cada grau Brix acima de 16,ou, com outras palavras,. um tempo
de decantação 2% maior, para a mesma superfície.
Se bem que os resultados de Clewiston sejam bem mais marcantes que os
observados normalmente, é preciso não esquecer que a decantação melhora
com o aumento da embebição: a diminuição do tempo de depósito compensa
largamente o aumento de volume do caldó.
Velocidade de decantação
A velocidade de decantação dum caldo médio é de cerca de 7 cm por
minuto até que a concentração do lodo, na parte inferior, se tenha aproximado
do máximo. Neste momento, a velocidade de decantação diminui muito depressa
e chega a zero.
CLARIFICADORES
"
eixo central vazio, que se comunica por meio duma larga abertura com cada
um dos 2 canais, alimentando assim cada par de compartimentos pelo seu
centro.
O caldo clarificado decantado é trasfegado da parte superior de cada um
dos 4 compartimentos por um tubo que sai pelo canto superior e leva o caldo
a um tanque de caldo externo, do qual escorre por um ladrão. Canecas móveis
que prolongam a extremidade vertical dos tubos do ladrão permitem regular a
vazão relativa de cada compartimento. O nível de transbordamento é, evidente-
mente, com a diferença de alguns centImetros, o nível do caldo no tanque.
O lodo também poderia ser trasfegado como o caldo, por gravidade. Os tubos
são-instalados como- que para isto, porém,eome o lod(), às vezes, é muito grosso,
é preferível tirá-Io com uma bomba de válvulas e diafragma, de curso pequeno
fi
Tanque de distribuição.
Queda de pureza .em 40 h - Quando a usina trabalha
com vários c1arificadores em
série, é aconselhável distri-
buir o caldo entre os diferen-
tes c1arificadores, de acordo
4
com suas capacidades res-
pectivas. Para este fim, o
3 caldo deve chegar a um tan-
que de distribuição que te-
nha um número de vertedo-
2 res correspondente ao de
c1arificadores. O nível de
todos os vertedores deve ser
o mesmo e a largufa de cada
um será ajustada por meio
duma comporta. Assim, as
85° 90° vazões respectivas continua-
ro
Temperatura rão com a mesma proporção
adotada, independentemente
FIG. 30.4. - Queda de pureza em 40 noras, em das variações da vazão do
função da temperatura. caldo.
'Liqüidação. Perdas ocasionadas pela parada semanal
Devido ao seu grande volume, geralmente não é possível liqüidar os c1arifi-
cadores, por ocasião da parada semanal do domingo. Neste caso, o c1arificador,
ou os c1arificadores, continuam cheios, ocasionando perdas de sacarose. Estas
perdas foram estudadas por Noble e Henderson, na Austrália (QSSCT, 30.°,
abril 1963, pp. 141-156). São devidas a dois motivos diferentes:
a) Perdas por inversão, sensíveis sobretudo a alta temperatura, acima de
80°C.
b) Perdas por ação microbiana, sensíveis principalmente a baixa tempe-
ratura, abaixo de 70°C.
. Estas perdas são medidas pela queda de pureza, mínima, portanto, entre
70 e 80°C (fig. 30.4). Também estão estreitamente relacionadas ao pH e au-
mentam assim que o pH do caldo diminui a menos de 7,3 (fig. 30.5).
Para reduzir estas perdas a um mínimo, aconselha-se acrescentar ao caldo,
antes da parada, 150 g de cal por tonelada de caldo. A cal. é mais barata e
duas vezes mais ativa que o carbonato de sódio (Dupont de R. de St-Antoine,
ISJ, janeiro 1966, p. '13 ). Isto corresponde a um pH inicial de 8,7. Além disso,
como se encontra na parte mais favorável da curva da figura 30.4 (estabelecida
sem qualquer adição ao caldo), é conveniente esfriar o caldo que deve permane-
cer no c1arificador, isto é, aquele das últimas 3 ou 4 horas de moagem antes da
parada da semana. Com este fim, Noble sugere regular sua temperatura a 80°C
ou, após a parada, fazê-Io passaF num aquecedor em cujo espaço reservado ao
vapor se instala uma entrada e uma saída, efetuando-se, portanto, uma circulação
de água fria. Esta temperatura não prejudica a decantação quando se acrescenta,
ao mesmo tempo, Separan AP.. 30. A diminuição da temperatura a 80°C é
492 E. HUG01
~
muito mais eiicien~e que :1
Queda de pureza em 40 h '.
