Bte47 2018
Bte47 2018
Bte47 2018
º 47, 22/12/2018
Propriedade
Ministério do Trabalho, Solidariedade
e Segurança Social
Edição
N.º Vol. Pág. 2018 Gabinete de Estratégia
e Planeamento
47 85 4416-4537 22 dez
Direção de Serviços de Apoio Técnico
e Documentação
ÍNDICE
Regulamentação do trabalho:
Despachos/portarias:
...
Portarias de extensão:
- Portaria de extensão das alterações do contrato coletivo entre a Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do
Algarve (AHETA) e o Sindicato dos Trabalhadores e Técnicos de Serviços, Comércio, Restauração e Turismo - SITESE ........ 4420
Convenções coletivas:
- Contrato coletivo entre a APHORT - Associação Portuguesa de Hotelaria, Restauração e Turismo e o Sindicato dos Trabalha-
dores e Técnicos de Serviços, Comércio, Restauração e Turismo - SITESE - Revisão global ...................................................... 4422
- Contrato coletivo entre a Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade - CNIS e a Federação Nacional dos Sin-
dicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais - FNSTFPS - Alteração salarial ......................................................... 4466
- Acordo de empresa entre a Portugália - Companhia Portuguesa de Transportes Aéreos, SA e o SIPLA - Sindicato Indepen-
dente de Pilotos de Linhas Aéreas .................................................................................................................................................. 4466
- Acordo de empresa entre o Metropolitano de Lisboa, EPE e a Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações -
FECTRANS e outros - Alteração salarial e outras ......................................................................................................................... 4502
- Acordo de empresa entre o Metropolitano de Lisboa, EPE e o Sindicato de Quadros e Técnicos - SENSIQ e outras (técnicos
superiores) - Alteração salarial ....................................................................................................................................................... 4505
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 47, 22/12/2018
- Acordo de adesão entre a SPdH - Serviços Portugueses de Handling, SA e o STAMA - Sindicato dos Trabalhadores dos Aero-
portos, Manutenção e Aviação ao acordo de empresa entre a mesma empresa e o STHA - Sindicato dos Técnicos de Handling
de Aeroportos e outro ..................................................................................................................................................................... 4506
Decisões arbitrais:
...
Jurisprudência:
...
Organizações do trabalho:
Associações sindicais:
I – Estatutos:
...
II – Direção:
- STRUP - Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários e Urbanos de Portugal - Eleição ........................................ 4508
- Sindicato dos Trabalhadores da Tracção do Metropolitano - STTM - Eleição ............................................................................ 4509
- Sindicato Nacional da Carreira de Chefes da Polícia de Segurança Pública - SNCC/PSP - Eleição ........................................... 4510
- SIMM - Sindicato Independente dos Motoristas de Mercadorias - Eleição ................................................................................. 4510
- Sindicato dos Trabalhadores da Pesca do Centro - Eleição ......................................................................................................... 4510
- União dos Sindicatos do Distrito de Leiria - USDL - Eleição ........................................................................................................ 4510
Associações de empregadores:
I – Estatutos:
II – Direção:
- Associação Nacional dos Industriais de Conservas de Peixe (ANICP) - Eleição ........................................................................ 4511
- Associação Nacional das Indústrias de Duas Rodas, Ferragens, Mobiliário e Afins - Eleição .................................................... 4511
- Associação Portuguesa de Fabricantes de Papel e Cartão (FAPEL) - Eleição ............................................................................. 4512
4417
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 47, 22/12/2018
- Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA) - Retificação ....................................................... 4512
Comissões de trabalhadores:
I – Estatutos:
II – Eleições:
I – Convocatórias:
4418
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 47, 22/12/2018
Aviso: Alteração do endereço eletrónico para entrega de documentos a publicar no Boletim do Trabalho e Emprego
O endereço eletrónico da Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho para entrega de documentos a publicar
no Boletim do Trabalho e Emprego passou a ser o seguinte: [email protected]
De acordo com o Código do Trabalho e a Portaria n.º 1172/2009, de 6 de outubro, a entrega em documento electrónico
respeita aos seguintes documentos:
a) Estatutos de comissões de trabalhadores, de comissões coordenadoras, de associações sindicais e de associações de
empregadores;
b) Identidade dos membros das direcções de associações sindicais e de associações de empregadores;
c) Convenções colectivas e correspondentes textos consolidados, acordos de adesão e decisões arbitrais;
d) Deliberações de comissões paritárias tomadas por unanimidade;
e) Acordos sobre prorrogação da vigência de convenções coletivas, sobre os efeitos decorrentes das mesmas em caso de
caducidade, e de revogação de convenções.
Nota:
- A data de edição transita para o 1.º dia útil seguinte quando coincida com sábados, domingos e feriados.
- O texto do cabeçalho, a ficha técnica e o índice estão escritos conforme o Acordo Ortográfico. O conteúdo dos textos é
da inteira responsabilidade das entidades autoras.
SIGLAS
CC - Contrato coletivo.
AC - Acordo coletivo.
PCT - Portaria de condições de trabalho.
PE - Portaria de extensão.
CT - Comissão técnica.
DA - Decisão arbitral.
AE - Acordo de empresa.
Execução gráfica: Gabinete de Estratégia e Planeamento/Direção de Serviços de Apoio Técnico e Documentação - Depósito legal n.º 8820/85.
4419
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 47, 22/12/2018
...
REGULAMENTAÇÃO DO TRABALHO
DESPACHOS/PORTARIAS
...
...
PORTARIAS DE EXTENSÃO
Portaria de extensão das alterações do contrato A AHETA requereu a extensão das alterações do contrato
coletivo entre a Associação dos Hotéis e Empreen- coletivo às relações de trabalho entre empregadores e tra-
dimentos Turísticos do Algarve (AHETA) e o Sin- balhadores não representados pelas associações outorgantes
dicato dos Trabalhadores e Técnicos de Serviços, que na respetiva área e âmbito exerçam a mesma atividade.
Considerando o disposto no número 2 do artigo 514.º do
Comércio, Restauração e Turismo - SITESE
Código do Trabalho, nomeadamente a identidade ou seme-
lhança económica e social das situações previstas no âmbito
As alterações em vigor do contrato coletivo entre a As- da convenção com as que se pretende abranger com a ex-
sociação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Al- tensão, foi efetuado o estudo de avaliação dos indicadores
garve (AHETA) e o Sindicato dos Trabalhadores e Técnicos previstos nas alíneas a) a e) do número 1 da Resolução do
de Serviços, Comércio, Restauração e Turismo - SITESE, Conselho de Ministros (RCM) n.º 82/2017, de 9 de junho
respetivamente, publicadas no Boletim do Trabalho e Em- de 2017. Segundo o apuramento do Relatório Único/Qua-
prego (BTE), n.º 1, de 8 de janeiro de 2006 (com retificação dros de Pessoal de 2016 estão abrangidos pelo instrumento
publicada no Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 14, de 15 de regulamentação coletiva de trabalho, direta e indireta-
de abril de 2006) e n.º 32, de 29 de agosto de 2018, abrangem mente, excluindo os praticantes e aprendizes e o residual,
as relações de trabalho entre empregadores que no distrito 11 515 trabalhadores por contra de outrem a tempo completo
de Faro exerçam a atividade de hotelaria (alojamento) e tra- (TCO), dos quais 49,1 % são homens e 50,9 % são mulheres.
balhadores ao seu serviço, uns e outros representados pelas De acordo com os dados da amostra, o estudo indica que
associações outorgantes. para 9114 TCO (79,1 % do total) as remunerações devidas
4420
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 47, 22/12/2018
são iguais ou superiores às remunerações convencionais en- procede-se à exclusão do âmbito de aplicação da presente
quanto para 2401 TCO (20,9 % do total) as remunerações extensão dos empregadores filiados na AISHA e na AHRESP
são inferiores às convencionais, dos quais 34,5 % são ho- e dos trabalhadores filiados em sindicatos representados pela
mens e 65,5 % são mulheres. Quanto ao impacto salarial FESAHT.
da extensão, a atualização das remunerações representa um Ponderadas as circunstâncias sociais e económicas jus-
acréscimo de 0,6 % na massa salarial do total dos trabalha- tificativas da extensão de acordo com o número 2 do artigo
dores e de 4,5 % para os trabalhadores cujas remunerações 514.º do Código do Trabalho promove-se a extensão das al-
devidas serão alteradas. Na perspetiva da promoção de me- terações do contrato coletivo em causa.
lhores níveis de coesão e igualdade social o estudo indica Assim, manda o Governo, pelo Secretário de Estado do
uma redução do leque salarial e uma ligeira diminuição das Emprego, no uso da competência delegada pelo Despacho
desigualdades. n.º 1300/2016, de 13 de janeiro de 2016, do Ministro do Tra-
Nos termos da alínea c) do número 1 do artigo 478.º do balho, Solidariedade e Segurança Social, publicado no Diá-
Código do Trabalho e do estatuído nos números 2 e 4 da rio da República, 2.ª série, n.º 18, de 27 de janeiro de 2016,
RCM, na fixação da eficácia das cláusulas de natureza pecu- ao abrigo do artigo 514.º e do número 1 do artigo 516.º do
niária foi tido em conta a data do pedido de extensão, que é Código do Trabalho e da Resolução do Conselho de Minis-
posterior ao depósito da convenção, e o termo do prazo para tros n.º 82/2017, publicada no Diário da República, 1.ª série,
emissão da portaria de extensão, com produção de efeitos a n.º 112, de 9 de junho de 2017, o seguinte:
partir do primeiro dia do mês em causa.
Artigo 1.º
Considerando que as retribuições do nível XIII da tabela
salarial prevista no anexo XI da convenção são inferiores à 1- As condições de trabalho constantes das alterações em
retribuição mínima mensal garantida (RMMG) em vigor e vigor do contrato coletivo entre a Associação dos Hotéis e
que esta pode ser objeto de reduções relacionadas com o tra- Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA) e o Sin-
balhador, nos termos do artigo 275.º do Código do Trabalho, dicato dos Trabalhadores e Técnicos de Serviços, Comércio,
as referidas retribuições convencionais apenas são objeto de Restauração e Turismo - SITESE, respetivamente, publica-
extensão nas situações em que sejam superiores à RMMG das no Boletim do Trabalho e Emprego (BTE), n.º 1, de 8 de
resultante de redução relacionada com o trabalhador. janeiro de 2006 (com retificação publicada no Boletim do
Considerando ainda que a convenção coletiva regula di- Trabalho e Emprego, n.º 14, de 15 de abril de 2006) e n.º 32,
versas condições de trabalho, procede-se à ressalva genérica de 29 de agosto de 2018, são estendidas no distrito de Faro:
de cláusulas contrárias a normas legais imperativas. a) Às relações de trabalho entre empregadores não filiados
Foi publicado o aviso relativo ao projeto da presente na associação de empregadores outorgante que exerçam a
extensão no Boletim do Trabalho e Emprego, Separata, n.º atividade de hotelaria (alojamento) e trabalhadores ao seu
47, de 12 de novembro de 2018, ao qual a Associação dos serviço das profissões e categorias profissionais previstas na
Industriais Hoteleiros e Similares do Algarve - AIHSA, a convenção;
Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portu- b) Às relações de trabalho entre empregadores filiados na
gal (AHRESP) e a FESAHT - Federação dos Sindicatos da associação de empregadores outorgante que exerçam a refe-
Agricultura, Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de rida atividade económica e trabalhadores ao seu serviço, das
Portugal deduziram oposição à extensão. profissões e categorias profissionais previstas na convenção,
Em síntese, a AISHA e a AHRESP peticionaram a sua não representados pela associação sindical outorgante.
exclusão do âmbito da aplicação a extensão alegando a exis- 2- Não são objeto de extensão as cláusulas contrárias a
tência de convenção coletiva própria aplicável no distrito de normas legais imperativas.
Faro com âmbito de atividade idêntico. A FESAHT, invo- 3- As retribuições do nível XIII da tabela salarial prevista
cando o mesmo argumento, opõe-se à emissão da extensão no anexo XI da convenção apenas são objeto de extensão
por entender que a convenção a estender contém uma série nas situações em que sejam superiores à retribuição míni-
de disposições mais gravosas para os trabalhadores do setor ma mensal garantida resultante de redução relacionada com
ou, em alternativa, a exclusão dos trabalhadores filiados nos o trabalhador, de acordo com o artigo 275.º do Código do
sindicatos por ela representados. Trabalho
Em matéria de emissão de portaria de extensão clarifica- 4- O disposto na alínea a) do número anterior não é apli-
-se que, de acordo com o artigo 515.º do Código do Traba- cável aos empregadores filiados na Associação dos Indus-
lho, a extensão só é aplicável às relações de trabalho que triais Hoteleiros e Similares do Algarve - AIHSA e na As-
no mesmo âmbito não sejam reguladas por instrumento de sociação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal
regulamentação coletiva de trabalho negocial. Deste modo, (AHRESP).
considerando que a alínea a) do número 1 do artigo 1.º da 5- A presente extensão não é aplicável aos trabalhadores
portaria pretende abranger as relações de trabalho onde não filiados nos sindicatos representados pela FESAHT - Fede-
se verifique o princípio da dupla filiação e que assiste às opo- ração dos Sindicatos da Agricultura, Alimentação, Bebidas,
nentes a defesa dos direitos e interesses dos seus associados Hotelaria e Turismo de Portugal.
4421
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 47, 22/12/2018
CONVENÇÕES COLETIVAS
4422
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 47, 22/12/2018
4423
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 47, 22/12/2018
l) Manter permanentemente atualizado o registo do pes- gais vigentes, bem como as ordens dadas pelo empregador;
soal em cada um dos seus estabelecimentos, com indicação k) Manter impecável o asseio, a higiene e a apresentação
dos nomes, datas de nascimento e admissão, modalidades pessoal;
dos contratos, categorias, promoções, retribuições, datas de l) Procurar aperfeiçoar e atualizar os seus conhecimentos
início e termo de férias e faltas que impliquem perda da re- profissionais;
tribuição ou diminuição dos dias de férias; m) Abster-se, durante o seu período normal de trabalho,
m) Fornecer a indumentária ao trabalhador, exceto o casaco do consumo de álcool ou outras substâncias que possam in-
branco, a calça preta, a camisa branca e a gravata ou laço fluenciar o seu comportamento ou causar-lhe perturbações;
tradicionais na indústria, devendo o tecido ter em conta as n) O trabalhador deve, no desempenho das suas funções,
condições climáticas do estabelecimento e do período do velar pela saúde pública e pelo asseio do seu local de traba-
ano, sendo da responsabilidade do empregador a limpeza e lho, de acordo com as boas práticas de higiene e segurança
conservação da indumentária, desde que possua lavandaria; alimentar, estabelecidas em lei, regulamento interno, bem
n) Compete em especial ao empregador, respeitar em toda como em ordens dadas pelo empregador;
a sua plenitude os direitos de personalidade de cada traba- o) Respeitar em toda a sua plenitude os direitos de perso-
lhador devendo, entre outras, reconhecer a sua liberdade de nalidade do empregador e dos outros trabalhadores devendo,
expressão e opinião, guardar reserva quanto à intimidade da entre outras, reconhecer a sua liberdade de expressão e opi-
vida privada, velar pela integridade física e moral e garan- nião, guardar reserva quanto à intimidade da vida privada,
tir a confidencialidade das mensagens de natureza pessoal velar pela integridade física e moral e garantir a confiden-
e não profissional que os trabalhadores enviem, recebam ou cialidade das mensagens de natureza pessoal e não profis-
consultem; sional que o empregador e os outros trabalhadores enviem,
o) Instaurar procedimento disciplinar sempre que tiver co- recebam ou consultem.
nhecimento de alegadas situações de assédio no trabalho.
Cláusula 11.ª
Cláusula 10.ª
(Garantias do trabalhador)
(Deveres do trabalhador) 1- É proibido ao empregador:
São obrigações do trabalhador: a) Opor-se, por qualquer forma, a que o trabalhador exer-
a) Cumprir rigorosamente as disposições desta convenção ça os seus direitos, bem como despedi-lo, aplicar-lhe outras
e as normas que a regem bem como os regulamentos inter- sanções, ou tratá-lo desfavoravelmente por causa desse exer-
nos, aprovados nos termos da lei e que respeitem as normas cício;
desta convenção; b) Obstar, injustificadamente, à prestação efetiva do traba-
b) Respeitar e tratar com urbanidade o empregador, os lho;
superiores hierárquicos, os colegas de trabalho e as demais c) Exercer pressão sobre o trabalhador para que atue no
pessoas que estejam ou entrem em relação com a empresa; sentido de influir desfavoravelmente nas suas condições de
c) Comparecer ao serviço com assiduidade e pontualidade; trabalho ou nas dos restantes trabalhadores;
d) Realizar o trabalho com zelo e diligência, velando pela d) Diminuir a retribuição dos trabalhadores;
conservação e boa utilização dos bens que lhe forem confia- e) Baixar a categoria dos trabalhadores, salvo nos casos
dos pelo empregador e promovendo ou executando todos os em que tal mudança, imposta por necessidades prementes da
atos tendentes à melhoria da produtividade da empresa; empresa ou por estrita necessidade do trabalhador, seja por
e) Cumprir as ordens e instruções do empregador em tudo este aceite e autorizada pela Autoridade para as Condições
o que respeite à execução e disciplina do trabalho, bem de Trabalho, nos casos em que implique diminuição de re-
como dos superiores hierárquicos, dentro dos poderes que tribuição;
por aquele lhes forem atribuídos salvo na medida em que se f) Transferir o trabalhador sem o acordo deste para outro
mostrem contrárias aos seus direitos e garantias; local e ou secção de trabalho, salvo nos casos previstos na
f) Guardar lealdade ao empregador, nomeadamente não cláusula 20.ª desta convenção;
negociando por conta própria ou alheia em concorrência com g) Ceder trabalhadores do quadro de pessoal próprio para
ele, nem divulgando informações referentes à organização, utilização de terceiros que sobre esses trabalhadores exer-
métodos de produção ou negócios; çam poderes de autoridade e direção próprios do empregador
g) Não conceder crédito sem que para tal tenha sido espe- ou por pressão por ele indicada, salvo nos casos especial-
cialmente autorizado; mente previstos na lei;
h) Entregar à direção da empresa ou ao seu superior hie- h) Obrigar o trabalhador a adquirir bens ou a utilizar ser-
rárquico os objetos e valores extraviados ou perdidos pelos viços fornecidos pelo empregador ou por pessoa por ele in-
clientes; dicada;
i) Cooperar, para a melhoria do sistema de segurança e i) Explorar, com fins lucrativos, quaisquer cantinas, refei-
saúde no trabalho, nomeadamente por intermédio dos repre- tórios, economatos ou outros estabelecimentos diretamente
sentantes dos trabalhadores eleitos para esse fim; relacionados com o trabalho, para fornecimento de bens ou
j) Cumprir as prescrições de segurança e saúde no traba- fornecimento de serviços aos trabalhadores;
lho estabelecidas nesta convenção e demais disposições le- j) Fazer cessar o contrato e readmitir o trabalhador, mes-
4424
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 47, 22/12/2018
4425
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 47, 22/12/2018
4426
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 47, 22/12/2018
lecidas no regulamento interno ou pelo empregador; ria superior a que corresponde uma retribuição de base mais
II) Desenvolve os planos definidos pelo empregador; elevada.
III) Planifica, organiza, dirige, coordena e controla as ati- 3- A progressão na carreira profissional terá lugar, prefe-
vidades próprias do bom funcionamento do estabelecimento rencialmente, por mérito do trabalhador aferido por um sis-
e da empresa, de acordo com esses planos; tema de avaliação profissional anual, elaborado e aprovado
IV) Apresenta informações e relatórios, conforme estabe- pelo empregador através de regulamento interno da empresa,
lecido; ouvindo para o efeito a comissão de trabalhadores e os de-
V) Representa a administração, dentro dos limites que lhe legados sindicais e afixado nos locais habituais, para que do
são conferidos; mesmo tomem conhecimento todos os trabalhadores.
VI) Tem supervisão sobre todo o pessoal. 4- O sistema de avaliação previsto no número anterior deve
ter em conta a assiduidade e pontualidade do trabalhador, a
Cláusula 16.ª
apresentação pessoal, a diligência no serviço, capacidade de
(Densidades) liderança e resolução de conflitos, aumento de vendas e zelo
pela limpeza e asseio do local e instrumentos de trabalho.
1- Nos hotéis de 5 e 4 estrelas, campos de golfe e casinos,
5- O trabalhador progride para o nível ou grau imediata-
será obrigatória a existência separada de todas as secções e
mente superior na 3.ª avaliação de desempenho positiva ob-
nelas apenas poderá haver categorias de grau inferior, desde
tida.
que haja, pelo menos, 1 profissional de grau superior classi-
6- Na falta de um sistema de avaliação de desempenho
ficado com a categoria de chefia ou supervisor.
válido, o trabalhador que não possua categoria de chefia ou
2- Nos demais estabelecimentos hoteleiros, apenas poderá
supervisão ingressa no nível ou grau imediatamente superior
haver categorias de grau inferior, desde que haja, pelo me-
da sua categoria profissional por mero decurso do tempo ao
nos, 1 profissional de grau superior.
fim de cinco anos de permanência na mesma categoria.
Cláusula 17.ª
CAPÍTULO IV
(Aprendizagem e estágio)
1- O período da aprendizagem tem a duração máxima de Prestação do trabalho
um ano nas secções de cozinha, pastelaria e manutenção, de
seis meses nas secções de restaurante e bar e, três meses nas Cláusula 19.ª
demais secções.
2- Concluído o período de aprendizagem o aprendiz in- (Local de trabalho)
gressará no estágio. 1- O local de trabalho corresponde ao estabelecimento
3- Não haverá período de aprendizagem sempre que o tra- onde o trabalhador presta o serviço e será definido pela em-
balhador se encontre já habilitado com curso de formação presa no ato de admissão.
profissional nas escolas oficiais, oficializadas ou do ensino 2- Entende-se por local de trabalho o estabelecimento e
profissional. secção em que o trabalhador presta serviço ou a que está
4- Não haverá período de aprendizagem nem de estágio adstrito, quando o seu trabalho, pela natureza das suas fun-
sempre que o trabalhador já tiver tido a categoria de apren- ções, não seja prestado em local fixo.
diz ou de estagiário, respetivamente, em anterior contrato de
trabalho e desde que comprovado pelo respetivo certificado Cláusula 20.ª
de trabalho.
(Mobilidade geográfica)
5- O período de estágio tem a duração máxima de um ano
nas secções de cozinha, pastelaria e manutenção, de seis 1- O empregador pode, quando necessidade imperiosa de-
meses nas secções de restaurante e bar e, de três meses nas vidamente fundamentada o imponha, transferir o trabalhador
demais secções. para outro local de trabalho, num raio de 15 km, desde que
6- Concluído o período de estágio o estagiário passará à essa transferência não implique prejuízo sério para o traba-
categoria profissional respetiva. lhador.
2- Consideram-se motivos de transferência os seguintes:
Cláusula 18.ª a) Alteração, total ou parcial, do estabelecimento onde o
trabalhador presta serviço;
(Promoção, acesso e carreiras profissionais)
b) Quando haja excesso de mão de obra por diminuição
1- Constitui progressão o acesso ou passagem de um traba- notória dos serviços que a empresa presta;
lhador de um grau ou nível profissional inferior a outro grau c) Aquando da tomada de concessão se se verificar com-
ou nível profissional superior a que corresponde uma retri- provada inadaptação do trabalhador aos métodos de gestão
buição de base mais elevada, dentro da mesma classificação adotados;
ou categoria profissional. d) Existência de litígio entre a concedente ou os clientes
2- Constitui promoção o acesso ou passagem de um traba- sobre a permanência do trabalhador, por facto imputável a
lhador de uma categoria profissional inferior a outra catego- este e desde que a primeira imponha a transferência do tra-
balhador.
4427
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 47, 22/12/2018
3- O empregador fica, em todos os casos de transferência, 3- Entende-se por horário flutuante aquele cujas horas de
obrigado a custear as despesas de transportes ou outros gas- início e de termo podem ser diferentes em cada dia da sema-
tos que diretamente passem a existir para o trabalhador por na, mas se encontram previamente fixadas no mapa de horá-
força da referida transferência. rio havendo sempre um período de descanso de onze horas,
4- O trabalhador pode, se houver prejuízo sério, resolver no mínimo, entre o último período de trabalho de um dia e o
o contrato de trabalho, tendo nesse caso direito a uma in- primeiro período de trabalho do dia seguinte.
demnização igual a um mês de retribuição por cada ano de 4- Entende-se por horário flexível aquele em que as ho-
antiguidade e, no mínimo, a três meses de indemnização. ras de início e termo dos períodos de trabalho e de descanso
5- A empresa que pretenda transferir o trabalhador de local diários podem ser móveis, dentro dos limites previamente
de trabalho terá sempre de o avisar com uma antecedência acordados por escrito. Os trabalhadores sujeitos a este regi-
mínima de 30 dias se for definitiva e, de 10 dias se for tem- me terão um período de trabalho fixo e um outro de trabalho
porária. complementar variável, o período complementar variável
6- Se a transferência de local de trabalho envolver dois ou será da inteira disposição do trabalhador, salvaguardando
mais trabalhadores o empregador terá que solicitar um pare- sempre o normal funcionamento dos setores abrangidos.
cer prévio aos delegados sindicais. 5- Entende-se por horário de turnos rotativos o que sofre
variação regular entre as diferentes partes do dia - manhã,
Cláusula 21.ª
tarde e noite -, bem como dos períodos de descanso, podendo
(Período diário e semanal de trabalho) a rotação ser contínua ou descontínua.
1- Sem prejuízo de horários de duração inferior e regimes Cláusula 24.ª
mais favoráveis já praticados, o período diário e semanal de
trabalho será de oito horas diárias e quarenta horas semanais, (Regime especial de organização do tempo de trabalho)
em cinco dias ou cinco dias e meio. 1- Mediante a celebração de um acordo escrito entre o
2- Para efeitos de organização do período semanal de tra- empregador e o trabalhador, pode ser instituído um regime
balho considera-se a semana de segunda a domingo, exceto especial de organização do tempo de trabalho, obedecendo
para os trabalhadores cujo descanso semanal é os dias de sá- ao disposto nos números seguintes.
bado e de domingo. 2- Sem prejuízo do previsto no número 11 desta cláusula, o
período normal de trabalho pode ser aumentado ou reduzido
Cláusula 22.ª
até duas horas diárias.
(Obrigatoriedade de registo de entradas e saídas) 3- Em virtude do aumento ou da redução do período nor-
mal de trabalho diário, o período de trabalho semanal tem
1- Em todos os estabelecimentos é obrigatório um registo
como limite máximo e mínimo as 50 e as 30 horas, respeti-
através de qualquer meio idóneo das entradas e saídas dos
vamente.
trabalhadores que permita apurar o número de horas de tra-
4- O acordo previsto nesta cláusula deve ser feito pelos se-
balho prestadas pelo trabalhador, por dia e por semana, com
guintes períodos de 4 meses: janeiro a abril; maio a agosto e
indicação da hora do início e do termo do trabalho.
setembro a dezembro.
2- O registo de entradas e saídas será feito preferencial-
5- Por acordo escrito entre o empregador e o trabalhador
mente através do sistema de ponto mecânico, computadori-
podem os períodos previstos no número anterior serem ou-
zado ou eletrónico.
tros, tendo sempre como limite 6 meses.
3- A ficha ou qualquer outro tipo de registo de entradas
6- O acréscimo ou decréscimo previsto nos números 2 e 3
e saídas, bem como os mapas de horário de trabalho, serão
desta cláusula tem como limite 50 horas semanais em cada
guardados pelo tempo legalmente estabelecido.
período de 4 meses, salvo se, existindo acordo nos termos do
4- Na falta de meio documental idóneo de registo de entra-
número anterior, outro período tenha sido estabelecido pelas
das e saídas, entende-se que o horário praticado pelo traba-
partes, sendo nestes casos os acréscimos ou decréscimos pre-
lhador é o que constar do mapa de horário de trabalho afixa-
vistos feitos de forma proporcional, tendo como limite 150
do no estabelecimento.
horas no ano civil.
Cláusula 23.ª 7- A utilização do presente regime especial de organização
do tempo de trabalho deverá ser registado em livro próprio
(Regimes de horário de trabalho) ou sistema idóneo, de onde conste, entre outros, o nome do
1- 1. O trabalho normal pode ser prestado em regime de: trabalhador e do empregador, o número de horas de acrés-
a) Horário fixo; cimo e decréscimo e as datas de modo a que o trabalhador
b) Horário flutuante; possa ter acesso ao mesmo a todo o momento.
c) Horário flexível; 8- Sempre que haja necessidade de utilizar o regime pre-
d) Horário rotativo. visto nesta cláusula, o empregador ou o trabalhador, confor-
2- Entende-se por horário fixo aquele cujas horas de início me o caso, comunica à parte contrária, com a antecedência
e termo são iguais todos os dias e se encontram previamente mínima de cinco dias, salvo em situações excecionais devi-
fixadas, de acordo com a presente convenção, nos mapas de damente fundamentadas, em que o aviso prévio poderá ser
horário de trabalho.
4428
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 47, 22/12/2018
4429
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 47, 22/12/2018
cada período de trabalho, dias de descanso semanal e hora de lar-se-ão aos respetivos acréscimos na duração correspon-
início ou período das refeições, além dos nomes dos profis- dente a cada um dessas qualidades.
sionais isentos do cumprimento do horário de trabalho. 4- Quando o trabalho noturno suplementar se iniciar ou
3- Cada estabelecimento é obrigado a ter afixado, em luga- terminar a hora em que não haja transportes coletivos, o em-
res de fácil leitura e consulta por todos os trabalhadores, um pregador suportará as despesas de outro meio de transporte,
ou vários mapas de horário de trabalho, conforme as dimen- salvo se o trabalhador utilizar habitualmente meio de trans-
sões e a dispersão das diversas secções. porte próprio.
4- São admitidas alterações parciais aos mapas de horário 5- Nos casos dos horários fixos em que, diariamente, mais
de trabalho, quando respeitem apenas à substituição ou au- de 4 horas coincidam com o período noturno, o suplemento
mento de pessoal e não haja modificações dos períodos neles será de metade da remuneração ilíquida mensal.
indicados. 6- As ausências dos trabalhadores sujeitos a horários no-
5- Os empregadores abrangidos por este CCT devem ado- turnos fixos serão descontados de acordo com o critério esta-
tar o mapa de horário de trabalho constante do anexo V belecido na cláusula 42.ª
7- O estabelecido no número 1 não se aplica aos trabalha-
Cláusula 29.ª
dores das secções e áreas número 9, 13, 14, 15, 16, 17, 18,
(Isenção de horário de trabalho) 19, 20, 21 e 23 do anexo II. Para estes trabalhadores e para
os que exercem funções em cantinas e bares concessionados,
1- Pode ser isento de horário de trabalho o trabalhador que
considera-se trabalho noturno o prestado entre as 20 horas
para tal dê o seu acordo por escrito.
de um dia e as 7 horas do dia seguinte, sendo de 25 % a re-
2- O trabalhador isento, se for das categorias dos níveis X,
muneração do trabalho prestado até às 24 horas e de 50 % o
IX e VIII, terá direito a um prémio de 20 %, calculado sobre
prestado a partir das 24 horas.
a sua remuneração de base mensal, se for de outra categoria,
8- Nos estabelecimentos de venda de alojamento que em-
o prémio de isenção será de 25 %.
preguem, no conjunto, 10 ou menos trabalhadores, será de
3- Para efeitos de isenção de horário de trabalho aplica-se
25 % o acréscimo referido no número 2.
a observância dos períodos normais de trabalho, salvo acor-
9- Nos estabelecimentos de restauração ou bebidas com
do individual do trabalhador.
fabrico próprio de pastelaria os trabalhadores com horário
Cláusula 30.ª seguido iniciado às 6 horas não terão direito ao acréscimo
referido no número 2.
(Trabalho por turnos) 10- Nos estabelecimentos de bebidas o disposto nesta cláu-
1- Nas secções de funcionamento ininterrupto, durante as sula só se aplica aos trabalhadores que prestem serviço para
24 horas do dia, os horários de trabalho podem ser rotativos, além das 2 horas, com exceção dos que já aufiram o respe-
desde que a maioria dos trabalhadores abrangidos, expressa- tivo subsídio de trabalho noturno nos termos desta cláusula.
mente e por escrito, manifestem vontade de o praticar.
Cláusula 32.ª
2- Quando necessidade imperiosa de funcionamento da
secção devidamente fundamentada o imponham pode o tra- (Noção e limite do trabalho suplementar)
balhador ser deslocado temporariamente de um turno para
1- Considera-se trabalho suplementar o prestado fora do
o outro, exceto se alegar e demonstrar que a mudança lhe
horário diário normal.
causa prejuízo sério.
2- O trabalho suplementar só pode ser prestado:
3- Serão do encargo do empregador, nomeadamente os
a) Quando a empresa tenha de fazer face a acréscimos
acréscimos de despesas de transporte, que passem a verifi-
eventuais de trabalho e não se justifique a admissão de tra-
car-se com a alteração de turno.
balhador;
4- Os trabalhadores que tenham filhos menores poderão ser
b) Quando a empresa esteja na iminência de prejuízos im-
isentos do cumprimento do horário rotativo, independente do
portantes ou se verifiquem casos de força maior.
disposto no número 2, desde que o solicitem expressamente.
3- O trabalhador é obrigado a prestar trabalho suplemen-
5- O trabalhador só pode ser mudado de turno após o dia
tar salvo quando havendo motivos atendíveis expressamente
de descanso semanal.
solicite a sua dispensa.
