Aula 01 - Dir Trab
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Autor:
Antonio Daud, Thállius Moraes
27 de Fevereiro de 2021
Sumário
1 - Considerações Iniciais............................................................................................................................... 3
2 - Desenvolvimento ....................................................................................................................................... 4
Lista de Questões.......................................................................................................................................... 99
Direito do Trabalho p/ TRT 16ª Região (Técnico Judiciário - Área Administrativa) - 2021 - Pré-Edital
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1 - CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Oi amigos(s),
Iniciaremos agora nosso curso de Direito do Trabalho. O tema da aula de hoje é bastante cobrado, de uma
forma geral. Portanto, fiquemos todos atentos!
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2 - DESENVOLVIMENTO
Inicialmente veremos o tópico “Conceito, características, divisão, natureza, funções e autonomia do Direito
do Trabalho”, em que abordaremos os fundamentos do Direito do Trabalho, sua formação histórica, as
tendências atuais, incluindo flexibilização e desregulamentação, e ainda o valor do trabalho e a dignidade
nas relações de trabalho.
Na sequência, veremos o tópico “Princípios do direito do trabalho”, no qual iremos discorrer acerca dos
principais itens que surgem em provas.
Após isto iremos estudar sobre as “Fontes do Direito do Trabalho”, os “Direitos constitucionais dos
trabalhadores” e, por fim, veremos Renúncia e Transação.
Quanto a este penúltimo tópico, é importante frisar que, na Constituição Federal de 1988 (CF/88), são
elencados direitos que se relacionam aos mais diversos assuntos deste curso.
Desta forma, comentaremos nesta aula sobre todos os direitos constantes da CF/88, mas, por questões
didáticas, o aprofundamento das regras pertinentes será realizado nas aulas respectivas.
Exemplo: comentaremos brevemente nesta aula sobre os incisos que tratam de limitação de jornada, mas o
aprofundamento do assunto será feito na aula específica sobre “jornada de trabalho”.
Sendo assim, aproveitem este tópico da aula para decorar a literalidade dos direitos constitucionais (que
cai bastante em prova) e depois, nas demais aulas, aprofundaremos os temas incluindo a jurisprudência do
TST e a legislação específica.
Ao longo do nosso curso, você perceberá que o Direito do Trabalho tem uma forte característica: proteger o
trabalhador.
E é daí que extraímos o fundamento deste ramo do Direito: ao pressupor que o trabalhador é
hipossuficiente, ante a desigualdade existente entre o detentor do capital (empregador) e o detentor da
força de trabalho (empregado), conclui-se que o empregado não poderia negociar livremente sua força de
trabalho.
É como dizia o francês Abade Lacordaire: “entre o patrão e o operário, é a liberdade que oprime e a lei que
liberta”.
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Tomando emprestadas as palavras de Ricardo Resende1, pode-se conceituar Direito do Trabalho como
sendo o ramo da ciência jurídica que estuda as relações jurídicas entre os trabalhadores e os tomadores de
seus serviços, em especial as relações entre empregados e empregadores.
Atualmente, não mais restam dúvidas acerca da autonomia do Direito do trabalho, na medida em que este
constitui um ramo autônomo da ciência jurídica.
a) Direito Coletivo do Trabalho, que trata das relações de determinado grupo, classe ou categoria,
em geral reunidos em um sindicato;e
b) Direito Individual do Trabalho, que trata das relações entre empregado e empregador.
Em relação à natureza do Direito do Trabalho, a despeito da infindável discussão a respeito de ser parte do
Direito Público ou do Direito Privado, a doutrina2 tem entendido que a substância central do Direito do
Trabalho (relação de emprego), levaria à conclusão de que o Direito do Trabalho tem natureza de Direito
Privado, haja vista que a relação se daria entre particulares. Além disso, mesmo que o Estado esteja em um
dos polos desta relação, trata-se de uma relação de direito privado.
Entre suas principais funções, estaria a de impedir a exploração do trabalho humano como fonte de riqueza
dos detentores do capital, de modo que, originalmente, teria sido concebido como verdadeiro instrumento
de proteção do polo mais fraco da relação de trabalho (trabalhador).
Nesse sentido, lembramos que o desenvolvimento do Direito do Trabalho se deu a partir do século XIX,
ensejado pela primeira Revolução Industrial, a partir dos movimentos dos operários que buscavam melhoria
das condições de trabalho, em especial a limitação da jornada.
Em decorrência da pressão desse movimento operário, iniciou-se uma intervenção do Estado no sentido de
regulamentar alguns desses direitos, o que teria coincidido com o reconhecimento dos direitos fundamentais
de segunda dimensão (direitos sociais) e com o Estado de Bem-Estar Social.
1
RESENDE, Ricardo. Direito do Trabalho Esquematizado. 7 ed. Método, 2012, p. 1.
2
DELGADO, Mauricio Godinho. Curso de Direito do Trabalho. 12 ed. São Paulo: LTr, 2013, p. 66-67.
5
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produtivo característico daquela sociedade e que tornaram possível o aparecimento deste ramo novo da
ciência jurídica, com características próprias e autonomia doutrinária.
Avançando, salienta-se que a CF, apesar de ter reforçado a proteção e garantido direitos mínimos ao
trabalhador, autorizou a flexibilização dos direitos trabalhistas que sejam de indisponibilidade relativa,
como sendo aqueles de caráter privado, não previstos em lei ou na própria CF como tal (por exemplo, direitos
estipulados em acordo ou convenção coletiva de trabalho ou no regulamento da empresa).
Por outro lado, proíbe-se a flexibilização dos direitos de indisponibilidade absoluta, pois estariam ligados
ao princípio da dignidade humana.
Além disso, entende-se incompatível com o Direito do Trabalho a desregulamentação das relações
trabalhistas. Notem que a desregulamentação (diferentemente da “flexibilização”) pressupõe a ausência de
intervenção estatal, de modo que as partes poderiam estipular livremente os contratos de trabalho. Tal
situação não é admitida no âmbito do Direito do Trabalho.
Já quando se fala em desregulamentação, observa-se um fenômeno mais radical, em que o Estado deixa de
intervir nas relações de trabalho, deixando que as partes negociem livremente.
c) de cunho intervencionista;
e) o fato de os seus institutos jurídicos mais típicos serem de ordem coletiva ou socializante;
Ao estudar Direito do Trabalho deparamo-nos com diversos princípios. Na seção abaixo, falaremos sobre os
mais importantes princípios do direito individual do trabalho para fins de concurso.
3
BARROS, Alice Monteiro de. Curso de Direito do Trabalho. São Paulo: Ltr, 2005. p. 87.
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Nas relações empregatícias sempre existe o conflito entre o detentor do capital (o empregador) e o detentor
da mão de obra, que é o empregado, e essa relação entre as partes, naturalmente, é desequilibrada em
função do poder econômico dos detentores de capital.
Informalmente podemos dizer que é a regra de ouro: quem tem o ouro faz as regras ;-)
Para atenuar esse desequilíbrio existente entre o capital e o trabalho criou-se o direito do trabalho, que é
alicerçado no princípio protetor (ou princípio da proteção).
É preciso destacar que, nos últimos tempos, tal princípio tem sofridos tentativas de esvaziamento, como na
reforma trabalhista (Lei 13.467/2017) e na “lei da terceirização” (Lei 13.429/2017), com a ampliação das
hipóteses admitidas.
Conforme disposto na doutrina, capitaneada pelo jurista Américo Plá Rodriguez, o princípio protetor pode
ser subdividido nos princípios da norma mais favorável, da condição mais benéfica e in dubio pro operario.
Princípio protetor
Segundo este princípio se deve aplicar ao caso concreto, havendo mais de uma norma em vigor regendo o
mesmo assunto, a que seja mais favorável ao empregado.
Pela aplicação deste princípio, portanto, respeitadas as regras de Hermenêutica Jurídica, deve-se buscar a
aplicação da norma mais favorável ao obreiro.
É interessante notar que o princípio aplica-se mesmo antes que as normas trabalhistas entrem em vigor, ou
seja, durante a elaboração das mesmas. Como ensina o Ministro Maurício Godinho Delgado4:
“O presente princípio [da norma mais favorável] dispõe que o operador do Direito do
Trabalho deve optar pela regra mais favorável ao obreiro em três situações ou dimensões
distintas: no instante da elaboração da regra (princípio orientador da elaboração
legislativa, portanto) ou no contexto de confronto de regras concorrentes (princípio
orientador do processo de hierarquização de normas trabalhistas) ou, por fim, no contexto
de interpretação das regras jurídicas (princípio orientador do processo de revelação do
sentido da regra trabalhista). A visão mais ampla do princípio entende que atua, desse
4
DELGADO, Mauricio Godinho. Curso de Direito do Trabalho. 12 ed. São Paulo: LTr, 2013, p. 191.
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1) Os chamados “preceitos de ordem pública” (também conhecidos5 como “normas proibitivas estatais”).
Vamos tratar desse assunto tomando um exemplo. A prescrição é um desses temas de ordem pública. O
prazo previsto na CF é, como será estudado mais adiante, de 2 e 5 anos. Se um Acordo Coletivo do Trabalho
(ACT) previsse, por exemplo, prazo prescricional de 30 anos, este não iria prevalecer em relação ao prazo
constitucional.
Além deste caso, com a mudança promovida pela Lei 13.467/2017 (reforma trabalhista) houve uma nítida
tentativa de flexibilização deste princípio, passando a se falar em pelo menos outras duas exceções,
comentadas a seguir:
2) Para as matérias listadas no art. 611-A da CLT, uma regra prevista em um Acordo Coletivo do trabalho, por
exemplo, poderá prevalecer sobre disposição existente no texto de uma lei, ainda que a regra legal seja mais
favorável ao empregado. Portanto, para tais assuntos, houve uma inegável tentativa de esvaziamento do
princípio da norma mais favorável.
5
RESENDE, Ricardo. Direito do Trabalho Esquematizado. 5a ed. 2015, p. 24.
8
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3) Segundo as regras da Lei da Reforma Trabalhista, as condições previstas em Acordos Coletivos (ACT – que
é o instrumento celebrado entre sindicato de empregados e empresa) “sempre prevalecerão” sobre aquelas
previstas mediante Convenção Coletiva (CCT – celebrada entre dois sindicatos), segundo o art. 620 da CLT:
Portanto, podemos dizer que o princípio da norma mais favorável é ofuscado quando estiverem presentes
normas de acordos ou convenções coletivas do trabalho.
-----
No que tange à hierarquização das normas, existem duas teorias que buscam definir qual seria a norma mais
favorável a ser aplicada ao empregado: teorias da acumulação e do conglobamento.
De modo breve, a teoria da acumulação diz que se deve utilizar, no caso concreto, mais de um texto
normativo, fragmentando seus dispositivos, e selecionando os mais favoráveis ao empregado.
Por outro lado, a teoria do conglobamento, dominante na doutrina, propõe que as disposições sobre a
matéria em questão devem ser analisadas globalmente dentro de cada texto normativo e será aplicável ao
caso o conjunto mais benéfico ao empregado.
Nesse sentido, trago abaixo interessante lição de Mauricio Godinho Delgado6, que sinaliza pela teoria do
conglobamento como a mais adequada:
6
DELGADO, Mauricio Godinho. Op. cit., p. 192.
9
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O princípio da condição mais benéfica está relacionado às cláusulas contratuais (constantes do contrato de
trabalho ou regulamento da empresa), que, sendo mais vantajosas ao trabalhador, devem ser preservadas
durante a vigência do vínculo empregatício.
Assim, pela aplicação deste princípio, é inválida a supressão de cláusula de contrato de trabalho que
prejudique o empregado.
CLT, art. 468 - Nos contratos individuais de trabalho só é lícita a alteração das respectivas
condições por mútuo consentimento, e ainda assim desde que não resultem, direta ou
indiretamente, prejuízos ao empregado, sob pena de nulidade da cláusula infringente desta
garantia.
Outro exemplo de manifestação do princípio da condição mais benéfica é o seguinte excerto da Súmula 51
do TST:
A seguinte passagem da obra de Sérgio Pinto Martins7 nos permite enxergar o princípio em estudo:
“A condição mais benéfica ao trabalhador deve ser entendida como o fato de que
vantagens já conquistadas, que são mais benéficas ao trabalhador, não podem ser
modificadas para pior. É a aplicação da regra do direito adquirido (art. 5º, XXXVI, da
Constituição), do fato de o trabalhador já ter conquistado certo direito, que não pode ser
modificado, no sentido de se outorgar uma condição desfavorável ao obreiro.”
Segundo o princípio in dubio pro operario, diante de duas opções igualmente válidas, o intérprete do direito
do trabalho deve aplicar a opção mais vantajosa ao trabalhador.
7
MARTINS, Sérgio Pinto. Direito do Trabalho. 27 ed. São Paulo: Atlas, 2011, p. 70.
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Tal princípio é criticado pelo Ministro Godinho visto que entraria em conflito com o princípio do juiz natural
(CF/88, art. 5º, XXXVII e LIII8), segundo o qual o intérprete deve atuar imparcialmente nas questões postas
em juízo.
“(...) havendo dúvida do juiz em face do conjunto probatório existente e das presunções
aplicáveis, ele deverá decidir em desfavor da parte que tenha o ônus da prova naquele
tópico duvidoso, e não segundo a diretriz genérica in dubio pro operario.”
O princípio in dubio pro operario também é conhecido como princípio in dubio pro misero.
Antes de avançarmos, segue um esquema com as diferenças sutis entre esses princípios:
Princípios
Norma mais favorável Condição mais benéfica In dubio pro operário
As cláusulas contratuais (previstas no
Havendo mais de uma norma em Diante de duas ou mais
contrato de trabalho ou no regulamento da
vigor regendo o mesmo assunto, interpretações sobre a mesma
empresa) mais benéficas devem
deve-se aplicar a que seja mais norma, escolhe-se a que seja mais
prevalecer diante de alterações de normas
favorável ao empregado favorável ao empregado
que diminuam a proteção ao trabalhador
Escolhe-se uma norma, dentre duas Cláusulas mais benéficas aderem ao Escolhe-se 1 interpretação,
ou mais contrato (direito adquirido) dentre 2 ou mais (mesma norma)
8
CF/88, art. 5º, LIII - ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente.
9
DELGADO, Mauricio Godinho. Op. cit., p. 205.
10
MARTINS, Sérgio Pinto. Op. cit., p. 69.
11
Código de Processo Civil (CPC), art. 373. O ônus da prova incumbe:
I - ao autor, quanto ao fato constitutivo do seu direito;
II - ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor.
12
CLT, art. 818. O ônus da prova incumbe:
I - ao reclamante, quanto ao fato constitutivo de seu direito;
II - ao reclamado, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do reclamante
11
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Assim como comentamos em relação ao princípio da condição mais benéfica, o princípio da inalterabilidade
contratual lesiva também está expresso no artigo 468 da CLT:
CLT, art. 468 - Nos contratos individuais de trabalho só é lícita a alteração das respectivas
condições por mútuo consentimento, e ainda assim desde que não resultem, direta ou
indiretamente, prejuízos ao empregado, sob pena de nulidade da cláusula infringente desta
garantia.
Este princípio tem origem no princípio geral do direito civil da inalterabilidade dos contratos (pacta sunt
servanda).
Percebam que este princípio não impede alterações contratuais trabalhistas, que são comuns na prática. O
que se restringe são as alterações lesivas onde o empregado é prejudicado.
É sabido que o empregador, nesta condição, possui poder diretivo para gerenciar seu negócio – é o chamado
jus variandi do empregador.
Quanto a este aspecto é importante salientar que pequenas alterações efetuadas pelo empregador, que não
frustrem direitos trabalhistas podem ser implementadas, devendo-se analisar o caso concreto para verificar
se houve ou não afronta ao princípio da inalterabilidade contratual lesiva.
Além disso, ressalte-se que algumas cláusulas contratuais podem ser negociadas com intermediação da
representação sindical obreira, através de negociação coletiva.
É possível, então, por meio de negociação coletiva, que certas cláusulas sejam flexibilizadas com vistas a
evitar mal maior. Falaremos sobre isto nos comentários do artigo 7º da CF/88.
A estipulação, por mera liberalidade da empresa, de base de cálculo mais vantajosa que o
salário mínimo para o pagamento do adicional de insalubridade configura direito adquirido
dos empregados. Assim, não pode a empregadora, a pretexto de ajustar-se ao
entendimento fixado pelo Supremo Tribunal Federal na Súmula Vinculante 4, passar a
utilizar o salário mínimo como base de cálculo do adicional de insalubridade, em
detrimento do salário básico anteriormente adotado, sob pena de haver alteração
13
TST-EARR-11693-79.2015.5.18.0017, SBDI-I, rel. Min. Guilherme Augusto Caputo Bastos, 7/6/2018
12
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contratual lesiva, a que se refere o art. 468 da CLT, e afronta ao princípio da irredutibilidade
salarial.
Este princípio, também chamado de princípio da imperatividade das normas trabalhistas, é uma limitação
à autonomia das partes no direito do trabalho.
