Circuitos Elétricos I
Circuitos Elétricos I
Circuitos Elétricos I
Indaial – 2020
1a Edição
Copyright © UNIASSELVI 2020
Elaboração:
Prof. Dione Antônio de Souza
S729c
CDD 621.3192
Impresso por:
Apresentação
Caro acadêmico, apresentamos, a você, o livro de Circuitos Elétricos
I, que tem como objetivo proporcionar a base para análise e projeto de cir-
cuitos lineares, em nível de graduação. Esses estudos estão relacionados à
habilidade do engenheiro em projetar circuitos elétricos e eletrônicos, muitas
vezes complexos. O livro é voltado para acadêmicos que tem o contato com
os conceitos básicos dos circuitos elétricos pela primeira vez, sendo muito
útil o conhecimento prévio de eletricidade e magnetismo. Os cálculos e o de-
senvolvimento realizados no livro necessitam dos conhecimentos gerais de
matrizes e cálculo diferencial e integral, especialmente das técnicas envolvi-
das na resolução de equações com coeficientes constantes. Portanto, os méto-
dos, as técnicas e os conceitos descritos neste livro, para a análise de circuitos
elétricos, são de grande importância e fundamentais para todo engenheiro.
III
NOTA
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para
você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há novi-
dades em nosso material.
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova diagra-
mação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também contribui para
diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas institu-
cionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa continuar
seus estudos com um material de qualidade.
Aproveito o momento para convidá-lo para um bate-papo sobre o Exame Nacional de De-
sempenho de Estudantes – ENADE.
Bons estudos!
IV
V
LEMBRETE
Acesse o QR Code, que levará ao AVA, e veja as novidades que preparamos para seu estudo.
VI
Sumário
UNIDADE 1 - CONCEITOS E LEIS BÁSICAS.....................................................................................1
VII
TÓPICO 2 - TÉCNICAS DE ANÁLISE NODAL
1 INTRODUÇÃO....................................................................................................................................121
2 ANÁLISE NODAL...............................................................................................................................121
2.1 CIRCUITOS CONTENDO FONTES INDEPENDENTES DE TENSÃO.................................141
2.2 CIRCUITOS CONTENDO FONTES DEPENDENTES DE TENSÃO.....................................148
RESUMO DO TÓPICO 2......................................................................................................................154
AUTOATIVIDADE................................................................................................................................155
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade você
encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo apresentado.
CHAMADA
1
2
UNIDADE 1
TÓPICO 1
VARIÁVEIS ELÉTRICAS
1 INTRODUÇÃO
No Tópico 1, apresentaremos uma breve revisão do sistema de unidades
que é utilizado internacionalmente por todos os profissionais. Ao final dessa re-
visão serão apresentados os conceitos das grandezas utilizadas nas teorias de cir-
cuitos elétricos. E, por fim, serão apresentadas as equações para o cálculo de cada
grandeza, carga, corrente, tensão e potência.
2 SISTEMA DE UNIDADES
Um sistema de unidade para ser utilizado por todos os engenheiros em
qualquer país seguindo um padrão único foi criado em 1960, no 11° encontro
da Conferência Geral de Pesos e Medidas, em Paris. Tal sistema é chamado por
Sistema Internacional de Unidades (SI), e, conforme apresentado no Quadro 1,
verifica-se que ele é composto por seis unidades fundamentais, sendo estas uni-
dades: o metro (m), o quilograma (kg), o segundo (s), o Ampére (A), o Kelvin(K) e
a candela (cd). A partir da combinação dessas unidades fundamentais podem ser
derivadas outras unidades físicas.
3
UNIDADE 1 | CONCEITOS E LEIS BÁSICAS
QUADRO 3 – PREFIXOS DO SI
Fator Nome Símbolo Fator Nome Símbolo
10¹ deca da 10⁻¹ deci d
10² hecto h 10⁻² centi c
10³ quilo k 10⁻³ mili m
10⁶ mega M 10⁻⁶ micro μ
10⁹ giga G 10⁻⁹ nano n
10¹² tera T 10⁻¹² pico p
10¹⁵ peta P 10⁻¹⁵ femto f
10¹⁸ exa E 10⁻¹⁸ atto a
10²¹ zetta Z 10⁻²¹ zepto z
10²⁴ yotta Y 10⁻²⁴ yoeto y
FONTE: O autor
4
TÓPICO 1 | VARIÁVEIS ELÉTRICAS
3 CARGA E CORRENTE
A matéria é constituída por átomos e esses átomos são formados por três
partículas, sendo os elétrons, prótons e nêutrons. Os elétrons possuem carga elé-
trica negativa, os prótons carga elétrica positiva e os nêutrons cargas eletricamen-
te neutras.
NOTA
5
UNIDADE 1 | CONCEITOS E LEIS BÁSICAS
NOTA
NOTA
6
TÓPICO 1 | VARIÁVEIS ELÉTRICAS
NOTA
dq
i=
dt
7
UNIDADE 1 | CONCEITOS E LEIS BÁSICAS
FONTE: O autor
FONTE: O autor
DICAS
8
TÓPICO 1 | VARIÁVEIS ELÉTRICAS
Q=
q e.n°elétrons
C
Qq = −1, 602.10−19 .6800 elétrons
elétrons
Qq = 10,894.10−16 C
Solução:
dq
i=
dt
15
i=
1
i = 15 A
4 TENSÃO
Para que os elétrons consigam movimentar-se é necessário que haja trans-
ferência de energia, ou seja, que haja fonte externa capaz de aumentar a energia
nos elétrons da última órbita, os transformando em elétrons livres. Essa trans-
ferência de energia, ou variação do trabalho realizado, para movimentar uma
unidade de carga de um ponto a outro em um circuito é definida como diferença
de potencial ou tensão.
9
UNIDADE 1 | CONCEITOS E LEIS BÁSICAS
NOTA
NOTA
dw
vab =
dq
Em que:
Solução:
q = 11,85.1018.1, 602.10−19
q = 1,898 C
dw
v=
dt
10
TÓPICO 1 | VARIÁVEIS ELÉTRICAS
145 J
v=
1,898 C
v = 76, 40V
5 POTÊNCIA
Todo equipamento quando submetido a uma tensão (diferença de poten-
cial) libera ou absorve potência a partir da corrente que circula pelo equipamento,
ou seja, a energia fornecida aos elétrons por uma fonte externa faz com que as
cargas se movimentem. A qual a quantidade de carga se movimenta por unidade
de tempo com a variação de energia e libera ou absorve uma potência.
NOTA
Como exemplo, uma lâmpada que tem uma potência de 250 W, tal po-
tência é disparada quando sobre seus terminais houver tensão de 220 V, a partir
de uma corrente de 1,1367 A. Assim, define-se matematicamente a potência por:
dw
P=
dt
Em que:
dw
P=
dt
dw dq
P= .
dq dt
P = v.i
11
UNIDADE 1 | CONCEITOS E LEIS BÁSICAS
DICAS
(a) (b)
FONTE: O autor
Solução:
P = V .i
P = 408.0,35
P = 142,8W
12
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
dq
i=
dt
dw
v=
dq
dw
P=
dt
13
AUTOATIVIDADE
14
UNIDADE 1
TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
15
UNIDADE 1 | CONCEITOS E LEIS BÁSICAS
NOTA
FONTE: O autor
NOTA
16
TÓPICO 2 | CONCEITOS BÁSICOS E COMPONENTES
FONTE: O autor
FIGURA 5 – EXEMPLO 1
FONTE: O autor
P = V .I
P = 36 . 3
P = 108W
17
UNIDADE 1 | CONCEITOS E LEIS BÁSICAS
Para o componente 1:
P = V .I
P = 12.3
P = 36W
Para o componente 2:
P = V .I
P = 9.3
P = 27 W
Para o componente 3:
P = V .I
P = 15.3
P = 45W
FIGURA 6 – EXEMPLO 2
FONTE: O autor
18
TÓPICO 2 | CONCEITOS BÁSICOS E COMPONENTES
Para o cálculo dos valores das potências será utilizada a equação apresen-
tada no Tópico 1.
P = V .I
P = 24.2
P = 48W
Para o componente 1:
P = V .I
P = 16.2
P = 32W
Para o componente 2:
P = V .I
P = 4.2
P = 8W
19
UNIDADE 1 | CONCEITOS E LEIS BÁSICAS
Para o componente 3:
P = V .I
P = 12.2
P = 24W
Conclui-se que a soma das potências liberadas é igual a soma das potên-
cias absorvidas.
NOTA
FONTE: O autor
20
TÓPICO 2 | CONCEITOS BÁSICOS E COMPONENTES
FONTE: O autor
Vb = g .ia
FONTE: O autor
21
UNIDADE 1 | CONCEITOS E LEIS BÁSICAS
Vb = g .Va
NOTA
FONTE: O autor
ib = g .Va
22
TÓPICO 2 | CONCEITOS BÁSICOS E COMPONENTES
FONTE: O autor
FONTE: O autor
ib = g .ia
23
UNIDADE 1 | CONCEITOS E LEIS BÁSICAS
FIGURA 13 – EXEMPLO 1
FONTE: O autor
Solução:
Vb = 2.ia
Vb = 2.1, 25
Vb = 2,5V
P = Vb .ib
P = 2,5.1, 75
P = 4,375W absorvida
FIGURA 14 – EXEMPLO 2
FONTE: O autor
24
TÓPICO 2 | CONCEITOS BÁSICOS E COMPONENTES
Solução:
Vb = 2.Va
Vb = 2.2
Vb = 4V
P = Vb .ib
P = 4.1,5
P = 6W absorvida
FIGURA 15 – EXEMPLO 3
FONTE: O autor
Solução:
ib = 4.Va
ib = 4.2
ib = 8 A
P = Vb .ib
P = 2, 20.8
P = −17, 6W fornecida
25
UNIDADE 1 | CONCEITOS E LEIS BÁSICAS
FIGURA 16 – EXEMPLO 4
FONTE: O autor
Solução:
ib = 4.ia
ib = 4.1, 20
ib = 4,8 A
P = Vb .ib
P = 24.4,8
P = −115, 2W fornecida
26
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
• Existem dois tipos de componentes: os ativos, que são os que liberam energia,
e os passivos, que absorvem energia.
• As fontes de tensão independente ideais são aquelas que mantêm a tensão es-
pecificada independente da corrente solicitada de circuito.
27
AUTOATIVIDADE
28
4 Calcule lo no circuito representado a seguir:
29
8 Calcule a potência que é consumida ou fornecida pelos componentes do
circuito representado a seguir:
30
UNIDADE 1
TÓPICO 3
LEIS BÁSICAS
1 INTRODUÇÃO
No Tópico 3, serão apresentadas as leis fundamentais para análise de cir-
cuitos, em que serão calculadas as grandezas apresentadas no Tópico 1. Para dar
início aos estudos, neste tópico, as leis serão aplicadas somente para circuitos
puramente resistivos, deixando o estudo com circuitos indutivos e capacitivos
para a Unidade 3.
2 LEI DE OHM
Um material pode apresentar facilidade ou dificuldade para a circulação
do fluxo de carga elétrica, a corrente elétrica, isso faz com que o material seja clas-
sificado como condutor ou isolante. A grandeza utilizada para medir a facilidade
de circulação da corrente elétrica é chamada de condutância e é representada pela
letra G. A sua unidade de medida pelo SI é o Siemens, representada pela letra S.
31
UNIDADE 1 | CONCEITOS E LEIS BÁSICAS
1 1
=G = ou R
R G
l
R=r .
A
Em que:
32
TÓPICO 3 | LEIS BÁSICAS
33
UNIDADE 1 | CONCEITOS E LEIS BÁSICAS
FONTE: O autor
Exemplo:
FONTE: O autor
Exemplo:
34
TÓPICO 3 | LEIS BÁSICAS
A
V R
V
FONTE: O autor
V = R.I
Em que:
Irwin (2013, p. 18) diz que “a lei de OHM estabelece que a tensão em um
resistor é diretamente proporcional à corrente que flui através dele. A resistência,
medida em Ohms, é a constante de proporcionalidade entre a tensão e a corrente”.
• Para uma resistência muito alta, tendendo ao infinito, não existirá corrente no
circuito, podendo-se dizer que o resistor está aberto.
NOTA
35
UNIDADE 1 | CONCEITOS E LEIS BÁSICAS
• Para uma resistência muito baixa, tendendo a zero, a corrente será muito alta,
podendo-se dizer que o resistor está em curto-circuito, à tensão sobre o resistor
será zero.
NOTA
P = V .I
A Lei de Ohm:
V = R.I
P = R.I 2
V2
P=
R
FURA 21 – EXEMPLO 1
FONTE: O autor
36
TÓPICO 3 | LEIS BÁSICAS
V = R.I
V
I=
R
I = 2,5 A
P = R.I 2
P = 25W
FIGURA 22 – EXEMPLO 2
FONTE: O autor
P = R.I 2
I =3A
V = 24V
37
UNIDADE 1 | CONCEITOS E LEIS BÁSICAS
Ou
G = 90 mS
3 LEI DE KIRCHHOFF
Para circuitos em que os elementos são somente fonte e um resistor, a Lei de
Ohm pode ser aplicada para o cálculo de tensão e corrente. Porém, quando são adi-
cionados mais elementos, não é possível a utilização diretamente da Lei de Ohm.
38
TÓPICO 3 | LEIS BÁSICAS
FONTE: O autor
FONTE: O autor
39
UNIDADE 1 | CONCEITOS E LEIS BÁSICAS
FONTE: O autor
FONTE: O autor
40
TÓPICO 3 | LEIS BÁSICAS
FONTE: O autor
NOTA
Lei das correntes de Kirchhoff (LCK): a soma algébrica das correntes que en-
tram em um nó é igual a zero.
∑i
n =1
n =0
Em que:
Exemplo 1:
Para o circuito da Figura 28, calcule o valor das correntes I1, I2 e I3.
41
UNIDADE 1 | CONCEITOS E LEIS BÁSICAS
FIGURA 28 – EXEMPLO 1
FONTE: O autor
VR1 = R1.I 3
I3 = 2 A
VR 2 = R2 .I 2
I2 = 5 A
∑i
n =1
n =0
0
I1 − I 2 − I 3 =
I=
1 I 2 + I3
I1 = 7 A
A segunda Lei de Kirchhoff é para a tensão (LTK), essa lei estabelece que
a soma algébrica das tensões em um caminho fechado (malha) é zero.
42
TÓPICO 3 | LEIS BÁSICAS
E
IMPORTANT
A lei das tensões de Kirchhoff (LTK) a soma algébrica das tensões em um ca-
minho fechado é igual a zero.
∑v
m =1
m =0
Em que:
FIGURA 29 – EXEMPLO 2
FONTE: O autor
VR1 = R1.I
VR1 = 40V
VR 2 = R2 .I
43
UNIDADE 1 | CONCEITOS E LEIS BÁSICAS
VR 2 = 16V
VR 3 = R3 .I
VR 3 = 80V
VR 4 = R4 .I
VR 4 = 120V
∑v
m =1
m =0
−V1 + VR1 + VR 2 + VR 3 + VR 4 =0
V1 = VR1 + VR 2 + VR 3 + VR 4
V1 = 200V
4 ASSOCIAÇÃO DE RESISTORES
Os circuitos resistivos podem ser reduzidos a partir de associação dos
resistores, resultando em um único resistor chamado de resistor equivalente. A
técnica de redução de circuitos, pelo método de associação dos resistores, pode
transformar um circuito com vários resistores em apenas um resistor.
