Hidráulica Marítima - Portos
Hidráulica Marítima - Portos
Hidráulica Marítima - Portos
NOTA DE AULA 03
TEORIA LINEAR DAS ONDAS DE PEQUENA AMPLITUDE – ONDAS DE
AIRY (Sir George Biddel Airy 1801-1892 – Inglaterra)
Velocidade Angular da
Terra
Raio emMontreal
Vórtices no
Sentido Horário
Deflexão à
Hemisfério Norte Direita
Raio no Equador
Hemisfério Sul
Deflexão à
Esquerda
Vórtices no Sentido
Anti-Horário
Frentes de Onda =
Cristas se propagando
TIPOS DE ONDAS
ONDAS OSCILATÓRIAS
Ondas Estacionárias (Clapotis)⇒ São ondas que oscilam para cima e para baixo
com pontos fixos (nós) nos quais o nível da água permanece em repouso. Ocorrem
na frente de paredes verticais construídas no mar (e junto às paredes das piscinas),
daí o perigo de se construir diques de paredes verticais no mar sem que se leve em
conta o momento de tombamento promovido pelas ondas estacionárias ou Clapotis.
Veremos este estudo ao longo deste curso de Portos, Rios e Canais.
η = a cos(Kx − σt )
2π
σ=
T
K = número de onda.
2π
K=
L
f = freqüência da onda.
1 σ
f = =
T 2π
em que
2π
σ=
T
e K = número de onda.
2π
K=
L
Para um observador se propagando fixo com a onda, para ele a forma da onda seria
constante. Então η = cte (constante). Para isso seria necessário que o ângulo de fase
θ fosse constante, ou seja, Kx − σt = cte.
C = σ/K ou C=L/T
onde:
gT 2
Daí: L= tanh (Kd )
2π
gL
C= tanh (Kd )
2π
ou
gL 2πd
C= tanh( )
2π L
As equações vistas até aqui são diretamente aplicáveis para águas intermediárias
(águas cuja profundidade não se classificam nem como rasas nem como profundas)
PARTICULARIZAÇÕES
gT 2 gL
L0 = e C0 =
2π 2π
gL 2πd gL 2πd
C= tanh ≈ ≈ gd
2π L 2π L
gT 2 gT 2 2πd
e L= tanh (Kd ) ≈
2π 2π L
L2
Daí L2 = g T2 d ou = gd
T2
Isto ocorre sempre que Kd≤ π/10 ou Kd≤ 0,314 ou 2π/d≤ π/10 ou d/L≤1/20 ou
por segurança:
d/L≤1/25 ou d/L≤0,04
OBSERVAÇÕES IMPORTANTES
To = Ts = T
SOLUÇÃO:
NA Repouso
X=1000
X=500m
X=100m
X=0
S0 = 5% Em x = 0: d = 57m
Em x = 100 m: d = 57 m – 0,05 × 100 m = 52m
Em x = 500 m: d = 57 m – 0,05 × 500 m = 32 m
Em x = 1000 m: d = 57 m – 0,05 × 1000 m = 7 m.
gT 2 9,81 × 6,5 2
L0 = = = 65,96m ≅ 66m
2π 2 ×π
Serão consideradas águas profundas a partir de d/L0 > 0,5 , ou seja, d > 0,5 × 66 m
ou d > 33 m.
Serão consideradas águas rasas a partir de d/L < 0,04 ou d < 0,04 × 66 m ou
d < 2,64m, em outras palavras, não existe ainda condições de águas rasas para x =
1000m.
gT 2
tanh (Kd )
L 2π L
= fica = tanh (Kd )
L0 gT 2 L0
2π
C
= tanh (Kd )
C0
L0 66m
C0 = = = 10,15seg
T 6,5seg
L
Parte-se da equação = tanh (Kd )
L0
Esta equação é implícita pois o L52m não é ainda conhecido ! O processo consiste
numa busca interativa para se encontrar o valor de L52m que satisfaça ambos os
membros da equação. Em EXCEL ou calculadoras do tipo HP Programável, pode-
se programar a função SOLVER para encontrar o valor de L que satisfaça a
condição. Esta operação de achar o valor de L deve ser aprendida por todos os
alunos da disciplina pois será empregada EM TODAS AS PROVAS DE PORTOS!