No direito civil, as partes têm autonomia para negociar cláusulas contratuais, o que, no direito do trabalho,
poderia vir a fazer com que o trabalhador abrisse mão de direitos para conquistar ou manter seu emprego.
Assim, tendo em vista o já comentado desequilíbrio entre capital e trabalho, no âmbito trabalhista as partes
não podem negociar livremente cláusulas trabalhistas.
Este princípio também é conhecido como princípio da irrenunciabilidade dos direitos trabalhistas e princípio
da imperatividade das normas trabalhistas.
14
DELGADO, Mauricio Godinho. Curso de Direito do Trabalho. 12 ed. São Paulo: LTr, 2013, p. 196.
15
Os assuntos “Renúncia e Transação” serão tratados em outro tópico.
16
DELGADO, Mauricio Godinho. Op. cit., p. 194.
13
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Por outro lado, com a aprovação da Lei 13.467 (reforma trabalhista), o princípio da indisponibilidade dos
direitos trabalhistas foi apequenado, a exemplo daquelas situações em que o negociado pode prevalecer
sobre o legislado:
CLT, art. 611-A. A convenção coletiva e o acordo coletivo de trabalho têm prevalência sobre
a lei quando, entre outros, dispuserem sobre:
(..)
Além disso, os chamados “altos empregados”, que são aqueles com nível superior e que recebem salários
superiores a duas vezes o teto do RGPS, poderão negociar diretamente com seus empregadores, sem
intermediação pelo sindicato profissional (CLT, art. 444, parágrafo único).
Assim, no caso destes empregados, eles próprios poderão transacionar direitos, de modo que, para eles,
houve redução na incidência do princípio da indisponibilidade dos direitos trabalhistas.
Por meio deste princípio, busca-se, no direito do trabalho, priorizar a realidade em detrimento da forma.
Assim, nos casos em que haja, por exemplo, típica relação de emprego mascarada por contrato de estágio
(veremos que estagiário não é empregado), por aplicação deste princípio a relação empregatícia deverá ser
reconhecida.
Como no Direito do Trabalho os fatos são mais importantes que os ajustes formais (vide exemplos citados
acima), a CLT prevê a nulidade dos atos praticados com objetivo de fraudá-la:
CLT, art. 9º - Serão nulos de pleno direito os atos praticados com o objetivo de desvirtuar,
impedir ou fraudar a aplicação dos preceitos contidos na presente Consolidação.
Este princípio valoriza a permanência do empregado no mesmo vínculo empregatício, dadas as vantagens
que isso representa.
Com o passar do tempo no mesmo emprego, o trabalhador recebe capacitação, realiza cursos, recebe
aumentos salariais, vantagens remuneratórias como anuênios, quinquênios etc.
14
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Estudaremos ao longo do curso os contratos de trabalho, e neste tópico é relevante frisar que, com base no
princípio da continuidade da relação de emprego, a regra é que os contratos trabalhistas sejam firmados
com prazo indeterminado.
Assim, tendo em vista o princípio em estudo, contratos de trabalho com prazo determinado representam
exceção, e só terão lugar nos casos legalmente definidos. A regra é que o contrato seja indeterminado.
Também se relaciona ao princípio em estudo o artigo 448 da CLT, segundo o qual os contratos de trabalho
continuam vigentes mesmo que haja mudança na propriedade na empresa (sucessão de empregadores):
CLT, art. 448 - A mudança na propriedade ou na estrutura jurídica da empresa não afetará
os contratos de trabalho dos respectivos empregados.
Ainda sobre o princípio em estudo, é muito interessante a lição do Ministro Godinho17 sobre as três
repercussões favoráveis ao empregado que a permanência do contrato de trabalho gera, que sintetizei no
quadro a seguir:
Este princípio confere ao salário diversas garantias jurídicas, visto que este possui natureza alimentar.
17
DELGADO, Mauricio Godinho. Op. cit., p. 200-201.
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Assim, a intangibilidade salarial abrange não apenas a irredutibilidade nominal do seu valor, mas também
vedação a descontos indevidos, tempestividade no pagamento, etc.
CF/88, art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à
melhoria de sua condição social: (...)
CLT, art. 459 - O pagamento do salário, qualquer que seja a modalidade do trabalho, não
deve ser estipulado por período superior a 1 (um) mês, salvo no que concerne a comissões,
percentagens e gratificações.
CLT, art. 462 - Ao empregador é vedado efetuar qualquer desconto nos salários do
empregado, salvo quando este resultar de adiantamentos, de dispositivos de lei ou de
contrato coletivo.
CLT, art. 465. O pagamento dos salários será efetuado em dia útil e no local do trabalho,
dentro do horário do serviço ou imediatamente após o encerramento deste, salvo quando
efetuado por depósito em conta bancária, observado o disposto no artigo anterior.
As fontes do direito do trabalho são divididas em formais e materiais, e também entre heterônomas e
autônomas.
O conceito de fonte material se relaciona a um momento pré-jurídico, onde fatores sociais, econômicos e
políticos influenciam na positivação de normas jurídicas. É o caso, por exemplo, do movimento sindical
operário.
Em outras palavras, fontes materiais são fatores que influenciam na criação e alteração das normas jurídicas
(por isso se relacionam ao momento pré-jurídico).
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As fontes formais do direito do trabalho se enquadram como tal em vista de sua exteriorização na ordem
jurídica, na forma de Constituição, emenda à Constituição, lei, decreto, etc.
Assim, fontes formais são18 “os mecanismos exteriores e estilizados pelos quais as normas ingressam,
instauram-se e cristalizam-se na ordem jurídica”.
Fontes heterônomas do direito do trabalho (leis, decretos, etc) são normas elaboradas pelo Estado, não
havendo participação direta dos destinatários da mesma em sua produção.
Fontes autônomas são elaboradas pelos próprios destinatários, ou seja, os destinatários da norma
regulamentam suas condições de trabalho, diretamente ou por meio de suas entidades representativas
(sindicatos). Este é o caso das negociações coletivas de trabalho.
Movimento sindical
Fontes
Fontes Autônomas
Heterônomas
Movimento político dos operários
Veremos agora as fontes formais do direito do trabalho, divididas em fontes heterônomas e fontes
autônomas.
18
DELGADO, Mauricio Godinho. Op. cit., p. 139.
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Constituição Federal
Leis
As leis (regras jurídicas abstratas, impessoais e obrigatórias), emanadas do Poder Legislativo e promulgadas
pelo Poder Executivo, são fonte formal do direito do trabalho.
As Medidas Provisórias (MP), emitidas pelo Presidente da República em caso de relevância e urgência, nos
termos do artigo 62 da CF/88, também são fontes heterônomas do direito do trabalho.
Os Tratados e Convenções Internacionais são fontes heterônomas do direito do trabalho quando ratificados
pelo Brasil.
As Convenções da Organização Internacional do Trabalho (OIT) que sejam ratificadas pelo Brasil, portanto,
são fontes formais do direito do trabalho.
Já que falamos em OIT, lembremos que aquele organismo internacional também expede as Recomendações,
que são diplomas não obrigatórios e não ratificados pelos países membros; dessa forma, as Recomendações
não são fonte formal do direito do trabalho.
Decretos
O Decreto é expedido pelo Presidente da República, nos termos do art. 84 da CF/88, e é considerado fonte
formal do direito:
(...)
19
DELGADO, Mauricio Godinho. Op. cit., p. 151.
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“Os diplomas dessa natureza, em princípio, não constituem fontes formais do direito, dado
que obrigam apenas os funcionários a que se dirigem e nos limites da obediência
hierárquica”.
Entretanto, como esclarece o jurista, em alguns casos a própria lei atribui a estes normativos a tarefa de
regulamentar determinados preceitos, como o seguinte artigo da CLT:
CLT, art. 192 - O exercício de trabalho em condições insalubres, acima dos limites de
tolerância estabelecidos pelo Ministério do Trabalho, assegura a percepção de adicional
respectivamente de 40% (quarenta por cento), 20% (vinte por cento) e 10% (dez por cento)
do salário-mínimo da região, segundo se classifiquem nos graus máximo, médio e mínimo.
Com base na determinação acima exposta, o Ministério do Trabalho expediu a Portaria 3.217/78, que inclui
a Norma Regulamentadora nº 15, em cujos Anexos podemos encontrar limites de tolerância para ruído, calor
e agentes químicos.
Com base neste entendimento, portanto, podemos considerar as Normas Regulamentadoras (NR) de
Segurança e Saúde do Trabalho do MTb - aprovadas mediante Portaria - como fonte formal do direito do
trabalho.
Sentenças Normativas
As sentenças normativas são proferidas pela Justiça do Trabalho em processos de dissídio coletivo:
Laudo Arbitral
Via de regra, quando a negociação coletiva é frustrada, há casos em que as partes (sindicatos) elegem um
árbitro, a quem incumbirá proferir decisão (laudo arbitral) que solucione o impasse:
CF/88, art. 114, § 1º - Frustrada a negociação coletiva, as partes poderão eleger árbitros.
Além disso, com a reforma trabalhista, passou a existir no Direito do Trabalho a possibilidade de arbitragem
em dissídios individuais, mas apenas naqueles casos em que o empregado percebe remuneração superior a
2 vezes o teto da previdência:
CLT, art. 507-A. Nos contratos individuais de trabalho cuja remuneração seja superior a
duas vezes o limite máximo estabelecido para os benefícios do Regime Geral de Previdência
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Social, poderá ser pactuada cláusula compromissória de arbitragem, desde que por
iniciativa do empregado ou mediante a sua concordância expressa, nos termos previstos
na Lei no 9.307, de 23 de setembro de 1996.
Há consenso doutrinário de que o laudo arbitral é fonte formal do direito do trabalho, mas há controvérsias
sobre esta figura enquadrar-se como fonte heterônoma ou autônoma.
Tais negociações têm validade jurídica e são elaboradas pelos empregadores e empregados com a
participação das entidades representativas (sindicatos).
Segue abaixo um esquema representativo da relação entre negociação, convenção e acordo coletivos de
trabalho, com os agentes envolvidos em sua elaboração:
Negociação coletiva
Resultado de negociação entre o sindicato patronal e Resultado de negociação entre uma (ou mais)
o sindicato dos empregados empresa(s) e o sindicato dos empregados
Agora vamos tratar separadamente de algumas regras atinentes a cada uma das espécies de negociação
coletiva. O assunto será abordado de forma completa durante o curso.
CLT, art. 611 - Convenção Coletiva de Trabalho é o acordo de caráter normativo, pelo qual
dois ou mais Sindicatos representativos de categorias econômicas e profissionais estipulam
condições de trabalho aplicáveis, no âmbito das respectivas representações, às relações
individuais de trabalho.
Assim, a convenção coletiva abrange toda a categoria profissional (comerciários, trabalhadores da indústria
da construção, professores, etc.) na base territorial do sindicato.
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Os empregados não são obrigados a filiar-se ao sindicato de sua categoria, mas mesmo os não filiados
são abrangidos pelas disposições da convenção ou acordo coletivos de trabalho.
Nesta linha, por exemplo, mesmo o empregado não filiado ao sindicato representativo de sua categoria faz
jus ao piso salarial porventura estabelecido na convenção coletiva.
Como se verifica no esquema anterior e na leitura da CLT, o ACT é celebrado entre o sindicato obreiro e a(s)
empresa(s), não havendo participação ativa do sindicato patronal.
Acerca da hierarquia nas fontes do Direito do Trabalho, a partir da reforma trabalhista da Lei 13.467, as
condições do Acordo, que são mais específicas do que aquelas da Convenção, sempre prevalecerão sobre
as condições da Convenção Coletiva de Trabalho. Portanto, prevalecem aquelas condições oriundas do
instrumento celebrado com a(s) empresa(s).
Antes Depois
Art. 620. As condições estabelecidas em Art. 620. As condições estabelecidas
Convenção quando mais favoráveis, prevalecerão em acordo coletivo de trabalho sempre
sôbre as estipuladas em Acôrdo. prevalecerão sobre as estipuladas
em convenção coletiva de trabalho.
Falaremos mais sobre o Direito Coletivo do Trabalho em aula específica deste curso.
➢ Usos e Costumes
Para finalizar o assunto, destaco que parte majoritária da doutrina enquadra os usos e costumes como fonte
formal do direito do trabalho, com fundamento no artigo 8º da CLT:
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Bom pessoal, falamos então das fontes materiais do direito do trabalho e das formais, divididas em fontes
heterônomas e autônomas. Precisamos comentar sobre outros institutos que, dada a controvérsia
doutrinária sobre sua classificação, resolvi intitular de “outras fontes”.
➢ Jurisprudência
Há controvérsia sobre a classificação da jurisprudência como fonte formal ou não. Alguns autores entendem
que não é fonte formal, pois não têm valor de regra geral, de cumprimento obrigatório.
Outros autores entendem que a jurisprudência exerce o papel de criador do direito, como ensina o Ministro
Godinho20:
Contrariando tal posicionamento, a reforma trabalhista criou o §2º do art. 8º da CLT, buscando restringir o
chamado “ativismo da justiça do trabalho”. Assim, o §2º prevê que os enunciados da jurisprudência
trabalhista, como por exemplo, súmulas e OJs, não poderão extrapolar as obrigações previstas em lei:
CLT, art. 8º, § 2º Súmulas e outros enunciados de jurisprudência editados pelo Tribunal
Superior do Trabalho e pelos Tribunais Regionais do Trabalho não poderão restringir
direitos legalmente previstos nem criar obrigações que não estejam previstas em lei.
Por exemplo: uma súmula do TST dizia que o empregador não deveria retirar a gratificação do empregado
que perdesse o cargo em comissão após 10 anos. Tal obrigação imposta ao empregador não se encontra
prevista em lei. Portanto, segundo a reforma promovida, o TST (e os demais tribunais do trabalho) não
poderia criar obrigações como esta, já que não estão previstas em lei.
20
DELGADO, Mauricio Godinho. Op. cit., p. 165.
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Com a Emenda Constitucional 45/2004 o Supremo Tribunal Federal (STF) tem o poder de aprovar súmulas
que vinculam a Administração Pública, ou seja, dotadas de generalidade, impessoalidade e abstração e que,
por isso, podem ser consideradas como fontes formais:
CF/88, art. 103-A. O Supremo Tribunal Federal poderá, de ofício ou por provocação,
mediante decisão de dois terços dos seus membros, após reiteradas decisões sobre matéria
constitucional, aprovar súmula que, a partir de sua publicação na imprensa oficial, terá
efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração
pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal, bem como proceder à
sua revisão ou cancelamento, na forma estabelecida em lei.
➢ Princípios
Há controvérsias doutrinárias sobre os princípios gerais de direito serem ou não fontes formais de direito, e
por isso deixei-os nesta seção da aula.
O Ministro Godinho entende que a doutrina recente confere aos princípios função normativa, a que ele se
refere como sendo “função normativa concorrente”, e que nesta óptica os princípios seriam fonte formal de
direito.
➢ Regulamento Empresarial
Outra parte da doutrina, como Amauri Mascaro22 e Sérgio Pinto Martins23, já o incluem. Para concursos
públicos, contudo, a classificação do regulamento empresarial está longe de se tornar pacífica.
A banca FCC, na questão abaixo, considerou o regulamento empresarial unilateral da empresa como fonte
formal heterônoma (já que foi estabelecido unilateralmente pela empresa), dando como correta a assertiva
abaixo:
21
DELGADO, Maurício Godinho. Curso de Direito do Trabalho. São Paulo: LTr, p. 163
22
NASCIMENTO, Amauri Mascaro. Curso de Direito do Trabalho. 15 ed. São Paulo: Saraiva. P. 226.
23
CARRON, Valentin. Comentários à Consolidação das Leis do Trabalho. 28 ed. São Paulo: Saraiva. P. 275
23
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Por fim, destaco que o regulamento empresarial é um dos temas em que o negociado irá se sobrepor ao
legislado (CLT, art. 611-A, VI).
Em relação tanto às convenções e aos acordos coletivos, após a reforma trabalhista, para determinados
assuntos (previstos no art. 611-A da CLT – listados no diagrama abaixo) o “negociado prevalecerá sobre o
legislado”.
Sendo assim, a respeito de tais temas, as regras previstas nessas fontes autônomas (ACT e CCT) poderão se
sobrepor a regras de fontes heterônomas (estatais).
24
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Além disso, como já destacado acima, a partir da reforma trabalhista da Lei 13.467, as condições do Acordo
sempre prevalecerão sobre as condições da Convenção Coletiva de Trabalho24. É o critério da especialidade
da norma coletiva, já que o acordo (celebrado diretamente com uma ou mais empresas) é mais específico
que a convenção.
-----
É importante destacar, ainda, que, por expressa disposição do art. 8º da CLT, há algumas espécies que são
consideradas fontes supletivas ou subsidiárias do Direito do Trabalho (utilizadas na ausência das fontes
primárias):
24
CLT, art. 620. As condições estabelecidas em acordo coletivo de trabalho sempre prevalecerão sobre as estipuladas em
convenção coletiva de trabalho.