44
TÓPICO 3 | LEIS BÁSICAS
E
IMPORTANT
FIGURA 30 – EXEMPLO 1
FONTE: O autor
∑v
m =1
m =0
0
−V1 + VR1 + VR 2 + VR 3 + VR 4 + VR 5 + VR 6 + VR 7 =
V1 = VR1 + VR 2 + VR 3 + VR 4 + VR 5 + VR 6 + VR 7
V1 = R1.I + R2 .I + R3 .I + R4 .I + R5 .I + R6 .I + R7 .I
V1 = ( R1 + R2 + R3 + R4 + R5 + R6 + R7 ) .I
45
UNIDADE 1 | CONCEITOS E LEIS BÁSICAS
Req. = R1 + R2 + R3 + R4 + R5 + R6 + R7
Req. = 68 Ω
1 1 1 1 1
= + + +…+
Req. R1 R2 R3 Rn
Ou
1
Req =
1 1 1 1
+ + +…+
R1 R2 R3 Rn
FIGURA 31 – EXEMPLO 2
FONTE: O autor
∑i
n =1
n =0
I = I1 + I 2 + I 3
46
TÓPICO 3 | LEIS BÁSICAS
V1 = Req. .I
V1
I=
Req.
V1 V V V
= 1+ 1 + 1
Req. R1 R2 R3
1 1 1 1
= + +
Req. R1 R2 R3
1
Req =
1 1 1
+ +
R1 R2 R3
Req. = 1,19 Ω
R1.R2
Req. =
R1 + R2
NOTA
47
UNIDADE 1 | CONCEITOS E LEIS BÁSICAS
FIGURA 32 – EXEMPLO 3
FONTE: O autor
Req=
1 R4 + R5
Req1 = 10 Ω
FONTE: O autor
48
TÓPICO 3 | LEIS BÁSICAS
Req.1.R3
Req 2 =
Req.1 + R3
Req 2 = 5 Ω
FONTE: O autor
Req=
3 R2 + Req.2
Req 3 = 25 Ω
FONTE: O autor
49
UNIDADE 1 | CONCEITOS E LEIS BÁSICAS
Req.3 .R1
Req 4 =
Req.3 + R1
Req 2 = 7,14 Ω
FONTE: O autor
FIGURA 37 – EXEMPLO 1
FONTE: O autor
50
TÓPICO 3 | LEIS BÁSICAS
Req. = 90 Ω
FONTE: O autor
∑v
m =1
m =0
−V1 + VR1 + VR 2 + VR 3 =0
V1 = VR1 + VR 2 + VR 3
I = 0, 4 A
Aplicando a Lei de Ohm:
VR1 = R1.I
VR1 = 4V
VR 2 = R2 .I
VR 2 = 12V
VR 3 = R3 .I
PR1 = 1, 6W
51
UNIDADE 1 | CONCEITOS E LEIS BÁSICAS
PR 2 = R2 .I 2
PR 2 = 4,8W
PR 3 = R3 .I 2
PR 3 = 8W
∑v
m =1
m =0
−V1 + VR1 + VR 2 + VR 3 =0
−V1 + R1.I + R2 .I + R3 .I =0
V1
I=
R1 + R2 + R3
Pela Lei de Ohm temos que a tensão sobre qualquer resistor em série é:
VR1 = R1.I
R3 .V1
V
=R3 R3 .I →
R1 + R2 + R3
52
TÓPICO 3 | LEIS BÁSICAS
Dessa forma, podemos escrever uma equação geral para o divisor de ten-
são como:
Rn .V1
V
=Rn Rn .I →
R1 + R2 + R3 +…+ Rn
R2
VR 2 = .V1
R1 + R2
Exemplo 2: calcule o valor da tensão sobre o resistor R3 da Figura 39 uti-
lizando o método do divisor de tensão.
FIGURA 39 – EXEMPLO 2
FONTE: O autor
Solução:
R3 .V1
VR 3 =
R1 + R2 + R3 + R4
330.36
VR 3 =
120 + 220 + 330 + 180
VR 3 =13,98V
53
UNIDADE 1 | CONCEITOS E LEIS BÁSICAS
FIGURA 40 – EXEMPLO 3
FONTE: O autor
Solução:
R2
VR 2 = .V1
R1 + R2
56
VR 2 = .24
120 + 56
VR 2 = 7, 63V
FIGURA 41 – EXEMPLO 1
FONTE: O autor
54
TÓPICO 3 | LEIS BÁSICAS
FONTE: O autor
∑i
n =1
n =0
0
I − I1 − I 2 − I 3 =
I = I1 + I 2 + I 3
V=
R1 V=
R2 V=
R3 30V
55
UNIDADE 1 | CONCEITOS E LEIS BÁSICAS
V1
=I = I 4,5 A
Req.
1
Req =
1 1 1
+ +
R1 R2 R3
V1 = Req. .I
Dessa forma, a corrente em cada um dos resistores pode ser obtida por:
V1 1 I
I1
= = .
R1 1 1 1 R1
+ +
R1 R2 R3
V1 1 I
I3
= = .
R3 1 1 1 R3
+ +
R1 R2 R3
Dessa forma, é possível escrever uma equação geral para o divisor de cor-
rente como:
V1 1 I
In
= = .
Rn 1 1 1 1 Rn
+ + +…
R1 R2 R3 Rn
56
TÓPICO 3 | LEIS BÁSICAS
R1
I2 = I.
R1 + R2
Exemplo 2: calcule a corrente no resistor R3, do circuito da Figura 43, uti-
lizando o método do divisor de corrente.
FIGURA 43 – EXEMPLO 2
FONTE: O autor
Solução:
1 I
I3 = .
1 1 1 1 R3
+ + +
R1 R2 R3 R4
1 15
I3 = .
1 1 1 1 33
+ + +
120 56 33 47
I 3 = 5,84 A
Exemplo 3: calcule a corrente no resistor R2, do circuito da Figura 44, uti-
lizando o método do divisor de corrente.
57
UNIDADE 1 | CONCEITOS E LEIS BÁSICAS
FIGURA 44 – EXEMPLO 3
FONTE: O autor
Solução:
R1
I2 = I.
R1 + R2
120
I 2 = 8.
120 + 56
I 2 = 5, 45 A
Exemplo 1: para o circuito da Figura 45, calcule o valor das correntes I1, I2
e I3 das tensões VR1, VR2 e VR3 e a resistência equivalente vista pela fonte.
FIGURA 45 – EXEMPLO 1
FONTE: O autor
58
TÓPICO 3 | LEIS BÁSICAS
R .R
=Req. 2 3 + R1
R2 + R3
Req. = 13, 08 Ω
FONTE: O autor
FIGURA 47 – EXEMPLO 1
FONTE: O autor
Equacionando o circuito:
59
UNIDADE 1 | CONCEITOS E LEIS BÁSICAS
∑i
n =1
n =0
0
I1 − I 2 − I 3 =
Aplicando a lei das tensões de Kirchhoff (LTK), nas malhas um e dois,
obtemos:
M
∑v
m =1
m =0
Malha 1:
−V1 + VR1 + VR 2 =0
Malha 2:
0
−VR 2 + VR 3 =
VR 2 = VR 3
Malha 1:
−25 + 10.I1 + 5.I 2 =
0
Malha 2:
5 .I 2 = 8 .I 3
Malha 1:
25 − 5.I 2
I1 =
10
60
TÓPICO 3 | LEIS BÁSICAS
Malha 2:
5.I 2
I3 =
8
Substituindo as equações obtidas das malhas na equação da corrente de
Kirchhoff, obtidas do circuito, temos:
25 − 5.I 2 5.I
− I2 − 2 =0
10 8
I 2 = 1,18 A
Com o cálculo de I2 é possível calcular os valores de I1, I2, V1, V2 e V3,
substituindo nas equações da Lei de Ohm e de Kirchhoff. Assim:
25 − 5.I 2
I1 =
10
I1 = 1,91 A
5.I 2
I3 =
8
I 3 = 0, 74 A
VR1 = R1.I1
VR1 = 19,10V
VR 2 = R2 .I 2
VR 2 = 5,9V
VR 3 = R3 .I 3
VR 3 = 5,9V
61
UNIDADE 1 | CONCEITOS E LEIS BÁSICAS
FONTE: O autor
FONTE: O autor
Assim:
Rb . ( Ra + Rc )
R12 =
Rb + ( Ra + Rc )
Podemos escrever as equações as equações para os terminais 1 e 3, 3 e 4,
fazendo a mesma análise, assim:
Circuito em Y
R13= R1 + R2
62
TÓPICO 3 | LEIS BÁSICAS
Circuito em ∆
Rc . ( Ra + Rb )
R13 =
Rc + Ra + Rb
Circuito em Y
R34
= R2 + R3
Circuito em ∆
Ra . ( Rb + Rc )
R34 =
Ra + Rb + Rc
Rb . ( Ra + Rc )
R12Y = R12 ∆ → R1 + R3 =
Rb + Ra + Rc
Rc . ( Ra + Rb )
R13Y = R13∆ → R1 + R2 =
Rc + Ra + Rb
Ra . ( Rb + Rc )
R34Y = R34 ∆ → R2 + R3 =
Ra + Rb + Rc
Rc .Ra
R2 =
Ra + Rb + Rc
Ra .Rb
R3 =
Ra + Rb + Rc
Sadiku, Alexander e Musa (2014, p. 60) dizem que “cada resistor no cir-
cuito Y é o produto dos resistores dos dois ramos adjacentes do ∆ dividido pela
soma dos três resistores do ∆”.
63
UNIDADE 1 | CONCEITOS E LEIS BÁSICAS
R . ( R + Rc )
R1 + R3 =b a
Rb + Ra + Rc
Rc . ( Ra + Rb )
R1 + R2 =
Rc + Ra + Rb
R . ( R + Rc )
R2 + R3 =a b
Ra + Rb + Rc
FONTE: O autor
64
TÓPICO 3 | LEIS BÁSICAS
• O resistor R1 do circuito estrela é obtido pelo produto dos dois resistores adjacentes
do circuito delta, dividido pela soma dos resistores do circuito delta.
• O resistor R2 do circuito estrela é obtido pelo produto dos dois resistores adjacentes
do circuito delta, dividido pela soma dos resistores do circuito delta.
• O resistor R3 do circuito estrela é obtido pelo produto dos dois resistores adjacentes
do circuito delta, dividido pela soma dos resistores do circuito delta.
• Para a transformação do circuito estrela para delta pode ser utilizado a seguinte regra:
0 O resistor Ra do circuito delta é obtido pela soma de todos os possíveis
produtos da combinação de dois a dois dos resistores do circuito estrela,
dividido pelo resistor oposto ao circuito estrela.
0 O resistor Rb do circuito delta é obtido pela soma de todos os possíveis
produtos da combinação de dois a dois dos resistores do circuito estrela,
dividido pelo resistor oposto ao circuito estrela.
0 O resistor Rc do circuito delta é obtido pela soma de todos os possíveis
produtos da combinação de dois a dois dos resistores do circuito estrela,
dividido pelo resistor oposto ao circuito estrela.
Sadiku, Alexander e Musa (2014, p. 61) dizem que “cada resistor no cir-
cuito ∆ é a soma de todos os possíveis produtos dos resistores de Y dois a dois,
dividido pelo resistor oposto do circuito Y”.
FIGURA 51 – EXEMPLO 1
FONTE: O autor
65
UNIDADE 1 | CONCEITOS E LEIS BÁSICAS
FONTE: O autor
FONTE: O autor
66
TÓPICO 3 | LEIS BÁSICAS
FIGURA 54 – EXEMPLO 2
FONTE: O autor
FONTE: O autor
Rb .Rc
R1 =
Ra + Rb + Rc
R1 = 14, 28 Ω
Rc .Ra
R2 =
Ra + Rb + Rc
R2 = 11, 43 Ω
Ra .Rb
R3 =
Ra + Rb + Rc
R3 = 38,10 Ω
FONTE: O autor
67
LEITURA COMPLEMENTAR
Jaime E. Villate
[...]
2 VOLTAGEM E CORRENTE
68
nas patas posteriores de uma rã. Enquanto fazia as experiências, Galvani desco-
briu que quando tocava com uma faca na pata da rã, esta se encolhia bruscamen-
te, como se a rã estivesse viva, no instante em que era produzida uma descarga
elétrica num gerador eletrostático próximo dele.
69
FIGURA 2.2 – PILHA DE VOLTA
70
fluxo de cargas através dos eletrodos e do condutor que os liga cessará quando a
pilha estiver descarregada, isto é, quando a concentração de íons no eletrólito for
inferior a um valor mínimo.
Magnésio
Zinco
Alumínio
Chumbo
Ferro
Cobre
Tungstênio
Prata
Ouro
Platina
Grafite
71
O lado esquerdo da Figura 2.3 mostra uma pilha ligada a um circuito e o
lado direito mostra o diagrama usado para representar esquematicamente esse
conjunto. A pilha representa-se com duas barras paralelas, que lembram os dois
discos metálicos na pilha original de Volta, separados por uma pequena região (o
eletrólito). Usa-se uma barra mais comprida para representar o cátodo (elétrodo
positivo). As setas na figura indicam a direção do movimento dos elétrons de
condução, que se deslocam no sentido oposto ao campo elétrico estabelecido pela
pilha através dos condutores.
Essa diferença de energia tem um valor específico para cada par de con-
dutores usados para os eletrodos e para cada eletrólito. Assim sendo, a constante
ε, com unidades de volt, tem um valor típico para cada tipo de pilha, que de-
pende apenas dos metais e do eletrólito usado, e chama-se força eletromotriz da
pilha, ou de forma abreviada, f.e.m. O valor da f.e.m. para a maioria das pilhas é
entre 1 Volt e 4 Volt. Na pilha da figura 2.3, o valor da f.e.m. é de 9 V e é obtido
colocando no interior da pilha seis pilhas pequenas de 1.5 V, uma a seguir à outra,
tal como Volta colocou alternadamente vários discos de zinco, cartão e cobre para
obter maior energia; a figura 2.4 mostra um diagrama que ilustra melhor essas
seis pilhas em série.
72
FIGURA 2.4 – PILHAS LIGADAS EM SÉRIE
Os tipos de pilhas nas três últimas linhas da tabela 2.2 são recarregáveis;
ou seja, as reações químicas nos elétrodos são reversíveis. Utilizando uma fonte
externa para contrariar o sentido normal do fluxo das cargas, consegue-se dimi-
nuir a quantidade dos sais acumulados nos eletrodos, separando-os nos metais
originais e os íons do eletrólito e aumentando assim a carga total dos íons do
eletrólito e ficando a pilha num estado semelhante ao inicial. Após vários ciclos
de carga e descarga, parte dos sais saem separam-se dos elétrodos e passam para
o eletrólito torna-se cada vez mais difícil recuperar todo o metal e o eletrólito ori-
ginal, ficando a pilha "viciada".
No caso das pilhas de íons de lítio, o cátodo não é um único bloco sólido,
mas são várias partículas em suspensão dentro do próprio eletrólito, evitando-se
assim que a pilha fique viciada e permitindo muitos mais ciclos de carga e descar-
ga. Numa pilha não recarregável, a inversão da corrente apenas aquece a pilha,
com o perigo de queimá-la ou até fazê-la explodir sem ser recarregada.
73
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu que:
1
G= ( Siemens )
R
• A resistência é a grandeza que mede a dificuldade que um material apresenta
de deixar circular a corrente elétrica, definida por:
1
R= ( Ohm )
G
Ou
l
R = r. ( Ohm )
S
Em que:
• A primeira Lei de Ohm foi escrita por Georg Simon Ohm, em 1826, essa lei
relaciona a corrente com a tensão sobre um resistor, sendo escrita como:
V = R.I
• Uma malha ou laço é um caminho fechado qualquer por onde circula a corren-
te elétrica, definido como início em um nó escolhido e que esse caminho seja
realizado até retornar ao nó escolhido, sem que passe pelo nó escolhido.
