Joanito Niquini Rosa Junior

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 96

UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DO JEQUITINHONHA E MUCURI

PROGRAMA DE MESTRADO PROFISSIONAL ENSINO EM SAÚDE


JOANITO NIQUINI ROSA JÚNIOR

PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS PADRÕES: VALIDAÇÃO DAS TÉCNICAS


DE FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA EM UM HOSPITAL DE REFERÊNCIA DO
VALE DO JEQUITINHONHA

Diamantina
2015
JOANITO NIQUINI ROSA JÚNIOR

PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS PADRÕES: VALIDAÇÃO DAS TÉCNICAS


DE FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA EM UM HOSPITAL DE REFERÊNCIA DO
VALE DO JEQUITINHONHA

Dissertação apresentada à banca examinadora do


Mestrado Profissional Ensino em Saúde do
Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu da
Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e
Mucuri – UFVJM, como pré-requisito para obtenção
do grau de Mestre em Ensino em Saúde.

Orientador: Prof. Ms. Antônio Moacir de Jesus Lima

Diamantina

2015
JOANITO NIQUINI ROSA JÚNIOR

PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS PADRÕES: VALIDAÇÃO DAS TÉCNICAS


DE FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA EM UM HOSPITAL DE REFERÊNCIA DO
VALE DO JEQUITINHONHA

Dissertação apresentada à banca examinadora do Mestrado Profissional Ensino em


Saúde do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu da Universidade Federal dos
Vales do Jequitinhonha e Mucuri – UFVJM, como pré-requisito para obtenção do
grau de Mestre em Ensino em Saúde.

COMISSÃO EXAMINADORA

Prof. Ms. Antônio Moacir de Jesus Lima

Orientador – Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri

Prof.Dr. Liliane da Consolação Campos Ribeiro


Membro – Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri

Ms. Maria Virgínia. M. Barbosa

Membro – Clínica de Fisioterapia Walber A. Lima

Aprovada em: 30/10/2015


AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus e a Nossa Senhora do Carmo por sempre guiarem meu caminho e
possibilitar minhas melhores escolhas.

Aos meus pais que não medem esforços para que eu alce vôos cada vez mais altos,
sem eles nada faria sentido.

A Cláudia pelo exemplo de determinação e por me impulsionar em todos os desafios


almejados.

A Adriana pelo apoio e por me fazer acreditar, desde criança, que ter vontade
transforma sonhos em realidade.

Aos meus sobrinhos, que a cada dia me fazem entender o sentido de família.

A Luna, que mesmo distante, torce pelas minhas conquistas e acredita na minha
capacidade de evolução.

Ao meu orientador Antônio Moacir pela confiança, atenção e amizade durante todo o
nosso trabalho.

Aos colegas de mestrado, Letícia, Mary e Érica, que tornaram a caminhada um


encontro de vida.

A Viviane pela gentileza e ajuda fundamental durante a construção do banco de


dados.

A Liliany e Endi pelas longas conversas, boas risadas e incentivo imensurável.

A Diamantina, minha cidade do coração, que me acolheu e possibilitou minha


formação profissional.
“N inguém cam inha sem aprender a cam inhar, sem aprender a fazer o cam inho cam inhando, refazendo e
retocando o sonho pelo qual se pôs a cam inhar”
Paulo Freire
RESUMO

A busca pela melhoria da qualidade dos serviços constitui grande desafio para os
gestores da área de saúde, neste sentido, as metodologias utilizadas devem
assegurar a qualidade dos serviços, conjugando a satisfação do cliente com a
otimização dos recursos. Os Procedimentos Operacionais Padrões (POPs) são
instrumentos que expressam o planejamento do trabalho que deve ser executado
para o alcance de uma assistência padronizada. É a descrição detalhada de todas
as operações necessárias à realização de uma atividade e estabelece um roteiro
padronizado para a execução da atividade em si mesma. O objetivo do estudo foi
verificar a adequação do conteúdo dos vinte e nove (29) POPs, confeccionados pelo
setor de fisioterapia de um hospital do Vale do Jequitinhonha, Minas Gerais,
referente às técnicas de fisioterapia respiratória no âmbito hospitalar. A primeira
etapa foi à seleção de nove juízes através de critérios específicos que revelam
domínio da área e natureza do estudo. A segunda etapa foi avaliação do conteúdo
dos POPs pelos juízes através de um questionário adaptado com os critérios
sugeridos por Pasquali, de abrangência, clareza, coerência, criticidade dos itens,
objetividade, redação científica, relevância, sequência e unicidade. Para avaliação
dos itens, as respostas seguiram a escala tipo Likert, com quatro níveis de suporte
e, a partir disto, foi realizada a análise de concordância através da média ponderada.
Os itens que obtiveram percentuais abaixo de 80% foram reformulados, com base
nas sugestões dos juízes, e confrontados com a literatura, com evidências clínicas
de pesquisas. Através do processo de validação, várias questões foram
reformuladas, novas ações foram incluídas de modo a tornar os protocolos mais
abrangentes, alguns equipamentos de proteção individual foram acrescentados e
várias particularidades foram adicionadas de acordo com a prática assistencial de
cada juiz.

Palavras-chave: Gestão hospitalar. Avaliação de serviços de saúde. Serviço


hospitalar de fisioterapia.
ABSTRACT

The quest for improving the quality of services is a great challenge for managers of
health care, in this sense, the methods used by them must ensure the quality of
services, combining customer satisfaction with the optimization of resources. The
Standard Operating Procedures (POPs) are instruments that express the planning of
the work that must be performed to achieve a standardized service. It is a detailed
description of all operations required to carry out an activity and it establishes a
standardized road map for the implementation of the activity itself. The aim of the
study is to verify the adequacy of the content of the twenty nine (29) POPs, made by
the physiotherapy department of a hospital in Jequitinhonha Valley, Minas Gerais,
referring to the respiratory therapy techniques in hospitals. The first step was a
selection, through specific criteria, of nine judges that reveal domain of the area and
nature of the study. The second step was to assess the content of POPs by the
judges through a questionnaire adapted to the criteria suggested by Pasquali, which
encompasses: comprehensiveness, clarity, consistency, critical items, objectivity,
scientific writing, relevance, sequence and uniqueness. For the analysis of items of
POPs by the evaluators, responses followed the Likert scale type, with four levels of
support and, from this, the correlation analysis was performed using the weighted
average. Items that obtained percentage below 80% have been restated based on
the suggestions of the judges, and faced with the literature with clinical evidence of
research. Through the validation process, several issues were recast, new shares
were included in order to make the most comprehensive protocols, some personal
protective equipment have been added and several special features have been
added in accordance with care of each judge.