25
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Em relação ao §1º acima, notem que ele teve sua redação alterada pela reforma trabalhista, eliminando a
parte final do então parágrafo único do art. 8º da CLT:
Antes Depois
CLT, art. 8º, parágrafo único - O direito CLT, art. 8º, § 1º O direito comum será
comum será fonte subsidiária do direito do fonte subsidiária do direito do trabalho.
trabalho, naquilo em que não for
incompatível com os princípios
fundamentais deste.
O Ministro Godinho diminui os efeitos da alteração redacional do §1º do art. 8º da CLT25, ponderando que a
mudança:
A partir dos dispositivos transcritos acima, podemos concluir que, na falta de disposições legais aplicáveis
(fontes formais típicas, estudadas acima), os conflitos podem ser dirimidos pela utilização das seguintes
fontes supletivas ou subsidiárias (mas sempre de maneira que nenhum interesse de classe ou particular
prevaleça sobre o interesse público):
25
DELGADO, Maurício Godinho. DELGADO, Gabriela Neves. A Reforma Trabalhista no Brasil: com os comentários à Lei n.
13.467/2017. 1ª ed. São Paulo: LTr, 2017. P. 106
26
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Neste tópico do curso veremos basicamente os incisos (e parágrafo único) do artigo 7º da CF/88, onde estão
elencados os direitos dos trabalhadores urbanos e trabalhadores rurais.
Passaremos a ver, então, na sequência disposta na CF, os direitos dos trabalhadores urbanos e rurais.
CF/88, art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à
melhoria de sua condição social:
I - relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, nos
termos de lei complementar, que preverá indenização compensatória, dentre outros
direitos;
Após o advento de nossa atual Constituição não há mais a estabilidade decenal do empregado, prevista na
CLT (antes da CF/88, o empregado que contasse com mais de 10 anos de empresa não poderia ser demitido,
senão por motivo de falta grave ou circunstância de força maior).
Atualmente, entretanto, há uma proteção ao empregado que é demitido nos casos em que a despedida seja
arbitrária ou sem justa causa, que é a multa de 40% do FGTS (Lei 8.036/1990).
Seria o seguinte:
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Faz jus ao benefício do seguro-desemprego o empregado demitido sem justa causa, ou seja, aquele que não
deu causa à sua demissão.
O seguro-desemprego é devido aos demitidos sem justa causa, aos pescadores artesanais (durante o defeso
– período no qual não se pode pescar para não prejudicar a reprodução dos peixes, crustáceos, etc.) e
também é devido aos trabalhadores que, reduzidos à condição análoga à de escravo, foram resgatados em
ação fiscal do Ministério do Trabalho.
O Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) é regulado pela lei 8.036/90, que dispõe sobre o Fundo de
Garantia do Tempo de Serviço, e dá outras providências.
Todos os empregadores ficam obrigados a depositar, até o dia 7 (sete) de cada mês, em conta bancária
vinculada, a importância correspondente a 8 % da remuneração paga ou devida, no mês anterior, a cada
trabalhador.
CF/88, art. 7º, IV - salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender
a suas necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação,
26
Lei 8.036/90 [Lei do FGTS], art. 18, § 1º Na hipótese de despedida pelo empregador sem justa causa, depositará este, na conta
vinculada do trabalhador no FGTS, importância igual a quarenta por cento do montante de todos os depósitos realizados na conta
vinculada durante a vigência do contrato de trabalho, atualizados monetariamente e acrescidos dos respectivos juros.
28
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saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos
que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim;
A partir da CF/88, o salário mínimo é nacionalmente unificado, e por conta disto os dispositivos onde a CLT
previa “salários mínimos regionais” não foram recepcionados pela Constituição.
Cuidado para não confundir salário mínimo com piso salarial, que trataremos no próximo inciso.
Piso salarial é estabelecido a determinada categoria por meio de negociação coletiva de trabalho. Assim, o
piso varia de acordo com a categoria e a abrangência do sindicato respectivo.
Exemplo: o piso salarial dos empregados do comércio da cidade X é definido na negociação coletiva dos
sindicatos de empregados e patronal, e poderá ser distinto do piso salarial da mesma categoria de outra
localidade.
O piso salarial também pode ser definido pelos Poderes Executivos dos estados da federação, como previsto
na Lei Complementar 103/2000, que “autoriza os Estados e o Distrito Federal a instituir o piso salarial a que
se refere o inciso V do art. 7º da Constituição Federal, por aplicação do disposto no parágrafo único do seu
art. 2227.”
Em regra, é vedada a redução dos salários dos empregados, qualquer que seja o motivo.
27
CF/88, art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre:
I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho;
(...)
Parágrafo único. Lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas das matérias
relacionadas neste artigo.
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Esta redução nominal de salário poderá ocorrer nos casos extremos (por exemplo, uma crise econômica) em
que o sindicato aceite a medida para evitar demissões.
CF/88, art. 7º, VII - garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem
remuneração variável;
O salário mínimo é garantido aos empregados, como forma de evitar que empregadores reduzam ainda mais
este patamar salarial mínimo que, como vimos, é nacionalmente unificado.
Alguns empregados têm remuneração fixa, e outros têm uma parte fixa e outra variável (falaremos sobre
isso na aula de remuneração e salário).
Nestes casos o que interessa para a aplicação da regra é o valor total a ser recebido, ou seja, nada impede
que a parcela variável seja inferior ao mínimo, desde que esta parcela, somada à parcela fixa, lhe garanta o
salário mínimo.
A gratificação natalina deve ser paga até o dia 20 de dezembro de cada ano, devendo haver adiantamento
da gratificação (metade da remuneração do mês anterior) entre os meses de fevereiro e novembro de cada
ano. Comentaremos mais sobre esta verba na aula de remuneração e salário.
O adicional noturno é direito de quem trabalha no período da noite, considerado com tal das 22h00min às
05h00min (ambiente urbano), 21h00min às 05h00min (ambiente rural – agricultura) e 20h00min às
04h00min (ambiente rural – pecuária).
Para o ambiente urbano o adicional é de 20%, para o rural 25%. Comentaremos mais sobre esta verba na
aula de remuneração e salário.
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As verbas salariais têm natureza alimentar, e por isso o empregador não pode reter o salário. Comentaremos
mais sobre o assunto na aula de remuneração e salário.
Esta verba foi regulamentada pela Lei 10.101/00, que “regula a participação dos trabalhadores nos lucros ou
resultados da empresa como instrumento de integração entre o capital e o trabalho e como incentivo à
produtividade, nos termos do art. 7º, inciso XI, da Constituição”.
Segundo a citada lei, a salário-família será devido, mensalmente, ao segurado empregado e ao segurado
trabalhador avulso, na proporção do respectivo número de filhos ou equiparados.
Notem que, após a EC 72/2013, o doméstico também passou a fazer jus ao salário família, direito este que
dependia de regulamentação, a qual foi realizada por meio da LC 150/2015 (nova lei dos domésticos).
É importante frisar que a cota do salário-família não será incorporada, para qualquer efeito, ao salário (ou
ao benefício que o segurado esteja recebendo).
XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro
semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo
ou convenção coletiva de trabalho;
A duração normal diária da jornada de trabalho é de 08 horas, e do módulo semanal de trabalho 44 horas
(seria o caso, por exemplo, de jornadas de 08 horas de segundas-feiras a sextas-feiras e 04 horas aos
sábados).
Falaremos sobre compensação de jornada (compensar trabalho a mais num dia reduzindo a jornada em
outro) e demais assuntos correlatos na aula sobre jornada e descansos.
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Nos turnos ininterruptos de revezamento, há alternância de horários (num dia o empregado labora de
manhã, no outro de tarde e no outro à noite), o que causa prejuízos à sua saúde e inserção social. Por este
motivo a jornada é de 06 horas (salvo negociação coletiva) ao invés das 08 horas normais.
Comentaremos sobre os turnos ininterruptos de revezamento (TIR) na aula sobre jornada e descansos.
O repouso semanal remunerado (RSR), também conhecido como descanso semanal remunerado (DSR), é
normatizado pela Lei 605/49, segundo a qual “todo empregado tem direito ao repouso semanal remunerado
de vinte e quatro horas consecutivas, preferentemente aos domingos (...)”.
Em regra, o repouso semanal remunerado (RSR) não necessariamente deve coincidir com o domingo, pois a
CF/88 fala em “preferencialmente”.
Nos casos em que haja negociação coletiva estabelecendo alíquotas superiores a este patamar mínimo
constitucional, valerão os percentuais negociados por meio do sindicato.
XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário
normal;
As férias serão gozadas durante o período concessivo (que ocorre após o período aquisitivo), e sua
remuneração deve ser acrescida do terço constitucional, que representa 1/3 do salário normal do
empregado.
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XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento e
vinte dias;
A licença-maternidade tem a duração de 120 dias, durante os quais o contrato de trabalho é interrompido.
Nos termos da Lei 8.213/91 (Planos de Benefícios da Previdência Social), “o salário-maternidade é devido à
segurada da Previdência Social, durante 120 (cento e vinte) dias, com início no período entre 28 (vinte e oito)
dias antes do parto e a data de ocorrência deste, observadas as situações e condições previstas na legislação
no que concerne à proteção à maternidade”.
Desde 2002, quando foram alteradas a CLT e a Lei 8.213/91, à empregada que adotar ou obtiver guarda
judicial para fins de adoção de criança também será concedida licença-maternidade.
Por fim, em 2008 foi publicada a Lei 11.770/08, que institui o Programa Empresa Cidadã. Este programa
concede incentivo fiscal para empresas que prorroguem em 60 (sessenta) dias a licença-maternidade de suas
empregadas, totalizando licença de 180 dias.
Ainda não há lei fixando prazo para a licença, então continuam válidos os 05 dias previstos no Ato das
Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT).
Caso haja alguma previsão em convenção ou acordo coletivo de trabalho com prazo maior, aplicar-se-á a
disposição do diploma coletivo.
Por fim, com a Lei 13.257/2016 (que alterou a Lei do Programa Empresa Cidadã), agora também é possível a
prorrogação da licença-paternidade por 15 dias, totalizando 20 dias.
XXI - aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta dias, nos
termos da lei;
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O aviso prévio será objeto de estudo em aula específica do curso. É um instituto que se aplica nos contratos
por prazo indeterminado.
Em 2011 foi regulamentada a proporcionalidade deste instituto, pela Lei 12.506/11, segundo a qual ao aviso
prévio serão acrescidos 3 (três) dias por ano de serviço prestado na mesma empresa, até o máximo de 60
(sessenta) dias, perfazendo um total de até 90 (noventa) dias.
XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e
segurança;
Este dispositivo é um dos fundamentos de validade das Normas Regulamentadoras (NR) expedidas pelo
Ministério do Trabalho, que objetivam resguardar a segurança e saúde dos trabalhadores regidos pela CLT.
Os adicionais são devidos nas situações definidas na CLT, segundo a qual o exercício de trabalho em
condições insalubres, acima dos limites de tolerância estabelecidos pelo Ministério do Trabalho, assegura a
percepção de adicional respectivamente de 40%, 20% ou 10% do salário-mínimo da região, segundo se
classifiquem nos graus máximo, médio e mínimo.
Como comentamos anteriormente, a CLT fala em “salário-mínimo da região”, mas com a CF/88 o salário
mínimo é nacionalmente unificado (CF, art. 7º, inciso IV).
Quanto à periculosidade, esta se configura quando há contato permanente com inflamáveis, explosivos,
energia elétrica, violência física ou motocicleta, em condições de risco acentuado. Nestes casos os
empregados fazem jus a um adicional de 30% sobre o salário-base (ou seja, sem os acréscimos resultantes
de gratificações, prêmios ou participações nos lucros da empresa).
XXIV - aposentadoria;
XXV - assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até 5 (cinco) anos
de idade em creches e pré-escolas;
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Este é um direito cuja efetivação dependerá de atuação do empregador e do governo, com a disponibilização
de local adequado.
Como vimos anteriormente, as negociações coletivas de trabalho (convenções coletivas e acordos coletivos)
são fontes autônomas do direito do trabalho e devem ter seus dispositivos respeitados.
O dispositivo é uma previsão constitucional de proteção dos trabalhadores contra inovações tecnológicas
que reduzam a demanda por mão de obra em consequência da utilização de máquinas que eliminem postos
de trabalho.
O seguro contra acidentes de trabalho (SAT) - ou Grau de Incidência de Incapacidade Laborativa Decorrente
dos Riscos do Ambiente de Trabalho (GILRAT) - é um encargo cujas regras foram detalhadas na legislação
previdenciária.
Segundo a Lei 8.212/91 (Plano de Custeio da Seguridade Social) este seguro se destina ao financiamento da
aposentadoria especial, que é um benefício aplicável no caso de segurado que tiver trabalhado sujeito a
condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física as empresas, e também de outros
benefícios concedidos em razão do grau de incidência de incapacidade laborativa decorrente dos riscos
ambientais do trabalho.
A contribuição patronal será de 1%, 2% ou 3% sobre o total das remunerações pagas ou creditadas, no
decorrer do mês, aos segurados empregados e trabalhadores avulsos, nos casos das empresas em cuja
atividade preponderante o risco de acidentes do trabalho seja considerado leve, médio ou grave,
respectivamente.
O dispositivo frisa que, mesmo havendo o pagamento do SAT/GILRAT, o empregador permanece sujeito a
indenizar os empregados acidentados nos casos em que haja por dolo ou culpa da parte patronal.
35
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XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo
prescricional de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos
após a extinção do contrato de trabalho;
Este dispositivo trata dos prazos prescricionais em matéria trabalhista, que é de 02 anos após a extinção do
contrato de trabalho (prescrição bienal) e 05 anos durante a vigência deste (prescrição quinquenal).
Se, por exemplo, um empregado deixou de receber verba a que faria jus 06 anos atrás, mesmo mantendo o
vínculo empregatício não poderá reaver a verba na via judicial, pois este direito foi atingido pela prescrição
quinquenal.
Da mesma forma, caso tenha havido o inadimplemento de verba salarial por parte do empregador, o
empregado que teve o contrato rescindido há mais de 02 anos e não ajuizou ação terá o seu direito fulminado
pela prescrição bienal.
O inciso procura evitar a discriminação das pessoas no mercado de trabalho, de modo a oportunizar as
mesmas chances a todos, independentemente de suas características físicas e sociais.
Aqui também a CF/88 enfatiza o princípio da não discriminação, assegurando que as pessoas com deficiência
não sofram discriminação em virtude de suas restrições físicas ou psíquicas.
Novamente há aplicação do princípio da não discriminação, e a CLT possui passagem semelhante em seu
artigo 3º, § único, segundo o qual “não haverá distinções relativas à espécie de emprego e à condição de
trabalhador, nem entre o trabalho intelectual, técnico e manual”.
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Não é admitido o trabalho de menores em ambientes sujeitos a condições especiais que prejudiquem a
saúde ou a integridade física, tendo em vista que menores de idade ainda não possuem condições físicas e
psíquicas para serem submetidos a tais situações.
Além disso, como o labor em período noturno também é mais gravoso que o diurno, não se admite menores
de idade em trabalho noturno.
Menores com 14 anos completos a 16 anos incompletos somente podem ser contratados como aprendizes,
que é um contrato especial com intermediação obrigatória de instituição de ensino.
O trabalhador avulso é definido pela legislação previdenciária como quem presta, a diversas empresas, sem
vínculo empregatício, serviço de natureza urbana ou rural definidos no Regulamento [da Previdência Social].
É o caso de ensacadores de café, amarradores de embarcações, estivadores, etc.
Sendo assim, o trabalhador avulso não é empregado, mas a esta categoria foram estendidos os direitos
assegurados ao trabalhador com vínculo empregatício.
-----
Finalizando os comentários do art. 7º da CF/88 segue a redação atual do seu parágrafo único (alterada pela
EC 72/2013), que elenca os direitos constitucionalmente assegurados à categoria dos trabalhadores
domésticos:
Para facilitar a memorização do que foi alterado elaborei alguns quadros que agrupam os incisos do artigo
7º da seguinte maneira:
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É altamente recomendável decorar tais requisitos, porque é grande a probabilidade de que as Bancas
Examinadoras elaborem questões explorando o cabimento (ou não) de determinados direitos aos
domésticos.
O segundo grupo trata dos direitos que eram assegurados aos urbanos e rurais e não aos domésticos,
aplicando-se agora a estes últimos de forma imediata:
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- Proibição de diferença de salário por motivo de sexo, idade, cor, estado civil (inciso XXX)
Abaixo um quadro do terceiro grupo, dos direitos que foram ampliados pela EC 72/2013 atendidas as
condições que a lei estabelecer30 (ressalta-se que, atualmente, tais condições já foram estabelecidas pela LC
150/2015):
28
Normas de Segurança e Saúde no Trabalho, também conhecidas como Segurança e Medicina do Trabalho.