74
• Os componentes estão em paralelo quando estão um ao lado do outro, conec-
tados no mesmo par de nós. A tensão é a mesma para todos os componentes e
a corrente é diferente.
• A primeira Lei de Kirchhoff foi formulada em 1847, chamada de lei das corren-
tes de Kirchhoff (LCK). Essa lei afirma que a soma das correntes que chegam
em um nó é igual a soma das correntes que saem do nó.
N
∑i
n =1
n =0
∑v
m =1
m =0
• A resistência equivalente para o circuito em série é a soma dos resistores que
estão em série.
Req=. R1 + R2 + R3 +…+ Rn
• A resistência equivalente para circuitos em paralelo é definida pela equação:
1
Req =
1 1 1 1
+ + +…+
R1 R2 R3 Rn
• A resistência equivalente para circuitos em paralelo com dois resistores é dada
pela equação:
R1.R2
Req. =
R1 + R2
75
• As equações para transforma os circuitos de delta para estrela são:
Rb .Rc
R1 =
Ra + Rb + Rc
Rc .Ra
R2 =
Ra + Rb + Rc
Ra .Rb
R3 =
Ra + Rb + Rc
CHAMADA
76
AUTOATIVIDADE
77
6 Para o circuito da representação a seguir, calcule o valor de I e a potência
nos resistores.
78
11 Dado o circuito da ilustração a seguir, calcule a corrente I.
79
16 Sabendo que a resistência equivalente vista pela fonte é de 50 Ω, calcule o
valor da resistência do resistor R7, para o circuito da ilustração a seguir.
80
20 Dado o circuito da ilustração a seguir, calcule a corrente I, a corrente no re-
sistor 30 Ω e a resistência equivalente vista pela fonte.
81
82
UNIDADE 2
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade você
encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo apresentado.
CHAMADA
83
84
UNIDADE 2
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
Com os conceitos, os comandos e as leis básicas para circuitos elétricos
apresentadas na Unidade 1, é possível, a partir deste momento, iniciar as técni-
cas utilizadas para realizar as análises nos circuitos elétricos e obter as correntes
e tensões necessárias. No Tópico 1, iniciamos com a análise de malha, também
citada por alguns autores como análise de laço, análise de loop ou método de
corrente de malha. A análise será realizada para circuitos contendo fontes inde-
pendentes e dependentes.
2 ANÁLISE DE MALHA
Na análise de malha será necessário calcular a corrente de cada malha
do circuito. Para o cálculo das correntes utiliza-se Lei das Tensões de Kirchhoff
(LTK), com os valores das correntes calculadas é possível calcular os valores das
tensões nos componentes utilizando a Lei de Ohm.
NOTA
85
UNIDADE 2 | TÉCNICAS DE ANÁLISE E TEOREMAS DE CIRCUITOS
E
IMPORTANT
Circuito planar é aquele que pode ser desenhado sobre um plano, sem
cruzamento.
FONTE: O autor
ATENCAO
Malha é um caminho fechado que não possui nenhum outro caminho fecha-
do dentro dele.
86
TÓPICO 1 | TÉCNICA DE ANÁLISE DE MALHA (LAÇO)
NOTA
FIGURA 2 – EXEMPLO 1
FONTE: O autor
87
UNIDADE 2 | TÉCNICAS DE ANÁLISE E TEOREMAS DE CIRCUITOS
FIGURA 3 – EXEMPLO 1
FONTE: O autor
Malha 1:
−V1 + VR1 + VR 2 + VR 3 =0
V1 = VR1 + VR 2 + VR 3
Malha 2:
0
−VR 2 + VR 4 + VR 5 + VR 6 =
Malha 1:
V1 = R1I1 + R2 ( I1 − I 2 ) + R3 I1
V1 = ( R1 + R2 + R3 ) I1 − R2 I 2
Malha 2:
− R2 ( I 2 − I1 ) + R4 I 2 + R5 I 2 + R6 I 2 =
0
R2 I1 + ( R4 + R5 + R6 − R2 ) I 2 =
0
88
TÓPICO 1 | TÉCNICA DE ANÁLISE DE MALHA (LAÇO)
R1 + R2 + R3 − R2 I V
. 1 = 1
R2 R4 + R5 + R6 − R2 I 2 0
=R1 5=
R , R2 15=
R , R3 8=
R , R4 22=
R , R5 56=
R , R6 120=
R eV1 42V
V1 = ( R1 + R2 + R3 ) I1 − R2 I 2
0 = R2 I1 + ( R4 + R5 + R6 − R2 ) I 2
Substituindo:
28 I1 − 15 I 2 =
42
15 I1 + 183I 2 =
0
28 −15 I1 42
. =
15 183 I 2 0
=∆ ( 28.183) − 15.(=
−15 ) :
∆ 5124 + 225
=
∆ =5349
∆1 =7686
∆ 2 =−630
∆1
I1
= = 1, 44 A
∆
∆2
I2 = = −117,78 mA
∆
89
UNIDADE 2 | TÉCNICAS DE ANÁLISE E TEOREMAS DE CIRCUITOS
FIGURA 4 – EXEMPLO 3
FONTE: O autor
Solução:
Malha 1:
−V1 + VR1 + VR 2 + VR 3 =0
V1 = VR1 + VR 2 + VR 3
V1 = R1I1 + R2 ( I1 − I 2 ) + R3 I1
V1 = ( R1 + R2 + R3 ) I1 − R2 I 2
Malha 2:
0
+V2 + VR 2 + VR 4 + VR 5 =
R2 ( I 2 − I1 ) + R4 I 2 + R5 I 2 =
−V2
− R2 I1 + ( R2 + R4 + R5 ) I 2 =
−V2
90
TÓPICO 1 | TÉCNICA DE ANÁLISE DE MALHA (LAÇO)
• Substituindo os valores:
Malha 1:
( 4 + 8 + 4 ) I1 − 8I 2 =24
16 I1 − I 2 =
24
Malha 2:
−8 I1 + 22 I 2 =
−36
• Montando a matriz:
16 −8 I1 24
. =
−8 22 I 2 −36
=∆ (16.22 ) − 8.(=
−8 ) :
∆ =288
=
∆1 ( 24.22 ) − 36.( =
−8 ) :
∆1 =240
=
∆2 (16.36 ) − ( −8).24
= :
∆ 2 =−384
∆1 240
I1
= = = 0,83 A
∆ 288
∆ 2 −384
I2
= = = 1,33 A
∆ 288
91
UNIDADE 2 | TÉCNICAS DE ANÁLISE E TEOREMAS DE CIRCUITOS
FIGURA 5 – EXEMPLO 4
FONTE: O autor
Solução:
Malha 1:
−V1 + VR1 − V2 + VR 6 + VR 5 + VR 7 =0
R1I1 + R6 ( I1 − I 2 ) + R5 ( I1 − I 3 ) + R7 I1 =V1 + V2
( R1 + R6 + R5 + R7 ) I1 − R6 I 2 − R5 I3 =V1 + V2
92
TÓPICO 1 | TÉCNICA DE ANÁLISE DE MALHA (LAÇO)
Malha 2:
0
V2 + VR 2 + VR 3 + V3 + VR 6 =
R2 I 2 + R3 I 2 + R6 ( I 2 − I1 ) =−V2 − V3
− R6 I1 + ( R2 + R3 + R6 ) I 2 =−V2 − V3
Malha 3:
0
−V3 − V4 + VR 4 + VR 5 =
R4 I 3 + R5 ( I 3 − I1 ) =V3 + V4
− R5 I1 + ( R4 + R5 ) I 3 =V3 + V4
Substituindo os valores:
Malha 1:
7 I1 − 1I 2 − 3I 3 =
48
Malha 2:
−1I1 + 8 I 2 =
−60
Malha 3:
−3I1 + 5 I 3 =
72
• Montando a matriz:
7 −1 −3 I1 48
−1 8 0 . I 2 =
−60
−3 0 5 I 3 72
7 −1 −3
∆ = −1 8 0 = 280 + 0 + 0 − 72 − 0 − 5 := ∆ = 203
−3 0 5
93
7 −1 0
−3 0 5
∆ = −71 −81 00 = 280 + 0 + 0 − 72 − 0 − 5 := ∆ = 203
−733 −001 −
− −533
UNIDADE 2 | TÉCNICAS DE ANÁLISE E TEOREMAS DE CIRCUITOS
Exemplo 5: para o circuito da Figura 6, calcule o valor das correntes I1, I2,
I3 e I4.
FIGURA 6 – EXEMPLO 5
FONTE: O autor
Solução:
95
UNIDADE 2 | TÉCNICAS DE ANÁLISE E TEOREMAS DE CIRCUITOS
Malha 1:
−V1 + VR1 + VR 2 − V3 =0
−V1 + R1I1 + R2 ( I1 − I 2 ) − V3 =0
( R1 + R2 ) I1 − R2 I 2 =
V1 + V3
Malha 2:
0
V2 + VR 3 + VR 4 + VR 5 + VR 2 =
V2 + R3 I 2 + R4 I 2 + R5 ( I 2 − I 4 ) + R2 ( I 2 − I1 ) =
0
− R2 I1 + ( R2 + R3 + R4 + R5 ) I 2 − R5 I 4 =
−V2
Malha 3:
0
−V6 + VR 6 + V3 + V4 + R8 + VR 7 =
−V6 + R6 I 3 + V3 + V4 + R8 ( I 3 − I 4 ) + R7 I 3 =
0
( R6 + R7 + R8 ) I3 − R8 I 4 = V6 − V3 − V4
Malha 4:
0
−V4 + VR 5 + V5 + VR 9 + VR 8 =
−V4 + R5 ( I 4 − I 2 ) + V5 + R9 I 4 + R8 ( I 4 − I 3 ) =
0
− R5 I 2 − R8 I 3 + ( R5 + R8 + R9 ) I 4 = V4 − V5
• Substituindo os valores:
Malha 1:
10 I1 − 8 I 2 =
33
Malha 2:
−8 I1 + 26 I 2 − 3I 4 =
−2
Malha 3:
12 I 3 − 5 I 4 =
−8
96
TÓPICO 1 | TÉCNICA DE ANÁLISE DE MALHA (LAÇO)
Malha 4:
−3I 2 − 5 I 3 + 20 I 4 =
−2
Montando a matriz:
10 −8 0 0 I1 33
−8 26 0 −3 I 2 −2
. =
0 0 12 −5 I 3 −8
0 −3 −5 20 I 4 −2
∆1 175930
I1
= =≥ = 4, 28 A
∆ 41060
∆ 2 50540
=I2 = ≥ = 1, 23 A
∆ 41060
∆ −28940
I 3 = 3 ≥= = −704,82 mA
∆ 41060
∆ −3760
I 4 = 4 ≥= = −91,57 mA
∆ 41060
FIGURA 7 – EXEMPLO 6
FONTE: O autor
97
UNIDADE 2 | TÉCNICAS DE ANÁLISE E TEOREMAS DE CIRCUITOS
Solução:
Malha 1:
−V1 + VR1 + VR 2 + VR 3 =0
−V1 + R1I1 + R2 ( I1 − I 2 ) + R3 ( I1 − I 3 ) =0
−V1 + ( R1 + R2 + R3 ) I1 − R2 I 2 − R3 I 3 =0
Malha 2:
5 I 0 + VR 4 + VR 2 =
0
5 I 0 + R4 ( I 2 − I 3 ) + R2 ( I 2 − I1 ) =
0
∑I = 0
0
I 3 − I1 − I 0 =
I=
0 I 3 − I1
Assim:
5 ( I 3 − I1 ) + R4 ( I 2 − I 3 ) + R2 ( I 2 − I1 ) =
0
( −5 − R2 ) I1 + ( R2 + R4 ) I 2 + ( 5 − R4 ) I3 =0
98
TÓPICO 1 | TÉCNICA DE ANÁLISE DE MALHA (LAÇO)
Malha 3:
0
VR 3 + VR 4 + VR 6 =
R3 ( I 3 − I1 ) + R4 ( I 3 − I 2 ) + R6 I 3 =
0
− R3 I1 − R4 I 2 + ( R3 + R4 + R6 ) I 3 =
0
Substituindo os valores:
Malha 1:
8 I1 − 2 I 2 − 5 I 3 =
30
Malha 2:
−7 I1 + 5 I 2 + 2 I 3 =
0
Malha 3:
−5 I1 − 3I 2 + 18 I 3 =
0
• Montando a matriz: 8 −2 −5 I1 30
−7 5 2 . I 2 = 0
−85 −23 18
−5 I13 30
0
−7 5 2 . I 2 = 0
−5 −3 18 I 3 0
8 −2 −5
∆ = −7 5 2 = 720 − 105 + 20 − 125 + 48 − 252 := ∆ = 306
−85 −23 −5
18
∆ = −87 −52 −25 = 720 − 105 + 20 − 125 + 48 − 252 := ∆ = 306
−75 −53 18
2
8 −2 −5
−7 5 2
30 −2 −5
∆1 = 0 5 2 =2700 + 180 :=∆1 =2880
30
0 −23 18
−5
99
0 −52 −25 =2700 + 180 :=∆1 =2880
∆1 = 30
∆1 = 0 5 2 =2700 + 180 :=∆1 =2880
UNIDADE 2 | TÉCNICAS DE ANÁLISE E30 −23 DE18
−
0TEOREMAS 5
−CIRCUITOS
∆1 = 30 0 −52 −25 =2700 + 180 :=∆1 =2880
30
00 −523 18 −25
∆1 = 30 0 −52 −25 =2700 + 180 :=∆1 =2880
0 −53 18 2
30 −2 −5
0 5 2
8 30 −5
∆ 2 =−7 0 2 =−300 + 3780 :=∆ 2 =3480
−85 30 0 18 −5
∆ 2 =−87 30 0 −25 =−300 + 3780 :=∆ 2 =3480
−875 30
− 00 18 −25
∆ 2 =−87 30 0 −25 =−300 + 3780 :=∆ 2 =3480
−75 0 18 2
8 30 −5
−7 0 2
8 −2 30
∆ 3 = −7 5 0 =630 + 750 :=∆ 3 =1380
−85 − −23 30 0
∆ 3 = −87 −52 30 0 =630 + 750 :=∆ 3 =1380
−875 −523 30
− 00
∆ 3 = −87 −52 30 0 =630 + 750 :=∆ 3 =1380
−75 −53 ∆ 0 2880
8 = I1−2 = 1
30 : = 9, 41 A
∆ 306
−7 5 ∆∆20 3480 2880
II21 =
=
= = 1 : == 11,37
9, 41 AA
∆∆ 306
∆∆213 34801380
III213 ∆
=
=
= ==:: 2880
= =
= 4,51
= 11,37
9, AA
41 A
∆
∆∆ 306
306
∆∆= 1380
23 : 3480
II23 =
=
= : 4,51 AA
= 11,37
=
∆∆ 306
306
3 CIRCUITOS CONTENDO ∆ 3 FONTES
1380 INDEPENDENTES DE
=I3 = : = 4,51 A
CORRENTE ∆ 306
Uma fonte de corrente em um circuito impõe uma determinada corrente
a um ramo, porém é preciso resolver o circuito para obter o valor da tensão nos
terminais da fonte de corrente. A análise de malha realizada até agora não muda
em nada pela presença da fonte de corrente, esta presença é considerada para o
enquadramento do circuito, que é reduzido quando realizada análise.
