Trabalho 1 - 4,5 - Mecânica Dos Fluidos

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°

Um volume permanente e incompressível


de água está sendo bombeado ao longo de
uma tubulação de diâmetro 100mm.
Durante o seu percurso o escoamento perde
energia por queda de pressão (perda de
carga), geralmente causada pelo atrito do
fluido com a tubulação, pelo atrito interno
entre camadas do fluido, por curvas, por
elevação, por válvulas e instrumentos
inseridos. Para estimar a queda da pressão
do escoamento entre os trechos 1 e 2 desta
tubulação, foi instalado em duas tomadas
de pressão um manômetro U com mercúrio.
Devido as variações de vazão e incerteza do manômetro U, foram realizadas leituras em 3
instantes diferentes
a) Estime o valor médio (média ± desvio padrão) da queda de pressão P1-P2 no trecho,
em N/m².

𝑃1 + (𝜌𝑎𝑔𝑢𝑎 ∙ 𝑔 ∙ ℎ + 𝑎 ) − (𝜌𝑚𝑒𝑟𝑐𝑢𝑟𝑖𝑜 ∙ 𝑔 ∙ ℎ) − (𝜌𝑎𝑔𝑢𝑎 ∙ 𝑔 ∙ 𝑎) = 𝑃2


𝑃1 + (𝜌𝑎𝑔𝑢𝑎 ∙ 𝑔 ∙ ℎ) − (𝜌𝑚𝑒𝑟𝑐𝑢𝑟𝑖𝑜 ∙ 𝑔 ∙ ℎ) = 𝑃2

→ Leitura 1 com ℎ = 101 𝑚𝑚


𝑃1 + (𝜌𝑎𝑔𝑢𝑎 ∙ 𝑔 ∙ ℎ) − (𝜌𝑚𝑒𝑟𝑐𝑢𝑟𝑖𝑜 ∙ 𝑔 ∙ ℎ) = 𝑃2
𝑵
𝑃1 + 999 ∙ 9,8 ∙ 0,101 − 13600 ∙ 9,8 ∙ 0,101 = 𝑃2 ∴ 𝑷𝟏 − 𝑷𝟐 = 𝟏𝟐𝟒𝟕𝟐, 𝟒𝟔𝟗𝟖
𝒎𝟐

→ Leitura 2 com ℎ = 99 𝑚𝑚
𝑃1 + (𝜌𝑎𝑔𝑢𝑎 ∙ 𝑔 ∙ ℎ) − (𝜌𝑚𝑒𝑟𝑐𝑢𝑟𝑖𝑜 ∙ 𝑔 ∙ ℎ) = 𝑃2
𝑵
𝑃1 + 999 ∙ 9,8 ∙ 0,099 − 13600 ∙ 9,8 ∙ 0,099 = 𝑃2 ∴ 𝑷𝟏 − 𝑷𝟐 = 𝟏𝟐𝟐𝟐𝟓, 𝟒𝟗𝟎𝟐 𝟐
𝒎

→ Leitura 3 com ℎ = 102 𝑚𝑚


𝑃1 + (𝜌𝑎𝑔𝑢𝑎 ∙ 𝑔 ∙ ℎ) − (𝜌𝑚𝑒𝑟𝑐𝑢𝑟𝑖𝑜 ∙ 𝑔 ∙ ℎ) = 𝑃2
𝑵
𝑃1 + 999 ∙ 9,8 ∙ 0,102 − 13600 ∙ 9,8 ∙ 0,102 = 𝑃2 ∴ 𝑷𝟏 − 𝑷𝟐 = 𝟏𝟐𝟓𝟗𝟓, 𝟗𝟓𝟗𝟔 𝟐
𝒎
a) Estime o valor médio (média ± desvio padrão) da queda de pressão P1-P2 no trecho,
em N/m².