29
Acordos Coletivos de Trabalho e Convenções Coletivas de Trabalho.
30
Seriam normas de eficácia limitada, como estudamos em Direito Constitucional.
31
Fundo de Garantia do Tempo de Serviço.
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Complementando os incisos faltantes do art. 7º, o quadro abaixo elenca os direitos que não foram
estendidos aos domésticos (nem pela redação original da CF/88 nem pela EC 72/2013):
- Proibição de distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual ou entre os profissionais respectivos
(inciso XXXII)
Abaixo fizemos um quadro reunindo os dois primeiros, deixando em preto os direitos que já constavam da
redação original do art. 7º, § único, e deixando em roxo o que foi incluído com a EC 72/2013 com
aplicabilidade imediata:
Direitos do texto original da CF/88 previstos aos trabalhadores domésticos + direitos de aplicabilidade
imediata da EC 72/2013
- Salário mínimo (inciso IV)
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- Proibição de diferença de salário por motivo de sexo, idade, cor, estado civil (inciso XXX)
Vale ressaltar que, apesar de não constar da literalidade da CF, a prescrição dos créditos trabalhistas para os
domésticos obedece às mesmas regras dos trabalhadores urbanos e rurais, inclusive em virtude da LC 150
(de junho de 2015), art. 43.
Por fim, um quadro reunindo os todos os demais, deixando em preto os direitos que já constavam da redação
original do art. 7º, § único, em roxo o que foi incluído com a EC 72/2013 com aplicabilidade imediata, em
vermelho o que dependia de regulamentação (ainda que já tenha ocorrido por meio da LC 150/2015) e
tachado o que não foi estendido aos domésticos:
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- Proibição de diferença de salário por motivo de sexo, idade, cor, estado civil (inciso XXX)
- Proibição de discriminação em salário e critério de admissão do trabalhador portador de deficiência (inciso XXXI)
- Proibição de distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual ou entre os profissionais respectivos (inciso XXXII)
- Proibição de trabalho noturno, perigoso e insalubre a menores de 18 e de qualquer trabalho a menores de 16 (inciso
XXXIII)
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Antes de encerrarmos o tópico dos Direitos Constitucionais dos trabalhadores, vale a pena comentarmos um
dispositivo que não está relacionado no art. 7º, mas que pode ser cobrado em prova.
Trata-se do art. 11, que prevê a obrigatoriedade do entendimento direto entre empregados e
empregadores, por meio de representante dos empregados eleito. Entretanto, tal situação apenas será
obrigatória para as EMPRESAS com MAIS de 200 trabalhadores:
CF, art. 11. Nas empresas de mais de duzentos empregados, é assegurada a eleição de um
representante destes com a finalidade exclusiva de promover-lhes o entendimento direto
com os empregadores.
Parte da doutrina entende que, por meio da lei da reforma trabalhista, a CLT passou a regulamentar este art.
11 da CF:
CLT, art. 510-A. Nas empresas com mais de duzentos empregados, é assegurada a eleição
de uma comissão para representá-los, com a finalidade de promover-lhes o entendimento
direto com os empregadores.
Este dispositivo vem a regulamentar, portanto, disposição constitucional que prevê a obrigatoriedade do
entendimento direto entre empregados e empregadores, por meio de representantes dos empregados
eleitos. Entretanto, tal situação apenas será obrigatória nas EMPRESAS com MAIS de 200 trabalhadores.
Outros dispositivos constitucionais a respeito dos trabalhadores serão estudados oportunamente ao longo
do curso.
A diferenciação conceitual entre renúncia e transação pode ser extraída do quadro abaixo, construído a partir
da lição de Mauricio Godinho Delgado32:
Renúncia Transação
Ato unilateral da parte, através do qual ela se Ato bilateral (ou plurilateral), pelo qual se acertam direitos
despoja de um direito de que é titular, sem e obrigações entre as partes acordantes, mediante
correspondente concessão pela parte concessões recíprocas (despojamento recíproco),
beneficiada da renúncia. envolvendo questões fáticas ou jurídicas duvidosas (res
dubia).
32
DELGADO, Mauricio Godinho. Op. cit., p. 209-210.
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A regra geral no Direito do Trabalho, consoante o princípio da indisponibilidade dos direitos trabalhistas, é
que o empregado não pode abrir mão de seus direitos. Atos neste sentido, em regra, são nulos.
CLT, art. 9º - Serão nulos de pleno direito os atos praticados com o objetivo de desvirtuar,
impedir ou fraudar a aplicação dos preceitos contidos na presente Consolidação.
CLT, art. 444 - As relações contratuais de trabalho podem ser objeto de livre estipulação
das partes interessadas em tudo quanto não contravenha às disposições de proteção ao
trabalho, aos contratos coletivos que lhes sejam aplicáveis e às decisões das autoridades
competentes.
CLT, art. 468 - Nos contratos individuais de trabalho só é lícita a alteração das respectivas
condições por mútuo consentimento, e ainda assim desde que não resultem, direta ou
indiretamente, prejuízos ao empregado, sob pena de nulidade da cláusula infringente desta
garantia.
“(...) o trabalhador, que por ato individual (renúncia), quer por ato bilateral negociado com
o empregador (transação), não pode dispor de seus direitos laborais, sendo nulo o ato
dirigido a esse despojamento. Essa conduta normativa geral realiza, no plano concreto da
relação de emprego, a um só tempo, tanto o princípio da indisponibilidade de direitos
trabalhistas como o princípio da imperatividade da legislação do trabalho”.
Nesta linha, são poucas as possibilidades de aplicação de renúncia e transação no Direito do Trabalho. O
exemplo citado pela doutrina é a do empregado estável que renuncia à estabilidade para aderir ao regime
do FGTS.
33
Idem, p. 208.
44
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O direito enfocado merece uma tutela de nível de O direito enfocado traduz interesse individual ou
interesse público, por traduzir um patamar bilateral simples, que não caracterize um padrão
civilizatório mínimo firmado pela sociedade política civilizatório geral mínimo firmado pela sociedade política
em um dado momento histórico. em um dado momento histórico.
Ao final, como citado acima, o autor conclui que a transação é cabível quando se relacione aos direitos de
indisponibilidade relativa, desde que não resulte em prejuízo ao empregado.
Neste cenário, a reforma trabalhista (Lei 13.467) ampliou as possibilidades de renúncia e transação, a
exemplo daquelas realizadas pelo sindicato dos trabalhadores (CLT, art. 611-A) e, até mesmo, pelo próprio
empregado (CLT, art. 444, p.ú.), em alguns casos.
Conferindo interpretação sistemática ao artigo 611-A da CLT, o Ministro Godinho ensina que34:
Ao longo do curso veremos alguns desses casos, mas já ressalto que este assunto ainda será bastante
debatido pelos doutrinadores e tribunais trabalhistas, surgindo correntes defendendo e combatendo a
constitucionalidade das mudanças trazidas.
2.6 – Hermenêutica
INCIDÊNCIA EM PROVA: BAIXÍSSIMA
Como vocês bem sabem, interpretar a norma jurídica equivale a buscar seu sentido real. Após tal etapa,
passa-se à aplicação da norma jurídica, ou seja, a subsunção do fato (caso concreto) à norma.
Quando não há uma norma aplicável ao caso concreto, faz-se uso da integração, método por meio do qual
o jurista supre a lacuna existente na legislação.
34
DELGADO, Maurício Godinho. DELGADO, Gabriela Neves. A Reforma Trabalhista no Brasil: com os comentários à Lei n.
13.467/2017. 1ª ed. São Paulo: LTr, 2017. P. 257
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Com base na Lei de Introdução ao Direito Brasileiro (LINDB), a doutrina aponta cinco métodos básicos de
interpretação da norma jurídica, utilizadas não apenas na interpretação das normas trabalhistas, mas em
todos os ramos do Direito, a saber:
a) interpretação gramatical: parte da análise literal do texto legal, inferindo-se o sentido da norma a
partir das palavras utilizadas;
b) método lógico ou racional: procura identificar o pensamento contido na lei (a lógica da lei), a partir
da lógica formal;
c) método sistemático: a partir da análise do sistema legal (Constituição, Leis ordinárias, Leis
complementares etc.), busca-se o sentido da norma de modo que esta se harmonize com o restante do
sistema jurídico;
d) método teleológico: teleologia significa, do grego, o estudo da finalidade de algo. Por meio deste
método, portanto, busca-se entender o sentido da norma a partir dos seus fins, ou seja, do objetivo visado
pela norma sob análise. A legislação privilegia o uso deste método (LINDB, art. 5º e CLT, art. 8º), ao dizer que
“na aplicação da lei, o juiz atenderá aos fins sociais a que ela se dirige (..)”.
e) método histórico: busca o sentido da norma a partir da análise das razões históricas e sociais que
levaram à sua elaboração.
Vale ressaltar que estes métodos não devem ser usados isoladamente um a um, já que a melhor
interpretação resulta da utilização coordenada de todos eles.
Na seara do Direito do Trabalho, o primeiro detalhe é que há uma maior prevalência dos princípios e valores
essenciais ao Direito do Trabalho, de modo que os valores sociais (ou coletivos) se sobrepõem aos valores
individuais.
Portanto, em regra, normas mais benéficas ao trabalhador são aplicadas em detrimento de outras menos
benéficas, ainda que estas ocupem uma posição hierárquica mais alta que aquelas em uma tradicional
pirâmide normativa.
Para se saber qual norma deve ser aplicada no caso concreto, devemos analisar o caso sob o aspecto
geográfico (eficácia da norma no espaço) e temporal (eficácia da norma no tempo).
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No Direito do Trabalho, pode-se dizer que ainda vige o princípio da territorialidade, segundo o qual a relação
trabalhista é regida pelas leis vigentes no país da prestação dos serviços, não por aquelas do local da
contratação (lex loci executionis).
Portanto, a partir deste critério pode-se dizer que, em regra, ao estrangeiro que presta serviços em território
brasileiro aplica-se a lei brasileira.
É oportuno mencionar que a Lei 7.064/1982 mitigou a força deste princípio, ao prever o seguinte:
Um dos sinais da perda de força do lex loci executionis é o cancelamento da Súmula nº 207 pelo TST, que
previa justamente a territorialidade:
A relação jurídica trabalhista é regida pelas leis vigentes no país da prestação de serviço e
não por aquelas do local da contratação.
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D) Para que Lúcia tenha direito ao FGTS, deverá assinar documento próprio para tal fim, devidamente
traduzido.
Como vimos, é devido o FGTS à Lúcia, para qualquer país que ela seja transferida.
A aplicação das normas trabalhistas no tempo é regida pelos Princípios da Irretroatividade e do Efeito
Imediato.
Irretroatividade significa que a lei trabalhista não alcança os atos que foram praticados antes do início de sua
vigência. Ou seja, a lei nova não se aplica aos contratos de trabalho já terminados.
Nesse sentido, temos a máxima constitucional de que lei não retroage para prejudicar a coisa julgada, o
direito adquirido e o ato jurídico perfeito (CF, art. 5°, XXXVI).
Apesar de não retroagir, a nova lei trabalhista é aplicada de modo imediato às relações trabalhistas em curso.
Por exemplo, no curso de um contrato de trabalho, há o início da vigência de uma nova lei, os atos
relacionados a este contrato, deverão ser praticados segundo as regras da lei nova.
A este respeito é interessante a discussão quanto à aplicação da Lei do Estágio (Lei 11.788/2008) a contratos
em curso celebrados antes do início de sua vigência (sob a égide da Lei nº 6.494/1977).
O TST decidiu35 que, com base no art. 5º, XXXVI, da CF e no art. 6º da LINDB, a Lei nº 11.788/2008 não se
aplica aos contratos de estágio que, embora estivessem em execução quando de sua entrada em vigor, foram
firmados sob a égide da Lei nº 6.494/1977. Para que a lei retroagisse, o TST entendeu que seria necessário
haver disposição expressa nesse sentido. Nesse sentido, a nova Lei do Estágio limitou sua incidência apenas
à prorrogação dos contratos em curso (art. 18), mantendo-se, portanto, a aplicação ultrativa da Lei nº
6.494/1977 aos ajustes entabulados durante a sua vigência.
Como adiantado acima, integração é o nome dado ao processo de preenchimento das lacunas existentes na
legislação. Ou seja, se não existe uma regra para dispor como uma situação específica em uma relação
jurídica deve ocorrer, diz-se que há uma lacuna, a qual deve ser preenchida para se chegar ao direito no caso
concreto.
A principal referência para integração no Direito do Trabalho está disposta no art. 8º da CLT:
35
TST-E-RR-40000-68.2009.5.07.0014, SBDI-I, rel. Min. Alberto Luiz Bresciani de Fontan Pereira, 5/4/2018
48
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Em relação à equidade, como um dos critérios citados no caput do art. 8º da CLT, é preciso ressaltar que,
como regra, o ordenamento jurídico brasileiro não permite o julgamento por equidade.
No Direito do Trabalho, a doutrina aponta a existência de uma única hipótese excepcional que permitiria o
julgamento por equidade, a qual ocorreria no âmbito dos dissídios coletivos processados pela Justiça do
Trabalho:
CF, art. 114, §2º - § 2º Recusando-se qualquer das partes à negociação coletiva ou à
arbitragem, é facultado às mesmas, de comum acordo, ajuizar dissídio coletivo de
natureza econômica, podendo a Justiça do Trabalho decidir o conflito, respeitadas as
disposições mínimas legais de proteção ao trabalho, bem como as convencionadas
anteriormente.
CLT, art. 766 - Nos dissídios sobre estipulação de salários, serão estabelecidas condições
que, assegurando justos salários aos trabalhadores, permitam também justa retribuição
às empresas interessadas.
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QUESTÕES COMENTADAS
Comentários:
A letra (A) está incorreta. De fato, havendo conflito entre duas ou mais normas jurídicas, em geral, prevalece
a mais favorável ao empregado. Entretanto, a questão está incorreta na medida em que tal afirmação não
se relaciona ao princípio da condição mais benéfica (mencionado no enunciado), e sim ao princípio da norma
mais favorável.
A letra (B) também está incorreta. Em geral, julga-se a favor do empregado quando houver dúvida quanto à
interpretação da norma. No entanto, trata-se do princípio do in dubio pro operario, diferentemente do que
se mencionou no enunciado.
A letra (C) está incorreta, porquanto há casos em que as normas legais prevalecem sobre as normas
negociadas e casos em que as negociadas prevalecerão sobre as legais (CLT, art. 611-A). De toda forma, o
que vai determinar a prevalência de um conjunto de normas sobre o outro não é a especialidade da norma,
mas sim o assunto sobre o qual ela versa.
Por exemplo: em relação ao sobreaviso, irão prevalecer as regras negociadas (em detrimento das normas
legais), na medida em que este é um dos assuntos previstos no art. 611-A da CLT, em relação aos quais
autoriza-se que o “negociado prevaleça sobre o legislado”.
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A letra (D), correta, é a única que se relaciona corretamente ao princípio da condição mais benéfica. Nesse
sentido, temos a SUM-51 do TST:
A letra (E), incorreta, já que o art. 620, após a reforma trabalhista, como uma das exceções ao princípio da
norma mais favorável, deixa claro que:
Gabarito (D)
Comentários:
Como estudamos, a sucessão de empregadores, prevista no art. 448 da CLT, se relaciona ao princípio da
continuidade da relação de emprego. Vejam que a sucessão diz, grosso modo, que os contratos de trabalho
continuam vigentes mesmo que haja mudança na propriedade na empresa, o que certamente privilegia a
continuidade do vínculo de emprego.
Gabarito: (E).
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Comentários:
Considerando que multa por descumprimento à legislação trabalhista com valor superior é mais favorável
ao empregado, já que tende a protegê-lo ainda mais, fica fácil perceber que a questão está falando do
princípio da norma mais favorável, como desdobramento do princípio da proteção.
Gabarito: (D).
Comentários:
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CLT, art. 9º - Serão nulos de pleno direito os atos praticados com o objetivo de desvirtuar,
impedir ou fraudar a aplicação dos preceitos contidos na presente Consolidação.
A assertiva III, princípio da condição mais benéfica, é praticamente uma transcrição da SUM-51, I, do TST:
Gabarito: (C).
Comentários:
Pelo princípio da imperatividade das normas trabalhistas (ou da “indisponibilidade dos direitos
trabalhistas”), o Ministro Godinho36 sustenta que:
Gabarito: (D).
36
DELGADO, Mauricio Godinho. Curso de Direito do Trabalho. 12 ed. São Paulo: LTr, 2013, p. 196.
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Comentários:
Este princípio valoriza a permanência do empregado no mesmo vínculo empregatício, dadas as vantagens
que isso representa.
Com o passar do tempo no mesmo emprego o trabalhador recebe capacitação, realiza cursos, recebe
aumentos salariais, vantagens remuneratórias como anuênios, qüinqüênios, etc.