elevação do pH (IS], janeiro
1966, p. 13). 5
Assim que o caldo al-
cançar 80°C ou menos, po-
de-se adicionar formol numi1 4
proporção de 200 a 300 g
por tonelada de caldo. De;; 3
acordo com Noble, represen-
ta apenas 6% do custo d@
açúcar que seria perdido 2
sem esta precaução. É im-
o portanto misturá-Io homoge-
neamente, colocando-o, por
exemplo, por um tanque li-
gado à entrada do clarifica-
dor. Não é útil acrescentar o
formol acima de 85°C, por-
que se volatiliza rapidamen-
te. Sob este ponto de vista, é FIG. 30.5. - Queda de pureza em 40 horas, em
até conveniente acrescentá-Io função do pH.
somente depois que a tempe-
ratura do caldo foi reduzida a 70°C ou menos.
Como o pH marca nitidamente a queda de pureza, esta pode ser controlada
seguindo o pH: caindo a menos de 7,2, é sinal de deterioração.
É conveniente efetuar 2 ou, preferivelmente, várias liqüidações durante a
safra. Ao mesmo tempo, aproveita-se para limpar cuidadosamente o aparelho.
Para isto, escolhem-se especialmente as ocasiões em que a usina fica parada
durante mais de 40 horas (por exemplo, em Bourbon, a festa tradicional de
1 e 2 de novembro, ou outro feriado prolongado).
Perdas por inversão
Durante o período da decantação, o pH do caldo modifica-se e cai de cerca
de 0,8 a 1 ponto, de 7,8 a 6,9,por exemplo. Esta queda é mais açentuada no
compartimento inferior do que no superior, ou superiores.
Apesar das precauções tomadas, ocorrem perdas de sacarose por inversão
no clarificador. Pieter Honig (IX C. ISSCT, p. 550) avalia-as em 0,2 a 0,3%
de sacarose, geralmente; porém, às vezes, podem chegar até 1% (d. p. 591).
O lodo deteriora-se mais rapidamente que o caldo clarificado. Sendo man-
tido a uma temperatura de cerca de 95°C e uin pH de cerca de 6 a 6,5, a
queda de pureza observada (S. R. 1. Mackay, Techn. Rep. 17, p. 13) é de:
(2 (
..1p= 100 «( ~ 10") (O < ( :( 10") (30.1)
LJp= 10
Caldo
clarificado
//
t
' !
I
I
I
-~~
~ . ~-
\,' /~ '
s~'rii~~ +sernicorte
lado saída lado entrada.
do caldo do caldo
J"<IG.30.6 - Clarificador Fortier. Corte e esquema.
494 E. HUGOT
Decomposiçãode açúcaresredutores
Durante a permanência do caldo no clarificador a alta temperatura, sempre
ocorre uma certa decomposição dos açúcares redutores.' Pieter Honig (IX C. I:
I
ISSCT, p. 587) avalia-a em cerca de I % dos redutores por hora, a 100°C e
com um pH próximo a 7,0, porém esta destruição pode ultrapassar 3% por hora,
se o pH se eleva às proximidades de 8,0.
Velocidadede drcuIação
Àentrada do clarificador,o caldo deve ter uma velocidade máxima de 15 m
por hora. Caso contrário, haveria redemoinhos prej,:,-diciaisà ~ecantação.
No interior dum compartimento, as condições da decantação dependem da
velocidade v do líquido:
v = 3 a 6 m/h : escoamento laminar perfeito;
v = 6" 12 " : escoamento regular = decantação excelente;
v = 12 ,,15 " : surgem irregularidades. A decantação ainda é pos-
sível; .
....
FIG. 30.7. - Clarificador Bach (Mirrlees Watson).