100
TÓPICO 1 | TÉCNICA DE ANÁLISE DE MALHA (LAÇO)
FIGURA 8 – EXEMPLO 1
FONTE: O autor
Malha 1:
−V1 + VR1 + VR 2 =0
R1I1 + R2 ( I1 − I 2 ) =
V1
( R1 + R2 ) I1 − R2 I 2 =
V1
Malha 2:
I 2 = −3 A
15 I1 − 10.( −3) =
20
I1 = −0,67 A
101
UNIDADE 2 | TÉCNICAS DE ANÁLISE E TEOREMAS DE CIRCUITOS
• Caso 2: em que a fonte de corrente está inserida entre duas malhas, a análise é
realizada da mesma maneira que o circuito quando o resistor é comum a duas
malhas. O valor da fonte de corrente, que está entre as malhas, é dado pela
diferença entre as correntes das malhas, observando o sentido convencionado
das correntes de malha e o sentido da fonte de corrente no circuito.
FIGURA 9 – EXEMPLO 2
FONTE: O autor
Malha 1:
−V1 + VR1 + VR 2 + VF =0
−V1 + R1I1 + R2 ( I1 − I 2 ) + VF =0
( R1 − R2 ) I1 − R2 I 2 + VF =
V1
Malha 2:
0
−VF + VR1 + VR 3 + V2 =
−VF + R2 ( I 2 − I1 ) + R3 I 2 + V2 =
0
− R2 I 2 + ( R2 + R3 ) I 2 − VF =
−V2
102
TÓPICO 1 | TÉCNICA DE ANÁLISE DE MALHA (LAÇO)
FIGURA 10 – EXEMPLO 2
FONTE: O autor
Nó 1:
∑I = 0
0
I1 − I 2 + I F =
I1 − I 2 =
IF
Malha 1:
32 I1 − 30 I 2 + VF =
5
Malha 2:
−30 I1 + 32 I 2 − VF =
−10
Nó 1:
I1 − I 2 =−8
• Escrevendo a matriz:
32 −30 1 I1 5
−30 32 −1 . I 2 =
−10
1 −1 0 VF −8
103
∆ = −32 30 −32 30 −11 = 30 + 30 − 32 − 32 := ∆ = −4
32 −−30
UNIDADE 2 | TÉCNICAS DE ANÁLISE1E TEOREMAS 1 DE−10CIRCUITOS
−30 32 1
∆ = −32 30 −32 30 −11 = 30 + 30 − 32 − 32 := ∆ = −4
−32130 −32 1 −101
−30
∆ = −32 30 −32 30 −11 = 30 + 30 − 32 − 32 := ∆ = −4
−130 32 −1 −01
5 −30 1
32 −30 1
∆1 =−10 32 −1 =10 − 240 + 256 − 5 :=∆1 =21
−530 −32 −1
−8 −30 1 10
∆1 =−510 −32 30 −11 =10 − 240 + 256 − 5 :=∆1 =21
58 −−30 1
−−10 321 −01
∆1 =−510 −32 30 −11 =10 − 240 + 256 − 5 :=∆1 =21
−−5108 −32 −30 1 −101
∆1 =−510 −32 30 −11 =10 − 240 + 256 − 5 :=∆1 =21
−−10 8 32 −1 −01
32 5 1
5 −30 1
∆ 2 =−30 −10 −1 =240 − 5 + 10 − 256 :=∆ 2 =−11
−10 532 1−1
32
1 −8 0
∆ 2 =−32 30 −510 −11 =240 − 5 + 10 − 256 :=∆ 2 =−11
32 58 10
−130 −−10 −1
∆ 2 =−32 30 −510 −11 =240 − 5 + 10 − 256 :=∆ 2 =−11
130 −−510
−32 8 −101
∆ 2 =−32 30 −510 −11 =240 − 5 + 10 − 256 :=∆ 2 =−11
−130 −−10 8 −01
32 −30 5
32 5 1
∆ 3 = −30 32 −10 =−8192 + 150 + 300 − 160 − 320 + 7200 :=∆ 3 =−1022
32 −30 −10 −1
1 −−30 1 −58
∆ 3 = −32 30 −32 30 −510 =−8192 + 150 + 300 − 160 − 320 + 7200 :=∆ 3 =−1022
32 −−30 1 −−510
−130 32 8
∆ 3 = −32 30 −32 30 −510 =−8192 + 150 + 300 − 160 − 320 + 7200 :=∆ 3 =−1022
130 −32
−32 1 −−510
−30 8
∆ 21
∆ 3 = −32 30 −32 30 −510 =− I18192
= 1 += 150 +:= 300 I1 = −−1605, 25− A
320 + 7200 :=∆ 3 =−1022
∆ −4
−130 32 −1 −−10 8 ∆ 2 21−11
II= = 1= = =: I1I=
:= =2 −5, 25 A
2,75 A
32 −30 5 21
∆ −−44
−30 32 −10 I= ∆ 3∆1= −11
2 −1022
21
V=
F I21 = = = =: :I IV=
:=
= =2= 2,75
F −5,255,5
25 AAV
∆ ∆ −−44 1
∆ 3∆ 2 −1022
−11=: V= 255,5V
V=
F I= = ∆ 21 2,75
I1 =∆ ∆1== −−44:=
2 =: I1I= =2 F −5, 25 AA
∆ −4
∆ 3∆ −1022
−11=: V=
V=
F I= = = 2
=: I= 255,5
F 2,75 AV
−44
2 ∆ − 2
∆
∆ 3 −1022
V=
F = =: V=
F 255,5V
∆ −4 104
TÓPICO 1 | TÉCNICA DE ANÁLISE DE MALHA (LAÇO)
NOTA
FIGURA 11 – EXEMPLO 2
FONTE: O autor
−V1 + VR1 + VR 3 + V2 =0
−5 + 2.I1 + 2.I 2 + 10 =0
2 I1 + 2 I 2 =
−5
I1 + 8 − I 2 =0
I 2= I1 + 8
105
UNIDADE 2 | TÉCNICAS DE ANÁLISE E TEOREMAS DE CIRCUITOS
2 I1 + 2( I1 + 8) =−5
2 I1 + 2 I1 + 16 =
−5
4 I1 =−5 − 16
I1 = −5, 25 A
−5, 25 + 8
I2 =
I 2 = 2,75 A
VF = VR 2 + VR 3 + V2
VF =8 . 30 + 2,75 . 2 + 10
VF = 255,5V
106
TÓPICO 1 | TÉCNICA DE ANÁLISE DE MALHA (LAÇO)
FIGURA 12 – EXEMPLO 1
FONTE: O autor
Malha 1:
−V1 + VR1 + VR 3 =0
−V1 + R1I1 + R3 ( I1 − I 2 ) =0
( R1 + R3 ) I1 − R3 I 2 =
V1
Malha 2:
0
VR 3 + VR 2 + V2 + VR 4 =
R3 ( I 2 − I1 ) + R2 I 2 + V2 + R4 I 2 =
0
− R3 I1 + ( R2 + R3 + R4 ) I 2 =
−V2
V2 = 5.vab
vab R3 ( I1 − I 2 )
=
=V2 5 R3 ( I1 − I 2 )
107
UNIDADE 2 | TÉCNICAS DE ANÁLISE E TEOREMAS DE CIRCUITOS
Substituindo:
=V2 5 8 ( I1 − I 2 )
= V2 40 ( I1 − I 2 )
− R3 I1 + ( R2 + R3 + R4 ) I 2 =
−40 I1 + 40 I 2
32 I1 − 26 I 2 =
0
Malha 1:
13I1 − 8 I 2 =
20
Malha 2:
32 I1 − 26 I 2 =
0
Escrevendo a matriz:
13 −8 I1 20
. =
32 −26 I 2 0
13 −8
∆= = −338 + 256 := ∆ = −82
32 −26
20 −8
∆1 = :=∆1 =520
0 −26
13 20
∆2 = :=∆ 2 =−640
32 0
∆1 520
I1 = = := I1 = −6,34 A
∆ −82
∆ 2 −640 108
I= = =: I= 7,80 A
∆1 520
I1 = = := I1 = −6,34 A
∆ −82 TÓPICO 1 | TÉCNICA DE ANÁLISE DE MALHA (LAÇO)
∆ 2 −640
I=
2 = =: I=
2 7,80 A
∆ −82
FIGURA 13 – EXEMPLO 2
FONTE: O autor
Malha 1:
−V1 + VR1 + VF =0
−V1 + R1I1 + VF =0
R1I1 + VF =
V1
Malha 2:
0
−VF + VR 2 + VR 3 =
0
−VF + R2 I 2 + R3 I 2 =
( R2 + R3 ) I 2 − VF =
0
Analisando o nó 1, temos:
0
I1 + I F − I 2 =
I 2= I1 + I F
I F = 2.VX
109
UNIDADE 2 | TÉCNICAS DE ANÁLISE E TEOREMAS DE CIRCUITOS
VX = R3 .I 2
VX 2 ( R3 I 2 )
I F 2.=
=
Substituindo:
I F = 2 ( 2.I 2 )
I F = 4.I 2
I 2= I1 + 4.I 2
I1 = −3.I 2
R1I1 + VF =
V1
R1 ( −3I 2 ) + VF =
V1
Malha 1:
4.( −3I 2 ) + VF =
24
−12 I 2 + VF =
24
Malha 2:
6 I 2 − VF =
0
110
TÓPICO 1 | TÉCNICA DE ANÁLISE DE MALHA (LAÇO)
• Escrevendo a matriz:
−12 1 I 2 24
. =
6 −1 VF 0
−12 1
∆= = 12 − 6 := ∆ = 6
6 −1
24 1
∆1 = :=∆1 =−24
0 −1
−12 24
∆2 = :=∆ 2 =−144
6 0
∆1 −24
I2 = = := I 2 = −4 A
∆ 6
∆ 2 −144
VF = = := VF = −24V
∆ 6
I1 = −3I 2
I1 =−3.( −4 )
I1 = 12 A
VR 2 = R2 I 2
VR 2 = 2.4
VR 2 = 8V
111
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
112
AUTOATIVIDADE
113
4 Para o circuito a seguir, calcule as correntes I1 e I2 e a potência dissipada
nos resistores.
114
7 Calcule as correntes I1, I2 e I3 utilizando o método de análise de malha para
o circuito a seguir:
115
10 Calcule V0 e I0 no circuito a seguir, utilizando o método de análise de ma-
lha:
116
13 Calcule a tensão V0 do circuito ilustrado a seguir, utilizando o método de
análise de malha.
117
16 Calcule a tensão no resistor R3 do circuito ilustrado a seguir, pelo método
de análise de malha:
118
19 Calcule a tensão no resistor R5 do circuito ilustrado a seguir, utilizando o
método de análise de malha.
119
120
UNIDADE 2 TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
No Tópico 2, será apresentado o estudo para a análise de circuitos elétri-
cos utilizando o método de análise nodal. Esse método é baseado na aplicação da
Lei das correntes de Kirchhoff (LCK). Algumas literaturas chamam o método de
análise nodal como método das tensões de nó. A análise nodal será realizada para
circuitos contando com fontes independentes e fontes dependentes.
2 ANÁLISE NODAL
Na análise nodal, os cálculos realizados são para determinar as tensões
em cada nó, diferente da análise de malha, que se calculam as correntes de cada
malha.
E
IMPORTANT
121
UNIDADE 2 | TÉCNICAS DE ANÁLISE E TEOREMAS DE CIRCUITOS
NOTA
VR alto − VR Baixo
I=
R
Uma vez levantada as equações das correntes de nó, utilizamos a lei das
correntes de Kirchhoff, e as equações das correntes nos resistores, utilizando a
Lei de Ohm, deve-se substituir nas equações da Lei das Correntes de Kirchhoff,
as correntes obtidas pela Lei de Ohm. Desta forma, obtêm-se as equações, método
da substituição, da eliminação ou o método das matrizes.