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Comentários:
Por meio do princípio da primazia da realidade, busca-se, no direito do trabalho, priorizar a realidade em
detrimento da forma. Por exemplo, nos casos em que haja típica relação de emprego mascarada por
contrato de estágio (sabendo que estagiário não é empregado), por aplicação deste princípio a relação
empregatícia deverá ser reconhecida.
Gabarito: (B).
Comentários:
A alternativa (B), incorreta, confundiu o conceito de fontes formais com fontes materiais.
A alternativa (C) está incorreta, já que o Princípio da primazia da realidade, também chamado de princípio
do contrato realidade, diz justamente o contrário: busca-se, no direito do trabalho, priorizar a realidade em
detrimento da forma.
A alternativa (D) também está incorreta, visto que o Princípio da indisponibilidade dos direitos trabalhistas
(também chamado de princípio da imperatividade das normas trabalhistas) é uma limitação à autonomia das
partes no direito do trabalho. Ou seja, as partes não podem dispor livremente a respeito, ainda que acordado
expressamente.
Assim, tendo em vista o já comentado desequilíbrio entre capital e trabalho, no âmbito trabalhista as partes
não podem negociar livremente cláusulas trabalhistas.
A letra (E), por fim, também está incorreta. O Princípio da razoabilidade, de fato, não é específico do Direito
do Trabalho, mas vem do Direito Comum. Segundo Plá Rodriguez37, no Direito do Trabalho, o princípio da
razoabilidade aplica-se de duas formas:
37
RODRIGUEZ, Américo Plá. Princípios de Direito do Trabalho. 3. ed. atual. São Paulo: LTr, 2000, p. 393-403
55
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b) como obstáculo, como limite, como freio de certas faculdades do empregador, evitando possíveis
arbitrariedades.
Gabarito: (A). Já que o Princípio da Proteção realmente se subdivide em três: princípios da norma
mais favorável, da condição mais benéfica e in dubio pro operário.
Comentários:
A alternativa (A) está incorreta. De fato, como regra geral, o empregado não pode renunciar seus direitos
trabalhistas, inclusive as férias. Caso se permitisse o contrário, o trabalhador poderia abrir mão de direitos
para conquistar ou manter seu emprego. Entretanto, esta conclusão não decorre do princípio da boa-fé, mas
sim do princípio da irrenunciabilidade dos direitos trabalhistas (também chamado de princípio da
imperatividade das normas trabalhistas).
A alternativa (C) está incorreta. A segunda parte da afirmativa (“a Consolidação das Leis do Trabalho pode
se sobrepor aos dispositivos constantes da Constituição Federal de 1988”) está correta, já que é uma
consequência direta do princípio da norma mais favorável. O erro, neste caso, foi relacionar esta afirmação
com o princípio da especificidade (“por conter regras específicas”). Em outras palavras, a CLT pode se
sobrepor à CF, em determinados casos (embora hierarquicamente inferior), mas isto se dá por ser a norma
mais favorável nessas situações, não por ser mais específica.
A alternativa (D) está incorreta. Tanto as sentenças normativas quanto os atos normativos do Poder
Executivo (como, por exemplo, os Decretos) são fontes formais heterônomas.
A alternativa (B), já que parte majoritária da doutrina enquadra os usos e costumes como fonte formal do
direito do trabalho, com fundamento no artigo 8º da CLT.
Pelo mesmo art. 8º da CLT, concluímos que a alternativa (E) está incorreta:
56
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Gabarito: (B).
Comentários:
O princípio protetor (também chamado de “tutelar”) se subdivide em três princípios, um dos quais é o
princípio da norma mais favorável.
Segundo este princípio, deve-se aplicar ao caso concreto, havendo mais de uma norma em vigor regendo o
mesmo assunto, a que seja mais favorável ao empregado, ainda que esta não seja a norma hierarquicamente
mais alta.
Gabarito: (C).
57
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Comentários:
Por meio deste princípio busca-se, no direito do trabalho, priorizar a realidade em detrimento da forma.
Assim, nos casos em que haja, por exemplo, típica relação de emprego mascarada por contrato de estágio
(veremos que estagiário não é empregado), por aplicação deste princípio a relação empregatícia deverá ser
reconhecida.
Gabarito: (B).
Comentários:
Por meio do princípio da primazia da realidade busca-se, no direito do trabalho, priorizar a realidade em
detrimento da forma.
Gabarito: (D).
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Comentários:
Em regra, as normas trabalhistas são impositivas, não podendo ser afastadas por acordo entre as partes
(empregador e empregado).
Este princípio, também chamado de princípio da indisponibilidade das normas trabalhistas, é uma limitação
à autonomia das partes no direito do trabalho.
Como aprendemos na parte teórica da aula, no direito civil as partes têm soberania para negociar cláusulas
contratuais, o que, no direito do trabalho, poderia vir a fazer com que o trabalhador abrisse mão de direitos
para conquistar ou manter seu emprego.
Assim, tendo em vista o já comentado desequilíbrio entre capital e trabalho, no âmbito trabalhista as partes
não podem negociar livremente cláusulas trabalhistas.
As outras alternativas da questão apresentam princípios do Direito do Trabalho, mas nenhum deles diz
respeito a restrição de autonomia da vontade, conforme solicitado no enunciado.
Gabarito: (B).
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(A) I.
(B) II.
(C) II e III.
(D) I e III.
(E) I e II.
Comentários:
O item I está incorreto por dois motivos. Em primeiro lugar, as fontes supletivas não são “apenas” aquelas
mencionadas na questão: “jurisprudência”, “analogia”, “equidade”, “direito comparado”, “princípios e
normas gerais de direito”. O próprio artigo 8º da CLT menciona, por exemplo, os “usos e costumes” e o
“direito comum”.
Além disso, na utilização de qualquer destas fontes, nenhum interesse de classe ou particular deve
prevalecer sobre o interesse público:
O item II, correto, de acordo com a regra inserida no §2º do art. 8º da CLT:
CLT, art. 8º, § 2º Súmulas e outros enunciados de jurisprudência editados pelo Tribunal
Superior do Trabalho e pelos Tribunais Regionais do Trabalho não poderão restringir
direitos legalmente previstos nem criar obrigações que não estejam previstas em lei.
Por fim, o item III está incorreto segundo a CLT. A reforma trabalhista positivou o princípio da intervenção
mínima na autonomia da vontade coletiva. Assim, a rigor, a Justiça do Trabalho não poderia anular cláusulas
coletivas com base em juízos de valor sobre o pactuado, mas tão-somente com base nos elementos
essenciais do negócio jurídico38:
CLT, art. 8º, § 3º No exame de convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho, a Justiça
do Trabalho analisará exclusivamente a conformidade dos elementos essenciais do
negócio jurídico, respeitado o disposto no art. 104 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de
38
Código Civil, art. 104. A validade do negócio jurídico requer:
I - agente capaz;
II - objeto lícito, possível, determinado ou determinável;
III - forma prescrita ou não defesa em lei.
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2002 (Código Civil) [condições para validade dos negócios jurídicos], e balizará sua atuação
pelo princípio da intervenção mínima na autonomia da vontade coletiva.
Gabarito (B)
Comentários:
As sentenças normativas consistem em fonte formal heterônoma, na medida em que possuem forma no
mundo jurídico e são proferidas pela Justiça do Trabalho (e não pelos próprios destinatários da norma).
Por sua vez, os costumes e as Convenções Coletivas do Trabalho (CCT), apesar de possuírem validade no
mundo jurídico, consoante doutrina majoritária, são elaboradas pelos próprios empregadores e
empregados. Portanto, são fontes formais autônomas.
Gabarito (E)
Comentários:
Questão que cobrou a classificação das fontes do Direito do Trabalho quanto a serem fontes diretas
(utilizadas na interpretação das normas) ou indiretas (utilizadas apenas de forma subsidiária ou supletiva).
Relembro que as fontes indiretas são utilizadas apenas para sanar lacunas existentes na legislação
(integração das normas).
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Da leitura das alternativas podemos perceber que a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), letra (E), é a única
fonte direta do Direito do Trabalho mencionada, consoante classificação majoritária. Nesse sentido, lembro
que tanto as Convenções Coletivas quanto os Acordos Coletivos têm sua validade jurídica reconhecida no
próprio texto constitucional (CF, art. 7º, XXVI).
As alternativas (A) a (C) mencionam fontes supletivas (ou subsidiárias), as quais são utilizadas apenas na
ausência de fontes diretas.
Em relação à letra (D), relembro que que parte majoritária da doutrina enquadra os usos e costumes como
fonte formal do direito do trabalho. No entanto, a par da controvérsia existente quanto ao seu
enquadramento como fonte formal, tal espécie encontra-se, assim como as demais, listada no artigo 8º da
CLT, enquadrando-se também como fonte subsidiária:
Gabarito (E)
Comentários:
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Fonte(s) Classificação
(A) a Constituição Federal e as Medidas Provisórias. Fonte formal Heterônoma
(C) os fatos sociais e políticos que contribuíram para formação e a Fonte material -
substância das normas jurídicas trabalhistas.
Gabarito: (D).
Comentários:
63
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Fonte(s) Classificação
(A) As convenções coletivas de trabalho firmadas entre sindicatos de categorias
Fonte formal Autônoma
profissional e econômica.
(C) As greves de trabalhadores por reajuste salarial de toda a categoria. Fonte material -
Gabarito: (E).
Comentários:
Sobre a alternativa I, realmente Acordos e Convenções Coletivas são fontes formais autônomas, já que não
há terceiros participando da formulação da norma.
Em relação à alternativa II, o entendimento majoritário é que usos e costumes são fontes supletivas (ou
integradoras) do direito do trabalho, com fundamento no artigo 8º da CLT:
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Por fim, a alternativa III está incorreta. Primeiramente, a jurisprudência em súmulas ou OJs do TST não versa
apenas sobre casos concretos específicos, de modo que a parte final já condena a alternativa. Por fim, em
que pese a falta de consenso quanto à sua classificação ou não como fonte, há previsão legal (transcrita
acima) de sua utilização no Direito do Trabalho (questão semelhante cobrada no concurso
FCC_TRT12_ANALISTA JUDICIÁRIO_OF JUST AVAL FEDERAL_2013).
Gabarito: (A).
Comentários:
Assertiva (E), já que acordo coletivo de trabalho e convenção coletiva de trabalho representam normas
jurídicas elaboradas pelos próprios destinatários da norma.
As assertivas (A) e (B) trazem fontes materiais, já que se relacionam a momentos pré-jurídico, os quais
influenciam na positivação de normas jurídicas.
Por sua vez, as assertivas (C) e (D) trazem fontes formais heterônomas, já que são elaboradas pelo próprio
Estado, sem participação direta dos destinatários em sua produção.
Gabarito: (E).
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Comentários:
Letra (D), já que representam uma norma jurídica produzida pelo Estado.
Apenas para relembrar: As sentenças normativas são proferidas pela Justiça do Trabalho em processos de
dissídio coletivo:
Gabarito: (D).
Comentários:
As assertivas I e II estão corretas, pois trazem, respectivamente, o conceito e exemplos de fontes formais.
Lembrem-se de que as fontes formais do direito do trabalho se enquadram como tal em vista de sua
exteriorização na ordem jurídica na forma de Constituição, emenda à Constituição, lei, decreto, etc.
Assim, fontes formais são39 “os mecanismos exteriores e estilizados pelos quais as normas ingressam,
instauram-se e cristalizam-se na ordem jurídica”.
39
DELGADO, Mauricio Godinho. Op. cit., p. 139.
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A assertiva III encontra-se incorreta, visto que as sentenças normativas e as leis são ambas fontes formais
de Direito do Trabalho, visto que foram exteriorizadas e fazem parte da ordem jurídica.
Gabarito: (A).
Comentários:
A assertiva I está correta. As fontes classificam-se em formais e materiais. As fontes formais do direito do
trabalho se enquadram como tal em vista de sua exteriorização na ordem jurídica na forma de Constituição,
emenda à Constituição, lei, decreto, etc.
Já as fontes materiais são fatores que influenciam na criação e alteração das normas jurídicas (por isso se
relacionam ao momento pré-jurídico). Por exemplo, movimentos sindicais, greves e outras pressões
exercidas pelos trabalhadores.
A assertiva II: As sentenças normativas são proferidas pela Justiça do Trabalho em processos de dissídio
coletivo, portanto, pelo Estado. Dessa forma, são fontes formais heterônomas.
Já o regulamento empresarial, embora exista um debate doutrinário acerca da sua consideração como
fonte, e também se este seria fonte autônoma ou heterônoma, a FCC considerou neste item como fonte
formal heterônoma. Notem que ela especificou nesta assertiva que seria o regulamento empresarial
unilateral, ou seja, elaborado sem a participação do empregado. Portanto, neste caso, seria fonte
heterônoma, pois seria uma norma cuja elaboração não contou com a participação direta dos empregados.
A assertiva III, incorreta, pois a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), assim como os Acordos Coletivos de
Trabalho (ACT), são fontes formais autônomas, vez que produzidas pelos próprios destinatários. Fontes
autônomas são também denominadas de diretas, não estatais ou primárias. Portanto, a assertiva está
incorreta, visto que as CCT são fontes não estatais.
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A assertiva IV está incorreta. Ainda quanto à terminologia, as fontes heterônomas também são
denominadas imperativas ou estatais. Dessa forma, a assertiva está incorreta, visto que as CCT são fontes
autônomas e, portanto, não imperativas.
Gabarito: (D).
Comentários:
Alternativa A (incorreta): por expressa disposição do art. 8º, caput, da CLT, analogia, usos e costumes são
considerados fontes supletivas do Direito do Trabalho:
Alternativa C (correta): sim, é um dos princípios orientadores do Direito do Trabalho. Uma decorrência deste
princípio é a excepcionalidade dos contratos de trabalho a termo, já que a regra é que os contratos de
trabalho sejam por tempo indeterminado.
Alternativa D (correta): sim, as Convenções e os Acordos Coletivos de Trabalho são fontes formais
autônomas do Direito do Trabalho;
Alternativa E (correta): em decorrência do mesmo art. 8º, caput, da CLT, a jurisprudência também é
considerada fonte supletiva do Direito do Trabalho.
Gabarito: (A).
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Assinale a opção correta no que diz respeito aos princípios e fontes do direito do trabalho.
(A) Aplica-se o princípio da primazia da realidade à hipótese de admissão de trabalhador em emprego público
sem concurso.
(B) As convenções coletivas de trabalho, embora sejam consideradas fontes do direito do trabalho, vinculam
apenas os empregados sindicalizados, e não toda a categoria.
(C) A CLT proíbe expressamente que o direito comum seja fonte subsidiária do direito do trabalho, por
incompatibilidade com os princípios fundamentais deste.
(D) De acordo com entendimento do TST, com fundamento no princípio da proteção, havendo a coexistência
de dois regulamentos da empresa, a opção do empregado por um deles tem efeito jurídico de renúncia às
regras do sistema do outro.
Comentários:
Esta questão cobra diversos entendimentos do TST e conceitos relacionados a fontes e princípios do Direito
do Trabalho. Vejamos cada uma das assertivas:
Alternativa A (incorreta): No caso dos empregados públicos (agentes públicos com contrato de trabalho com
a Administração Pública regido pela CLT e selecionados mediante concurso público), a realização de concurso
público é solenidade essencial à validade do contrato de trabalho.
Portanto, mesmo trabalhando como um empregado público, o empregado não tem reconhecido o vínculo
trabalhista com a Administração. Dessa forma, a primazia da realidade não prevalece diante da necessidade
de realização de concurso público. Exemplo desse entendimento encontra-se na Súmula 363 do TST:
Alternativa B (incorreta): A convenção coletiva tem eficácia limitada aos integrantes da categoria
profissional respectiva, mas alcança empregados sindicalizados ou não, e também aqueles que ainda não
são empregados e que venham a se tornar empregados naquela categoria.
CLT, art. 8º, § 1º O direito comum será fonte subsidiária do direito do trabalho.
Alternativa D (correta): trata-se da Súmula 51, inciso II. Caso haja dois regulamentos na empresa (que dispõe
sobre regras, direitos e obrigações no âmbito empresarial) e o empregado opte por um deles, a
jurisprudência do TST entende que esta opção representa renúncia ao outro por parte do empregado:
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(...)
Gabarito: (D).
Comentários:
CLT, art. 8º, § 1º O direito comum será fonte subsidiária do direito do trabalho.
Já a alternativa (C) errou ao sugerir que sentença normativa não seria fonte formal. Elas são consideradas
fontes formais heterônomas.
As sentenças normativas são proferidas pela Justiça do Trabalho em processos de dissídio coletivo:
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A alternativa (D) está incorreta porque, em face do princípio da norma mais favorável, deve-se aplicar a
norma mais favorável ao obreiro. Pela aplicação deste princípio, portanto, respeitadas as regras de
Hermenêutica Jurídica, deve-se buscar a aplicação da norma mais favorável ao empregado.
Quanto à alternativa (E), também incorreta, pode-se dizer que por meio do princípio da primazia da
realidade busca-se, no direito do trabalho, priorizar a realidade em detrimento da forma.