CLARIFICAÇÃO COMPOSTA
o princípio deste método de defecação já foi exposto (p. 454 e figo 25.1).
Será revisto aqui, sob o ponto de vista da capacidade de decantação.
P.roporção de caldo primário. --'- O caldo primário é o caldo fornecido pela
pressão seca, isto é, aquele fornecido pelo conjunto de esmagador + l.a moenda,
quando há esmagador com 2 rolos; pela moenda esmagadora, quando não há
esmagador.
De acordo com a eficiência destas unidades, pode-se calcular que fornecem,
em kg de caldo % kg de cana: .
Q = Ql + Qi Q2 = Q- Ql
e
P= Ql 1- P = Q2
Q Q
L
MANUAL DA ENGENHARIA AÇUCARElRA 497
2.° Por hora, passa no clarificador primário uma quantidade maior que a
fornecida pelas moendas.
y. Ss = (1 - P)S2 + X. b1 . Sp (30.4)
Substituindo S, por S., X pelo seu valor obtido de (30.2) e eliminando Y
entre estas duas equações, segue-se:
P = Sp - S2 (30.5)
S1 - S2
Substituindo em (30.3) Y pelo seu valor obtido em (30.2), obtém-se:
X = p. Si - Ss (30.6)
Sp - Ss
A equação (30.3) fornece, igualmente, substituindo X por este valor:
Y = p. Si - SP. (30.7)
Sp - Ss
Para ter em conta a evaporação ocorrida nos separadores de vapor, é
necessário, nestas duas últimas fórmulas, substituir Sp e S$ pelos valores:
S; = 0,98Sp S; = 0,98Ss
O coeficiente 0,98 é apenas aproximado e pode ser calculado exatamente
em função da temperatura média alcançada nos aquecedores primários e se-
cundários.
32
498 E. HUGOT l
COMPARTIMENTOS
CAPACIDADES
Clarificador
Primário Secundário
Canas nobres 2000 I/TCH 1100 l/TCH
Canas do tipo POJ 2800 " 1500
QUADRO30. 1
Capacidade dos clarificadores
Clarificadores com
3 compar- 4 compar- 5 compar-
timentos timentos timentos
até 1,5 m2/TCH, em outros (cana com caldo refratário) baixam a 4 m2/TCH.
A qualidade dos caldos a serem tratados tem bastante influência.
2,40 m2/TCH
----
CENIAC
Li 5
QUADRO 30.2
Volume Capacidade
Diâmetro Superfície para: líquido em TCH
m' para
1 compartimento
Em Em 2 c. 3 c. 4 c. 5 c. 3 c. 4 c. 5 c. 2 c. 3 c. 4 c. 5 c.
pés m pés2 (m') (m') (m') (m') (m')
B. Modelo "Rapidorr"
De acordo com Gucker e Ayres OSJ, 1941, p. 154), obtêm-se valores mais li!
exatos, substituindo nesta fórmula o coeficiente 0,006 por 0,0056.
.
Vapores
amoniacais
Entrada de vapor
I1
Válvula de esvaziamento
FIG. 31.1. - Aquecedor (Fives- Lille Cail).
I,
MANUAL DA ENGENHARIA AÇUCAREIRA 505
S = pc C T - to
k T-t
. (31.4)
-~ kS
log .e pc = - 0,4343 -
pc (31.6)
- 1 = 0,00041 + - 1 (31.10)
k . 3,234uo,8
Esta fórmula, obtida em semanas de 140 horas, porém com tubos cuidado-
samente limpos, leva a valores altos demais na prática e não considera a influen-
cia do vapor aquecedor.
Foi proposto por nós (LSC, p. 294)
k = 5TyU + 0,04 (31.11)
T = temperatura do vapor aquecedor, em °C, e, mais tarde (HCSE, p.
315) :
k = T (31.12)
0,10 + 0,075
U
A multiplicidade destas fórmulas e a enorme variação deste coefici~nte na
prática levam à conclusão de que as fórmulas mais simples são as melhores e
aconselhamos agora, para marcar um valor prudente deste coeficiente no fim-
-de-semana, contentar-se em adotar:
(31.13)
Ik = T{S+U)I
neste. caso, fica subentendido que, conforme a experiência, seria possível
utilizar um multiplicador favorável, tal que: k = 1,2T{S + U).
