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Resenha Crítica

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RESENHA CRÍTICA

Módulo II - Livros

José Mateus dos Santos


20190161617
Universidade Federal da Paraíba
Administração de Empresas

CAIN, Susan. O Poder dos Quietos. Editora Agir, 2012. 336 páginas.

Susan Horowitz Cain (nascida em 1968) é uma escritora e conferencista norte-americana,


autora do livro O Poder dos Quietos, onde afirma que a cultura ocidental moderna não
compreende, e subestima, as qualidades e a capacidade das pessoas introvertidas. Susan Cain
estudou na Universidade de Princeton e na Harvard Law School. Ensinou técnicas de negociação
em empresas e universidades e exerceu advocacia durante sete anos em Wall Street. Os seus
estudos sobre a introversão e a timidez foram publicados no The New York Times e em
PsychologyToday.com

SILÊNCIO

Pelo menos um terço das pessoas que conhecemos é introvertido. Estas pessoas são as
que preferem ouvir a falar, ler a socializar; que inovam e criam, mas não gostam de se
autopromover; que privilegiam o trabalho solitário às sessões de brainstorming coletivo. Embora
seja habitual rotulá-los de «silenciosos», é aos introvertidos que devemos muitos dos grandes
contributos para a sociedade - dos girassóis de Van Gogh à invenção do computador pessoal.

Esta investigação notável e recheada de histórias pessoais inesquecíveis demonstra até


que ponto se subestima a introversão, e como essa atitude conduz ao menosprezo de enormes
talentos. Susan Cain documenta a ascensão do «Ideal do Extrovertido» no século xx e explica o
alcance deste fenómeno. Questiona os valores dominantes da cultura empresarial americana,
onde o hábito do trabalho em equipa pode matar a criatividade, e onde o potencial de liderança
dos introvertidos costuma ser desperdiçado. E recorreu aos dados da investigação mais recente
em psicologia e neurociência para revelar as diferenças surpreendentes entre extrovertidos e
introvertidos. Para que não restem dúvidas, conta-nos a história de introvertidos célebres como
Lewis Carroll, Gandhi, Albert Einstein, Eleanor Roosevelt e Al Gore. Este livro extraordinário
mudará em definitivo a maneira como vemos os introvertidos e, não menos importante, a forma
como os introvertidos se veem a si próprios.

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PODER SILENCIOSO

Quando Susan Cain era ainda adolescente, perguntavam-lhe muitas vezes porque era tão
calada. Durante anos fez os possíveis por ser «sociável», que parecia ser sempre o melhor elogio
que se podia receber. Obrigou-se a falar nas aulas e frequentou festas apinhadas de gente,
mesmo que preferisse sair só com uma ou duas amigas. Mas à medida que o tempo foi passando,
tomou gradualmente consciência que a sua abordagem silenciosa à vida tinha sido desde sempre
uma enorme força. Outras pessoas começaram a reparar — e a elogiar — a sua ponderação, a
sua capacidade de escutar e o seu comportamento tranquilo. Susan partilhou esta sensatez no
seu livro Silêncio, que conquistou um público imenso em todo o mundo. Com o seu inspirador
livro, mudou definitivamente a forma como a sociedade vê os introvertidos e como eles se veem a
si mesmos. Com este novo livro, vem trazer aos jovens essa consciência. Centrado na escola,
amizade, vida familiar e tempos livres, Susan Cain partilha pedaços da sua história bem como das
histórias de muitos jovens reais que, com as suas discretas maneiras de ser, deixaram uma
marca. Repleto de sensatez e conselhos práticos, este útil e poderoso guia irá abrir os olhos
igualmente a extrovertidos e introvertidos.

RESUMO

Em “O poder dos Quietos”, Susan Cain discute como nossa sociedade lida com as
diferenças de personalidade e quais são os impactos da cultura no indivíduo. Até que ponto nossa
personalidade é construída através da cultura e onde entra a biologia. A grande missão da autora
é mostrar que a introversão não é um problema e sim uma forma diferente de encarar o mundo.

Nossa sociedade moderna vive sobre o ideal da extroversão, tendemos a valorizar e


superestimar pessoas carismáticas. Essa inclinação à extroversão é cultural, resultado de várias
transformações ao longo de nossa história. Até o século XVIII o ideal social era o caráter,
modéstia, humildade, seriedade, todas qualidades intrinsecamente morais, esse era o ideal de
homem. Esse ideal era preservado nas comunidades e ambientes familiares, porém com o êxodo
rural e a formação das cidades, urbanização e industrialização, passamos de um ambiente onde
todos se conheciam pessoalmente para um ambiente onde ninguém se conhecia, onde era
necessário mostrar o seu valor e causar uma boa impressão. Com essa mudança de realidade,
mudam também os valores; as pessoas passam a se preocupar em como os outros as viam.