Assim, nos casos em que haja, por exemplo, típica relação de emprego mascarada por contrato de estágio
(veremos que estagiário não é empregado), por aplicação deste princípio a relação empregatícia deverá ser
reconhecida.
Gabarito: (A).
Comentários:
Este princípio, também chamado de princípio da imperatividade das normas trabalhistas, é uma limitação
à autonomia das partes no direito do trabalho.
No direito civil as partes têm autonomia para negociar cláusulas contratuais, o que, no direito do trabalho,
poderia vir a fazer com que o trabalhador abrisse mão de direitos para conquistar ou manter seu emprego.
Assim, tendo em vista o já comentado desequilíbrio entre capital e trabalho, no âmbito trabalhista as partes
não podem negociar livremente cláusulas trabalhistas.
Este princípio também é conhecido como princípio da irrenunciabilidade dos direitos trabalhistas e princípio
da imperatividade das normas trabalhistas.
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O princípio em estudo está relacionado à impossibilidade, em regra, da renúncia no Direito do Trabalho (ato
pelo qual o empregado, por simples vontade, abriria mão de direitos que lhe são assegurados pela
legislação).
Gabarito: (D).
Comentários:
Convenções e Acordos Coletivos de Trabalho são elaborados pelos próprios destinatários das normas, sendo,
portanto, fontes autônomas. Já as sentenças normativas têm origem no Poder Judiciário, sendo exemplos
de normas heterônomas.
Gabarito: (D).
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(E) igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente e o trabalhador avulso
desde que sindicalizado; possibilidade de distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual ou entre os
profissionais respectivos.
Comentários:
A letra (C) é a única alternativa que traz corretamente dois direitos previstos no texto constitucional (CF, art.
7º, incisos VIII e XXVII).
Em relação ao enunciado, destaco que o décimo terceiro salário (ou gratificação natalina) começou como
um costume, o qual foi posteriormente alçado ao nível de lei (Leis 4.090/1962 e 4.749/1965) e só em 1988
foi elevado ao plano constitucional.
A letra (A), incorreta, por dois motivos. Primeiramente, a prescrição trintenária não é direito dos
trabalhadores, muito menos constitucional. O prazo prescricional, inclusive para o FGTS, obedece aos prazos
de 2 e 5 anos previstos no art. 7º, inciso XXIX, da CF. Em segundo lugar, o seguro-desemprego é devido,
segundo o texto constitucional, somente nas hipóteses de desemprego involuntário:
A letra (B), incorreta, já que não há constitucionalmente prevista a prevalência do “negociado” sobre o
“legislado”. Além disso, o piso salarial é sim vinculado à extensão e complexidade do trabalho:
A letra (D), incorreta, já que no direito brasileiro vale o princípio da autonomia sindical. Ele garante aos
sindicatos liberdade de se organizarem sem interferências do Estado e das empresas:
I - a lei não poderá exigir autorização do Estado para a fundação de sindicato, ressalvado
o registro no órgão competente, vedadas ao Poder Público a interferência e a intervenção
na organização sindical;
Além disso, o seguro contra acidentes de trabalho não exclui a indenização a que o empregador estaria
obrigado, quando o acidente resultar de dolo ou culpa por parte do empregador:
CF/88, art. 7º, XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem
excluir a indenização a que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa;
Por fim, a letra (E) também está incorreta por mais de um motivo. Primeiramente, o avulso não precisa ser
sindicalizado para ter igualdade de direitos com o trabalhador com vínculo empregatício permanente:
CF/88, art. 7º, XXXIV - igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício
permanente e o trabalhador avulso.
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CF/88, art. 7º, XXXII - proibição de distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual
ou entre os profissionais respectivos;
Gabarito: (C).
Comentários:
A banca quer saber se o candidato conhece o rol de direitos do art. 7º da CF. Para confundir, cita direitos do
trabalhador previstos em lei, embora não constantes do texto constitucional.
A letra (A), incorreta, já que tais intervalos, embora previstos em lei (portanto, legislação infraconstitucional),
não se encontram presentes expressamente no texto constitucional, como pede a questão.
A letra (B), incorreta, já que não há previsão constitucional acerca de “adicional de sobreaviso e de
prontidão”. O segundo direito citado na alternativa (redução dos riscos inerentes ao trabalho) encontra-se
no inciso XXII do art. 7º.
A letra (C), incorreta, já que inexiste previsão constitucional acerca de proporcionalidade para contratação
de empregado estrangeiro. O adicional de horas extras, por sua vez, encontra-se previsto no inciso XVI do
art. 7º da CF.
A letra (D) está incorreta por dois motivos. O seguro-desemprego, embora previsto constitucionalmente, é
devido apenas em caso de desemprego involuntário:
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Além disso, o “gozo de intervalo para refeição e descanso”, apesar de previsto em lei, não se encontra
insculpido no texto constitucional.
Por fim, a letra (E) traz direitos realmente previstos no texto constitucional (art. 7º, incisos XX e XXI).
Gabarito: (E).
Comentários:
XXV - assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até 5 (cinco) anos
de idade em creches e pré-escolas;
Gabarito: (B).
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Comentários:
Letra (C), que é a alternativa que traz princípios mais relacionados às disposições do art. 7º da CF, em especial
com seus incisos VI, X e XXX:
As demais alternativas trazem princípios que não se relacionam integralmente com os incisos do art. 7º do
texto constitucional.
Gabarito: (C).
Comentários:
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As demais alternativas não encontram respaldo na CF, em especial no art. 7º citado no enunciado:
A letra (A) está incorreta, pois somente o desemprego involuntário enseja o pagamento do seguro
desemprego:
A letra (D), por sua vez, está incorreta, visto que o repouso semanal remunerado é “preferencialmente” aos
domingos.
Por fim, a letra (E) está desconforme com o que prevê o inciso XXX do art. 7º:
Gabarito: (B).
Comentários:
CF, art. 7º, XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de
dezoito e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de
aprendiz, a partir de quatorze anos;
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A alternativa (B) está incorreta, já que tal previsão decorre diretamente da CF (art. 7º, IX) e da CLT,
independendo de previsão em norma coletiva.
A alternativa (C) está incorreta, já que o repouso semanal remunerado é apenas “preferencialmente” aos
domingos (art. 7º, XV).
A alternativa (D) está incorreta, já que 30 dias é o mínimo do aviso prévio, conforme previsão constitucional
(CF, art. 7º, XXI).
A alternativa (E) está incorreta, já que o trabalhador rural também tem direito ao seguro-desemprego
conforme previsão constitucional (art. 7º, II).
Gabarito: (A).
Comentários:
Conforme art. 7º, XIV, da CF. Nos turnos ininterruptos, a jornada é, como regra, de 06 horas. Entretanto, por
meio de negociação coletiva, é possível se ampliar o limite para 08 horas diárias.
As demais alternativas estão em claro desacordo com os seguintes incisos do art. 7º da CF:
CF, art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à
melhoria de sua condição social:
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Gabarito: (B).
Comentários:
CF, art. 11. Nas empresas de mais de duzentos empregados, é assegurada a eleição de um
representante destes com a finalidade exclusiva de promover-lhes o entendimento direto
com os empregadores.
Gabarito: (E).
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Comentários:
CF/88, art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à
melhoria de sua condição social:
(..)
Gabarito: (B).
Comentários:
Já que apenas a jornada de trabalho de 8 horas diárias e 44 horas semanais de trabalho poderia ser exigida
de imediato pela empregada no período indicado (5 de maio de 2013 a 6 de julho de 2014).
Tal período é anterior à publicação da Lei Complementar 150/2015, de 1º de junho de 2015, que
regulamentou diversos direitos trabalhistas estendidos aos domésticos pela EC 72/2013, mas pendentes de
regulamentação, inclusive: o adicional noturno, a obrigatoriedade do FGTS, o seguro-desemprego
obrigatório e o auxílio-creche.
Gabarito: (B).
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De acordo com a Constituição Federal de 1988, dentre os direitos sociais assegurados ao trabalhador, NÃO
está a
(A) introdução do terço constitucional sobre as férias.
(B) proteção em face de automação, na forma da lei.
(C) criação dos turnos ininterruptos de revezamento com jornada especial de 6 horas diárias.
(D) criação de licença paternidade, de cinco dias.
(E) irredutibilidade do salário, independentemente de disposição em convenção ou acordo coletivo, salvo
em caso de força maior ou prejuízos devidamente comprovados.
Comentários:
A (E), é a alternativa incorreta, já que por meio de convenção ou acordo coletivo o salário poderia ser
reduzido:
Em regra, é vedada a redução dos salários dos empregados, qualquer que seja o motivo.
Esta redução nominal de salário poderá ocorrer nos casos extremos (por exemplo, uma crise econômica) em
que o sindicato aceite a medida para evitar demissões.
Gabarito (E)
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(C) remuneração do trabalho noturno superior à do diurno; proibição de distinção entre trabalho manual,
técnico e intelectual ou entre os profissionais respectivos; e licença à gestante, sem prejuízo do emprego e
do salário, com a duração de cento e vinte dias.
(D) garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração variável; proteção em
face da automação; e salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda.
(E) proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos; remuneração do trabalho
noturno superior à do diurno; e salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda.
Comentários:
Esta questão está numa zona de interseção entre o Direito do Trabalho e o Direito Administrativo. Como não
podemos correr riscos de que este assunto não seja visto por vocês, resolvemos incluí-la na lista desta aula.
Aplica-se aos servidores ocupantes de cargo público o disposto no art. 7º, IV, VII, VIII, IX,
XII, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII e XXX, podendo a lei estabelecer requisitos
diferenciados de admissão quando a natureza do cargo o exigir.
Segue a lista dos direitos sociais constitucionalmente assegurados aos servidores públicos:
VII - garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração
variável;
XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro
semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo
ou convenção coletiva de trabalho; (vide Decreto-Lei nº 5.452, de 1943)
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XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário
normal;
XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento e
vinte dias;
XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e
segurança;
Portanto, a CF/88 NÃO estendeu aos servidores: a proibição de distinção entre trabalho manual, técnico e
intelectual ou entre os profissionais respectivos; proteção em face da automação; ou jornada de seis horas
para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento, citados na questão.
Gabarito: (E).
Comentários:
Voltando aos trabalhadores CLT, observamos alguns erros nas assertivas em relação aos incisos do art. 7º da
Constituição Federal. Vejamos:
- a duração da licença paternidade fixada na Constituição é de 5 dias (ADCT, art. 10, § 1º);
- o Repouso semanal remunerado deve ser preferencialmente aos domingos (e não sempre!);
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- a assistência gratuita aos filhos e dependentes vai do nascimento até os 5 anos de idade, e não mais até
seis (por força da EC 53/2006).
Gabarito: (B).
Comentários:
Alternativa A (incorreta): a remuneração do trabalho noturno superior ao diurno (inciso IX), para os
trabalhadores domésticos, é norma constitucional que depende de regulamentação de lei (ainda que já
tenha sido feita por meio da LC 150/2015).
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Alternativa B (incorreta): o inciso XVI, do art. 7º, da CF, prevê que a remuneração do serviço extraordinário
deve ser superior, no mínimo, em cinquenta por cento à do normal. Portanto, o que norma coletiva não
pode é estabelecer percentual inferior a 50%.
Alternativa C (correta): sim, o TST admite a escala de 12x36 horas, nos termos da Súmula 444 do TST:
É valida, em caráter excepcional, a jornada de doze horas de trabalho por trinta e seis de
descanso, prevista em lei ou ajustada exclusivamente mediante acordo coletivo de
trabalho ou convenção coletiva de trabalho, assegurada a remuneração em dobro dos
feriados trabalhados. O empregado não tem direito ao pagamento de adicional referente
ao labor prestado na décima primeira e décima segunda horas.
Alternativa D (incorreta): a CF realmente protege a relação de emprego contra despedida arbitrária ou sem
justa causa (art. 7º, I). Entretanto, quando há ato faltoso do empregado, há justa causa, de modo que a
despedida é legítima.
Gabarito: (C).
40
Fundo de Garantia do Tempo de Serviço.
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(B) seguro-desemprego, irredutibilidade do salário, salvo exceção prevista em convenção ou acordo coletivo,
e anotação do contrato de emprego na CTPS.
(C) fundo de garantia do tempo de serviço, intervalo mínimo de uma hora para repouso durante a jornada
de trabalho e décimo terceiro salário.
(D) salário mínimo fixado em lei e nacionalmente unificado, licença-paternidade e coincidência do período
de férias no trabalho com as férias escolares, se o trabalhador tiver menos de dezoito anos de idade.
(E) proteção em face da automação, aviso prévio proporcional ao tempo de serviço e licença à gestante, sem
prejuízo do emprego e do salário.
Comentários:
Alternativa A (incorreta): a CF prevê justamente o contrário, ou seja, a proibição da distinção entre trabalho
técnico, manual e intelectual.
Alternativa C (incorreta): a CF não prevê intervalo mínimo durante jornada de trabalho. Trata-se de uma
disposição da CLT, aplicável somente aos trabalhadores com jornada diária superior a seis horas.
Alternativa D (incorreta): da mesma forma que as duas anteriores, a CF não prevê a coincidência de férias
no trabalho para trabalhadores menores, é uma previsão da CLT.
Alternativa E (correta): são transcrições de trechos dos incisos XXVII, XXI e XVIII do art. 7º da CF.
Gabarito: (E).
Comentários:
Esta questão cobra a relação de direitos sociais estendidos à categoria dos trabalhadores domésticos, ou
seja, o parágrafo único do art. 7º da CF.
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O parágrafo único dividiu os direitos estendidos aos domésticos em dois grupos. O primeiro, no qual não
foram feitas ressalvas (direitos constitucionais de aplicabilidade imediata), e o segundo no qual os direitos
serão estendidos desde que atendidas as condições estabelecidas em lei e observada a simplificação do
cumprimento das obrigações tributárias decorrentes da relação de trabalho.
Gabarito: (A).
Comentários:
Alternativa A (incorreta): O rol de direitos constitucionais do art. 7º é garantido aos trabalhadores urbanos
e rurais (art. 7º, caput), não somente aos urbanos.
Alternativa C (correta): O mesmo art. 7º garantiu aos trabalhadores avulsos os mesmos direitos dos
trabalhadores com vínculo de emprego (art. 7º, XXXIV - igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo
empregatício permanente e o trabalhador avulso).
Alternativa D (incorreta): há sim previsão para a proteção do trabalhador em face da automação e também
da obrigatoriedade de seguro contra acidentes do trabalho (art. 7º, inciso XXVII e XXVIII).
Alternativa E (incorreta): pelo contrário, há previsão específica quanto à impossibilidade de distinção entre
trabalho manual, técnico e intelectual ou entre os profissionais respectivos (art. 7º, XXXII - proibição de
distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual ou entre os profissionais respectivos;).
Gabarito: (C).
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A Constituição Federal do Brasil relaciona em seu artigo 7º um rol de direitos dos trabalhadores urbanos e
rurais, dentre eles
(A) assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até sete anos de idade em creches e
pré-escolas.
(B) seguro desemprego, em caso de desemprego involuntário.
(C) repouso semanal obrigatório aos sábados ou domingos com remuneração dobrada.
(D) garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, exceto para os que percebem remuneração variável.
(E) aposentadoria compulsória aos setenta anos de idade para o homem e sessenta e cinco para a mulher,
com proventos proporcionais ao tempo de contribuição.
Comentários:
CF/88, art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à
melhoria de sua condição social:
(...)
(...)
VII - garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração
variável;
(...)
(...)
XXV - assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até 5 (cinco) anos
de idade em creches e pré-escolas;
(...)
XXIV - aposentadoria;
Gabarito: (B).
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Comentários:
CF/88, art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à
melhoria de sua condição social:
(...)
O dispositivo é uma previsão constitucional de proteção dos trabalhadores contra inovações tecnológicas,
que por vezes reduzem a demanda por mão de obra em consequência da utilização de máquinas que
eliminem postos de trabalho.
As demais alternativas distorceram outros incisos do artigo 7º, como se verifica abaixo:
CF/88, art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à
melhoria de sua condição social:
(...)
Por fim, a alternativa (D) tratou de assunto não encontrado no art. 7º.
Gabarito: (A).
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Comentários:
CF/88, art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à
melhoria de sua condição social:
(...)
XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro
semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo
ou convenção coletiva de trabalho;
A duração normal da jornada de trabalho é de 08 horas, e do módulo semanal de trabalho 44 horas (seria o
caso, por exemplo, de jornadas de 08 horas de segundas-feiras a sextas-feiras e 04 horas aos sábados).
Gabarito: (A).
Comentários:
CF/88, art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à
melhoria de sua condição social:
(...)
90
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Gabarito: (D).
Comentários:
Apesar do disposto no artigo, que busca envolver os entes sindicais na negociação juscoletiva, a CF/88 prevê
o dissídio41 como forma de resolver impasse.