Cláusula 31.ª 4- Imediatamente antes do início e após o seu termo, o tra-
balho suplementar será registado obrigatoriamente em livro
(Trabalho noturno) próprio ou ponto mecânico, de modo a que permita registo
1- Considera-se noturno o trabalho prestado entre as 24 eficaz e de fácil verificação, servindo para o efeito o registo
horas de um dia e as 7 horas do dia seguinte. previsto na cláusula 22.ª
2- O trabalho noturno será pago com o acréscimo de 5- Cada trabalhador só pode prestar duas horas de trabalho
50 %, porém, quando no cumprimento de horário normal de suplementar por cada dia de trabalho e, em cada ano civil, o
trabalho sejam prestadas mais de 4 horas durante o período máximo de 200 horas suplementares.
considerado noturno, será todo o período de trabalho diário 6- O trabalhador poderá recusar a prestação do trabalho
remunerado com este acréscimo. suplementar se este não lhe for expressa e previamente de-
3- Se além de noturno o trabalho for suplementar, acumu- terminado.
4430
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 47, 22/12/2018
4431
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 47, 22/12/2018
4432
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 47, 22/12/2018
4433
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 47, 22/12/2018
8- O pagamento deve ser efetuado até ao último dia útil do lho, o montante relativo ao prémio de línguas e o montante
período de trabalho a que respeita. relativo a diuturnidades quando a eles haja lugar;
N = período normal de trabalho semanal.
Cláusula 45.ª
3- É exigível o pagamento de trabalho suplementar cuja
(Subsídio de Natal) prestação tenha sido prévia e expressamente determinada, ou
1- O trabalhador tem direito a subsídio de Natal de valor realizada de modo a não ser previsível a oposição do empre-
igual a um mês de retribuição, que deve ser pago até 15 de gador.
dezembro de cada ano. 4- A prestação de trabalho suplementar, confere ao traba-
2- O valor do subsídio de Natal é proporcional ao tempo de lhador o direito a um descanso compensatório remunerado,
serviço prestado no ano civil a que se reporta, nas seguintes correspondente a 25 % das horas de trabalho realizado.
situações: 5- O descanso compensatório vence-se quando perfizer um
a) No ano da admissão do trabalhador; número de horas igual ao período normal de trabalho diário
b) No ano da cessação do contrato de trabalho. e deve ser gozado nos 90 dias seguintes, à razão de um tra-
c) Em caso de suspensão do contrato de trabalho, salvo se balhador por dia.
for por facto respeitante ao empregador. 6- O dia de descanso compensatório será gozado em dia
3- No caso de alteração de tempo de trabalho durante o ano à escolha do trabalhador e mediante acordo do empregador,
a que o subsídio de Natal diz respeito, será o mesmo calcu- após pedido a efetuar com três dias de antecedência.
lado considerando-se a média dos montantes corresponden- 7- O empregador poderá recusar a escolha do dia de des-
tes aos meses a ter em conta para o efeito de pagamento do canso efetuada pelo trabalhador no caso do mesmo já ter sido
subsídio. solicitado por outro trabalhador do mesmo serviço ou depar-
tamento.
Cláusula 46.ª
8- Se por razões ponderosas e inamovíveis não puder go-
(Retribuição durante as férias) zar o descanso compensatório previsto no número 4, o mes-
mo ser-lhe-á pago como suplementar.
1- A retribuição do período de férias corresponde à que o
trabalhador receberia se estivesse em serviço efectivo, sen- Cláusula 48.ª
do incluída no seu cálculo a remuneração pecuniária base,
o prémio de línguas, o suplemento de isenção de horário de (Pagamento do trabalho prestado em dia de descanso semanal e em
dia feriado)
trabalho e subsidio nocturno quando a eles haja lugar.
2- Além da retribuição mencionada no número anterior, os 1- O trabalho prestado em dia de descanso semanal e em
trabalhadores têm direito a um subsídio de férias de montan- dia feriado será remunerado com um acréscimo de 100 %
te igual ao dessa retribuição. sobre a retribuição normal, conforme fórmula:
3- O subsídio de férias deve ser pago antes do início do
RM x 12 x 2
período de férias e proporcionalmente em caso de gozo inter-
polado de férias, salvo acordo escrito em contrário. 52 x N
4- O subsídio de férias poderá ser pago em duodécimos,
sendo:
desde que exista acordo entre as partes para o efeito.
RM = Remuneração mensal corresponde à soma da retri-
5- No caso de alteração de tempo de trabalho durante o ano
buição pecuniária base, com o montante relativo ao subsídio
a que o subsídio de férias diz respeito, será o mesmo calcu-
noturno, o montante relativo à isenção de horário de traba-
lado considerando-se a média dos montantes corresponden-
lho, o montante relativo ao prémio de línguas e o montante
tes aos meses a ter em conta para o efeito de pagamento do
relativo a diuturnidades, quando a eles haja lugar;
subsídio.
N = período normal de trabalho semanal.
Cláusula 47.ª
2- Além disso, nos 3 dias seguintes após a realização do
(Pagamento do trabalho suplementar) trabalho em dia de descanso semanal, terá o trabalhador de
gozar o dia ou dias de descanso por inteiro em que se deslo-
1- A remuneração da hora suplementar será igual à retri-
cou à empresa para prestar serviço.
buição efetiva da hora normal acrescida de 100 %.
3- Se por razões ponderosas e inamovíveis não puder go-
2- O cálculo da remuneração do trabalho suplementar será
zar os seus dias de descanso, o trabalho desses dias ser-lhe-á
feito de acordo com a seguinte fórmula:
pago como suplementar.
RM x 12 x 2 4- Mediante acordo escrito entre o empregador e o traba-
lhador, o acréscimo de remuneração devido nos termos do
52 x N
número anterior, poderá ser incluído no valor da sua remu-
sendo: neração mensal de base, desde que seja superior à soma da
RM = Remuneração mensal corresponde à soma da retri- remuneração prevista na tabela salarial aplicável com os
buição pecuniária base, com o montante relativo ao subsídio acréscimos referidos no número anterior.
noturno, o montante relativo à isenção de horário de traba-
4434
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 47, 22/12/2018
4435
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 47, 22/12/2018
4436
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 47, 22/12/2018
4437
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 47, 22/12/2018
4438
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 47, 22/12/2018
que assegurem o funcionamento dos serviços de natureza ur- ratório que não possa ausentar-se do serviço;
gente. b) Serviços de segurança de equipamentos e bens;
4- As reuniões referidas no número anterior podem ser c) Outros serviços que, em função de circunstâncias con-
convocadas pelas comissões sindicais, comissões intersindi- cretas e imprevisíveis, venham a mostrar-se necessários à
cais ou delegados sindicais. satisfação de necessidades sociais impreteríveis.
2- O número de trabalhadores para assegurar os serviços
Cláusula 68.ª
mínimos a designar pela associação sindical que declarar a
(Proibição de transferência de dirigentes e delegados sindicais) greve não deverá ser inferior a 25 % dos trabalhadores dos
serviços afetados pela greve.
Os dirigentes e delegados sindicais não podem ser trans-
3- O empregador deverá tomar todas as medidas de modo
feridos do local de trabalho sem o seu acordo e sem prévio
a assegurar o direito à greve.
conhecimento da direção do sindicato respetivo.
Cláusula 69.ª CAPÍTULO X
(Despedimento de representantes de trabalhadores)
Comissões específicas
1- O despedimento de trabalhadores candidatos aos corpos
gerentes das associações sindicais, bem como os mesmos Cláusula 72.ª
que exerçam ou hajam exercido funções nos mesmos corpos
gerentes há menos de cinco anos, os delegados sindicais, os (Comissão de resolução de conflitos)
representantes dos trabalhadores para a segurança e saúde no 1- A presente comissão de resolução de conflitos é consti-
trabalho, os membros dos conselhos europeus de empresa, tuída pela APHORT - Associação Portuguesa de Hotelaria,
das comissões de trabalhadores e subcomissões de trabalha- Restauração e Turismo e o Sindicato dos Trabalhadores e
dores e suas comissões coordenadoras, presume-se feito sem Técnicos de Serviços, Comércio, Restauração e Turismo -
justa causa. SITESE e visa a resolução de conflitos individuais e coleti-
2- O despedimento de que, nos termos do número ante- vos das empresas abrangidas pelo presente CCT.
rior, se não prove justa causa dá ao trabalhador despedido 2- Participará nesta comissão um representante da
o direito de optar entre e reintegração na empresa, com os APHORT, um representante do SITESE, um representante
direitos que tinha à data de despedimento e uma indemni- da entidade empregadora, o trabalhador ou dois representan-
zação correspondente ao dobro daquela que lhe caberia nos tes dos trabalhadores no caso de conflito coletivo.
termos da lei e deste contrato e nunca inferior à retribuição 3- A comissão reunirá sempre que necessário e sempre que
correspondente a doze meses de serviço. uma das partes o solicite, com o mínimo de 8 dias de ante-
Cláusula 70.ª cedência.
4- O local da reunião será na sede da APHORT ou na sede
(Quotização sindical) do SITESE, conforme a reunião seja solicitada pelo SITESE
Os empregadores abrangidos por este CCT procederão à ou pela APHORT, respetivamente.
cobrança e remessa aos sindicatos outorgantes, gratuitamen- 5- A parte convocante indicará, para além da identificação
te, até ao dia 15 do mês seguinte àquele a que diga respeito, da empresa ou dos trabalhadores, concretamente a razão do
das verbas correspondentes à quotização dos trabalhadores conflito existente.
sindicalizados, desde que com autorização escrita do traba- 6- A parte convocada convocará a empresa ou o trabalha-
lhador nesse sentido, deduzindo o seu montante nas respe- dor, ou os trabalhadores, conforme o caso, enviando-lhes,
tivas remunerações, fazendo acompanhar essa remessa dos conjuntamente, a convocatória com o pedido fundamentado
mapas de quotização devidamente preenchidos. da outra parte.
7- No caso de faltar qualquer das partes presume-se não
CAPÍTULO IX haver vontade de resolver o conflito no âmbito desta comis-
são e por conseguinte não haverá nova convocação, salvo se
Greve ambas as partes acordarem.
8- De cada reunião será lavrada uma ata e assinada pelas
Cláusula 71.ª partes.
(Serviços mínimos)
9- No caso de ser obtido um acordo e este não for cumpri-
do por qualquer das partes, no todo ou em parte, no prazo es-
1- Nos estabelecimentos que se destinam à satisfação de tipulado, considera-se sem efeito e dá direito à parte contrá-
necessidades sociais impreteríveis, designadamente cantinas ria de exigir judicialmente a totalidade dos créditos pedidos.
e refeitórios dos hospitais, os trabalhadores devem assegurar
serviços mínimos necessários à satisfação de necessidades Cláusula 73.ª
sociais impreteríveis, a saber:
(Comissão para o desenvolvimento do diálogo social)
a) Serviço de refeições, dietas líquidas, moles, pediátricas,
hipoclorídricas (diabéticas), hiperproteicas (doentes renais) 1- É criada uma Comissão para o Desenvolvimento do Di-
e sondas e, pessoal afeto ao serviço de urgência, bloco ope- álogo Social, doravante designada por CDDS.
4439
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 47, 22/12/2018
4440
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 47, 22/12/2018
Pelo Sindicato dos Trabalhadores e Técnicos de Servi- neários termais, balneários terapêuticos, estabelecimentos de
ços, Comércio, Restauração e Turismo - SITESE: congressos, embarcações turísticas e outros estabelecimen-
tos sejam quais for a sua designação destinados à animação
Luís Azinheira, presidente da direção na qualidade de
turística nomeadamente de índole cultural, desportiva, temá-
mandatário.
tica e de lazer, restaurantes em todas as suas modalidades,
incluindo os snack bares e self services, casas de pasto, casas
ANEXO I de comidas, casas de vinhos e petiscos, tendinhas bar, cerve-
jarias, marisqueiras, esplanadas, pubs, bufetes, incluindo os
Estabelecimentos e empresas de casas de espetáculos e recintos de diversão ou desporti-
1- Para os efeitos da cláusula 2.ª deste CCT, os estabeleci- vos, botequins, cantinas, bares, salões de dança (dancings),
mentos e empresas aos quais são aplicáveis o presente CCT discotecas, cabarés, boîtes e night clubs, salas de bilhares e
são os seguintes: ou de jogos, abastecedores de aeronaves (catering) e prepa-
1.1.1- Estabelecimentos hoteleiros; radoras, fornecedores e fábricas de refeições para aeronaves,
1.1.2- Aldeamentos turísticos; ao domicílio, e banquetes, receções e beberetes e outras re-
1.1.3- Apartamentos turísticos; feições coletivas, cafés, pastelarias, cafetarias, confeitarias,
1.1.4- Conjuntos turísticos; salões e casas de chá e leitarias, geladarias, estabelecimen-
1.1.5- Empreendimentos de turismo de habitação; tos de fabrico de pastelaria, padaria, e geladaria, estabeleci-
1.1.6- Empreendimentos de turismo no espaço rural; mentos comerciais, industriais ou agrícolas e tabernas ou es-
1.1.7- Parques de campismo e caravanismo; tabelecimentos e serviços similares com outras designações
1.1.8- Turismo de natureza; que sejam ou venham a ser adotadas.
1.1.9- Pousadas; 3- Classificação dos estabelecimentos e empresas
1.2- Estabelecimentos de alojamento local; Para os efeitos da cláusula 2.ª deste CCT, os estabeleci-
1.3- Estabelecimentos de turismo social, turismo júnior, mentos e empresas são integrados nos seguintes grupos re-
turismo sénior e centros de férias; muneratórios:
1.4- Outros estabelecimentos de dormidas; Grupo A:
1.5- Campos de golfe; Hotéis de 5 estrelas;
1.6- Casinos; Hotéis rurais de 5 estrelas;
1.7- Salas de jogo do bingo; Hotéis apartamentos de 5 estrelas;
1.8- Health clubs; Aldeamentos turísticos de 5 estrelas;
1.9- Instalações de SPA, balneoterapia, talassoterapia e ou- Apartamentos turísticos de 5 estrelas;
tros semelhantes; Conjuntos turísticos;
1.10- Embarcações turísticas; Estabelecimentos de restauração e bebidas de luxo e tí-
1.11- Estabelecimentos termais; picos;
1.12- Estabelecimentos de animação turística; Campos de golfe;
1.13- Abastecedoras de aeronaves; Clubs de 1.ª ;
1.14- Empresas de catering; Health clubs;
1.15- Fábricas de refeições; Instalações de SPA, balneoterapia, talassoterapia e outros
1.16- Estabelecimentos de restauração e bebidas; semelhantes;
1.17- Cantinas e bares concessionados. Casinos;
2- Denominação dos estabelecimentos e empresas Salas de jogo do bingo;
As empresas/estabelecimentos referidos na cláusula 2.ª Abastecedoras de aeronaves;
do CCT podem adotar uma das seguintes denominações: ho- Empresas de catering;
téis, pensões, pousadas, estalagens, albergarias, residenciais, Fábricas de refeições;
motéis, casinos, apartamentos turísticos, aldeamentos turís- Embarcações turísticas.
ticos, moradias turísticas, complexos turísticos, pousadas de
juventude, centros de férias, hostel, ghuest house, clubes, Grupo B:
health clubs, instalações de spa, balneoterapia, talassoterapia Hotéis de 4 estrelas;
e outras semelhantes, campos de golfe, hospedarias, casas de Hotéis rurais de 4 estrelas;
hóspedes, casas de dormidas, parques de campismo públi- Hotéis apartamentos de 4 estrelas;
cos, parques de campismo privados, parques de campismo Aldeamentos turísticos de 4 estrelas;
associativos, conjuntos turísticos, turismo no espaço rural, Apartamentos turísticos de 4 estrelas;
designadamente hotéis rurais, parques de campismo rural, Parques de campismo de 4 estrelas;
turismo de habitação, turismo rural, agroturismo, casas de Pousadas;
campo, turismo de aldeia, turismo da natureza, designada- Estabelecimentos termais;
mente casas de natureza, estabelecimentos ou atividades de Estabelecimentos de animação turística;
interpretação ambiental e desporto da natureza independen- Estabelecimentos de turismo social, turismo júnior, turis-
temente da sua denominação, empresas de animação turísti- mo sénior e centros de férias.
ca, designadamente campos de golfe, parques temáticos, bal-
4441
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 47, 22/12/2018
4442
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 47, 22/12/2018
Jardineiro 1- Direção
Músico Subdiretor IX
4443
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 47, 22/12/2018
Empregada de limpeza /andares/quartos principal VI Guarda de acampamento turístico de 1.ª - Ver nota 1 IV
Empregada de limpeza /andares/quartos de 1.ª V Guarda de acampamento turístico de 2.ª - Ver nota 1 III
Empregada de limpeza /andares/quartos de 2.ª IV Guarda de acampamento turístico estagiário - Ver nota 1 II
4444
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 47, 22/12/2018
4445
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 47, 22/12/2018
4446
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 47, 22/12/2018
4447
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 47, 22/12/2018
4448
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 47, 22/12/2018
Porteiro de 2.ª IV
X 2 220,00 € 1 895,00 € 1 275,00 €
Porteiro de 3.ª III
Porteiro estagiário II IX 1 145,00 € 1 015,00 € 950,00 €
23- Categorias diversas
VIII 1 020,00 € 875,00 € 830,00 €
Diretor artístico IX
4449
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 47, 22/12/2018
ANEXO IV
VII 830,00 € 765,00 € 740,00 €
4450
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 47, 22/12/2018
informações e relatórios sobre o funcionamento da receção/ 9- Mandarete - É o trabalhador que se ocupa da execução
portaria. Poderá substituir o diretor, o subdiretor ou o assis- de recados e pequenos serviços dentro e fora do estabele-
tente de direção. cimento; conduz os elevadores destinados ao transporte de
3- Subchefe de receção - É o trabalhador que coadjuva e hóspedes e clientes, ocupa-se do asseio dos mesmos e das
substitui o chefe de receção/portaria no exercício das suas zonas públicas do estabelecimento; encarrega-se do serviço
funções. de guarda de agasalhos e outros objetos de hóspedes e clien-
4- Rececionista - Ocupa-se dos serviços de receção e tes. Pode exercer as funções de bagageiro.
portaria designadamente, coadjuva o chefe e o subchefe de 10- Chefe de segurança - É o trabalhador que superinten-
receção/portaria no exercício das respetivas funções; acolhe de, coordena, dirige e executa os serviços de segurança e vi-
os hóspedes e demais clientes prestando-lhes todas as in- gilância de um estabelecimento de hotelaria ou de alojamen-
formações necessárias sobre o estabelecimento hoteleiro e to turístico; elabora e fornece à direção todas as informações
acompanha a estadia dos clientes em tudo o que for preciso; e relatórios.
mantem-se informado sobre os eventos a decorrer no hotel 11- Vigilante - É o trabalhador que exerce a vigilância e
e sobre a cidade e os eventos principais que nela decorrem, o controle na entrada e saída de pessoas e mercadorias; ve-
para prestar todas as informações necessárias; efetua reservas rifica se tudo se encontra normal e zela pela segurança do
e a contratação do alojamento e demais serviços, procedendo estabelecimento, nos estabelecimentos de alojamento local
à planificação da ocupação dos quartos; assegura a inscrição pode substituir, durante a noite, outros profissionais, elabora
dos hóspedes nos registos do estabelecimento; atende os de- relatórios das anomalias verificadas.
sejos, pedidos e reclamações dos hóspedes e clientes procede
3- Alojamento - andares - quartos
ao lançamento dos consumos ou despesas; emite, apresenta e
1- Diretor de alojamento - Dirige e coordena a atividade
recebe as respetivas contas e executa as tarefas necessárias à
das secções de alojamento e afins. Auxilia o diretor de hotel
regularização de contas com os clientes; prepara e executa a
no estudo da utilização máxima da capacidade de alojamen-
correspondência da secção e respetivo arquivo, elabora esta-
to, determinando os seus custos e laborando programas de
tísticas e outros relatórios; certifica-se que não existe impedi-
ocupação. Pode eventualmente substituir o diretor.
mento para a saída dos clientes; zela pela limpeza da secção;
2- Governante geral de andares - Superintende e coor-
no período noturno zela pela segurança dos hóspedes; efetua
dena os trabalhos das governantes de andares, de rouparia/
serviços de escrituração inerentes à exploração do estabe-
lavandaria e encarregados de limpeza. Na ausência destes,
lecimento e opera com os equipamentos informáticos e de
assegurará as respetivas tarefas;
comunicações e telecomunicações quando instalados na sec-
3- Governanta de andares/rouparia/lavandaria/limpeza
ção; encarrega-se da venda de tabaco, postais, jornais e ou-
- Coadjuva a governante geral de andares no exercício das
tros artigos, salvo quando houver local próprio para a venda
suas funções e substitui-a nas suas ausências e impedimen-
destes serviços; guarda objetos de valor e dinheiro em lugar
tos. Pode, nas ausências esporádicas das empregadas de an-
adequado; controla a entrega de restituição das chaves dos
dares, executar as respetivas funções.
quartos; dirige a receção da bagagem e correio e assegura a
4- Empregada de rouparia/lavandaria - Ocupa-se do re-
sua distribuição; comunica às secções o movimento de che-
cebimento, tratamento, arrumação e distribuição das roupas;
gadas e saídas, bem como os serviços a prestar aos hóspedes.
ocupa-se dos trabalhos de engomadoria, dobragem, lavagem
5- Técnico de reservas - Compete-lhe receber e respon-
e limpeza mecânica ou manual das roupas de serviço e dos
der a todas as solicitações de reservas, alterações e cancela-
clientes.
mentos de quartos e outros serviços fornecidos pelo hotel, de
5- Empregada de limpeza/andares - É o trabalhador que
acordo com os standards estabelecidos. Desempenha tarefas
nos estabelecimentos hoteleiros se ocupa da lavagem, limpe-
administrativas, nomeadamente a inserção e alteração de re-
za, arrumação e conservação de instalações, equipamentos e
servas e perfil de clientes no sistema de reservas e extração
utensílios de trabalho, incluindo os que utilize, e ainda ocupa
de relatórios.
-se da limpeza, asseio, arrumação, arranjo e decoração dos
6- Porteiro de restauração e bebidas - Executa tarefas re-
aposentos dos hóspedes, bem como da lavagem, limpeza, ar-
lacionadas com as entradas e saídas de clientes e pequenos
rumação e conservação das instalações, equipamentos e uten-
serviços.
sílios de trabalho que utilize; repõe os produtos e materiais de
7- Trintanário - Encarrega-se de acolher os hóspedes e
informação ao hóspede quer sobre os serviços prestados pelo
clientes à entrada do estabelecimento, facilitando-lhes a sa-
hotel quer informações turísticas e outras; examina o bom
ída e o acesso às viaturas de transporte, indica os locais de
funcionamento da aparelhagem eléctrica, sonora, telefónica,
receção; coopera de um modo geral na execução dos servi-
TV, instalações sanitárias e o estado dos móveis, alcatifas e
ços de portaria, vigia a entrada e saída do estabelecimento
cortinados, velando pela sua conservação ou sua substituição
de pessoas e mercadorias; quando devidamente habilitado,
quando necessárias; retira as roupas usadas e providencia
conduz as viaturas dos hóspedes , estacionando-as nos locais
pela sua lavagem ou limpeza, tratando do recebimento, trata-
apropriados.
mento, arrumação e distribuição das roupas, requisita os pro-
8- Bagageiro - É o trabalhador que se ocupa do transporte
dutos de lavagem, detergentes e demais artigos necessários e
das bagagens dos hóspedes e clientes; do asseio da arrecada-
vela pela sua conveniente aplicação, podendo ter de manter
ção de bagagens e eventualmente do transporte de móveis e
um registo actualizado. Nas ausências esporádicas da rou-
utensílios.
4451
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 47, 22/12/2018
peira e lavadeira pode ocupar-se dos trabalhos de engoma- supervisionar, zelar, dirigir, conservar, controlar e garantir
doria, dobragem, lavagem e limpeza das roupas de hóspedes, as condições de serviço, definições de processos, gestão de
desde que tenha recebido formação adequada para tal. Na pessoas e executar as tarefas inerentes ao bom funcionamen-
ausência da governante de andares, verifica a ocupação dos to da unidade «parque de campismo», incluindo os serviços
quartos, guarda os objectos esquecidos pelos clientes, atende turísticos e comerciais, quando não concessionados, bens e
as reclamações e pedidos de hóspedes, verifica o tratamento instalações, de harmonia com as instruções emanadas pela
da roupa dos clientes. Pode ainda colaborar nos serviços de entidade empregadora, bem como zelar pelo cumprimento
pequenos-almoços nos estabelecimentos onde não exista ser- de normas de higiene, eficiência, disciplina e promoção da-
viço de restaurante ou cafetaria quando não exista serviço de quela unidade turística. Substituir o encarregado de parque
room-service ou fora deste caso, acidentalmente, nas faltas de campismo nas suas ausências.
imprevisíveis dos empregados adstritos ao serviço de room- 3- Rececionista de parque de campismo - Ocupa-se dos
-service. Nas residenciais pode colaborar nos serviços de pe- serviços de receção e portaria. Acolhendo os campistas e de-
quenos -almoços, preparando café, chá, leite e outras bebidas mais clientes prestando-lhes todas as informações necessá-
quentes e frias, sumos, torradas e sanduíches e servi -las nos rias sobre o empreendimento turístico e acompanha a estadia
quartos transportando-as em bandejas ou carro apropriado. dos clientes em tudo o que for preciso; mantém-se informado
6- Empregado de alojamento local - Em estabelecimento sobre os eventos a decorrer no empreendimento turístico e
de alojamento local sem restaurante e sem receção, trata do sobre a cidade e os eventos principais que nela decorrem,
asseio e decoração dos quartos e demais dependências do para prestar todas as informações necessárias; efetua reser-
estabelecimento. Pode preparar e servir pequenos almoços e vas e demais serviços, procedendo à inscrição dos clientes
receber hóspedes. nos registos do parque; atende pedidos e reclamações dos
7- Empregado de turismo rural/habitação - Em estabele- clientes; emite, apresenta e recebe as respetivas contas e
cimentos de turismo rural, excluindo hotéis rurais, trata do executa as tarefas necessárias à regularização de contas com
asseio e decoração dos quartos, prepara e serve pequenos os clientes, apurando o movimento geral do caixa e trata
almoços. dos ficheiros gerais; prepara e executa a correspondência
8- Controlador de mini bares - controla os mini bares nos da secção e respetivo arquivo, elabora estatísticas e outros
quartos dos hóspedes, os stocks, repõe os mesmos, requisita relatórios; certifica-se que não existe impedimento para a
os produtos à secção respetiva, é responsável pela lavagem, saída dos clientes; zela pela limpeza da secção; no período
limpeza, arrumação e conservação dos mini bares. noturno zela pela segurança dos clientes; efetua serviços de
9- Controlador de room-service - Coordena e canaliza o escrituração inerentes à exploração do estabelecimento e
serviço para os quartos dos clientes. Tem a seu cargo o con- opera com os equipamentos informáticos e de comunicações
trole das bebidas e alimentos destinados ao room service, e telecomunicações quando instalados na secção; encarrega-
mantendo-as qualitativa e quantitativamente ao nível pres- -se da venda de artigos de loja de conveniência e bar quando
crito pela direção. Controla e regista diariamente as receitas disponibilizados; guarda objetos de valor e dinheiro em lu-
do room service. Tem de estar apto e corresponder a todas as gar adequado; controla a entrega e restituição das chaves dos
solicitações que lhe sejam postas pelos clientes, pelo que de- alojamentos e das facilidades individualmente prestadas; co-
verá possuir conhecimentos suficientes dos idiomas francês munica às secções o movimento de chegadas e saídas, bem
e inglês, culinárias e ementas praticadas. Esta função deve como os serviços a prestar aos clientes.
ser desempenhada por trabalhador qualificado como empre- 4- Empregado de balcão de parque de campismo - Serve
gado de mesa de 1.ª ou categoria superior, se não, houver tra- os clientes em restaurantes e similares executando o serviço
balhador especialmente afeto ao desempenho dessa função. de cafetaria próprio do balcão e a venda dos produtos expos-
10- Costureira - Ocupa-se do corte, costura e conserto das tos, quando integrado em serviço de loja de conveniência,
roupas de serviço e adorno podendo ter de assegurar outros cobrando as respetivas importâncias; atende e fornece os pe-
trabalhos da secção. didos dos empregados de mesa, certificando-se previamente
da exatidão dos registos; verifica se os produtos ou alimentos
4- Parque de campismo
a fornecer correspondem em qualidade, quantidade e apre-
1- Encarregado de parque de campismo - Compete-lhe
sentação dos padrões estabelecidos pelo empregador; exe-
supervisionar, zelar, dirigir, conservar, controlar e garantir
cuta com regularidade a exposição em prateleiras e montras
as condições de serviço, definições de processos, gestão de
dos produtos para venda; procede às operações de abasteci-
pessoas e executar as tarefas inerentes ao bom funcionamen-
mento; elabora as necessárias requisições de viveres, bebidas
to da unidade «parque de campismo», incluindo os serviços
e outros produtos a fornecer pela secção, ou procede à sua
turísticos e comerciais, quando não concessionados, bens e
aquisição direta aos fornecedores, nos termos em que for de-
instalações, de harmonia com as instruções emanadas pela
vidamente autorizado; efetua ou manda efetuar os respetivos
entidade empregadora, bem como zelar pelo cumprimento
pagamentos, dos quais, presta contas diariamente ao Encar-
de normas de higiene, eficiência, disciplina e promoção da-
regado de parque; atende pedidos e reclamações dos clientes;
quela unidade turística.
emite, apresenta e recebe as respetivas contas e executa as
2- Subencarregado de parque de campismo - Coadjuva o
tarefas necessárias à regularização de contas com os clientes,
encarregado de parque de campismo no exercício das suas
apurando o movimento geral do caixa e trata dos ficheiros
funções e, por delegação do mesmo, pode encarregar-se de
gerais; executa ou colabora nos trabalhos de limpeza e arru-
4452
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 47, 22/12/2018
mação das instalações, bem como na conservação e higiene nistração ou o proprietário no que respeita a investimentos,
dos utensílios de serviço; efetua ou colabora na realização de decide sobre a organização do restaurante ou departamento;
inventários periódicos da secção. No self service, serve refei- elabora e propõe planos de gestão de recursos mobilizados
ções e bebida; ocupa-se da preparação, limpeza e higiene dos pela exploração; planifica e assegura o funcionamento das
balcões, salas, mesas e utensílios de trabalho. Abastece ainda estruturas administrativas; define a política comercial e exer-
os balcões de bebidas e comidas confecionadas e colabora ce a fiscalização dos custos; é ainda responsável pela gestão
nos trabalhos de controle exigidos à exploração. Confeciona do pessoal, dentro dos limites fixados no seu contrato indivi-
gelados e abastece os balcões ou máquinas de distribuição e dual de trabalho. Pode representar a administração dentro do
serve os clientes. âmbito dos poderes que por esta lhe sejam conferidos, não
5- Guarda do parque de campismo - Sob a orientação e sendo, no entanto, exigível a representação em matérias de
direção do Encarregado do parque, cuida da conservação, contratação coletiva, nem em matéria contenciosa do Tribu-
asseio e vigilância das instalações do parque. Providencia nal do Trabalho.
a resolução das anomalias verificadas nas instalações, co- 3- Gerente de restauração e bebidas - Dirige, orien-
munica superiormente as irregularidades que sejam do seu ta, fiscaliza e coordena os serviços dos estabelecimentos
conhecimento. ou secções de comidas e bebidas; efetua ou supervisiona a
6- Guarda de acampamento turístico - É responsável pela aquisição, guarda e conservação dos produtos perecíveis e
conservação, asseio e vigilância de um acampamento turís- outros, vigiando a sua aplicação e controlando as existên-
tico. Deve resolver todas as anomalias que surjam nas ins- cias e inventários; elabora as tabelas de preços e horários
talações e comunicar superiormente as irregularidades que de trabalho; acompanha e executa o funcionamento dos
sejam do seu conhecimento. serviços e controla o movimento das receitas e despesas;
exerce a fiscalização dos custos e responde pela manutenção
5- Restauração e bebidas
do equipamento e bom estado de conservação e higiene das
1- Diretor de produção (food and beverage) - Coordena e
instalações; ocupa-se ainda da reserva de mesas e serviço de
orienta o setor de comidas e bebidas nas unidades hoteleiras.
balcão, da receção de clientes e das suas reclamações sendo,
Faz as previsões de custos e vendas potenciais de produção.
responsável pela apresentação e disciplina dos trabalhadores
Gere os stocks, verifica a qualidade das mercadorias a adqui-
sob as suas ordens.
rir. Providencia o correto armazenamento das mercadorias
4- Chefe de mesa/snack bar - Superintende, coordena,
e demais produtos, controlando as temperaturas do equipa-
organiza, dirige e, sempre que necessário executa, todos os
mento de frio, a arrumação e a higiene. Visita o mercado e
trabalhos relacionados com o serviço de restaurante e sna-
os fornecedores em geral; faz a comparação de preços dos
ck. Pode ser encarregado de superintender nos serviços de
produtos a obter e elabora as estimativas dos custos diários
cafetaria e copa e ainda na organização e funcionamento da
e mensais, por secção e no conjunto do departamento à sua
cave do dia. Colabora com os chefes de cozinha e pastelaria
responsabilidade. Elabora e propõe à aprovação ementas e
na elaboração das ementas, bem como nas sugestões para
listas de bebidas e respetivos preços. Verifica se as quanti-
banquetes e outros serviços. É responsável pelos trabalhos
dades servidas aos clientes correspondem ao estabelecido,
de controlo e execução dos inventários periódicos. Elabora
controla os preços e requisições; verifica as entradas e saídas
e fornece à direção todas as informações e relatórios. Pode
e respetivos registos; apura os consumos diários e faz inven-
ocupar-se do serviço de vinhos e ultimação de especialidades
tários finais, realizando médias e estatísticas. Controla as re-
culinárias.
ceitas e despesas das secções de comidas e bebidas, segundo
5- Subchefe de mesa/snack bar - Coadjuva o chefe de
normas estabelecidas, dando conhecimento à direção de pos-
mesa no desempenho das funções respetivas, substituindo-o
síveis falhas. Fornece à contabilidade todos os elementos de
nas suas ausências ou impedimentos.
