AEscadadeJaco GilmarJosedaSilvaPinto 2016

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A∴R∴L∴S∴ General MacArthur Nº 2724

“A ESCADA DE JACO"

Ir∴Gilmar José da Silva Pinto – A∴ M∴

Curitiba 09/04/2016
INTRODUÇÃO

O objetivo desse trabalho foi realizar uma pesquisa bibliográfica e documental


em fontes maçônicas sobre a escada de Jacó, buscando aprimoramento e crescimento
pessoal do autor e gerar discussão sobre as reflexões que o tema permeia.
Percebeu-se que muitos dos conhecimentos e aprendizado que a maçonaria
proporciona são oriundos de símbolos e alegorias.
Nicola Aslan comenta que a simbologia é a ciência mais antiga do mundo e o
método de instrução dos homens primitivos. É graças a ela que tomamos
conhecimento hoje, da sabedoria dos povos antigos e dos filósofos. O acervo religioso,
cultural e folclórico da humanidade está preservado através do simbolismo, desde a
pré-história.
Neste sentido, será apresentado de forma não exaustiva uma pesquisa sobre a
Escada de Jacó e suas reflexões para o desenvolvimento do Maçom.

Maçonaria simbólica
A Escada de Jacó é um dos símbolos maçônicos representados na tabua de
delinear do grau de aprendiz maçom, o aprendiz recebe orientações sobre a Tabua de
Delinear em suas primeiras sessões após a iniciação.
A tábua de delinear retrata o templo interno da nossa loja, seus símbolos e seus
significados operativos na pura arte de edificar, de construir. Cabe a nós maçons,
interpretarmos e transportarmos tais símbolos para nossa vida cotidiana com vistas a
construção do nosso “Templo Interior”, trabalhando as nossas virtudes, desbastando as
nossas arestas mundanas com vistas a galgar os degraus da perfeição.
Para Nicola Aslan a Maçonaria é um sistema de moralidade desenvolvido e
inculcado pela ciência do simbolismo. Este caráter peculiar de instituição simbólica e
também a adoção deste método genuíno de instrução pelo simbolismo, emprestam à
Maçonaria a incolumidade de sua identidade e é também a causa dela diferir de
qualquer outra associação inventada pelo engenho humano. É o que lhe confere a
forma atrativa que tem assegurado sempre a fidelidade de seus discípulos e a sua
própria perpetuidade.

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Escada de Jacó e o crescimento maçônico
Camino (1993) comenta que a escada de Jacó, em diversas religiões, está
sempre ligada à evolução do individuo, à iniciação e ao caminho que leva á divindade,
sendo utilizada maçonicamente para o mesmo fim.
A escada de Jacó é descrita na Bíblia em:
Gênesis 28 - 10: "E Jacó seguiu o caminho desde Bersba e dirigiu-se a
Harã". Gênesis 11: "Com o tempo atingiu certo lugar e se preparou para ali
pernoitar , visto que o Sol já se tinha posto. Tomou, pois, uma das pedras do
lugar e a pôs como apoio para a sua cabeça e deitou-se naquele lugar ".
Gênesis 12: "E começou a sonhar, e eis que havia uma escada posta da terra e
seu topo tocava nos céus; e eis que anjos de Deus subiam e desciam por ela".
Gênesis 17: "Jacó acordou do sono e disse "Na verdade o senhor está neste
lugar e eu mesmo não sabia" ". Gênesis 18: "E, temendo acrescentou; "Quão
temível é este lugar" É a casa de Deus, a porta dos céus" ".

Nas preleções de aprendizes mencionadas na quarta secção, faz referência a


busca aos céus e encontro com o Grande Arquiteto do Universo, simbolicamente
citando com auxilio de uma escada, nas escrituras chamadas de escada de Jacó.
Simboliza o caminho por onde nós, como Maçons, esperamos chegar ao plano
que habita o Grande Arquiteto do Universo. Ela é composta por vários degraus, que
não são definidos em quantidade exata justamente por considerar o grau de evolução
de cada um, simbolizando as virtudes que o Maçom deve cultivar, para chegar à
perfeição. No entanto, a escada de Jacó faz referencia a importantes símbolos que
devem guiar a conduta e a evolução do aprendizado de um maçom, na base da
escada, centro e topo encontramos três símbolos: Cruz - que representa a Fé, a
Ancora que representa a Esperança e o Cálice que representa a Caridade e no seu
ápice uma estrela de sete pontas.
Ela está apoiada sobre as Três Luzes Emblemáticas da Maçonaria, L. das SS.
EE., o Esq.’. e o Comp.’., L. das SS. EE. representa a lei divina, a sabedoria universal
que é o Grande Arquiteto do Universo. O Esq.’. representa a retidão e o Comp.’.
representa a justiça. De modo que a única forma de chegarmos até o topo da escada é
sermos detentores da moral, ética, sermos justos e andarmos em retidão.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Um dos pontos fundamentais desse trabalho é ao analisarmos a Escada de Jacó


perguntar a nós mesmos onde nos encontramos nela, se estamos subindo, se estamos
descendo, se estamos estacionados, inertes ao mundo e a todos, se eu posso ao
chegar ao seu topo, descer e ajudar o próximo, se estou sendo humano e caridoso ou
vaidoso na escada da vida, enfim, uma infinidade de indagações interiores e individuais
que nos fazem refletir e a repensar o nosso caminho cotidianamente.
Essa analise e interpretação de onde estamos na Escada é de suma importância
para o aprimoramento individual e para a contribuição de cada Maçom como construtor
social no mundo. Não importa como você começou a história de sua vida, importa sim
como você irá terminá-la.

