Prova - Pré-Requisito em Clínica Médica2018
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PROCESSO SELETIVO DE
RESIDÊNCIA MÉDICA DO ANO DE 2018
19 de novembro de 2017
BOLETIM DE QUESTÕES
CLÍNICA MÉDICA
1 Paciente com diagnóstico de lúpus e que deseja engravidar. São autoanticorpos que devem ser solicitados
para vigilância na gestação:
(A) FAN, Anti-DNA, Anti-SM e complementos séricos.
(B) Anti-RO e LA, Anti-RNP, antinucleossomo e Anti-P ribossomal.
(C) Anti-RO e LA, anticardiolipinas IgM/IgG e anticoagulante lúpico.
(D) FAN, Anti-SM, Anti-RNP, complementos séricos.
(E) Antinucleossomo, Anti-DNA, anticardiolipinas IgM/IgG.
3 Mulher, 46 anos, descendente de italianos, sem doença prévia diagnosticada, negava queixas clínicas.
Encaminhada para o hematologista, pois, durante exame admissional para seu novo emprego, foi evidenciada
anemia discreta com padrão microcítico e hipocrômico com índice de anisocitose eritrocitária (RDW) dentro
do valor de referência. Ao ser interrogada, negava qualquer antecedente pessoal importante, já era
menopausada, negava uso de medicamentos e referiu que sua mãe apresentava anemia discreta. Negava
saber de outras doenças hematológicas na família. Considerando as informações do caso, dentre os exames
abaixo, o mais importante para elucidação diagnóstica seria
(A) eletroforese de hemoglobina.
(B) teste de coombs.
(C) atividade da G6PD.
(D) dosagem de vitamina b12.
(E) dosagem de ácido fólico.
4 Homem, 65 anos, natural de Belém, onde reside, procura atendimento devido a quadro insidioso de fadiga,
perda de peso e febre baixa. No exame físico: regular estado geral, hipocrômico, com esplenomegalia sem
outras alterações significativas. Dentre os exames solicitados na avaliação inicial, encontram-se a
ultrassonografia de abdome, que confirmou a esplenomegalia, e o hemograma, que apresentava leucocitose
30.000/mm³, granulócitos em todas as fases de maturação, predominando os mielócitos e as formas maduras,
além da presença de basofilia, desidrogenase láctica elevada. O diagnóstico mais provável é
(A) Esquistossomose.
(B) Leucemia Mieloide Crônica.
(C) Mieloma Múltiplo.
(D) Amiloidose.
(E) Linfoma de Hodgkin.
5 Homem, 35 anos, com quadro de anemia hemolítica e disfunção erétil, evoluiu com trombose na veia hepática.
Ao hemograma, além da anemia, apresentava leucócitos e plaquetas diminuídos. A hipótese diagnóstica mais
provável é
(A) Esferocitose hereditária.
(B) Eliptocitose congênita.
(C) Anemia de Diamond-Blackfan.
(D) Anemia de Fanconi.
(E) Hemoglobinúria Paroxística Noturna.
PROCESSO SELETIVO DE RESIDÊNCIA MÉDICA DO ANO DE 2018
EDITAL Nº 1 – COREME/UFPA, DE 19 DE SETEMBRO DE 2017
6 Paciente do gênero feminino, 50 anos, autônoma, vem para atendimento na unidade de saúde do Guamá
com queixa de tosse produtiva há aproximadamente 30 dias associada à perda de peso (4 quilos), dor
torácica, febre vespertina e sudorese noturna. Informa que é portadora de insuficiência renal e que faz
hemodiálise 3 vezes na semana há 5 anos. Refere casos de tuberculose na família há 2 anos. Não foi
submetida à investigação para infecção latente para tuberculose (ILTB). Ao exame físico: Geral = regular
estado geral, hipocorada, acianótica, anictérica, afebril. Ausculta pulmonar = crepitações grossas e roncos no
terço superior do hemitórax direito. Peso = 45 quilos. Solicitadas pesquisa de BAAR no escarro e radiografia
de tórax. As duas amostras coletadas foram negativas e a radiografia de tórax identificou condensação com
cavitação de permeio no lobo superior direito. Obs: R = rifampicina, H = isoniazida, Z = pirazinamida,
E = etambutol. A conduta correta neste caso é
(A) solicitar teste rápido molecular (TRM) para BAAR no escarro. Se TRM negativo, solicitar cultura para BAAR
no escarro e iniciar tratamento empírico com esquema RHZE por 6 meses (RHZE 2 meses / RH 4 meses)
com ajuste nas doses de HZE.
(B) solicitar teste rápido molecular (TRM) para BAAR no escarro. Se TRM negativo, solicitar cultura para BAAR
no escarro e aguardar resultado confirmatório para iniciar o tratamento.
(C) solicitar cultura para BAAR no escarro e iniciar tratamento empírico com esquema RHZE por 6 meses (RHZE
2 meses / RH 4 meses) com ajuste na dose de R.
(D) solicitar cultura para BAAR no escarro e aguardar resultado confirmatório para iniciar o tratamento.