que este careça. Apresenta à direção, periodicamente, relató-
6- Empregado de mesa - Serve refeições e bebidas a hós-
rios sobre o funcionamento do setor e informa relativamente
pedes e clientes, à mesa. É responsável por um turno de me-
aos artigos ou produtos que dão mais rendimento e os que
sas. Executa a preparação das salas e arranjo das mesas para
devem ser suprimidos.
as diversas refeições; acolhe e atende os clientes, apresenta-
2- Diretor de restaurante - Dirige, orienta e fiscaliza o fun-
-lhes a ementa ou lista do dia e a lista de bebidas, dá-lhes ex-
cionamento das diversas secções e serviços de um restauran-
plicações sobre os diversos pratos e bebidas e anota pedidos
te ou do departamento de alimentação de um hotel; elabora
que transmite às respetivas secções; segundo a organização
ou aprova as ementas e listas do restaurante; efetua ou toma
e classe dos estabelecimentos serve os produtos escolhidos,
providências sobre a aquisição de víveres e todos os demais
servindo diretamente aos clientes ou servindo por forma in-
produtos necessários à exploração e vigia a sua eficiente
direta, utilizando carros ou mesas móveis; espinha peixes,
aplicação; acompanha o funcionamento dos vários serviços
trincha carnes e última a preparação de certos pratos; recebe
e consequente movimento das receitas e despesas; organiza
as opiniões e sugestões dos clientes e suas eventuais recla-
e colabora, se necessário, na execução dos inventários peri-
mações, procurando dar a estas, quando justificadas, pronta-
ódicos das existências dos produtos de consumo, utensílios
mente, a solução possível. Elabora ou manda emitir a conta
de serviço e móveis afetos às dependências; colabora na re-
dos consumos, podendo efetuar a cobrança. Pode ser encar-
ceção dos clientes, ausculta os seus desejos e preferências
regado da guarda e conservação de bebidas destinadas ao
e atende as suas eventuais reclamações. Aconselha a admi-
consumo diário da secção e proceder à reposição da respeti-
4453
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 47, 22/12/2018
va existência. Guarda as bebidas sobrantes dos clientes que 11- Empregado de balcão - Atende e serve os clientes em
estes pretendem consumir posteriormente; cuida do arranjo restaurantes e similares executando o serviço de cafetaria
dos aparadores e do seu abastecimento com os utensílios. No próprio da secção de balcão. Prepara embalagens de trans-
final das refeições procede à arrumação da sala, dos utensí- porte para serviços ao exterior, cobra as respetivas importân-
lios de trabalho, transporte e guarda de alimentos e bebidas cias e observa as regras e operações de controlo aplicáveis.
expostas para venda ou serviço. Colabora nos trabalhos de Atende e fornece os pedidos dos empregados de mesa, certi-
controlo e na execução dos inventários periódicos. Poderá ficando-se previamente da exatidão dos registos. Verifica se
substituir o escanção ou o subchefe de mesa. Prepara as ban- os produtos ou alimentos a fornecer correspondem em qua-
dejas, carros de serviço e mesas destinadas às refeições e lidade, quantidade e apresentação aos padrões estabelecidos
bebidas servidas nos aposentos ou outros locais dos estabele- pela gerência do estabelecimento; executa com regularida-
cimentos e auxilia ou executa o serviço de pequenos almoços de a exposição em prateleiras e montras dos produtos para
nos aposentos e outros locais do estabelecimento. venda; procede às operações de abastecimento; elabora as
7- Escanção - Ocupa-se do serviço de vinhos e outras be- necessárias requisições de víveres, bebidas e outros produtos
bidas; verifica as existências na cave do dia providenciando a fornecer pela secção própria, ou procede à sua aquisição
para que as mesmas sejam mantidas. Durante as refeições direta aos fornecedores, nos termos em que for devidamente
apresenta a lista das bebidas ao cliente e aconselha o vinho autorizado; efetua ou manda efetuar os respetivos pagamen-
apropriado para os diferentes pratos da ementa escolhida; tos, dos quais, presta contas diariamente à gerência; executa
serve ou providencia para que sejam corretamente servidos ou colabora nos trabalhos de limpeza e arrumação das ins-
os vinhos e bebidas encomendados. Guarda as bebidas so- talações, bem como na conservação e higiene dos utensílios
brantes dos clientes que estes pretendem consumir posterior- de serviço; efetua ou colabora na realização de inventários
mente; prepara e serve bebidas nos locais de refeição. Pode periódicos da secção; pode substituir o controlador nos seus
ter de executar ou de acompanhar a execução de inventário impedimentos e ausências. No self service, serve refeições e
das bebidas existentes na cave do dia. Possui conhecimentos bebidas; ocupa-se da preparação, limpeza e higiene dos bal-
aprofundados de enologia, tais como designação, proveniên- cões, salas, mesas e utensílios de trabalho. Abastece ainda os
cia, data da colheita e graduação alcoólica. Pode substituir o balcões de bebidas e comidas confecionadas e colabora nos
subchefe de mesa nas suas faltas ou impedimentos. trabalhos de controle exigidos pela exploração. Confeciona
8- Empregado de snack bar - Serve refeições e bebidas a gelados e abastece os balcões ou máquinas de distribuição e
hóspedes e clientes ao balcão. É responsável por um turno serve os clientes.
de lugares sentados ao balcão. Executa a preparação dos bal- 12- Rececionista de restauração - Coadjuva o chefe de
cões para as diversas refeições; acolhe e atende os clientes, mesa no exercício das funções de acolhimento dos clientes,
apresenta-lhes a ementa ou lista do dia e a lista de bebidas, saudando-os e dando-lhes as boas vindas; acolhe de forma
dá-lhes explicações sobre os diversos pratos e bebidas e ano- personalizada os clientes individuais; faz o acompanhamen-
ta pedidos que transmite às respetivas secções; segundo a to dos clientes ao lugar inteirando-se do número do quarto
organização e classe dos estabelecimentos serve os produtos e dos seus interesses (fumador/não fumador); no início do
escolhidos, espinha peixes, trincha carnes e última a prepa- trabalho verifica as listas de clientes, grupos, nacionalidade
ração de certos pratos; emprata pratos frios, confeciona e de modo a poder programar o seu trabalho; mantém contato
serve gelados. Executa o serviço de cafetaria nomeadamente com a receção de modo a recolher informações úteis sobre
preparando café, chá, leite, outras bebidas quentes e frias, clientes e sobre os VIP; está permanentemente atento às re-
sumos, torradas, sanduíches e confeções de cozinha ligeira, ações dos clientes por forma a poder tomar medidas de ca-
como «pregos». Recebe as opiniões e sugestões dos clientes rácter corretivo caso se justifiquem; providencia para que os
e suas eventuais reclamações, procurando dar a estas, quan- pedidos específicos dos clientes e suas eventuais reclama-
do justificadas, prontamente a solução possível. Elabora ou ções procurando dar-lhes uma solução rápida e eficaz; auxi-
manda emitir a conta dos consumos, podendo efetuar a co- lia o chefe de mesa no controle e fecho de caixa no final da
brança. Pode ser encarregado da guarda e conservação de operação
bebidas destinadas ao consumo diário da secção e proceder à 13- Preparador de banquetes - Procede à montagem e
reposição da respetiva existência. Guarda as bebidas sobran- desmontagem das salas de banquetes e exposições, colo-
tes dos clientes que estes pretendem consumir posteriormen- cando mesas, cadeiras e outros artefactos de acordo com o
te; cuida do arranjo dos aparadores e do seu abastecimento contratado entre o cliente e o hotel. Ocupa-se também da
com os utensílios. No final das refeições procede à arruma- lavagem, limpeza, arrumação e conservação das salas e áreas
ção da sala e limpeza dos balcões e utensílios de trabalho e onde exerce a sua função.
ao transporte e guarda de alimentos e bebidas expostas para 14- Supervisor de bares - Coordena e supervisiona o fun-
venda ou serviço. Colabora nos trabalhos de controlo e exe- cionamento de bares e boîtes sob a orientação do diretor ou
cução dos inventários periódicos. assistente de direção responsável pelo setor de comidas e be-
9- Chefe de balcão - Superintende e executa os trabalhos bidas, quando exista e a quem deverá substituir nas respeti-
de balcão. vas faltas ou impedimentos. É o responsável pela gestão dos
10- Subchefe de balcão - Coadjuva o chefe de balcão no recursos humanos e materiais envolvidos, pelos inventários
desempenho das funções respetivas, substituindo-o nas suas periódicos e permanentes aos artigos de consumo e utensí-
ausências ou impedimentos. lios de serviço afetos à exploração, pela elaboração das listas
4454
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 47, 22/12/2018
de preços e pela manutenção do estado de asseio e higiene respetivos registos bem como determinados serviços de es-
das instalações e utensílios, bem como pela respetiva con- crituração inerentes à exploração do estabelecimento. Con-
servação. trola e mantém em ordem os inventários parciais e o inventá-
15- Chefe de barman - Superintende, coordena, organiza, rio geral; apura os consumos diários, estabelecendo médias
dirige e, sempre que necessário executa, todos os trabalhos e elaborando estatísticas. Periodicamente verifica as existên-
relacionados com o serviço de bar. É responsável pelos tra- cias (stocks) das mercadorias armazenadas no economato,
balhos de controlo e execução dos inventários periódicos. cave, bares, etc., do equipamento e utensílios guardados ou
Elabora e fornece à direção todas as informações e relatórios. em serviço nas secções, comparando-os com os saldos das
16- Subchefe de barman - Coadjuva o chefe de barman no fichas respetivas. Fornece aos serviços de contabilidade os
desempenho das funções respetivas, substituindo-o nas suas elementos de que estes carecem e controla as receitas das
ausências ou impedimentos. secções. Informa a direção das faltas, quebras e outras ocor-
17- Barman - Serve bebidas simples ou compostas, cuida rências no movimento administrativo.
da limpeza ou arranjo das instalações do bar e executa as 3- Chefe de compras/Ecónomo - Procede à aquisição e
preparações prévias ao balcão, prepara cafés, chás e outras transporte de géneros, mercadorias e outros artigos, sendo
infusões e serve sanduíches, simples ou compostas, frias ou responsável pelo regular abastecimento, calcula os preços
quentes. Elabora ou manda emitir as contas dos consumos dos artigos baseado nos respetivos custos e plano económi-
observando as tabelas de preços em vigor e respetivo rece- co da empresa. Armazena, conserva, controla e fornece às
bimento. Colabora na organização e funcionamento de re- secções, as mercadorias e artigos necessários ao seu funcio-
ceções, de banquetes, etc.. Pode cuidar do asseio e higiene namento. Procede à receção dos artigos e verifica a sua con-
dos utensílios de preparação e serviço de bebidas. Guarda as cordância com as respetivas requisições; organiza e mantém
bebidas sobrantes dos clientes que estes pretendem consu- atualizados os ficheiros de mercadorias à sua guarda, pelas
mir posteriormente; cuida do arranjo dos aparadores e do seu quais é responsável, executa ou colabora na execução de
abastecimento com os utensílios. No final das refeições pro- inventários periódicos, assegura a limpeza e boa ordem de
cede à arrumação da sala, limpeza dos balcões e utensílios de todas as instalações do economato.
trabalho, transporte e guarda de bebidas expostas para venda 4- Despenseiro/Cavista - Compra, quando devidamente
ou serviço e dos utensílios de uso permanente. Colabora nos autorizado, transporta em veículo destinado para o efeito,
trabalhos de controlo e na execução dos inventários periódi- armazena, conserva, controla e fornece às secções mediante
cos. Pode proceder à requisição dos artigos necessários ao requisição as mercadorias e artigos necessários ao seu fun-
funcionamento e à reconstituição das existências. cionamento. Ocupa-se da higiene e arrumação da secção.
18- Chefe de cafetaria - Superintende , coordena e executa
7- Cozinha
os trabalhos de cafetaria.
1- Chefe de cozinha - Superintende, coordena, organiza,
19- Cafeteiro - Prepara café, chá, leite , outras bebidas
dirige e, sempre que necessário executa, todos os trabalhos
quentes e frias não exclusivamente alcoólicas, sumos, tor-
relacionados com o serviço de cozinha e grill. Elabora ou
radas, sanduíches, e confeção de cozinha ligeira. Emprata
contribui para a elaboração das ementas e das listas de res-
e fornece, mediante requisição ás secções de consumo. Co-
taurantes e serviço de banquetes, tendo em atenção a natu-
labora no fornecimento e serviços de pequenos almoços e
reza e o número de pessoas a servir, os víveres existentes
lanches. Assegura os trabalhos de limpeza e tratamento das
ou suscetíveis de aquisição e outros fatores; cria receitas e
louças, vidros e outros utensílios e equipamento usados no
prepara especialidades. É responsável pela conservação dos
serviço da secção, por cuja conservação é responsável; coo-
alimentos entregues à secção; é responsável pela elaboração
pera na execução de limpezas e arrumações da secção.
das ementas do pessoal e pela boa confeção das respetivas
20- Empregado de jogos - Encarrega-se do recinto onde se
refeições, qualitativa e quantitativamente. É responsável pe-
encontram jogos de sala; conhece o funcionamento e regras
los trabalhos de controlo e execução dos inventários perió-
dos jogos praticados no estabelecimento. Presta esclareci-
dicos. Elabora e fornece à direção todas as informações e
mento aos clientes sobre esses mesmos jogos. Eventualmen-
relatórios
te pode ter de executar serviços de balcão e de mesa.
2- Subchefe de cozinha - Coadjuva e substitui o chefe de
21- Distribuidor de refeições - Em veículo próprio ou da
cozinha no exercício das respetivas funções.
empresa, procede à distribuição de refeições, embaladas ou
3- Cozinheiro - Ocupa-se da preparação e confeção das
não, prepara, condiciona, carrega e descarrega as refeições a
refeições e pratos ligeiros; elabora ou colabora na elaboração
transportar; no caso de máquinas automáticas, repõe os sto-
das ementas; recebe os víveres e os outros produtos neces-
cks.
sários à confeção das refeições, sendo responsável pela sua
6- Controle e economato guarda e conservação; prepara o peixe, os legumes e as car-
1- Chefe de secção de controle - Superintende, coordena, nes e procede à execução das operações culinárias; emprata
dirige, organiza e sempre que necessário executa os traba- e guarnece os pratos cozinhados, assegura-se da perfeição
lhos de controlo. Elabora e fornece à direção todas as infor- dos pratos e da sua concordância com o estabelecido; con-
mações e relatórios sobre o controlo. feciona os doces destinados às refeições. Colabora na lim-
2- Controlador - Verifica as entradas e saídas diárias das peza da cozinha, dos utensílios e demais equipamentos. Aos
mercadorias (géneros, bebidas e artigos diversos) e efetua os cozinheiros menos qualificados em cada secção ou estabe-
4455
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 47, 22/12/2018
lecimentos competirá igualmente a execução das tarefas de amostras a um laboratório externo; elaborar um programa de
cozinha mais simples. higiene apropriado para a empresa e zelar pelo seu cumpri-
4- Assador/Grelhador - É o trabalhador que executa, ex- mento e pelo cumprimento por parte dos manipuladores de
clusiva ou predominantemente, o serviço de grelhador (pei- alimentos, das boas práticas de higiene.
xe, carne, mariscos, etc.) em secção autónoma da cozinha. 2- Nutricionista - Compete-lhe implementar os procedi-
5- Cortador - Procede ao corte e pesagem dos alimentos e, mentos definidos pela direção de qualidade para assegurar
em caso de necessidade, executa tarefas de cozinheiro. que as refeições servidas ao cliente estejam em boas con-
6- Pizzaiolo - Seleciona, lava, prepara e corta ingredien- dições microbiológicas e organoléticas. Para isso deve im-
tes, faz massa, estica-a, ornamenta-a com os ingredientes, plementar as atividades, métodos e processos que interfiram
mete-a e tira-a do forno. diretamente com a qualidade do serviço prestado, participar
na implementação e gestão do sistema da qualidade, parti-
8- Pastelaria/padaria/geladaria
cipar na implementação e gestão do sistema de segurança
1- Pasteleiro/Chefe ou mestre - Superintende, coordena,
alimentar, realizar formação contínua aos trabalhadores da
organiza, dirige e, sempre que necessário executa, todos os
empresa, implementar o programa de laboratório, realizar e/
trabalhos relacionados com o serviço de pastelaria e padaria.
ou orientar todo o trabalho laboratorial. E/ou ser responsável
Elabora ou contribui para a elaboração das ementas e das
pela seleção, recolha e envio de amostras a um laboratório
listas de restaurantes e serviço de banquetes; cria receitas e
externo, implementar o programa de higiene para a empresa,
prepara especialidades. É responsável pela conservação dos
assegurar o cumprimento, por parte dos manipuladores de
alimentos entregues à secção; é responsável pela elaboração
alimentos, das boas práticas de higiene, elaborará ementas
das ementas do pessoal e pela boa confeção das respetivas
nutricionalmente equilibradas.
refeições, qualitativa e quantitativamente. É responsável pe-
3- Microbiologista - Adquire uma formação qualificada
los trabalhos de controlo e execução dos inventários perió-
que lhe permite a intervenção em diversas áreas, entre elas:
dicos. Elabora e fornece à direção todas as informações e
processamento e produção; segurança alimentar; controlo da
relatórios.
qualidade; implementação e gestão da qualidade; análises
2- Subchefe/Mestre pasteleiro - Coadjuva e substitui o
químicas e biológicas. Dentro de cada área de intervenção
chefe/mestre pasteleiro no exercício das respetivas funções.
poderá atuar a diferentes níveis: investigação de micro or-
3- Pasteleiro/Oficial de pastelaria - Prepara massas, des-
ganismos que causam a deterioração de produtos alimenta-
de o início da sua preparação, vigia temperaturas e pontos de
res; estabelecimento de técnicas avançadas para monitori-
cozedura e age em todas as fases do fabrico dirigindo o fun-
zar e controlar eficazmente este tipo de atividade biológica
cionamento das máquinas, em tudo procedendo de acordo
prejudicial á qualidade dos alimentos em causa; realizar
com as instruções do mestre/chefe, substituindo-o nas suas
atividades laboratoriais; investigação de micro organismos
faltas e impedimentos. É responsável pelo bom fabrico da
que possam efetuar a transformação de matérias primas em
pastelaria, doçaria e dos produtos afins. Confeciona sobre-
produtos finais ou intermediários com valor para a alimen-
mesas e colabora, dentro da sua especialização, nos trabalhos
tação; utilização de matérias primas, não aproveitadas, para
de cozinha.
o desenvolvimento de novos produtos ou melhoramento de
4- Amassador/Panificador - Procede à preparação e ma-
produtos/processos já existentes; investigação e desenvolvi-
nipulação das massas para pão e produtos afins ou, utilizan-
mento; formação; estudar o crescimento, o desenvolvimento
do máquinas apropriadas, que alimenta, regula manobra e
e as condições de nutrição dos microrganismos em meio na-
controla; cuida da amassadora da farinha e demais ingre-
tural e artificial, observando as condições favoráveis à sua
dientes utilizados na preparação; é responsável pelo controlo
reprodução, dissociação ou destruição.
e observância das diferentes receitas; manipula as massas e
refresca o isco; cuida da limpeza e arrumação das máquinas 10- Higiene e limpeza
e dos utensílios com que trabalha. 1- Chefe de copa - Superintende, coordena, organiza, diri-
5- Forneiro - Assegura o funcionamento do forno, sendo ge e, sempre que necessário executa, todos os trabalhos rela-
responsável pela boa cozedura do pão e ou produtos afins, cionados com o serviço de copa.
cuida da limpeza e arrumação dos fornos, máquinas e utensí- 2- Copeiro - executa o trabalho de limpeza e tratamen-
lios com que trabalha. to das louças, vidros e outros utensílios de mesa, cozinha e
equipamento usados no serviço de refeições por cuja con-
9- Qualidade
servação é responsável; coopera na execução de limpezas e
1- Diretor de qualidade - Compete-lhe assegurar que as
arrumações da secção e executa podendo desempenhar fun-
refeições servidas ao cliente estejam em boas condições
ções não qualificadas na cozinha. Pode substituir o cafeteiro
microbiológicas e organoléticas. Para isso deve estudar, or-
nas suas faltas e impedimentos.
ganizar e coordenar as atividades, métodos e processos que
3- Encarregado de limpeza - Superintende, coordena, or-
interfiram diretamente com a qualidade do serviço prestado,
ganiza, dirige e, sempre que necessário executa, os serviços
implementar e gerir o sistema da qualidade, implementar e
de limpeza.
gerir o sistema de segurança alimentar, organizar e assegurar
4- Empregado de limpeza - Ocupa-se da lavagem, limpe-
a formação contínua aos trabalhadores da empresa, elaborar
za, arrumação e conservação de instalações, equipamentos e
um programa de laboratório e orientar todo o trabalho labo-
utensílios de trabalho, incluindo os que utilize.
ratorial e/ou ser responsável pela seleção, recolha e envio de
4456
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 47, 22/12/2018
5- Guarda de lavabos/vestiários - Assegura a limpeza e distribuição das mercadorias ou produtos pelos setores de
asseio dos lavabos e locais de acesso aos mesmos, podendo venda ou de utilização; fornece, no local de armazenamen-
acidentalmente substituir o Guarda de vestiário nos seus im- to, mercadorias ou produtos contra entrega da requisição;
pedimentos. assegura a limpeza das instalações; colabora na realização
11- Abastecedoras de aeronaves dos inventários; receciona, prepara e confere o carregamento
1- Técnico de catering - Orienta tecnicamente, toda a em- de bebidas e outros produtos destinados às aeronaves; ela-
presa que se dedica ao fornecimento de aviões (catering); bora os respetivos manifestos de cargas; efetua a selagem
elabora o cálculo dos custos das refeições e serviços pres- dos trolleys e envia-os para a secção de despacho. É o tra-
tados às companhias de aviação; codifica e descodifica em balhador que prepara os trolleys, as louças, os talheres e o
inglês ou francês, as mensagens, trocadas, via telex, com os restante material de apoio á alimentação, conforme o plano
clientes; discute com os representantes das companhias a de carregamento; procede á etiquetagem dos trolleys e envia
elaboração de menus para serem servidas a bordo dos aviões. o material preparado e etiquetado para as respetivas secções.
2- Supervisor - Controla a higiene e limpeza das loiças e
12- Refeitórios
demais material utilizado no serviço de refeições, higiene e
1- Encarregado de refeitório - organiza, coordena, orien-
limpeza, elabora os inventários do material ao seu cuidado,
ta e vigia os serviços de um refeitório, requisita os géneros,
requisita os artigos necessários e orienta de um modo geral
utensílios e quaisquer outros produtos necessários ao normal
todo o serviço da secção das várias cantinas.
funcionamento dos serviços; fixa ou colabora no estabele-
3- Controlador de operações - Recebe os pedidos dos
cimento das ementas tomando em consideração, o tipo de
clientes, quer pelo telefone, quer por telex ou rádio, e trans-
trabalhadores a que se destinam e ao valor dietético dos ali-
mite às secções; regista os pedidos diariamente e faz as guias
mentos; distribui as tarefas ao pessoal velando pelo cumpri-
de remessa enviando-as para a faturação depois de conferi-
mento das regras de higiene, eficiência e disciplina; verifica
das e controladas.
a quantidade e qualidade das refeições; elabora mapas expli-
4- Assistente de operações - Auxilia num catering o di-
cativos das refeições fornecidas e demais setores do refeitó-
retor de operações na execução das respetivas funções e
rio ou cantina, para posterior contabilização. Pode ainda ser
substitui-o nos seus impedimentos ou ausências. Tem a seu
encarregado de receber os produtos e verificar se coincidem
cargo a coordenação e orientação prática de certos setores de
em quantidade, qualidade e preço com os descritos nas re-
uma operação de catering, com exceção da área de produção.
quisições e ser incumbido da admissão do pessoal.
5- Chefe de cais - Nas cantinas abastecedoras de aerona-
2- Empregado de refeitório - Serve as refeições aos tra-
ves, organiza, coordena e dirige todo o serviço de prepara-
balhadores, executa trabalhos de limpeza e arrumação e
ção, expedição e receção das diversas mercadorias, artigos
procede à limpeza e tratamento das loiças, vidros, mesas e
e equipamentos, bem como a sua colocação nas aeronaves.
utensílios de cozinha.
6- Chefe de sala - Cantinas abastecedoras de aeronaves
3- Empregado de refeitório (cantinas concessionadas)
orienta e sempre que necessário executa o serviço dos pre-
- Executa nos diversos setores de um refeitório todos os
paradores.
trabalhos relativos ao mesmo, nomeadamente: preparação,
7- Preparador/Embalador - Prepara todo o equipamento,
disposição e higienização das salas de refeições; empacota-
reúne os alimentos das secções de produção e procede à sua
mento e disposição dos talheres, distribuição e receção de
embalagem e acondicionamento. Acompanha a entrega do
todos os utensílios e géneros necessários ao serviço; coloca
serviço e faz a sua arrumação nos aviões como ajudante de
nos balcões, mesas ou centros de convívio, todos os géneros
motorista.
sólidos ou líquidos, que façam parte do serviço; receção e
8- Empregado de bares de bordo - Leva a cabo a feitura,
emissão de senhas de refeição, de extras, ou dos centros de
manuseamento, registo e entrega dos bares de bordo, exer-
convívio, quer através de máquinas registadoras ou através
cendo também funções de condução de viaturas. Recebe as
de livros para o fim existentes; lava talheres, vidros, loiças,
mercadorias e produtos, confere-as, acondiciona-as e cuida
recipientes, arcas e câmaras frigorificas e outros utensílios;
da sua arrumação nas áreas de armazenamento de bares de
executa serviços de limpeza e asseio dos diversos setores que
bordo e de armazéns afiançados. Faz a gestão do armazém
compõem a sala de refeições e a linha de empratamento.
afiançado, nomeadamente, miniaturas e outros artigos con-
4- Chefe de cozinha - Superintende, coordena, organiza,
trolados pela alfândega, procedendo á respetiva receção,
dirige e, sempre que necessário executa, todos os trabalhos
conferência, reposição e gestão informática de entrada e
relacionados com o serviço de cozinha e grill. Elabora ou
saída de artigos. Faz a gestão informática dos bares de bor-
contribui para a elaboração das ementas e das listas de res-
do, efetua a preparação, reposição e selagem dos trolleys de
taurantes e serviço de banquetes, tendo em atenção a natu-
bares de vendas a bordo das aeronaves a fim de serem en-
reza e o número de pessoas a servir, os víveres existentes
viados para bordo das aeronaves, receciona os mesmos ba-
ou suscetíveis de aquisição e outros fatores; cria receitas e
res, conferindo-os e efetuando o levantamento das vendas a
prepara especialidades. É responsável pela conservação dos
bordo e das faltas de material; quando ocorra uma anomalia
alimentos entregues à secção; é responsável pela elaboração
comunica-a ás entidades competentes.
das ementas do pessoal e pela boa confeção das respetivas
9- Armazenista - Cuida da arrumação das mercadorias
refeições, qualitativa e quantitativamente. É responsável pe-
ou produtos nas áreas de armazenamento, acondiciona e/ou
los trabalhos de controlo e execução dos inventários perió-
desembala por métodos manuais ou mecânicos; procede á
4457
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 47, 22/12/2018
dicos. Elabora e fornece à direção todas as informações e 12- Banheiro/Nadador salvador - É responsável perante o
relatórios seu chefe hierárquico pela segurança dos utentes da piscina
5- Subchefe de cozinha - Coadjuva e substitui o chefe de ou praia bem como pela limpeza, arrumação e conservação
cozinha no exercício das respetivas funções. da sua zona de serviço, responsável pela limpeza da linha de
6- Cozinheiro - Ocupa-se da preparação e confeção das água, dentro da piscina fará com que sejam respeitados os
refeições e pratos ligeiros; elabora ou colabora na elaboração regulamentos.
das ementas; recebe os víveres e os outros produtos neces- 13- Tratador/Conservador de piscinas - Assegura a lim-
sários à confeção das refeições, sendo responsável pela sua peza das piscinas e zonas circundantes mediante utilização
guarda e conservação; prepara o peixe, os legumes e as car- de equipamento adequado. Controla e mantém as águas das
nes e procede à execução das operações culinárias; emprata piscinas em perfeitas condições de utilização. É responsável
e guarnece os pratos cozinhados, assegura-se da perfeição pelo bom funcionamento dos equipamentos de tratamento,
dos pratos e da sua concordância com o estabelecido; con- bombagem e transporte de águas.
feciona os doces destinados às refeições. Colabora na lim- 14- Vigia de bordo - Exerce as suas funções a bordo de
peza da cozinha, dos utensílios e demais equipamentos. Aos uma embarcação, sendo obrigatoriamente Nadador Salvador.
cozinheiros menos qualificados em cada secção ou estabe- 15- Bilheteiro - É responsável pela cobrança e guarda das
lecimentos competirá igualmente a execução das tarefas de importâncias referentes às entradas, em todos os locais em
cozinha mais simples. que seja exigido o pagamento de bilhetes. Assegura a con-
7- Empregado de balcão - Num bar concessionado atende servação e limpeza do setor.
e serve os clientes executando o serviço de cafetaria próprio 16- Empregado de balneários - É responsável pela lim-
da secção de balcão. peza, arrumação e conservação dos balneários de praias,
piscinas, estâncias termais e campos de jogos. É ainda res-
13- Termas, health clubs, piscinas, praias, instalações de
ponsável pela guarda dos objetos que lhe são confiados. Os
SPA, balneoterapia, talassoterapia e outras semelhantes
elementos não sazonais executarão na época baixa todas as
1- Diretor - Dirige e controlar o trabalho de todas as sec-
tarefas de preparação e limpeza inerentes ao setor/setores
ções.
onde exerçam as suas funções na época alta. Pode ter de ven-
2- Professor de natação - Dá aulas de natação, acompanha
der bilhetes.
crianças e adultos, vigia os demais utentes da piscina livre;
17- Moço de terra - Auxilia o banheiro nas suas tarefas
pode executar funções de nadador salvador na ausência ou
podendo ainda proceder à cobrança e aluguer de toldos, bar-
impedimentos deste.
racas e outros utensílios instalados nas praias.
3- Empregado de consultório - Recolhe da bilheteira toda
a documentação referente às consultas, conduz os clientes ao 14- Golfe
médico, fazendo entrega do processo de inscrição. 1- Diretor de golfe - Dirige, orienta e fiscaliza o funcio-
4- Empregado de inalações - Encarrega-se do tratamento namento de todas as secções e serviços existentes no campo
de inalações. de golfe e nas instalações sociais do apoio. Aconselha a ad-
5- Empregado de secção de fisioterapia - Executa serviço ministração, no que diz respeito a investimentos e política
de fisioterapia ou outros da secção. de organização. Pode representar a administração, dentro
6- Banheiro termal - Prepara o banho e outras operações do âmbito dos poderes que por essa lhe sejam conferidos,
como por exemplo, de imersão, subaquático e bolhador. com exceção dos aspetos laborais. É responsável pelo se-
7- Buvete - Dá a água termal em copo graduado. tor de relações públicas. Assegura a manutenção de todas as
8- Duchista - Executa operações de duche. instalações desportivas e sociais em perfeitas condições de
9- Esteticista - Executa tratamento de beleza, incluindo utilização. Providencia a gestão racional e eficaz dos meios
massagem de estética. humanos e materiais postos à sua disposição. Organiza ca-
10- Manicuro/Pedicuro - Executa o embelezamento dos lendário desportivo e promove a realização de torneios e
pés e das mãos, arranja unhas e extrai calos e calosidades. competições. Ocupa-se das relações públicas.
11- Massagista terapêutico de recuperação e sauna - Exe- 2- Professor de golfe - Dá aulas de golfe.
cuta massagens manuais ou mecânicas, trabalha com apare- 3- Secretário - Coadjuva o diretor de golfe na execução
lhos de diatermia, ultra sons, infravermelhos, ultravioletas, das respetivas funções e substitui-o nos seus impedimentos e
placas, cintas, vibradores, espaldares, banhos de agulheta, ausências. Compete-lhe ainda executar as tarefas atribuídas
banhos de Vichy, banhos subaquáticos, banhos de algas, ba- ao diretor de golfe nos casos em que este não exista.
nhos de parafina, efetua diagnósticos de lesões e aplica os 4- Rececionista - Ocupa-se dos serviços de receção, no-
tratamentos adequados, tomando a inteira responsabilidade meadamente o acolhimento dos jogadores residentes ou não
pelos mesmos. Dá apoio à receção, sempre que necessário. nos anexos da empresa; emite, apresenta e recebe as respe-
Compete-lhe ainda, desde que desempenhe a sua profissão tivas contas.
em estabelecimento de sauna, aconselhar o cliente sobre o 5- Chefe de manutenção - Superintende, coordena e exe-
tempo de permanência, temperatura da câmara, inteirar-se da cuta todas as tarefas inerentes à manutenção de golfe para o
sua tensão arterial e demais pormenores de saúde que pos- que, deverá ter qualificação académica adequada.
sam desaconselhar a utilização de sauna; exerce vigilância 6- Capataz de campo - Providencia a realização dos tra-
constante sempre que tenha clientes na câmara de sauna. balhos de conservação no campo de golfe, de acordo com
4458
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 47, 22/12/2018
4459
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 47, 22/12/2018
9- Tesoureiro - Dirige a tesouraria, em escritórios em que a assiduidade do pessoal, assim como os tempos gastos na
haja departamento próprio, tendo a responsabilidade dos va- execução das tarefas, com vista ao pagamento de salários
lores de caixa que lhe estão confiados; verifica as diversas ou outros afins. Sob orientação do contabilista ou técnico
caixas e confere as respetivas existências; prepara os fundos de contas ocupa-se da escrituração de registos ou de livros
para serem depositados nos bancos e toma as disposições ne- de contabilidade gerais ou especiais, analíticos ou sintéticos
cessárias para levantamentos; verifica periodicamente se o selados ou não selados, executando, nomeadamente, lança-
montante dos valores em caixa coincide com o que os livros mentos, registos ou cálculos estatísticos; verifica a exatidão
indicam. Pode, por vezes, autorizar certas despesas e execu- das faturas, recibos e outros documentos e os demais traba-
tar outras tarefas relacionadas com as operações financeiras. lhos de escritório relacionados com as operações de conta-
10- Secretário de direção - Ocupa-se do secretário espe- bilidade, como trabalhos contabilísticos relativos ao balanço
cífico da administração ou direção da empresa. Entre outras, anual e apuramento ao resultado da exploração e do exercí-
compete-lhe normalmente as seguintes funções: redigir atas cio. Pode colaborar nos inventários das existências; preparar
das reuniões de trabalho; assegurar, por sua própria inicia- ou mandar preparar extratos de contas simples ou com juros
tiva, o trabalho de rotina diária do gabinete; providenciar e executar trabalhos conexos. Trabalha com máquinas de
pela realização das assembleias gerais, reuniões de trabalho, registos de operações contabilísticas. Trabalha com todo os
contratos e escrituras. Redige cartas e quaisquer outros do- tipos de máquinas auxiliares existentes, tais como de corte e
cumentos de escritório, dando-lhes seguimento apropriado; de separação de papel, stencils e fotocopiadoras.
lê, traduz, se necessário, o correio recebido e junta-lhe a cor- 14- Cobrador - Efetua fora do escritório recebimentos, pa-
respondência anterior sobre o mesmo assunto; estuda docu- gamentos e depósitos.
mentos e informa-se sobre a matéria em questão ou recebe 15- Chefe de telefones - Superintende, coordena, organiza,
instruções definidas com vista à resposta; redige textos, faz dirige e, sempre que necessário executa, todos os trabalhos
rascunhos de cartas. relacionados com o serviço de telefones.