Key- words: Hospital management. Health care evaluation. Hospital service of


physical therapy.
LISTA DE QUADROS

Quadro 1- Sugestões dos juízes em relação aos POPs que obtiveram menos de
80% em algum dos quesitos de execução da tarefa..................................................35

Quadro 2- Sugestões dos juízes em relação aos POPs que obtiveram menos de
80% em algum dos quesitos de desvios e ações necessárias..................................38
LISTA DE TABELAS

Tabela 1- Caracterização dos juízes que avaliaram os POPs das técnicas de


fisioterapia respiratória, quanto a faixa etária, tempo de formação e tempo de
atuação profissional....................................................................................................25

Tabela 2- Caracterização dos juízes que avaliaram os POPs das técnicas de


fisioterapia respiratória, quanto à área de atuação profissional e titulação...............26

Tabela 3- Caracterização dos juízes que avaliaram os POPs das técnicas de


fisioterapia respiratória, quanto atividades científicas e linha de pesquisa................27

Tabela 4- Relação dos POPs com as médias ponderais obtidas pela avaliação dos
juízes nos três quesitos que constituem o item materiais..........................................28

Tabela 5- Relação dos POPs com as médias ponderais obtidas pela avaliação dos
juízes nos seis quesitos que constituem o item tarefa...............................................33

Tabela 6- Relação dos POPs com as médias ponderais obtidas pela avaliação dos
juízes nos quatro quesitos que constituem o item desvios e ações necessárias......37

Tabela 7- Relação dos POPs com as médias ponderais obtidas pela avaliação dos
juízes nos três quesitos que constituem o item resultados........................................40
LISTA DE ABREVIATURAS

ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas


HU - Hospital Universitário
ISO 9001 - International Organization for Standardization 9001
NBR - Norma Brasileira Regulamentadora
POP - Procedimento Operacional Padrão
PP- Precaução Padrão
PU - Precaução Universal
SCCD - Santa Casa de Caridade de Diamantina
TCLE - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais
UFVJM - Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO GERAL ...............................................................................................12

2. ARTIGO CIENTÍFICO ...................................................................................................17

2.1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................18

2.2 PERCURSO METODOLÓGICO ..............................................................................20

2.3 RESULTADOS E DISCUSSÃO................................................................................23

2.4 CONSIDERAÇÕES ....................................................................................................40

REFERÊNCIAS......................................................................................................................42

3. CONCLUSÕES...............................................................................................................45

REFERÊNCIAS .............................................................................................................47
APÊNDICES..................................................................................................................52
ANEXOS........................................................................................................................87
12

1. INTRODUÇÃO GERAL
Em uma sociedade globalizada, a organização do sistema de saúde é um dos
fatores determinantes do seu grau de desenvolvimento. Segundo a Organização
Mundial de Saúde “saúde não é só a ausência de doença ou enfermidade, mas um
estado de completo bem-estar físico, psíquico, mental, emocional, moral e social”
(GONÇALVES; DOMINGUES, 2004).
A necessidade de monitoramento contínuo do atendimento à saúde para obter
maior competitividade e conquistar novos mercados tem levado as Organizações
Prestadoras de Serviços de Saúde a uma revisão de suas práticas gerenciais. A
partir deste contexto, “surgiu à necessidade da realização de uma avaliação
sistemática do gerenciamento da qualidade em saúde, uma vez que se torna mais
fácil controlar e melhorar um processo quando o desempenho e os resultados são
verificados” (MARTELOTTE, 2003).
Neste sentindo, observa-se uma preocupação cada dia maior com a assistência
a saúde e como este processo se constrói dentro de uma instituição hospitalar, uma
vez que se espera excelência do serviço e alcance dos interesses vinculados aos
hospitais.
O termo Qualidade ou Melhoria Contínua da Qualidade nos conceitos mais
modernos é um fenômeno continuado de aprimoramento, que estabelece
progressivamente os padrões, resultado dos estudos de séries históricas na mesma
organização ou de comparação com outras organizações semelhantes, em busca do
defeito zero – situação que, embora não atingível na prática, orienta e filtra toda
ação e gestão da qualidade. É também um processo essencialmente cultural e desta
forma envolve motivação, compromisso e educação dos participantes da entidade,
que são assim estimulados a uma participação de longo prazo no desenvolvimento
progressivo dos processos, padrões e dos produtos da entidade (AZEVEDO, 1993).
Entende-se Qualidade como
um processo dinâmico, ininterrupto e de exaustiva atividade
permanente de identificação de falhas nas rotinas e
procedimentos, que devem ser periodicamente revisados,
atualizados e difundidos, com participação da alta direção do
hospital até seus funcionários mais básicos.
NOVAES, 1994

Os conceitos da Bioética e a necessidade de aprimoramento da qualidade


dos serviços prestados na área da saúde requerem dos estudantes e dos
profissionais uma atualização constante e rigorosa quanto aos conhecimentos que
13

lhes possibilitem oferecer um atendimento adequado aos clientes. Para se


alcançarem os objetivos com maior eficácia e mais facilidade, é preciso estabelecer
protocolos e procedimentos confiáveis, com base em pesquisas, em evidências
clínicas e na prática assistencial. É necessário ainda que esses protocolos e
procedimentos sejam constituídos e planejados de maneira prática e objetiva, com
base na realidade e nas necessidades do cliente (ARCHER et al., 2005).

Para uma instituição hospitalar conseguir atingir padrões de qualidade, é


necessário que a mesma seja certificada quanto à organização e planejamento dos
serviços prestados, uma forma de certificação é a International Organization for
Standardization (ISO) 9001. Neste panorama, surge a Associação Brasileira de
Normas Técnicas (ABNT) através Norma Brasileira Regulamentadora (NBR) ISO
9001:2008 que estabelece parâmetros para certificação e qualificação do serviço
prestado. Esta Norma promove a adoção de uma abordagem de processo para o
desenvolvimento, implementação e melhoria da eficácia de um sistema de gestão da
qualidade para aumentar a satisfação do cliente pelo atendimento aos seus
requisitos.