A transição do culto ao caráter para o culto à personalidade começa acontecer inclusive na


literatura, com novas referências como Dale Carnegie em “Como fazer amigos e influenciar
pessoas”, onde meu valor passa ser o que represento e não necessariamente o que sou. A
natureza do trabalho se altera e a ideia de se vender, de vender a própria imagem cresce, passa a
ser valorizado a boa postura, a beleza, o sorriso, o falar bem e toda sorte de expressão estética.
Como essa mudança passa a ser generalizada, as escolas, empresas e comunidades passam a

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buscar isso em seus indivíduos, com isso os indivíduos passam a ser educados pela ideia de
personalidade extrovertida.

Esse nosso legado cultural é efeito de diversas transformações em nossa sociedade, mas
o problema é que qualquer generalização do ideal social, é perigosa, pois tende a buscar como
verdade uma única maneira de ser. Quando isso acontece perdemos a chance de potencializar
vários indivíduos, inclusive os introvertidos que é o tema do livro “O poder dos Quietos”. Nossas
escolas passaram caracterizar como alunos problemas aqueles que não se expressavam bem,
como resultado alunos inteligentes e introvertidos ficam de escanteio, são alvos de reclamações e
críticas. Isso acontece pois o ideal de extroversão como única verdade acaba excluindo qualquer
indivíduo que não se encaixa.

A autora mostra que o trabalho individual e introspectivo tem sido um dos maiores
geradores de inovações em nossa história e que é a mistura adequada entre introvertidos e
extrovertidos que geram grande mudanças em nossa sociedade.

A personalidade introvertida não deve ser vista como problema, e sim como uma maneira
diferente de se expressar e de lidar com o mundo. Nossos maiores inventores, escritores e
artistas eram introvertidos, fechados em seus quartos, eles trabalhavam sozinhos por horas, em
busca de um ideal, de uma conquista. Sendo assim, nas escolas e nos negócios, precisamos de
uma liderança que tenha consciência das diferenças e que saiba criar uma mistura entre os dois
mundos, potencializando ambas personalidades, dessa forma toda a sociedade ganha.

O QUE APRENDI COM ESSE LIVRO?

Com a leitura desse livro, observei o quanto a sociedade faz mal em alguns aspectos aos
introvertidos e como os extrovertidos são supervalorizados, sendo uma pessoa de características
introvertidas, sofro diariamente com isso, vendo meu potencial sendo esvaído pelo meu jeito de
ser, e esse livro vem para quebrar esse paradigma. Para introvertidos é uma auto ajuda, para os
extrovertidos seria lições, as capacidades de calados, em nossa pequena “bolha” fazermos
melhor, papéis importantes em empresas, instituições ou em qualquer ambiente, de trabalho,
familiar e afins, com uma linha de observação e dedução bem grande, visto há pouca interação
abre espaço para refletir sobre palavras e decisões a serem tomadas com maior facilidade. Essa
leitura, trás muitos aprendizados e formas de por em prática tudo que é relatado pela autora
nessas 336 páginas, mesmo que, não tenha feito a leitura de 100% do livro, mas pelo menos, de
uns 75% realizei em tempo hábil para entregar e fazer os trabalhos, mas já pretendo terminar
esse e adquirir os demais livros da autora, que devem ser excepcionais como esse foi para mim.

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COMO CONTRIBUI PARA A DISCIPLINA E PARA MINHA VIDA PESSOAL?

Como colocado no tópico anterior, os aprendizados para minha vida pessoal são inúmeros,
tanto para superação, para melhorar com pessoa e como devo me comportar perante a
sociedade, que infelizmente, não nos considera capaz de grandes feitos. No âmbito acadêmico,
mais diretamente referente a disciplina, acredito que o aprendizado foi válido, mesmo indo em um
caminho claramente diferente dos meus colegas, esse livro ensina as diferentes formas que os
introvertidos agem e suas capacidades, que podem ser aplicadas no âmbito acadêmico,
empresarial e afins, muito didático a forma de ensino e de avaliação do professor, com certeza, a
expectativa de boa parte da turma, era uma coisa e recebemos uma coisa totalmente diferente,
mas nos faz refletir que disciplina não é apenas e simplesmente, receber um conteúdo x e fazer
uma prova e pronto, essa leitura, todo módulo I e II da disciplina, é simplesmente inovador,
acredito que essa palavra se encaixa melhor.

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