FIGURA 14 – EXEMPLO 1
FONTE: O autor
122
TÓPICO 2 | TÉCNICAS DE ANÁLISE NODAL
FONTE: O autor
V1 − 0 V1 − V2 V2 − 0 V2 − 0
I1 = I2 = I3 = I4
R1 R2 R3 R4
Nó 1
0
I f − I1 − I 2 =
Nó 2
0
I 2 − I3 − I 4 =
123
UNIDADE 2 | TÉCNICAS DE ANÁLISE E TEOREMAS DE CIRCUITOS
Nó 1
V − 0 V1 − V2
I f − 1 − =0
R1 R2
V1 V1 − V2
+ = If
R1 R2
1 1 V2
+ .V1 − If
=
R1 R2 R2
Nó 2
V1 − V2 V2 − 0 V2 − 0
− − =0
R 2 R3 R4
V1 − V2 V2 V2
− − = 0
R2 R3 R4
V1 1 1 1
− + + .V2 =
0
R2 R2 R3 R4
Nó 1
1 1 V2
0,5 + 1 .V1 − 1 =11
3.V1 − V2 = 11
Nó 2
V1 1 1 1
− + + .V2 =0
1 1 1 0,5
V1 − 4.V2 =
0
124
TÓPICO 2 | TÉCNICAS DE ANÁLISE NODAL
3 −1 V1 11
. =
1 −4 V2 0
3 −1
∆= = −12 + 1 := ∆ = −11
1 −4
11 −1
∆1 = :=∆1 =−44
0 −4
3 11
∆2 = :=∆ 2 =−11
1 0
∆1 −44
V1= = = 4=: V1= 4V
∆ −11
∆2 −11
V2= = = 1=: V2= 1V
∆ −11
V1 4 V1 − V2 3
I1= = = 8A I 2= = = 3A
R1 0,5 R2 1
V2 1 V2 1
I3= = = 1A I4= = = 2A
R3 1 R4 0,5
VR1 = V1 = 4V VR 2 = V1 −V2 = 3V
VR=
3 V=
2 1V VR=
4 V=
2 1V
125
UNIDADE 2 | TÉCNICAS DE ANÁLISE E TEOREMAS DE CIRCUITOS
FIGURA 16 – EXEMPLO 2
FONTE: O autor
Solução:
FONTE: O autor
V1 − 0 V1 − V2 V2 − 0
=I1 = I2 = I3
R1 R2 R3
126
TÓPICO 2 | TÉCNICAS DE ANÁLISE NODAL
Nó 1
0
I B − I A − I1 − I 2 =
I1 + I 2 = I B − I A
Nó 2
0
IC + I 2 − I B − I3 =
I 2 − I3 = I B − IC
• Substituindo a Lei de Ohm nas equações obtidas em cada nó pela lei de Kir-
chhoff, temos:
Nó 1
V1 − 0 V1 − V2
+ = IB − I A
R1 R2
1 1 V2
+ .V1 − =I B − I A
R1 R2 R2
Nó 2
V1 − V2 V2 − 0
+ =I B − IC
R2 R3
V1 1 1
− + .V2 =I B − I C
R2 R2 R3
Nó 1
1 1 V2
+ .V1 − =5 − 3
2 4 4
0,75.V1 − 0, 25.V2 =
2
127
UNIDADE 2 | TÉCNICAS DE ANÁLISE E TEOREMAS DE CIRCUITOS
Nó 2
V1 1 1
− + .V2 =5 − 10
4 4 6
0, 25.V1 − 0, 42.V2 =
−5
0,75.V1 − 0, 25.V2 =
2
0, 25.V1 − 0, 42.V2 =
−5
0,75 −0, 25 V1 2
. =
0, 25 −0, 42 V2 −5
0,75 —0, 25
∆= = −0,315 + 0,0625 := ∆ = −0, 25
1, 25 −0, 42
2 −0, 25
∆1 = =−0,84 − 1, 25 :=∆1 =−2,09
−5 −0, 42
0,75 2
∆2 = =−3,75 − 0,5 :=∆ 2 =−4, 25
0, 25 −5
Os valores das tensões são obtidos pela divisão dos determinantes, assim:
∆1 −2,09
V=
1 = =: V=
1 8,36V
∆ −0, 25
∆ 2 −4, 25
V=
2 = =: V=2 17 V
∆ −0, 25
128
TÓPICO 2 | TÉCNICAS DE ANÁLISE NODAL
FIGURA 18 – EXEMPLO 3
FONTE: O autor
Solução:
FONTE: O autor
129
UNIDADE 2 | TÉCNICAS DE ANÁLISE E TEOREMAS DE CIRCUITOS
V1 − 0 V1 − V2 V2 − 0
=I1 = I2 = I3
R1 R2 R3
Nó 1
0
I B − I A − I1 − I 2 =
I B − I A = I1 + I 2
I1 + I 2 = I B − I A
Nó 2
0
I 2 − I3 − I B =
I 2 − I3 =
IB
• Substituindo a Lei de Ohm nas equações obtidas em cada nó pela Lei de Kir-
chhoff, temos:
Nó 1
V1 − 0 V1 − V2
+ = IB − I A
R1 R2
1 1 V2
+ .V1 − =I B − I A
R1 R2 R2
Nó 2
V1 − V2 V2 − 0
− =IB
R2 R3
V1 1 1
− + .V2 =
IB
R2 R2 R3
130
TÓPICO 2 | TÉCNICAS DE ANÁLISE NODAL
Nó 1
1 1 V2
+ .V1 − =8 − 15
8 6 6
0, 29.V1 − 0,166.V2 =
−7
Nó 2
1 1 V1
+ .V2 + = 8
6 4 6
0,166.V1 − 0, 416.V2 =8
0, 29 −0166 V1 −7
. =
0,166 −0, 416 V2 8
0, 29 —0,166
∆= = −0,12 + 0,0275 := ∆ = −0,025
0,166 −0, 416
−7 −0,166
∆1 = =2,912 − 1,328 :=∆1 =4, 24
8 −0, 416
0, 29 −7
∆2 = =2,32 + 1,162 :=∆ 2 =3, 48
0,166 8
• Os valores das tensões são obtidos pela divisão dos determinantes, assim:
∆1 4, 24
V1 = = := V1 = −45,84V
∆ −0,0929
∆ 3, 48
V2 = 2 = := V2 = −37,64V
∆ −0,0929
131
UNIDADE 2 | TÉCNICAS DE ANÁLISE E TEOREMAS DE CIRCUITOS
FIGURA 20 – EXEMPLO 4
FONTE: O autor
FONTE: O autor
132
TÓPICO 2 | TÉCNICAS DE ANÁLISE NODAL
V1 − 0 V1 − V2 V2 − V3
=I1 = I2 = I3
R1 R2 R3
V3 − 0 V1 − V3 V2 − V3
=I4 = I5 = I6
R4 R5 R6
Nó 1
0
I A − I1 − I 2 − I 5 =
I1 + I 2 + I 5 =
IA
Nó 2
0
I 2 + IC − I3 − I6 =
I3 + I6 − I 2 =
IC
Nó 3
0
I3 + I5 + I B + I6 − IC =
I3 + I5 + I6 − I 4 = IC − I B
• Substituindo a Lei de Ohm nas equações obtidas em cada nó pela Lei de Kir-
chhoff, temos:
Nó 1
V1 − 0 V1 − V2 V1 − V3
+ + =IA
R1 R2 R5
1 1 1 V V
+ + .V1 − 2 − 3 =
IA
R1 R2 R5 R2 R5
Nó 2
V2 − V3 V2 − V3 V1 − V2
+ − =IC
R3 R6 R2
−V1 1 1 1 1 1
. + + .V2 − + .V3 = IC
R2 R2 R3 R6 R3 R6
133
UNIDADE 2 | TÉCNICAS DE ANÁLISE E TEOREMAS DE CIRCUITOS
Nó 3
V2 − V3 V1 − V3 V2 − V3 V3 − 0
+ + − =IC − I B
R3 R5 R6 R4
V1 1 1 1 1 1 1
− + + + .V3 + + .V2 = I C − I B
R5 R3 R5 R6 R4 R3 R6
Nó 1
1 1 1 V2 V3
+ + .V1 − − = 3
4 2 15 2 15
0,816.V1 − 0,5.V2 − 0,0666.V3 = 3
Nó 2
−V1 1 1 1 1 1
. + + .V2 − + .V3 = 1
2 2 2 5 2 5
−0,5.V1 + 1, 2.V2 − 0,7.V5 =
1
Nó 3
V1 1 1 1 1 1 1
− + + + .V3 + + .V2 =1 − 2
15 2 15 5 5 2 5
0,066.V1 + 0,7.V2 − 0,966.V3 =
−1
134
TÓPICO 2 | TÉCNICAS DE ANÁLISE NODAL
0,816 -0,5 3
-0,5 1, 2 1
=∆ 3 0, =
066 0, 7 -1
0,816 -0,5 3
-0,5 1, 2 1
∆ 3 =-0,979 - 1, 05 - 0, 0333 - 0, 239 - 0,571 + 0, 25 :=
∆ 3 =-2, 622
135
UNIDADE 2 | TÉCNICAS DE ANÁLISE E TEOREMAS DE CIRCUITOS
• Os valores das tensões são obtidos pela divisão dos determinantes, assim:
∆1 −2,966
V=
1 = =: V=
1 11,72V
∆ −0, 253
∆2 −2,975
V=
2 = =: V=2 11,76V
∆ −0, 253
∆3 −2,622
V=
3 = =: V=3 10,36V
∆ −0, 253
FIGURA 22 – EXEMPLO 5
FONTE: O autor
Solução:
FONTE: O autor
136
TÓPICO 2 | TÉCNICAS DE ANÁLISE NODAL
V1 − 0 V1 − V2 V2 − 0
=I1 = I2 = I3
R1 R2 R3
Nó 1
0
I A − I1 − I 2 =
I1 + I 2 =
IA
Nó 2
0
I 2 − I B − I3 =
0
I 2 − I3 − I B =
Nó 1
V1 − 0 V1 − V2
+ = IA
R1 R2
1 1 V2
+ .V1 − = IA
R1 R2 R2
Nó 2
V1 − V2 V2 − 0 V1 − 0
− − 2. =0
R2 R3 R1
1 2 1 1
− .V1 − + .V2 =
0
R2 R1 R2 R3
137
UNIDADE 2 | TÉCNICAS DE ANÁLISE E TEOREMAS DE CIRCUITOS
Nó 1
1 1 V2
+ .V1 − = 4
1 1 1
2.V1 −V2 =4
Nó 2
1 2 1 1
− .V1 − + .V2 =
0
1 1 1 1
−V1 − 2.V2 =
1
2 −1 V1 4
. =
−1 −2 V2 0
2 −1
∆= = −4 − 1:= ∆ = −5
−1 −2
4 −1
∆1 = =−8 + 0 :=∆1 =−8
0 −2
2 4
∆2 = =0 + 4 :=∆ 2 =4
−1 0
• Os valores das tensões são obtidos pela divisão dos determinantes, assim:
∆1 −8
V=
1 = = V= 1 1,6V
∆ −5
∆ 4
V2 = 2 = = V2 = −0,8V
∆ −0,8
138
TÓPICO 2 | TÉCNICAS DE ANÁLISE NODAL
FIGURA 24 – EXEMPLO 6
FONTE: O autor
FONTE: O autor
V1 − 0 V1 − 0 V2 − 0
=I1 = I2 = I3
R1 R2 R3
Nó 1
0
− I1 − I A − I B =
I1 =− I A − IB
139
UNIDADE 2 | TÉCNICAS DE ANÁLISE E TEOREMAS DE CIRCUITOS
Nó 2
0
I B − I 2 − I3 =
I 2 + I3 =
IB
• Substituímos a Lei de Ohm nas equações obtidas em cada nó pela Lei de Kir-
chhoff, temos:
Nó 1
V1 − 0
= − I A − IB
R1
V1
= − I A − IB
R1
Nó 2
V2 − 0 V2 − 0
+ =IB
R2 R3
1 1
+ .V2 =
IB
R2 R3
Nó 1
V1
=−2 − 6
2
0,5 .V1 = −8
Nó 2
1 1
+ .V2 = 6
3 6
0,5.V2 = 6
140
TÓPICO 2 | TÉCNICAS DE ANÁLISE NODAL
0,5 0 V1 −8
. =
0 0,5 V2 6
0,5 0 −8 0 0,5 −8
=∆ = 0, 25 =∆1 = −4 =∆2 = 3
0 0,5 6 0,5 0 6
• Os valores das tensões são obtidos pela divisão dos determinantes, assim:
∆1 −4 ∆2 3
V1 = = −16V
= V2 = = 12V
=
∆ 0, 25 ∆ 0, 25
VR=
1 1 16V
V= VR=
2 V=
2 12V VR=
3 V=
2 12V
141
UNIDADE 2 | TÉCNICAS DE ANÁLISE E TEOREMAS DE CIRCUITOS
FIGURA 26 – EXEMPLO 1
FONTE: O autor
2- Quando a fonte de tensão está conectada entre dois nós. Assim, a corrente da
fonte é um valor a ser calculado, e a tensão da fonte é considerada como sendo
a diferença de potencial entre os dois nós.
FIGURA 27 – EXEMPLO 2
FONTE: O autor
142
TÓPICO 2 | TÉCNICAS DE ANÁLISE NODAL
FONTE: O autor
V1 − 0 V1 − V2 V2 − 0
=I1 = I2 = I3
R1 R2 R3
Nó 1
0
I A − I1 − I 2 + I F =
I1 + I 2 − I F =
IA
Nó 2
0
I 2 − I F − I B + I3 =
I 2 − I3 − I F =IB
• Considerando que a fonte de tensão está sobre dois nós, podemos equacionar
como:
VF= V1 − V2
• Substituímos a Lei de Ohm nas equações obtidas em cada nó pela Lei de Kir-
chhoff, temos:
143
UNIDADE 2 | TÉCNICAS DE ANÁLISE E TEOREMAS DE CIRCUITOS
Nó 1
V1 − 0 V1 − V2
+ =I A + IF
R1 R2
1 1 V2
+ .V1 − − I F = IA
R1 R2 R2
Nó 2
V1 − V2 V2 − 0
− =IF + IB
R2 R3
V1 1 1
− + .V2 − I F =
IB
R2 R2 R3
Nó 1
1 1 V2
+ .V1 − − I F = 4
4 20 20
0,3 .V1 − 0,05.V2 − I F =
4
Nó 2
V1 1 1
− + .V2 − I F = 14
20 20 8
0,05.V1 − 0,175.V2 − I F =
14
VF =V1 − V2 :=14 − 10 = 4
0,3 −0,05 −1 V1 4
0,05 −0,175 −1 . V2 =
14
1 −1 0 IF 4
144
TÓPICO 2 | TÉCNICAS DE ANÁLISE NODAL
0,3 −0,05 −1
0,05 −0,175 −1
=∆ =1 −1 0
0,3 −0,05 −1
0,05 −0,175 −1
∆ 0,05 + 0,05 − 0,175 − 0,3
= =:
∆ = −0,375
4 −0,05 −1
14 −0,175 −1
=∆1 4 = −1 0
4 −0,05 −1
14 −0,175 −1
∆1 = 14 + 0, 2 − 0,7 − 4 :=
∆1 =9,5
0,3 4 −1
0,05 14 −1
=∆2 1= 4 −0
0,3 4 −1
0,05 14 −1
∆ 2 =−0, 2 − 4 + 14 + 1, 2 :=
∆2 =11
0,3 −0,05 4
0,05 −0,175 14
=∆3 1= −1 4
0,3 −0,05 4
0,05 −0,175 14
−0, 21 − 0, 2 − 0,7 + 0,7 + 4, 2 + 0,01 :=
∆3 =
∆ 3 =3,8
145
UNIDADE 2 | TÉCNICAS DE ANÁLISE E TEOREMAS DE CIRCUITOS
Os valores das tensões e correntes são obtidos pela divisão dos determi-
nantes, assim:
∆1 9,5
V1 = = := V1 = −25,33V
∆ −0,375
∆ 1,1
V2 = 2 = := V2 = −29,33V
∆ −0,375
∆ 3,8
IF = 3 = := I F = −10,13 A
∆ −0,375
FONTE: O autor
0
I A − I1 − I 3 − I B =
I A =I1 + I 3 + I B
146
TÓPICO 2 | TÉCNICAS DE ANÁLISE NODAL
V1 − 0 V2 − 0
IA = + + IB
R1 R3
FONTE: O autor
0
−V1 + VF + V2 =
V=
1 VF + V2
V1 − 0 V2 − 0
IA = + + IB
R1 R3
V1 V2
4= + + 14
4 8
−0,5V2 − 40
V1 =
147
UNIDADE 2 | TÉCNICAS DE ANÁLISE E TEOREMAS DE CIRCUITOS
−0,5V2 − 40
VF + V2 =
V2 + 0,5V2 =−40 − 4
−44
V2 =
1,5
V2 = −29,33V
−0,5V2 − 40
V1 =
V1 = −25,33V
FIGURA 31 – EXEMPLO 1
FONTE: O autor
148
TÓPICO 2 | TÉCNICAS DE ANÁLISE NODAL
FONTE: O autor
I F =10. I 3
V1 − V2 V2 − 0
=I1 I =
A I2 =I3 V
R2 R3 I F =10. 2
R3
Nó 1
0
I A + IF − I2 =
IF − I2 =
IA
Nó 2
0
I 2 − I3 − I B =
I 2 − I3 =
IB
Nó 1
10.V2 V1 − V2
− =IA
R3 R2
149
UNIDADE 2 | TÉCNICAS DE ANÁLISE E TEOREMAS DE CIRCUITOS
Nó 2
V1 − V2 V2 − 0
− =IB
R2 R3
Nó 1
V1 10 1
− + + .V2 = 5
2 4 2
−0,5 .V1 + 3.V2 =
5
Nó 2
V1 1 1
− + .V2 = 8
2 2 4
0,5.V1 − 0,75.V2 =
8
−0,5 3 V 5
. 1 =
0,5 −0,75 V2 8
−0,5 3
∆= = 0,375 − 1,5 := ∆ = −1,12
0,5 −0,75
5 3
∆1 = =−3,75 − 24 :=∆1 =−27,75
8 −0,75
−0,5 5
∆2 = =−4 − 2,5 :=∆ 2 =−6,5
0,5 8
150
TÓPICO 2 | TÉCNICAS DE ANÁLISE NODAL
∆1 −27,75 ∆ 2 −6,5
V=
1 = =: V=
1 24,78V V=
2 = =: V=
2 5,80V
∆ −1,12 ∆ −1,12
FIGURA 33 – EXEMPLO 2
FONTE: O autor
FONTE: O autor
151
UNIDADE 2 | TÉCNICAS DE ANÁLISE E TEOREMAS DE CIRCUITOS
VA − V1 VB − V1 V − V1
I1 = I2 = I X I1= A
R1 R2 R1
0
I1 + I 2 − I A =
I1 + I 2 =
I2
V − V 3.V 3.V
3. A 1 = A − 1 =−
VB = 4 0,5.V1
R1 R1 R1
VA − V1 VB − V1
+ =IA
R1 R2
VA −V1 ( 4 − 0,5.V1 ) − V1
+ =IA
R1 R2
1 1 0,5 4 VA
− + + .V1 + + IA
=
R1 R2 R2 R2 R1
1 1 0,5 4 8
− + + .V1 + + = 2
6 3 3 3 6
−0,666.V1 +1,333 + 1,333 =
2
−0,666.V1 + 2,666 =
2
V1 = 1V
VB= 4 − 0,5.V1
VB = 3,5V
VA − V1 8 − 1 VB − V1 3,5 − 1
=I1 == = : I1 1,16 A =I2 = = = : I 2 0,83 A
R1 6 R2 3
152
TÓPICO 2 | TÉCNICAS DE ANÁLISE NODAL
153
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
• A análise nodal é utilizada para calcular as tensões dos nós de circuitos elétri-
cos. Estas tensões são calculadas utilizando a Lei das correntes de Kirchhoff.