Para quem não tem máquina programável, seguem-se aqui umas dicas de como
encontrar o valor de L:
Para a profundidade d = 32 m
L32 m 2π × 32
= tanh
L0 L32 m
O valor das celeridades pode ser encontrado pelas relações C/C0 = tanh (Kd)
onde: θ=(Kx–σt)
− ∂φ agK cosh[K (d + z )]
u= ou u = cos(Kx − σt )
∂x σ cosh (Kd )
− ∂φ agK senh[K (d + z )]
w= ou w = sen (Kx − σt )
∂z σ cosh (Kd )
Estas equações nos informam com a velocidade varia com a onda se propagando
em direção à costa. Podemos fixar o argumento θ=Kx-σt e analisar somente a
função cosh ou senh.
ξ2 ε2
+ =1
A2 B2
cosh[K (d + z )] senh[K (d + z )]
A=a e B=a
senh (Kd ) senh (Kd )
a K (d + z )
A= e B=a
Kd Kd
dx dz
u= e w=
dt dt
du dw
ax = e az =
dt dt
Ficando:
agK cosh[K (d + z )]
ax = sen (Kx − σt )
cosh (Kd )
e
− agK senh[K (d + z )]
az = cos(Kx − σt )
cosh (Kd )
cosh[K (d + z )] senh[K (d + z )]
C1 = e C2 =
cosh (Kd ) cosh (Kd )
-0,1
-0,15
-0,2
-0,25
ϑ=0 π ϑ =π ϑ=
3π ϑ = 2π
ϑ =
2 2
p = [ρ(g + az)] ×d
GRUPOS DE ONDA
Seja a forma da primeira onda dada por η1 e a da segunda onda dada por η2 . A
forma da onda resultante será a soma vetorial η = η1 + η2 sendo:
η1 = a1 cosθ1 e η2 = a2 cos θ2
u = u1 − u2
θ1 = K1 x − σ1 t + δ1
Daí a forma resultante da onda η = Σ ai cos θi tendendo para zero (→ 0) nos nós,
então cós θi = 0 (em qualquer nó)
Mas cós θi = (K1 x − σ1 t) − (K2 x − σ2 t) ≡ (2m + 1) π/2 nos nós.
π
(σ − σ 2 )t (2m + 1)
x= 1 + 2
(K 1 − K 2 ) (K 1 − K 2 )
E a forma da envoltória da onda ηenvoltória poderá ser descrita pela equação abaixo:
L2 − L1 T − T1
η envoltória = ± H cos πx − πt 2
L 2 L1 T2 T1
dx σ 1 − σ 2
Cg = = e no limite dσ/dK tem-se Cg = dσ/dK mas σ = K C
dt K 1 − K 2
e
C2 = g/K tanh(Kd)
2 Kd
A solução é: C g = C 0,51 + ou Cg = n C
senh (2 Kd )
2 Kd
sendo n = 0,51 + equação que será empregada pelo resto do curso!
senh (2 Kd )
PARTICULARIZAÇÕES:
Águas Profundas:
2 Kd
Em águas profundas → 0 Logo, n → 0,5
senh (2 Kd )
Assim: Cg = 0,5 C0
Assim: Cg = C
Explicação Prática:
γd 2 γη 2
Et = +
2 4
γη 2
Ec =
4
γd 2
Ep =
2
a 2 γH 2 ρgH 2
E =γ = pois a = H/2 daí E= (por unidade de área)
2 8 8
ρgH 2 L
E = EL = (por unidade de comprimento de crista de onda)
8
Águas Profundas:
Águas Rasas:
P = E nC mas em águas rasas n→ 1,00
P = EC
Mas a taxa de trabalho (potência) de uma onda não se modifica antes de sua
completa arrebentação na praia.