As alternativas (A) e (B), incorretas, inverteram os conceitos de convenção e acordo coletivo de trabalho:
CLT, art. 611 - Convenção Coletiva de Trabalho é o acordo de caráter normativo, pelo qual
dois ou mais Sindicatos representativos de categorias econômicas e profissionais estipulam
condições de trabalho aplicáveis, no âmbito das respectivas representações, às relações
individuais de trabalho.
41
CF/88, art. 114, § 2º Recusando-se qualquer das partes à negociação coletiva ou à arbitragem, é facultado às mesmas, de comum
acordo, ajuizar dissídio coletivo de natureza econômica, podendo a Justiça do Trabalho decidir o conflito, respeitadas as
disposições mínimas legais de proteção ao trabalho, bem como as convencionadas anteriormente.
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Assim, temos:
Negociação coletiva
Resultado de negociação entre o sindicato Resultado de negociação entre uma (ou mais)
patronal e o sindicato dos empregados empresa(s) e o sindicato dos empregados
Nas alternativas (C) e (D), também incorretas, distorceram-se as regras quanto à prorrogação e validade dos
diplomas coletivos (CCT e ACT):
CLT, art. 615 - O processo de prorrogação, revisão, denúncia ou revogação total ou parcial
de Convenção ou Acordo ficará subordinado, em qualquer caso, à aprovação de Assembleia
Geral dos Sindicatos convenentes ou partes acordantes, com observância do disposto no
art. 612.
CLT, art. 614, § 3º Não será permitido estipular duração de convenção coletiva ou acordo
coletivo de trabalho superior a dois anos, sendo vedada a ultratividade.
Gabarito: (E).
Comentários:
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CF/88, art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à
melhoria de sua condição social:
(...)
(...)
(...)
(...)
(...)
Gabarito: (B).
Comentários:
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Antes de completar quatorze anos não há possibilidade de menores exercerem atividades laborais. Quando
o menor completa quatorze anos, pode trabalhar como aprendiz.
CLT, art. 402. Considera-se menor para os efeitos desta Consolidação o trabalhador de
quatorze até dezoito anos.
CF/88, art. 7º, XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de
dezoito e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de
aprendiz, a partir de quatorze anos;
Gabarito: (A).
Comentários:
O gabarito da questão é a alternativa (A), lembrando-se das limitações comentadas na questão anterior
quanto ao trabalho de menores de 18 anos.
Gabarito: (A).
Comentários:
É obrigatória a participação do sindicato obreiro nas negociações coletivas. O que pode ou não ocorrer é a
participação do sindicato patronal (diferenciação entre convenção coletiva e acordo coletivo).
Renúncia e Transação
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vigor. Ronaldo, empregado da empresa há quinze anos, opta por aderir ao regulamento mais novo,
renunciando às regras do sistema do outro.
(E) Não havendo previsão contratual ou legal expressa, a opção de Edmundo, funcionário público, pelo
regime trabalhista implica a renúncia dos direitos inerentes ao regime estatutário.
Comentários:
A alternativa (A), trata de renúncia inválida, pois o registro do empregado (com a consequente assinatura da
sua CTPS) é absolutamente indisponível, até mesmo em decorrência do art. 444 da CLT.
Gabarito: (A).
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Comentários:
Apesar da redação rebuscada, a assertiva I está correta e não exiges profundos conhecimentos. O primeiro
desafio é compreender o que está escrito.
De fato, via de regra, os direitos trabalhistas são indisponíveis. Entretanto, admite-se a ocorrência de
prescrição e de decadência no âmbito do Direito do Trabalho, mesmo sendo institutos em desfavor do
empregado. Ou seja, quando uma verba que era devida ao empregado prescreve, por exemplo, o
empregador não será mais obrigado a pagá-la, de modo que pode-se dizer que o empregado foi prejudicado,
mas que não houve qualquer ofensa aos princípios trabalhistas.
Em outras palavras, o enunciado afirma que prescrição e decadência geram supressão de direitos laborais,
sem afrontar o princípio da indisponibilidade que caracteriza o Direito Individual do Trabalho.
Renúncia Transação
Ato unilateral da parte, através do qual ela se Ato bilateral (ou plurilateral), pelo qual se acertam direitos e
despoja de um direito de que é titular, sem obrigações entre as partes acordantes, mediante concessões
correspondente concessão pela parte recíprocas (despojamento recíproco), envolvendo questões fáticas
beneficiada da renúncia. ou jurídicas duvidosas (res dubia).
A assertiva III está igualmente correta, pois traz direitos que não podem ser renunciados pelo trabalhador
(direitos dos quais ele não pode dispor).
Gabarito: (A).
42
DELGADO, Mauricio Godinho. Op. cit., p. 209-210.
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(C) O direito ao aviso prévio é renunciável pelo empregado, sendo que o pedido de dispensa de cumprimento
sempre exime o empregador de pagar o respectivo valor.
(D) Trata-se de uma relação jurídica em que as partes fazem concessões recíprocas, nascendo daí o direito
de ação.
(E) No curso do contrato trabalhista a renúncia é inadmissível em qualquer hipótese, obedecendo-se ao
princípio da proteção, bem como a relação de hipossuficiência existente.
Comentários:
A alternativa (A) está correta porque, de fato, é regra que não se admita a renúncia de direitos por parte do
trabalhador.
Acerca da “renúncia a direitos futuros”, como citado na questão, o plano de fundo é a Súmula 199, que veda
expressamente a pré-contratação de horas extraordinárias:
Quanto à alternativa (B), também incorreta, caso haja dois regulamentos na empresa (que dispõe sobre
regras, direitos e obrigações no âmbito empresarial) e o empregado opte por um deles, a jurisprudência do
TST entende que esta opção representa renúncia ao outro por parte do empregado:
(...)
A alternativa (C), por sua vez, atrita com a Súmula 276, que não admite renúncia de aviso prévio por parte
do empregado:
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Já a alternativa (D) tratou de transação, e não de renúncia (ela mencionou “concessões recíprocas”, o que
caracteriza a transação).
Renúncia Transação
Ato unilateral da parte, através do qual ela se Ato bilateral (ou plurilateral), pelo qual se acertam direitos e
despoja de um direito de que é titular, sem obrigações entre as partes acordantes, mediante concessões
correspondente concessão pela parte beneficiada recíprocas (despojamento recíproco), envolvendo questões
da renúncia. fáticas ou jurídicas duvidosas (res dubia).
Por fim, a alternativa (E) generalizou a impossibilidade da renúncia. De fato, a regra geral é que não se admite
a renúncia, mas existem casos isolados em que a mesma é admitida.
O exemplo comum do cabimento de renúncia é a previsão legal de renúncia à estabilidade decenal e opção
pelo FGTS, como previsto na Lei 8.036/91:
Lei 8.036/90, art. 14. Fica ressalvado o direito adquirido dos trabalhadores que, à data da
promulgação da Constituição Federal de 1988, já tinham o direito à estabilidade no
emprego nos termos do Capítulo V do Título IV da CLT.
(...)
§ 4º Os trabalhadores poderão a qualquer momento optar pelo FGTS com efeito retroativo
a 1º de janeiro de 1967 ou à data de sua admissão, quando posterior àquela.
Nesta linha, é incorreto afirmar que a renúncia é “inadmissível em qualquer hipótese”, como a questão
sugeriu.
Gabarito: (A).
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LISTA DE QUESTÕES
Princípios do Direito do Trabalho
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Considere:
I. A obrigação de comprovar o término do contrato de trabalho quando negado o despedimento é do
empregador.
II. A descaracterização de um contrato de prestação de serviços de trabalhador sob sistema de cooperativa,
desde que presentes os requisitos fático-jurídicos da relação empregatícia.
III. As cláusulas regulamentares que alterem vantagens deferidas anteriormente, só atingirão os
trabalhadores admitidos após a alteração do regulamento.
Os itens I, II e III correspondem, respectivamente, aos princípios do Direito do Trabalho:
(A) continuidade da relação de emprego; irrenunciabilidade; razoabilidade.
(B) razoabilidade; primazia da realidade; intangibilidade salarial.
(C) continuidade da relação de emprego; primazia da realidade; condição mais benéfica.
(D) primazia da realidade; condição mais benéfica; instrumentalidade das formas.
(E) irrenunciabilidade; continuidade da relação de emprego; prevalência do negociado sobre o legislado.
5. FCC/TRT20 – Analista Judiciário – Área Judiciária – 2016
A restrição à autonomia da vontade inerente ao contrato de trabalho, em contraponto à soberania da
vontade contratual das partes que prevalece no Direito Civil, é tida como instrumento que assegura as
garantias fundamentais do trabalhador, em face do desequilíbrio de poderes inerentes ao contrato de
emprego, é expressão do princípio da
(A) autonomia privada coletiva.
(B) condição mais benéfica.
(C) primazia da realidade.
(D) imperatividade das normas trabalhistas.
(E) prevalência do negociado em face do legislado.
6. FCC/TRT14 – Analista Judiciário – Área Judiciária - 2016
O Tribunal Superior do Trabalho editou a Súmula de Jurisprudência de nº 212, segundo a qual o ônus de
provar o término do contrato de trabalho, quando negados a prestação de serviço e o despedimento, é do
empregador, pois determinado princípio do Direito do Trabalho constitui presunção favorável ao
empregado. O referido princípio é o da
(A) indisponibilidade dos direitos trabalhistas.
(B) continuidade da relação de emprego.
(C) flexibilização das normas trabalhistas.
(D) intangibilidade salarial.
(E) primazia da realidade.
7. FCC/TRT14 – Analista Judiciário – Avaliador Federal - 2016
A relação objetiva evidenciada pelos fatos define a verdadeira relação jurídica estipulada pelos contratantes,
ou seja, em matéria trabalhista, importa o que ocorre na prática mais do que as partes pactuaram, em forma
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mais ou menos expressa, ou o que se insere em documentos, formulários e instrumentos de contrato. Tal
enunciado corresponde ao princípio específico do Direito do Trabalho:
(A) Condição mais benéfica.
(B) Primazia da realidade.
(C) Intangibilidade contratual lesiva.
(D) Busca do pleno emprego.
(E) Continuidade da relação de emprego.
8. CESPE/TRT8 – Técnico Judiciário – Área Administrativa - 2016
Acerca dos princípios e das fontes do direito do trabalho, assinale a opção correta.
(A) A aplicação do in dubio pro operario decorre do princípio da proteção.
(B) As fontes formais correspondem aos fatores sociais que levam o legislador a codificar expressamente as
normas jurídicas.
(C) Dado o princípio da realidade expressa, deve-se reconhecer apenas o que está demonstrado
documentalmente nos autos processuais.
(D) Em decorrência do princípio da irrenunciabilidade dos direitos trabalhistas, o empregador não pode
interferir nos direitos dos seus empregados, salvo se expressamente acordado entre as partes.
(E) O princípio da razoabilidade não se aplica ao direito do trabalho.
9. CESPE/TRT8 – Analista Judiciário – Área Administrativa - 2016
Em relação aos princípios e às fontes do direito do trabalho, assinale a opção correta.
(A) Em virtude do princípio da boa-fé, via de regra, o trabalhador pode renunciar a seu direito de férias, se
assim preferir.
(B) Na falta de disposições legais ou contratuais, a justiça do trabalho ou as autoridades administrativas
poderão decidir o caso de acordo com os usos e costumes, que são fontes do direito do trabalho.
(C) Por conter regras específicas acerca da maioria dos institutos trabalhistas, na análise de um caso concreto,
a Consolidação das Leis do Trabalho pode se sobrepor aos dispositivos constantes da Constituição Federal
de 1988 (CF).
(D) A sentença normativa é fonte do direito do trabalho, mas não o são os atos normativos do Poder
Executivo.
(E) Os princípios gerais de direito não são aplicados na interpretação das normas do direito do trabalho,
ainda que subsidiariamente.
10. FCC/TRT4 – Analista Judiciário – Avaliador Federal - 2015
Os princípios atuam na ciência jurídica na fase de construção da regra jurídica, em sua interpretação ou na
integração de normas jurídicas. Em relação aos princípios peculiares do Direito do trabalho,
(A) a razoabilidade é um princípio que confere segurança jurídica aos atos jurídicos ao dispor que o
formalismo documental deve prevalecer sobre a realidade dos fatos.
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(B) é possível ao trabalhador renunciar direitos trabalhistas previstos em legislação própria, como por
exemplo, o intervalo intrajornada para refeição e descanso, objetivando a manutenção do emprego.
(C) em decorrência do princípio tutelar é autorizada a aplicação da norma mais favorável ao trabalhador
independentemente de sua posição na escala hierárquica das normas jurídicas.
(D) o encargo de provar o término do contrato de trabalho é do trabalhador, mesmo que tenha sido negada
a prestação dos serviços e o despedimento, em razão do princípio da continuidade da relação de emprego.
(E) o princípio da irredutibilidade salarial é absoluto, portanto não comporta exceções, ainda que sob a tutela
de entidade sindical profissional.
11. FCC/TRT5 – Analista Judiciário – Área Administrativa - 2013
O Direito do Trabalho possui princípios próprios que norteiam a sua aplicação. Assim, o postulado
informando que na matéria trabalhista importa mais o que ocorre na prática do que o que está inserido em
documentos é conhecido como princípio da
(A) intangibilidade contratual.
(B) primazia da realidade.
(C) continuidade da relação de emprego.
(D) integralidade salarial.
(E) flexibilização.
12. FCC/TRT11 – Analista Judiciário – Área Judiciária - 2012
O Juiz do Trabalho pode privilegiar a situação de fato que ocorre na prática, devidamente comprova a, em
detrimento dos documentos ou do rótulo conferido à relação de direito material. Tal assertiva, no Direito do
Trabalho, refere-se ao princípio da
(A) irrenunciabilidade.
(B) intangibilidade salarial.
(C) continuidade.
(D) primazia da realidade.
(E) proteção.
13. FCC/TRT24 – Analista Judiciário – Área Administrativa - 2011
O princípio que faz prevalecer a restrição à autonomia da vontade no contrato trabalhista, em contraponto
à diretriz civil de soberania das partes no ajuste das condições contratuais, é, especificamente, o princípio
(A) da condição mais benéfica.
(B) da imperatividade das normas trabalhistas.
(C) da primazia da realidade sobre a forma.
(D) da continuidade da relação de emprego.
(E) do in dubio pro operatio.
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Em sentido genérico, ‘fontes do direito’ consubstancia a expressão metafórica para designar a origem das
normas jurídicas. Na Teoria Geral do Direito do Trabalho, são consideradas fontes formais autônomas:
(A) fatores econômicos e geopolíticos.
(B) fatores sociais e religiosos.
(C) Constituição Federal e leis complementares.
(D) medidas provisórias e jurisprudência.
(E) acordo coletivo de trabalho e convenção coletiva de trabalho.
21. FCC/TRT4 – Analista Judiciário – Avaliador Federal - 2015
A sentença normativa é a decisão proferida por um Tribunal do Trabalho em um dissídio coletivo,
estabelecendo uma regra geral, abstrata e impessoal que vai reger as relações entre trabalhadores e
empregadores de uma determinada categoria, sendo classificada no Direito do Trabalho como
(A) fonte material heterônoma.
(B) fonte formal autônoma.
(C) regra de hermenêutica e não fonte do direito.
(D) fonte formal heterônoma.
(E) fonte material profissional.
22. FCC/TRT16 – Analista Judiciário – Área Judiciária - 2014
No tocante as fontes do Direito do Trabalho considere:
I. As fontes formais traduzem a exteriorização dos fatos por meio da regra jurídica.
II. São fontes formais do Direito do Trabalho as portarias ministeriais e a Constituição Federal brasileira.
III. A sentença normativa e as leis são fontes materiais autônomas.
Está correto o que se afirma APENAS em
(A) I e II.
(B) I e III.
(C) II e III.
(D) III.
(E) II.
23. FCC/TRT15 – Técnico Judiciário – Área Administrativa - 2013
No tocante às fontes do Direito, considere:
I. Fontes formais são as formas de exteriorização do direito, como por exemplo, as leis e costumes.
II. A sentença normativa é uma fonte heterônoma do Direito do Trabalho, assim como regulamento unilateral
de empresa.
III. A Convenção Coletiva de Trabalho, quanto à origem, classifica-se como uma fonte estatal.
IV. A Convenção Coletiva de Trabalho, quanto à vontade das partes, classifica-se como imperativa.
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(D) o princípio da aplicação da norma mais favorável aplica-se no direito do trabalho para garantia dos
empregos, razão pela qual, independente de sua posição hierárquica, deve ser aplicada a norma mais
conveniente aos interesses da empresa.
(E) o princípio da primazia da realidade do direito do trabalho estabelece que os aspectos formais prevalecem
sobre a realidade, ou seja, a verdade formal se sobrepõe à verdade real.
27. FCC/TRT12 – Analista Judiciário – Área Judiciária - 2013
A doutrina clássica conceitua os princípios como sendo “proposições que se colocam na base de uma ciência,
informando-a”. Nesse contexto, é INCORRETO afirmar que o Direito Individual do Trabalho adota como regra
o princípio da
(A) norma mais favorável ao trabalhador.