MANUAL DA ENGENHARIA AÇUCAREIRA 507
dM=-~
. Ã. k2
e de (31.16):
dM = .
cxk dt
Donde:
.
cxk dt =- dk
Ã. k2 -3 dk
k
= .
cxà dt
Integrando: 1
k2 = 2cxÀt+ b
508 E. HUGOT
b = constante.
Ou:
1
k = Vb+ at
estabelecendo: 2aà = a. .
k = ko JA~ J c = Co J~
A J
(31.17)
k= T A J ~~
(6 + 1,5U A J) J~ (31.18)
Esta fórmula permite levar em conta o dia da semana. É possível, também,
trocar os dias pelas horas... substituindo:
24A .
VARIABILIDADE DO COEFICIENTE k
Webre (Sp. and M., 9.a ed., p. 141) calcula cerca de 1 200 a 1 500 kcal/
m2/oC/h, valores bem mais altos que aqueles citados por Perk.
Por causa desta variabilidade, é bom determinar o coeficiente k para os
aquecedores existentes na usina. Deste coeficiente, deduz-se o valor dum fator
que será utilizado no segundo membro da fórmula (31. 13) ou (31. 18) e, em
função dos diferentes valores encóntrados, empregam-se estas fórmulas com o
fator mais provável para o caso considerado.
É preciso lembrar que, no início da semana, isto é, com tubos limpos, um
aquecedor bem construído, com uma velocidade de caldo suficiente, tem um
coeficiente de transmissão de calor de cerca de 1 000 kcal/m2/oC/h.
VELOCIDADE DE CIRCULAÇÃO
PERDAS DE CAR~A
rado como liso. Então À, número sem dimensões, é de cerca de 0;016 a 0,020.
Assim que o tubo fica com incrustações ou sujo, deve ser considerado como
rugoso e À varia de 0,025 a 0,100. Pode-se supor que no fim-de-semana chegue
freqüentemente a 0,05.
Como as perdas de carga são, geralmente, utilizadas -para o cálculo das
bombas, é melhor basear-se nos valores de Àde fim-de-semana.
4. ° E possível considerar a perda de cat"ga ocasionada pela mudança de
direção de 180°, ocorrida em cada circulação, como equivalente ao compri-
mento de 1 m de tubo (fornecido aproximadamente pela fórmula de Borda-
-Camot) .
Neste caso, a perda de carga é dada por:
Jp
'tU
= À.-.
2g
U
2
.-DL (31.19)
J = U,0025U2. ng + 1) (31.21)
.~
r
MANUAL DA ENGENHARIA AÇUCAREIRA Sl1
QUADRO31.1
Margem de temperatura a ser observada nos aquecedores
Dados. - Supõe-se:
Moagem da usina 100 TCH
Peso de caldo misto produzido 1 000 kg/TC
Densidade do caldo misto 1,05
Temperatura do caldo frio 30°C
Contrapressão 0,5 kg/ cm2
Quádruplo-,efeito com 4 corpos iguais de 720 m2cada.
Também se supõe que este quádruplo-efeito funcione conforme a seguinte
escala de temperaturas:
512 E. HUGOT
ti = 67°C.
N.o 2. -
AQUECEDOR Por seu lado, crI.o corpo dispõede:
27 360 - 23 040 = 4 320 kgjh
e pode, portanto, aquecer os caldos que saem do aquecedor n. ° 1 até uma tem-
peratura t2 de:
4 320 = 100000 X 0,9(t2 - 67)
538 x 0,95
Donde:
t2 = 91°C.