Logo, P0 = P
Daí: 0,5 E 0 C 0 = E C
TRANSFORMAÇÃO DE ONDAS
b0 0,5 E0 C0 = bE nC
H b 1 1 C0
= 0 •
H0 b 2n C
2 Kd C 1
n = 0,51 + e que 0 =
senh (2 Kd ) C tanh (Kd )
H = KS H0
b0 1 C0
KS = 0,5
b n C
Hr
kr =
Hi
onde Hr é a altura da onda refletida e Hi é a altura da onda incidente. O coeficiente
de reflexão kr depende de inúmeros fatores que influenciam a dissipação de energia
no obstáculo refletor. O gráfico de Greslou e Mahe serve para determinação do
coeficiente de reflexão para a incidência de uma onda num fundo taludado liso, no
caso de águas profundas.
b0 1 2
KR = ( )
b
O segundo problema, isto é, a mudança da direção das cristas das ondas (ou das
ortogonais) sobre as diferentes curvas de nível é resolvido por meio da Lei de
SNELL, sendo que para a refração ela é dada por:
C2
sen (α 2 ) = sen (α1 )
C1
onde:
α1 : o ângulo da crista da onda com a curva de nível do fundo, sobre a qual está
passando;
α2 : o ângulo análogo com a curva de nível seguinte;
C1 e C2 : celeridades da onda levando em conta a profundidade junto a cada curva
de nível.
A difração das ondas se constitui no fenômeno pelo qual ocorre uma transferência
lateral de energia ao longo da crista, quando esta é interrompida por algum obstáculo.
Na figura (a) seguinte, mostra-se um trem de ondas que se propaga na direção 1-2
quando é interrompida por um quebra-mar. Na zona (I) as ondas prosseguem
normalmente na sua trajetória.
A zona (II) é a zona de difração e as ondas sofrem uma expansão lateral, podendo as
cristas, nesta região, serem assimiladas a arcos de círculo. Na zona (III) as ondas sofrem
reflexão pelo quebra-mar, formando-se um esquema complexo de interferência.
Na figura (b) um trem de ondas incide num quebra-mar destacado que tem uma
abertura C-D. A abertura C-D passa a se constituir num centro de difração da onda para
a zona delimitada pelo quebra-mar.
O estudo do problema da difração é muito complexo e não pode ser abordado neste
curso em sua forma completa pois exige um arcabouço matemático bem além do
ministrado nos cursos de cálculo e matemática aplicada da engenharia civil.
À medida que uma onda se propaga desde alto mar se aproximando da linha da costa,
ocorre uma diminuição de seu comprimento de onda L e conseqüentemente sua
celeridade C, ao mesmo tempo em que cresce a componente horizontal das velocidades
orbitais u . A onda consegue se propagar enquanto a celeridade de propagação da onda
propriamente dita C ainda seja superior à velocidade de giro orbital das partículas dadas
por u e w. No momento que u se iguala ou ultrapassa o valor de C, a crista da onda tenta
se propagar mais rápido do que a celeridade C o que é impossível. Assim a crista da
onda se empina e cai promovendo o fenômeno conhecido por arrebentação.
H b = 0,78d b
onde Hb seria a altura da onda na quebra e db seria a profundidade do mar na quebra
da onda.
