LEUCOCITOS

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HEMATOPOISE

https://www.infoescola.com/sangue/hematopoese/
LEUCOPOIESE
Os leucócitos são divididos em
dois grupos: os fagócitos e os
linfócitos.
Essas células estão envolvidas
na defesa inata do organismo
(fagócitos) e na Resposta
imune adaptativa (linfócitos).
Os fagócitos podem ser
divididos em granulócitos e
monócitos.
LEUCOPOIESE
Os estágios da maturação granulocítica, morfologicamente
reconhecíveis em um esfregaço corado de medula
óssea, foram definidos da seguinte maneira.

Mieloblasto: é o membro identificável mais


precocemente da série granulocítica.
Tem um núcleo grande redondo, contendo cromatina
fina pontilhada e um ou mais nucléolos. Seu citoplasma
é azul e não tem grânulos.

RELAÇÃO NUCLEO/CITOPLASMA: Quase igual a 1


Promielócito: a cromatina nuclear está
começando a condensar, mas ainda se
veem os nucléolos. O citoplasma ainda
é azul; no entanto, grânulos primários
que se coram, como grânulos
azurófilos, estão presentes agora
Mielócito: o núcleo ainda é redondo, mas
os nucléolos não estão mais visíveis, e a
cromatina está mais condensada. A cor
azul do citoplasma da célula imatura está
dando lugar à cor rosa amarelada da célula
madura. Os grânulos azurófilos podem ser
ainda visíveis, mas são menos
proeminentes. Grânulos secundários, isto
é, grânulos finos neutrofílicos, também
estão presentes.
Metamielócito: o núcleo tornou-se
denteado e sua cromatina está bem
condensada. O citoplasma é
uniformemente rosa amarelado e
preenchido com grânulos secundários.
Embora ainda presentes, os grânulos
primários não são mais visíveis.

https://docplayer.com.br/80821881-Questoes-de-provas-hematologia-prof-a-sandra-rezende-de-andrade-
mestre-em-ciencias-farmaceuticas-marco-de-2018.html
Bastonete: o núcleo
tornou-se tão denteado
que assumiu a forma
crescente. Com a
maturação posterior,
aparecem constrições no
núcleo
Granulócito segmentado: é o granulócito
maduro. As constrições do núcleo do
bastonete estreitaram-se em finos
filamentos de cromatina que separam o
núcleo em dois a quatro lobos
Diferenciação e maturação neutrófila
A Figura mostra os estágios de maturação da linhagem neutrofílica.
Mieloblasto → promielócito neutrófilo → mielócito neutrófilo → metamielócito
neutrófilo → bastão
neutrófilo → segmentado neutrófilo.

Fonte: <http://pedrolucasbiomed.blogspot.com.br>
NEUTROFILOS

-Fagócitos ávidos

FUNÇÕES -Defesa imunocelular


contra bactérias

GRÂNULOS ESPECÍFICOS
•Lisozima → perfura a parede
NEUTROFILOS
EOSINOFILO

Polimorfonuclear: 2-3 lóbulos

12 a 15 µm de diâmetro

Muitos grânulos eosinofílicos


EOSINÓFILOS

-Defesa contra parasitoses


FUNÇÕES -Fagocita complexos Ag-Ac (IgE)

-Participa dos processos alérgicos


BASÓFILOS
Núcleo irregular e retorcido (“S”)

Grânulos específicos intensamente basófilos


(HISTAMINA)

Receptores para IgE


Estágios da maturação granulocítica
a) mieloblasto; b) promielócito; c) mielócito; d)
metamielócito; e) bastonete; f) granulócito segmentado

A B C

D E F
Linfocitogênese
Os linfócitos e os plasmócitos originam-se de células indiferenciadas da medula óssea, passando
por poucas fases intermediárias até a célula madura. São encontrados em número apreciável no
sangue periférico, sendo mais raros nos esfregaços de medula óssea. Constituem mais de 90% das
células nos linfonodos do baço e de outros órgãos linfoides, como as tonsilas. São reconhecidos os
seguintes tipos de células linfoides.

Linfoblasto
Prólinfocito: costuma ser pouco maior do que o linfócito maduro circulante, com 10 a 15μ
de diâmetro. A estrutura cromatínica não é tão frouxa como a do linfoblasto, levemente
basófilo, e pode ter granulações.
Prólinfocito
LINFÓCITOS

6 a 8 µm de diâmetro

Núcleo esférico e bem corado


(grumos grosseiros de cromatina)

Citoplasma escasso e periférico (ribossomos)

Fonte: <http:// cadernodefarmacia.blogspot.com>


PLASMÓCITO
Essa célula também tende adquirir formas diferentes,
especialmente, nos casos de resposta linfocitária a agentes
infecciosos virais. Nesses casos, aparecem linfócitos atípicos,
isto é, células
linfoides grandes, devido ao aumento do volume citoplasmático.
Outras vezes, há células com citoplasma muito basófilo e com
microvacuolizações. São denominadas, às vezes, linfócitos
plasmocitoides ou células linfoplasmocitárias. Nesses casos,
algumas células têm núcleos frouxos e com nucléolos, enquanto
outras mantêm os núcleos com cromatina condensada.
PLASMÓCITO

PLASMÓCITOS
• DIFERENCIAÇÃO: Linfócito B, T, NK e NKT

Plasmócitos (Ac), Célula T auxiliar,


Célula B de memória Célula T supressora,
Célula T citotóxica
A resposta imune adaptativa depende de dois tipos de
linfócitos, os linfócitos T e os B . O amadurecimento inicial
ocorre na medula óssea (linfócitos B) e no timo (linfócitos T).
Assim, timo e MO são órgãos linfáticos centrais.