(E) solicitar teste rápido molecular (TRM) para BAAR no escarro. Se TRM positivo, solicitar cultura para BAAR
no escarro e iniciar tratamento com esquema RHZE por 6 meses (RHZE 2 meses / RH 4 meses) com ajuste
na dose da R.
7 A asma é um problema mundial. A Organização Mundial de Saúde estima que 235 milhões de pessoas sofrem
desta doença, o que promove grande impacto socioeconômico. Em relação à asma, é correto afirmar que
(A) o tratamento de manutenção deve ser ajustado de acordo com o nível de controle da doença, sendo que,
após 3 meses de controle, pode-se realizar a redução gradual das medicações utilizadas.
(B) a associação de corticoide inalatório com broncodilatador beta 2-adrenérgico de curta duração como
tratamento de manutenção é uma opção quando não se consegue o controle adequado somente com
corticoide inalatório.
(C) atualmente pode-se utilizar um LAMA (anticolinérgico de longa ação), como o tiotrópio, isolado ou associado
a corticoide inalatório e LABA (beta-agonista de ação prolongada) no tratamento de manutenção da asma de
difícil controle.
(D) o vilanterol é um SABA (beta 2 agonista de curta ação), atualmente considerado uma opção para tratamento
de manutenção quando associado a corticoide inalatório.
(E) o tratamento de manutenção da asma é dividido em 3 “steps” de tratamento, os quais devem ser reavaliados
continuamente segundo o nível de controle da doença.
8 Paciente diabética tipo 2, 35 anos, assintomática, obesa, em uso de metformina XR 2000 mg/dia (dose
máxima) há 6 meses. Refere fazer dieta e atividade física regularmente. Traz em retorno ambulatorial os
seguintes exames: glicemia de jejum: 90 mg / dl, hemoglobina glicada (HbA1c): 7.8 %. Em relação à
interpretação dos exames, correlacionando-os com as informações clínicas descritas, é correto afirmar:
(A) A HbA1c deve ser ignorada devido ao pouco tempo de uso da metformina XR e a terapêutica deve ser
mantida.
(B) O acréscimo de glibenclamida constitui-se a melhor opção terapêutica.
(C) Deve-se acrescentar insulinoterapia no esquema basal e bólus, como primeira opção.
(D) Análogos do GLP-1 ou inibidores do SGLT-2 podem ser considerados como terapia adicional à metformina
XR.
(E) Deve-se diminuir a dose de metformina XR para evitar hipoglicemias.
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EDITAL Nº 1 – COREME/UFPA, DE 19 DE SETEMBRO DE 2017
10 Paciente 17 anos, sexo feminino, sem antecedentes pessoais relevantes, vem apresentando há 2 dias quadro
de nictúria, poliúria e polidpsia. Há 12 horas iniciou dor abdominal e vômitos, e há cerca de 1 hora vem
apresentando queda do nível de consciência. Ao exame físico, nota-se pele desidratada, taquipneia (30 ipm),
pressão arterial: 90/ 60 mmHg, frequência cardíaca: 115 bpm. Auscultas pulmonar e cardíacas normais.
Abdome discretamente distendido, com ruídos hidroaéreos presentes. Exames laboratoriais: glicemia: 480
mg/dl; hemograma: série vermelha normal, série branca: leucócitos 16.000 com 70% de neutrófilos e 2% de
bastões; creatinina: 1, 6 mg / dl; ureia: 70 mg / dl. Na gasometria venosa verifica-se pH: 7,1 e bicarbonato de
8 mEq/ L (vr: 20-30); sódio: 140 mEq/ L (vr: 135- 145), potássio: 5 mEq/ L (vr: 3,5 - 5,5), urina EAS: 3 piócitos/
campo, glicose: 4 +, corpos cetônicos: 2 +.
A conduta que apresenta a primeira e mais importante etapa do tratamento é a
(A) Antibioticoterapia empírica.
(B) Insulinoterapia endovenosa.
(C) Insulinoterapia intramuscular.
(D) Hidratação com soro fisiológico 0,9%.
(E) Correção da acidose metabólica com bicarbonato de sódio endovenoso.
11 Paciente, 16 anos, sexo masculino, evolui há 7 dias com quadro de edema em membros inferiores e face,
além de hematúria. Ao exame físico, observa-se edema 2+/ 4 + em membros inferiores e edema periorbitário
bilateral, além de dor à percussão em flancos, de intensidade leve, bilateralmente. PA: 145/ 92 mmHg.
Exames laboratoriais: urina EAS: hematúria 3 +, proteinúria 1 +, leucocitúria moderada com cilindros
granulosos; creatinina 1, 3 mg /dl; albumina: 3, 2 mg / dl, complemento sérico (C3) diminuído e ASLO +. A
hipótese diagnóstica mais provável para este caso é
(A) nefropatia tubulointersticial aguda.
(B) pielonefrite aguda.
(C) nefropatia por IgA.
(D) síndrome nefrótica.
(E) glomerulonefrite aguda pós-estreptocócica.