O segundo critério, mais moderno, se deve a Weggel (1972) que após inúmeras
medições e ensaios de laboratório concluiu que há uma relação entre a altura da
onda no momento da quebra com a declividade m do fundo do mar na zona de
arrebentação. A equação fica:
H b = kd b
na qual k é dado pela equação abaixo:
Hb
k = b(m ) − a(m )
gT 2
(
a(m ) = 43,8 1 − e −19 m )
(
b(m ) = 1,56 1 + e −19,5 m ) −1
12 1
b cosθ 0 2
KR = 0 =
b cosθ
tem-se:
1 1
C 2 cosθ 0 2
H = H0 0
2nC cosθ
1 1
C0 2 cosθ 0 2
H = H0
2 gd 1
2
1 H 02 C 0 cosθ 0 5
db = (profundidade de quebra)
1 4 2
g 5k 5
valendo para uma praia plana onde d=mx, sendo x a distância contada da praia e
m=tanβ, sendo a inclinação da praia. A distância da linha de arrebentação da costa é
dada por:
2
d 1 H 02 C 0 cosθ 0 5
xb = b =
m mg 5 k 4 5
1
2
1 2
k 5
H 02 C 0 cosθ 0 5
H b = kmxb =
2
g
η = 2a sen Kx cos σt
Esta onda resultante não é progressiva, e sim estacionária, isto é, provoca uma oscilação
do fluido com os pontos nodais fixos Kx=nπ, ou x=nL/2. Na figura abaixo mostra-se a
criação da onda clapotis.
Nos pontos nodais x=0, L/s, ..., nL/2, o nível da água permanece constante. Os pontos
situados a meia distância entre os nós são os chamados antinós e neles a variação de
nível é máxima.
Seja uma onda clapotis, de altura H, sendo refletida numa parede vertical. Demosntra-se
que o plano médio da onda ocorre a uma altura
πH 2 2πd
∆h = cot gh
L L
H
∆p =
2πd
cosh
L
para a direita e para a esquerda (pontos 4 e 6). Unindo os pontos 4 a 3 e 6 a 5, teremos
as linhas de pressões máximas e mínimas indicadas por linhas cheias. É costume, a
favor da segurança, aproxima-las pelas linhas tracejadas próximas indicadas. Os
diagramas de pressões máximas e mínimas da onda, descontado o diagrama das
pressões hidrostáticas, acham-se representadas na figura (b), devendo naturalmente ser
multiplicados pelo peso específico γ do fluido.
O problema das oscilações em bacias fechadas pode ser compreendido com base no
colocamos paredes verticais, junto dos antinós das ondas, onde o movimento das
refletoras, separadas pela distância LB, poderão inserir-se entre elas ondas estacionárias
tais que LB seja um múltiplo de L/2 (L= comprimento da onda). Teremos assim:
mL
LB = sendo m um inteiro.
2
1
2
4πLB
Tm =
mπd
mg tanh
LB
1
2
4πLB
T=
πd
g tanh
LB
2 LB
T=
gd
Esta fórmula foi deduzida para o caso unidimensional, isto é, para quando a dimensão
da bacia fechada LB é muito maior do que a dimensão LA (LB >> LA). Caso isto não
−1
2 1 1
2 2 2
No caso de bacias fechadas com forma nitidamente alongada (LB >>LA) o único tipo de
oscilação de interesse é aquele cujo período é dado pela equação T= 2LB/(gd)0,5 . O tipo
de oscilação nesse caso é esquematizado na figura (b) acima, com uma amplitude de
Para um observador colocado nas margens da bacia, a variação de nível da água com a
amplitude 2H, que se sucede num intervalo de tempo T, apresenta-se algo semelhante à
maré nos oceanos, apesar de não passar de um movimento oscilatório da massa fluida
Esta fórmula tem sido aplicada a alguns lagos de forma geométrica alongada, existentes
em certas parte da terra, tais como o Lago Baikal (Rússia), o Lago de Genebra (Suíça) e
realidade observada.
Um ponto importante e que deve ser observado na escolha e projeto das bacias
ressonância, do mesmo tipo daquele que ocorre nas vibrações mecânicas forçadas,
vibração do sistema.
possibilidade de haver ressonância em seu interior pela ação de ondas incidentes e, caso
PREDIÇÃO DE ONDAS
Até agora foi visto que, conhecendo-se o período T das ondas e sua altura H0 , ambos
onda em quaisquer profundidades até sua arrebentação na praia ou nas obras portuárias
características iniciais das ondas, como bóias direcionais (waverider direcional, que
mede perído, altura e direção de propagação das ondas), empregar-se métodos indiretos
suas formas, desde uma leve brisa até uma tempestade ou furacão. Será empregado o
mas de velocidade variável. O vento resulta do esforço natural para eliminar gradiente
da atmosfera.