11- Controlador caixa - Compete-lhe emitir contas de 16- Telefonista - Opera o equipamento telefónico e outros
consumo nas salas de refeições, recebimento das importân- sistemas de telecomunicações, fornece informações sobre os
cias respetivas, mesmo quando se trate de processos de pré serviços, recebe e transmite mensagens; pode ter de cola-
pagamento ou venda e ou recebimento de senhas e elabora- borar na organização e manutenção de ficheiros e arquivos,
ção dos mapas de movimento da sala em que preste serviço. desde que adstritos e referentes à respetiva secção.
Auxilia nos serviços de controle, receção e balcão.
17- Setor comercial
12- Caixa - Tem a seu cargo as operações da caixa e regis-
1- Diretor comercial/Diretor de relações públicas - Orga-
to do movimento relativo a transações respeitantes à gestão
niza, dirige e executa os serviços de relações públicas, pro-
da empregador; recebe numerário e outros valores e veri-
moção e vendas da unidade ou unidades hoteleiras. Elabora
fica se a sua importância corresponde à indicada nas notas
planos de desenvolvimento da procura, estuda os mercados
de venda ou nos recibos; prepara os subscritos segundo as
nacionais e internacionais e elabora os estudos necessários à
folhas de pagamento. Pode preparar os fundos destinados a
análise das oscilações das correntes turísticas.
serem depositados e tomar as disposições necessárias para
2- Técnico de marketing - Desempenha as suas funções
os levantamentos.
em harmonia com o promotor de vendas, promotor comer-
13- Assistente administrativo - Executa várias tarefas que
cial e técnico de acolhimento (guest relations), ocupando-se
variam consoante a natureza e importância do escritório onde
dos contactos com terceiros que entrem na esfera de rela-
trabalha; redige relatórios, cartas, notas informativas e outros
cionamento do estabelecimento, promovendo-o junto destes.
documentos, manualmente ou em sistema informático, dan-
3- Gestor de preços (revenue manager) - Utiliza, para
do-lhes o seguimento apropriado; tira as notas necessárias à
calcular a melhor a política de preços no sentido de otimizar/
execução das tarefas que lhe competem; examina o correio
maximizar os lucros gerados pela venda de um produto ou
recebido, separa-o, classifica-o e compila os dados que são
serviço vendido no estabelecimento, modelos matemáticos e
necessários para preparar as respostas, elabora, ordena ou
de simulação e previsões de tendências de procura por seg-
prepara os documentos relativos à encomenda, distribuição
mento de mercado; antecipa e reage às tendências da procura
e regularização das compras e vendas; recebe os pedidos de
para maximizar a receita/ocupação do estabelecimento.
informações e transmite-os à pessoa ou serviço competen-
4- Promotor comercial/Promotor de vendas - Tem por
te; põe em caixa os pagamentos de conta e entrega recibos;
missão estabelecer as ligações de negócio e entendimento
escreve em livros as receitas e despesas, assim como outras
entre o hotel e os clientes, fazendo a promoção de todos os
operações contabilísticas, estabelece o extrato das operações
produtos e serviços que o hotel oferece, dinamizando as ven-
efetuadas e de outros documentos para informação da dire-
das junto das empresas e promovendo a procura de novos
ção; atende os candidatos às vagas existentes, informa-os das
mercados.
condições de admissão e efetua registos de pessoal; preenche
5- Caixeiro encarregado - Substitui o gerente e na ausên-
formulários oficiais relativos ao pessoal ou à empresa; orde-
cia deste encontra-se apto a dirigir o serviço e o pessoal.
na e arquiva notas de livranças, recibos, cartas e outros do-
6- Caixeiro chefe de secção - Coordena, orienta e dirige o
cumentos e elabora dados estatísticos. Opera com máquinas
serviço de uma secção especializada de um estabelecimento.
de escritório e sistemas informáticos. Para além da totalidade
7- Caixeiro - Vende mercadorias, cuida da embalagem do
ou parte das tarefas acima descritas, pode verificar e registar
4460
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 47, 22/12/2018
produto ou toma as medidas necessárias para a sua entrega; nutenção e conservação das máquinas e demais aparelhagem
recebe encomendas, elabora as notas respetivas e transmite mecânica existente a bordo da embarcação a cuja tripulação
para execução. Elabora ou colabora na realização de inven- pertence.
tários periódicos. Efetua o recebimento das importâncias 3- Marinheiro - A bordo de uma embarcação, desempenha
devidas. Emite recibos e efetua o registo das operações em as tarefas que lhe forem destinadas pelo mestre ou arrais, no-
folha de caixa. meadamente o serviço de manobras de atração e desatração,
limpeza da embarcação e trabalho de conservação. Quando
18- Serviços técnicos e manutenção
habilitado, pode substituir o mestre ou o arrais nas respetivas
1- Diretor de serviços técnicos - É responsável pela su-
ausências ou faltas.
pervisão e coordenação de todo o equipamento e instalações
da empresa, sua manutenção e reparação, designadamente 20- Garagens
no que respeita à refrigeração, caldeiras, instalação elétrica 1- Encarregado geral de garagens - Atende os clientes,
e serviços gerais. Supervisiona e coordena o pessoal ads- ajusta contratos, regula o expediente geral, cobra e paga fa-
trito aos serviços técnicos, prestando-lhe toda a assistência turas, faz compras, orienta o movimento interno, fiscaliza o
técnica necessária, em ordem a aumentar a sua eficiência, pessoal e substitui a empregador.
designadamente no que respeita a prevenção de acidentes, 2- Empregado de garagem - Atende os clientes e anota o
combate a incêndios, inundações e paralisação de equipa- serviço a efetuar nas garagens e estações de serviço e cobra
mento. Programa os trabalhos de manutenção e reparação, lavagens, lubrificações e mudanças de óleo. Procede à lava-
tanto internos como externos, de modo a fornecer indicações gem e lubrificação e mudança de óleos de veículos automó-
precisas sobre o estado de conservação e utilização do equi- veis, desmontagem e montagem de pneumáticos, reparação
pamento e instalações. Elabora planos de rotina, supervisio- de furos e é responsável pela conservação do material que
nando o seu cumprimento e é o responsável pela verificação lhe está entregue, e bem assim zelar pelo bom aspeto e lim-
dos materiais necessários à manutenção de todo o equipa- peza da sua ação. Quando maior de 18 anos faz a venda e
mento. Elabora e coordena os horários dos serviços e cola- o abastecimento de carburante e todos os demais produtos
bora com outros diretores e ou chefes de departamento para ligados à atividade, competindo-lhe ainda cuidar da limpeza
realização da sua atividade. das bombas e de todas as áreas por elas ocupadas. Quando
2- Chefe de serviços técnicos - Dirige, coordena e orienta maior de 21 anos a quem está confiada a vigilância das ga-
o funcionamento dos serviços de manutenção, de conserva- ragens, estações de serviço e das viaturas nelas recolhidas,
ção ou técnicos de uma empresa. bem como do material e máquinas.
3- Eletromecânico em geral - Monta, instala, afina, repara
21- Rodoviários
e procede à manutenção dos componentes elétricos e mecâ-
1- Chefe de movimento - Coordena o movimento de trans-
nicos de circuitos, equipamentos, aparelhos, e sistemas em
portes subordinando-o aos diversos interesses setoriais. É o
centros de produção de energia, em edifícios e instalações
responsável pela manutenção e conservação das viaturas e
fabris e outros locais de utilização. Lê e interpreta o esquema
controla dos consumos.
e as especificações técnicas referentes ao trabalho a realizar;
2- Expedidor - Orienta, dirige e coordena o setor de trans-
monta os componentes elétricos e mecânicos, utilizando fer-
portes, bem como os motoristas e demais trabalhadores liga-
ramentas adequadas; prepara e liga os fios e os cabos elétri-
dos ao serviço.
cos a fim de efetuar a instalação dos circuitos e dos periféri-
3- Motorista - Conduz veículos automóveis, zela pela
cos; verifica a montagem e a instalação, utilizando aparelhos
conservação do veículo e pela carga que transporta, orien-
de ensaio e medida a fim de detetar eventuais anomalias;
tando e colaborando na respetiva carga e descarga.
desmonta quando necessário, os componentes avariados;
4- Ajudante de motorista - Acompanha o veículo, com-
repara ou substitui as pegas e/ou materiais deficientes con-
petindo-lhe auxiliar o motorista na manutenção da viatura;
soante o tipo de avaria, elétrica, mecânica ou eletrónica; exe-
vigia e indica as manobras colaborando nas operações de
cuta ensaios e afinações de equipamentos, circuitos elétricos,
carga e descarga.
aparelhagem de comando e proteção, sinalização e controlo,
22- Salas de bingo
utilizando aparelhagem de ensaio e medida, elétrica e eletró-
1- Chefe de sala - Compete-lhe chefiar e controlar global-
nica; pode executar trabalhos de montagem, conservação e
mente o funcionamento da sala, tomando as decisões relati-
reparação de equipamentos e instalações elétricas de alta ou
vas à marcha das várias operações de acordo com as normas
de baixa tensão.
técnicas de jogo do bingo e marcando o ritmo adequado das
4- Operário polivalente - Sob as ordens do eletromecâni-
mesmas; será o responsável pelo correto funcionamento de
co em geral, executa tarefas simples de eletricidade, canali-
todos os mecanismos, instalações e serviços e será ainda
zação, pintura, mecânica, carpintaria, serralharia, pequenos
o superior hierárquico do pessoal de serviço na sala e o
trabalhos de construção civil e outros trabalhos próprios da
responsável pela escrita e contabilidade especial do jogo.
secção.
2- Adjunto de chefe de sala - Coadjuva o chefe de sala
19- Embarcações na execução das suas funções, sendo especialmente respon-
1- Mestre - Comanda e chefia a embarcação onde presta sável pela fiscalização das bolas e cartões; contabilizará os
serviço. cartões vendidos em cada jogada, determinando os quanti-
2- Motorista marítimo - É responsável pela condução, ma- tativos dos prémios; verificará os cartões premiados, do que
4461
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 47, 22/12/2018
informará em voz alta os jogadores; responderá individual- mentos e nas lojas de flores onde existam.
mente aos pedidos de informação ou reclamações feitos pe- 4- Jardineiro - Ocupa-se do arranjo e conservação dos
los jogadores, registando tudo isto, assim como os incidentes jardins, piscinas, arruamentos e demais zonas exteriores dos
que ocorram, em ata, que assinará e apresentará à assinatura estabelecimentos.
do chefe de sala. 5- Vigilante de crianças sem funções pedagógicas - Vigia
3- Caixa fixo - Tem a seu cargo a guarda dos cartões, e cuida das crianças em instalações apropriadas para o efeito.
entregando-os ordenadamente aos vendedores; recolherá o 6- Bailarino - Executa os passos, as figuras, as expressões
dinheiro obtido das vendas e pagará os prémios aos vence- e os encadeamentos de um bailado, como solista ou como
dores. um dos parceiros de baile ou membro de um grupo de dança
4- Caixa auxiliar volante - Realiza a venda direta dos em espetáculos realizados no estabelecimento.
cartões, podendo anunciar os números extraídos. 7- Cantor - Canta árias de música popular como solista ou
5- Controlador de entradas - Procede à identificação dos como membro de um grupo vocal.
frequentadores e venda dos bilhetes de ingresso, competin- 8- Músico - Toca como membro de uma banda, de uma
do-lhe ainda fiscalizar as entradas. orquestra de música popular ou num grupo musical.
6- Porteiro - É responsável pela regularidade da entrada 9- Contra regra - Reúne todos os objetos, adereços e mó-
dos frequentadores nas salas, devendo exigir sempre a apre- veis necessários à representação, distribuindo-os pelos artis-
sentação do bilhete de acesso, inutilizando-o e devolvendo-o tas e colocando-os em cena e responsabiliza-se pela discipli-
ao frequentador, que deverá guardá-lo enquanto permanecer na no palco.
na sala de jogo do bingo, a fim de poder exibi-lo, se lhe for 10- Auxiliar de cena - É responsável pelas manobras e de-
exigido; deverá, ainda o porteiro, quando haja dúvidas sobre mais tarefas que garantem a realização cénica dos espetácu-
a maioridade do frequentador, exigir-lhe a apresentação de los, eventos e galas.
documento de identidade. Nota - Aos trabalhadores mais antigos ou com categoria profissional
mais elevada, qualquer que seja o setor ou secção, cabe executar as tarefas
23- Categorias diversas mais especializadas da sua categoria profissional.
1- Diretor artístico - Organiza e coordena as manifesta-
ções artísticas, espetáculos de music hall e musicais, asse-
ANEXO V
gurando a chefia e direção deste setor da empresa. Programa
as manifestações artísticas, seleciona e contrata músicos, in-
térpretes e outros artistas. Dirige as montagens cénicas e os Horário de trabalho
ensaios. Aconselha os artistas na seleção do reportório mais Firma/Empregador: _____________________________
adequado ao equilíbrio do espetáculo. Dirige e orienta o pes- Sede: ________________________________________
soal técnico. É responsável pela manutenção e conservação Nome do estabelecimento: _______________________
de equipamentos de cena. Actividade: ________________ NIPC:_____________
2- Encarregado de jardins - Coordena e dirige uma equipa CAE: _________
de jardineiros, com quem colabora, sendo o responsável pela Secções: _____________________________________
manutenção e conservação das áreas ajardinadas. Pode diri- Local: _______________________________________
gir trabalhos de limpeza das zonas exteriores dos estabeleci- Abertura às __ e encerramento às __
mentos e proceder a outras tarefas que lhe sejam atribuídas. IRCT aplicável à actividade.
3- Florista - Ocupa-se dos arranjos florais nos estabeleci-
4462
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 47, 22/12/2018
4463
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 47, 22/12/2018
4464
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 47, 22/12/2018
Depositado em 6 de dezembro de 2018, a fl. 76 do livro n.º 12, com o n.º 233/2018, nos termos do artigo 494.º do Código
do Trabalho, aprovado pela Lei n.º 7/2009, de 12 de fevereiro.
4465
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 47, 22/12/2018
Tabela A
Nível RM
1 1 201,00 € Acordo de empresa entre a Portugália - Companhia
2 1 120,00 € Portuguesa de Transportes Aéreos, SA e o SIPLA -
3 1 055,00 € Sindicato Independente de Pilotos de Linhas Aéreas
4 1 007,00 €
5 956,00 €
Cláusula 1.ª
6 907,00 €
7 857,00 € Âmbito pessoal e territorial de aplicação
8 809,00 €
1- O presente acordo de empresa, adiante abreviadamente
9 761,00 €
designado AE, é celebrado entre a Portugália - Companhia
10 712,00 € Portuguesa de Transportes Aéreos, SA, adiante abreviada-
11 663,00 € mente designada Portugália ou empresa, e os pilotos ao seu
12 626,00 € serviço representados pelo SIPLA - Sindicato Independente
13 612,00 € de Pilotos de Linhas Aérea, adiante abreviadamente designa-
14 602,00 € do SIPLA ou sindicato.
15 592,00 € 2- O presente AE aplica-se a todo o território nacional sem
16 588,00 € prejuízo da sua aplicação aos pilotos referidos no número an-
4466
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 47, 22/12/2018
terior da presente cláusula, independentemente do local onde nando a garantia de emprego aos pilotos;
estejam a exercer funções. c) Intensificar a cooperação entre as partes num ambiente
3- Os pilotos da Portugália não filiados no SIPLA à data de confiança e respeito mútuo;
de início do processo negocial do presente AE, e que não se- d) Estabelecer mecanismos para a resolução de eventuais
jam filiados em qualquer outra associação sindical, poderão conflitos;
manifestar a sua vontade junto da Portugália para que o pre- e) Manter e promover a paz laboral.
sente AE lhes passe a ser aplicável, devendo, para o efeito,
Cláusula 4.ª
comunicar a sua escolha por escrito à direção da Portugália.
4- A adesão do piloto, cumpridas as formalidades previstas Relação entre as partes
no número anterior, só produzirá efeitos a partir do primeiro
1- A Portugália e o SIPLA comprometem-se a cooperar
dia do mês seguinte à sua adesão.
entre si em todas as matérias relacionadas, direta ou indireta-
Cláusula 2.ª mente, com a prestação de trabalho dos pilotos.
2- Sem prejuízo do respeito pela confidencialidade e salva-
Entrada em vigor, vigência, produção de efeitos e revisão guarda dos segredos de negócio, as partes poderão agendar
1- O presente AE e os Regulamentos que do mesmo fazem reuniões com vista a assegurar a atempada troca de informa-
parte integrante entram em vigor cinco dias após a sua publi- ção relativa aos principais indicadores de mercado, níveis de
cação no Boletim do Trabalho e Emprego e substituem toda emprego e situação concorrencial.
a regulamentação da Portugália que com os mesmos esteja 3- As reuniões referidas no número anterior realizar-se-ão
ou venha a estar em contradição. quando solicitadas, por escrito, por qualquer uma das partes.
2- Até à definição de nova regulamentação interna man-
Cláusula 5.ª
têm-se em vigor os regulamentos atualmente estabelecidos e
aplicáveis em tudo o que não estiver em contradição com o Resolução de conflitos
disposto no presente AE.
1- Caso ocorra um conflito, desentendimento ou impasse
3- O presente AE vigora até 31 de dezembro de 2022, sen-
entre o SIPLA e a Portugália, ambas as partes comprome-
do sucessivamente renovável por períodos de um ano.
tem-se a envidar os seus melhores esforços para negociar e
4- Em caso de renovação, findo o período de vigência ini-
resolver o conflito ou impasse de forma construtiva, atuando
cial do presente AE, nos termos do número anterior, e até
de boa-fé e dialogando entre si.
que as partes negoceiem e aprovem as novas tabelas salariais
2- As partes acordam na criação de um procedimento es-
que constam atualmente do Regulamento de Remunerações,
pecífico adequado para a resolução de conflitos, a que recor-
Reformas e Garantias Sociais (RRRGS), as remunerações
rerão previamente ao recurso à via judicial ou ao exercício
serão atualizadas anualmente nos termos da taxa de inflação
do direito à greve, e a que denominam Programa de Resolu-
publicada anualmente pelo Instituto Nacional de Estatística
ção de Conflitos (PRC).
(INE), sendo para este efeito consideradas apenas as taxas de
3- O recurso ao PRC será acionado quando o SIPLA co-
inflação positivas.
municar à Portugália que entende que se frustraram as tenta-
5- O AE pode ser parcial ou totalmente revisto nos termos
tivas prévias de resolução do conflito.
legais.
4- O PRC tem como objetivos:
6- O acordo da revisão poderá prever uma data de entrada
a) Aferição da possibilidade de reavaliar ou resolver o
em vigor posterior à data da sua assinatura, de modo a fazê-
conflito;
-la coincidir com o início de um novo ano civil ou, tratando-
b) Mediação do conflito, se necessário;
-se do Regulamento de Utilização e Prestação de Trabalho
c) Análise de possíveis alternativas, se existentes.
(RUPT), com o início de uma estação IATA.
5- O PRC comporta duas fases procedimentais obrigató-
7- O disposto na presente cláusula não prejudica a possibi-
rias e uma fase facultativa.
lidade de negociação e celebração de protocolos, regulamen-
6- São fases obrigatórias do PRC as seguintes:
tos ou quaisquer outros normativos sobre matérias específi-
a) Instauração do programa
cas entre a Portugália e o SIPLA sobre matérias já reguladas
A instauração do programa ocorre através de uma comu-
no AE ou outras.
nicação escrita enviada pelo SIPLA à Portugália, em correio
Cláusula 3.ª registado e com aviso de receção, onde enuncia os detalhes
do conflito, desentendimento ou impasse significativo;
Princípios e objetivos fundamentais do acordo de empresa b) Primeira reunião
1- As partes contratantes comprometem-se a proceder de i) A Portugália agendará uma reunião, na qual se fará re-
acordo com o princípio da boa-fé e, em particular, a garantir presentar pelo seu diretor geral, com vista à tentativa de re-
o cumprimento do estabelecido na lei e no presente AE. solução do conflito, até cinco dias úteis após a receção da
2- Ao celebrarem este AE, a Portugália e o SIPLA, preten- comunicação referida na alínea anterior, de que notificará o
dem, nomeadamente: SIPLA por correio registado com aviso de receção.
a) Estabelecer condições adequadas de prestação de traba- ii) A reunião referida no ponto i) terá lugar no prazo má-
lho que potenciem a competitividade da Portugália; ximo de catorze dias após a receção da comunicação aí re-
b) Contribuir para a rentabilidade da operação, proporcio- ferida.
4467
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 47, 22/12/2018
4468
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 47, 22/12/2018
g) Facultar a consulta e cópia dos processos individuais, missões que lhes correspondem nos termos deste AE e das
sempre que o respetivo piloto o requeira; normas operacionais, nomeadamente submetendo-se a veri-
h) Efetuar, suportando os respetivos custos, as verificações ficações, cursos, refrescamentos e inspeções;
de proficiência dos seus pilotos, de acordo com os requisitos k) Manter atualizadas as licenças de voo, qualificações e
exigidos pela autoridade aeronáutica competente; demais documentações necessárias ao normal desempenho
i) Manter e conservar, durante os prazos requeridos pela das suas funções;
legislação e regulamentação aeronáutica aplicável, os regis- l) Manter um regime de vida adequado às exigências da
tos das atividades dos pilotos, nomeadamente das suas qua- profissão, cumprindo as normas estabelecidas pela Portugália
lificações, dos tempos de trabalho, de voo e serviços de voo dentro do seu poder regulamentar e todas as demais disposi-
efetuados, bem como de folgas e férias efetivamente goza- ções resultantes de normas internacionais ou de diretivas das
das; entidades oficiais competentes;
j) Suportar os encargos com todo o material, equipamento m) Cumprir as normas operacionais dimanadas das entida-
e demais instrumentos de trabalho necessários ao desempe- des oficiais competentes e os regulamentos internos em vigor
nho das funções de piloto, nomeadamente, pastas de bordo, na Portugália;
fardamento e outras, que se manterão, no entanto, como pro- n) Dispor de telefone e informar a Portugália do respetivo
priedade da Portugália; número, bem como manter a sua morada atualizada junto do
k) Suportar os custos com o estacionamento das viaturas Departamento de Recursos Humanos e Direção de Opera-
utilizadas pelos pilotos, quando estes tenham que se deslocar ções de Voo da empresa.
ao serviço da Portugália, de acordo com as regras interna-
Cláusula 10.ª
mente definidas;
l) Organizar cursos de formação ou de atualização de que Garantias dos pilotos
os pilotos necessitem para se manterem devidamente quali-
1- De acordo com o disposto na lei geral, é proibido à
ficados e atualizados;
Portugália:
m) Ministrar, suportando os respetivos custos, a instrução
a) Opor-se, por qualquer forma, a que o piloto exerça os
teórica de voo e de simulador necessária à qualificação e atu-
seus direitos, bem como despedi-lo ou aplicar-lhe sanções
alização dos pilotos.
por causa desse exercício;
Cláusula 9.ª b) Obstar, injustificadamente, à prestação efetiva do traba-
lho;
Deveres dos pilotos c) Exercer pressão sobre o piloto para que atue no sentido
Para além dos previstos na lei, são deveres do piloto: de influir desfavoravelmente nas suas condições de trabalho
a) Executar os serviços que lhes foram confiados, de har- ou de outros trabalhadores;
monia com as suas aptidões e categorias profissionais e com d) Diminuir a retribuição do piloto, salvo nos casos pre-
zelo e diligência; vistos na lei e no presente acordo e respetivos regulamentos
b) Guardar lealdade à Portugália e segredo profissional anexos;
sobre todos os assuntos que não esteja autorizado a revelar; e) Baixar a categoria do piloto, salvo se aceite por este e
c) Promover ou executar todos os atos tendentes à melho- cumpridas as formalidades legais;
ria da produtividade da Portugália; f) Transferir qualquer piloto para outro local de trabalho,
d) Prestar, em matéria de serviço, os ensinamentos que os em violação do que o que sobre essa matéria esteja em vigor;
colegas de trabalho necessitem, ou solicitem, de forma a não g) Despedir e readmitir o piloto, mesmo com o seu acordo,
deixar sobre os assuntos questionados dúvidas ou possibili- havendo o propósito de o prejudicar nos direitos e regalias
dades de equívoco; decorrentes da antiguidade;
e) Participar aos superiores hierárquicos os acidentes e h) Discriminar um piloto em função da sua filiação sindi-
ocorrências anormais que se tenham verificado no serviço; cal, ou pelo exercício da atividade sindical ou qualquer outra
f) Usar, durante o exercício das suas funções, da máxima forma de representação de trabalhadores.
diligência com vista à proteção de vidas e bens que a Portu- 2- A prática pela Portugália de qualquer ato em violação
gália lhes confie; do disposto no número anterior da presente cláusula conside-
g) Velar pela salvaguarda do prestígio interno e internacio- ra-se ilícita, com as consequências previstas na lei.
nal da Portugália;
Cláusula 11.ª
h) Adotar os procedimentos mais adequados à defesa dos
interesses da Portugália; Desconto das quotas sindicais
i) Abster-se de exercer por conta própria ou em benefí-
De acordo com o regime legal em cada momento em vi-
cio de outra empresa, enquanto perdurar o vínculo laboral,
gor, a Portugália procederá ao desconto da quota sindical no
a atividade de piloto, salvo com o acordo da Portugália, e
vencimento mensal de cada piloto, mediante declaração es-
abstendo-se igualmente de exercer atividades incompatíveis
crita deste, procedendo à sua liquidação ao SIPLA até ao dia
com o disposto na alínea l) desta cláusula;
12.º do mês seguinte àquele a que disser respeito.
j) Manter o nível de formação profissional à altura das
4469
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 47, 22/12/2018
4470
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 47, 22/12/2018
4471
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 47, 22/12/2018
4472
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 47, 22/12/2018
c) Dadas por motivo de acidente no trabalho, desde que o trabalho cessa automaticamente por caducidade, salvo se o
trabalhador tenha direito a qualquer subsídio ou seguro; impedimento não for total e ambas as partes acordarem na
d) Dadas por motivo de assistência inadiável nos termos conversão do trabalhador noutra categoria profissional.
permitidos na lei geral; 2- Em caso de conversão profissional acordada nos termos
e) Dadas ao abrigo de lei especial quando excedam 30 dias do número anterior, o trabalhador manterá o direito às anui-
por ano; dades técnicas e às diuturnidades, que, em ambos os casos,
f) As faltas prévia ou posteriormente autorizadas pela em- sejam vencidas, sem prejuízo da antiguidade de companhia.
presa, salvo menção expressa em contrário da Portugália.
Cláusula 35.ª
Cláusula 32.ª
Proteção na doença e noutras situações
Efeitos das faltas injustificadas 1- Nas situações de doença que impossibilitem a prestação
De acordo com o disposto na lei geral, e sem prejuízo de de serviço de voo, comprovadas pelos serviços da medicina
outros efeitos nela previstos, as faltas injustificadas deter- do trabalho da empresa, esta assegurará, durante os primei-
minam sempre perda de retribuição, podendo esta ser subs- ros dois eventos até ao total anual de três dias de doença, um
tituída, se o piloto assim o manifestar, expressamente e por pagamento correspondente a 100 % da retribuição ilíquida
escrito, por perda de dias de férias na proporção de um dia base diária por cada dia de ausência.
de férias por cada dia de falta, respeitado a duração mínima 2- A partir do quarto dia de doença o piloto ficará unica-
de dias de férias legalmente prevista. mente abrangido pelo sistema público de Segurança Social.
3- A empresa diligenciará no sentido do piloto beneficiar
Cláusula 33.ª
e ser medicamente assistido pelos serviços de saúde públi-
Conceito de retribuição ca no estrangeiro ao abrigo dos acordos internacionais entre
Estados que possam existir e vigorar, sempre que ali se en-
1- Considera-se retribuição aquilo a que, nos termos deste
contre a prestar serviço, tomando, subsidiariamente, a seu
AE, o piloto tem direito, em contrapartida do seu trabalho.
cargo toda a assistência médico-medicamentosa e hospitalar
2- A retribuição compreende a remuneração base mensal e
em caso de doença ou acidente ocorrido quando o piloto se
todas as outras prestações regulares e periódicas feitas, direta
encontre fora da base por ordem da empresa, ficando a em-
ou indiretamente, em dinheiro ou em espécie.
presa sub-rogada nos eventuais direitos daí decorrentes.
3- A remuneração mensal é constituída pelo vencimento
4- A perda de remuneração devido a acidente de trabalho
base, e demais remunerações acessórias previstas no Regu-
só virá a ser refletida no recibo de vencimento seguinte ao
lamento de Remunerações, Reformas, e Garantias Sociais
mês da ocorrência, sem prejuízo do eventual direito de re-
(RRRGS), que faz parte integrante do presente AE.
gresso da Portugália sobre a respetiva companhia de seguros
4- Até prova em contrário, constitui retribuição toda e
onde, à data da ocorrência, a empresa tenha colocado o res-
qualquer prestação, em dinheiro ou em espécie, da empresa
petivo seguro de acidentes de trabalho.
ao piloto, que seja obrigatória, regular, periódica e perma-
nente devida ao piloto em contrapartida do seu trabalho e, Cláusula 36.ª
ou, disponibilidade, exceto as prestações constantes no nú-
mero 7 da presente cláusula e outras igualmente excluídas Proteção ao piloto em risco clínico durante a gravidez
por lei do conceito de retribuição. Em caso de risco clínico para a piloto grávida aplica-se o
5- A retribuição pode ser constituída por uma parte certa e disposto no Código do Trabalho.
outra variável.
Cláusula 37.ª
6- Os componentes da retribuição, bem como os respeti-
vos valores, são os estabelecidos no RRRGS. Incapacidade temporária
7- Não se consideram retribuição:
O piloto que se encontre em situação de incapacida-
a) Subsídios atribuídos pela empresa aos seus pilotos para
de temporária, resultante de acidente de trabalho, manterá,
a refeição nem as comparticipações no preço destas ou o seu
enquanto esta situação perdurar, após alta da seguradora, a
pagamento integral, quando for caso disso;
retribuição base líquida a que tem direito no exercício de
b) Ajudas de custo, nomeadamente, despesas de transpor-
funções.
te, per diem e subsídio de aterragem;
c) Gratificações ou prémios extraordinários. Cláusula 38.ª
Cláusula 34.ª Incapacidade permanente
4473
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 47, 22/12/2018
ou pela reforma por invalidez. conhecimento dos limites concretos da zona de guerra, con-
2- Para os demais efeitos não previstos na presente cláusu- sidera-se a área continental, insular ou marítima do país ou
la, aplicar-se-á o disposto na cláusula 34.ª território em estado de guerra.
3- Findo o prazo previsto no número um da presente cláu- 3- A Portugália não poderá obrigar qualquer piloto a rea-
sula, ou caso não exista posto de trabalho compatível, ou o lizar serviços der voo com escala em zonas previstas no nú-
trabalhador não exerça o seu direito de opção, o contrato de mero anterior, salvo em situações de emergência declaradas
trabalho caducará por impossibilidade superveniente absolu- durante o voo ou requisição civil.
ta e definitiva de o piloto prestar a atividade contratada. 4- Os pilotos, aquando da apresentação para o serviço de
voo, terão de ser informados de que a aeronave sobrevoará
Cláusula 39.ª
espaço geográfico ou aterrará em aeroportos inseridos em
Retirada do serviço de voo por facto imputável à Portugália zonas de guerra.
5- Caso a Portugália decida efetuar um serviço de voo que
1- O piloto que se retire do serviço de voo por perda tem-
preveja o sobrevoo, escala ou destino em aeroporto inserido
porária ou definitiva da licença profissional, por razões de
em zona de guerra, poderá recrutar pilotos em regime de vo-
ordem técnica imputáveis à empresa, terá direito à retribui-
luntariado, sendo, para o efeito, necessário o acordo escrito
ção auferida pelos pilotos da mesma categoria e funções em
do piloto.
exclusivo serviço de voo.