→ A média aritmética é a soma dos valores do conjunto dividida pelo número de elementos
deste conjunto. Se o conjunto de dados contém os valores 𝑎1 , … , 𝑎𝑛 (n elementos) então a
1
média será ∙ σ𝑛𝑖=1 𝑎𝑖
𝑛

෍ 𝒂𝒊 = 12472,4698 + 12225,4902 + 12595,9596 = 37293,9196


𝒊=𝟏
𝒏=𝟑
𝒏
𝟏 37293,9196
∙ ෍ 𝒂𝒊 = =∴ 𝒎𝒆𝒅𝒊𝒂 = 𝟏𝟐𝟒𝟑𝟏, 𝟑𝟎𝟔𝟓
𝒏 3
𝒊=𝟏
a) Estime o valor médio (média ± desvio padrão) da queda de pressão P1-P2 no trecho,
em N/m².
σ𝑛
𝑖=1 𝑥𝑖 −𝑥
2
O desvio padrão 𝜎(𝑥), é a raiz quadrada da variância: 𝜎 𝑥 = 𝑛−1

→ Calcular a variância, que mede o quão dispersos estão os dados na amostra. Para um
𝑛 𝑥𝑖 −𝑥 2
conjunto de dados 𝑥1 , … , 𝑥𝑛 (n elementos) com uma média 𝑥, 𝑉𝑎𝑟 𝑋 = σ𝑖=1
𝑛−1

𝑽𝒂𝒓 𝑿 = ෍ 𝒙𝒊 − 𝒙 𝟐 = 12472,4698 − 12431,3065 2 + 12225,4902 − 12431,3065 2

𝒊=𝟏
2
+ 12595,9596 − 12431,3065 = 71165,40995

𝒏=𝟑
𝒏
𝒙𝒊 − 𝒙 𝟐 71165,40995
෍ = ∴ 𝑽𝒂𝒓 𝑿 = 𝟑𝟓𝟓𝟖𝟐, 𝟕𝟎𝟒𝟗𝟕
𝒏−𝟏 (3 − 1)
𝒊=𝟏
a) Estime o valor médio (média ± desvio padrão) da queda de pressão P1-P2 no trecho,
em N/m².
σ𝑛
𝑖=1 𝑥𝑖 −𝑥
2
O desvio padrão 𝜎(𝑥), é a raiz quadrada da variância: 𝜎 𝑥 = 𝑛−1

→ A partir do calculo da variância, calcular a raiz quadrada do resultado para achar o desvio
padrão.
σ𝒏𝒊=𝟏 𝒙𝒊 − 𝒙 𝟐
𝝈 𝒙 = = 71165,40995 ∴ 𝝈 𝒙 = 𝟏𝟖𝟖, 𝟔𝟑𝟑𝟕𝟖
𝒏−𝟏
𝒏

෍ 𝒂𝒊 ± 𝝈 𝒙 = 𝟏𝟐𝟒𝟑𝟏, 𝟑𝟎𝟔𝟓 ± 𝟏𝟖𝟖, 𝟔𝟑𝟑𝟕𝟖


𝒊=𝟏

෍ 𝒂𝒊 ± 𝝈 𝒙 = 12431,3065 + 188,63378 = 𝟏𝟐𝟔𝟏𝟗, 𝟗𝟒


𝒊=𝟏

෍ 𝒂𝒊 ± 𝝈 𝒙 = 12431,3065 − 188,63378 = 𝟏𝟐𝟐𝟒𝟐, 𝟔𝟕


𝒊=𝟏
b) Baseando-se nas equações de Continuidade e de Navier-Stokes, defina as condições de
contorno e o perfil de velocidades 𝑢𝑧 (𝑟) do escoamento.
→ Equação de Continuidade:

1 𝜕 𝑟𝜌𝑢𝑟 1 𝜕 𝜌𝑢𝜃 𝜕 𝜌𝑢𝑧 𝜕𝜌


+ + + =0
𝑟 𝜕𝑟 𝑟 𝜕𝜃 𝜕𝑧 𝜕𝑡

1 𝜕 𝑟𝜌𝑢𝑟 1 𝜕 𝜌𝑢𝜃 𝜕 𝜌 𝟒 𝑢𝑧 𝜕𝜌 𝝏𝒖𝒛


𝟐 + 𝟑 + + 𝟏 =0∴ =𝟎
𝑟 𝜕𝑟 𝑟 𝜕𝜃 𝜕𝑧 𝜕𝑡 𝝏𝒛

Considerações:

𝟏 O regime é permanente, logo, não varia com o tempo;

[𝟐] Não há deslocamento de maneira radial;

[𝟑] Não há deslocamento de maneira angular;

[𝟒] Pois é incompressível.