O vento nada mais é do que o deslocamento de uma massa de ar de uma zona de alta
É feito um ajuste na velocidade do vento para cálculo da pressão do vento sobre a água,
U A = 0,71U 1, 23
Seja:
direção sejam razoavelmente constantes. Pode ser determinado por meio de cartas
As fórmulas que permitem calcular as características com base num fetch conhecido
são:
H 0 = 1,616 × 10 −2 U A F
Os valores calculados acima não podem ultrapassar os valores dados pelas fórmulas
limite máximo de crescimento das ondas em relação ao fetch que não pode ser
de fetch tendendo para infinito, então a altura e o período da onda tenderiam também
H 0 = 2,4821 × 10 −2 U A2
Assim, caso os valores determinados pelas primeiras fórmulas acima, calculados com
base no fetch, resultem maiores do que os das segundas fórmulas, que dispensam o uso
do fecth, os valores a serem empregados deverão ser os destas últimas duas fórmulas.
0,29αVF
R×∆P
H 0 = 5,03 e 4700 1 +
U R
R×∆P
0,145αVF
T = 8,6 e 9400
1 +
U R
onde:
ou então
[
U max = 0,447 14,5(Pn − Po )
0,5
− R(0,31 f )]
onde:
O furacão tem isolinhas que representam a altura das ondas em seu entorno como
mostra a figura seguinte. O valor básico da altura da onda H, é dada pelas equações
acima. Para se conhecer a altura da onda na periferia do furacão deve-se multiplicar o
valor da isolinha pela altura H calculada. As setas menores indicam a direção de giro
das ondas. O raio R pode ser considerado como a metade do diâmetro da massa de
nuvens do furacão geralmente registrada por imagem de satélite.
SOLUÇÃO:
Como o primeiro valor encontrado para H0 foi de 7,36 m < 34,36 m, então o valor
correto de H0 será 7,36 m.
H0 = 7,36 m
Como o primeiro valor encontrado para T foi de 11,06 seg < 30,88 seg, então o
valor correto de T será mesmo de 11,06 seg.
T = 11,06 seg
agK cosh[K (d + z )]
u= cos(Kx − σt )
σ cosh (Kd )
agK
u max =
σ
Então:
7,36
× 9,81 × 0,0328
u max = 2 = 2,08m / s
0,568
L 2πd
= tanh
L0 L
L 2 × π × 15
Daí: = tanh
191,00 L
Para quem não dispõe de uma calculadora programável para igualar ambos os lados
da equação empregando a função “SOLVER” ou “atingir meta”, só há um caminho
a seguir, o qual explicaremos passo a passo neste exemplo:
Então conclui-se que L15m ≠ 126,06 porém está próximo, devendo ser diminuído em
valor:
Arbitra-se um novo valor para L15m próximo de 126,06 m , por exemplo, 123,00m e
vai-se comparando os resultados até igualar, no mínimo na terceira casa decimal, o
resultado dos dois membros da equação:
Com este valor de K será possível calcular todos os demais elementos para esta
profundidade d = 15 m.
2 Kd 2 × 0,051 × 15
n = 0,51 + = 0,51 + = 0,847
senh (2 Kd ) senh (2 × 0,051 × 15)
e
C 2πd
= tanh logo, como tanh(2πd/L) = 0,644
C0 L
H b 1 1 C0
= 0 •
H0 b 2n C
L5 m 2 ×π × 5
= tanh que após resolvida por tentativas resulta em L5m = 75,3m
L0 L5m
n = 0,946 (veja-se que está muito próximo de 1,00 = águas próximas de rasas)
Note que agora umax (8,43 m/s) é maior do que C5m (6,804 m/s), o que significa que
a onda está em franco processo de arrebentação !