6- Se somente em viagem houver conhecimento das situ-
2- Para os efeitos previstos no número anterior, entendem-
ações descritas no número anterior, caberá ao comandante a
-se por razões de ordem técnica imputáveis à Portugália:
decisão a tomar.
a) Não marcação de simulador para revalidação da licença
técnica; Cláusula 43.ª
b) Não marcação de inspeções médicas para revalidação
da licença médica. Risco de zonas epidémicas e endémicas
1- Zonas epidémicas e zonas endémicas são as zonas como
Cláusula 40.ª
tal consideradas pelas entidades sanitárias respetivas ou pela
Retirada do serviço de voo por facto não imputável à Portugália Organização Mundial de Saúde (OMS).
2- A empresa não poderá obrigar nenhum piloto a realizar
O piloto retirar-se-á ainda do serviço de voo ao atingir a
serviços de voo com escala de tais zonas, salvo em situações
idade legal de reforma, devendo requerer, até cinco dias úteis
de emergência ou em situações especiais que o justifiquem,
antes de atingir a referida idade, a passagem à situação de re-
como tal definidas pela OMS.
forma, sendo-lhe aplicável o regime previsto no Decreto-Lei
3- Considera-se doença adquirida em serviço aquela que
n.º 156/2009, de 9 de julho.
comprovadamente for contraída em deslocações em servi-
Cláusula 41.ª ço nas zonas geográficas referidas no número 1 da presente
cláusula.
Proteção em caso de pirataria, guerra ou sabotagem 4- Os pilotos, aquando da apresentação para o serviço de
1- Qualquer piloto que em serviço seja vítima de ato de voo, terão de ser informados de que a aeronave sobrevoará
pirataria, guerra ou sabotagem terá direito à manutenção da zonas com as características definidas no número 1 da pre-
sua retribuição base durante a eventual detenção, devendo a sente cláusula.
empresa desenvolver todas as diligências para a sua liberta-
Cláusula 44.ª
ção e repatriamento e suportar as respetivas despesas.
2- Logo que se dê o alerta da existência de qualquer en- Medicina do trabalho e cuidados de saúde ocupacional
genho explosivo ou ação armada, nenhum piloto poderá ser
1- A empresa assegurará o funcionamento de um serviço
obrigado a prestar qualquer serviço dentro da área de segu-
de saúde ocupacional, diretamente ou por entidade sobre a
rança, enquanto se mantiver a situação de emergência.
qual exerça controlo, desde que legal e administrativamente
3- Nas situações previstas no número 1, a Portugália com-
autorizada, o qual garantirá as atividades de medicina do tra-
promete-se a prestar todo o apoio e acompanhamento social
balho, de acordo com as disposições legais aplicáveis.
ao agregado familiar do piloto, designadamente asseguran-
2- A empresa pode submeter os pilotos a exames médicos,
do-lhe as condições de sustento habitual, devidamente com-
quando feitos no âmbito da medicina do trabalho, ou de cui-
provado, até ao limite global da retribuição do piloto.
dados de saúde ocupacional.
Cláusula 42.ª 3- Sem prejuízo da regulamentação interna em matéria
de saúde ocupacional, no caso previsto no número anterior
Risco de guerra em matéria de medicina do trabalho, e caso a lei o permita,
1- Serão consideradas zonas de guerra as áreas geográficas não serão repetidos os exames médicos a que os pilotos já
em estado de guerra civil ou conflito armado, com recolher tenham sido submetidos no âmbito de uma junta médica re-
obrigatório ou em que tenha sido decretado o estado de sítio gional, desde que o piloto dê o seu consentimento ao médico
e de emergência com fundamento em motivos conexos com de trabalho, por escrito, para o acesso àqueles e desde que
a alteração da ordem pública. a entidade responsável pela segurança, higiene e saúde no
2- Para efeitos desta cláusula, e no caso de não haver re- trabalho os considere suficientes e atualizados.
4474
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 47, 22/12/2018
4- A empresa assegurará, permanentemente, em condições dias, ou até que seja efetuada uma intervenção médica apro-
de atuação imediata, a existência de uma ambulância, devi- priada, o médico do trabalho informará o piloto e a junta
damente equipada, nas suas instalações no Aeroporto de Lis- médica, regional ou central, que tenha sido responsável pela
boa, bem como a prestação imediata dos primeiros socorros emissão do certificado médico utilizado para a emissão ou
por pessoal devidamente habilitado para o efeito. revalidação da licença de voo do piloto.
7- Sem prejuízo da obrigação de comunicação prevista no
Cláusula 45.ª
número anterior da presente cláusula, os dados médicos exis-
Competência dos médicos do trabalho tentes na medicina do trabalho e na junta médica regional
não serão cruzados sem o consentimento prévio e escrito do
1- Compete, em especial, aos médicos do trabalho:
piloto.
a) Realizar exames médicos de admissão, bem como exa-
mes periódicos ocasionais e complementares aos pilotos, Cláusula 46.ª
devendo ser sempre participado ao examinado o resultado;
b) Vigiar a adaptação dos pilotos ao seu trabalho, bem Seguro de valores a cargo
como a sua readaptação e reeducação profissional, quando A empresa segurará os fundos de maneio postos à guarda
tal for adequado e necessário; do piloto e para efeitos de eventual pagamento de despesas
c) Aconselhar os responsáveis pelos serviços e pilotos na decorrentes do serviço de voo.
distribuição e reclassificação destes;
Cláusula 47.ª
d) Velar e inspecionar periodicamente as condições de hi-
giene dos locais de trabalho e instalações anexas; Contratação de novos pilotos
e) Prestar assistência urgente às vítimas de acidentes de
1- As condições de contratação de novos pilotos deverão
trabalho ou doença súbita ocorridos no local de trabalho,
ser idênticas às aplicáveis aos restantes pilotos ao serviço da
quando solicitada pelo pessoal de enfermagem de serviço;
Portugália.
fora das horas normais de serviço dos médicos de medicina
2- Caso a Portugália contrate novos pilotos concedendo-
do trabalho essa assistência pode ser prestada por qualquer
-lhes condições mais favoráveis do que as concedidas aos
médico designado pela empresa;
pilotos ao seu serviço, em violação do disposto no número
f) Fomentar a educação do pessoal em matéria de saúde,
anterior, serão tais condições imediatamente aplicáveis aos
higiene e segurança, ministrando conselhos sempre que ne-
restantes pilotos da Portugália de igual categoria profissional
cessários ou solicitados pelos tripulantes, bem como promo-
e desempenhando as mesmas funções.
vendo a realização de cursos regulares de primeiros socorros
3- Excetuam-se do disposto nos números anteriores as
e higiene no trabalho;
contratações motivadas por razões de urgência e de premente
g) Colaborar com os competentes órgãos representativos
necessidade da empresa, devidamente fundamentadas, e que
dos pilotos e com quaisquer serviços da empresa que solici-
não excedam a duração total de 12 meses, incluindo eventu-
tem tal colaboração, sem prejuízo das atividades essenciais
ais renovações.
do serviço de medicina do trabalho;
h) Tornar efetiva, no quadro do desempenho funcional do Cláusula 48.ª
trabalhador, a proteção deste contra doenças infetoconta-
giosas, seguindo os planos de vacinação e outras medidas Facilidades de passagens
preventivas, no condicionalismo nacional e internacional, de Os pilotos beneficiarão das facilidades de passagens que
acordo com as instruções da Direção-Geral dos Cuidados de resultarem dos regulamentos internos da empresa, bem como
Saúde Primários. dos protocolos especiais celebrados.
2- Em cumprimento do disposto na alínea a) do número Cláusula 49.ª
anterior, serão realizados anualmente exames médicos aos
pilotos com idade superior a 45 anos e de 2 em 2 anos aos Regulamentos internos
demais pilotos. 1- A Portugália poderá promover a elaboração de regula-
3- Os exames médicos periódicos têm por fim, especifica- mentos internos, de acordo com os princípios definidos neste
mente, verificar a repercussão do trabalho e das suas condi- AE e na lei.
ções no piloto e vigiar a sua saúde. 2- Os regulamentos a seguir indicados são parte integrante
4- O médico do trabalho, sempre que a saúde do piloto o do presente AE, e só podendo ser alterados por acordo das
justifique, poderá encurtar a periodicidade do exame. partes (anexos I a IV):
5- Sempre que, na opinião do médico do trabalho, o esta- a) Regulamento de Admissões, Antiguidades e Acessos
do de saúde do piloto seja incompatível com a atividade de (RAAA);
voo, este deverá ser devidamente informado pelo médico, b) Regulamento de Utilização e Prestação de Trabalho
por escrito. (RUPT);
6- Se o estado de saúde do piloto, na opinião fundamenta- c) Regulamento de Remunerações, Reformas e Garantias
da do médico do trabalho, o inibir para a atividade de voo, Sociais (RRRGS);
definitivamente ou por um período superior a vinte e um d) Regulamento de Bases Operacionais (RBO).
4475
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 47, 22/12/2018
4476
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 47, 22/12/2018
são ao operador (conversion course) e que é extensível aos posicionamento relativo ainda se mantiver mercê da aplica-
restantes pilotos do mesmo curso; ção do critério da antiguidade de companhia ou quando este
h) «Período mínimo obrigatório (PMO)» o período de critério não seja aplicável, preferirá o de maior idade.
tempo que antecede um acesso, contado a partir da data do 4- Sempre que um elemento de um mesmo curso se tenha
início do curso de qualificação, durante o qual o piloto terá atrasado, por qualquer motivo que não seja imputável ao pi-
que permanecer nesse equipamento; loto, no acesso à categoria de comandante, será escalonado
i) «Transição» a passagem de um equipamento de voo em último lugar relativamente aos pilotos com a mesma anti-
para outro de classificação igual ou, com o acordo do piloto, guidade de serviço que já tenham o referido acesso.
para outro de classe inferior; 5- Se, no âmbito do disposto no número anterior, houver
j) «Equipamento» - Conjunto de aviões do mesmo tipo diversos elementos atrasados, respeitar-se-ão, quanto a estes,
de frota para cuja operação se requer igual qualificação tipo as normas gerais de escalonamento.
(type rating). 6- No caso de um piloto se ter atrasado na promoção à
categoria de comandante por razões que lhe sejam imputá-
Cláusula 4.ª
veis, a sua antiguidade para efeitos de progressão técnica, é
Antiguidade dos pilotos aferida pela dos elementos com que teve acesso à categoria,
ordenados entre si de acordo com as normas gerais de esca-
1- A antiguidade dos pilotos é considerada sob os seguin-
lonamento.
tes aspetos:
a) Antiguidade de companhia; Cláusula 6.ª
b) Antiguidade de serviço.
2- A antiguidade de companhia é considerada a partir da Admissões
constituição do vínculo jurídico-laboral com a celebração do 1- A admissão de pilotos faz-se pela base funcional da ca-
contrato de trabalho. tegoria de oficial piloto, de entre os candidatos apurados nos
3- A antiguidade de serviço, mesmo dos pilotos que já fos- exames de seleção definidos pela empresa e que cumpram
sem trabalhadores da empresa, é contada a partir da data de os requisitos mínimos exigidos pela autoridade aeronáutica
largada conjunta proveniente do respetivo curso de admissão competente.
promovido pela empresa. 2- A fixação das condições e respetivos requisitos, da com-
4- Para efeitos do número anterior, considera-se que farão petência da Portugália, será comunicada ao SIPLA antes da
parte do mesmo curso de admissão os elementos integrados abertura do concurso.
em cursos de conversão ao operador cujo início tenha lugar 3- Havendo lugar a concurso, o regulamento de cada con-
dentro do prazo de 30 dias contados a partir do início do curso será sempre fixado e divulgado antes da sua abertura,
primeiro curso. devendo ser entregue uma cópia do mesmo a todos os candi-
5- Aos pilotos do mesmo curso de admissão será fixada datos, na altura da inscrição.
uma data específica de largada conjunta, para efeitos de con- 4- Os oficiais pilotos, aquando da sua admissão na empre-
tagem de antiguidade de serviço. Esta será a data de largada sa, são qualificados indiferentemente, conforme as necessi-
do primeiro elemento em linha. dades operacionais, num dos equipamentos de voo de narrow
6- Os períodos de licença sem retribuição, bem como ou- body, de harmonia com o anexo C ao presente regulamento.
tras situações em que não haja prestação efetiva de traba-
Cláusula 7.ª
lho e para as quais haja concurso da vontade do trabalhador,
quando superiores a trinta dias, não contam para efeitos de Condições preferenciais
antiguidade de serviço, salvo quando a lei equipare tais si-
1- No recrutamento dos candidatos a pilotos a Portugália
tuações a prestação efetiva de trabalho, ou quando se trate
observará a seguinte ordem de preferências:
de prestação de serviço em empresas associadas ou com as
a) pilotos possuidores de licença de piloto comercial ou
quais a Portugália estabeleça contratos para esse fim.
superior, reconhecida pela entidade aeronáutica competente,
Cláusula 5.ª que sejam trabalhadores da empresa;
b) Candidatos do exterior, possuidores da mesma licença,
Escalonamento na categoria que já tenham sido considerados aptos em concursos de ad-
1- A posição relativa entre os elementos de uma mesma missão anteriores;
categoria é feita com base na antiguidade de serviço. c) Outros candidatos do exterior, possuidores da mesma
2- Em caso de igualdade de antiguidade de serviço a posi- licença.
ção relativa será definida pela classificação obtida no respe- 2- As preferências estabelecidas no número anterior cons-
tivo curso de acesso à categoria ou concurso de admissão, se tarão obrigatoriamente do regulamento dos concursos.
aquele não tiver lugar. 3- Os candidatos que já sejam trabalhadores da empresa
3- Em caso de igualdade de classificação no curso de aces- manterão a respetiva retribuição fixa durante o período de
so à categoria preferirá o elemento que tiver maior antiguida- formação, exceto se a retribuição atribuída aos candidatos do
de de companhia, não servindo este critério para determinar exterior for superior, caso em que será esta a devida.
a posição relativa entre os pilotos recrutados externamente 4- Os candidatos referidos no número anterior da presente
ao abrigo do mesmo curso de admissão; se a igualdade de cláusula manterão ainda:
4477
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 47, 22/12/2018
4478
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 47, 22/12/2018
cativas de ordem técnica ou disciplinares que recomendem didatos aprovados por ordem de escalonamento na categoria,
nova avaliação. nos termos da cláusula 5.ª do presente regulamento.
5- No caso de nova avaliação, nos termos da parte final 2- O acesso a comando processa-se a partir de um qualquer
do número anterior, dessas razões será dado conhecimento equipamento de voo.
prévio e detalhado ao interessado. 3- A qualificação inerente ao curso de primeiro comando
6- O processo de avaliação para comando, descrito nos é feita, indiferentemente e conforme as necessidades opera-
números anteriores, terá lugar sem prejuízo da sua substi- cionais, num dos equipamentos de voo de narrow body a que
tuição por, e, ou, articulação com, regulamentação interna a alude o anexo C, de harmonia com as opções manifestadas
desenvolver pela Portugália visando a implementação de um pelos pilotos nomeados e respeitada a ordem de antiguidade.
programa a designar de período de acompanhamento e pre-
Cláusula 18.ª
paração para comando (PAPC), e que implicará a instituição
de exame de avaliação para comando (captain assessment) Promoção a comandante
precedido de um período mínimo de um ano a decorrer em
Serão promovidos a comandantes os pilotos que obte-
momento imediatamente anterior.
nham aproveitamento no curso e no estágio em linha exigi-
Cláusula 15.ª dos para o acesso a comando.
4479
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 47, 22/12/2018
lecidos para cada equipamento, conforme as necessidades dotação dos quadros de pilotos por função e equipamento.
operacionais, respeitadas as opções dos pilotos e o seu esca- 3- O planeamento conterá ainda a previsão dos cursos de
lonamento na categoria. acesso a comando e progressão técnica, exclusivamente ine-
2- A Portugália promoverá a reconversão dos pilotos, sen- rentes à planeada variação de quadros.
do nomeados os que voluntariamente se ofereçam, por or- 4- Após a publicação do planeamento referido no núme-
dem decrescente de antiguidade, isto é, do mais antigo para ro 1 da presente cláusula, os pilotos poderão manifestar no
o mais recente. prazo de uma semana, para os cursos a iniciar no primeiro
3- Na falta de voluntários, a nomeação será feita por ordem trimestre, e num prazo de trinta dias para os restantes trimes-
inversa da prevista no número anterior da presente cláusula. tres, as suas opções, nos termos da cláusula 24.ª
4- Quando ocorrer qualquer situação de reconversão, ex- 5- Terminado o prazo para o exercício das opções, a
ceto a que seja voluntária, a progressão técnica obedecerá ao Portugália publicará, oportunamente, o plano de formação e
critério de antiguidade na função, contando para efeitos do as nomeações para os cursos a ministrar.
período mínimo obrigatório a soma do período de tempo em 6- O plano de formação a que se refere o número anterior
que o piloto esteve afeto aos dois equipamentos. deverá conter todos os cursos de acesso a comando, progres-
são técnica e/ou reconversão resultantes da movimentação
Cláusula 22.ª
de quadros previstos.
Extinção de tipo de equipamento 7- Se as datas de início dos cursos planeados sofrerem al-
terações, o período mínimo obrigatório poderá ser reduzido
1- Considera-se que um tipo de equipamento está extinto
trinta dias em relação à data inicialmente estipulada. Neste
na operação da empresa no momento em que for concluído o
caso o piloto manterá a nomeação para o curso.
último voo por aquele realizado ao seu serviço.
8- A Portugália fará todas as nomeações obedecendo ao
2- Para efeitos de movimentação de pilotos ao abrigo das
escalonamento na categoria, ou seja, dos mais antigos para
prerrogativas constantes desta cláusula, a Portugália tem de
os mais recentes.
anunciar o trimestre do ano previsto para o último voo de
9- As alterações de planeamento, resultantes da entrada de
equipamento em extinção antes de iniciar qualquer movi-
novos equipamentos ou cancelamento de cursos, implicam o
mentação.
exercício de nova opção dos pilotos prejudicados.
3- Os pilotos pertencentes a equipamentos cuja extinção
esteja decidida e com efetivação planeada deverão ser no- Cláusula 24.ª
meados para reconversões, transições, progressões técnicas e
promoções planeadas em função daquela extinção e exercer Opções
quanto a elas as opções que lhes couberem. 1- As opções têm de ser manifestadas por escrito no prazo
4- No caso de a extinção do equipamento ter lugar por aí fixado, podendo consistir em:
substituição por outro equipamento do mesmo grupo de or- a) Opção pelo acesso que lhe competir em função da an-
denação, os pilotos do equipamento a extinguir, bem como tiguidade;
os pilotos em excesso do outro ou dos outros equipamentos b) Opção por determinado equipamento e/ou curso publi-
do mesmo grupo de ordenação, serão prioritariamente no- cado;
meados para o equipamento substituto, sem necessidade de c) Opção por determinado equipamento e/ou curso que
observância do escalonamento na categoria em relação aos possa resultar dos publicados;
restantes, mas de acordo com o escalonamento na categoria d) Opção pela permanência na função/equipamento em
entre si. que se encontra.
5- A alteração da época anunciada no número 2 em caso 2- O piloto pode manifestar, em simultâneo, mais do que
algum poderá prejudicar os direitos dos pilotos, sendo a em- uma opção, assim como optar por vários equipamentos e ou
presa obrigada a fazer tantos cursos quanto os necessários cursos devendo, em qualquer dos casos, ordená-las sempre
para tutelar aqueles direitos, salvo acordo escrito com os pi- por prioridade.
lotos envolvidos. 3- A movimentação do piloto fica confinada às opções que
6- Para efeitos desta cláusula, entende-se que, em cada indicou, sem prejuízo do disposto no número 5 da presente
momento, um piloto pertence a um equipamento em extin- cláusula.
ção quando, nesse momento, esteja ao serviço nesse equi- 4- Respeitando o disposto no número anterior, a nomeação
pamento há pelo menos três anos, ainda que, para continuar para vagas em aberto, em execução do plano de formação a
nele, tenha renunciado à progressão ou transição para outro que aludem os números 3 a 6 da cláusula anterior, é feita por
equipamento que lhe tenha sido oferecida. escalonamento na categoria, começando dos mais antigos
para os mais modernos.
Cláusula 23.ª
5- Se da aplicação dos números anteriores não resultar o
Planeamento preenchimento de todas as vagas serão nomeados para as
vagas remanescentes, e por ordem do mais recente para o
1- A empresa publicará anualmente, até 30 de novembro,
mais antigo na categoria, os pilotos que reúnam os requisitos
um planeamento referente ao ano civil subsequente
mínimos exigidos.
2- Do planeamento constarão, frota prevista e o respetivo
tipo e número de equipamentos, bem como a variação da
4480
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 47, 22/12/2018
4481
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 47, 22/12/2018
tripulantes da Portugália, os mesmos períodos de prestação acordo deste prévio e confirmado por escrito;
de trabalho e/ou de folga, assim se entendendo os mesmos j) «Folga trimensal» - Período livre de serviço composto
dias e horas. por, pelo menos, três dias de folga consecutivos (com dura-
2- A Portugália poderá recusar a concessão prevista nos ção de 24 horas cada) por cada mês de calendário;
termos do número anterior se da mesma resultarem prejuí- k) «Hora de apresentação» - hora indicada pela Portugália
zos para o serviço ou para terceiros, recusa que deverá ser para que o piloto se apresente para dar início a um serviço de
fundamentada. voo ou qualquer outro trabalho para que tenha sido nomeado
3- O disposto do número 1 só será aplicável a pedido dos ou convocado;
interessados, devendo ser respeitados os procedimentos em l) «Hora local» - A hora do local da base, até ao limite de
vigor na Portugália para o efeito, nomeadamente o preenchi- 48 horas a contar da data da saída da zona horária desse local
mento do respetivo formulário de pedido. (hora de calços). Após decorridas 48 horas contadas desde
a partida dessa zona horária considera-se a hora local a de
Cláusula 4.ª
origem do voo;
Revisões do RUPT m) «Irregularidades operacionais» - Alterações decorrentes
de dificuldades técnicas ou operacionais não previsíveis e
1- Como fase final do processo de negociação de uma
não remediáveis em tempo útil;
qualquer revisão do RUPT e antes da entrada em vigor de
n) «Mês» - Período de quatro semanas consecutivas;
tal revisão, a Portugália elaborará um planeamento tipo, que
o) «Mês de calendário» - Cada um dos doze períodos que
enviará ao SIPLA para deteção de eventuais diferenças de
compõem o ano civil. Ex. janeiro, fevereiro, etc.;
interpretação e para análise conjunta das eventuais dificulda-
p) «Noite local» - Período de oito horas compreendido en-
des de implementação que surjam.
tre as 22h00 e as 8h00, hora local;
2- O disposto na presente cláusula não prejudica a possi-
q) «Período crítico do ritmo circadiano» - Período com-
bilidade de negociações entre a Portugália e o SIPLA sobre
preendido entre as 2h00 e as 5h59, sem prejuízo da moldura
matérias particulares deste regulamento ou quaisquer outras.
temporal legalmente prevista em cada momento. Numa faixa
Cláusula 5.ª de três zonas horárias, o período crítico do ritmo circadiano
refere-se à hora local da base. Ultrapassadas essas três zo-
Definições nas horárias, o período crítico do ritmo circadiano refere-se
Para efeitos deste regulamento aplicar-se-ão as defini- à hora local da base para as primeiras 48 horas posteriores à
ções constantes da legislação em cada momento em vigor e, partida da zona horária e, daí em diante, à hora local;
ainda, as seguintes: r) «Período de preparação» - Intervalo de tempo, já inclu-
a) «Ano» - Período de doze meses que correspondem cin- ído no tempo de transição, que se situa imediatamente an-
quenta e duas semanas consecutivas; tes ou após o período de repouso, destinado à preparação
b) «Ano civil» - Período de doze meses que corresponde do tripulante para o serviço de voo ou para o repouso, res-
ao ano civil; petivamente. A sua duração será, em planeamento, de trinta
c) «Atividade no solo» - Atividades relativas à função do minutos e quinze minutos, também respetivamente;
piloto, diferentes do voo, atribuídas ao piloto, nomeadamen- s) «Período de trabalho noturno» - Período de trabalho
te, instrução, cursos, refrescamentos, qualquer tipo de treino compreendido entre as 23h00 e as 6h29 locais;
profissional e instrução de simuladores de voo; t) «Período de serviço de voo (PSV)» - Intervalo de tempo
d) «Base» - Local onde a Portugália tem a sua sede ou ou- compreendido entre o momento, designado pelo operador,
tro, no território nacional, que seja definido como base pela em que o piloto se apresenta para efetuar um voo (setor/seg-
Portugália e que conste do contrato de trabalho do piloto; mento), ou série de voos (setores/segmentos), e o momento
e) «Dia» - Período de 24 horas e que se inicia às 0h00 lo- em que a aeronave se imobiliza definitivamente e os motores
cais da base; são desligados, após o último sector voado pelo tripulante
f) «Dia de calendário entre rotações» - Dia em que, não em funções;
se tratando de folga, repouso ou férias, não foi atribuído ao u) «Período livre de serviço» - Período de tempo em que,
piloto qualquer serviço de voo, de assistência, de simulador, não sendo de folga, repouso ou férias, ao piloto não foi atri-
de trabalho no solo, ou qualquer outra atividade conexa com buído qualquer serviço de voo, de assistência, de simulador,
as funções de piloto, fora da sua base; de trabalho no solo, ou qualquer outra atividade conexa com
g) «Dia de folga» - Período livre de qualquer tipo de servi- as funções de piloto - considerando que nem sempre este pe-
ço para o piloto, com a duração e 24 horas, gozado na base e ríodo corresponde a um período de 24 horas;
como tal assinalado no planeamento; v) «Residência» - Local do domicílio permanente do pi-
h) «Equipamento» - Para efeitos do presente acordo de loto;
empresa, entende-se constituir equipamento pertencente à w) «Segmento» - O mesmo que setor;
mesma tipologia de frota aquele para cuja operação técnica x) «Semana» - Período de sete dias consecutivos;
seja exigida ao tripulante semelhante qualificação tipo; y) «Setor» - Trajeto efetuado desde o momento em que a
i) «Folga semanal» - Período livre de serviço composto aeronave se desloca do seu local de estacionamento até ao
por pelo menos dois dias de folga consecutivos (com a du- local em que estaciona, incluindo uma descolagem e a respe-
ração de 24 horas cada) a atribuir na base do piloto, salvo tiva aterragem subsequente;
4482
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 47, 22/12/2018
4483
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 47, 22/12/2018
4484
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 47, 22/12/2018
4485
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 47, 22/12/2018
calendário, excluindo fevereiro, junho, julho e agosto, onde 15- Os dias de folga não gozados em virtude de o piloto ter
têm direito a nove folgas por mês de calendário e onde será acedido a voar em folga, têm de ser atribuídos em adição aos
igualmente incluída a folga trimensal (72 horas) referida no períodos de folga a que o piloto tenha direito até ao segundo
parágrafo 18 da presente cláusula 18.ª mês seguinte aquele em que o voo ocorre.
6- Os pilotos têm direito ao gozo de um sábado e de um 16- Sempre que a Portugália tiver necessidade de recorrer
domingo seguidos, contados como período de folga, com à figura da folga de 24 horas, esta deverá contactar o piloto a
intervalo não superior a seis semanas, sem prejuízo das si- quem apresentará esta situação, ficando ao critério do piloto
tuações seguintes: a aceitação, ou não, deste período de folga.
a) As situações de baixa por doença ou acidente por perí- 17- Por cada período de doze semanas consecutivas o tri-
odo igual ou superior a cinco dias, suspensão do contrato de pulante tem de ter gozado o mínimo de vinte e cinco dias de
trabalho, gozo de férias, bem como qualquer falta à presta- folga.
ção de serviço que coincida com um sábado e um domingo, 18- A Portugália atribuirá, por cada mês de calendário,
interrompem a contagem do período de seis semanas; uma folga de três dias aos pilotos.
b) Os pilotos com filhos que careçam de reeducação pe-
Cláusula 19.ª
dagógica, com base em parecer de instituição de ensino
acreditada, podem apresentar à Portugália requerimento de- Noção e conteúdo do trabalho
vidamente fundamentado e comprovado de onde resulte a
Considera-se:
impossibilidade de assistência a esses filhos durante os fins
a) «Trabalho em voo»: qualquer voo ordenado pela
de semana por familiares ou estabelecimentos adequados;
Portugália, nomeadamente os voos de linha, os voos de ins-
c) Nos casos previstos na alínea anterior do presente nú-
trução, de treino e ensaio, bem como os voos de verificação;
mero, a Portugália, sempre que possível e operacionalmente
b) «Trabalho no solo»: verificação, instrução e treino de
adequado, marcará folgas para sábado e domingo com uma
simulador, serviço nas frotas ou quaisquer outros serviços
periodicidade menor que a prevista neste número.
em que os pilotos prestem atividade, inspeções médicas no
7- A contagem do período de seis semanas, prevista na alí-
âmbito das juntas médicas ou da medicina no trabalho, assis-
nea a) do número anterior, será reiniciada a partir da apresen-
tências, situações de deslocação através de meios de superfí-
tação do piloto regressado de qualquer daquelas situações aí
cie e refrescamentos ou quaisquer outras ações de formação
previstas.
no solo.
8- O requerimento a apresentar nos termos da alínea b) do
número 6 da presente cláusula deve ser formulado com uma Cláusula 20.ª
periodicidade mensal.
9- Os dias de folga ou de férias planeados podem ser ime- Dead head crew
diatamente precedidos de serviço de assistência, desde que o 1- Dead head crew é a situação do piloto que se desloca de
período de serviço de voo atribuído ao piloto, no quadro da avião, ao serviço da empresa, sem qualquer função a bordo.
assistência, não diminua o gozo da folga ou das férias. 2- O tempo como dead head crew é considerado tempo de
10- Até ao final do mês de abril de cada ano devem estar trabalho, iniciando-se à hora de apresentação e terminando à
gozados todos os dias de folga respeitantes ao ano imediata- hora de chegada, com as seguintes especificidades:
mente anterior. a) Se o voo efetuado em situação de dead head crew an-
11- A Portugália fará anteceder imediatamente qualquer teceder imediatamente um período de serviço de voo, conta
sessão ou sessões consecutivas de treino e/ou verificação em como período de serviço de voo, com as correspondentes li-
simulador, ou deslocação com o propósito exclusivo de a re- mitações;
alizar, de um período de folga a que o piloto tenha direito. b) Se entre o voo efetuado em situação de dead head crew
12- Em caso de irregularidades, só excecionalmente, com e o início do período de serviço de voo o piloto puder efetuar
acordo do piloto e quando não houver pilotos de assistência, o período de repouso, o voo efetuado em situação de Dead
pode a Portugália marcar voos em dias de folga, com obser- head crew é contabilizado a 50 % como período de serviço
vância do disposto no número seguinte. de voo para efeitos dos limites semanais, mensais, trimes-
13- A marcação de voos em dias de folga não pode condu- trais e anuais;
zir, em caso algum, a que o piloto: c) Se o voo efetuado em situação de dead head crew ante-
a) Deixe de gozar um período livre de serviço de trinta e ceder o início de um período de repouso ou folga, este voo
seis horas, incluindo duas noites consecutivas, em cada sete é contabilizado a 50 % como período de serviço de voo para
dias consecutivos; efeitos dos limites semanais, mensais, trimestrais e anuais.
b) Deixe de gozar um mínimo de sete dias de folga por Cláusula 21.ª
cada mês;
c) Exceda o limite de seis dias de folga em atraso, que in- Limites da hora de apresentação
clui eventuais períodos de folga não atribuídos em planea- 1- O tempo mínimo que pode mediar entre a apresentação
mento. e qualquer serviço de voo é de:
14- O contacto com o piloto para efeitos de obter a sua a) Na base do piloto: 60 minutos;
anuência à realização do voo deve ser feito com conheci- b) Fora da base do piloto: 45 minutos, podendo ser reduzi-
mento do DOV, piloto chefe ou chefe de frota.
4486
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 47, 22/12/2018
4487
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 47, 22/12/2018
4488
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 47, 22/12/2018
a) As pretensões de períodos de folga semanal que incluam 2- O processamento das marcações dos serviços referidos
24 e/ou 25 de dezembro e 31 de dezembro e/ou 1 de janeiro no número anterior da presente cláusula obedecerá às regras
seguirão as regras da cláusula 33.ª do presente regulamento; previstas nas alíneas seguintes:
b) Só serão concedidas até nove pretensões de períodos de a) A pontuação obtida com a aplicação dos valores fixados
voo por cada ano civil; no número 1 determinará a ordenação dos pilotos nas diver-
c) Só serão concedidas até dez pretensões de folga por ano sas categorias;
civil; b) A ordenação será feita por ordem crescente de pontua-
d) Só será concedido um período de folga semanal por ção, sendo escalados para serviços nos dias mais pontuados
cada pretensão; os pilotos com menos pontuação;
e) O número máximo de períodos de folga semanal conce- c) Em caso de igualdade de pontuação, será escalado o pi-
dido em cada mês é de dois. loto de menor antiguidade de serviço na função;
5- As pretensões individuais estão sujeitas aos procedi- d) Aos pilotos que ingressem no quadro de pessoal nave-
mentos seguintes: gante ou aos pilotos que mudem de categoria será atribuída
a) Devem ser feitas através do terminal da DOV que será a pontuação do elemento menos pontuado da respetiva ca-
implementado em LIS e OPO, ou através do gabinete da tegoria;
DOV; e) O processamento obedecerá à realidade dos últimos
b) Não podem ser aceites pretensões verbais formuladas dois anos.
no Gabinete de Planeamento e Escalas (GPE); 3- Sempre que os serviços de voo coincidam com vários
c) Devem dar entrada no GPE até ao último dia útil do mês serviços especiais previstos no número 1, a contagem acu-
anterior ao da elaboração do planeamento mensal. mulará as respetivas pontuações.