BIBLIOGRAFIA
Bíblia;

CAMINO, Rizzardo da:O Aprendizado Maçônico. , Londrina: A TROLHA, 1996;

CASTELLANI, José, Cartilha do Aprendiz. , Londrina: A TROLHA, 1993;

JUK, Pedro: Exegese Simbólica para o Aprendiz Maçom., Londrina: A TROLHA, 2007

RITUAL – 1° Grau – Aprendiz Maçom – Rito de York – (Ritual de Emulação Praticado


no GOB) São Paulo – 2009;

http://www.lojasaopaulo43.com.br/simbolismo.php - acesso 09/04/2016 - 23:45

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Apêndice I – Historia de Esaú e Jacó.

Esaú e Jacó foram filhos de Isaque, netos de Abraão. A história deles está relata
em Gênesis, primeiro livro da bíblia.
Antes mesmo de nascerem o Senhor havia dito que o mais velho serviria o mais
novo, e que duas nações estavam sendo geradas no ventre de Rebeca, esposa de
Isaque e mãe dos meninos. Isaque se identificava mais com Esaú, que era caçador e
Rebeca com Jacó, que era pacato e habitava em tendas.
Naquele tempo havia um costume a respeito da benção paterna. E aconteceu
que, como Isaque já estava idoso, havia ficado cego com a idade e sentia que estava
próximo o tempo da sua partida, chamou a Esaú, seu filho mais velho, e pediu a ele
que saísse à caça a fim de fazer depois um guisado saboroso. A intenção do pai era
abençoar o filho com todo o direito de sua primogenitura, após comer o alimento
conquistado e preparado por seu filho mais velho.
Rebeca ouvindo a conversa chamou a Jacó e o contou o que estava
acontecendo, além disso, pediu a ele que trouxesse do rebanho dois bons cabritos,
para que ela, após preparar um guisado do jeito que o pai gostava, também colocaria a
pele deles sobre o corpo de Jacó (que era liso, enquanto o irmão tinha muitos pelos
pelo corpo) e vestiria Jacó com alguma roupa de Esaú. Dessa maneira, ele poderia ser
abençoado pelo pai, no lugar do irmão. Apesar de, a princípio, ter questionado a mãe,
Jacó procedeu como ela dissera.
De acordo com as escrituras, Isaque estranhou o fato de ter chegado o cozido
tão depressa, e a voz ser de Jacó, mas acabou sendo convencido de que era Esaú.
Isaque comeu o cozido e em seguida o abençoou dizendo “Assim, pois, te dê Deus do
orvalho dos céus, e das gorduras da terra, e abundância de trigo e de mosto. Sirvam-te
povos, e nações se encurvem a ti; sê senhor de teus irmãos, e os filhos da tua mãe se
encurvem a ti; malditos sejam os que te amaldiçoarem, e benditos sejam os que te
abençoarem” (Gn 27,28:29).
Esaú voltou da caça, preparou o cozido e descobriu que havia perdido sua
benção. Bradou com grande e mui amargo brado, e pediu a seu pai que o abençoasse
também, e chorou. Lembrou-se que tinha vendido o direito de primogenitura ao irmão
tempos antes, em troca de um prato de cozido, e agora perdera também a bênção de
seu pai.

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Neste momento lhe disse Isaque “Eis que a tua habitação será nas gorduras da
terra e no orvalho dos altos céus. E pela tua espada viverás, e ao teu irmão servirás.
Acontecerá, porém, que quando te assenhoreares, então sacudirás o seu jugo do teu
pescoço” (Gn 27,39:40).
A fim de não ser morto pelo irmão que a esta altura o odiava, Jacó fugiu para
uma terra chamada a Harã, onde habitava um tio chamado Labão. Anos mais tarde, já
casado e com filhos, Jacó (que havia tido um encontro com Deus, e mudado de nome
para Israel), foi ao encontro do irmão, enviou antes presentes e se humilhou: “E ele
mesmo (Israel) passou adiante deles e inclinou-se à terra sete vezes, até que chegou a
seu irmão. Então Esaú correu-lhe ao encontro, e abraçou-o, e lançou-se sobre o seu
pescoço, e beijou-o; e choraram” (Gn 33:3,4)

Bibliografia:
Bíblia sagrada. Traduzida em português por João Ferreira de Almeida. Revista e
Atualizada no Brasil 2 ed Barueri SP, Sociedade Bíblica do Brasil, 1988, 1993.

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