1
MANUAL DA ENGENHARIA AÇUCAREIRA 513
S1 = pc
k1
. C TT-t1- to = 100000648x 0,9. C 92
92-67
- 30
ou:
- 100000 x 0,9 x 2 3 log 62 = 319,4 x 0,39445= 126m2
S1 - LAO , 25
648><150
l'oge - 90 000 =- O4343
, .648 x 150 = -
,..,..,..,..,.. O46904
, = I ,53096
648><150
e 90 000 = 0,3396
t1 = 92 - (62 x 0,3396)= 92 - 21 = 71 oCo
~
514 E. HUGOT
S2 -
- 90000
TIS .L 102-91
102- 67 = 90000
718
x 2,3 . log 35
11-
= 288,3 x 0,50267=
.
145m2
TEMPERATURA FINAL
Em Porto Rico, a média de todas as usinas para a safra de 1948 (TSJ, 1950,
p. 53) dá 3,3 m2, com os valores extremos de 2 e 5,1 m2/TCH.
Desejando efetuar um aquecimento por etapas, com sangria de pelo menos
2 corpos, é preciso calcular:
4,5 a 6 m2/TCH para a série normal,
e:
1 a 1,5 m2/TCH a mais, no caso de cal agem fracionada e aquecimento duplo,
ou;
1,5 a 2m2/TCH para o caldo secundário, no caso da clarificação composta.
516 E. HUGOT
Entrada
de caldo
------
Gases incondensáveis
Águas condensadas
s = 19 x 7T X 0,312 = 1 43 dm2
4 '
Vazão de caldo:
49,20 m
Desejando calcular a pressão de recalque que a bomba alimentadora deve
fornecer para atravessar os aquecedores, ter-se-ia:
Altura de recalque da bomba aos 'aquecedores 4,50 m
" " " dos aquecedores ao nível final 2 "
Perda de carga no tubo de recalque (bomba aos aque-
cedores + -aquecedores ao recalque final) 1,50 "
Perda de cargas nos 3 aquecedores = 17 X 3 51 "
S9 m
520 . E. HUGOT
AQUECEDOR-CONDENSADOR
SÉRIE DE AQUECEDORES
Espessura 2 "
IIJ
aço
I
aço inoxidável
rmo 1,2 "
a::
QuADRO 31.2 >
Z
c:::
Série dos aquecedores Fives-Lille Cail >
t""
~
40 50 60 75 120 150 200
>
Superfície de aquecimento nominal, em m! 100
~
(;)
Diâmetro interno, em mm 730 825 860 880 980 , 110 1 190 1 310 ~
:I:
>
14 14 14 14 14 14 14 14
~
Número de circulações
>
~
Tubos por circulação 7 9 11 13 12 de 18 21 26 35
2 de 17 g
~
Número total de tubos 98 126 154 182 250 294 364 490
TIPOS DE FILTROS
A. FUtros.prensa
. ' ,
-- -
~, - .
11~1 ~
ii1+~ ! 1 '
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o
~
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.
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"
FIO.:.i2.1.- Filtros-prensa(Fives-Lillecan)
MANUAL DA ENGENHARIA AÇUCAREIRA 525
são intercaladas lonas de filtro ou telas filtrantes. O caldo entra no quadro, atra-
vessa a lona e sai pelos canais c (fig. 32.3), após ter deixado atrás da lona,
no interior do quadro, ~s matérias em suspensão contidas.
A massa formada por estas matérias, quando todo o espaço disponível é
preenchido, é chamada de torta.
PLACA.- A placa é formada por uma moldura lisa e uma parte central
menos grossa com ondulações ou desenhos em relevo, entre os quais o caldo
pode escorrer, apesar da pressão da bomba, que força a lona contra a placa.
QUADRO.- O quadro apresenta a mesma moldura e seu interior é vazio.
A espessura dos quadros e das placas é de cerca de 30 a 40 mm. Quanto
maior for a espessura, mais tempo será necessário à torta para se formar.
Quadros e placas são sempre de ferro fundido.
Q
Placa
-----
Quadro
1
MANUAL DA ENGENHARIA AçuCAREIRA 527
QUADRO32. 1
Superfície de filtros-prensa necessária
Por outro lado, as placas pares são diferenciadas das placas ímpares alter-
nando torneiras curtas com torneiras compridas. Isto facilita o manuseio destas
torneiras, o ,qual, caso contrário, seria incômodo.
As placas pares comunicam-se com a passagem b.