12 Paciente, 65 anos, evoluindo com quadro agudo de fibrilação atrial de alta resposta. História prévia de
disfunção ventricular esquerda moderada. Entre as opções para tratamento farmacológico imediato, a mais
correta seria
(A) amiodarona.
(B) metoprolol.
(C) propafenona.
(D) quinidina.
(E) deslanosídeo.
14 Paciente jovem deu entrada na emergência com quadro de dor torácica à inspiração profunda, com
antecedentes de estado gripal há uma semana. O ECG revela supradesnivelamento difuso do segmento ST
exceto em V1 e AVR (nesta última derivação observa-se supradesnivelamento do segmento PR). O
diagnóstico mais provável é
(A) infarto agudo do miocárdio.
(B) pericardite.
(C) embolia pulmonar.
(D) pneumotórax.
(E) pneumonia.
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15 Paciente do sexo masculino, 65 anos de idade, é internado com hemorragia digestiva baixa. Ao exame físico,
encontra-se com PA de 94 x 59mmHg, frequência cardíaca de 117 bpm e frequência respiratória de 29 ipm.
Em sua abordagem inicial, é recomendado
(A) iniciar o preparo para a realização do exame endoscópico de urgência.
(B) iniciar infusão venosa contínua de noradrenalina para controle da pressão arterial.
(C) reposição volêmica inicial com cristaloides.
(D) infusão de hemoderivados.
(E) monitorização invasiva da pressão arterial.
16 Paciente, 26 anos de idade, realizou endoscopia digestiva alta devido a queixas dispépticas iniciadas há 6
meses e foi evidenciada úlcera duodenal A1 de Sakita. Realizado teste da urease, sendo positivo. A conduta
mais adequada neste caso é
(A) tratamento de erradicação do Helicobacter pylori por 7 dias.
(B) tratamento de erradicação do Helicobacter pylori por 28 dias.
(C) bloqueadores H2 por 3 meses.
(D) inibidor de bomba de prótons por 3 meses.
(E) inibidor de bomba de prótons por 3 meses em dose dobrada.
17 Mulher, com 75 anos, hipertensa, internada há 30 dias, com quadro de insuficiência cardíaca descompensada
após quadro infeccioso, em uso de clindamicina, furosemida, betabloqueador, IECA e inibidor da bomba de
prótons. Evoluiu há 2 dias com quadro de diarreia importante, dor abdominal e febre. A etiologia mais provável
pela diarreia da paciente e o tratamento mais adequado são
(A) Clostridium difficile, vancomicina endovenosa.
(B) Clostridium difficile, vancomicina via oral.
(C) Clostridium difficile, imipenem endovenoso.
(D) Chlamydia trachomatis, vancomicina endovenosa.
(E) Chlamydia trachomatis, imipenem endovenoso.
18 Paciente, sexo masculino, 28 anos de idade, portador do HIV, ainda não iniciou tratamento. Apresenta tosse
seca há 4 semanas e evolui com dispneia importante nos últimos 7 dias. Ao exame físico, apresenta-se
hemodinamicamente estável, sem alterações na ausculta cardíaca e com presença de estertores crepitantes
em ambos os pulmões até terços médios. A radiografia de tórax identificou opacidades intersticiais difusas
bilaterais com predomínio central e sem derrame pleural. A hipótese diagnóstica mais provável a ser
considerada diante deste caso clínico é
(A) fibrose pulmonar idiopática.
(B) pneumonia adquirida na comunidade.
(C) pneumocistose.
(D) aspergilose broncopulmonar alérgica.
(E) tuberculose pulmonar.
19 Homem de 23 anos admitido no pronto-socorro com quadro de cefaleia holocraniana, náuseas e febre há 3
dias. Apresenta sinal de Kernig positivo e glicemia capilar de 112 mg/dl. Realizado LCR com o seguinte
resultado (células 774/mm², 68% linfócitos, 10% monócitos, 22% polimorfonucleares, proteínas 242 mg/dl,
glicose 22 mg/dl). A melhor conduta terapêutica é
(A) Aciclovir.
(B) Ceftriaxone.
(C) Oxacilina.
(D) Anfotericina B.
(E) Sintomáticos e observação neurológica.
PROCESSO SELETIVO DE RESIDÊNCIA MÉDICA DO ANO DE 2018
EDITAL Nº 1 – COREME/UFPA, DE 19 DE SETEMBRO DE 2017
20 Paciente de 69 anos é trazido pela filha em consulta médica com história de fraqueza do lado esquerdo do
corpo, além de sensação de lentidão para caminhar, vestir-se, alimentar-se e fazer barba. Já apresentou pelo
menos três episódios de queda desde o início dos sintomas. Nega comorbidades associadas e uso de
medicamentos. Ao exame neurológico, observa-se bradicinesia, rigidez plástica e ausência de hiper-reflexia
tendínea. A hipótese diagnóstica mais provável é
(A) ataxia cerebelar.
(B) distúrbio de marcha do idoso.
(C) acidente vascular cerebral.
(D) doença de Parkinson.
(E) doença do neurônio moto inferior.