6- Em casos excecionais, a troca de escalas entre dois pilo- 4- Com a publicação da escala do mês de dezembro será
tos pode ser acordada desde que: igualmente publicada a lista contendo a pontuação dos pi-
a) A troca só envolva os dois pilotos; lotos.
b) A troca cumpra o estipulado nos limites de trabalho e
Cláusula 34.ª
repouso previstos neste regulamento e não entre em conflito
com as assistências; Férias remuneradas
c) A troca não implique restrições operacionais de escala;
1- As férias têm de ser gozadas entre 1 de janeiro e 31 de
d) Os pedidos respetivos sejam feitos em impressos pró-
dezembro do mesmo ano civil.
prios, no cumprimento dos procedimentos administrativos
2- O período anual de férias tem a duração mínima de 22
fixados na Portugália.
dias úteis.
7- O piloto tem direito a uma resposta à sua pretensão indi-
3- Para efeitos de férias, são úteis os dias da semana de
vidual, e se a repetir, até cinco dias úteis após submissão do
segunda-feira a sexta-feira, com exceção de feriados.
segundo pedido de pretensão individual.
4- A duração do período de férias é majorada de acordo
Cláusula 33.ª com o previsto no parágrafo 7 a 9 da presente cláusula 34.ª
5- Quando o período de férias do piloto for alterado ou
Marcação de serviços de voo, assistência e APT. em datas festivas interrompido a empresa obriga-se a conceder ao piloto o pe-
1- A fim de conseguir uma rotação justa na marcação de ríodo de férias por gozar no próprio ano ou, havendo acordo
serviços nos períodos de Natal e passagem de ano estabele- do mesmo, até 30 de abril do ano seguinte.
ce-se a seguinte pontuação: 6- A antecipação de férias solicitada por pilotos é decidi-
da pelo Gabinete de Planeamento e Escalas e pelo chefe de
Night-stop de 24 para 25 de dezembro* 25 frota.
7- O piloto tem direito a três dias adicionais de férias se
Dia de Natal 25 não tiver faltado, justificada ou injustificadamente, no ano a
que as férias se reportam.
Dia 31 de dezembro (até às 16h00) 10 8- O piloto tem direito a dois dias adicionais de férias se
faltar justificadamente apenas um dia no ano a que as férias
Noite de passagem de ano (início após as 16h00) 30 se reportam.
9- O piloto tem direito a um dia adicional de férias se faltar
Night-stop 31 de dezembro para 1 de janeiro* 25 justificadamente apenas dois dias no ano a que as férias se
reportam.
Dia 1 de janeiro (até às 16h00) 30 Cláusula 35.ª
Dia 1 de janeiro (início após 16h00) 10 Compensação por trabalho prestado em dia de feriado
1- Nos termos da regulamentação interna aplicável, os pi-
* A pontuação de night stop visa pontuar o facto de o tripulante per- lotos têm direito a nove dias de calendário por ano para a
noitar em hotel. Será atribuída cumulativamente com a restante pontuação
relativa aos períodos de serviço de voo efetuados. compensação do trabalho prestado em dias feriados.
4489
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 47, 22/12/2018
2- O processo de marcação dos dias de compensação por 3- O valor dia previsto no número anterior, através do qual
trabalho prestado em dias feriados seguirá o previsto na cláu- será aferida a pontuação de cada piloto, varia proporcional-
sula 36.ª mente em relação aos períodos mais ou menos solicitados;
4- A pontuação é atribuída sobre os dias de férias plane-
Cláusula 36.ª
ados.
Processo de marcação de férias 5- Sem prejuízo do disposto nos números anteriores, na
aferição da pontuação de cada piloto deverá ser observado
1- Ao processo de marcação de férias em cada ano civil é
o seguinte:
aplicável o presente regulamento.
a) De acordo com a tabela que consta do número seguinte,
2- O processo de marcação comporta as seguintes etapas:
deverá ser apurado e somado o valor dia de cada dia em que
a) Abertura do processo de marcação de férias;
o piloto se encontre de férias;
b) Levantamento do processo individual para marcação de
b) A contagem mencionada na alínea anterior incide sobre
férias;
o planeamento e inicia-se no primeiro dia em que o piloto
c) Entrega do formulário para marcação de férias;
esteja, por planeamento, de férias e termina no último dia em
d) Publicação do mapa definitivo de férias.
que o piloto esteja, por planeamento, de férias;
2- A marcação do período de férias deverá obedecer aos
c) Na contagem estabelecida pelas alíneas a) e b) incluem-
princípios da equidade e da oportunidade e, como tal, será
-se as folgas e feriados incluídos no período de férias;
atribuída a cada piloto uma pontuação de acordo com o pre-
d) O total encontrado, de acordo com o supra exposto,
visto na cláusula seguinte.
determina a pontuação de cada piloto relativamente a cada
Cláusula 37.ª período de férias, ou seja, a pontuação parcial;
e) A soma de todas as pontuações obtidas durante os pe-
Atribuição de pontuação ríodos de férias planeados para o ano, ou seja, a pontuação
1- Para aferir a pontuação de cada piloto o ano civil é di- total, será o valor da pontuação, que determinará a posição
vidido em quinzenas sendo, a cada uma delas, atribuído um relativa do piloto para a prioridade de atribuição de férias no
valor. próximo processo de marcação.
2- O valor a que se refere o número anterior é o resultado 6- As pontuações de cada quinzena ao longo do ano e dos
do produto por quinze do valor dia. respetivos valores dia são os seguintes:
Tabela de pontuação
7- O piloto poderá marcar períodos de férias, independen- 8- Nos dois primeiros anos na Portugália, isto é, no ano
temente do número de dias pretendidos inseridos em quinze- de admissão e ano seguinte, para o processo de marcação de
nas diferentes, pertencentes ou não ao mesmo mês, sendo a férias, serão atribuídas aos pilotos idênticas pontuações às
sua pontuação reflexo dos respetivos valores dia atribuídos do elemento detentor da mais alta pontuação, pertencente à
a cada dia. mesma categoria.
4490
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 47, 22/12/2018
9- Sem prejuízo do disposto no número 4, se as férias pla- setembro, os formulários para a marcação de férias, preen-
neadas forem alteradas por solicitação da Portugália, a pon- chidos com os períodos em que pretendem gozar férias no
tuação será revista, na parte que foi objeto de alteração, e terá ano seguinte.
em conta os períodos de férias efetivamente gozados. 2- Deverá ser elaborado o registo da entrega do formulá-
10- Caso, nos termos do número anterior da presente cláu- rio, onde constará a data de entrega, assim como a assinatura
sula, não seja operacionalmente possível proceder à revisão do piloto.
de pontuação no ano em que ocorre a alteração de férias, a 3- Excecionado o previsto na cláusula 43.ª, a falta de en-
mesma será tida em consideração no ano seguinte. trega, até à data prevista, pelo piloto do formulário para a
marcação de férias, confere ao GPE o direito de proceder
Cláusula 38.ª
oficiosamente à respetiva marcação.
Abertura do processo de marcação de férias Cláusula 41.ª
1- Anualmente, e a partir do dia 15 de setembro, a
Portugália deverá proceder à ampla divulgação da abertura Critérios para a marcação de férias
do processo de marcação de férias. 1- Em caso de igualdade de pontuação a posição relativa
2- Na divulgação referida no número anterior terá que dos pilotos será definida por ordem de antiguidade na cate-
constar o local onde os pilotos deverão levantar o seu pro- goria e, em caso de igualdade desta, por ordem de antigui-
cesso individual de marcação de férias, assim como uma re- dade na Portugália e, se ainda subsistir a igualdade, determi-
ferência à data limite para o mesmo processo, definida pelo nará a atribuição das férias a data mais antiga de entrega do
número 1 da cláusula seguinte. formulário para a marcação de férias.
3- Simultaneamente a Portugália deverá afixar na sala dos 2- Aos pilotos casados ou em união de facto, e que soli-
tripulantes os mapas das pontuações para cada categoria, e citem o gozo de férias em conjunto, a posição relativa de
onde deverão constar as seguintes informações: ambos será definida pela pontuação do cônjuge com maior
a) Nome de guerra, número Portugália e respetiva pontua- pontuação.
ção, parcial e total, especificada por ano, relativa aos últimos 3- Sempre que possível operacionalmente, e desde que não
dois anos; sejam violadas quaisquer das prioridades acima estabeleci-
b) O quadro deverá ser elaborado por ordem decrescente das, o GPE deverá atribuir períodos de férias em conjunto
de pontuação. aos pilotos que o solicitem.
4- A falta de cumprimento, por parte do Gabinete de Pla- 4- O piloto que, dentro da área de voo, mude de categoria
neamento de Escalas (GPE), do prazo previsto no número 1 adquirirá, nesse ano e no seguinte, a pontuação mais elevada
implica a prorrogação proporcional dos prazos estipulados detida pelos elementos dessa categoria, perdendo a pontua-
nas cláusulas 39.ª e 40.ª ção detida na anterior categoria.
Cláusula 39.ª Cláusula 42.ª
Processo individual de marcação de férias Publicação do mapa definitivo de férias
1- Os pilotos em serviço de voo poderão levantar os res- 1- Até ao dia 30 de outubro será divulgado o mapa de fé-
petivos processos para marcação de férias a partir do dia 15 rias provisório.
de setembro e terão de os entregar até ao dia 30 de setembro. 2- Após a publicação do mapa provisório decorrerá um pe-
2- Excecionado o previsto na cláusula 43.ª, o não levanta- ríodo de quinze dias, durante o qual os pilotos que se consi-
mento do respetivo processo pelos pilotos, até à data definida derarem preteridos poderão apresentar reclamações.
no número anterior, não prejudica a data limite para a de- 3- O GPE divulgará, até ao dia 30 de novembro, o mapa
volução dos mesmos, estabelecida no número 1 da cláusula definitivo de férias dos pilotos para o ano seguinte.
seguinte. 4- Os mapas deverão ser publicados por categoria.
3- O processo individual dos pilotos para a marcação de 5- Sempre que exista qualquer alteração, inclusão ou rati-
férias deverá ser constituído por: ficação do quadro publicado, este deverá ser atualizado após
a) Formulário em vigor na Portugália para a marcação de o conhecimento das situações que provoquem as referidas
férias; modificações.
b) Informação relativa ao número de pilotos que, em mé-
dia e sem prejuízo do previsto no número 7 da cláusula 37.ª, Cláusula 43.ª
poderão gozar férias durante um determinado período;
Entrega tardia do formulário para a marcação de férias
4- No formulário deverá constar:
a) Nome de guerra e número Portugália; 1- Os pilotos que se encontrem de férias ou ausentes entre
b) Pontuação, total e parcial especificada por ano, relativa 15 e 30 de setembro deverão observar o seguinte procedi-
aos últimos dois anos. mento:
a) O piloto deverá levantar o seu processo individual de
Cláusula 40.ª marcação de férias até três dias após o regresso ao serviço
de voo;
Entrega do formulário para marcação de férias
b) O piloto deverá devolver, até oito dias após o levanta-
1- Os pilotos deverão entregar no GPE, até ao dia 30 de
4491
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 47, 22/12/2018
mento do processo individual de marcação de férias, o for- pilotos devem requerer os seus períodos de ausência relacio-
mulário para a marcação de férias; nados com direitos parentais com trinta dias de antecedência
c) Após a entrega do formulário para a marcação de férias, face à publicação da escala, exceto quando ocorrerem cir-
o GPE terá quinze dias para comunicar ao piloto os períodos cunstâncias excecionais devidamente justificadas.
de férias definitivos. 4- Os pilotos deverão informar a empresa sobre a data pre-
2- A entrega tardia do formulário para a marcação de fé- vista do parto logo que possível, bem como indicar os deta-
rias, de acordo com o previsto nesta cláusula, não prejudica lhes acerca de como a licença parental irá ser gozada.
as prioridades estabelecidas na cláusula 41.ª
Cláusula 47.ª
Cláusula 44.ª
Maternidade e regresso ao trabalho
Períodos de ausência Durante o período de gravidez as pilotos beneficiarão das
1- Os pilotos filiados no SIPLA poderão ausentar-se do tra- regalias e prerrogativas legalmente previstas.
balho nos termos previstos na lei portuguesa para efeitos de
Cláusula 48.ª
gozo de direitos parentais, por morte de familiar, pelo regi-
me de trabalhador-estudante, para assistência à família, por Vigência
casamento, entre outras causas especificamente previstas na
1- O presente regulamento produz efeitos a 1 de novem-
lei.
bro de 2018 substituindo toda a regulamentação interna da
2- O pagamento de períodos de ausência será efetuado con-
Portugália que com ele esteja em contradição, e mantém-se
forme as disposições da lei portuguesa, quer tal pagamento
em vigor pelo período de vigência do acordo de empresa
seja devido pela Portugália, quer pelo sistema de Segurança
(AE) que, como anexo, integra.
Social ou através de seguro.
2- O disposto no número 3 da cláusula 23.ª do presente
3- Para prevenir e minimizar a perturbação operacional, e
Regulamento apenas produz efeitos a partir de 1 de janeiro
exceto quando se verificarem situações extraordinárias que
de 2019.
devam ser devidamente justificadas, o piloto deverá requerer
a sua ausência motivada pelas razões anteriores com uma
antecedência mínima de trinta dias em relação à publicação ANEXO III
da escala.
4- Os pilotos que requeiram dias de estudo deverão, sem- Regulamento de Remunerações, Reformas e
pre que possível, informar a Portugália, no início do ano Garantias sociais (RRRGS)
escolar, que se encontram a frequentar estabelecimento de
ensino e fornecer os seguintes documentos: Cláusula 1.ª
a) Documento comprovativo da matrícula emitido pelo es-
Âmbito
tabelecimento de ensino;
b) Calendário de exames. O regulamento de remunerações, sem prejuízo da legis-
lação aplicável que disponha ou venha a dispor em sentido
Cláusula 45.ª mais favorável, tem por objeto a regulamentação do regime
salarial, das garantias sociais e da aposentação, reformas e
Licença de casamento
garantias sociais dos pilotos da Portugália - Companhia Por-
1- Os pilotos têm direito a licença de casamento com du- tuguesa de Transportes Aéreos, SA (adiante Portugália, em-
ração de quinze dias consecutivos por ocasião do casamento presa ou companhia), fazendo parte integrante do acordo de
civil. empresa (AE) celebrado entre a Portugália e o SIPLA - Sin-
2- As datas de início e termo da ausência são flexíveis des- dicato Independente de Pilotos de Linhas Aéreas, conforme
de que a licença abranja a data do casamento civil. previsto no 2 alínea c) da cláusula 49.ª do AE.
3- Esta licença não está incluída no período de férias anu-
al e deverá ser solicitada com uma antecedência mínima de Cláusula 2.ª
trinta dias antes da publicação da escala.
Conceito e pagamento da retribuição
4- O piloto deverá entregar o respetivo certificado oficial
no prazo máximo de trinta dias após o casamento civil. 1- Considera -se retribuição aquilo a que nos termos da lei
e deste regulamento o piloto tem direito como contrapartida
Cláusula 46.ª do trabalho.
2- A retribuição será paga por transferência bancária até ao
Direitos parentais
último dia útil do mês a que respeita.
1- Os pilotos têm os direitos parentais previstos na lei por- 3- Como prova do pagamento da retribuição mensal será
tuguesa. entregue ao piloto um documento de onde conste:
2- O pagamento de períodos de licença relacionados com a) A identificação da companhia;
direitos parentais será aplicado conforme as disposições da b) O nome completo do piloto, assim como o seu número
lei portuguesa. de companhia;
3- Para evitar ou minimizar perturbação operacional os c) O número de inscrição na instituição de segurança so-
4492
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 47, 22/12/2018
4493
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 47, 22/12/2018
4494
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 47, 22/12/2018
Deslocações às instalações da portugália, desde nais, e que garantirá após a verificação da situação de refor-
que expressamente ordenadas por esta com o ma por velhice ou invalidez que lhe deu origem, e de acordo
- 100 %
objetivo do desempenho de atividade integrada com a opção do beneficiário, exercida nos termos da lei e
na esfera das obrigações laborais
do contrato constitutivo, o recebimento pelo piloto do va-
Espera entre o final de um serviço e uma etapa lor capitalizado na sua conta individual ou a compra de uma
sem funções específicas a bordo (extra-crew)
durante todo o serviço de voo, seguida de
- 50 % pensão vitalícia à data em que o piloto requerer a passagem
período de descanso à reforma.
2- Até à efetiva disponibilização do fundo ou seguro es-
f) As situações referidas em cada alínea d) do número 3, tipulado no número 1, a Portugália não se irá opor a manu-
não são cumulativas entre si, prevalecendo as que correspon- tenção em vigor, durante a vigência do presente regulamen-
dam ao maior valor apurado; to, nas mesmas condições, do fundo de pensões atualmente
g) Os plafonds mensais e anuais são definidos conforme existente.
estabelecido no anexo A3; 3- O regime instituído é de contribuição definida no mon-
h) Em caso de indisponibilidade do piloto, estes plafonds tante de 7,5 % da remuneração base prevista na cláusula 3.ª
serão reduzidos por dia de indisponibilidade, nos termos do do presente regulamento e incide 14 vezes por ano.
anexo A3 e para os casos a seguir descritos: 4- A Portugália suporta 80 % da contribuição definida pre-
Redução dos plafonds para os casos Mensal Anual vista nesta cláusula e deduz os 20 % remanescentes na remu-
Licença parental inicial Sim Sim
neração do piloto, entregando a totalidade da contribuição
definida, mensalmente, à entidade gestora do fundo ou da
Licença parental exclusiva do pai Sim Sim
apólice, conforme determinado no contrato constitutivo do
Falta justificada Sim Sim fundo.
Pilotos admitidos no decurso do ano Não Sim
Cláusula 16.ª
Redução de atividade ou suspensão do contrato
Não Sim
de trabalho
Seguros
Férias e dias de compensação Sim Não
1- A Portugália garantirá aos pilotos, enquanto se manti-
i) As horas que excedam os plafonds mensais de horas de verem ao seu serviço, ou aos beneficiários por eles indica-
trabalho (duty-pay) ou de horas de voo (block-pay), conta- dos, um seguro cobrindo os riscos de morte, incapacidade
bilizadas nos termos desta cláusula, serão pagas no mês se- permanente ou perda de licença de voo, reconhecida pela
guinte à excedência pelo valor que for economicamente mais autoridade aeronáutica competente, resultante de doença ou
favorável para o tripulante; acidente, inerente, ou não, à prestação de trabalho, de acordo
j) As horas que excedam os plafonds anuais de horas de com os valores correspondentes previstos na tabela constan-
trabalho (duty-pay) ou de horas de voo (block-pay), conta- te no anexo A4.
bilizadas nos termos desta cláusula, serão consideradas pelo 2- Caso a apólice de seguro contratada contenha limites
valor que em cada ano for economicamente mais favorável máximos de indemnização, a Portugália suportará o diferen-
para o tripulante, sendo deduzido o acumulado de pagamen- cial entre aquele limite e o valor resultante da aplicação do
tos relativos a excedências de plafonds mensais efetuados número anterior.
ao piloto ao longo do ano. Caso a diferença entre o valor 3- A Portugália garantirá ainda aos pilotos, enquanto se
anual calculado e a totalidade dos pagamentos mensais já mantiverem ao seu serviço, um seguro de saúde de acordo
efetuados e/ou devidos seja positiva, ou seja, favorável ao com o que a cada momento estiver em vigor na companhia
piloto, o saldo assim apurado será pago juntamente com o para os seus funcionários.
processamento de salários do mês de março. 4- Para efeitos do disposto no número anterior, a
Cláusula 14.ª Portugália obriga-se com efeitos ao início do inverno IATA
de 2018/2019 a proceder à extensão das condições da apó-
Infantário lice do seguro de saúde aplicável à TAP ao PNT de forma a
1- Sempre que haja vagas, a Portugália garante a todos os que os pilotos da Portugália passem a usufruir das mesmas
pilotos da empresa, a utilização do infantário TAP em Lis- condições previstas no seguro de saúde dos pilotos da TAP.
boa, de acordo com as prioridades e condições definidas pela 5- No âmbito de seguro de grupo existente ou na sequência
TAP. da contratação individual que se lhe possa suceder, os pilotos
2- Se, aquando do pedido dos pilotos interessados, não da Portugália que passarem à situação de reforma terão aces-
existirem vagas para acesso ao infantário, estes ficarão em so a seguro de saúde nos termos e nas condições definidas
lista de espera de acesso organizada por ordem cronológica para os pilotos reformados da TAP, desde que suportando os
de pedidos. respetivos custos e encargos.
4495
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 47, 22/12/2018
formação, não se encontrar abrangidos pelas restantes cláu- ganização do Trabalho na Portugália e pela antiguidade de
sulas deste regulamento (RRRG). serviço de cada piloto e restante PN consoante a capacidade
2- Durante esse período de formação auferirão o salário do aeroporto da base atribuída de cada piloto.
mínimo nacional em vigor a cada momento. 3- Quaisquer alterações à propriedade ou às características
3- Considera-se como terminado o período de formação o dos veículos deverão ser comunicadas à Portugália, exceto
dia seguinte ao da largada em linha individual, passando nes- quando o piloto, predominantemente, utilizar veículos de
sa data a ser aplicado a totalidade deste regulamento. aluguer ou outros de utilização temporária, facto que deve
ser comunicado à empresa.
Cláusula 18.ª
4- Os condutores deverão estacionar somente nas áreas de-
Atribuição de parque automóvel limitadas para o efeito.
5- Em caso de parqueamento indevido ou avaria dos veí-
1- A Portugália disponibilizará parque automóvel para uso
culos, os custos de reboque ou de remoção serão da respon-
dos seus pilotos.
sabilidade exclusiva do piloto.
2- A distribuição dos lugares de parqueamento automó-
6- O estacionamento nos parques corre por conta e risco
vel será feita de acordo com a hierarquia de serviço no que
do piloto e a Portugália não poderá ser responsabilizada por
diz respeitos aos comandantes, prevista na cláusula 12.ª do
quaisquer danos ou perda de propriedade.
Regulamento de Enquadramento e das Bases Gerais da Or-
Tabelas remuneratórias
ANEXO A1
Remunerações fixas
Remuneração base mensal (RBM)
Tabela de 2017 (Referência)
Vencimento
Categoria Base (VB) Anuidades Técnicas
Diuturnidades
4496
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 47, 22/12/2018
ANEXO A2
2018 2019 e seguintes
Block T-Pay e Duty T-Pay
Redução por dia 3:53 3:45
1- Para o pagamento de VH a companhia adota os seguin-
tes valores de Block T-Pay e Duty T-Pay:
ANEXO A3
2018 2019 e seguintes
Remunerações variáveis
Block 76:00
Plafond mensal I. Vencimento horário
Duty 140:00 135:00
VH (Block) VH (Dutty)
Block 720:00 Categoria (2,4% do VB) (1,8% do VB)
Plafond anual
Duty 1350:00 1300:00 Comandante 127,76 95,82
Piloto Sénior 93,57 70,18
2- Nos casos de faltas justificadas, o Duty T-Pay anual e
mensal será reduzido das seguintes formas: 1º Piloto 80,49 60,37
a) Plafond anual de Duty corrigido = PA - n x (PA/365) x (350/365) Co-Piloto 80,49 60,37
Em que PA corresponde ao plafond anual de Duty T-Pay –– O valor hora (block) encontra-se indexado ao venci-
e n o número de dias de ausência justificada: mento base, numa percentagem de 2,4 % do mesmo.
–– O valor hora (duty) encontra-se indexado ao vencimen-
to base, numa percentagem de 1,8 % do mesmo.
2018 2019 e seguintes
–– Os valores hora (block e duty) da categoria «Co-piloto»
são indexados, respetivamente, aos valores hora (block e
Redução por dia 3:33 3:25
duty) da categoria «1.º piloto».
a) Plafond mensal de Duty corrigido = PM - n x (PM/30) x (25/30) II. Per diem 2018-2022:
Em que PM corresponde ao plafond mensal de Duty
Per Diem 1 Per Diem 2
T-Pay e n o número de dias de ausência justificada:
Comandante 25,00 € 75,00 €
Oficial piloto 20,00 € 65,00 €
4497
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 47, 22/12/2018
ANEXO A4
Idade Número de salários por morte Número de salários por perda de licença
18 a 23 60
24 59
25 58
26 57
27 56
28 55
29 53,5
30 52
31 45 50,5
32 49
33 47,5
34 46
35 44,5
36 43
37 41,5
38 40
39 38,5
40 37
41 35,5
42 34
40
43 32,5
44 31
45 29,5
46 28
47 26,5
48 40 25
49 23,5
50 22
4498
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 47, 22/12/2018
51 20,5
52 19
53 17,5
54 16
55 14,5
56 13
57 11,5
35
58 10
59 8,5
60 7
61 5,5
62 4
63 2,5
64 1
4499
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 47, 22/12/2018
quadro de pilotos necessário para a base operacional, deverá 3- O preenchimento por voluntariado das vagas existentes,
ainda especificar o equipamento afeto à base operacional e quando contribua para se atingir o desejável equilíbrio entre
função dos Pilotos a colocar e as datas previstas de colo- o número de comandantes e oficiais pilotos, será efetuado
cação, de forma a garantir a manutenção ou consecução do num prazo máximo de dois meses após a data definida no
equilíbrio desejado entre o número de comandantes e oficiais plano a que alude o número 1 e 2 da cláusula 6.ª
pilotos nela colocados. 4- Quando, por via do plano, houver aumento do número
3- Para efeitos da criação de uma base operacional, a de vagas na base operacional, a Portugália poderá optar por
Portugália deve publicar antecipadamente o respetivo plano, calendarizar de forma faseada as transferências, de modo a
o qual deverá conter o quadro inicial de vagas disponíveis garantir o respeito do princípio de equilíbrio constante da
por função e equipamento, assim como as datas previstas de parte final da cláusula 6.ª, número 2, dando desse facto co-
colocação. nhecimento aos pilotos interessados.
4- Os pilotos interessados manifestarão, por escrito, as 5- A data de colocação na base operacional é a data do
suas opções até ao final do mês seguinte à publicação do primeiro voo efetuado na base operacional.
plano referido no número anterior. 6- As regras previstas nos números anteriores não serão
5- Compete exclusivamente à Portugália, ao abrigo do seu aplicáveis nos casos de provimento externo das vagas exis-
poder discricionário e pré-contratual, avaliar e decidir sobre tentes.
a oportunidade de constituir, manter, redimensionar e encer-
Cláusula 9.ª
rar bases operacionais, bem como determinar a política de
recrutamento de recursos humanos, com respeito pelos prin- Critérios de preferência no preenchimento de vagas em regime de
cípios delineados ao abrigo do presente regulamento em sede voluntariado
de recrutamento interno, e respetivos quantitativos, sempre 1- Gozarão de preferência na colocação na base operacio-
sem prejuízo da prerrogativa de recurso ao recrutamento ex- nal onde sejam declaradas as vagas os pilotos que tenham
terno. sido anteriormente transferidos dessa base operacional para
Cláusula 7.ª outra base por decisão unilateral da Portugália, desde que,
nesse sentido, e com a devida oportunidade, manifestem a
Redução do quadro da base operacional sua vontade.
1- A decisão da redução do número de vagas do quadro de 2- O exercício do direito de preferência previsto no núme-
pilotos deve ser objeto de informação ao SIPLA, caso este ro anterior atenderá, em condições de igualdade, à ordenação
o solicite por escrito ao abrigo do respetivo direito à infor- dos candidatos de acordo com os seguintes critérios de de-
mação. sempate, sucessivos e subsidiários:
2- Sempre que a redução de vagas referida no número an- a) Maior antiguidade do pedido, devendo este ser renova-
terior ocorrer no contexto de procedimento de cessação do do anualmente, no período assinalado no número 1 da cláu-
contrato de trabalho por extinção do posto de trabalho ou de sula 6.ª;
despedimento coletivo, a Portugália obriga-se a desenvolver b) Maior antiguidade na base operacional de origem;
todos os esforços no sentido da afetação dos recursos exce- c) Maior antiguidade de serviço;
dentários a outras bases, desde que ali haja disponibilidade d) Maior antiguidade de empresa.
de posto de trabalho compatível com a categoria profissional 3- Os pedidos formulados em data anterior à entrada em
do trabalhador piloto, e observando, nesse caso, os critérios vigor deste regulamento considerar-se-ão abrangidos pela
de preferência enunciados na cláusula 9.ª do presente regula- alínea a) do número anterior, sendo a antiguidade contabili-
mento, na condição, porém, de o piloto acordar em suportar zada desde a data de apresentação do pedido.
todos os encargos da transferência devendo esta ocorrer ex- Cláusula 10.ª
clusivamente por conta do trabalhador piloto.
Preenchimento de vagas por decisão unilateral da empresa
Cláusula 8.ª
1- Não sendo preenchidas todas as vagas de colocação
Preenchimento de vagas e colocação em bases operacionais por numa base operacional em regime de voluntariado a coloca-
recrutamento interno ção de pilotos ocorrerá por decisão unilateral da Portugália.
1- A colocação de pilotos numa base operacional pressu- 2- Para efeitos do disposto no número anterior e salvo
põe a existência de vagas, de acordo com o plano publicado avaliação técnica em contrário relativamente a exigências
para a função e equipamento a que o piloto pertence, proces- ditadas pela necessidade de adequação dos respetivos perfis
sando-se por acordo segundo o regime de voluntariado ou profissionais à função, as vagas existentes serão preenchidas,
por decisão unilateral da Portugália, nos termos previstos nas preferencialmente, pelo piloto que mais recentemente tenha
cláusulas seguintes. iniciado o curso de entrada na Portugália até ao mais antigo,
2- As colocações numa base operacional são feitas prio- e até que todas as vagas estejam preenchidas.
ritariamente em regime de voluntariado, só havendo lugar a 3- No âmbito do previsto nos números anteriores, é ga-
decisão unilateral da Portugália se não se verificar o preen- rantido ao SIPLA, de acordo com a legislação em vigor, o
chimento completo do quadro naquele regime. direito à informação.
4500
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 47, 22/12/2018
4501
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 47, 22/12/2018
Acordo de empresa entre o Metropolitano de Lis- Federação Portuguesa dos Sindicatos do Comércio, Escritó-
boa, EPE e a Federação dos Sindicatos de Transpor- rios e Serviços, o SQTD - Sindicato dos Quadros e Técnicos
tes e Comunicações - FECTRANS e outros - de Desenho e o STMETRO - Sindicato dos Trabalhadores
Alteração salarial e outras do Metropolitano de Lisboa acordaram em negociações di-
retas alterar as cláusulas 1.ª, 2.ª e o anexo III e anexo VI do
acordo de empresa que obriga, por um lado, o Metropolitano
Texto integral consolidado do acordo de empresa aplicá-
de Lisboa, EPE e, por outro, os trabalhadores ao seu serviço
vel à generalidade dos trabalhadores publicado no Boletim
filiados nas associações sindicais outorgantes.
do Trabalho e Emprego, n.º 47, de 22 de dezembro de 2016
e primeira revisão parcial ao texto consolidado em 2016 no Cláusula 1.ª
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 29, de 8 de agosto de
2017. Área e âmbito
1- (Redação igual.)
Segunda revisão parcial ao texto consolidado em 2016 2- (Redação igual.)
3- Este AE abrange esta entidade empregadora e 1226 tra-
Aos 12 dias do mês de novembro de 2018, o Metropoli- balhadores.
tano de Lisboa, EPE e a Federação dos Sindicatos de Trans-
portes e Comunicações - FECTRANS/CGTP-IN, o STTM Cláusula 2.ª
- Sindicato dos Trabalhadores da Tracção do Metropolitano
Vigência
de Lisboa, o SINDEM - Sindicato da Manutenção do Metro-
politano, o SITRA - Sindicato dos Trabalhadores dos Trans- Com exceção da tabela salarial e todas as cláusulas com
portes, o SITESE - Sindicato dos Trabalhadores e Técnicos expressão pecuniária que têm uma vigência não superior a
de Serviços, Comércio, Restauração e Turismo, a FEPCES - 12 meses, reportada a 1 de janeiro de cada ano, o presente
acordo manter-se-á em vigor até 31 de dezembro de 2022.
ANEXO III
Categorias profissionais:
Mapas de categorias profissionais não chefias e de chefias
Mapa de integração de categorias não chefias no regulamento de carreiras
Tabela de integração de carreiras abertas
4502
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 47, 22/12/2018
A3 A4 C6
B3 B6 D6
8 1 242,00 € 1 257,00 €
C3 E6
D5
A2 A3 C5
B2 B5 D5
7 1 180,00 € 1 195,00 €
C2 E5
D4
A1 - Maquinista A2 C4
A1 - Maquinista manobras B4 D4
6 1 106,50 € 1 121,50 € B1 - Fiscal E4
C1 - Operador comercial F6
D3
D2 A1 - Técnico electrónica C3
B3 D3
5 1 062,50 € 1 077,50 €
E3
F5
D1 - Agente tráfego B2 C2
D2
4 1 032,00 € 1 047,00 €
E2
F4
B1 - Oficial (serralheiro C1 - Técnico auxiliar
mecânico, C1 - Técnico administrativo
electricista, C1 - Desenhador
electromecânico, pintor, D1 - Motorista CG
torneiro mecânico, E1 - Motorista
3 1 006,50 € 1 021,50 €
estofador, F3
carpinteiro, pedreiro,
canalizador,
soldador, ferramenteiro)
B1 - Oficial via
2 986,00 € 1 001,00 € F2
1 967,50 € 982,50 € F1 - Auxiliar serviços
Mapa de evolução das categorias profissionais não Mapa de integração de categorias no regulamento de
chefias carreiras
(Redação igual.) (Redação igual.)
4503
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 47, 22/12/2018
Tabela de integração de carreiras abertas STTM - Sindicato dos Trabalhadores da Tracção do Me-
tropolitano de Lisboa:
(Redação igual.)
José Manuel da Silva Marques, na qualidade de manda-
ANEXO VI tário.
