Arteris 130 Terraplanagem Colchao Drenante Rev.0
Arteris 130 Terraplanagem Colchao Drenante Rev.0
Arteris 130 Terraplanagem Colchao Drenante Rev.0
Abril de 2021
1. OBJETIVO
Este documento define a sistemática empregada na execução de colchão drenante de areia para
implantação de fundação de aterro. Para tanto, são apresentados os requisitos concernentes a
materiais, execução, manejo ambiental, controle de qualidade, além dos critérios para aceitação e
rejeição dos serviços.
2. DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA
As normas aqui relacionadas contêm disposições que, ao serem citadas neste texto, constituem-se
em material de consulta obrigatória para o entendimento desta especificação particular.
As edições indicadas estavam em vigor no momento da elaboração deste documento. Como toda
norma está sujeita a revisão, recomenda-se àqueles que utilizarem esta especificação particular,
que verifiquem a conveniência de usarem as edições mais recentes das normas citadas a seguir:
o ABNT-NBR 12052 - Agregados – Equivalente de Areia.
o ABNT-NBR 12824 - Geotêxtis – Determinação da resistência à tração não-confinada -
Ensaio de tração de faixa larga.
o ABNT-NBR 13292 – Solo – Determinação do coeficiente de permeabilidade de solos
granulares à carga constante.
o ARTERIS ES – 012 Rev.00 - Mantas geotêxtis em dispositivos de drenagem.
o ASTM D 4491. Test Methods for Water Permeability of Geotextiles by Permittivity.
Philadelphia, 2004.
o ASTM D 4632. Test Method for Grab Breaking Load and Elongation of Geotextiles.
Philadelphia, 2003.
o DNER-PRO 381/98 - Projeto de aterros sobre solos moles para obras viárias.
3. DEFINIÇÕES
Para o efeito desta Norma é adotada a seguinte definição:
3.1 Colchão drenante de areia:
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04/2021 ES 130 Rev00 pg. 2 - Centro de Desenvolvimento Tecnológico – ARTERIS
Consiste na associação de uma camada executada com areia selecionada protegida por geotêxtil
não tecido, aplicada diretamente sobre os terrenos de fundação de aterros compostos por materiais
saturados e de baixa resistência ao cisalhamento, antecedendo a execução do aterro.
4. CONDIÇÕES GERAIS
Não é permitida a execução dos serviços objeto desta especificação:
4.1 Sem autorização prévia e formal da Arteris.
4.2 Sem a implantação prévia da sinalização da obra, conforme normas de segurança para
trabalhos em rodovias.
4.3. Sem a executante apresentar a Licença Ambiental de exploração do areal, seja este comercial
ou de exploração local.
Antes da execução deverão ser efetuados os offsets e destocamento das árvores existentes na área.
5. CONDIÇÕES ESPECÍFICAS
5.1. Material
5.1.1 Areia
Deve ser utilizada na confecção do colchão drenante areia média ou grossa, isenta de matéria
orgânica ou outras impurezas prejudiciais às suas condições drenantes.
o Equivalente de areia deve ser igual ou superior a 35% (ABNT NBR 12052).
o A areia empregada no colchão drenante deverá apresentar uma permeabilidade mínima de
5,0E-03 cm/s, ou conforme parâmetros previstos em projeto, de acordo com o ensaio o
previsto na ABNT-NBR 13292.
5.1.2 Geossintético
As mantas geotêxtis de poliéster não tecido, utilizadas na execução dos dispositivos de drenagem,
com a finalidade de filtração, separação e proteção em obras geotécnicas.
O tipo e propriedade deverão ser indicados em projeto e atender as especificações descritas na
Tabela 01 – Propriedade de Manta Geotêxtil Não Tecido, salvo com orientação do projetista ou
supervisão.
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Tabela 1 - Propriedade de Manta Geotêxtil Não Tecido
MANTA GEOTÊXTIL TIPO
PROPRIEDADE NORMA
A B C
Resistência a tração faixa Larga NBR-12824 ≥12kN/m* ≥14kN/m* ≥19kN/m*
Alongamento NBR-12824 ≤75%* ≤75%* ≤75%*
Resistência a Tração Grab NBR - 4632(2) ≥800N* ≥960N* ≥1290N*
Resistência ao Puncionamento CBR NBR - 13359 ≥2,5kN ≥3,0kN ≥4,0kN
Permeabilidade ASTM D 4491 ≥0,35cm/s ≥0,35cm/s ≥0,35cm/s
0,11 mm 0,08 mm 0,07 mm
Abertura Aparente AOS (o95) ASTM D 4751 a a a
0,21 mm 0,19 mm 0,16 mm
* Limite admissível na direção de menor resistência
6. EQUIPAMENTO
• Todo o equipamento, antes do início da execução do serviço, deve ser cuidadosamente
examinado e aprovado pela ARTERIS.