• A fonte de tensão independente pode ser conectada ao circuito entre dois nós,
sendo que nenhum deles é o nó de referência. Desta forma, a corrente da fonte
independente estará presente no equacionamento dos dois nós. A tensão da
fonte é a diferença de potencial entre dois nós.
154
AUTOATIVIDADE
3 Dado o circuito ilustrado a seguir, calcule as tensões nos nós sendo If=4A.
155
4 Calcule as correntes nos resistores usando a análise nodal, para o circuito
representado a seguir:
156
8 Calcule a tensão nos resistores utilizando análise nodal do circuito ilustrado
a seguir:
157
11 Utilize análise nodal e calcule o valor de VX no esquema a seguir:
158
14 Dado o circuito a seguir, calcule a corrente no resistor R3 utilizando análise
de malha.
159
17 Dado o circuito a representado seguir, calcule a tensão sobre o resistor R2
utilizando análise de malha.
160
UNIDADE 2
TÓPICO 3
TEOREMA DE CIRCUITOS
1 INTRODUÇÃO
No Tópico 3, serão apresentados alguns teoremas desenvolvidos por en-
genheiros com a finalidade de simplificar a análise em circuitos mais complexos.
A utilização das análises de malha e nodal, que utilizam as Leis de OHM e a de
Kirchhoff, estudas nos Tópicos 1 e 2, se aplicam muito bem em circuitos pequenos
que tenham até 4 malhas ou nós, porém, em circuitos com números maiores de
malhas ou nós, a análise se torna cansativa e trabalhosa.
2 PROPRIEDADE DE LINEARIDADE
Um elemento de um circuito elétrico é considerado linear se atender a
propriedade de homogeneidade e a propriedade aditiva.
V=R.I
161
UNIDADE 2 | TÉCNICAS DE ANÁLISE E TEOREMAS DE CIRCUITOS
Aplicando a constante:
k.V=R.I.k
Aplicando a soma das correntes neste resistor I1+I2, obteremos uma tensão
que será a soma das tensões V1+V2 obtidas separadas.
Equacionando temos:
V1 = R . I1
V2 = R . I2
V = R . (I1 + I2)
V1 + V2 = R . I1 + R . I2
FIGURA 34 – EXEMPLO 1
FONTE: O autor
162
TÓPICO 3 | TEOREMA DE CIRCUITOS
Solução:
Malha 1:
Malha 2:
163
UNIDADE 2 | TÉCNICAS DE ANÁLISE E TEOREMAS DE CIRCUITOS
FIGURA 35 – EXEMPLO 2
FONTE: O autor
Malha 1:
Malha 2:
Sendo:
164
TÓPICO 3 | TEOREMA DE CIRCUITOS
Substituindo, temos:
165
UNIDADE 2 | TÉCNICAS DE ANÁLISE E TEOREMAS DE CIRCUITOS
FIGURA 36 – EXEMPLO 3
FONTE: O autor
166
TÓPICO 3 | TEOREMA DE CIRCUITOS
3 SUPERPOSIÇÃO
Os circuitos lineares apresentam a propriedade aditiva, essa propriedade
pode ser expandida para circuitos que contenham mais de uma fonte indepen-
dente. Sendo essa propriedade a soma das tensões obtidas, quando se aplicam
duas correntes diferentes, é possível calcular as tensões ou corrente somando as
mesmas algebricamente, após a análise do circuito com somente uma fonte inde-
pendente conectada, isolando as demais.
167
UNIDADE 2 | TÉCNICAS DE ANÁLISE E TEOREMAS DE CIRCUITOS
Esses critérios devem ser seguidos para cada fonte independente que es-
teja conectada ao circuito. Assim, é considerada a contribuição que cada fonte
independente faz ao circuito. A soma algébrica de todas as contribuições indivi-
duais, resultará em uma contribuição total, que será a resposta final. Para a soma
algébrica, deve-se observar o sentido das correntes e tensões nas respostas indivi-
duais, levando em consideração o sinal.
FIGURA 37 – EXEMPLO 1
FONTE: O autor
FONTE: O autor
168
TÓPICO 3 | TEOREMA DE CIRCUITOS
FONTE: O autor
169
UNIDADE 2 | TÉCNICAS DE ANÁLISE E TEOREMAS DE CIRCUITOS
FONTE: O autor
FONTE: O autor
170
TÓPICO 3 | TEOREMA DE CIRCUITOS
FIGURA 42 – EXEMPLO 2
FONTE: O autor
FONTE: O autor
171
UNIDADE 2 | TÉCNICAS DE ANÁLISE E TEOREMAS DE CIRCUITOS
FONTE: O autor
• O resistor R1 está em paralelo com R2, desta forma, o circuito equivalente está
apresentado na Figura 45.
FONTE: O autor
172
TÓPICO 3 | TEOREMA DE CIRCUITOS
FIGURA 46 – EXEMPLO 3
FONTE: O autor
FONTE: O autor
173
UNIDADE 2 | TÉCNICAS DE ANÁLISE E TEOREMAS DE CIRCUITOS
FONTE: O autor
NÓ 1:
• A corrente Ix é obtida pela soma das correntes calculadas I’1 e I’’1, assim:
4 TEOREMA DE THEVENIN
Quando é necessário obter a tensão, corrente e potência em apenas um
componente do circuito a utilização do Teorema de Thevenin é muito importante
na análise do circuito.
174
TÓPICO 3 | TEOREMA DE CIRCUITOS
NOTA
FONTE: O autor
175
UNIDADE 2 | TÉCNICAS DE ANÁLISE E TEOREMAS DE CIRCUITOS
FONTE: O autor
FIGURA 51 – EXEMPLO 1
FONTE: O autor
176
TÓPICO 3 | TEOREMA DE CIRCUITOS
FONTE: O autor
FONTE: O autor
Malha 1:
177
UNIDADE 2 | TÉCNICAS DE ANÁLISE E TEOREMAS DE CIRCUITOS
Malha 2:
Malha 1:
FONTE: O autor
178
TÓPICO 3 | TEOREMA DE CIRCUITOS
FIGURA 55 – EXEMPLO 2
FONTE: O autor
179
UNIDADE 2 | TÉCNICAS DE ANÁLISE E TEOREMAS DE CIRCUITOS
FONTE: O autor
Malha 1:
-1 + VR1 + VX = 0
Malha 2:
R2 . I2 - VX = 0
Malha 1:
6 . I1 + VX = 1
Malha 2:
12 . I2 - VX = 0
180
TÓPICO 3 | TEOREMA DE CIRCUITOS
I2 - I 1 - 4 . IA = 0
I 2 - I 1 - 4 . I2 = 0
- I1 - 3 . I2 = 0
181
UNIDADE 2 | TÉCNICAS DE ANÁLISE E TEOREMAS DE CIRCUITOS
12 . I2 - 4 . IA = -24
12 . I2 - 4 . IA = -24
I2 = - 4 . A
• Tensão Vx será:
VX = 4IA
VX = -12V
FONTE: O autor.
182
TÓPICO 3 | TEOREMA DE CIRCUITOS
5 TEOREMA DE NORTON
Assim como no Teorema de Thevenin, o Teorema de Norton simplifica o
circuito que contenha vários ramos e fontes independentes, por uma única fonte e
um resistor, porém o resistor estará em paralelo com uma fonte de corrente. A fonte
de corrente é chamada de corrente de Norton e o resistor equivalente de Norton.
FONTE: O autor
FONTE: O autor
NOTA
FONTE: O autor
Solução:
FONTE: O autor
184
TÓPICO 3 | TEOREMA DE CIRCUITOS
FONTE: O autor
Malha 1:
Malha 2:
Malha 1:
8 . I1 - 4 . I2 = 12
Malha 2:
-4 . I1 + 9 . I2 = 0
185
UNIDADE 2 | TÉCNICAS DE ANÁLISE E TEOREMAS DE CIRCUITOS
• Calculando os determinantes:
FONTE: O autor
186
TÓPICO 3 | TEOREMA DE CIRCUITOS
FIGURA 64 – EXEMPLO 2
FONTE: O autor
Solução:
FONTE: O autor
187
UNIDADE 2 | TÉCNICAS DE ANÁLISE E TEOREMAS DE CIRCUITOS
E
IMPORTANT
FONTE: O autor
Solução:
FONTE: O autor
189
UNIDADE 2 | TÉCNICAS DE ANÁLISE E TEOREMAS DE CIRCUITOS
FIGURA 68 – EXEMPLO 1
FONTE: O autor
FONTE: O autor
190
TÓPICO 3 | TEOREMA DE CIRCUITOS
FONTE: O autor
Malha 1:
Malha 2:
I2 = 3A
13 . I1 - 10 , I1 = 10
I1 = 3,08 A
191
UNIDADE 2 | TÉCNICAS DE ANÁLISE E TEOREMAS DE CIRCUITOS
LEITURA COMPLEMENTAR
CIRCUITOS ELÉTRICOS
Em seguida, reconhecemos que, para um dado circuito, VTh e RTh serão fixos.
Portanto, a potência dissipada é uma função da única variável RL. Para determinar
o valor de RL que maximiza a potência, usamos o cálculo diferencial elementar. Co-
meçamos escrevendo uma equação para a derivada de p com relação a RL:
192
TÓPICO 3 | TEOREMA DE CIRCUITOS
193
UNIDADE 2 | TÉCNICAS DE ANÁLISE E TEOREMAS DE CIRCUITOS
Exemplo 4.12
Solução
A resistência de Thévenin é
Pela Figura 4.60, quando vab é igual a 150 V, a corrente na fonte de tensão,
na direção da elevação da tensão na fonte, é
194
TÓPICO 3 | TEOREMA DE CIRCUITOS
FONTE: NILSSON, J. W.; RIEDEL, S. A. Circuitos Elétricos. 8. ed. São Paulo: Pearson Prentice
Hall, 2009. p. 89-90.
195
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu que:
CHAMADA
196
AUTOATIVIDADE
197
5 Calcule a corrente Ix no resistor R2 do circuito representado, aplicando
superposição.
198
9 Calcule a tensão Vab do circuito utilizando superposição.
199
13 Obtenha o circuito equivalente de Thevenin analisando os terminais a e b
do circuito a seguir:
200
17 Calcule o valor da potência e da resistência para se obter a máxima potência
no resistor R.
201
20 Para o circuito a seguir, calcule o valor da resistência de carga para obter a
máxima transferência de potência e o valor da potência.
202
UNIDADE 3
CAPACITORES, INDUTORES E
CIRCUITOS RLC
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade você
encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo apresentado.
CHAMADA
203
204
UNIDADE 3
TÓPICO 1
CAPACITORES E INDUTORES
1 INTRODUÇÃO
Nas Unidades 1 e 2, a análise de circuitos elétricos foi realizada a circuitos
resistivos, com fontes dependentes e independentes. Na Unidade 3, acrescenta-
remos dois elementos passivos: o capacitor e o indutor. Os dois novos elementos
são lineares e têm a característica de armazenarem energia ao circuito por um
tempo e depois devolvê-la, diferente dos resistores que dissipam energia.
2 CAPACITORES
O capacitor é um elemento constituído por duas placas metálicas, condu-
toras, separadas por um material isolante, não condutor, chamado de dielétrico,
conforme a Figura 1.
q=C.v
Em que:
206
TÓPICO 1 | CAPACITORES E INDUTORES
E
IMPORTANT
A equação que define a capacitância em função dos três fatores pode ser
escrita como:
ε .A
C=
d
Em que:
dq
i=
dt
d
i= Cv
dt
207
UNIDADE 3 | CAPACITORES, INDUTORES E CIRCUITOS RLC
dv
i = C.
dt
1
dv = .i.dt
C
t
1
v(t ) = ∫ i(t ) dt
C −∞
t
1
C t∫0 (t )
=v(t ) i dt + vc ( t0 )
dv(t )
p(t ) =v(t ) ⋅ i(t ) :=C ⋅ v(t )
dt
t t dv(t ) t dv(t ) t
w( t ) =∫ Pdt ⇒ −∞∫ C.v(t ) dt dt ⇒ C −∞∫ v(t ) dt dt ⇒ C −∞∫ v(t )dt
−∞
t
1 2
∴w(t ) = C.v
2
−∞
208
TÓPICO 1 | CAPACITORES E INDUTORES
1
w(t ) = C.v(2t )
2
ATENCAO
• Pela mesma equação verifica-se que a tensão não pode variar instantanea-
mente, o capacitor tenta manter a tensão que estava nos seus terminais. Uma
variação instantânea faria aparecer uma corrente infinita no capacitor que é
fisicamente impossível. Por outro lado, a corrente no capacitor pode variar ins-
tantaneamente.
ATENCAO
209
UNIDADE 3 | CAPACITORES, INDUTORES E CIRCUITOS RLC
Exemplo 1:
Solução:
q = C.v
q = 5.10 −12.30
q = 150 pC
Exemplo 2:
210
TÓPICO 1 | CAPACITORES E INDUTORES
Solução:
dv d
i(t ) C.
= ⇒ 22 .10 −6 ( 5cos3000t )
dt dt
−22.10 −6.3000.5sen3000t :=
i(t ) =
Exemplo 3:
Solução:
1
w = C.v 2
2
1
w = 15.10 −3. ( 85 )
2
2
w = 54,19 J
FONTE: O autor
211
UNIDADE 3 | CAPACITORES, INDUTORES E CIRCUITOS RLC
FONTE: O autor
v vC 1 + vC 2 + vC 3 +…+ vCn
=
1 1 1 1
t
v +
= + +… ∫i(t ) dt + vC 1( t ) + vC 2( t ) + vC 3( t ) +…+ vCn( t )
C1 C 2 C 3 C n t0 0 0 0 0
t
1
Ceq t∫0 ( t )
=v . i dt + vCeq( t )
0
Em que:
1 1 1 1 1
= + + +…+
Ceq C1 C2 C3 Cn
Ou,
1
Ceq =
1 1 1 1
+ + +…+
C1 C2 C3 Cn
vCeq=
(t )
vC1( t ) + vC2( t ) + vC3( t ) +…+ vCn( t )
0 0 0 0 0
212
TÓPICO 1 | CAPACITORES E INDUTORES
C1.C2
Ceq =
C1 + C2
Exemplo 1:
FIGURA 6 – EXEMPLO 1
FONTE: O autor
Solução:
1
Ceq =
1 1 1 1 1 1 1
+ + + + + +
C1 C 2 C 3 C 4 C 5 C 6 C 7
1
Ceq =
1 1 1 1 1 1 1
−6
+ −6
+ + + + +
2.10 5.10 10.10 −6 302.10 −6
8.10 −6
16.10 −6
32.10 −6
Ceq = 0,9505 µ F
213
UNIDADE 3 | CAPACITORES, INDUTORES E CIRCUITOS RLC
FONTE: O autor
FONTE: O autor
i − i1 − i2 − i3 −…− in = 0
i= i1 + i2 + i3 +…+ in
dv
i = C.
dt
214
TÓPICO 1 | CAPACITORES E INDUTORES
Substituindo, obtemos:
dv dv dv dv
=i C1 . + C2 . + C3 . +…+ Cn .
dt dt dt dt
dv
=i (C 1
+ C2 + C3 +…+ Cn )
dt
Em que:
Ceq= C1 + C2 + C3 +…+ Cn
Exemplo 1:
FIGURA 9 – EXEMPLO 1
FONTE: O autor
Solução:
Ceq = C1 + C2 + C3 + C4
Ceq = 40 µ F
215
UNIDADE 3 | CAPACITORES, INDUTORES E CIRCUITOS RLC
5 INDUTORES
O indutor consiste em um condutor enrolado normalmente em forma
de uma bobina, projetado para armazenar energia em seu campo magnético. A
bobina é enrolada em um núcleo que pode ser de ar, material ferro magnético,
material não magnético ou ferrite. Na Figura 10 é apresentado um modelo de um
indutor.
