Tensões in Situ
Tensões in Situ
Tensões in Situ
IN SITU
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TENSÕES EM UM MEIO PARTICULADO
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PRINCÍPIO DAS TENSÕES EFETIVAS
• O conceito de tensão, adotado em Geotecnia, pressupõe a adoção de um
plano que intercepta grãos e vazios
• No caso dos solos saturados, uma parcela da tensão normal será transmitida
aos grãos (σ’) e outra parte será transmitida para água (u)
• Por outro lado, a tensão de cisalhamento será transmitida exclusivamente
para a fase sólida, uma vez que a água não resiste a tensões cisalhantes
• Com isso, as tensões normais e cisalhantes podem ser reescritas como mostra
o esquema abaixo.
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PRINCÍPIO DAS TENSÕES EFETIVAS
“O conceito de que parte da tensão normal age nos contatos interpartículas e
parte atua na água existente nos vazios, deu origem a uma das relações mais
importantes da Mecânica dos Solos. Esta relação foi proposta por Terzaghi e é
conhecida como Conceito da Tensão Efetiva”
• Tensão efetiva (σ’) – definida por Terzaghi na década de 1950, para Solos
Saturados
• σ ’= σ – u (σ tensão total)
• diferente da tensão intergranular (σ i) , que atua nos contatos entre
partículas
• comanda o comportamento dos solos saturados
• Poropressão (u)
• pressão da água nos poros (hidrostática – igual em todas as direções)
NA
NA NA
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esponja em repouso peso aplicado elevação da água
*Esponja de 10 cm de aresta/ carga de 10N/ coluna de 10 cm de altura
PRINCÍPIO DAS TENSÕES EFETIVAS
ESTUDO CIENTÍFICO DE COMPRESSIBILIDADE E RESISTÊNCIA
DE SOLO ESTÁ DIRETAMENTE LIGADO AO CONCEITO DE
TENSÃO EFETIVA
γn =16kN/m³
-7m
Pedregulho
γn =21kN/m³
-10m
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CÁLCULO DE TENSÕES EFETIVAS
Devido ao peso próprio, sem percolação
e carregamento externo
0m
Areia fina -1m
γn =19kN/m³
-3m
Argila mole
γn =16kN/m³
-7m
Pedregulho
γn =21kN/m³
-10m
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CÁLCULO DE TENSÕES EFETIVAS
Devido ao peso próprio, sem percolação
e carregamento externo
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Para o perfil de solo abaixo:
(a) Calcule a σ, u e σ’ nos pontos A, B e C;
(b) A qual altura deve chegar o nível da água para que a tensão
efetiva em C seja de 2000lb/ft2? Assuma que éo
mesmo para ambas as camadas.
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EXEMPLO 1
1. Determinação do peso específico dos solos:
2. Cálculo de z:
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Se um tubo de diâmetro muito pequeno (tubo capilar) é inserido em
uma cuba contendo água, a mesma irá ascender, dentro do tubo, até
uma dada altura acima do nível d´água dentro da cuba, hc (altura de
ascensão capilar).
Conforme será comprovado adiante, enquanto, dentro do tubo, a
pressão de água abaixo do N.A. é positiva, acima do N.A., é
negativa.
Menisco A ascensão
hcgw
capilar está
Tubo capilar associada à
hc tensão
superficial, que
N.A.
atua no menisco
u<0 u>0 (interface
líquido-gás)
z 13
Cuba com água
TENSÃO SUPERFICIAL
• Tensão que ocorre entre interfaces líquido-gás. Nesta interface,
o líquido se comporta como se estivesse coberto por uma
membrana elástica em um estado de tensão constante;
• Este estado de tensão é resultado de um desbalanceamento de
forças de atração das moléculas de água presentes na
superfície.
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TENSÃO SUPERFICIAL
A Tensão Superficial depende da natureza do líquido, tendendo a
diminuir à medida em que a temperatura aumenta.
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ALTURA DE ASCENSÃO CAPILAR
(LEI DE JURIN)
A força resultante da massa de água que sobe por capilaridade
na coluna capilar é dada por:
Vtc w r hc w
2
Tubo capilar
hc
N.A. T T
Pa
u<0 u>0 Menisco uw 16
z 2r
Cuba com água
ALTURA DE ASCENSÃO CAPILAR
(LEI DE JURIN)
2T
hc cos
r w
Quanto menor o raio do tubo capilar, maior a altura de
ascensão capilar.
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FENÔMENO DA CAPILARIDADE EM SOLOS
Em solos, o diâmetro dos grãos é tipicamente diretamente
proporcional ao diâmetro dos poros. Assim, a altura de
ascensão capilar em areias será muito menor que em
argilas.
Solo seco Ar
c
Solo não saturado
hcmax Água
Solo saturado hcmin
N.A.
Solo submerso
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A altura de retenção de água no solo sob a ação capilar varia
também com a história de umedecimento / secagem ocorrida.
O processo de umedecimento corresponde a uma elevação do
N.A., enquanto que, o de secagem, a uma drenagem.
Maiores alturas de saturação do solo acima do N.A. são de se
esperar quando o solo é submetido a um processo de drenagem.