Usa-se a equação:
C2
sen (α 2 ) = sen (α1 )
C1
6,80
Logo: sen α 5 m = sen(20) = 0,209
11,12
π H
2 2
1,5
ξM = 1 +
2 gT 2 2πd
senh L
π × 11,76
2 2
1 + 1,5 = 2,55m
ξM =
2 × 9,81 × 11,06 2 2×π ×5
senh 75,3
Isto significa que, as casas de pescadores que ficam situadas entre as cota + 5,00 m
e a cota +9,00 m serão arrasadas pela onda resultante.
hdique=27m
d=20m
Solução:
Momento.
Tombamento
Como o dique está faceando o mar aberto, logo a relação entre a largura das
equipotenciais dada por b0/b = 1 pois b0 =b em mar aberto.
H/H0 = [ 0,5 × 1/n × C0/C × b0/b]1/2 = [ 0,5 × 1/0,670 × 1/0,888 × 1]1/2 = 0,916
H 4,50
∆p = = = 2,06m
2πd 2π × 20
cosh cosh
L 88,8
πH 2 2πd π × 4,5
2
2π × 20
∆h = coth = coth = 0,806m
L L 88,8 88,8
0,806m 4,5+0,806=5,3m
2,06m
20m
20m
5,3m
20m 3 R
2,06m
A figura do diagrama foi dividida em três figuras elementares 1,2 e 3 para permitir
o cálculo da força resultante R e do momento de tombamento Mt.
R × x = R1 × x1 + R2 × x2 + R3 × x3
A1 × x1 + A2 × x 2 + A3 × x3
x=
Atotal
x1 = 20 + 5,3/3 = 21,76m
x2 = 2/3 × 20 = 13,33m
A3 = 2,06× 20 = 41,20m2
x3 = 20/2 = 10m
R = Atotal × γágua = 87,64 m2 × 1,034 tf/m3 = 90,61 tf/m linear de parede de dique
Exemplo n° 3:
Como a onda quebrará numa zona de costa, em mar aberto, com contornos
batimétricos retos e paralelos, o ângulo θ0 será 0°, e portanto, cosθ0 = 1. Obs: θ0 =
ângulo formado pela tangente à ortogonal da onda (sentido da propagação) com a
linha normal à praia numa profundidade de águas profundas.
2
1 4 2 × 10,148 × 1 5
db = = 4,485m db = 4,49 m
9,81
1
5
(0,78)
4
5 2
d b 4,485
xb = = = 89,70m Logo, a zona de arrebentação começa em xb = 89,70m
m 0,05
Como se pode observar na figura, a bacia portuária é protegida por molhes, tendo
um canal de acesso de 200 m de largura e uma profundidade média é –18,5 m, pois
a profundidade é de –19 m na entrada, igual a -18,5 m dentro da bacia de evolução
e, de –18m na zona de atracação, resultando numa média de –18,5 m de
profundidade.