Para uma organização funcionar de maneira eficaz, ela tem que determinar e
gerenciar diversas atividades interligadas. A aplicação de um sistema de processos
em uma organização, junto com a identificação, interações desses processos e sua
gestão para produzir o resultado desejado, pode ser referenciada como a
“abordagem de processo”. Desta forma, a NBR ISO 9001 especifica requisitos para
um sistema de gestão da qualidade que podem ser usados pelas organizações para
aplicação interna, para certificação ou para fins contratuais. Ela está focada na
eficácia do sistema de gestão da qualidade em atender aos requisitos dos clientes
(ABNT NBR ISO 9001, 2008).
Ao planejar a realização do serviço, a organização deve determinar, quando
apropriado: a) os objetivos da qualidade e requisitos para serviço; b) a necessidade
de estabelecer processos e documentos e prover recursos específicos para o
serviço; c) a verificação, validação, monitoramento, medição, inspeção e atividades
de ensaios requeridos, específicos para o produto, bem como os critérios para a
aceitação do serviço; d) os registros necessários para fornecer evidência de que os
processos de realização e o serviço resultante atendem aos requisitos (ABNT NBR
ISO 9001, 2008).
14

No âmbito hospitalar, considerando o processo de gestão de qualidade, existe


a necessidade de normas, rotinas e procedimentos documentados, que sejam
atualizados, disponíveis e aplicados. Nesta perspectiva surge o procedimento
operacional padrão (POP) como uma das ferramentas para a padronização, de
importância capital, dentro de qualquer trabalho. Seu objetivo básico é garantir os
resultados esperados em cada tarefa executada. Este instrumento deve ter um
formato específico, para que possa ser facilmente identificado e, acima de tudo,
deve descrever cada passo crítico da tarefa (HONÓRIO, 2009).
Pensando numa atuação multidisciplinar, são várias áreas da saúde que
estão envolvidas no cuidado do paciente, priorizando a melhora da condição de
saúde do mesmo e a qualidade do serviço ofertado. Uma área que cada vez mais
adquire um espaço importante dentro das unidades hospitalares é a fisioterapia,
especificamente, respiratória.

A fisioterapia respiratória pode atuar tanto na prevenção quanto no tratamento


das doenças respiratórias utilizando-se de diversas técnicas e procedimentos
terapêuticos tanto em nível ambulatorial, hospitalar ou de terapia intensiva com o
objetivo de estabelecer ou restabelecer um padrão respiratório funcional no intuito de
reduzir os gastos energéticos durante a ventilação, capacitando o indivíduo a realizar
as mais diferentes atividades de vida diária sem promover grandes transtornos e
repercussões negativas em seu organismo (AZEREDO, 1993).
As manobras de fisioterapia relacionadas aos cuidados respiratórios
consistem em técnicas manuais, posturais e cinéticas dos componentes tóraco-
abdominais que podem ser aplicadas isoladamente ou em associação de outras
técnicas, em que de uma forma genérica, têm os seguintes objetivos: mobilizar e
eliminar as secreções pulmonares; melhorar a ventilação pulmonar; promover a
reexpansão pulmonar; melhorar a oxigenação e trocas gasosas; diminuir o trabalho
respiratório; diminuir o consumo de oxigênio; aumentar a mobilidade torácica;
aumentar a força muscular respiratória; aumentar a endurance; reeducar a
musculatura respiratória; promover a independência respiratória funcional; prevenir
complicações e acelerar a recuperação do paciente (ABREU et al., 2007).
No setor de fisioterapia, os POPs ficam contidos em manuais com a finalidade
de esclarecer dúvidas e orientar a execução das ações e devem estar de acordo
com as diretrizes e normas da instituição, ser atualizados sempre que necessário, de
15

acordo com princípios científicos que deverão ser seguidos por todos de forma
padronizada (GUERRERO et al., 2008).

Assim, os POPs são recursos tecnológicos importantes na prática de saúde e,


como tal, devem ser validados, uma vez que dessa forma adquirem credibilidade
científica, a ponto de serem eficazes no processo de mudança da prática
assistencial, bem como na melhoria do resultado do desempenho dos profissionais
(CUNHA et al., 2008).

Na realidade do Vale do Jequitinhonha, a Santa Casa de Caridade de


Diamantina (SCCD) é referência no atendimento hospitalar, recebendo pacientes de
diversas cidades, e é também conveniada com a Universidade Federal dos Vales do
Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM) no que diz respeito aos estágios obrigatórios dos
cursos de Medicina, Nutrição, Farmácia, Fisioterapia e Enfermagem.

A sua área de abrangência compreende a Região Ampliada de Saúde


Jequitinhonha, com uma população total de 296.334 habitantes, que é composta por
duas regiões de saúde: Diamantina, composta por quinze municípios (Alvorada de
Minas, Carbonita, Coluna, Congonhas do Norte, Couto de Magalhães de Minas,
Datas, Diamantina, Felício dos Santos, Gouveia, Santo Antônio do Itambé, São
Gonçalo do Rio Preto, Senador Modestino Gonçalves e Serro) e região de saúde
tripolar Minas Novas/Turmalina/Capelinha, que é composta por oito municípios
(Aricanduva, Capelinha, Chapada do Norte, José Gonçalves de Minas, Leme do
Prado, Minas Novas, Turmalina, Veredinha) (MALACACHIAS; LELES; PINTO,
2011).
Desta forma, o setor de fisioterapia das enfermarias da SCCD tem sua
atuação nas clínicas neurológica, médica, cirúrgica e convênios, faz parte do
processo de qualidade hospitalar e necessita que suas técnicas sejam validadas
quanto à padronização das ações, aumentando a eficácia da terapia e minimizando
possíveis riscos ao paciente.

O objetivo do estudo foi validar o conteúdo dos procedimentos operacionais


padrões, referentes às técnicas de fisioterapia respiratória que são aplicadas na
rotina hospitalar, para de garantir a sistematização da prática. Consequentemente,
adequar o setor de fisioterapia da SCCD ao processo de certificação ISO 9001 e
confeccionar um manual padronizado das técnicas de fisioterapia respiratória que
16

será utilizado pelos fisioterapeutas da instituição e estagiários do décimo período de


fisioterapia da UFVJM durante o estágio obrigatório.

Foi elaborado um artigo com base nos critérios de submissão ao Periódico


Interface- Comunicação, Saúde, Educação (Anexo A).
17

2. ARTIGO CIENTÍFICO
PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS PADRÕES: VALIDAÇÃO DAS TÉCNICAS
DE FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA EM UM HOSPITAL DE REFERÊNCIA DO
VALE DO JEQUITINHONHA

STANDARD OPERATING PROCEDURES: VALIDATION OF RESPIRATORY


PHYSICAL THERAPY TECHNIQUES IN A REFERENCE HOSPITAL
JEQUITINHONHA VALLEY

PROCEDIMIENTOS OPERATIVOS ESTÁNDAR: VALIDACIÓN DE TÉCNICAS


DE TERAPIA FÍSICA RESPIRATORIAS EN UN HOSPITAL DE REFERENCIA
VALLE DE JEQUITINHONHA

Joanito Niquini Rosa Júnior(a)


Antônio Moacir de Jesus Lima(b)
RESUMO

O Procedimento Operacional Padrão (POP) é um instrumento que expressa o


planejamento do trabalho que deve ser executado para o alcance de uma
assistência padronizada. O objetivo do estudo é verificar a adequação do conteúdo
dos 29 POPs referentes às técnicas de fisioterapia respiratória no âmbito hospitalar.
Após a seleção dos juízes, os POPs foram avaliados através de um questionário
adaptado com os critérios sugeridos por Pasquali, de abrangência, clareza,
coerência, criticidade dos itens, objetividade, redação científica, relevância,
sequência e unicidade. Para a avaliação dos itens dos POPs, as respostas seguiram
a escala tipo Likert, com quatro níveis de suporte e, a partir disto, foi realizada a
análise de concordância através da média ponderada. Os itens que obtiveram
percentuais abaixo de 80% foram reformulados, com base nas sugestões dos juízes,
e confrontados com a literatura.