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• O equipamento básico para execução do colchão drenante de areia compreende as
seguintes unidades:
✓ Caminhões basculantes;
✓ Pá́ -carregadeira;
✓ Trator de esteiras leve;
7. EXECUÇÃO
• A responsabilidade civil e ético-profissional pela qualidade, solidez e segurança da obra
ou do serviço é da executante.
• Limpeza, destocamento e regularização do terreno.
• Locação do eixo e limites das saias dos aterros.
• Quando não houver indicação em projeto, cabe a Arteris definir a largura e a espessura do
colchão drenante a ser executado, sendo recomendável a adoção de espessura mínima de
40 cm.
• Instalação de uma camada de geotêxtil tecido de resistência nominal longitudinal e
transversal de 50 kn/m, posteriormente deverá ser realizada a execução do colchão de areia
(areia média à grossa com permeabilidade mínima de 5,0e-03 cm/s) e o envelopamento
com geotêxtil não-tecido com gramatura de 300g/m².
• O espalhamento deve ser feito, a partir da “ponta de aterro”, pela atuação de trator de
esteiras leve. A porção inicialmente espalhada deve conferir condições de sustentação ao
próprio equipamento e às camadas subsequentes.
• O colchão drenante de areia não deve ser submetido a processo direto de compactação,
salvo a ação do deslocamento do próprio equipamento de esteiras utilizado na distribuição.
• Lançamento e alinhamento dos painéis de geotêxtil de forma a garantir o transpasse
mínimo de 10 cm, com aplicação de grampos item 5.1.3 a cada 3 metros conforme detalhe
ou de acordo com as indicações em projeto.
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8. MANEJO AMBIENTAL
Na execução dos colchões de areia adotam-se as recomendações de preservação ambiental
descritas a seguir.
• O material somente é aceito após o executante apresentar licença ambiental, Certificado
de Regularidade do Cadastro Técnico Federal do IBAMA e autorização de lavra da
ANM para exploração do areal;
• A exploração do areal deve ser adequada de modo a minimizar os danos inevitáveis e
possibilitar a recuperação ambiental, após retirada de todos os materiais e equipamentos;
• O material vegetal (Horizonte A) deve ser estocado previamente à execução do colchão
drenante, seguindo as Diretrizes de Meio Ambiente de cadastro e formulário de regra de
ouro, previsto no procedimento de Gestão de Resíduos Sólidos e dos Serviços de Saúde;
• Priorizar a conclusão célere do colchão drenante e executar medidas de contenção de
sedimentos para evitar que a areia seja carreada para a calha de corpos hídricos, em
especial em períodos chuvosos;
• Além destes procedimentos, devem ser atendidas, no que couber, as recomendações do
Manual de Instruções Ambientais, procedimento Arteris e Normas DNIT, em especial
070/2006 e manual IPR 730.
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9. CONTROLE DE QUALIDADE
Compete à executante a realização de testes e ensaios que demonstrem a seleção adequada dos
materiais em conformidade com esta especificação:
• Um ensaio de equivalente de areia, para cada 2.000 m³ de material aplicado.
• Um ensaio de Determinação do Coeficiente de Permeabilidade de acordo a norma ABNT-
NBR 13292 a cada 2.000 m³, ou quando se observar variação do material, ou solicitação
da supervisão.
• Apreciação visual das condições de espalhamento e desempeno da camada quando julgar
necessário, a realização aleatória de testes e ensaios que comprovem os resultados obtidos
pela executante, bem como formar juízo quanto à aceitação ou rejeição do serviço em
epígrafe.
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11. APÊNDICE – TABELA DE FREQUÊNCIA DE ENSAIOS
FREQUÊNCIA MÉTODO DE
ENSAIO ACEITAÇÃO
ESPECIFICAÇÃO ENSAIO
1 ensaio a cada 2.000
Equivalente de areia m² ou quando alterar o > 35% ABNT NBR-12052
material
Pista
Determinação do
coeficiente de 1 ensaio a cada 2.000 ≥ 5,0E-03 ou de
permeabilidade de m² ou quando alterar o acordo com o ABNT-NBR 13292
solos granulares à material projeto
carga constante
Topografia
X - ks > 95% da
a cada 20 metros de
Espessura espessura de Trena / Topografia
pista
projeto
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