b) As pedras dos molhes poderão suportar momentos de arraste de até 10.000 tf×m,
acima disso, o porto deve ser imediatamente fechado e evacuado;
d) As paredes dos molhes, tal como todos os molhes artificiais, são inclinadas em
relação à horizontal, promovendo uma reflexão parcial das ondas incidentes. O
ângulo β de inclinação com a horizontal é de 25°. Nesse caso estime qual seria a
altura da onda refletida no molhe e sua possível interferência com a onda incidente
provocada pelo furacão;
SOLUÇÃO:
[
U max = 0,447 14,5(Pn − Po )
0,5
− R(0,31 f ) ]
Umax = 0,447×[ 14,5×(760–740)0,5 – 90×(0,31×0,262)] = 25,7186 m/s
Calcula-se agora H0 :
R×∆P
0,29αVF
H 0 = 5,03 e 4700 1 +
UR
90×20
0,29 × 1,0 × 25
H 0 = 5,03 × e 4700
1 + = 16,45074m H0 = 16,45 m
34,7466
Calcula-se agora T:
R×∆P
0,145αVF
T = 8,6 e 9400
1 +
UR
90×20
0,145 × 1,0 × 25
T = 8,6 × e 9400
1 + = 16,8199 seg T=16,819 seg
34,7466
Daí, após n suadas tentativas para quem não tem calculadora programável para a
achar o valor correto de Ld=18,5 encontra-se que:
2 Kd 2 × 0,02902 × 18,5
n = 0,51 + = 0,51 + = 0,915
senh (2 Kd ) senh (2 × 0,02902 × 18,5)
C 2πd
= tanh C = C0 × 0,490 = 26,2596 × 0,490 = 12,867 m/s
C0 L
H b 1 1 C0
= 0 •
H0 b 2n C
Frentes de Onda =
Cristas se propagando
agK
u max =
σ
Como umax < C (9,85 m/s < 12,867 m/s) a onda ainda está se propagando sem
arrebentação quando entra na bacia portuária !
Entretanto as ondas que atingirão o molhe, não terão sua altura elevada pela
b 441,66
relação 0 = = 2,2083 , pois as ondas atingirão o molhe na condição de
b 200
mar aberto, logo a relação b0 / b = 1,00.
H b 1 1 C0 H 1 1 1
= 0 • ou = 1,00 × × ×
H0 b 2n C 16,45 2 0,915 0,490
Hmolhe = 17,37 m
Para responder ao Item (b), devemos calcular a energia total para 1 comprimento
de onda para se ter o momento máximo provocado pelas ondas incidentes sobre o
molhe.
ρgH 2 L
E = EL = (por unidade de comprimento de crista de onda)
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Dentro da bacia portuária a energia que será transportada pelas ondas será:
Como os molhes foram projetados para suportar momentos de até 10.000 tf×m,
então certamente não haverá possibilidade de colapso de sua estrutura e os molhes
permanecerão praticamente estáveis !
−1
2 1 1
2 2 2
T= + ou
gd L A LB
−1
2 1 2 1 2 2
T= + = 61,08seg ou
9,81 × 18,5 460 920
Logo, como T das ondas do furacão é 16,81 seg, então não haverá possibilidade
de agitação por ressonância dentro da bacia portuária !
Para β = 25° e H/L = 0,08, o valor de kr tirado do gráfico, adotando a última curva
disponível que é H/L = 0,05, logo kr = 0,38 aproximadamente.
Hr
Daí: k r = ou Hr = kr × Hi Hr = 0,38 × 17,37 m = 6,60 m
Hi
A altura da onda refletida será Hr = 6,60 m, a qual interferirá com a onda incidente
em um complexo esquema de interferência que só poderá ser avaliado através de
modelos computacionais de alta capacidade de resolução como o MIKE21 do
Danish Hydraulic Institute ou programa similar.
Respondendo ao Item (e), a difração deverá ser avaliada pela superposição visual
do diagrama de difração dado pela figura da página 7 da Nota de Aula 7 com a
figura da bacia portuária de interesse.
Note que no gráfico do diagrama de difração, deve-se entrar com a relação raio de
interesse / comprimento de onda para se obter as alturas de onda dentro da bacia
portuária de interesse.
O raio de interesse vai variar de acordo com a distância radial para a qual
desejamos calcular a altura da onda em relação ao ponto zero de contacto da onda
com a parede do quebra-mar ou molhe na entrada da bacia portuária.
Hd
kd = kd = 0,70 Logo, Hd = 0,70 × 25,81 m = 18,06 m
H
Em outras palavras, este navio teria a popa atingida por uma onda de 18 m!
REFERÊNCIAS
MASON. J.. (1984). Obras Portuárias. Editora Campus. Portobrás. 282p. Rio de Janeiro.RJ
DEAN. R.G., DALRYMPLE, R.A. (1994) Water Wave Mechanics for Engineers and
Scientists. World Scientific. New York. 353p