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CAPILARIDADE EM SOLOS
(Lambe & Whitman, 1969)
Solo D10 e Altura Capilar
(mm) (cm)
hcr hcs
Cascalho Grosso 0,82 0,27 5,4 6,0
Cascalho Arenoso 0,20 0,45 28,4 20,0
Cascalho Fino 0,30 0,29 19,5 20,0
Cascalho Siltoso 0,06 0,45 106,0 68,0
Areia Grossa 0,11 0,27 82,0 60,0
Areia Média 0,02 0,48 - 0,66 239,6 120,0
Areia Fina 0,03 0,36 165,5 112,0
Silte 0,006 0,93 - 0,95 359,2 180,0
hcr = altura de ascensão capilar 20
hcs = altura de saturação em processo de drenagem
CAPILARIDADE EM SOLOS
(Fernandes, 2006)
Solo hc (cm)
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TENSÕES EFETIVAS NA ZONA DE
ASCENSÃO CAPILAR
Solo seco Ar
c
Solo não saturado
hcmax Água
Solo saturado hcmin
N.A.
Solo submerso
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1. Determinação do peso
específico dos solos:
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2. Cálculo das tensões:
( )
( )
2.1. Em A: 2.2. Em B:
2.3. Em C: 2.4. Em D:
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3. Gráficos das tensões:
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TENSÕES EM SOLO SATURADO COM
PERCOLAÇÃO ASCENDENTE
• Tensões em A:
• Tensões em B:
• Tensões em C:
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TENSÕES EM SOLO SATURADO COM
PERCOLAÇÃO ASCENDENTE
Gradiente hidráulico
crítico
Aumentando i
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Uma camada de 9m de espessura de argila
saturada rígida está depositada sobre uma
camada de areia (ver figura abaixo). A areia está
sob pressão artesiana. Calcule a profundidade
máxima do corte H que pode ser feito na argila.
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É feito um corte em uma argila
saturada rígida depositada sobre uma
camada de areia (ver figura abaixo).
Qual deve ser a altura da água no
corte, h, para que a estabilidade da
argila não seja perdida?
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TENSÕES EM SOLO SATURADO COM
PERCOLAÇÃO DESCENDENTE
• Tensões em C:
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z
A
• Caso estático
z • Fluxo ascendente
• Diminuição da força total
devido à percolação
• Força de percolação por unidade de
volume
Fluxo ascendente
1
1. Força em virtude de nenhuma percolação
A
2. Força em virtude da percolação ascendente
z
‘ z z
A A A
z z z
2
A A A
Considere o fluxo de água ascendente através de uma camada de areia
em um tanque, conforme mostrado na figura abaixo. Para a areia,
são dados: e=0,52 Gs=2,67
a. Calcule a tensão total, a poropressão e a tensão efetiva nos
pontos A e B;
b. Qual é a força de percolação ascendente por unidade de volume do
solo
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a. Cálculo das tensões em A e B:
A H127,46
γw+zγsat (H124,03
+z+iz)γw 3,43
σ-u
B H1γ48,05
w+H2γsat 41,2
(H1+H 2+h) γw 6,85
σ-u
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b. Força de percolação por unidade de volume:
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A instabilidade hidráulica pode assumir duas formas distintas:
• Erosão interna (“piping”, entubamento ou erosão progressiva);
• Ruptura hidráulica (ou levantamento hidráulico)
í
á 39
á
í í
40
Ruptura hidráulica (ou levantamento hidráulico)
Envolve uma massa de solo grande, na zona onde a percolação é
ascendente. A sua ocorrência depende da relação do peso
submerso da massa de solo (P’) e das forças de percolação (Fp)
que nela atuam.
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é
piping
a. Considere que as duas areias tem o mesmo peso específico (19kN/m³) e o
mesmo coeficiente de permeabilidade, a distribuição de tensões será:
Cálculo do i:
1
2
Cálculo do icrit:
3
Fator de segurança: 42
b. Considere que as duas areias tem o mesmo peso específico (19kN/m3) e
coeficiente de permeabilidade diferentes (kB=4kA), a distribuição de
tensões será:
Cálculo do i:
Fator de segurança: 43
1
(a) (b)
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b. Considere que as duas areias tem o mesmo peso específico (19kN/m3) e
coeficiente de permeabilidade diferentes (kB=4kA), a distribuição de
tensões será:
Cálculo do i:
1
3
Fator de segurança:
4
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LEVANTAMENTO DE FUNDO
O que aconteceria se a diferença de carga fosse elevada
para 0,18m e a diferença de permeabilidade fosse
mantida (kB=4kA)?
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47
Calcule as tensões efetivas em A, B e C
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Será executada uma escavação conforme desenho abaixo. No contato
areia-argila foi instalado um piezômetro que registrou uma carga
piezométrica de 7,6 m. A profundidade de escavação é de 6 m. Calcule
a altura de água a ser mantida no interior da escavação a fim de se
evitar instabilidade de fundo.
Passos:
• Definir direção do
fluxo;
• Analisar gradiente
hidráulico (icrit e i,
determinando FS);
• Cálculo de Hw de
forma que o
iprot<icrit;
• Em termos de
tensões efetivas...
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