José Augusto Ferreira Rodrigues, na qualidade de man-
Tabelas salarias de categorias de não chefias e de datário.
chefias SINDEM - Sindicato da Manutenção do Metropolitano:
Tabela salarial de categorias não chefias José Carlos Estêvão Silveira, na qualidade de mandatá-
rio.
Nível Vencimento a 1/1/2018 Vencimento a 1/7/2019 SITRA - Sindicato dos Trabalhadores dos Transportes:
14 1 908,50 1 923,50
Nuno Ricardo Alves Fonseca, na qualidade de manda-
13 1 731,50 1 746,50 tário.
12 1 586,50 1 601,50
SITESE - Sindicato dos Trabalhadores e Técnicos de
11 1 477,50 1 492,50 Serviços, Comércio, Restauração e Turismo:
10 1 387,00 1 402,00
José Augusto Santos, na qualidade de mandatário.
9 1 304,00 1 319,00
8 1 242,00 1 257,00 FEPCES - Federação Portuguesa dos Sindicatos do Co-
mércio, Escritórios e Serviços:
7 1 180,00 1 195,00
6 1 106,50 1 121,50 Anabela Paulo Silva Carvalheira, na qualidade de man-
5 1 062,50 1 077,50
datário.
Paulo Jorge Machado Ferreira, na qualidade de man-
4 1 032,00 1 047,00
datário.
3 1 006,50 1 021,50 João Paulo Gomes Henriques, na qualidade de manda-
2 986,00 1 001,00 tário.
1 967,50 982,50
SQTD - Sindicato dos Quadros e Técnicos de Desenho:
Anabela Paulo Silva Carvalheira, na qualidade de man-
Tabela salarial de categorias de chefias
datário.
Carreira Paulo Jorge Machado Ferreira, na qualidade de man-
Operações e datário.
Manutenção Técnica/apoio
comercial João Paulo Gomes Henriques, na qualidade de manda-
Nível
a a a a a a tário.
1/1/2018 1/7/2019 1/1/2018 1/7/2019 1/1/2018 1/7/2019
2 1 878,00 1 893,00 1 878,00 1 893,00 1 878,00 1 893,00
STMETRO - Sindicato dos Trabalhadores do Metropoli-
tano de Lisboa:
1 1 704,50 1 719,50 - -
Carlos Carrilho de Macedo, na qualidade de mandatário.
Lisboa, 12 de novembro de 2018. Luís Miguel Patrocínio Gomes Fernandes, na qualidade
de mandatário.
Metropolitano de Lisboa, EPE:
Vitor Manuel Domingues dos Santos, na qualidade de Declaração
presidente do conselho de administração. Pela Federação dos Sindicatos de Transportes e Comu-
Luís Carlos Antunes Barroso, na qualidade de vogal do nicações - FECTRANS/CGTP-IN, em representação dos se-
conselho de administração. guintes sindicatos:
Maria Helena Arranhado Carrasco Campos, na qualida-
de de vogal do conselho de administração. STRUP - Sindicato dos Trabalhadores de Transportes
Rodoviários e Urbanos de Portugal;
Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunica- STRUN - Sindicato dos Trabalhadores de Transportes
ções - FECTRANS/CGTP-IN: Rodoviários e Urbanos do Norte;
Anabela Paulo Silva Carvalheira, na qualidade de man- SNTSF - Sindicato Nacional dos Trabalhadores do Sec-
datário. tor Ferroviário;
Paulo Jorge Machado Ferreira, na qualidade de man- SIMAMEVIP - Sindicato dos Trabalhadores da Marinha
datário. Mercante, Agências de Viagens, Transitários e Pesca;
João Paulo Gomes Henriques, na qualidade de manda- OFICIAISMAR - Sindicato dos Capitães, Oficiais Pilo-
tário. tos, Comissários e Engenheiros da Marinha Mercante;
STFCMM - Sindicato dos Transportes Fluviais, Costei-
4504
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 47, 22/12/2018
4505
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 47, 22/12/2018
Maria Helena Arranhado Carrasco Campos, na qualida- Acordo de adesão entre a SPdH - Serviços Portu-
de de vogal do conselho de administração. gueses de Handling, SA e o STAMA - Sindicato dos
SENSIQ - Sindicato de Quadros e Técnicos: Trabalhadores dos Aeroportos, Manutenção e Avia-
ção ao acordo de empresa entre a mesma empresa
Rodolfo Frederico Beja de Lima e Knapič, na qualidade
e o STHA - Sindicato dos Técnicos de Handling de
de mandatário.
Aeroportos e outro
FE - Federação dos Engenheiros:
Cândida Maria Borges, na qualidade de mandatário. Nos termos e para os efeitos do disposto no artigo 504.º
João José Bento Silva Fernandes, na qualidade de man- do Código do Trabalho, aprovado pela Lei n.º 7/2009, de 12
datário. de fevereiro e revisto pela Lei n.º 23/2012, de 25 de junho,
acordam a SPdH - Serviços Portugueses de Handling, SA
E em representação dos seguintes sindicatos: («SPdH») e o STAMA - Sindicato dos Trabalhadores dos
SERS - Sindicato dos Engenheiros Aeroportos, Manutenção e Aviação («STAMA»), entre si, na
SNEET - Sindicato Nacional dos Engenheiros, Enge- adesão deste sindicato ao acordo de empesa celebrado entre
nheiros Técnicos e Arquitectos: a SPdH - Serviços Portugueses de Handling, SA e o STHA -
Sindicato dos Técnicos de Handling de Aeroportos, publica-
Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunica- do, após revisão global, no Boletim do Trabalho e Emprego,
ções - FECTRANS/CGTP-IN: n.º 6, de 15 de fevereiro de 2012 («Acordo de Empresa»),
Anabela Paulo Silva Carvalheira, na qualidade de man- regendo-se o presente acordo de adesão pelas cláusulas se-
datário. guintes:
Paulo Jorge Machado Ferreira, na qualidade de man- Cláusula 1.ª
datário.
José Luís do Carmo dos Santos, na qualidade de man- O STAMA - Sindicato dos Trabalhadores dos Aeroportos,
datário. Manutenção e Aviação declara aderir ao acordo de empresa
celebrado entre a SPdH - Serviços Portugueses de Handling,
E em representação dos seguintes sindicatos: SA e o STHA - Sindicato dos Técnicos de Handling de Aero-
STRUP - Sindicato dos Trabalhadores de Transportes portos, publicado, após revisão global, no Boletim do Traba-
Rodoviários e Urbanos de Portugal. lho e Emprego, n.º 6, de 15 de fevereiro de 2012 («Acordo de
STRUN - Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Empresa» ou «AE 2012»), na versão que inclui a alteração
Rodoviários e Urbanos do Norte. salarial e outras decorrente do acordo de revisão das tabelas
SNTSF - Sindicato Nacional dos Trabalhadores do Sec- salariais de 2017 («ARTS 2018») ao referido acordo de em-
tor Ferroviário. presa, depositado em 12 de janeiro de 2018, a fl. 43 do livro
SIMAMEVIP - Sindicato dos Trabalhadores da Marinha n.º 12, com o n.º 7/2018 e publicada no Boletim do Trabalho
Mercante, Agências de Viagens, Transitários e Pesca. e Emprego, n.º 4, de 29 de janeiro de 2018.
OFICIAISMAR - Sindicato dos Capitães, Oficiais Pilo- Cláusula 2.ª
tos, Comissários e Engenheiros da Marinha Mercante.
STFCMM - Sindicato dos Transportes Fluviais, Costei- O STAMA - Sindicato dos Trabalhadores dos Aeropor-
ros e da Marinha Mercante. tos, Manutenção e Aviação, em representação dos seus asso-
STRAMM - Sindicato dos Trabalhadores de Transportes ciados aceita a aplicabilidade da convenção colectiva supra
Rodoviários da Região Autónoma da Madeira. identificada na versão referida cláusula anterior, sem qual-
SPTTOSH - Sindicato dos Profissionais dos Transportes, quer reserva e sem qualquer modificação do seu conteúdo.
Turismo e Outros Serviços da Horta. Cláusula 2.ª
SPTTOSSMSM - Sindicato dos Profissionais dos Trans-
portes, Turismo e Outros Serviços de São Miguel e Santa O presente acordo de adesão obriga por um lado a SPdH
Maria. - Serviços Portugueses de Handling, SA e por outro, os tra-
balhadores da SPdH que, à data da celebração do presente
Depositado em 10 de dezembro de 2018, a fl. 76 do livro acordo, se encontram filiados no STAMA - Sindicato dos
n.º 12, com o n.º 238/2018, nos termos do artigo 494.º do Trabalhadores dos Aeroportos, Manutenção e Aviação.
Código do Trabalho aprovado pela Lei n.º 7/2009, de 12 de Cláusula 3.ª
fevereiro.
Nos termos e para os efeitos do estabelecido no artigo
4506
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 47, 22/12/2018
DECISÕES ARBITRAIS
...
...
...
4507
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 47, 22/12/2018
JURISPRUDÊNCIA
...
ORGANIZAÇÕES DO TRABALHO
ASSOCIAÇÕES SINDICAIS
I - ESTATUTOS
...
II - DIREÇÃO
4508
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 47, 22/12/2018
4509
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 47, 22/12/2018
4510
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 47, 22/12/2018
Elísio Alexandre Caneira Mendes STPC Maria Etelvina Lopes Rosa Ribeiro STIV
Francisco António Gonçalves Encarnação STPC Maria Helena Cardinali da Silva STIHTRSC
Gerné de Aragão Martins STIHTRSC Maria Helena Rebelo dos Santos STAL
Isabel Margarida Paiva Sanches Nobre STFPSC Mariana Conceição Santos Rocha SINTAB
Isabel Maria Alves Romeiro Estrela STFPSC Orlando Batista Nunes SNTCT
José Alberto Sequeira Vieira STAL Pedro Miguel Jesus Pinho SITE-CSRA
José Joaquim Filipe Valentim STRUP Ricardo Jorge Bernardo Fernandes STAL
José Manuel Ribeiro João Paiva SPRC Ricardo Miguel Brízido Pereira STIV
Manuel da Cruz Lopes SPRC Sérgio Filipe Sousa Macedo SINTAB
Manuel Santos Pereira STAL Vanessa Alexandra Monteiro da Silva SINTAB
Vítor Manuel Marques Varela SITE-CSRA
ASSOCIAÇÕES DE EMPREGADORES
I - ESTATUTOS
APIP - Associação Portuguesa da Indústria de de Plásticos, o qual correu termos no Tribunal Judicial da
Plásticos - Nulidade parcial Comarca de Lisboa - Juízo do Trabalho de Lisboa - Juiz 5,
foi declarada a nulidade parcial da alteração de estatutos da
Por sentença proferida em 10 de outubro de 2018 e tran- associação, com publicação no Boletim do Trabalho e Em-
sitada em julgado em 5 de novembro de 2018, no âmbito prego, n.º 23, de 22 de junho de 2016 e no Boletim do Tra-
do processo n.º 13372/18.1T8LSB movido pelo Ministério balho e Emprego, n.º 26, de 15 de julho de 2017, relativa à
Público contra a APIP - Associação Portuguesa da Indústria nulidade do número 1 do artigo 23.º
II - DIREÇÃO
Associação Nacional dos Industriais de Conservas Associação Nacional das Indústrias de Duas Rodas,
de Peixe (ANICP) - Eleição Ferragens, Mobiliário e Afins - Eleição
Identidade dos membros da direção eleitos em 30 de ou- Identidade dos membros da direção eleitos em 27 de se-
tubro de 2018 para o mandato de três anos. tembro de 2018 para o mandato de dois anos.
Presidente - Fábrica de Conservas A. Poveira, SA, repre- Presidente - João Carlos Ribeiro Miranda, em representa-
sentada por António Sérgio Alves da Silva Real. ção da MIRANDA & IRMÃO, L.da
Diretor - Conserveira do Sul, L.da, representada por Jorge Vice-presidente - Vital Rodrigues de Almeida, em repre-
Damaso Jacinto Ferreira. sentação da CICLO-FAPRIL - Indústrias Metalúrgicas, SA.
Diretor - Santa Catarina Indústria Conserveira, SA, re- Vice-presidente - Miguel Ângelo Pereira dos Santos em
presentada por Rogério Paulo Lopes Soares Veiros. representação da MANUFACTURAS SANTOS, SA.
4511
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 47, 22/12/2018
1.º secretário - Miguel Ângelo Pereira São Bento, em re- Associação dos Hotéis e Empreendimentos
presentação da ITALBOX - Utilidades Domésticas, SA. Turísticos do Algarve (AHETA) - Retificação
2.º secretário - Joaquim António Cardoso Figueiredo da
Cunha, em representação da TUPAI - Fábrica de Acessórios No Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 43, de 22 de no-
Industriais, SA. vembro de 2018, foi publicada a identidade dos membros da
Tesoureiro - José Aleixo Lopes Santiago, em representa- direção da Associação dos Hotéis e Empreendimentos Tu-
ção da EPEDAL - Indústria de Componentes Metálicos, SA. rísticos do Algarve (AHETA), eleitos em 19 de outubro de
Vogal efectivo - Isabel Alexandra Rolo Gomes, em re- 2018, para o mandato de três anos, com inexatidão pelo que,
presentação da SRAMPORT - Transmissões Mecânicas, L.da assim se republica:
Vogal efectivo - Luís Enrique Gonçalves Santiago, em
representação da A. J. MAIAS, SA. Direção
Vogal efectivo - Pedro Jorge Pinto Oliveira de Araújo, Presidente - Elidérico Viegas - Pedras da Rainha, Activi-
em representação da POLISPORT - Plásticos, SA. dades Turísticas, SA.
Vice-presidente - Joel Pais - Solverde, SA.
Vice-presidente - Jorge Beldade - Marinotéis, SA.
Vice-presidente - José Queiroga Valentim - Pedras d´el
Associação Portuguesa de Fabricantes de Papel e Rei, SA.
Vice-presidente - Luís Correia Silva - Dom Pedro Golf,
Cartão (FAPEL) - Eleição
SA.
Vice-presidente - Martinho Fortunato - Marlagos - Inicia-
Identidade dos membros da direção eleitos em 26 de no- tivas Turísticas SA.
vembro de 2018 para o mandato de quatro anos. Vice-presidente - Pedro Lopes - Salvor, SA.
Presidente - RENOVA - Fábrica de Papel do Almonda, Vice-presidente - Reinaldo Teixeira - Garvetur, Agência
SA, representada por António Augusto de Andrade Tavares. Imobiliária, SA.
Vogal - PRADO CARTOLINAS DA LOUSÃ, SA, repre- Vice-presidente - Rúben Paula - Sociedade Turística da
sentada por Manuel Cavaco Guerreiro. Penina, SA.
Vogal - SERVISAN - Produtos de Higiene, SA, represen-
tada por João Paulo Gorjão Clara.
COMISSÕES DE TRABALHADORES
I - ESTATUTOS
4512
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 47, 22/12/2018
dos interesses dos trabalhadores da empresa e da intervenção b) Receber todas as informações necessárias ao exercício
democrática na vida empresa, visando o diálogo e a colabo- da sua atividade;
ração entre os órgãos de gestão e os trabalhadores ou seus c) Participar nos processos de reestruturação da empresa,
representantes. especialmente no tocante a ações de formação ou quando
Assume o compromisso de parceiro social, na procura ocorra alteração das condições de trabalho;
constante da valorização do individuo, como sendo a chave d) Participar na elaboração da legislação do trabalho, di-
para o sucesso da empresa, e no ambiente participativo do retamente ou por intermédio das respetivas comissões coor-
trabalho em equipa, reconhecendo assim a sua responsabili- denadoras;
dade social a longo prazo. e) Participar, diretamente ou por intermédio das comissões
2- A comissão de trabalhadores é independente de qual- coordenadoras às quais aderir, na elaboração e controlo da
quer organização ou estrutura sindical, mas cooperará com execução dos planos económico-sociais que contemplem o
as estruturas sindicais representativas dos trabalhadores da respetivo setor ou região;
OCS. f) Gerir ou participar na gestão das obras sociais da em-
presa;
Artigo 3.º
2- As subcomissões de trabalhadores podem:
Sede da comissão de trabalhadores a) Exercer os direitos previstos nas alíneas a), b), c) e d) do
número anterior, que lhes sejam delegados pelas comissões
A sede da comissão de trabalhadores da OCS, localiza-se
de trabalhadores;
na sede da empresa.
b) Informar a comissão de trabalhadores dos assuntos que
Artigo 4.º entenderem de interesse para a normal atividade desta;
c) Fazer a ligação entre os trabalhadores dos estabeleci-
Natureza da CT mentos e as respetivas comissões de trabalhadores, ficando
1- A comissão de trabalhadores da OCS, é o órgão demo- vinculadas à orientação geral por estas estabelecida.
craticamente eleito, investido e controlado pelo coletivo dos 3- No exercício das suas atribuições e direitos, a CT tem
trabalhadores para o exercício das atribuições, competências os seguintes deveres:
e direitos reconhecidos na Constituição da República, na lei a) Realizar uma atividade permanente e dedicada de or-
ou noutras normas aplicáveis e nestes estatutos. ganização de classe, de mobilização dos trabalhadores e do
2- Como forma de organização, expressão e atuação de- reforço da sua unidade;
mocrática dos trabalhadores, a CT exerce em nome próprio a b) Garantir e desenvolver a participação ativa e democrá-
competência e direitos referidos no número anterior. tica dos trabalhadores no funcionamento, direção, controlo
Artigo 5.º em toda a atividade do coletivo dos trabalhadores e dos seus
órgãos, assegurando a democracia interna a todos os níveis;
Composição, mandato c) Promover o esclarecimento e a formação cultural, técni-
1- A comissão de trabalhadores é constituída até ao nú- ca, profissional e social dos trabalhadores, de modo a permitir
mero máximo de membros autorizado pelo artigo 417.º do o desenvolvimento da sua consciência e a reforçar o seu empe-
Código do Trabalho, face ao número de trabalhadores da em- nhamento responsável na defesa dos seus interesses e direitos;
presa, e o mandato é de quatro anos. d) Exigir do órgão de gestão da empresa e de todas as en-
2- Em caso de renúncia, destituição ou perda de manda- tidades públicas competentes o cumprimento e aplicação das
to de um dos seus membros, a sua substituição faz-se pelo normas constitucionais e legais respeitantes aos direitos dos
elemento mais votado não eleito da lista a que pertencia o trabalhadores;
membro a substituir. e) Estabelecer laços de solidariedade e cooperação com as
3- Ocorrendo uma cessação de funções de todos os mem- comissões de trabalhadores de outras empresas e comissões
bros ou não sendo possível a substituição nos termos do nú- coordenadoras;
mero antecedente, ocorrerá nova eleição no prazo de sessen- f) Promover a melhoria das condições de vida dos traba-
ta dias, mantendo-se a CT cessante em funções até à tomada lhadores;
de posse da nova. g) Cooperar, na base do reconhecimento da sua indepen-
dência recíproca, com as organizações sindicais dos traba-
lhadores da empresa na prossecução dos objetivos comuns a
CAPÍTULO II
todos os trabalhadores;
h) Valorizar a participação cívica dos trabalhadores, a
Comissão de trabalhadores construção de uma sociedade mais justa e democrática, o fim
da exploração da pessoa pela pessoa e de todas as discrimi-
Artigo 6.º
nações.
Competências Artigo 7.º
1- Compete à CT, nomeadamente:
a) Defender os interesses profissionais e direitos dos tra- Controle de gestão
balhadores; 1- O controlo de gestão visa proporcionar e promover, com
4513
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 47, 22/12/2018
base na respetiva unidade e mobilização, a intervenção de- d) Situação contabilística da empresa compreendendo o
mocrática e o empenhamento responsável dos trabalhadores balanço, conta de resultados e balancetes trimestrais;
na vida da empresa em especial e do processo produtivo em e) Modalidades de financiamento;
geral, para a realização dos objetivos comuns à filosofia e f) Encargos fiscais e parafiscais;
interesses dos trabalhadores e da empresa. g) Projetos de alteração do objeto, do capital social e de
2- O controlo de gestão é exercido pela comissão de traba- reconversão da atividade da empresa.
lhadores da OCS, nos termos e segundo as formas previstas 4- As informações previstas neste artigo são requeridas,
na Constituição da República, na lei ou outras normas apli- por escrito, pela CT ou pelos seus membros ao conselho de
cáveis nestes estatutos. administração da empresa e a mesma fica obrigada a respon-
3- A competência da comissão de trabalhadores para o der nos termos da lei.
exercício do controlo de gestão não pode ser delegado nou- 5- O disposto no número anterior não prejudica nem subs-
tras entidades. titui as reuniões previstas no artigo 14.º, nas quais a CT tem
4- A empresa está proibida por lei de impedir ou dificultar direito a que lhe sejam fornecidos as informações necessá-
o exercício do controlo de gestão. rias à realização das finalidades que as justificam.
5- Tendo as suas atribuições e direitos por finalidade o con-
Artigo 11.º
trolo das decisões económicas e sociais da empresa e de toda
a atividade desta, a CT, em conformidade com a lei, conserva Obrigatoriedade do parecer prévio
a sua autonomia perante a empresa, não assume poderes de
1- A CT exigirá o direito de parecer prévio nas matérias e
gestão e, por isso, não se substituí técnica e funcionalmente
direitos que obrigatoriamente a lei lhe confere procurando
aos órgãos e hierarquia administrativa da empresa.
sempre a defesa dos interesses dos trabalhadores e nomea-
Artigo 8.º damente:
a) Regulação da utilização de equipamento tecnológico
Direitos instrumentais para vigilância a distância no local de trabalho;
Para o exercício das suas atribuições e competências, a b) Tratamento de dados biométricos;
comissão de trabalhadores da OCS, goza dos direitos previs- c) Elaboração de regulamentos internos da empresa;
tos nos artigos seguintes. d) Modificação dos critérios de base de classificação pro-
fissional e de promoções;
Artigo 9.º
e) Definição e organização dos horários de trabalho aplicá-
Reuniões com o órgão de gestão da empresa veis a todos ou a parte dos trabalhadores da empresa;
f) Elaboração do mapa de férias dos trabalhadores da em-
1- A CT tem o direito de reunir periodicamente com o con-
presa;
selho de administração da empresa para discussão e análise
g) Mudança de local de atividade da empresa ou do esta-
dos assuntos relacionados com o exercício das suas atribui-
belecimento;
ções.
h) Quaisquer medidas de que resulte ou possa resultar
2- As reuniões deverão ter lugar sempre que necessário
uma diminuição substancial do número de trabalhadores da
para os fins indicados no número anterior.
empresa ou agravamento substancial das suas condições de
3- Das reuniões referidas neste artigo é lavrada ata, assina-
trabalho e, ainda, as decisões suscetíveis de desencadear mu-
da por todos os presentes.
danças na organização de trabalho;
Artigo 10.º i) Encerramento de estabelecimentos;
j) Dissolução ou requerimento de declaração de insolvên-
Direito à informação cia da empresa.
1- Nos termos da Constituição da República e da lei, a CT 2- Os pareceres referidos serão emitidos na forma, tempo e
tem direito a que lhe sejam fornecidas todas as informações modo determinados pela lei.
necessárias ao exercício da sua atividade.
Artigo 12.º
2- Ao direito previsto no número anterior correspondem
legalmente deveres de informação, vinculando não só o ór- Competência e direitos para o exercício do controle de gestão pela
gão de gestão da empresa mas ainda todas as entidades pú- comissão de trabalhadores
blicas competentes para as decisões relativamente às quais a 1- Em especial, para a realização do controlo de gestão, a
CT tem o direito de intervir. CT exerce a competência e goza dos direitos e poderes se-
3- O dever de informação que recai sobre o órgão de ges- guintes:
tão da empresa abrange, entre outras, as seguintes matérias: a) Apreciar e emitir parecer sobre os orçamentos e planos
a) Planos gerais de atividade e orçamento; económicos da empresa, bem como acompanhar e fiscalizar
b) Previsão, volume e administração de vendas; a sua correta execução;
c) Gestão de pessoal e estabelecimento dos seus critérios b) Promover a adequada utilização dos recursos técnicos,
básicos, montante da massa salarial e sua distribuição pelos humanos e financeiros;
diferentes escalões profissionais, regalias sociais, mínimos c) Promover, junto dos órgãos de gestão e dos trabalhado-
de produtividade e grau de absentismo; res, medidas que contribuam para a melhoria da atividade da
4514
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 47, 22/12/2018
4515
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 47, 22/12/2018
Proteção legal
Perde o mandato o membro da comissão de trabalhadores
quem faltar injustificadamente a três reuniões seguidas ou seis
1- Os membros da comissão de trabalhadores, das subco- interpoladas num ano, aplicando-se o previsto no artigo 5.º
missões e das comissões coordenadoras gozam da proteção
legal prevista na lei. Artigo 31.º
2- Nenhum trabalhador da empresa pode ser prejudicado
Delegação de poderes entre membros da CT
nos seus direitos, nomeadamente de participar na constitui-
ção da comissão de trabalhadores, na aprovação dos estatu- 1- É permitido a qualquer membro da comissão de tra-
tos ou de eleger e ser eleito, designadamente por motivo de balhadores delegar noutro a sua representação para uma
idade ou função. reunião específica.
Artigo 25.º 2- Poderá ainda a delegação de poderes ser para o perío-
do de férias do representado, ou de impedimento de duração
Capacidade judiciária não superior a um mês.
1- A comissão de trabalhadores tem capacidade judiciária, 3- A delegação de poderes está sujeita a forma escrita, de-
podendo ser parte em tribunal para a realização e defesa dos vendo indicar-se expressamente os fundamentos, a identifi-
seus direitos e dos direitos dos trabalhadores que lhe compe- cação do representante e a indicação da reunião ou período
te defender. para que ela é válida.
2- A CT goza de capacidade judiciária activa e passiva, Artigo 32.º
sem prejuízo dos direitos e da responsabilidade individual de
cada um dos seus membros. Substituição de elementos da CT
3- Qualquer dos seus membros, devidamente credenciado, 1- Os elementos da comissão de trabalhadores podem, du-
pode representar a CT em juízo, sem prejuízo do disposto no rante o seu mandato, pedir a sua substituição temporária por
artigo 39.º um período mínimo de 3 meses e máximo de 18 por motivos
Artigo 26.º de doença, licença sem vencimento, suspensão de contrato
por sua iniciativa ou motivos de caracter pessoal.
Reuniões da comissão de trabalhadores
2- A substituição faz-se, por iniciativa da CT, nos termos
1- A CT reúne ordinariamente uma vez por mês. do ponto 2 do artigo 5.º
2- Pode haver reuniões extraordinárias sempre que:
Artigo 33.º
a) Ocorram motivos justificativos;
b) A requerimento do coordenador ou de pelo menos um Subcomissões de trabalhadores
terço dos membros, com prévia indicação da ordem de tra-
1- Poderão ser constituídas subcomissões de trabalhado-
balhos.
4516
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 47, 22/12/2018
res, nos termos da legislação em vigor. com estes estatutos, a mesma é constituída, nos termos da
2- A duração de mandato da(s) subcomissão(ões) de traba- lei, por um representante da cada uma das listas concorren-
lhadores, devem coincidir com o da CT. tes e igual número de representantes dos trabalhadores que
3- A atividade das subcomissões de trabalhadores é regula- convocaram a eleição.
da, com as devidas adaptações, pelas normas previstas nestes 3- Os três elementos referidos no número 1 deste artigo
estatutos e na lei. são eleitos pela CT em funções, por deliberação tomada nos
termos do artigo 27.º dos estatutos. Nos casos em que não
Artigo 34.º
exista CT e nos casos de destituição desta e de cessação de
Comissões coordenadoras funções na situação referida no número 3 do artigo 5.º, a CE
será designada de entre os seus elementos, a fim de promover
1- A comissão de trabalhadores da OCS, articulará a sua
a nova eleição.
ação com as comissões de trabalhadores do seu setor, para
4- Sendo a CE eleita nos termos do número 1, os membros
constituição de uma comissão coordenadora de grupo/setor,
da CE elegerão um presidente de entre os três elementos re-
à qual adere, que intervirá na elaboração dos planos econó-
feridos nesse número 1.
mico-sociais de setor.
5- As reuniões da CE são convocadas pelo presidente ou
2- A CT articulará a sua ação com as comissões de traba-
por dois outros membros.
lhadores do distrito para constituição de uma comissão coor-
6- As deliberações da CE são tomadas por maioria sim-
denadora, à qual adere.
ples, sendo válidas desde que participe na reunião a maioria
3- Deverá ainda articular a sua atividade às comissões de
dos seus membros.
trabalhadores de outras empresas, no fortalecimento da coo-
7- O mandato comissão eleitoral inicia-se com a eleição a
peração e da solidariedade.
que se refere o número 1 do presente artigo e termina após
4- Os trabalhadores da empresa deliberam sobre a parti-
publicação dos nomes dos membros eleitos e depois de de-
cipação da respetiva comissão de trabalhadores na consti-
corrido o prazo para impugnação do ato eleitoral.
tuição de comissão coordenadora e a adesão à mesma, bem
como a revogação da adesão, nos termos da lei, por iniciativa Artigo 38.º
da comissão de trabalhadores ou de 20 por cento dos traba-
lhadores da empresa. Caderno eleitoral
1- A comissão eleitoral (CE) em funções deve elaborar um
CAPÍTULO III caderno eleitoral dos trabalhadores com direito a voto.
2- O caderno eleitoral é utilizado em todas as votações por
Regulamento eleitoral para a CT voto secreto e está aberto à consulta de todos os trabalhado-
res interessados.
Artigo 35.º 3- A empresa deve entregar o caderno eleitoral aos traba-
lhadores que procedem à convocação da votação dos estatu-
Capacidade eleitoral tos, no prazo de quarenta e oito horas após a receção da cópia
São eleitos e elegíveis os trabalhadores da empresa defi- da convocatória, procedendo estes à sua imediata afixação na
nidos no número 2 do artigo 1.º dos estatutos. empresa e estabelecimento.
4- O caderno eleitoral deve conter o nome dos trabalhado-
Artigo 36.º res da empresa e, sendo caso disso, agrupados por estabele-
Princípios gerais sobre o voto
cimentos, à data da convocação da votação.
1- O voto é direto e secreto. Artigo 39.º
2- É permitido o voto por correspondência aos trabalha-
Data da eleição
dores que se encontrem temporariamente deslocados do seu
local de trabalho habitual por motivo de serviço, aos que es- O ato eleitoral tem lugar até 15 dias antes do termo do
tejam de folga no dia da votação e aos que estejam em gozo mandato da CT.
de férias ou ausentes por motivo de doença. Artigo 40.º
3- A conversão dos votos em mandatos faz-se de harmonia
com o método de representação proporcional. Convocatória da eleição
4517
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 47, 22/12/2018
4518
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 47, 22/12/2018
2- Em cada boletim são impressas as designações das can- multaneamente em todas as mesas e locais de votação e são
didaturas submetidas a sufrágio e as respetivas siglas e sím- públicas.
bolos. 2- De tudo e que se passar em cada mesa de voto é lavrada
3- Na linha correspondente a cada candidatura figura um uma ata que, depois de lida em voz alta e aprovada pelos
quadrado em branco destinado a ser assinalado com a esco- membros da mesa, é por eles assinada no final rubricado em
lha do eleitor. todas as páginas, fazendo parte integrante dela o registo de
4- A impressão dos boletins de voto fica a cargo da comis- presenças.
são eleitoral, que assegura o seu fornecimento às mesas na 3- Uma cópia de cada ata referida no número anterior é
quantidade necessária e suficiente, de modo que a votação afixada junto do respetivo local de votação, durante o prazo
possa iniciar-se dentro do horário previsto. de 15 dias a contar da data de apuramento respetivo.
4- O apuramento global é realizado com base nas atas das
Artigo 51.º
mesas de voto pela comissão eleitoral.
Ato eleitoral 5- A comissão eleitoral lavra uma ata de apuramento glo-
bal, com as formalidades previstas no número 2.
1- Compete à mesa dirigir os trabalhos do ato eleitoral.
6- A comissão eleitoral, seguidamente, proclama os eleitos.
2- Antes do início da votação, o presidente da mesa mostra
aos presentes a urna aberta de modo a certificar que ela não Artigo 55.º
está viciada, findo o que a fecha, procedendo à respetiva se-
lagem com lacre. Publicidade
3- Em local afastado da mesa o votante assinala com uma 1- Durante o prazo de 15 dias a contar do apuramento e
cruz o quadrado correspondente à lista em que vota, dobra e proclamação é afixada a relação dos eleitos e uma cópia da
boletim de voto em quatro e entrega-o ao presidente da mesa, ata de apuramento global no local ou locais em que a votação
que o introduz na urna. se tiver realizado e feita a comunicação dos resultados ao
4- As presenças no ato de votação devem ser registadas em órgão de gestão da empresa.
documento próprio. 2- Dentro do prazo de 10 dias a contar do apuramento e
5- O registo de presença contém um termo de abertura e proclamação, a comissão eleitoral deve requerer ao ministé-
um termo de encerramento, com indicação do número total rio competente o registo da eleição dos membros da comis-
de páginas e é assinado e rubricado em todas as páginas pe- são de trabalhadores, bem como das subcomissões de traba-
los membros da mesa, ficando a constituir parte integrante da lhadores, juntando a relação dos eleitos (identificados pelo
ata da respetiva mesa. nome, número do cartão de identificação, data de emissão e
entidade emitente), cópias certificadas das listas concorren-
Artigo 52.º
tes e atas de apuramento global (incluindo registo de presen-
Voto eletrónico ças) e das mesas de voto, acompanhadas dos documentos de
registo de votantes, por carta registada com aviso de receção
1- Para a utilização do voto eletrónico, o trabalhador com
ou entregue com protocolo.
direito a voto, receberá no seu posto de trabalho, uma senha
específica para o exercício do direito de voto. Artigo 56.º
2- Sem prejuízo da utilização do voto eletrónico, serão
mantidos os sistemas de voto estatutariamente definidos. Impugnação da eleição
1- Qualquer trabalhador tem direito de impugnar a eleição
Artigo 53.º
nos termos da lei (Código de Processo do Trabalho), com
Valor dos votos fundamento em violação da lei ou destes estatutos.