A lavagem metódica processa-se, portanto, da seguinte maneira: a água
chega pela passagem b e as torneiras de caldo clarificado de todas as placas pares
são fechadas (por exemplo, todas as torneiras compridas ). A água entra pelas
placas pares, atravessa as lonas e as tortas próxÍn;1ase sai pelas torneiras abertas
das placas ímpares (fig. 32.4).
Este processo fornece resultados melhores que o precedente.
Os fabricantes franceses. fornecem os filtros-prensa com passagens de água
b que se comunicam com o interior de todas as placas, a fim de:
1.0 permitir a lavagem simples, utilizando a passagem b;
2.o manter a possibilidade de intercâmbio das placas.
MANUAL DA ENGENHARIA AÇUCAREIRA 529
34
530 E. HUGOT
Q ,
f. ?j
. '-
.-s: com a a!mosfera, mas
nao com o vacuo;
b) o 2.°, comunicando-
-se com um espaço em que
há um vácuo fraco, de cerca
de 25 a 35 cm de mercúrio;
FIG. 32.6. - Esquema de funcionamento dum filtro
rotativo contínuo a vácuo. c) o 3.°, comunicando-
-se com um espaço em que
há um vácuo um pouco maior, de cerca de 35 a 50 cm.
A parede externa do tambor' é formada por chapas de cobre ou aço inoxi-
dável com perfurações muito finas, cobrindo as 24 seções (figs. 32.7 e 8).
FUNCIONAMENTO. - Quando o filtro gira, a seção que vai entrar no
líquido a ser filtrado se comunica, neste instante, com o vácuo fraco. Ocorre
.uma aspiração do líquido, que entra pelas pequenas perfurações. Porém, estas
MANUAL DA ENGENHARIA AÇUCAREIRA 531
FIG. 32.11. - Filtro Oliver-Campbell (visto do lado da secagem e da queda da torta. Sobre
a válvula distribuidora observam-se os orifícios de adaptação dos tubos de aspiração dos
vácuos pequeno e grande).
MANUAL DA ENGENHARIA AÇUCAREIRA 533
Diâmetro Comprimento
Em Em 4,5' 6' 9' 12' 14' 16' 18' 20'
pés m = 1,37m ~I,83m =2,74m =3,66m =4,27m =4,88m =5,49m =6,10m
8' 2,44 10,50 14 21 28 32,70 37,36
10' 3,05 35 40,86 46,70 52,53 58,37
12' 3,66 42 49 56 63 70
14' 4,27 73.54
Filtração "Rapifloc". -
Em 1961, Dorr-Oliver patenteou um novo sistema
de filtração, por ele denominado "Rapifloc". Este sistema (fig. 32.10) consiste
em acrescentar um coagulante, o "Separan AP. 30", fabricado por Dow Che-
mical, Midland, Michigan, numa proporção de cerca de 1,5 g por Te. A adição
efetua-se num recipiente especial, chamado coagulador, justamente antes do en-
vio ao filtro. Este pode ser um filtro Oliver comum, havendo apenas neces-
Rapifloc'
. Bagacinho
Ladrão
Para a evaporaçao
FIG. 32.10. - Rapifloc.
538 E.HUGOT .I
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MANUAL DA ENGENHARIA AÇUCAREIRA 541
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para bagaci~
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Sarda do
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grosso
FIG. 32.14. - Clarificação composta. (à direita); filtro Oliver (à esquerda); ciclone (no
meio) e condensador (em cima, à esquerda).
542 E.HUGOT
QUADRO32.3
Telas metálicas para peneiras de bagacinho
As telas empregadas são tanto mais finas quanto mais o bagaço for difícil
de ser filtrado, sob a condição de que a quantidade de bagacinho fornecida seja
suficiente. As malhas mais largas que as do n.O 12 efetuam uma filtração menos
perfeita; sendo possível, é melhor utilizar o n.o 14.
Capacidade da peneira. - Uma peneira com 32 malhas por decímetro
fornece 60 a 80 kg de bagacinho por metro quadrado e por hora.
MANUAL DA ENGENHARIA AÇUCAREIRA 543
26 CV