→ Equação de Navier-Stokes com velocidade 𝒖𝒓 na direção Radial 𝑹:

𝜕𝑢𝑟 𝜕𝑢𝑟 𝑢𝜃 𝜕𝑢𝑟 𝑢𝜃2 𝜕𝑢𝑟


𝜌 + 𝑢𝑟 + − + 𝑢𝑧 =
𝜕𝑡 𝜕𝑟 𝑟 𝜕𝜃 𝑟 𝜕𝑧
𝜕𝑝 1𝜕 𝜕𝑢𝑟 𝑢𝑟 1 𝜕 2 𝑢𝑟 2 𝜕𝑢𝜃 𝜕 2 𝑢𝑟
𝜌𝑔𝑟 − +𝜇 𝑟 + 2+ 2 + +
𝜕𝑟 𝑟 𝜕𝑟 𝜕𝑟 𝑟 𝑟 𝜕𝜃 2 𝑟 2 𝜕𝜃 𝜕𝑧 2

𝜕𝑢𝑟 𝜕𝑢𝑟 𝑢𝜃 𝜕𝑢𝑟 𝑢𝜃2 𝜕𝑢𝑟


𝜌 [𝟏, 𝟑] + 𝑢𝑟 [𝟐] + [𝟐, 𝟑] − [𝟑] + 𝑢𝑧 [𝟐] =
𝜕𝑡 𝜕𝑟 𝑟 𝜕𝜃 𝑟 𝜕𝑧
𝜕𝑝 1 𝜕 𝜕𝑢𝑟 𝑢𝑟 1 𝜕 2 𝑢𝑟 2 𝜕𝑢𝜃 𝜕 2 𝑢𝑟
𝜌𝑔𝑟 [𝟓] − [𝟐, 𝟒] + 𝜇 𝑟 [𝟐] + 2 [𝟐] + 2 [𝟐] + 2 [𝟑] + [𝟐]
𝜕𝑟 𝑟 𝜕𝑟 𝜕𝑟 𝑟 𝑟 𝜕𝜃 2 𝑟 𝜕𝜃 𝜕𝑧 2

𝟎=𝟎
→ Equação de Navier-Stokes com velocidade 𝒖𝒓 na direção Radial 𝑹:
Considerações:

[𝟏] O regime é permanente, logo, não varia com o tempo;

[𝟐] Não há deslocamento de maneira radial;

[𝟑] Não há deslocamento de maneira angular;

[𝟒] Não há gradientes de pressão na direção radial, somente na direção Z;

[𝟓] Não há gravidade na direção radial.


→ Equação de Navier-Stokes com velocidade 𝒖𝜽 na direção Angular 𝜽:

𝜕𝑢𝜃 𝜕𝑢𝑟 𝑢𝜃 𝜕𝑢𝜃 𝑢𝑟 𝑢𝜃 𝜕𝑢𝜃


𝜌 + 𝑢𝑟 + − + 𝑢𝑧 =
𝜕𝑡 𝜕𝑟 𝑟 𝜕𝜃 𝑟 𝜕𝑧
1 𝜕𝑝 1𝜕 𝜕𝑢𝜃 𝑢𝜃 1 𝜕 2 𝑢𝜃 2 𝜕𝑢𝑟 𝜕 2 𝑢𝜃
𝜌𝑔𝜃 − +𝜇 𝑟 + 2+ 2 + +
𝑟 𝜕𝜃 𝑟 𝜕𝑟 𝜕𝑟 𝑟 𝑟 𝜕𝜃 2 𝑟 2 𝜕𝜃 𝜕𝑧 2