Dorf e Svoboda (2016, p. 263) dizem que “um indutor ideal é um enrola-
mento feito com um fio sem resistência. Quando existe corrente no fio, a energia
é armazenada no campo magnético em torno do enrolamento”.
E
IMPORTANT
di(t )
v(t ) = L.
dt
216
TÓPICO 1 | CAPACITORES E INDUTORES
1
di = v dt
L (t )
t
1
i(t ) = ∫ v(t ) dt
L −∞
ATENCAO
t
1
L t∫0 (t )
=i(t ) v dt + i( t0 )
di
p v=
= .i ≥ L .i
dt
217
UNIDADE 3 | CAPACITORES, INDUTORES E CIRCUITOS RLC
t t t
di
∫−∞p.dt ⇒ −∞∫ L dt .i dt :=
w( t ) = L ∫ i di
−∞
1 2 1 2
w( t )
= L.i − L.i
2 (t ) 2 ( −∞ )
Considerando i(–∞) = 0
1 2
w( t ) = L.i
2 (t )
ATENCAO
Quando o indutor está energizado por uma fonte C.C., a corrente atinge o va-
lor máximo, estabilizando pelo valor ôhmico da resistência do enrolamento, não existindo
mais a variação da corrente. Consequentemente, não existirá mais a corrente induzida. O
indutor se comporta como um curto-circuito.
ATENCAO
218
TÓPICO 1 | CAPACITORES E INDUTORES
Exemplo 1:
Calcule a tensão nos terminais de um indutor de 0,8 H, que tem uma cor-
rente de 2te–2t A.
Solução:
di(t )
v(t ) = L.
dt
d
v(t ) = 0,8.
dt
(
2te −2 t )
(
v(t ) =1,6 −1,6te −2 t + e −2 t := )
=v(t ) 1,6 e −2 t ( 1 − 2t ) V
Exemplo 2:
219
UNIDADE 3 | CAPACITORES, INDUTORES E CIRCUITOS RLC
Solução:
(
.i : 4 e −5t ( 1 − 2t ) . 10te −5t
p v=
= )
=p 40te −10 t ( 1 − 2t ) W
1 2
w= L.i
2
w = 30t 2 e −10 t J
FONTE: O autor
FONTE: O autor
220
TÓPICO 1 | CAPACITORES E INDUTORES
di di di di
=v L1 + L2 + L3 +…+ Ln
dt dt dt dt
di
v
= (L1
+ L2 + L3 +…+ Ln )
dt
n di di
=v =∑ Lk Leq
k =1 dt dt
Assim:
Leq= L1 + L2 + L3 +…+ Ln
Exemplo 1:
221
UNIDADE 3 | CAPACITORES, INDUTORES E CIRCUITOS RLC
FIGURA 14 – EXEMPLO 1
FONTE: O autor
Solução:
Leq = L1 + L2 + L3 + L4 + L5 + L6 + L7
Leq = 62 H
FONTE: O autor
222
TÓPICO 1 | CAPACITORES E INDUTORES
FONTE: O autor
i − i1 − i2 − i3 −…− in = 0
i= i1 + i2 + i3 +…+ in
Sendo:
t
1
Lk t∫0 (t )
=ik v dt + ik( t )
0
t t t t
1 1 1 1
=i ∫
L1 t0
v(t ) dt + iL1( t ) + ∫v(t ) dt + iL 2( t ) + ∫v(t ) dt + iL 3( t ) +…+ ∫v(t ) dt + iLn( t )
0 L2 t0 0 L3 t0 0 Ln t0 0
1 1 1 1
t
=i + + +…+ .∫v(t ) dt + iL1( t ) + iL 2( t ) + iL 3( t ) +…+ iLn( t )
L1 L2 L3 Ln t0 0 0 0 0
223
UNIDADE 3 | CAPACITORES, INDUTORES E CIRCUITOS RLC
n 1 t n
1
t
i ∑ ∫v(t ) dt + ∑ik ( t0 )=:
= ∫ v(t ) dt + i(t )
= L
k 1=k t0 k 1 Leq t0
0
e:
1 1 1 1 1
= + + +…+
Leq L1 L2 L3 Ln
iLeq=
(t )
iL1( t ) + iL 2( t ) + iL 3( t ) +…+ iLn( t )
0 0 0 0 0
L1 .L2
Leq =
L1 + L2
Exemplo 1:
FIGURA 17 – EXEMPLO 1
FONTE: O autor
224
TÓPICO 1 | CAPACITORES E INDUTORES
Solução:
1 1
=Leq =≥
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
+ + + + + + + +
L1 L2 L3 L4 L5 2 H 5 H 8 H 10 H 1H
Leq = 519 mH
A direção das linhas de força pode ser determinada pela regra da mão
direita, onde o dedo polegar indica o sentido da corrente e os dedos restantes
indicam o sentido circular do campo magnético produzido.
Essa indutância cria uma corrente induzida de sentido oposto, que im-
põe o aumento da corrente gradualmente. Da mesma forma, quando um circuito
contém um indutor e a fonte de alimentação é retirada do circuito, a corrente não
zera instantaneamente. Devido à indutância, a corrente decai gradativamente.
225
UNIDADE 3 | CAPACITORES, INDUTORES E CIRCUITOS RLC
FONTE: O autor
−∅ 2
M=
I1
Em que:
226
TÓPICO 1 | CAPACITORES E INDUTORES
di 1
v1(t ) = L1
dt
di 2
v12(t ) = M
dt
Exemplo 1:
227
UNIDADE 3 | CAPACITORES, INDUTORES E CIRCUITOS RLC
FIGURA 19 – EXEMPLO 1
FONTE: O autor
Solução:
FONTE: O autor
FONTE: O autor
228
TÓPICO 1 | CAPACITORES E INDUTORES
di1(t ) di 2(t )
vL1(t ) L1
= + M.
dt dt
di 2(t ) di1(t )
vL2(t ) L2
= + M.
dt dt
Exemplo 2:
FIGURA 22 – EXEMPLO 2
FONTE: O autor
Solução:
di1(t ) di 2(t )
vL1(t ) L1
= − M.
dt dt
di 2(t ) di1(t )
vL2(t ) =
− L2 + M.
dt dt
1 1
w= L1 .i12 + L2 .i22 ± i1i2 M 21
2 2
229
UNIDADE 3 | CAPACITORES, INDUTORES E CIRCUITOS RLC
M = k. L1 L2
Irwin e Nelms (2013, p. 521) afirmam que “esse coeficiente é uma indica-
ção de quanto fluxo de uma bobina está sendo enlaçado pela outra bobina, isto é,
se todo o fluxo enlaçado por uma bobina for também enlaçado pela outra, então
o acoplamento seria de 100% e k=1”.
Sendo “0” quando os dois enrolamentos não têm nenhum fluxo em co-
mum, assim a indutância mútua será zero. O coeficiente de acoplamento com
o valor igual a “1” é quando se tem todo o fluxo que passa pelo enrolamento 1
passando também pelo enrolamento 2. Na prática, ter o mesmo fluxo nos dois
enrolamentos é fisicamente impossível.
230
RESUMO DO TÓPICO 1
dv
ic = C
dt
t
1
C −∫t0 (t )
=vc i dt + vc ( t0 )
1
Ceq =
1 1 1
+ +
C1 C 2 C 3
Ceq = C1 + C2 + C3
Leq= L1 + L2 + L3 +…+ Ln
• O indutor equivalente para uma associação paralela é calculado da mesma ma-
neira que a associação de resistores em paralelo:
1
Leq =
1 1 1 1
+ + +…+
L1 L2 L3 Ln
di 1 d
v1 L1
= + M12 i 2
dt dt
di 2 d
v2 L2
= + M 21 i 1
dt dt
4 Calcule a corrente no capacitor, sendo que nos seus terminais existe uma
tensão de 2te–3t V, considere o capacitor de 5 F.
233
8 Calcule o valor da capacitância equivalente para o circuito:
−t
10 Sendo um indutor percorrido por uma corrente de 6 e 2 A , cujo seu valor
de indutância é de 10 mH. Calcule a tensão nos terminais do indutor para
um tempo de 3 segundos.
234
13 Calcule a indutância equivalente para o circuito:
235
18 Dado o circuito acoplado magneticamente, calcule o coeficiente de acopla-
mento e qual o valor máximo que a indutância mútua pode assumir.
236
UNIDADE 3
TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
No Tópico 2, será apresentado o comportamento das grandezas da ten-
são, corrente ou a combinação das duas em circuitos contendo um resistor e um
capacitor ou um circuito contendo um resistor e um indutor.
237
UNIDADE 3 | CAPACITORES, INDUTORES E CIRCUITOS RLC
NOTA
FIGURA 23 – CIRCUITO RC
FONTE: O autor
Considerações:
FONTE: O autor
238
TÓPICO 2 | CIRCUITO DE PRIMEIRA ORDEM
IC + I R =
0
dv(t ) v(t )
C + 0
=
dt R
dv(t ) v(t ) dv 1
+ 0 := =
= − dt
dt RC v(t ) RC
t
ln v(t ) =
− + ln A
RC
v(t ) t −
t
ln =
− v(t ) A.e RC
:==
A RC
t
−
v(t ) = V0 .e RC
239
UNIDADE 3 | CAPACITORES, INDUTORES E CIRCUITOS RLC
NOTA
Essa resposta natural da tensão tem uma exponencial, mais curta ou mais
longa dependendo dos valores da associação do resistor e do capacitor.
ATENCAO
t
t −
e τ
τ 0,368
2τ 0,135
3τ 0,0498
4τ 0,0183
5τ 0,0067
6τ 0,0025
7τ 0,00091
FONTE: O autor
240
TÓPICO 2 | CIRCUITO DE PRIMEIRA ORDEM
R R
ATENCAO
Exemplo 1:
FIGURA 25 – EXEMPLO 1
FONTE: O autor
241
UNIDADE 3 | CAPACITORES, INDUTORES E CIRCUITOS RLC
Solução:
t
−
v(t ) = V0 .e RC
A constante do tempo é:
=τ R=
.C : 4.0,1
τ = 0, 4 s
v(t ) = 15.e 0 ,4
242
TÓPICO 2 | CIRCUITO DE PRIMEIRA ORDEM
FIGURA 26 – CIRCUITO RL
FONTE: O autor
Considerações:
FONTE: O autor
v L( t ) + v R( t ) =
0
i(t )Rt − Rt
ln =
− i(t ) I 0 .e L
:==
I0 L
L
τ=
R
−t
i(t ) = I 0 .e τ
TABELA 2 – VALORES DE τ
t
t −
e τ
τ 0,368
2τ 0,135
3τ 0,0498
4τ 0,0183
5τ 0,0067
6τ 0,0025
7τ 0,00091
FONTE: O autor
244
TÓPICO 2 | CIRCUITO DE PRIMEIRA ORDEM
Exemplo 1:
FIGURA 28 – EXEMPLO 1
FONTE: O autor
Solução:
−t
i(t ) = I 0 .e τ
245
UNIDADE 3 | CAPACITORES, INDUTORES E CIRCUITOS RLC
A constante de tempo é:
L
τ=
R
0, 5
τ=
3
τ = 0,1666 s
−t
i(t ) = I 0 .e τ
−t
i(t ) = 3.e −6 t A
vR(t ) = 3.3.e −6 t
vR(t ) = 9.e −6 t V
Exemplo 2:
FIGURA 29 – EXEMPLO 2
FONTE: O autor
246
TÓPICO 2 | CIRCUITO DE PRIMEIRA ORDEM
Solução:
Para t > 0 a chave S0 está fechada, como não tem variação da fonte de ten-
são V, por ser de tensão contínua, o indutor se comporta como um curto-circuito.
Assim, o circuito fica conforme a Figura 30:
FONTE: O autor
R .R
=Req 2 3 + R1
R2 + R3
R
=eq1
4, 33 Ω
V 35
I
= =
R 4, 33
I = 8,08 A
247
UNIDADE 3 | CAPACITORES, INDUTORES E CIRCUITOS RLC
FONTE: O autor
R=
eq
R2 + R3
Req=
2
15 Ω
L 3
τ
= =
Req2 15
τ = 0, 2 s
−t
i(t ) = I 0 .e τ
−t
i(t ) = 5, 39.e 0 ,2
Exemplo 1:
FIGURA 32 – EXEMPLO 1
FONTE: O autor
Solução:
+V1 + VR1 + VR 2 + VR 3 − V2 =
0
+10 + 5 I + 10 I + 2 I − 40 =
0
30
I=
17
I = 1,76 A
V=
R1
I : V=
5.= R1
8,8 V
V=
R2
10.
= I : V=
R2
17,6 V
V=
R3
I : V=
2.= R3
3, 52 V
'
v=
c
V2 − V R 3
'
v=
c
40 − 3, 52
vc' = 36, 48 V
249
UNIDADE 3 | CAPACITORES, INDUTORES E CIRCUITOS RLC
FONTE: O autor
VR=
1
V=
1
10 V
'
VR=
2
v=
c
36, 48 V
VR 3 = V2 − vc' = 3, 52 V
VR1
I=
R1
=: I=
R1
2A
R1
VR 2
I=
R2
=: I=
R2
3,65 A
R2
VR 3
I=
R3
=: I=
R3
1,76 A
R3
V2
′′
I= ′′ 3, 33 A
=: I=
R2 + R3
V=
R2
I ′′ : V=
R2 .= R2
33, 3 V
V=
R3
I ′′ : V=
R3 .= R3
6,66 V
vc'' = V2 − VR 3
vc'' = 33, 34 V
250
TÓPICO 2 | CIRCUITO DE PRIMEIRA ORDEM
t
−
vc = V0 .e τ
(t )
τ = R.C
R .R
=τ 2 3 +C
R2 + R3
τ = 83, 33 s
t
−
vc = V0 .e 83,33
(t )
FONTE: O autor
251
UNIDADE 3 | CAPACITORES, INDUTORES E CIRCUITOS RLC
Solução:
FONTE: O autor
R3 .R4
Req =
R3 + R4
Req 3,08 Ω
=
' R1 2 '
V=
R1
VS . =: 36. =: V=
R1
14,17 V
R1 + Req 2 + 3,08
' VR 3 '
I=
R3
=: I=
R3
2,73 A
R3
VR 4
I R'=
4
=: I R'=
4
4, 36 A
R4
252
TÓPICO 2 | CIRCUITO DE PRIMEIRA ORDEM
iL' = 4, 36 A
(t )
FONTE: O autor
V1 − VS V1 − 0 V1 − 0 '
+ + + IL =
0
R1 R3 R2
V1 − 36 V1 V1
+ + + 4, 36 =
0
2 8 20
1 1 1
2 + 8 + 20 V1 + 4, 36 − 18 =
0
V1 = 20, 20 V
''
VR= 1
VS − V1
VR''1 = 15,8 V
253
UNIDADE 3 | CAPACITORES, INDUTORES E CIRCUITOS RLC
FONTE: O autor
t
−
i(t ) = I 0 .e τ
254
TÓPICO 2 | CIRCUITO DE PRIMEIRA ORDEM
FONTE: O autor
1
Req'' =
1 1 1
+ +
R1 R2 R3
Req'' 1, 48 Ω
=
L 6
τ= = =: τ= 4,05 s
R 1, 48
t
−
i(t ) = I 0 .e τ
t
−
i(t ) = 4, 36.e 4 ,05
255
UNIDADE 3 | CAPACITORES, INDUTORES E CIRCUITOS RLC
0 t < 0
u(t ) =
1 t > 0
( )
t
−
v(t ) = v − v
(0) (∞) .e τ
+ v( ∞ )
256
TÓPICO 2 | CIRCUITO DE PRIMEIRA ORDEM
Exemplo 1:
FONTE: O autor
Solução:
• Para t < 0, a chave está na posição 1, a tensão no capacitor pode ser calculada
utilizando o divisor da tensão, lembrando que o capacitor é considerado um
circuito aberto para tensão contínua, a tensão em R2 será a mesma do capacitor,
assim:
500
v(' t ) = 18 .