Levados pelo sangue e pela linfa, os linfócitos


migram dos órgãos linfoides centrais para os
órgãos linfoides periféricos (baço, linfonodos,
nódulos linfáticos isolados, tonsilas,

linfoblastos evoluem a pró-linfócitos e,


posteriormente, a linfócitos.
Grande linfócito granular

Esse tipo de linfócito é maior que o linfócito


típico em repouso, possuindo citoplasma
mais abundante, azul pálido e grânulos
azurofílicos visíveis (lisossomos).

O núcleo é oval ou redondo, com cromatina


condensada.

Os LGLs podem ser linfócitos T citotóxicos


(CD8+) ou células NK. Sob condições normais
eles correspondem a cerca de 10-15% dos
linfócitos circulantes.

Podem estar aumentados em infecções


virais, doenças autoimunes, após
esplenectomia e na leucemia linfocítica
grande granular
Os linfócitos atípicos são linfócitos
que apresentam tamanho e forma
variada;
surgem, normalmente, quando há
infecções, principalmente as virais

A presença de linfócitos atípicos, que se


caracterizam pelas morfologias alteradas nas
formas do núcleo e da célula, na relação núcleo/
citoplasmática e pela intensa basofilia do
citoplasma, constantemente ultrapassa 5% dos
linfócitos contados.
Linfócitos atípicos

Fonte: Anemias e Leucemias – conceitos básicos e diagnóstico por técnicas laboratoriais. Oliveira, R.A.G; Neto
A.P. Roca. 2004.
Monopoiese
MONOBLASTO
PROMONÓCITO
Monócitos

Os monócitos são produzidos na medula óssea e depois


entram no sangue, onde representam cerca de 1% a 10%
dos glóbulos brancos circulantes . Depois de passar
algumas horas no sangue, os monócitos migram para
tecidos (tais como baço, fígado, pulmões e tecido da
medula óssea), onde se convertem em macrófagos.
Granulações tóxicas

A identificação de granulações tóxicas no


citoplasma dos neutrófilos é um forte
indício laboratorial associado a quadro
de infecção bacteriana.
Vacuolização
citoplasmática

Os vacúolos em citoplasma de neutrófilo são indicativos de


sepse. Os neutrófilos fagocitam principalmente bactérias, e
uma vez nos tecidos, não voltam mais ao sangue periférico, o
que nos faz concluir que os vacúolos em neutrófilos são
reflexos de uma fagocitose no próprio sangue periférico, ou
seja, sepse.
Hipersegmentação de
neutrófilos

Corresponde à um neutrófilo maduro, que está circulando à


mais tempo que deveria. Devido à algum problema de
produção, ele permanece mais tempo no sangue periférico,
lobulando mais. A lobulação maior que o normal acontece não
por um quadro específico, mas é consequência deste tempo
aumentado de permanência.
Geralmente aparece em paciente com problemas renais.
Deficiencia de vitamina B12, alcoolismo.
Corpúsculo de
Döhle

Os corpos de Dohle são inclusões citoplasmáticas, de cor azul-


acinzentada, formados devido a liquefação do retículo
endoplasmático do neutrófilo.
Geralmente são observados na periferia dos neutrófilos e estão
associados, principalmente, a processos infecciosos e
inflamatórios.
Porém, também podem ser observados em casos de
queimadura, na gestação, em pacientes que fazem o uso de
fator estimulante de colônia granulocítica e macrofágica, na
SMD e outras condições.
ALTERAÇÕES
GENETICAS

A anomalia de Pelger-Hüet é um defeito


genético autossômico dominante, com
defeito da segmentação dos neutrófilos.
Indivíduos heterozigotos apresentam
predominantemente núcleos bilobulados,
formas em bastão ou com núcleo ovalado;
nos homozigotos, predominam formas de
núcleo ovalado (bastonado).
Linfócitos atípicos — alteração reacional

Os linfócitos atípicos são linfócitos


que apresentam tamanho e forma
variada;
surgem, normalmente, quando há
infecções, principalmente as virais

A presença de linfócitos atípicos, que se


caracterizam pelas morfologias alteradas nas
formas do núcleo e da célula, na relação núcleo/
citoplasmática e pela intensa basofilia do
citoplasma, constantemente ultrapassa 5% dos
linfócitos contados.
Linfócitos atípicos

Fonte: Anemias e Leucemias – conceitos básicos e diagnóstico por técnicas laboratoriais. Oliveira, R.A.G; Neto
A.P. Roca. 2004.
Células de Mott