𝜕𝑢𝜃 𝜕𝑢𝑟 𝑢𝜃 𝜕𝑢𝜃 𝑢𝑟 𝑢𝜃 𝜕𝑢𝜃


𝜌 [𝟏, 𝟑] + 𝑢𝑟 [𝟐] + [𝟑] − [𝟐, 𝟑] + 𝑢𝑧 [𝟑] =
𝜕𝑡 𝜕𝑟 𝑟 𝜕𝜃 𝑟 𝜕𝑧
1 𝜕𝑝 1 𝜕 𝜕𝑢𝜃 𝑢𝜃 1 𝜕 2 𝑢𝜃 2 𝜕𝑢𝑟 𝜕 2 𝑢𝜃
𝜌𝑔𝜃 [𝟓] − [𝟑, 𝟒] + 𝜇 𝑟 [𝟑] + 2 [𝟑] + 2 [𝟑] + 2 [𝟐] + [𝟑]
𝑟 𝜕𝜃 𝑟 𝜕𝑟 𝜕𝑟 𝑟 𝑟 𝜕𝜃 2 𝑟 𝜕𝜃 𝜕𝑧 2

𝟎=𝟎
→ Equação de Navier-Stokes com velocidade 𝒖𝜽 na direção Angular 𝜽:
Considerações:

[𝟏] O regime é permanente, logo, não varia com o tempo;

[𝟐] Não há deslocamento de maneira radial;

[𝟑] Não há deslocamento de maneira angular;

[𝟒] Não há gradientes de pressão na direção angular, somente na direção Z;

[𝟓] Não há gravidade na direção angular.


→ Equação de Navier-Stokes com velocidade 𝒖𝒛 na direção Longitudinal 𝒛:

𝜕𝑢𝑧 𝜕𝑢𝑧 𝑢𝜃 𝜕𝑢𝑧 𝜕𝑢𝑧


𝜌 + 𝑢𝑟 + + 𝑢𝑧 =
𝜕𝑡 𝜕𝑟 𝑟 𝜕𝜃 𝜕𝑧
𝜕𝑝 1𝜕 𝜕𝑢𝑧 1 𝜕 2 𝑢𝑧 2 𝜕𝑢𝑟 𝜕 2 𝑢𝑧
𝜌𝑔𝑧 − +𝜇 𝑟 + 2 + +
𝜕𝑧 𝑟 𝜕𝑟 𝜕𝑟 𝑟 𝜕𝜃 2 𝑟 2 𝜕𝜃 𝜕𝑧 2

𝜕𝑢𝑧 𝜕𝑢𝑧 𝑢𝜃 𝜕𝑢𝑧 𝜕𝑢𝑧


𝜌 [𝟏] + 𝑢𝑟 [𝟐] + [𝟑] + 𝑢𝑧 [𝟓] =
𝜕𝑡 𝜕𝑟 𝑟 𝜕𝜃 𝜕𝑧

𝜕𝑝 1 𝜕 𝜕𝑢𝑧 1 𝜕 2 𝑢𝑧 2 𝜕𝑢𝑟 𝜕 2 𝑢𝑧
𝜌𝑔𝑧 [𝟔] − +𝜇 𝑟 + 2 [𝟑] + 2 [𝟑] + [𝟓]
𝜕𝑧 𝑟 𝜕𝑟 𝜕𝑟 𝑟 𝜕𝜃 2 𝑟 𝜕𝜃 𝜕𝑧 2

𝝏𝒑 𝟏 𝝏 𝝏𝒖𝒛
𝟎=− +𝝁 𝒓
𝝏𝒛 𝒓 𝝏𝒓 𝝏𝒓
→ Equação de Navier-Stokes com velocidade 𝒖𝒛 na direção Longitudinal 𝒛:
Considerações:

[𝟏] O regime é permanente, logo, não varia com o tempo;

[𝟐] Não há deslocamento de maneira radial;

[𝟑] Não há deslocamento de maneira angular;

[𝟒] Não há gradientes de pressão na direção angular, somente na direção Z;

𝝏𝒖𝒛
[𝟓] Pela equação da continuidade 𝝏𝒛
= 𝟎, pois a velocidade não varia com o Z e sim com o R;

[𝟔] Pois não há gravidade na direção longitudinal.