Palavras-chave: Gestão hospitalar. Avaliação de serviços de saúde. Serviço


hospitalar de fisioterapia.
18

ABSTRACT
The Standard Operating Procedure (POP) is an instrument that expresses the
planning of the work that must be performed to achieve a standardized service. The
aim of the study is to verify the adequacy of the content of the 29 POPs related to
respiratory therapy techniques in hospitals. After the selection of judges, POPs were
assessed using a questionnaire adapted to the criteria suggested by Pasquali,
comprehensiveness, clarity, consistency, critical items, objectivity, scientific writing,
relevance, sequence and uniqueness. For the assessment of items of POPs,
responses followed the Likert scale type, with four levels of support and, from this,
the correlation analysis was performed using the weighted average. Items that
obtained percentage below 80% have been restated based on the suggestions of the
judges, and faced with the literature.

Key- words: Hospital management. Health care evaluation. Hospital service of


physical therapy.
(a)
Discente do Mestrado Profissional em Ensino em Saúde da Universidade Federal dos Vales do
Jequitinhonha e Mucuri – UFVJM. Diamantina – MG. E-mail: [email protected]
(b)
Docente do Mestrado Profissional em Ensino em Saúde da Universidade Federal dos Vales do
Jequitinhonha e Mucuri – UFVJM. Diamantina – MG. E-mail:[email protected]

2.1 INTRODUÇÃO
Avaliação da Qualidade na saúde iniciou-se no século passado, quando foi
formado o Colégio Americano de Cirurgiões que estabeleceu, em meados de 1924 o
Programa de Padronização Hospitalar¹.
No entanto, a preocupação pela qualidade na prestação de serviços em
saúde é antiga. Têm-se como exemplo a pioneira Florence Nightingale (1820-1910),
enfermeira inglesa que implantou o primeiro modelo de melhoria contínua de
qualidade em saúde no ano de 1854, baseando-se em dados estatísticos e gráficos.
Sua participação na guerra da Criméia foi impressionante. Seis meses após sua
chegada ao Hospital Scutari, as taxas de mortalidade recuaram de 42,7% para
2,2%, com os rígidos padrões sanitários e de cuidados de enfermagem por ela
estabelecidos².
Pode-se dizer que a qualidade é, também, um processo essencialmente
cultural e desta forma envolve motivação, compromisso e educação dos
participantes da entidade, que são assim estimulados a uma participação de longo
prazo no desenvolvimento progressivo dos processos, padrões e dos produtos da
entidade³.
Desde 1970, o Ministério da Saúde desenvolve o tema Qualidade e Avaliação
Hospitalar partindo de início da publicação de Normas e Portarias a fim de
19

regulamentar esta atividade e atualmente trabalha na implantação de um sistema


eficaz e capaz de controlar a assistência à saúde no Brasil4. Desta forma, as
instituições necessitam de certificações que orientam o processo de qualidade
hospitalar.
Segundo Prazeres, “Certificação é a Atividade de comprovação da
qualificação de itens, produtos, serviços, procedimentos, processos, pessoal ou de
sistema da qualidade, no todo ou em parte”5.
Para ser certificada, a organização precisa comprovar que tem um sistema da
qualidade implantado e em funcionamento. A comprovação é feita através de uma
auditoria de certificação conduzida pelo organismo de certificação contratado, via
análise da documentação do sistema da qualidade (procedimentos, instruções de
trabalho, documentos e registros da qualidade) e as evidências objetivas de sua
implementação e funcionamento5.
Segundo a NBR ISO 9001, a documentação do sistema de gestão da
qualidade deve incluir, entre outras, procedimentos documentados e registros
requeridos por esta Norma, e documentos, incluindo registros, determinados pela
organização como necessários para assegurar o planejamento, a operação e o
controle eficazes de seus processos6.
No planejamento do serviço em saúde, especificamente hospitalar, os
processos referentes à aplicação de procedimentos terapêuticos são orientados pela
gestão de qualidade, através de certificações como a ISO 9001.
Entende-se que os padrões de qualidade do atendimento promovem a
melhoria da qualidade do atendimento e satisfazem as necessidades e desejos dos
usuários. São compromissos assumidos para com o cliente e descrevem, de
maneira objetiva e clara, as características do atendimento que deverá ser prestado.
Os padrões devem especificar o nível de qualidade de um determinado serviço e
como e em que condição será prestado. A manutenção dos resultados é obtida pelo
cumprimento de padrões e é possivelmente o aspecto mais importante do controle
da qualidade7.
Neste contexto surge o Procedimento Operacional Padrão (POP) como parte
inerente e indispensável ao processo de gestão de qualidade hospitalar.
O POP descreve cada passo crítico e sequencial que deverá ser dado pelo
operador para garantir o resultado esperado da tarefa além de relacionar-se à
técnica, palavra de origem grega que se refere à “disposição pala qual fazemos
20

coisas com a ajuda de uma regra verdadeira”. Estas premissas possibilitam que
qualquer profissional da área execute o procedimento padronizado e obtenha
sempre os mesmos resultados desejados8.
Pensando numa instituição hospitalar, nos deparamos com diversos
profissionais envolvidos no cuidado dos pacientes e que necessitam ter suas
práticas documentadas e validadas, sendo a fisioterapia respiratória uma área cada
vez mais crescente e com um leque vasto de técnicas.
É comum na fisioterapia respiratória a utilização das manobras de higiene
brônquica, no entanto, ainda não está bem claro o melhor protocolo de atendimento
visto que os efeitos isolados de cada manobra necessitam ser mais explorados,
inclusive com métodos de análise da transportabilidade do muco brônquico9.
Os recursos manuais da fisioterapia respiratória compõem um grupo de
técnicas de exercícios manuais específicos com o intuito de evitar complicações de
um quadro de pneumopatia instalado, melhorar ou reabilitar disfunções
tóracopulmonares e treinar e recondicionar as condições respiratórias de um
pneumopata9.
Desta forma, entendendo a qualidade hospitalar como um importante
processo em construção na Santa Casa de Caridade de Diamantina (SCCD), o
presente trabalho objetiva validar o conteúdo dos POPs, referentes às técnicas de
fisioterapia respiratória que são aplicadas nas enfermarias, a fim de permitir
adequações nos mesmos para garantir a sistematização da prática.