(B) imperatividade das normas trabalhistas.
(C) intangibilidade salarial.
(D) disponibilidade dos direitos trabalhistas.
(E) continuidade da relação de emprego.
28. FCC/TRT24 – Analista Judiciário – Área Judiciária - 2011
Maria, estudante de direito, está discutindo com o seu colega de classe, Denis, a respeito das Fontes do
Direito do Trabalho. Para sanar a discussão, indagaram ao professor da turma sobre as fontes autônomas e
heterônomas. O professor respondeu que as Convenções Coletivas de Trabalho, as Sentenças Normativas e
os Acordos Coletivos são fontes
(A) autônomas.
(B) heterônomas, autônomas e heterônomas, respectivamente
(C) autônomas, autônomas e heterônomas, respectivamente.
(D) autônomas, heterônomas e autônomas, respectivamente.
(E) heterônomas.
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(D) liberdade sindical mitigada; seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, como
excludente da indenização a que este estaria obrigado, quando incorresse em dolo ou culpa.
(E) igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente e o trabalhador avulso
desde que sindicalizado; possibilidade de distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual ou entre os
profissionais respectivos.
30. FCC/TRT24 – Técnico Judiciário - 2017
A Constituição Federal de 1988 prevê expressamente uma série de disposições normativas trabalhistas que,
segundo a doutrina, pode ser considerada como patamar mínimo civilizatório do trabalhador. Entre outros
direitos trabalhistas, a Constituição Federal de 1988 prevê, expressamente, o direito
(A) ao intervalo intrajornada e interjornada.
(B) ao adicional de sobreaviso e de prontidão e a redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de
normas de saúde, higiene e segurança.
(C) ao adicional de horas extras e observância da proporcionalidade para contratação de empregado
estrangeiro.
(D) ao seguro-desemprego, em caso de desemprego voluntário ou não, e gozo de intervalo para refeição e
descanso na forma da lei.
(E) à proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos termos da lei, e ao
aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta dias, conforme previsão legal.
31. FCC/TRT20 – Técnico Judiciário – Área Administrativa – 2016
Dentre os direitos dos trabalhadores urbanos e rurais inseridos no artigo 7º da Constituição Federal do Brasil
de 1988, com objetivo de garantir e aprimorar a sua condição social, está
(A) a assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até sete anos de idade em creches e
pré-escolas.
(B) o salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda, nos termos da lei.
(C) o repouso semanal remunerado, obrigatoriamente aos domingos, salvo determinação diversa ajustada
em convenção coletiva de trabalho em razão da especificidade da atividade.
(D) a participação nos lucros, ou resultados, vinculada a remuneração e, obrigatoriamente, na gestão das
empresas com mais de duzentos empregados.
(E) a proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezesseis e de qualquer trabalho a
menores de quatorze anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de doze anos.
32. FCC/TRT20 – Oficial de Justiça Avaliador – 2016
O artigo 7º da Constituição Federal de 1988 estabeleceu direitos mínimos dos trabalhadores urbanos e rurais,
objetivando a garantia e o aprimoramento da sua condição social, inserindo princípios do Direito do
Trabalho, mesmo que de forma implícita, como por exemplo,
(A) primazia da realidade; intangibilidade salarial; razoabilidade.
(B) boa fé contratual; primazia da realidade; irredutibilidade salarial.
(C) irredutibilidade salarial; igualdade salarial; intangibilidade salarial.
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(A) O repouso semanal remunerado dos empregados rurais, em razão das peculiaridades do trabalho, deve
ser necessariamente aos domingos.
(B) O seguro contra acidentes do trabalho pago pelo empregador o isenta do pagamento de indenização a
empregado que sofre o infortúnio.
(C) A proteção ao mercado de trabalho da mulher é norma de aplicação imediata que, tendo em vista o
princípio da igualdade estabelecido como garantia fundamental, não depende de regulamentação
infraconstitucional.
(D) A assistência gratuita em creches e pré-escolas é assegurada aos filhos e dependentes do empregado,
desde o nascimento até dez anos de idade.
(E) A eleição de um representante dos trabalhadores com a finalidade, exclusiva de promover o
entendimento direto com o empregador é assegurada nas empresas com mais de duzentos empregados.
37. FCC/TRT4 – Analista Judiciário – Área Judiciária - 2015
A Constituição Federal do Brasil de 1988 inovou ao apresentar um rol de direitos constitucionais dos
trabalhadores, inserindo no seu artigo 7º, dentre outros,
(A) o auxílio alimentação e a cesta básica.
(B) o piso salarial proporcional à extensão e complexidade do trabalho.
(C) o habeas data para conhecimento de informações constantes de registros públicos do trabalhador.
(D) a pensão por morte e o seguro de vida.
(E) o direito exclusivo de utilização, publicação e exploração econômica de invenções do trabalhador.
38. FCC/TRT3 – Técnico Judiciário – Área Administrativa - 2015
Ana trabalhou em uma residência como cozinheira de 5 de maio de 2013 a 6 de julho de 2014. No período
indicado e na data da rescisão do contrato de trabalho, é devido à categoria profissional de Ana, podendo
ser exigido seu cumprimento de imediato pela empregada, o direito a
(A) adicional noturno.
(B) jornada de trabalho de 8 horas diárias e 44 horas semanais de trabalho.
(C) FGTS obrigatório.
(D) seguro-desemprego obrigatório.
(E) auxílio-creche.
39. FCC/TRT3 – Técnico Judiciário – Área Administrativa - 2015
De acordo com a Constituição Federal de 1988, dentre os direitos sociais assegurados ao trabalhador, NÃO
está a
(A) introdução do terço constitucional sobre as férias.
(B) proteção em face de automação, na forma da lei.
(C) criação dos turnos ininterruptos de revezamento com jornada especial de 6 horas diárias.
(D) criação de licença paternidade, de cinco dias.
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(C) Embora a CF disponha que a duração do trabalho normal não deva superar oito horas diárias e quarenta
e quatro semanais, o TST admite a jornada de doze horas de trabalho por trinta e seis de descanso, prevista
em lei ou ajustada por acordo coletivo de trabalho ou convenção coletiva de trabalho.
(D) Segundo a CF, a relação de emprego é protegida contra a despedida sem justa causa, que ocorre quando
o empregado pratica um ato faltoso que acarreta o rompimento do pacto de emprego.
(E) O seguro-desemprego, direito trabalhista previsto na CF, tem por finalidade prover assistência financeira
temporária ao trabalhador desempregado em virtude de dispensa sem justa causa, não se aplicando à
despedida indireta.
43. CESPE/TRT8 – Técnico Judiciário – Área Administrativa - 2013
São direitos expressamente garantidos pela CF aos trabalhadores urbanos e rurais:
(A) distinção entre o trabalho técnico, manual e intelectual, aposentadoria e repouso semanal remunerado,
preferencialmente aos domingos.
(B) seguro-desemprego, irredutibilidade do salário, salvo exceção prevista em convenção ou acordo coletivo,
e anotação do contrato de emprego na CTPS.
(C) fundo de garantia do tempo de serviço, intervalo mínimo de uma hora para repouso durante a jornada
de trabalho e décimo terceiro salário.
(D) salário mínimo fixado em lei e nacionalmente unificado, licença-paternidade e coincidência do período
de férias no trabalho com as férias escolares, se o trabalhador tiver menos de dezoito anos de idade.
(E) proteção em face da automação, aviso prévio proporcional ao tempo de serviço e licença à gestante, sem
prejuízo do emprego e do salário.
44. FCC/TRT18 – Técnico Judiciário – Área Administrativa - 2013
A Constituição Federal do Brasil apresenta, no seu artigo 7º, uma relação de direitos dos trabalhadores que
visam à melhoria de sua condição social.
Dentre os direitos constitucionalmente previstos aos empregados domésticos, está
(A) a licença-paternidade, nos termos fixados em lei.
(B) o piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho.
(C) a jornada de seis horas para o trabalho em turnos ininterruptos de revezamento.
(D) o adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei.
(E) a proteção em face da automação, na forma da lei.
45. FCC/TRT18 – Analista Judiciário – Área Administrativa - 2013
Em relação aos direitos dos trabalhadores previstos na Constituição Federal, é correto afirmar que
(A) há previsão apenas de direitos trabalhistas ao empregado urbano, não sendo contemplado o trabalhador
rural cujos direitos estão previstos em lei específica.
(B) não há previsão constitucional para direitos do trabalhador doméstico, cabendo à Consolidação das Leis
do Trabalho regulamentá-los.
(C) há igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente e o trabalhador
avulso.
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(D) não há qualquer previsão constitucional para a proteção do trabalhador em face da automação, bem
como de seguro contra acidentes de trabalho a cargo do empregador.
(E) há previsão específica quanto à possibilidade de distinção entre o trabalho manual, técnico e intelectual
ou entre os profissionais respectivos.
46. FCC/TRT12 – Analista Judiciário – Área Judiciária - 2013
A Constituição Federal do Brasil relaciona em seu artigo 7º um rol de direitos dos trabalhadores urbanos e
rurais, dentre eles
(A) assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até sete anos de idade em creches e
pré-escolas.
(B) seguro desemprego, em caso de desemprego involuntário.
(C) repouso semanal obrigatório aos sábados ou domingos com remuneração dobrada.
(D) garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, exceto para os que percebem remuneração variável.
(E) aposentadoria compulsória aos setenta anos de idade para o homem e sessenta e cinco para a mulher,
com proventos proporcionais ao tempo de contribuição.
47. FCC/TRT5 – Técnico Judiciário – Área Administrativa - 2013
O artigo 7º da Constituição Federal elenca um rol de direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, que visam
à melhoria da sua condição social, dentre os quais tem-se
(A) a proteção em face da automação, na forma da lei.
(B) a possibilidade de distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual.
(C) a distinção entre os direitos do trabalhador com vínculo empregatício permanente e o avulso.
(D) o direito de participação na CIPA da empresa, aposentado, desde que filiado ao sindicato.
(E) a permissão de trabalho insalubre ao menor na condição de aprendiz, a partir de 14 anos.
48. FCC/TRT1 – Técnico Judiciário – Área Administrativa - 2013
Constitui direito do trabalhador, de acordo com a Constituição Federal, art. 7, inciso XIII, a duração do
trabalho normal NÃO superior a
(A) oito horas diárias e quarenta e quatro semanais.
(B) oito horas diárias e quarenta semanais.
(C) oito horas diárias e quarenta e oito semanais.
(D) seis horas diárias e trinta semanais.
(E) seis horas diárias e trinta e seis semanais.
49. FCC/TRT1 – Técnico Judiciário – Área Administrativa - 2013
Em relação às limitações de idade para o trabalho, é correto afirmar que há proibição de
(A) trabalho penoso aos menores de dezesseis anos.
(B) trabalho na condição de aprendiz após os dezoito anos.
(C) qualquer trabalho, inclusive na condição de aprendiz, aos menores de dezesseis anos.
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(D) em atividades insalubres e perigosas, desde que autorizados pelos pais, a partir de 16 anos de idade.
(E) em quaisquer atividades, desde que autorizado pelos pais, a partir dos 15 anos de idade.
54. FCC/TRT4 – Analista Judiciário – Área Judiciária - 2006
É facultativa a participação dos sindicatos nas negociações coletivas de trabalho.
Renúncia e Transação
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GABARITO
1. D 20. E 39. E
2. E 21. D 40. E
3. D 22. A 41. B
4. C 23. D 42. C
5. D 24. A 43. E
6. B 25. D 44. A
7. B 26. A 45. C
8. A 27. D 46. B
9. B 28. D 47. A
10. C 29. C 48. A
11. B 30. E 49. D
12. D 31. B 50. E
13. B 32. C 51. B
14. B 33. B 52. A
15. E 34. A 53. A
16. E 35. B 54. E
17. D 36. E 55. A
18. E 37. B 56. A
19. A 38. B 57. A
117
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RESUMO
Princípios:
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Direito do Trabalho p/ TRT 16ª Região (Técnico Judiciário - Área Administrativa) - 2021 - Pré-Edital
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CONCLUSÃO
Bom pessoal,
O estudo dos princípios é importante para entendermos os fundamentos do direito do trabalho, e pensando
nesta linha é interessante ler e reler esta aula para compreendermos o universo da legislação trabalhista.
Além disso, é interessante também dar uma atenção especial aos Direitos Constitucionais dos trabalhadores
em geral (urbanos e rurais) e dos trabalhadores domésticos.
Esperamos que tenham gostado da aula, e se surgir alguma dúvida quanto ao assunto apresentado, estamos
à disposição para auxiliá-los (as).
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Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de
sua condição social:
I - relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, nos termos de
lei complementar, que preverá indenização compensatória, dentre outros direitos;
IV - salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas necessidades
vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário,
higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder
aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim;
VII - garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração variável;
VIII - décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria;
XII - salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda nos termos da
lei;
XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais,
facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção
coletiva de trabalho;
XIV - jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento,
salvo negociação coletiva;
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XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário
normal;
XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento e vinte
dias;
XXI - aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta dias, nos termos
da lei;
XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e
segurança;
XXIV - aposentadoria;
XXV - assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até 5 (cinco) anos de idade
em creches e pré-escolas;
XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indenização
a que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa;
XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional de
cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do
contrato de trabalho;
XXXII - proibição de distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual ou entre os profissionais
respectivos;
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Parágrafo único. São assegurados à categoria dos trabalhadores domésticos os direitos previstos
nos incisos IV, VI, VIII, XV, XVII, XVIII, XIX, XXI e XXIV, bem como a sua integração à previdência
social.
Parágrafo único. São assegurados à categoria dos trabalhadores domésticos os direitos previstos
nos incisos IV, VI, VII, VIII, X, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XXI, XXII, XXIV, XXVI, XXX, XXXI e XXXIII e,
atendidas as condições estabelecidas em lei e observada a simplificação do cumprimento das
obrigações tributárias, principais e acessórias, decorrentes da relação de trabalho e suas
peculiaridades, os previstos nos incisos I, II, III, IX, XII, XXV e XXVIII, bem como a sua integração à
previdência social.
(...)
IV - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e regulamentos para
sua fiel execução;
CLT
CLT, art. 8º, § 1º O direito comum será fonte subsidiária do direito do trabalho.
CLT, art. 8º, § 2º Súmulas e outros enunciados de jurisprudência editados pelo Tribunal Superior
do Trabalho e pelos Tribunais Regionais do Trabalho não poderão restringir direitos legalmente
previstos nem criar obrigações que não estejam previstas em lei.
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Art. 459 - O pagamento do salário, qualquer que seja a modalidade do trabalho, não deve ser
estipulado por período superior a 1 (um) mês, salvo no que concerne a comissões, percentagens
e gratificações.
Art. 462 - Ao empregador é vedado efetuar qualquer desconto nos salários do empregado, salvo
quando este resultar de adiantamentos, de dispositivos de lei ou de contrato coletivo.
Art. 468 - Nos contratos individuais de trabalho só é lícita a alteração das respectivas condições
por mútuo consentimento, e ainda assim desde que não resultem, direta ou indiretamente,
prejuízos ao empregado, sob pena de nulidade da cláusula infringente desta garantia.
CLT, art. 507-A. Nos contratos individuais de trabalho cuja remuneração seja superior a duas
vezes o limite máximo estabelecido para os benefícios do Regime Geral de Previdência Social,
poderá ser pactuada cláusula compromissória de arbitragem, desde que por iniciativa do
empregado ou mediante a sua concordância expressa, nos termos previstos na Lei no 9.307, de
23 de setembro de 1996.
CLT, art. 510-A. Nas empresas com mais de duzentos empregados, é assegurada a eleição de uma
comissão para representá-los, com a finalidade de promover-lhes o entendimento direto com os
empregadores.
Art. 611 - Convenção Coletiva de Trabalho é o acordo de caráter normativo, pelo qual dois ou
mais Sindicatos representativos de categorias econômicas e profissionais estipulam condições de
trabalho aplicáveis, no âmbito das respectivas representações, às relações individuais de
trabalho.
CLT, art. 611-A. A convenção coletiva e o acordo coletivo de trabalho têm prevalência sobre a lei
quando, entre outros, dispuserem sobre:
VI – regulamento empresarial;
Legislação específica
Lei 8.036/90, art. 14. Fica ressalvado o direito adquirido dos trabalhadores que, à data da
promulgação da Constituição Federal de 1988, já tinham o direito à estabilidade no emprego nos
termos do Capítulo V do Título IV da CLT.
(...)
§ 4º Os trabalhadores poderão a qualquer momento optar pelo FGTS com efeito retroativo a 1º
de janeiro de 1967 ou à data de sua admissão, quando posterior àquela.
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TST
SUM-51 NORMA REGULAMENTAR. VANTAGENS E OPÇÃO PELO NOVO REGULAMENTO. ART. 468
DA CLT
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