→ Utilizando a Equação de Navier-Stokes com velocidade 𝒖𝒛 na direção Longitudinal 𝒛:

𝜕𝑝 1 𝜕 𝜕𝑢𝑧
0=− +𝜇∙ ∙ ∙ 𝑟∙
𝜕𝑧 𝑟 𝜕𝑟 𝜕𝑟

→ Organizando a equação para integração:

𝑟 𝜕𝑝 𝜕 𝜕𝑢𝑧
∙ = ∙ 𝑟∙
𝜇 𝜕𝑧 𝜕𝑟 𝜕𝑟

→ Integrando a equação em relação ao raio:

𝑟 𝜕𝑝 𝜕 𝜕𝑢𝑧
න ∙ ∙ 𝜕𝑟 = න ∙ 𝑟 ∙ ∙ 𝜕𝑟
𝜇 𝜕𝑧 𝜕𝑟 𝜕𝑟

𝑟 2 𝜕𝑝 𝜕𝑢𝑧
∙ + 𝐶1 = 𝑟 ∙ 𝟏
2 ∙ 𝜇 𝜕𝑧 𝜕𝑟
𝜕𝑢𝑧
→ Organizando a equação 𝟏 para integração, passando o 𝑟 dividindo para isolar o :
𝜕𝑟

𝑟 2 𝜕𝑝 𝜕𝑢𝑧
∙ + 𝐶1 = 𝑟 ∙
2 ∙ 𝜇 𝜕𝑧 𝜕𝑟

𝑟 ∙ 𝑟 𝜕𝑝 1 𝐶1 1 𝜕𝑢𝑧
∙ ∙ + ∙ =
2 ∙ 𝜇 𝜕𝑧 𝑟 1 𝑟 𝜕𝑟

𝑟 𝜕𝑝 𝐶1 𝜕𝑢𝑧
∙ + = [𝟐]
2 ∙ 𝜇 𝜕𝑧 𝑟 𝜕𝑟

→ Integrando a equação 𝟐 em relação ao raio:

𝑟 𝜕𝑝 𝐶1 𝜕𝑢𝑧
න ∙ ∙ 𝜕𝑟 + න ∙ 𝜕𝑟 = න ∙ 𝜕𝑟
2 ∙ 𝜇 𝜕𝑧 𝑟 𝜕𝑟
𝑟 2 𝜕𝑝
∙ + 𝐶1 ∙ ln 𝑟 + 𝐶2 = 𝑢𝑧 [𝟑]
4 ∙ 𝜇 𝜕𝑧
→ Condições de Contorno:

Condição de não deslizamento: Quando o raio 𝒓 for R, ou seja, quando a partícula estiver em
contato com a parede do escoamento, a velocidade tende a ser zero, por conta do atrito e
rugosidade da partícula com a parede.
(𝑟 = 𝑅), (𝑢𝑧 = 0)

→ Substituindo as condições na equação [3] para encontrar as constantes:

𝑟 2 𝜕𝑝
∙ + 𝐶1 ∙ ln 𝑟 + 𝐶2 = 𝑢𝑧
4 ∙ 𝜇 𝜕𝑧

𝑅2 𝜕𝑝
∙ + 𝐶1 ∙ ln 𝑅 + 𝐶2 = 0 [𝟒]
4 ∙ 𝜇 𝜕𝑧

→ Apenas com essa condição de contorno não é possível determinar as constantes, então, é
preciso uma nova analise para encontrar mais uma condição de contorno.
→ Condições de Contorno:

Escoamento com perfil de velocidade simétrico: Na tubulação, tem-se que, a velocidade


presente no perfil superior, estará também presente no perfil inferior, por ser uma tubulação
simétrica. O perfil de velocidade será representado por uma parábola qual no ponto máximo
o ângulo da tangente tenderá a ser igual a zero e terá que o raio 𝑟 também será zero.