2.2 PERCURSO METODOLÓGICO


Trata-se de um estudo metodológico descritivo com foco na validação de
tecnologia do tipo pesquisa de desenvolvimento, no qual se buscou melhorar um
instrumento construído pelo próprio autor. Segundo Contrandriopoulos et al. (1997)
esta estratégia objetiva, utilizando sistematicamente os conhecimentos, elaborar
uma nova intervenção, ou melhorar consideravelmente uma intervenção existente
ou, ainda, elaborar ou melhorar um instrumento, um dispositivo ou um método de
medição10.

Foram verificados e validados os 29 POPs referentes às técnicas de


fisioterapia respiratória utilizadas na assistência hospitalar da SCCD, que foram
21

produzidos pelo setor de fisioterapia das enfermarias, como exigência do escritório


da qualidade da instituição.
Os POPs foram confeccionados a partir do processo de qualidade hospitalar
iniciado em 2013 na SCCD com a colaboração de cinco fisioterapeutas da
instituição, especialistas na área de Fisioterapia Respiratória, que utilizam as
técnicas em sua rotina de trabalho. Os POPs foram numerados em POP 01 até POP
29 de acordo com a ordem alfabética das técnicas. A construção dos POPs seguiu o
modelo padrão adotado na SCCD, com a disposição dos seguintes itens: material,
tarefa, desvios e ações necessárias, e resultados.
Com o decorrer do tempo, houve a necessidade de aprimoramento das
técnicas e consequentemente validação das mesmas, o que justifica o presente
estudo.
Segundo Wojcik (2013), para o pesquisador ter um instrumento confiável que
possa medir um fenômeno é preciso mensurar a validade do mesmo. De acordo
com o mesmo autor, a validade refere-se à precisão de um instrumento para medir o
que se pretende mensurar11.
Para essa mensuração foi utilizado como método à validação por juízes.
Segundo Alexandre e Coluci (2011) essa validação por juízes, representa um passo
essencial no desenvolvimento de novas medidas, porque representa o início de
mecanismos para associar conceitos abstratos com indicadores observáveis. E
ainda, a validade de conteúdo é definida de forma mais abrangente, isto é, avalia o
grau em que cada elemento de um instrumento de medida é relevante e
representativo. Um dos procedimentos mais utilizados para validar uma escala de
medida ou um instrumento de coleta de dados é a submissão à opinião de peritos ou
de um júri. Essa submissão leva em consideração a opinião de um grupo de
pessoas tidas como especialistas no tema em questão, com a utilização de uma
escala de avaliação que permite quantificar ou ponderar, indicando maior ou menor
favorabilidade à questão avaliada12.
O estudo ocorreu em duas etapas:
A primeira etapa foi à seleção dos juízes. Foram convidados a participar da
validação do conteúdo do protocolo nove juízes, com atuação nos vários serviços de
referência em fisioterapia respiratória hospitalar, que foram selecionados por
amostragem intencional, convidados para participação no estudo por grau de
titulação acadêmica, experiência profissional na área e publicação de produção
22

científica na área. Como parâmetro para seleção dos juízes, para validação do
conteúdo dos itens, foi utilizado à amostragem intencional, segundo Polit, Beck e
Hungler (2001), na qual o pesquisador seleciona intencionalmente sujeitos
conhecedores das questões que estão sendo estudadas, e é utilizada com
vantagens para pré-teste de instrumentos recém-criados13. Foi utilizada também a
“amostragem tipo bola de neve”, referida por Polit e Hungler (1995), que consiste na
seleção de sujeitos, por meio de indicação ou recomendação de sujeitos
anteriores14. Desta forma, foram selecionados todos os docentes da área respiratória
do curso de fisioterapia da UFVJM que participam do estágio obrigatório da SCCD e
as indicações provenientes deles.

Segundo Pasquali (1998), o total de seis juízes é suficiente para realizar esta
tarefa, no entanto, contanto com a possibilidade de desistência ou não-aceitação de
algum profissional, foram selecionados nove juízes15.

Para a seleção dos juízes, foi observada a recomendação prévia da literatura,


de que os peritos alcancem uma pontuação mínima de 5 pontos, adquiridos por
meio de critérios específicos que revelam domínio da área e natureza do estudo,
adaptados da proposta de Fehring (1994)16 (APÊNDICE A). Todos os critérios de
seleção dos peritos foram confirmados pela análise do curriculum Lattes dos
mesmos.

A segunda etapa foi avaliação do conteúdo dos POPs pelos juízes. A


avaliação ocorreu através de um questionário adaptado com os critérios sugeridos
por Pasquali, de abrangência, clareza, coerência, criticidade dos itens, objetividade,
redação científica, relevância, sequência e unicidade15(APÊNDICE B). O
questionário, instrumento de coleta de dados, foi constituído para cada etapa do
POP a ser validado, e elaborado com base no estudo de Honório (2009) para
validação de procedimentos operacionais padrões17.

No final de cada item avaliativo, os participantes justificaram suas respostas


e forneceram sugestões para aperfeiçoar o instrumento.

Previamente, o questionário e os POPs foram submetidos a uma validação


semântica por três pedagogos para verificação da linguagem e entendimento dos
mesmos. Após a validação semântica, os mesmos foram submetidos à apreciação e
23