2- Sem prejuízo do previsto no número anterior, das deli-
1- Considera-se voto em branco o boletim de voto que não
berações da comissão eleitoral cabe recurso para o plenário
tenha sido objeto de qualquer tipo de marca.
se, por violação destes estatutos e da lei, elas tiverem influ-
2- Considera-se voto nulo o do boletim de voto:
ência no resultado da eleição.
a) No qual tenha sido assinalado mais de um quadrado ou
quando haja dúvidas sobre qual o quadrado assinalado;
b) No qual tenha sido feito qualquer corte, desenho ou ra- CAPÍTULO IV
sura ou quando tenha sido escrita qualquer palavra.
3- Não se considera voto nulo o do boletim de voto no qual Disposições finais
a cruz, embora não perfeitamente desenhada ou excedendo
os limites do quadrado, assinale inequivocamente a vontade Artigo 57.º
do votante.
Destituição da CT
Artigo 54.º 1- A CT pode ser destituída a todo o tempo por deliberação
dos trabalhadores da empresa através do voto secreto.
Abertura das urnas e apuramento
2- A votação é convocada pela CT a requerimento de, pelo
1- A abertura das urnas e o apuramento final têm lugar si- menos, 20 % dos trabalhadores da empresa com direito a
voto.
4519
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 47, 22/12/2018
3- Os requerentes podem convocar diretamente a votação, resses e direitos, adotam os presentes estatutos da comissão
se a CT o não fizer no prazo máximo de 15 dias a contar da de trabalhadores.
data de receção do requerimento. 2- O coletivo dos trabalhadores é constituído por todos os
4- O requerimento previsto no número 2 e a convocatória trabalhadores que prestem a sua atividade por força de um
devem conter a indicação sucinta dos fundamentos invoca- contrato de trabalho celebrado com a empresa.
dos. 3- O coletivo dos trabalhadores organiza-se e atua pelas
5- No mais, aplicam-se à deliberação, com as adaptações formas previstas nestes estatutos e na legislação aplicável,
necessárias, as regras referentes à eleição da CT. neles residindo a plenitude dos poderes e direitos respeitan-
6- Devem participar na votação de destituição da CT um tes á intervenção democrática dos trabalhadores da empresa
mínimo 2/3 dos trabalhadores e haver mais de 50 % de votos a todos os níveis.
favoráveis à destituição.
Artigo 2.º
Artigo 58.º
Princípios fundamentais
Tomada de posse da comissão de trabalhadores 1- A comissão de trabalhadores da OCV Seguros orienta
A comissão de trabalhadores entra em funções no dia a a sua atividade pelos princípios constitucionais, na defesa
seguir à publicação dos resultados da eleição no Boletim do dos interesses dos trabalhadores da empresa e da intervenção
Trabalho e Emprego. democrática na vida empresa, visando o diálogo e a colabo-
ração entre os órgãos de gestão e os trabalhadores ou seus
Artigo 59.º
representantes.
Alteração dos estatutos Assume o compromisso de parceiro social, na procura
constante da valorização do individuo, como sendo a chave
Às deliberações para alteração dos estatutos e quaisquer
para o sucesso da empresa, e no ambiente participativo do
outras que devam ser tomadas por voto secreto aplicam-se,
trabalho em equipa, reconhecendo assim a sua responsabili-
com as necessárias adaptações as regras do capítulo III.
dade social a longo prazo.
Artigo 60.º 2- A comissão de trabalhadores é independente de qual-
quer organização ou estrutura sindical, mas cooperará com
Extinção da CT as estruturas sindicais representativas dos trabalhadores da
Em caso de extinção da CT, o destino do respetivo patri- OCV.
mónio será deliberado no mesmo plenário em que for deli-
Artigo 3.º
berada a extinção, não podendo, porém, os seus bens serem
distribuídos pelos trabalhadores da organização. Sede da comissão de trabalhadores
A sede da comissão de trabalhadores da OCV, localiza-se
Entrada em vigor na sede da empresa.
Os presentes estatutos entram em vigor no dia imediato Artigo 4.º
ao da sua publicação no Boletim do Trabalho e Emprego.
Natureza da CT
Registado em 6 de dezembro de 2018, ao abrigo do artigo 1- A comissão de trabalhadores da OCV, é o órgão demo-
430.º do Código do Trabalho, sob o n.º 131, a fl. 35 do livro craticamente eleito, investido e controlado pelo coletivo dos
n.º 2. trabalhadores para o exercício das atribuições, competências
e direitos reconhecidos na Constituição da República, na lei
ou noutras normas aplicáveis e nestes estatutos.
2- Como forma de organização, expressão e atuação de-
mocrática dos trabalhadores, a CT exerce em nome próprio a
Ocidental - Companhia Portuguesa de Seguros de
competência e direitos referidos no número anterior.
Vida, SA - Constituição
Artigo 5.º
Estatutos aprovados em 16 de abril de 2018.
Composição, mandato
1- A comissão de trabalhadores é constituída até ao número
CAPÍTULO I
máximo de membros autorizado pelo artigo 417.º do Código
do Trabalho, face ao número de trabalhadores da empresa, e
Artigo 1.º
o mandato é de quatro anos.
Definição e âmbito 2- Em caso de renúncia, destituição ou perda de manda-
1- Os trabalhadores da Ocidental Companhia Portuguesa to de um dos seus membros, a sua substituição faz-se pelo
de Seguros de Vida, SA doravante designada por OCV, no elemento mais votado não eleito da lista a que pertencia o
exercício dos direitos que a Constituição e as leis em vigor membro a substituir.
lhes conferem, dispostos a reforçar a sua unidade, seus inte- 3- Ocorrendo uma cessação de funções de todos os mem-
4520
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 47, 22/12/2018
4521
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 47, 22/12/2018
4522
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 47, 22/12/2018
a) Exercer os direitos previstos nas alíneas a), b) e c) do b) O produto de iniciativas para recolha de fundos;
número anterior, que lhes sejam delegados pelas comissões c) O produto da venda de documentos e outros materiais
de trabalhadores; editados pela comissão de trabalhadores.
b) Informar a comissão de trabalhadores dos assuntos que 2- A CT submete anualmente à apreciação de plenário as
entenderem de interesse para a normal atividade desta; receitas e despesas da sua atividade.
c) Fazer a ligação entre os trabalhadores dos estabeleci-
Artigo 21.º
mentos e as respetivas comissões de trabalhadores, ficando
vinculadas à orientação geral por estas estabelecida. Faltas de representantes dos trabalhadores
Artigo 15.º Consideram-se faltas justificadas e contam como tem-
po de serviço efetivo as faltas dadas no exercício das suas
Gestão de serviços sociais atribuições e atividades pelos trabalhadores da empresa que
A comissão de trabalhadores da OCV, tem o direito de sejam membros da comissão de trabalhadores, de subcomis-
gerir ou participar na gestão das obras sociais da empresa. sões e de comissões coordenadoras, nos termos da lei.
Artigo 16.º Artigo 22.º
4523
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 47, 22/12/2018
sem prejuízo dos direitos e da responsabilidade individual de cação do representante e a indicação da reunião ou período
cada um dos seus membros. para que ela é válida.
3- Qualquer dos seus membros, devidamente credenciado,
Artigo 32.º
pode representar a CT em juízo, sem prejuízo do disposto no
artigo 39.º Substituição de elementos da CT
Artigo 26.º 1- Os elementos da comissão de trabalhadores podem, du-
rante o seu mandato, pedir a sua substituição temporária por
Reuniões da comissão de trabalhadores um período mínimo de 3 meses e máximo de 18 por motivos
1- A CT reúne ordinariamente uma vez por mês. de doença, licença sem vencimento, suspensão de contrato
2- Pode haver reuniões extraordinárias sempre que: por sua iniciativa ou motivos de caracter pessoal.
a) Ocorram motivos justificativos; 2- A substituição faz-se, por iniciativa da CT, nos termos
b) A requerimento do coordenador ou de pelo menos um do ponto 2 do artigo 5.º
terço dos membros, com prévia indicação da ordem de tra-
Artigo 33.º
balhos.
Artigo 27.º Subcomissões de trabalhadores
1- Poderão ser constituídas subcomissões de trabalhado-
Deliberações da comissão de trabalhadores res, nos termos da legislação em vigor.
As deliberações da comissão de trabalhadores da OCV 2- A duração de mandato da(s) subcomissão(ões) de traba-
são tomadas por maioria simples dos membros presentes, lhadores, devem coincidir com o da CT.
sendo válidas desde que nelas participe a maioria absoluta 3- A atividade das subcomissões de trabalhadores é regula-
dos seus membros. da, com as devidas adaptações, pelas normas previstas nestes
Se ao fim de três votações sucessivas persistir empate o estatutos e na lei.
coordenador tem voto de qualidade.
Artigo 34.º
Artigo 28.º
Comissões coordenadoras
Poderes para vincular a comissão de trabalhadores 1- A comissão de trabalhadores da OCV, articulará a sua
Para vincular a CT são necessárias as assinaturas da ação com as comissões de trabalhadores do seu setor, para
maioria dos membros da comissão executiva em efetividade constituição de uma comissão coordenadora de grupo/setor,
de funções. à qual adere, que intervirá na elaboração dos planos econó-
mico-sociais de setor.
Organização e funcionamento 2- A CT articulará a sua ação com as comissões de traba-
lhadores do distrito para constituição de uma comissão coor-
Artigo 29.º denadora, à qual adere.
3- Deverá ainda articular a sua atividade às comissões de
Coordenação da comissão de trabalhadores trabalhadores de outras empresas, no fortalecimento da coo-
A comissão de trabalhadores poderá ter um coordenador peração e da solidariedade.
eleito de entre os seus membros e uma comissão executiva. 4- Os trabalhadores da empresa deliberam sobre a parti-
cipação da respetiva comissão de trabalhadores na consti-
Artigo 30.º
tuição de comissão coordenadora e a adesão à mesma, bem
Perda de mandato como a revogação da adesão, nos termos da lei, por iniciativa
da comissão de trabalhadores ou de 20 por cento dos traba-
Perde o mandato o membro da comissão de trabalhadores
lhadores da empresa.
quem faltar injustificadamente a três reuniões seguidas ou
seis interpoladas num ano, aplicando-se o previsto no artigo
5.º CAPÍTULO III
4524
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 47, 22/12/2018
4525
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 47, 22/12/2018
cumentação exigida no artigo anterior. 4- As mesas são colocadas no interior dos locais de traba-
2- A CE dispõe do prazo máximo de dois dias a contar da lho, de modo que os trabalhadores possam votar sem preju-
data de apresentação para apreciar a regularidade formal e a dicar o funcionamento eficaz da empresa ou do estabeleci-
conformidade da candidatura com os estatutos. mento.
3- As irregularidades e violações aos estatutos detetadas
Artigo 49.º
podem ser supridas pelos proponentes, para o efeito notifi-
cados pela CE, no prazo máximo de dois dias a contar da Composição e forma de designação das mesas de voto
respetiva notificação.
1- As mesas são compostas por um presidente e dois vo-
4- As candidaturas que, findo o prazo referido no número
gais, escolhidos de entre os trabalhadores com direito a voto
anterior, continuarem a apresentar irregularidades e a violar
e que ficam dispensados da respetiva prestação de trabalho.
o disposto nos estatutos, são definitivamente rejeitadas por
2- Cada candidatura tem direito a designar um delegado
meio de declaração escrita, com indicação dos fundamentos,
junto de cada mesa de voto para acompanhar e fiscalizar to-
assinada pela CE e entregue aos proponentes.
das operações.
Artigo 45.º
Artigo 50.º
Aceitação das candidaturas
Boletins de voto
1- Até quinze dias antes da data marcada para o ato eleito-
1- O voto é expresso em boletins de voto de forma retan-
ral, a CE publica, por meio de afixação nos locais indicados,
gular e com as mesmas dimensões para todas as listas, im-
as candidaturas aceites.
pressos em papel da mesma cor, liso e não transparente.
2- As candidaturas aceites são identificadas por meio de
2- Em cada boletim são impressas as designações das can-
letra, que funcionará como sigla, atribuída pela CE a cada
didaturas submetidas a sufrágio e as respetivas siglas e sím-
uma delas por ordem cronológica de apresentação, com iní-
bolos.
cio na letra A.
3- Na linha correspondente a cada candidatura figura um
Artigo 46.º quadrado em branco destinado a ser assinalado com a esco-
lha do eleitor.
Campanha eleitoral 4- A impressão dos boletins de voto fica a cargo da comis-
1- A campanha eleitoral visa o esclarecimento dos eleito- são eleitoral, que assegura o seu fornecimento às mesas na
res e tem lugar entre a data de afixação da aceitação das can- quantidade necessária e suficiente, de modo que a votação
didaturas e a data marcada para a eleição, de modo que nesta possa iniciar-se dentro do horário previsto.
última não haja propaganda.
Artigo 51.º
2- As despesas com a propaganda eleitoral são custeadas
pelas respetivas candidaturas. Ato eleitoral
Artigo 47.º 1- Compete à mesa dirigir os trabalhos do ato eleitoral.
2- Antes do início da votação, o presidente da mesa mostra
Local e horário da votação aos presentes a urna aberta de modo a certificar que ela não
1- A votação efetua-se no local definido pela CE e durante está viciada, findo o que a fecha, procedendo à respetiva se-
as horas de trabalho. lagem com lacre.
2- A votação realiza-se simultaneamente em todos os lo- 3- Em local afastado da mesa o votante assinala com uma
cais de trabalho e com idêntico formalismo em todos os esta- cruz o quadrado correspondente à lista em que vota, dobra e
belecimentos da empresa. boletim de voto em quatro e entrega-o ao presidente da mesa,
3- Os trabalhadores têm o direito de votar durante o perí- que o introduz na urna.
odo normal de trabalho que lhes seja contratualmente apli- 4- As presenças no ato de votação devem ser registadas em
cável. documento próprio.
4- A votação inicia-se, pelo menos, trinta minutos antes 5- O registo de presença contém um termo de abertura e
e termina sessenta minutos depois do período de funciona- um termo de encerramento, com indicação do número total
mento da empresa ou estabelecimento. de páginas e é assinado e rubricado em todas as páginas pe-
los membros da mesa, ficando a constituir parte integrante da
Artigo 48.º
ata da respetiva mesa.
Mesas de voto Artigo 52.º
1- Haverá mesas de voto nos estabelecimentos com mais
de 10 eleitores. Voto eletrónico
2- Podem ser constituídas mesas de voto nos estabeleci- 1- Para a utilização do voto eletrónico, o trabalhador com
mentos com menos de 10 trabalhadores. direito a voto, receberá no seu posto de trabalho, uma senha
3- Os trabalhadores dos estabelecimentos referidos no nú- específica para o exercício do direito de voto.
mero anterior podem ser agregados, para efeitos de votação, 2- Sem prejuízo da utilização do voto eletrónico, serão
á mesa de voto de estabelecimento diferente. mantidos os sistemas de voto estatutariamente definidos.
4526
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 47, 22/12/2018
4527
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 47, 22/12/2018
4528
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 47, 22/12/2018
número anterior, que lhes sejam delegados pelas comissões trolo das decisões económicas e sociais da empresa e de toda
de trabalhadores; a atividade desta, a CT, em conformidade com a lei, conserva
b) Informar a comissão de trabalhadores dos assuntos que a sua autonomia perante a empresa, não assume poderes de
entenderem de interesse para a normal atividade desta; gestão e, por isso, não se substituí técnica e funcionalmente
c) Fazer a ligação entre os trabalhadores dos estabeleci- aos órgãos e hierarquia administrativa da empresa.
mentos e as respetivas comissões de trabalhadores, ficando
Artigo 8.º
vinculadas à orientação geral por estas estabelecida.
3- No exercício das suas atribuições e direitos, a CT tem Direitos instrumentais
os seguintes deveres:
Para o exercício das suas atribuições e competências, a
a) Realizar uma atividade permanente e dedicada de or-
comissão de trabalhadores da OCP, goza dos direitos previs-
ganização de classe, de mobilização dos trabalhadores e do
tos nos artigos seguintes.
reforço da sua unidade;
b) Garantir e desenvolver a participação ativa e democrá- Artigo 9.º
tica dos trabalhadores no funcionamento, direção, controlo
em toda a atividade do coletivo dos trabalhadores e dos seus Reuniões com o órgão de gestão da empresa
órgãos, assegurando a democracia interna a todos os níveis; 1- A CT tem o direito de reunir periodicamente com o con-
c) Promover o esclarecimento e a formação cultural, técni- selho de administração da empresa para discussão e análise
ca, profissional e social dos trabalhadores, de modo a permi- dos assuntos relacionados com o exercício das suas atribui-
tir o desenvolvimento da sua consciência e a reforçar o seu ções.
empenhamento responsável na defesa dos seus interesses e 2- As reuniões deverão ter lugar sempre que necessário
direitos; para os fins indicados no número anterior.
d) Exigir do órgão de gestão da empresa e de todas as en- 3- Das reuniões referidas neste artigo é lavrada ata, assina-
tidades públicas competentes o cumprimento e aplicação das da por todos os presentes.
normas constitucionais e legais respeitantes aos direitos dos Artigo 10.º
trabalhadores;
e) Estabelecer laços de solidariedade e cooperação com as Direito à informação
comissões de trabalhadores de outras empresas e comissões 1- Nos termos da Constituição da República e da lei, a CT
coordenadoras; tem direito a que lhe sejam fornecidas todas as informações
f) Promover a melhoria das condições de vida dos traba- necessárias ao exercício da sua atividade.
lhadores; 2- Ao direito previsto no número anterior correspondem
g) Cooperar, na base do reconhecimento da sua indepen- legalmente deveres de informação, vinculando não só o ór-
dência recíproca, com as organizações sindicais dos traba- gão de gestão da empresa mas ainda todas as entidades pú-
lhadores da empresa na prossecução dos objetivos comuns a blicas competentes para as decisões relativamente às quais a
todos os trabalhadores; CT tem o direito de intervir.
h) Valorizar a participação cívica dos trabalhadores, a 3- O dever de informação que recai sobre o órgão de ges-
construção de uma sociedade mais justa e democrática, o fim tão da empresa abrange, entre outras, as seguintes matérias:
da exploração da pessoa pela pessoa e de todas as discrimi- a) Planos gerais de atividade e orçamento;
nações. b) Previsão, volume e administração de vendas;
Artigo 7.º c) Gestão de pessoal e estabelecimento dos seus critérios
básicos, montante da massa salarial e sua distribuição pelos
Controle de gestão diferentes escalões profissionais, regalias sociais, mínimos
1- O controlo de gestão visa proporcionar e promover, com de produtividade e grau de absentismo;
base na respetiva unidade e mobilização, a intervenção de- d) Situação contabilística da empresa compreendendo o
mocrática e o empenhamento responsável dos trabalhadores balanço, conta de resultados e balancetes trimestrais;
na vida da empresa em especial e do processo produtivo em e) Modalidades de financiamento;
geral, para a realização dos objetivos comuns à filosofia e f) Encargos fiscais e parafiscais;
interesses dos trabalhadores e da empresa. g) Projetos de alteração do objeto, do capital social e de
2- O controlo de gestão é exercido pela comissão de traba- reconversão da atividade da empresa.
lhadores da OCP, nos termos e segundo as formas previstas 4- As informações previstas neste artigo são requeridas,
na Constituição da República, na lei ou outras normas apli- por escrito, pela CT ou pelos seus membros ao conselho de
cáveis nestes estatutos. administração da empresa e a mesma fica obrigada a respon-
3- A competência da comissão de trabalhadores para o der nos termos da lei.
exercício do controlo de gestão não pode ser delegado nou- 5- O disposto no número anterior não prejudica nem subs-
tras entidades. titui as reuniões previstas no artigo 14.º, nas quais a CT tem
4- A empresa está proibida por lei de impedir ou dificultar direito a que lhe sejam fornecidos as informações necessá-
o exercício do controlo de gestão. rias à realização das finalidades que as justificam.
5- Tendo as suas atribuições e direitos por finalidade o con-
4529
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 47, 22/12/2018
4530
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 47, 22/12/2018
cumentos e propaganda relativos aos interesses dos trabalha- termos da lei, todo o acordo ou ato que vise:
dores em local adequado para o efeito, posto à sua disposição a) Subordinar o emprego de qualquer trabalhador à condi-
pela entidade patronal. ção de este participar ou não nas atividades e órgãos ou de se
2- A comissão de trabalhadores tem o direito de efetuar a demitir dos cargos previstos nestes estatutos;
distribuição daqueles documentos nos locais de trabalho e b) Despedir, transferir ou, de qualquer modo, prejudicar
durante o horário de trabalho, sem prejuízo do funcionamen- um trabalhador por motivo das suas atividades e posições re-
to normal da empresa. lacionadas com as formas de organização dos trabalhadores
previstos nestes estatutos.
Artigo 18.º
Artigo 24.º
Direito a instalações adequadas
1- A comissão de trabalhadores tem o direito a instalações Proteção legal
adequadas, no interior da empresa, para o exercício das suas 1- Os membros da comissão de trabalhadores, das subco-
funções. missões e das comissões coordenadoras gozam da proteção
2- As instalações devem ser postas à disposição da comis- legal prevista na lei.
são de trabalhadores pelos órgãos de gestão da empresa. 2- Nenhum trabalhador da empresa pode ser prejudicado
nos seus direitos, nomeadamente de participar na constitui-
Artigo 19.º
ção da comissão de trabalhadores, na aprovação dos estatu-
Direito a meios materiais e técnicos tos ou de eleger e ser eleito, designadamente por motivo de
idade ou função.
A comissão de trabalhadores tem direito a obter do órgão
de gestão da empresa os meios materiais e técnicos necessá- Artigo 25.º
rios para o desempenho das suas funções.
Capacidade judiciária
Artigo 20.º
1- A comissão de trabalhadores tem capacidade judiciária,
Financiamento da comissão de trabalhadores podendo ser parte em tribunal para a realização e defesa dos
seus direitos e dos direitos dos trabalhadores que lhe compe-
1- Constituem receitas da comissão de trabalhadores:
te defender.
a) Contribuições voluntárias dos trabalhadores;
2- A CT goza de capacidade judiciária activa e passiva,
b) O produto de iniciativas para recolha de fundos;
sem prejuízo dos direitos e da responsabilidade individual de
c) O produto da venda de documentos e outros materiais
cada um dos seus membros.
editados pela comissão de trabalhadores.
3- Qualquer dos seus membros, devidamente credenciado,
2- A CT submete anualmente à apreciação de plenário as
pode representar a CT em juízo, sem prejuízo do disposto no
receitas e despesas da sua atividade.
artigo 39.º
Artigo 21.º
Artigo 26.º
Faltas de representantes dos trabalhadores
Reuniões da comissão de trabalhadores
Consideram-se faltas justificadas e contam como tem-
1- A CT reúne ordinariamente uma vez por mês.
po de serviço efetivo as faltas dadas no exercício das suas
2- Pode haver reuniões extraordinárias sempre que:
atribuições e atividades pelos trabalhadores da empresa que
a) Ocorram motivos justificativos;
sejam membros da comissão de trabalhadores, de subcomis-
b) A requerimento do coordenador ou de pelo menos um
sões e de comissões coordenadoras, nos termos da lei.
terço dos membros, com prévia indicação da ordem de tra-
Artigo 22.º balhos.
Proibição de atos de discriminação contra os trabalhadores Para vincular a CT são necessárias as assinaturas da
maioria dos membros da comissão executiva em efetividade
É proibido e considerado nulo e de nenhum efeito, nos
de funções.
4531
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 47, 22/12/2018
4532
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 47, 22/12/2018
4533
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 47, 22/12/2018
as horas de trabalho. está viciada, findo o que a fecha, procedendo à respetiva se-
2- A votação realiza-se simultaneamente em todos os lo- lagem com lacre.
cais de trabalho e com idêntico formalismo em todos os esta- 3- Em local afastado da mesa o votante assinala com uma
belecimentos da empresa. cruz o quadrado correspondente à lista em que vota, dobra e
3- Os trabalhadores têm o direito de votar durante o perí- boletim de voto em quatro e entrega-o ao presidente da mesa,
odo normal de trabalho que lhes seja contratualmente apli- que o introduz na urna.
cável. 4- As presenças no ato de votação devem ser registadas em
4- A votação inicia-se, pelo menos, trinta minutos antes documento próprio.
e termina sessenta minutos depois do período de funciona- 5- O registo de presença contém um termo de abertura e
mento da empresa ou estabelecimento. um termo de encerramento, com indicação do número total
de páginas e é assinado e rubricado em todas as páginas pe-
Artigo 48.º
los membros da mesa, ficando a constituir parte integrante da
Mesas de voto ata da respetiva mesa.
1- Haverá mesas de voto nos estabelecimentos com mais Artigo 52.º
de 10 eleitores.
2- Podem ser constituídas mesas de voto nos estabeleci- Voto eletrónico
mentos com menos de 10 trabalhadores. 1- Para a utilização do voto eletrónico, o trabalhador com
3- Os trabalhadores dos estabelecimentos referidos no nú- direito a voto, receberá no seu posto de trabalho, uma senha
mero anterior podem ser agregados, para efeitos de votação, específica para o exercício do direito de voto.
á mesa de voto de estabelecimento diferente. 2- Sem prejuízo da utilização do voto eletrónico, serão
4- As mesas são colocadas no interior dos locais de traba- mantidos os sistemas de voto estatutariamente definidos.
lho, de modo que os trabalhadores possam votar sem preju-
Artigo 53.º
dicar o funcionamento eficaz da empresa ou do estabeleci-
mento. Valor dos votos
Artigo 49.º 1- Considera-se voto em branco o boletim de voto que não
tenha sido objeto de qualquer tipo de marca.
Composição e forma de designação das mesas de voto 2- Considera-se voto nulo o do boletim de voto:
1- As mesas são compostas por um presidente e dois vo- a) No qual tenha sido assinalado mais de um quadrado ou
gais, escolhidos de entre os trabalhadores com direito a voto quando haja dúvidas sobre qual o quadrado assinalado;
e que ficam dispensados da respetiva prestação de trabalho. b) No qual tenha sido feito qualquer corte, desenho ou ra-
2- Cada candidatura tem direito a designar um delegado sura ou quando tenha sido escrita qualquer palavra.
junto de cada mesa de voto para acompanhar e fiscalizar to- 3- Não se considera voto nulo o do boletim de voto no qual
das operações. a cruz, embora não perfeitamente desenhada ou excedendo
os limites do quadrado, assinale inequivocamente o vontade
Artigo 50.º
do votante.
Boletins de voto Artigo 54.º
1- O voto é expresso em boletins de voto de forma retan-
gular e com as mesmas dimensões para todas as listas, im- Abertura das urnas e apuramento
pressos em papel da mesma cor, liso e não transparente. 1- A abertura das urnas e o apuramento final têm lugar si-
2- Em cada boletim são impressas as designações das can- multaneamente em todas as mesas e locais de votação e são
didaturas submetidas a sufrágio e as respetivas siglas e sím- públicas.
bolos. 2- De tudo e que se passar em cada mesa de voto é lavrada
3- Na linha correspondente a cada candidatura figura um uma ata que, depois de lida em voz alta e aprovada pelos
quadrado em branco destinado a ser assinalado com a esco- membros da mesa, é por eles assinada no final rubricado em
lha do eleitor. todas as páginas, fazendo parte integrante dela o registo de
4- A impressão dos boletins de voto fica a cargo da comis- presenças.
são eleitoral, que assegura o seu fornecimento às mesas na 3- Uma cópia de cada ata referida no número anterior é
quantidade necessária e suficiente, de modo que a votação afixada junto do respetivo local de votação, durante o prazo
possa iniciar-se dentro do horário previsto. de 15 dias a contar da data de apuramento respetivo.
4- O apuramento global é realizado com base nas atas das
Artigo 51.º
mesas de voto pela comissão eleitoral.
Ato eleitoral 5- A comissão eleitoral lavra uma ata de apuramento glo-
bal, com as formalidades previstas no número 2.
1- Compete à mesa dirigir os trabalhos do ato eleitoral.
6- A comissão eleitoral, seguidamente, proclama os elei-
2- Antes do início da votação, o presidente da mesa mostra
tos.
aos presentes a urna aberta de modo a certificar que ela não
4534
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 47, 22/12/2018
CAPÍTULO IV
4535
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 47, 22/12/2018
II - ELEIÇÕES
Ocidental - Companhia Portuguesa de Seguros - eleitos em 9 e 10 de julho de 2018 para o mandato de quatro
Eleição anos.
Nome:
Identidade dos membros da comissão de trabalhadores
eleitos em 9 e 10 de julho de 2018 para o mandato de quatro Jorge Alberto Formoso Queiroga Almeida.
anos. Margarida dos Anjos Figueiredo M. Quintela Santos.
Octávio Manuel Jerónimo Pereira.
Efetivos:
Suplentes:
Ana Júlia Murta Cardoso.
Paulo Jorge Lage Garcia. Fernando José Lopes Furtado Almeida de Carvalho.
João Loureiro Gomes.
Fernando da Silva Teixeira. Registado em 6 de dezembro de 2018, ao abrigo do artigo
Francisco Lima Sena Boleo. 438.º do Código do Trabalho, sob o n.º 129, a fl. 35 do livro
n.º 2.
Suplentes:
António Luís Lopes de Guimarães Serôdio.
Paulo Manuel Azevedo Almeida.
I - CONVOCATÓRIAS
4536
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 47, 22/12/2018
e Actividades do Ambiente do Centro Sul e Regiões Autó- eleição dos representantes dos trabalhadores para a seguran-
nomas, no dia 11 de março de 2019, irá realizar na empresa ça e saúde no trabalho, na empresa Fapajal Papercare, SA.
abaixo identificada, o ato eleitoral com vista à eleição dos
«Pela presente comunicamos a V. Ex.as com a antecedên-
representantes dos trabalhadores para a segurança e saúde no
cia exigida no número 3 do artigo 27.º da Lei n.º 102/2009
trabalho, conforme disposto nos artigos 21.º, 26.º e seguintes
de 10 de setembro, que o sindicato SITE/CSRA - Sindicato
da Lei n.º 102/2009.
dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia
Bollinghaus Steel, SA. e Actividades do Ambiente do Centro Sul e Regiões Autó-
Morada: Travessa da Indústria, Apartado 2, 2430-668 nomas, no dia 12 de março de 2019, irá realizar na empresa
Vieira de Leiria». abaixo identificada, o ato eleitoral com vista à eleição dos
representantes dos trabalhadores para a segurança e saúde no
trabalho, conforme disposto nos artigos 21.º, 26.º e seguintes
da Lei n.º 102/2009.
Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa - Fapajal Papercare, SA.
Convocatória Morada: Rua Arquitecto Dias Coelho, 2660-394 S. Julião
do Tojal».
Nos termos da alínea a) do número 1 do artigo 28.º da Lei
n.º 102/2009, de 10 de setembro, procede-se à publicação
da comunicação efetuada pelo Sindicato dos Trabalhadores
em Funções Públicas e Sociais do Sul e Regiões Autónomas Fapajal Papermaking, SA - Convocatória
(STFPSSRA), ao abrigo do número 3 do artigo 27.º da lei
supracitada, recebida nesta Direção-Geral do Emprego e das Nos termos da alínea a) do número 1 do artigo 28.º, da Lei
Relações de Trabalho, em 7 de dezembro de 2018, relativa n.º 102/2009, de 10 de setembro, procede-se à publicação da
à promoção da eleição dos representantes dos trabalhadores comunicação efetuada pelo Sindicato dos Trabalhadores das
para a segurança e saúde no trabalho na Faculdade de Ciên- Indústrias Transformadoras, Energia e Actividades do Am-
cias da Universidade de Lisboa. biente do Centro Sul e Regiões Autónomas - SITE-CSRA,
«Para cumprimento do número 3 do artigo 27.º da Lei n.º ao abrigo do número 3 do artigo 27.º da lei supra referida,
102/2009, de 10 de setembro vimos pela presente comunicar, recebida na Direção-Geral do Emprego e das Relações de
com a antecedência de 90 dias, que no dia 21 de fevereiro de Trabalho em 5 de dezembro de 2018, relativa à promoção
2019, se realizará na Faculdade de Ciências da Universidade da eleição dos representantes dos trabalhadores para a segu-
de Lisboa, o ato eleitoral com vista à eleição dos representan- rança e saúde no trabalho, na empresa Fapajal Papermaking,
tes dos trabalhadores para a segurança e saúde no trabalho». SA.
«Pela presente comunicamos a V. Ex.as com a antecedên-
cia exigida no número 3 do artigo 27.º da Lei n.º 102/2009
de 10 de setembro, que o sindicato SITE/CSRA - Sindicato
Fapajal Papercare, SA - Convocatória dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia
e Actividades do Ambiente do Centro Sul e Regiões Autó-
nomas, no dia 12 de março de 2019, irá realizar na empresa
Nos termos da alínea a) do número 1 do artigo 28.º, da Lei
abaixo identificada, o ato eleitoral com vista à eleição dos
n.º 102/2009, de 10 de setembro, procede-se à publicação da
representantes dos trabalhadores para a segurança e saúde no
comunicação efetuada pelo Sindicato dos Trabalhadores das
trabalho, conforme disposto nos artigos 21.º, 26.º e seguintes
Indústrias Transformadoras, Energia e Actividades do Am-
da Lei n.º 102/2009.
biente do Centro Sul e Regiões Autónomas - SITE-CSRA,
ao abrigo do número 3 do artigo 27.º da lei supra referida, Fapajal Papermaking, SA.
recebida na Direção-Geral do Emprego e das Relações de Morada: Rua Arquitecto Dias Coelho, 2660-394 S. Julião
Trabalho em 5 de dezembro de 2018, relativa à promoção da do Tojal».
4537