𝜕𝑢𝑧
(𝑟 = 0), =0
𝜕𝑟
→ Substituindo as condições na equação [1] para encontrar as constantes:

𝑟 2 𝜕𝑝 𝜕𝑢𝑧
∙ + 𝐶1 = 𝑟 ∙
2 ∙ 𝜇 𝜕𝑧 𝜕𝑟

02 𝜕𝑝 𝜕𝑢𝑧
∙ + 𝐶1 = 0 ∙ ∴ 𝑪𝟏 = 𝟎
2 ∙ 𝜇 𝜕𝑧 𝜕𝑟

→ Substituindo 𝑪𝟏 já encontra na equação [4] para encontrar 𝑪𝟐 :

𝑅 2 𝜕𝑝
∙ + 𝐶1 ∙ ln 𝑅 + 𝐶2 = 0
4 ∙ 𝜇 𝜕𝑧

𝑅2 𝜕𝑝 𝑹𝟐 𝝏𝒑
∙ + 0 ∙ ln 𝑅 + 𝐶2 = 0 ∴ 𝑪𝟐 = − ∙
4 ∙ 𝜇 𝜕𝑧 𝟒 ∙ 𝝁 𝝏𝒛
→ Com as constantes definidas, substituir na equação [𝟑] para definir o Perfil de Velocidade
em função do raio 𝒖𝒛 (𝒓)

𝑹𝟐 𝝏𝒑
𝑪𝟏 = 𝟎 𝑒 𝑪𝟐 = − ∙
𝟒 ∙ 𝝁 𝝏𝒛

𝑟 2 𝜕𝑝
∙ + 𝐶1 ∙ ln 𝑟 + 𝐶2 = 𝑢𝑧
4 ∙ 𝜇 𝜕𝑧

𝑟 2 𝜕𝑝 𝑅2 𝜕𝑝
𝑢𝑧 = ∙ + 0 ∙ ln 𝑟 − ∙ ∴
4 ∙ 𝜇 𝜕𝑧 4 ∙ 𝜇 𝜕𝑧

𝟏 𝝏𝒑
𝒖𝒛 = ∙ ∙ (𝒓𝟐 − 𝑹𝟐 )
𝟒𝝁 𝝏𝒛
c) Considerando uma variação de pressão de −𝟒𝟎𝟎 𝑷𝒂/𝒎 na tubulação, elabore um
gráfico do perfil de velocidades 𝒖𝒛 (𝒓) definido no item anterior. Para isto, calcule o valor
da velocidade, em 𝒎/𝒔, em pelo menos 7 posições radiais diferentes, sabendo que a
viscosidade é 𝟎, 𝟏 𝑷𝒂 ∙ 𝒔 e o diâmetro interno igual a 𝟏𝟎𝟎 𝒎𝒎:

→ Sendo 𝒓 igual a 0:
100 𝑚𝑚
𝑅 = 1000 𝑚 ∴ 𝑅 = 0,05 𝑚
2

1 𝜕𝑝
𝑢𝑧 = ∙ ∙ 𝑟 2 − 𝑅2
4𝜇 𝜕𝑧

1
𝑢𝑧 = ∙ −400 ∙ (02 ) − (0,052 )
4 ∙ 0,1

𝑢𝑧 = 2,5 ∙ −400 ∙ −(0,052 ) = −1000 ∙ −0,0025

𝒎
𝒖𝒛 = 𝟐, 𝟓
𝒔
→ Sendo 𝒓 igual a 𝑹:

1 𝜕𝑝
𝑢𝑧 = ∙ ∙ 𝑟 2 − 𝑅2
4𝜇 𝜕𝑧

1
𝑢𝑧 = ∙ −400 ∙ 0,052 − 0,052
4 ∙ 0,1

𝒎
𝒖𝒛 = 𝟎
𝒔
→ Sendo 𝒓 igual a −𝑹:

1 𝜕𝑝
𝑢𝑧 = ∙ ∙ 𝑟 2 − 𝑅2
4𝜇 𝜕𝑧

1
𝑢𝑧 = ∙ −400 ∙ (−0,052 ) − (0,052 )
4 ∙ 0,1

𝒎
𝒖𝒛 = 𝟎
𝒔
→ Sendo 𝒓 igual a 𝟎, 𝟎𝟏:

1
𝑢𝑧 = ∙ −400 ∙ 0,012 − 0,052
4 ∙ 0,1

𝑢𝑧 = −1000 ∙ 0,0001 − 0,0025

𝒎
𝒖𝒛 = 𝟐, 𝟒
𝒔

→ Sendo 𝒓 igual a −𝟎, 𝟎𝟏:

1
𝑢𝑧 = ∙ −400 ∙ (−0,01)2 −(0,052 )
4 ∙ 0,1

𝑢𝑧 = −1000 ∙ 0,0001 − 0,0025

𝒎
𝒖𝒛 = 𝟐, 𝟒
𝒔
→ Sendo 𝒓 igual a 𝟎, 𝟎𝟐:

1
𝑢𝑧 = ∙ −400 ∙ 0,022 − 0,052
4 ∙ 0,1

𝑢𝑧 = −1000 ∙ 0,0004 − 0,0025

𝒎
𝒖𝒛 = 𝟐, 𝟏
𝒔

→ Sendo 𝒓 igual a −𝟎, 𝟎𝟐:

1 2
𝑢𝑧 = ∙ −400 ∙ −0,02 − (0,052 )
4 ∙ 0,1

𝑢𝑧 = −1000 ∙ 0,0004 − 0,0025

𝒎
𝒖𝒛 = 𝟐, 𝟏
𝒔
→ Sendo 𝒓 igual a 𝟎, 𝟎𝟑:

1
𝑢𝑧 = ∙ −400 ∙ 0,032 − 0,052
4 ∙ 0,1

𝑢𝑧 = −1000 ∙ 0,0009 − 0,0025

𝒎
𝒖𝒛 = 𝟏, 𝟔
𝒔

→ Sendo 𝒓 igual a −𝟎, 𝟎𝟑:

1
𝑢𝑧 = ∙ −400 ∙ (−0,03)2 −(0,052 )
4 ∙ 0,1

𝑢𝑧 = −1000 ∙ 0,0009 − 0,0025

𝒎
𝒖𝒛 = 𝟏, 𝟔
𝒔
→ Sendo 𝒓 igual a 𝟎, 𝟎𝟒:

1
𝑢𝑧 = ∙ −400 ∙ 0,042 − 0,052
4 ∙ 0,1

𝑢𝑧 = −1000 ∙ 0,0016 − 0,0025

𝒎
𝒖𝒛 = 𝟎, 𝟗
𝒔

→ Sendo 𝒓 igual a −𝟎, 𝟎𝟒:

1
𝑢𝑧 = ∙ −400 ∙ (−0,04)2 −(0,052 )
4 ∙ 0,1

𝑢𝑧 = −1000 ∙ 0,0016 − 0,0025

𝒎
𝒖𝒛 = 𝟎, 𝟗
𝒔
→ Gráfico do perfil de velocidade:

2,5

2
v

1,5

0,5

0
0,05 0,04 0,03 0,02 0,01 0 -0,01 -0,02 -0,03 -0,04 -0,05

r
d) Com base na velocidade do escoamento na região central do tubo (𝒓 = 𝟎), e que a
massa específica deste óleo é 850 kg/m³, estime o número de Reynolds. O perfil aparenta
ser laminar (Re<2300) ou turbulento?

→ Sendo 𝒓 igual a 0:

𝜌∙𝑉∙𝐿
𝑅𝑒𝑦𝑛𝑜𝑙𝑑𝑠 =
𝜇

850 ∙ 2,5 ∙ 0,1


𝑅𝑒𝑦𝑛𝑜𝑙𝑑𝑠 =
0,1

𝑹𝒆𝒚𝒏𝒐𝒍𝒅𝒔 = 𝟐𝟏𝟐𝟓
Tabela utilizada para desenvolvimento da letra a)

→ Munson, Bruce (1997). Fundamentos da Mecânica dos Fluidos. São Paulo: AFILIADA.
pp. 10

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