500 + 100
v(' t ) = 15 V
• Para t > 0, a chave sai da posição 1 e vai para a posição 2, como o capacitor se
comporta como um circuito aberto a tensão no capacitor será a mesma do re-
sistor R5 que será a mesma da fonte VS2, assim:
''
v=
( t ) V=
R5
36 V
R=
eq
R=
4
300 Ω
257
UNIDADE 3 | CAPACITORES, INDUTORES E CIRCUITOS RLC
τ = Req .C
τ = 300.2.10 −3
τ = 0,6 s
( )
t
−
v(t ) = v − v
(0) (∞) .e τ
+ v( ∞ )
−
t
( 15 − 36 ) .e
v(t ) = + 36
0 ,6
−21.e −1,66 t V
v(t ) = parat > 0
Para t = 1,5 s
−21.e (
− 1,66.1,5 )
v(t ) = + 36
v(t ) = 34, 26 V
Para t = 3 s
−21.e (
− 1,66.3 )
v(t ) = + 36
v(t ) = 35,85 V
258
TÓPICO 2 | CIRCUITO DE PRIMEIRA ORDEM
− Rt
i(t ) = I 0 .e L
( )
t
−
i(t ) = i − i
(0) (∞) .e τ
+ i( ∞ )
Exemplo 1:
Para o circuito da Figura 40, calcule a corrente no indutor para t > 0. Consi-
dere que a chave esteve fechada por um longo tempo e em t = 0 a chave foi aberta.
FIGURA 40 – EXEMPLO 1
FONTE: O autor
259
UNIDADE 3 | CAPACITORES, INDUTORES E CIRCUITOS RLC
Solução:
VS 20
iL'
= =
R1 3
iL' = 6,67 A
• Para t > 0, a chave é aberta e o resistor R2 fica em série com o resistor R1, consi-
derando que o indutor se comporta como um curto-circuito, temos:
VS 20
=iL'' =
R1 + R2 8
iL'' 2, 5 A
R=
eq
R1 + R2
Req = 8Ω
L 1
τ= = =: τ= 0,125 s
Req 8
( )
t
−
i(t ) = i − i
(0) (∞) .e τ
+ i( ∞ )
−
t
( 6,67 − 2, 5 ) .e
i(t ) = + 2, 5
0 ,125
−4,17 e −8 t + 2, 5 A
i(t ) = parat > 0
260
RESUMO DO TÓPICO 2
• O capacitor se opõe a variações da tensão, ou seja, ele vai tentar manter a ten-
são que estava em seus terminais antes da variação.
• A tensão do capacitor é uma resposta natural, quando não tem fonte indepen-
dente no circuito definida pela equação:
t
−
v(t ) = V0 .e τ
τ = R.C
• A corrente do indutor é uma resposta natural, quando não tem fonte indepen-
dente no circuito, definida pela equação:
t
−
i(t ) = I 0 .e τ
L
τ=
R
261
• Um degrau é a mudança repentina de um estado para o outro, causando uma
variação repentina nos valores de tensão e corrente no circuito.
( )
t
−
v(t ) = v − v
(0) (∞) .e τ
+ v( ∞ )
( )
t
−
i(t ) = i − i
(0) (∞) .e τ
+ i( ∞ )
262
AUTOATIVIDADE
263
5 Considerando que o circuito a seguir estava com a chave fechada por um
longo período e em t = 0 e foi aberta, calcule a corrente no resistor R1 para
t > 0.
264
7 No circuito a seguir, a chave S1 e S2 foram fechadas simultaneamente em 10
segundos, permanecendo nesta posição permanentemente. Calcule a cons-
tante de tempo para t < 0 e para t > 50s.
10 No circuito a seguir, a chave foi aberta em t = 0, sendo que ela estava fe-
chada por um longo período. Calcule a tensão no indutor e nos resistores
para t > 0.
265
11 No circuito a seguir, calcule a tensão no capacitor pra t > 0, considerando
que a chave esteve fechada por um longo período e foi aberta em t = 0.
266
13 Considerando o circuito a seguir, em que a chave esteve fechada por um
longo período e no tempo t = 0 ela foi aberta, calcule a tensão no resistor
R3 para t > 0.
267
16 Calcule para o circuito a seguir a corrente no indutor para t > 0 e t < 0, con-
siderando que em t = 0 a chave é fechada e que antes de t = 0 a chave esteve
aberta por um longo período.
268
18 A chave do circuito a seguir é fechada em t = 0, calcule a corrente no resistor
R3 para t > 0. Considerando que a chave esteve aberta por um longo período.
269
20 Calcule a resposta ao degrau do circuito RL a seguir para t > 0.
270
UNIDADE 3
TÓPICO 3
1 INTRODUÇÃO
I 0 = i( 0)
271
UNIDADE 3 | CAPACITORES, INDUTORES E CIRCUITOS RLC
FONTE: O autor
272
TÓPICO 3 | CIRCUITOS DE SEGUNDA ORDEM
NOTA
Neper (Np) é uma unidade adimensional adotada após John Napier (1550-
1617), matemático escocês.
273
UNIDADE 3 | CAPACITORES, INDUTORES E CIRCUITOS RLC
s 2 + α s + w0 =
0
2
sEm+ αque
s + w0 é=
a0frequência neperiana ou fator de amortecimento, com uni-
dade de medida expressa em Nepers por segundo;
s 2 + α s e+ w0 é=
chamado
0 de frequência
de ressonância ou frequência não amortecida, com unidade de medida expressa
em radianos por segundo.
s1 =−α + α 2 − w02
s2 =−α − α 2 − w02
Em que:
R
α=
2L
1
w0 =
LC
As duas raízes s1 e s2 indicam que é possível solucionar o valor da corrente
i do circuito RLC de duas formas, assim:
i1 = A1.e s1t
E
i2 = A2 .e s2t
Sendo o circuito RLC linear e a equação característica linear, existindo duas
raízes distintas, existirão duas soluções. A combinação linear do i1 e i2 resultará no
valor da corrente i, assim:
274
TÓPICO 3 | CIRCUITOS DE SEGUNDA ORDEM
Exemplo 1:
FIGURA 42 – EXEMPLO 1
FONTE: O autor
Solução:
R 200
α
= = = 50
2 L 2.2
1 1
w0
= = = 22,36
L.C 2 .1x10−3
( 50 ) − ( 22,36 )
2 2
s1,2 =−50 ±
As raízes da equação característica são:
−5, 25 ; −94, 72
s1,2 =
275
UNIDADE 3 | CAPACITORES, INDUTORES E CIRCUITOS RLC
FONTE: O autor
Dorf e Svoboda (2016, p. 364) afirmam que “um circuito de segunda or-
dem possui uma equação diferencial homogenia contendo um termo de segundo
grau devido à presença de dois elementos armazenadores de energia indepen-
dentes”.
276
TÓPICO 3 | CIRCUITOS DE SEGUNDA ORDEM
Substituindo:
277
UNIDADE 3 | CAPACITORES, INDUTORES E CIRCUITOS RLC
Exemplo 1:
FIGURA 44 – EXEMPLO 1
FONTE: O autor
Solução:
A 1 + A2 = 8
278
TÓPICO 3 | CIRCUITOS DE SEGUNDA ORDEM
Substituindo, fica:
279
UNIDADE 3 | CAPACITORES, INDUTORES E CIRCUITOS RLC
• Quando as raízes da equação característica são iguais e reais, ou seja, se a > w0,
neste caso a resposta do circuito é chamada de criticamente amortecidas.
ATENCAO
280
TÓPICO 3 | CIRCUITOS DE SEGUNDA ORDEM
Em que:
281
UNIDADE 3 | CAPACITORES, INDUTORES E CIRCUITOS RLC
ATENCAO
Exemplo 1:
Para o circuito RLC série apresentado na Figura 45, calcule a resposta natu-
ral classificando se é superamortecido, subamortecido ou criticamente amortecido.
Considere que a chave estava fechada por um longo período e em t = 0 foi aberta.
FIGURA 45 – EXEMPLO 1
FONTE: O autor
282
TÓPICO 3 | CIRCUITOS DE SEGUNDA ORDEM
Solução:
FONTE: O autor
283
UNIDADE 3 | CAPACITORES, INDUTORES E CIRCUITOS RLC
FONTE: O autor
284
TÓPICO 3 | CIRCUITOS DE SEGUNDA ORDEM
Assim:
Exemplo 2:
FIGURA 48 – EXEMPLO 2
FONTE: O autor
Solução:
• Para t < 0 a chave se encontra aberta. Dessa forma, o indutor se comporta como
um curto-circuito e o capacitor como um circuito aberto, assim o circuito fica
conforme a Figura 49:
285
UNIDADE 3 | CAPACITORES, INDUTORES E CIRCUITOS RLC
FONTE: O autor
• Para t > 0 a chave é fechada, dessa forma, o circuito se torna o paralelo de RLC,
tirando a fonte Vs da alimentação de RLC. As raízes da equação característica
podem ser obtidas por:
286
TÓPICO 3 | CIRCUITOS DE SEGUNDA ORDEM
v(0) = 54,54 = A1
Assim:
FONTE: O autor
287
UNIDADE 3 | CAPACITORES, INDUTORES E CIRCUITOS RLC
• Para t < 0 temos as condições do circuito RLC sem fonte já analisado em 2 (Cir-
cuito RLC série sem fonte), que é a resposta natural do circuito.
• Para t > 0 temos a presença da fonte e uma variação súbita da tensão nos com-
ponentes. Esta será uma resposta forçada ao circuito pelos componentes, lem-
brando que o indutor tentará manter a corrente e o capacitor tentará manter a
tensão no circuito.
-Vs + VL + VR + VC = 0
• A resposta natural  .
• A resposta forçada  .
Com isso, a resposta ao degrau do circuito RLC série é dada pela soma da
resposta natural e a resposta forçada, assim:
288
TÓPICO 3 | CIRCUITOS DE SEGUNDA ORDEM
Exemplo 1:
Para o circuito da Figura 51, calcule v(t) e i(t) para t > 0. Considere que a
chave esteve fechada por um longo período e em t = 0 a chave foi aberta.
FIGURA 51 – EXEMPLO 1
FONTE: O autor
289
UNIDADE 3 | CAPACITORES, INDUTORES E CIRCUITOS RLC
Solução:
A corrente que passa pelo indutor é a mesma que passa pelos resistores
R1 e R2, assim:
290
TÓPICO 3 | CIRCUITOS DE SEGUNDA ORDEM
Para t = 0, temos:
291
UNIDADE 3 | CAPACITORES, INDUTORES E CIRCUITOS RLC
FONTE: O autor
• Para t < 0 temos as condições do circuito RLC paralelo sem fonte já analisado
em 3 (Circuito RLC paralelo sem fonte), que é a resposta natural do circuito.
• Para t > 0 temos a presença da fonte de corrente, que fará surgir uma variação
súbita da corrente nos componentes. Essa variação forçará os componentes a
responderem, cada um com suas respectivas características. Essa resposta será
uma resposta forçada, sendo o indutor de manter a corrente e o capacitor de
manter a tensão no circuito.
292
TÓPICO 3 | CIRCUITOS DE SEGUNDA ORDEM
Exemplo 1:
Para o circuito da Figura 53, levante a equação i(t) para t > 0. Considere que
a tensão inicial no capacitor é de 12 V até o fechamento da chave.
293
UNIDADE 3 | CAPACITORES, INDUTORES E CIRCUITOS RLC
FIGURA 53 – EXEMPLO 1
FONTE: O autor
Solução:
• Para t < 0 a chave está aberta, a corrente no indutor é a própria corrente da fonte
Is, assim:
I0 = IL = IS = i0 = 5 A
v0 = vc = 12 V
• Para t > 0 a chave é fechada, com isso é formado um circuito RLC paralelo.
Como a > w0, as raízes são reais e negativas, a resposta natural do circuito
será superamortecida. A equação da corrente será:
294
TÓPICO 3 | CIRCUITOS DE SEGUNDA ORDEM
Substituindo na equação:
295
UNIDADE 3 | CAPACITORES, INDUTORES E CIRCUITOS RLC
LEITURA COMPLEMENTAR
James W. Nilsson
296
A magnitude do fluxo, ϕ, está relacionada à magnitude da corrente do
enrolamento pela relação:
298
E
299
O fluxo ϕ2 e seus componentes ϕ22 e ϕ12 estão relacionados com a corrente
i2 da seguinte forma:
As tensões v2 e v1 são:
Para materiais não magnéticos, as permeâncias F12 e F21 são iguais; por-
tanto,
300
No entanto, para um sistema linear, F21=F12: portanto, a Equação 6.57
torna-se:
Ou
FONTE: NILSSON, J. W.; RIEDEL, S. A. Circuitos Elétricos. 10. ed. São Paulo: Pearson Prentice
Hall, 2016. p. 210-214.
301
RESUMO DO TÓPICO 3
302
• A resposta forçada é a solução para um circuito de segunda ordem que apre-
sente uma mudança súbita nos níveis de tensão ou corrente, e que apresente
fontes independentes após o chaveamento.
• Para fazer a resposta a degrau a resposta completa será a soma das respostas
natural com a resposta forçada.
CHAMADA
303
AUTOATIVIDADE
2 Dado o circuito a seguir, considere que o capacitor tenha uma tensão inicial
de 15V, que a corrente inicial no indutor é de 0 A e a tensão v(t) para t ≥ 0 é
de -5e-5000t + 20e-20t V. Calcule o valor do resistor, do indutor e a corrente em
cada componente para t ≥ 0.
304
5 Considerando o circuito a seguir, em que as duas chaves estiveram por um
longo período na posição 1 e em t = 0 as chaves passam para a posição 2.
Calcule a tensão vR(t) para t ≥ 0.
305
10 Calcule para o circuito a tensão v(t) para t ≥ 0, considerando que a chave
esteve na posição 1 por um longo período, em t = 0 a chave passa para a
posição 2.
306
REFERÊNCIAS
ALEXANDER, C. K.; SADIKU, M. O. Fundamentos de Circuitos Elétricos com
Aplicações. 5. ed. São Paulo: AMGH, 2013.
DORF, R. C.; SVOBODA, J. A. Introdução aos Circuitos Elétricos. 9. ed. São Pau-
lo: LTC, 2016.
IRWIN, J. D.; NELMS, R. M. Análise Básica de Circuitos para Engenharia. 10. ed.
São Paulo: LTC, 2013.
NAHVI, M.; EDMINISTER, J. A. Circuitos Elétricos. 5. ed. Porto Alegre: Bookman, 2014.
307