análise por dois juízes, que não fizeram parte da amostra deste estudo. Essa etapa
é preconizada por Polit, Beck e Hungler (2004), quando orientam no sentido de que
o teste-piloto visa a testar o instrumento de pesquisa sobre uma pequena parte da
população do “universo” ou da amostra, antes de ser aplicado definitivamente, a fim
de evitar que a pesquisa chegue a um falso resultado18. Na opinião de Streiner e
Norman (2001), o pré-teste talvez seja a melhor maneira de garantir a compreensão
dos itens do instrumento a ser validado19.
Após a realização do pré-teste e refinamento do material, os questionários e
os POPs foram remetidos aos juízes via Sedex no mês de Março de 2015,
acompanhados da carta convite (APÊNDICE C), ficha de identificação (APÊNDICE
D), Termo de Consentimento Livre Esclarecido - TCLE (APÊNDICE E), Orientações
(APÊNDICE F), um envelope e um Vale Postal de retorno. Foi solicitada a devolução
da análise dos POPs no prazo máximo de 30 dias. Os participantes foram
contatados por e-mail antes do envio do Sedex, cinco dias após o envio e faltando
cinco dias para o retorno dos questionários.
O projeto de pesquisa foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP)
da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), sob
protocolo CAAE 42195014.8.0000.5108 (ANEXO B), a Carta de Anuência (ANEXO
C) foi assinada pela instituição participante e todos os participantes da pesquisa
assinaram o TCLE.
Para a análise dos itens dos POPs pelos avaliadores, as respostas seguiram
a escala tipo Likert, com quatro níveis de suporte: 1 – totalmente adequado, 2 –
adequado, 3 – parcialmente adequado, 4 – inadequado. Foi calculada a média
ponderal dos escores, que foram obtidos pelo somatório dos itens assinalados para
cada resposta e então divididos pelo total de respostas. Assim, para cada item
calculou-se a frequência de respostas assinaladas na escala do tipo Likert,
multiplicando-as por seus respectivos pesos: 1 (totalmente adequado) = 1; 2
(adequado) = 0,75; 3 (parcialmente adequado) = 0,50 e 4 (inadequado) = 0,25. O
somatório dos produtos dessas multiplicações foi dividido pelo número de sujeitos,
obtendo-se a média ponderada para cada um dos itens.
Os valores acima de 75% representam excelente concordância. Valores
abaixo de 40% representam baixa concordância e os valores situados entre 40 e
75% representam concordância mediana20. Para a adequação dos itens, considerou
apenas os que obtiveram percentual de concordância entre juízes igual ou maior do
24

que 80%. Os itens que obtiveram percentuais abaixo de 80% foram reformulados,
com base nas sugestões dos juízes, e confrontados com a literatura, com evidências
clínicas de pesquisas.

Como forma de garantia do sigilo, os sujeitos foram identificados apenas com


letras, sendo J1 para juiz 1, J2 para juiz 2, J3 para juiz 3, J4 para juiz 4, J5 para juiz
5, J6 para juiz 6, J7 para juiz 7, J8 para juiz 8 e J9 para juiz 9, representando os
nove juízes, e a nomeação ocorreu através de sorteio, onde nove papéis com as
referidas nomenclaturas foram inseridos numa cumbuca e retirados de forma
aleatória e, posteriormente, anotados na parte superior de cada questionário,
consecutivamente.

2.3 RESULTADOS E DISCUSSÃO


Dos participantes do estudo, dois não devolveram o questionário dentro do
prazo estabelecido de retorno, desta forma a amostra foi composta por sete
fisioterapeutas. Os juízes selecionados alcançaram a seguinte pontuação de
acordo com a metodologia de Fehring: 42,8% obtiveram 6 pontos, 28,6%
alcançaram 7 pontos e 28,6,3% conseguiram 8 pontos. Estes dados foram
coletados através da ficha de identificação preenchida pelos próprios
participantes e conferidos no currículo Lattes, não havendo nenhuma divergência
nas informações colhidas. A caracterização das pontuações obtidas pelos
fisioterapeutas foi disposta nas tabelas abaixo:
A Tabela 1 caracteriza os juízes quanto à faixa etária, tempo de formação e
tempo de atuação profissional.
Tabela 1 – Caracterização dos juízes que avaliaram os POPs das técnicas de
fisioterapia respiratória, quanto à faixa etária, tempo de formação e tempo de
atuação profissional. Diamantina- MG, 2015.
Características n %
Faixa etária
31 a 40 anos 3 43%
41 a 50 anos 4 57%
Total 7 100
Tempo de formação
6 a 10 anos 2 29%
11 a 15 anos 1 14%
15 a 20 anos - -
21 a 25 anos 4 57%
Total 7 100
25

Tempo de atuação
profissional na área
6 a 10 anos 3 43%
11 a 15 anos 1 14%
15 a 20 anos 3 43%
Total 7 100

A amostra foi composta por um homem e seis mulheres, com idade entre
trinta e cinquenta anos, com tempo de formação mínima de sete anos e máxima
de vinte e três anos. Em relação à atuação profissional na área de fisioterapia
respiratória, todos os sujeitos apresentam experiência na assistência hospitalar,
como o tempo mínimo de seis anos e máximo de vinte anos, inclusive os que
atuam como docentes atualmente, retratando o conhecimento do professor sobre
a prática assistencial do fisioterapeuta em situação real de trabalho.
Através da caracterização dos sujeitos pode-se perceber que o tempo de
atuação profissional na área de fisioterapia respiratória dos participantes se
aproxima do tempo de formação dos mesmos, o que desvela que sua
experiência profissional é, em grande parte, voltada para área respiratória.
A seguir, na Tabela 2, os juízes são caracterizados quanto à área de atuação
profissional e titulação.
Tabela 2 – Caracterização dos juízes que avaliaram os POPs das técnicas de
fisioterapia respiratória, quanto à área de atuação profissional e titulação.
Diamantina- MG, 2015.
Características n %
Área de atuação profissional
Hospitalar/ambulatorial 3 43%
Academia/ensino 4 57%
Total 7 100
Titulação
Especialista 6 83,3%
Mestre 7 100%
Doutor 1 16,7%

A maioria dos juízes, 57%, é docente da UFVJM e participam diretamente do


estágio obrigatório em fisioterapia respiratória da UFVJM, contribuindo
efetivamente na formação dos alunos na área hospitalar. Acredita-se que a
participação dos mesmos, escolhidos intencionalmente, propicia um maior
estreitamento das relações universidade/ serviço de saúde viabilizando um
diálogo convergente entre estes dois espaços.
26

Da amostra de juízes, seis possuem especialização em fisioterapia


respiratória, todos possuem mestrado e apenas um doutorado, evidenciando que
todos os sujeitos, até mesmo aqueles que não estão na área acadêmica,
possuem uma formação voltada para o ensino. Os três fisioterapeutas
assistenciais também oferecem preceptoria para os alunos de fisioterapia em
residência e estágio obrigatório, sendo duas no Hospital das Clínicas (HC) da
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e uma no Hospital Santa Isabel
de Blumenau.
A Tabela 3 caracteriza os juízes de acordo com atividades científicas e linha
de pesquisa. Diamantina- MG, 2015.
Tabela 3 – Caracterização dos juízes que avaliaram os POPs das técnicas de
fisioterapia respiratória, quanto atividade científica e linha de pesquisa.
Diamantina- MG, 2015.
Características n %
Atividade científica
Elaboração de trabalho 7 100%
científico
Publicação de pesquisa ou 7 100%
artigo
Linha de pesquisa
Fisioterapia respiratória 7 100%
Gerenciamento da qualidade 2 29%
de serviços

Todos os juízes possuem publicação de pesquisa e elaboração de trabalho


científico na área de fisioterapia respiratória, e duas fisioterapeutas assistenciais
participam de criação de protocolos fisioterapêuticos no HC da UFMG. A experiência
prévia destes participantes no gerenciamento em qualidade de serviço na área de
fisioterapia contribui para novas referências, a partir de atividades similares
realizadas em hospitais diferentes.