• Os linfócitos podem responder a infeções


virais e outros estímulos imunológicos com
o aumento numérico de alterações
citológicas.
• Os linfócitos B podem diferenciar-se em
plasmócitos, sendo vistos em estágios
intermediários da transformação e
denominados linfócitos plasmocitoides,
que podem conter inclusões globulares
numerosas, compostas por
imunoglobulinas. Essas células são
chamadas de células de Mott.
Avaliação de perfil de cada
subtipo leucocitário

Neutrofilia: total de neutrófilos (segmentados + bastão + meta + mielo +


promielócitos) maior que 7.400/ mm3
Causas reacionais (não neoplásicas) e reações leucemoides – principais
características:
› Leucocitose: geralmente leve e moderada (< 25.000/ mm3), raramente superior a
50.000/ mm3; não ultrapassam 80.000/ mm3;
› Casos mais graves, em que há maior aumento na contagem dos leucócitos e das
células precursoras, são, muitas vezes, confundidos com processos leucêmicos
(neoplásicos). São as chamadas reações leucemoides, de caráter eminentemente
benigno e reacional
Neutropenia: total de neutrófilos menor que 1.600/mm3, em brancos, e
menor
que 1.200/mm3, em negros.
Eosinofilia: total de eosinófilos maior que 500/mm3.
Exemplos de casos em que ocorre a eosinofilia: desordens alérgicas
(asma, reação a drogas, alérgenos em geral); parasitoses
(esquistossomose, estrongiloidíase, cisticercose, equinococose,
ascaridíase, tricuríase, ancilostomíase etc.); infecções fúngicas; câncer
(colo uterino, ovário, pulmão); doenças hematológicas (leucemia
mieloide crônica, leucemia eosinofílica, doença de Hodgkin, alguns
linfomas não Hodgkin) doenças de pele (eczema, psoríase, urticária,
dermatites); doenças vasculares do colágeno (lúpus eritematoso,
poliartrite nodosa, vasculites); colite ulcerativa; doença de Chron;
síndromes hipereosinofílicas (Loefler, pneumonia eosinofílica crônica)
etc .
Basofilia: total de basófilos superior a 200/mm3. Causas relacionadas benignas:
associada à hipersensibilidade mediada por IgE ; em processos inflamatórios
crônicos, como a artrite reumatoide e colite ulcerativa; em algumas infecções virais;
após radiação; sarcoidose; sífilis; tuberculose; rickettsioses etc.
Neoplasias: dado de valor prognóstico na leucemia mieloide crônica; também
ocorre nas demais desordens mieloproliferativas, leucemia basofílica e doença
de Hodgkin
Monocitose: total de monócitos maior que 880/mm3. Associada à tuberculose
(infecção micobacteriana); a infecções agudas com neutrofilia; a doenças
autoimunes; à mononucleose infecciosa; à malária; a certas viroses; a parasitoses; a
rickettsioses; a inflamações; a doenças secundárias a cânceres em geral etc. Doenças
hematológicas: leucemia mielomonocítica crônica (LMMC); leucemia monocítica
aguda (LMA M5b); leucemia mielomonocítica juvenil (LMMJ); secundária a alguns
linfomas e mielomas.
Monocitopenia: total de monócitos inferior a
80/mm3. É descrita emdoenças autoimunes, como
lúpus eritematoso, leucemia de células “cabeludas”
(tricoleucemia), ou após administração de corticoides
ou pós-quimioterapias
Linfocitose: total de linfócitos maior que 4.000/mm3, em adultos, e maior
que 8.000/mm3, em crianças. Infecções virais reacionais (citomegalovírus,
linfocitose infecciosa, herpes, influenza, mononucleose infecciosa, hepatite,
rubéola, caxumba, adenovírus, HIV etc.); fumo; reacionais a drogas; transitória por
estresse; hematológicas neoplásicas (leucemias linfocíticas crônicas, linfomas não
Hodgkin leucemizados, secundárias ao mieloma múltiplo); púrpura
trombocitopênica idiopática; infecções bacterianas (crônicas, toxoplasmose,
secundaria a sífilis, febre tifoide, tuberculose etc.); doenças inflamatórias (colite
ulcerativa); doenças endócrinas (hipertireoidismo, hipofunção
adrenal) etc.
Linfopenia: total de linfócitos menor que 1.000/mm3, em adultos, e menor que
4.000/mm3, em crianças. Estados infecciosos bacterianos agudos associados à
neutrofilia; à má nutrição proteico-calórica; à síndrome de Cushing; a
corticosteroides; a imunossuprimidos; a estados de imunodeficência; ao câncer;
à falência renal; ao alcoolismo; à destruição aumentada (lúpus eritematoso,
perda pelos linfáticos intestinais, globulina antilinfocítica, HIV, terapia radioativa,
quimioterapia antineoplásica, síndrome de Wiskott-Aldrich); à anestesia; a
processos cirúrgicos; a sarcoidoses; à tuberculose; à influenza; à doença de
Hodgkin;
à miastenia grave etc

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