Relatório Da Atividade Laboratorial 1.6 - Funcionamento de Um Sistema Tampão

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 5

ESCOLA SECUNDÁRIA VERGÍLIO FERREIRA

FUNCIONAMENTO DE UM SISTEMA TAMPÃO

Relatório da Atividade Laboratorial

Alexandre Martins (nº1)


Leonor Veríssimo (nº14)
12º5

2022
1. Objetivos

O presente trabalho tem como objetivos efetuar uma titulação potenciométrica, identificar e
interpretar as zonas tampão e os pontos de equivalência.

2. Introdução teórica

As soluções tampão são soluções aquosas capazes de resistir a mudanças significativas de pH


quando ácidos ou bases são adicionados. Este tipo de soluções é formado pela mistura de ácidos
fracos e as suas respetivas bases conjugadas numa solução de pH próximo ao pKa do ácido. Em
caso de perturbação do equilíbrio estabelecido numa solução ácido-base tampão, por adição de
outras substâncias alcalinas ou ácidas, estas vão reagir com quantidades consideráveis de H3O+ ou
OH-, constituindo-se um novo estado de equilíbrio químico que vai contrariar os efeitos da adição
daquelas substâncias e permitir que o pH se mantenha dentro de um intervalo de valores muito
próximos uns dos outros.

Se analisarmos a curva de titulação da solução, verificamos que algumas zonas são


aproximadamente verticais: ou seja, a adição de uma pequena quantidade de ácido ou de base
provoca uma variação brusca no pH. Nas outras zonas, a curva apresenta um declive muito reduzido:
ou seja a variação do pH é quase nula, formando-se um sistema-tampão.

2
Neste trabalho laboratorial, realizámos a titulação de uma base fraca (carbonato de sódio), com um
ácido forte (ácido clorídrico, HCl) de modo a estudar-se o comportamento deste género de soluções,
de acordo com a informação disponibilizada no quadro seguinte.

3. Parte experimental

3.1 Materiais utilizados no procedimento experimental

• Três gobelés de 250 mL;


• Pipeta volumétrica de 10,00 mL;
• Pompete;
• Bureta de 25,00 mL;
• Funil de líquidos;
• Suporte universal, garra para buretas e duas nozes;
• Luvas de borracha;
• Vareta de vidro;
• Agitador magnético + barra magnética;
• Medidor digital de pH;
• Dois balões volumétricos de 100 mL.

Nota: Para utilizarmos o ácido clorídico nesta experiência foi necessário seguir as regras de
segurança, que são o uso da hotte, luvas de borracha e bata.

3.2 Reagentes

• HCl (aq) 0,10 mol.dm-3


• Na2CO3 (aq) 0,10 mol.dm-3
• Alaranjado de metilo
• Fenolftaleína
• Água destilada

3.3 Procedimento experimental

1. Preparar 100 mL de cada uma das soluções de concentrações indicadas


anteriormente (a solução de HCl já estava previamente preparada).
2. Ligar o potenciómetro e retirar a tampa do elétrodo. Lavá-lo com água destilada e
colocá-lo cuidadosamente dentro de um copo com água destilada.
3. Lavar 2 vezes a pipeta volumétrica com solução de Na2CO3 (aq).
4. Medir rigorosamente com a pipeta volumétrica 10,00mL da solução de Na2CO3 (aq)
previamente preparada, para um copo de precipitação, adicionando cerca de 20,0
mL de água destilada e 3 gotas de fenolftaleína.
5. Colocar no interior do copo uma barra magnética.
6. Preparar uma bureta de 25,00 mL com a solução de 0,10 mol dm-3 (prepara-se a
bureta lavando-a três vezes, com uma pequena quantidade de solução de ácido,
rodando e escoando o líquido após cada lavagem).
7. Encher completamente a bureta, depois de devidamente preparada, com a solução
de HCl a 0,10 mol dm-3, usando um funil e um gobelé, tendo o cuidado de não criar
bolhas de ar no seu interior.
8. Aferir o volume de solução na bureta com o zero da escala, abrindo a torneira
devagar para escoar o excesso de titulante.
9. Introduzir o elétrodo do medidor de pH dentro do copo de precipitação. Certifique-se
de que a barra magnética, ao rodar, não toca no elétrodo.
10. Esperar e registar o valor de pH.

3
11. Adicionar mililitro a mililitro a solução titulante à solução de Na2CO3, registando o
volume de HCl adicionado e o pH, após estabilização do seu valor. Nas zonas de
variação acentuada de pH, dosear o titulante gota a gota.
12. Quando a solução mudar de cor, adicionar 3 gotas de alaranjado de metilo e
prosseguir com a titulação até que esta mude de cor pela 2.a vez.

3.4 Esquema de montagem

3.5 Resultados

3.5.1 Tabela de resultados

Os valores registados do volume do titulante (HCL) e do pH obtido


apresentam-se na tabela abaixo.

Volume do pH Volume do pH
titulante/mL (25ºC) titulante/mL (25ºC)
(± 0,01) (± 0,01) (± 0,01) (± 0,01)

0,00 10,07 10,00 5,80

1,00 9,89 11,00 5,63

2,00 9,73 12,00 5,37

3,00 9,42 13,00 5,11

4,00 9,03 14,00 4,55

5,00 8,36 14,50 3,24

5,50 7,57 15,00 2,32

6,00 6,96 15,50 2,03

7,10 6,50 16,00 1,89

8,00 6,21 16,50 1,76

9,00 5,99 17,10 1,64

4
Gráfico 1 Gráfico 2

3.6. Discussão dos resultados

Através da análise dos gráficos de titulação apresentados acima, é possível concluir que
as zonas com efeito tampão são: no gráfico 1 e 2, correspondentes aos intervalos 0,00 a
4,00 mL e 7,00 a 14,00 mL de volume de titulante adicionado. Nestas zonas existe igual
quantidade de Na2CO3 e de HCl, nas proporções estequiométricas.

Pode-se igualmente concluir que o indicador utilizado na primeira zona de viragem não
foi o mais indicado já que a zona de viragem da fenoftalina - 8,2 a 10,0 - não contém o
valor do pH para o ponto de equivalência (aproximadamente 7,7). O indicador utilizado
na segunda zona de viragem já foi o mais indicado, porque a zona de viragem do
alaranjado de metilo - 3,1 a 4,4 - contém o valor do pH para o ponto de equivalência
(aproximadamente 3,4), o que, atendendo ao erro de titulação, nos permitiu confirmar
que foi naquela altura e para aquele volume que se atingiram as proporções
estequiométricas de cada uma das reações em cima referidas.

A incerteza associada à medição do volume e à medição do pH é, em ambas, ± 0,01.

4. Conclusões

Concluindo, tendo em conta o objetivo pedido, as zonas de tampão observadas são


de 0,00 a 4,00 mL e de 7,00 a 14,00 mL. Os pontos de equivalência foram 7,7 e 3,4.

Você também pode gostar