O procedimento de validação de conteúdo possibilitou captar o parecer dos


juízes em relação aos POPs, o qual subsidiou a reformulação dos itens que
obtiveram nível de concordância inferior a 80%, obtido pela média ponderal. Neste
sentido, os resultados foram dispostos de acordo com os quatros itens que
constituem os POPs: materiais, tarefas, desvios e ações necessárias, e resultados.

Em relação aos materiais utilizados na aplicação das técnicas de fisioterapia


respiratória houve grande enfoque por parte dos juízes, no que diz respeito ao uso
27

dos equipamentos de proteção individual (EPI’s). Na descrição de muitas das


técnicas protocoladas não houve a necessidade de materiais para efetivação das
mesmas, como por exemplo, a aplicação dos padrões respiratórios terapêuticos.
Durante a avaliação dos protocolos os juízes apresentaram um nível de
concordância inferior a 80% no que se refere aos materiais exigidos na execução
das tarefas, como pode ser observada na Tabela 4.

Tabela 4- Relação dos POPs com as médias ponderais obtidas pela avaliação dos
juízes nos três quesitos que constituem o item materiais.

Média Ponderada (%)

Procedimentos A1 A2 A3

POP 01 64,2 89 93
POP 02 57,1 82 82
POP 03 60,7 86 79
POP 04 64,2 86 79
POP 05 57,1 79 79
POP 06 71,4 93 96
POP 07 64,2 89 89
POP 08 67,8 93 93
POP 09 64,2 89 86
POP 10 78,6 89 93
POP 11 71,4 86 86
POP 12 75 89 89
POP 13 67,8 86 82
POP 14 82,1 96 96
POP 15 82,1 96 96
POP 16 82,1 96 96
POP 17 78,6 93 93
POP 18 82,1 96 96
POP 19 82,1 96 96
POP 20 71,4 96 96
POP 21 67,8 86 89
POP 22 82,1 96 96
POP 23 82,1 96 96
POP 24 75 96 96
POP 25 71,4 89 89
POP 26 75 86 88
POP 27 82 93 93
POP 28 79 93 93
POP 29 75 93 93
A1 = os itens abrangem todo o material necessário à execução da tarefa; A2 = todos
os itens são coerentes com a disponibilidade de material de consumo da instituição
pública; A3 = os itens estão apresentados de maneira clara e objetiva.
De acordo com os resultados apresentados, pode-se notar que vinte e uma
técnicas obtiveram escore inferior a 80% na média ponderal no que se refere aos
materiais necessários à execução da tarefa. Isso ocorreu devido à falta de alguns
28

EPI’s como sendo necessário para aplicabilidade da técnica. As sugestões dos


juízes foram à adição de EPI’s na execução de todas as técnicas, trazendo a tona à
importância da biossegurança no universo hospitalar.

O conceito de biossegurança vem sendo cada vez mais difundido e


valorizado, isso se dá ao fato do entendimento da responsabilidade do profissional
envolvido em atividades que manipulam agentes biológicos, microbiológicos,
químicos e outros, não se limita somente às ações de prevenção de riscos derivados
de sua atividade específica, mas também do colega que labuta ao seu lado, do
técnico que auxilia e de outras pessoas que participam direta ou indiretamente desta
atividade21.

Os profissionais de saúde estão mais interessados em sua segurança


pessoal, principalmente acerca dos riscos implícitos ao cuidado dos pacientes
portadores do vírus da imunodeficiência humana, hepatite B, tuberculose, varicela,
herpes, meningite e rubéola. A segurança desses profissionais inclui a profilaxia
dessas infecções, assim como evitar lesões lombares, quedas, acidentes com
substâncias químicas, exposição à radiação e acidentes com eletricidade e incêndio,
sendo os acidentes com materiais pérfurocortantes contaminados um contínuo à
segurança dos empregados e estudantes da área de saúde22.
Neste pensamento, a fisioterapia respiratória atende um grande público no
ambiente hospitalar e lida diariamente com secreções traqueobrônquicas na
execução das suas técnicas, o que delineia uma exposição a riscos biológicos
constantemente. Desta forma, o fisioterapeuta necessita estar sempre protegido
durante seu atendimento, pois, na maioria das vezes, a terapia não se limita a
aplicação de somente uma técnica e intercorrências podem ocorrer a todo o
momento.
Devido à vasta gama de pacientes, portadores das mais variáveis patologias,
atendidos pelos fisioterapeutas no ambiente hospitalar e ambulatorial, é necessário
que haja planos para implementação de normas e procedimentos de controle de
infecção, adequando tais profissionais a esse universo, prevenindo a disseminação
de doenças contagiosas de paciente para paciente, e protegendo a saúde do
trabalhador23.
Os profissionais que trabalham em hospitais, incluindo os fisioterapeutas,
estão potencialmente expostos a uma diversidade de agentes desencadeadores de
29

doenças, como os agentes físicos, químicos e biológicos. Quando o fator de


exposição é um agente biológico, o profissional de saúde pode ser visto como
suscetível a adquirir infecção e transmitir infecção24.
As medidas de segurança para riscos biológicos envolvem conhecimento da
legislação de biossegurança, especialmente das normas emitidas pela Comissão
Técnica Nacional de Biossegurança que, preconizam o conhecimento dos riscos
pelo qual o manipulador está exposto e a informação das pessoas envolvidas,
principalmente no que se refere a maneira como essa contaminação pode ocorrer25.
A Comissão de Controle de Infecção Hospitalar define precaução padrão (PP)
como medidas de proteção que devem ser adotadas por todos os profissionais de
saúde, no cuidado a qualquer paciente ou no manuseio de artigos contaminados,
quando houver risco de contato com sangue, líquidos corporais, secreções e
excreções (exceto suor), e/ou mucosas. Têm por objetivo evitar a transmissão de
infecções (conhecidas ou não) do paciente para paciente e para o profissional de
saúde26.
Dentre as sugestões realizadas pelos juízes houve a adição de máscaras e
luvas de procedimento para a realização de todas as técnicas de fisioterapia
respiratória, independente se a aplicação das mesmas necessita do contato manual
direto do profissional com o paciente. Isto evidencia preocupação com a saúde do
trabalhador e o controle de possíveis infecções tão comuns dentro de instituições
hospitalares.
A melhor maneira de se prevenir contra acidentes biológicos é o emprego das
PP, que preconizam medidas a serem seguidas por todos os trabalhadores da
saúde ao cuidarem de pacientes ou manusearem objetos contaminados, entre elas,
o uso de EPI's é a principal barreira de proteção contra esses acidentes27. Na
exposição biológica, os EPI's funcionam como barreira de proteção e necessitam ser
utilizados em qualquer situação de risco para o profissional28.
Os pacientes atendidos pelos fisioterapeutas, no meio ambulatorial e
hospitalar, variam desde atletas a indivíduos imunodeprimidos, e devido a isso, os
planos para implementação de normas e procedimentos de controle de infecção
devem adequar-se a essa gama variável de pacientes e a possibilidade de
disseminação de doenças contagiosas para essas populações23.
O fisioterapeuta tem como principal instrumento de trabalho o seu próprio
corpo, podendo atuar nas diversas posturas, baseando-se em cinesioterapia,
30

massoterapia, manipulação, eletroterapia, hidroterapia e mecanoterapia para realizar


o tratamento, o que traz para a segurança de tais profissionais, variações desde
controle de infecções aos riscos de acidentes com equipamentos, cuidados
posturais na realização de trabalho, até cuidados com radiação não ionizante. Os
principais objetivos da atuação do fisioterapeuta em um hospital são os de minimizar
os efeitos da imobilidade no leito, prevenir e/ou tratar as complicações respiratórias
e motoras, bem como promover integração sensória motora e cognitiva23.
Entendendo que a fisioterapia respiratória utiliza do contato direto para
aplicação das mais variadas técnicas de higiene brônquica e reexpansão pulmonar,
se torna indiscutível a importância de precauções durante a terapia hospitalar, uma
vez que muitas das técnicas aplicadas, incluindo os exercícios respiratórios, estão
associadas às mudanças de posicionamentos dos pacientes.
As Precauções Universais (PU) implicam nas lavagens das mãos, o cuidado
com perfurocortantes e o uso de barreiras. O Centers for Diseases Control and
Prevention, nos Estados Unidos da América, publicou, em 1996, uma atualização
das práticas de controle de infecção hospitalar englobando a categoria de
Isolamento de Substâncias Corporais, assim as PU passaram a ser chamadas de
PP29.
A adoção das medidas de PP deve ser realizada por todos os profissionais da
área de saúde, no cuidado ao paciente, independente do seu diagnóstico, manuseio
de artigos contaminados ou, sob suspeita, quando houver risco de contato como:
sangue, líquidos corporais, secreções, excreções e suor, tendo como objetivo evitar
a transmissão de infecções30.
As PP são procedimentos que devem ser realizados durante a assistência a
qualquer paciente com processo infeccioso ou suspeita de contaminação, com o
objetivo de reduzir o risco de transmissão de microorganismo de fontes de infecção
independente do seu quadro infeccioso. O objetivo do uso das PP não se restringe
apenas à proteção dos profissionais de saúde, mais também a diminuição de dos
riscos de transmissão de microrganismos para outros locais24.
As PP incluem as medidas de: lavagem das mãos, utilização de barreiras
como: (luvas, avental, gorro, máscara, propés, óculos), cuidado com artigos,
equipamentos e roupas utilizadas na assistência ao paciente, controle do ambiente,
manejo dos resíduos de serviço de saúde, descarte adequado de material perfuro-
cortante e acomodação do paciente, conforme nível de exigência, enquanto fonte de
31

transmissão de infecção, e o controle imunização dos profissionais, pois é uma


garantia de proteção previa para as doenças imunodeprimíveis24.
A fisioterapia respiratória, por ser uma área específica da fisioterapia voltada,
principalmente, para o atendimento hospitalar, necessita de cuidados que
extrapolam questões técnicas de execução, uma vez que o ambiente hospitalar
exige um cuidado e atenção redobrada para a segurança do paciente e do
terapeuta.
A exposição dos trabalhadores de saúde aos fluidos biológicos se deve, em
parte, às formas de organização do trabalho. Frequentemente, os trabalhadores de
saúde se sobrecarregam com vários plantões em turnos alternados, manipulam
instrumentos inseguros, bem como não utilizam EPI adequado31. Assim, os
profissionais da saúde devem ser orientados e receber treinamentos com a
finalidade de prevenir eventuais acidentes, tais como uso de EPI, descarte
adequado dos perfurocortantes, imunização dos profissionais, preparo técnico da
equipe, entre outras medidas que possam dificultar a exposição biológica por parte
do profissional32.
O uso de EPI’s, lavagem das mãos, descarte adequado de roupas e resíduos,
material perfurocortante adequadamente acondicionado e todos os profissionais
vacinados contra a Hepatite B reduzem as chances de contaminação biológica entre
os profissionais da saúde26. Os EPI’s nem sempre são utilizados em todos os
procedimentos, sendo esta conduta justificada pela falta destes equipamentos,
sobrecarga de trabalho ou até mesmo pelo desconhecimento sobre as medidas de
biossegurança33.
A compreensão da biossegurança como processo educativo implica em
considerá-la não somente como um processo de aquisição de habilidades e
conteúdos, pois a idéia de educar implica em compartilhamento de ações, pois o
termo educação geralmente está associado a treinamento e conscientização,
permitindo um avanço significativo, do conhecimento dos trabalhadores, contribuindo
para melhor compreensão, de como a educação pode ajudar no cumprimento das
normas de biossegurança e na melhoria das condições de saúde desses
profissionais34.
Desta forma, todas as técnicas protocoladas foram adicionadas de máscara e
luvas de procedimentos, independente do contato direto com o paciente. No que diz
respeito ao procedimento invasivo de aspiração, foi sugerido fonte de oxigênio e
32

dispositivos de oxigenoterapia para aumentar oxigenação do paciente nos intervalos


das aspirações, prevenindo uma possível queda de saturação do mesmo.
Outra sugestão feita pelos juízes foi à utilização de estetoscópio e oxímetro
de pulso para avaliação do paciente antes e depois da terapia, uma vez que o
fisioterapeuta necessita destes dois instrumentos para avaliar a eficácia, bem como
a continuidade e interrupção de algumas técnicas. Assim, todos os procedimentos
foram acrescidos destas duas ferramentas que avaliam e monitoram o paciente
durante o atendimento.
Em relação à tarefa, os juízes realizaram algumas observações na aplicação
das técnicas, principalmente no que diz respeito à execução precisa da técnica e
abrangência de todos os itens necessários, conforme pode ser visto na Tabela 5
através da média ponderada.
Tabela 5- Relação dos POPs com as médias ponderais obtidas pela avaliação dos
juízes nos seis quesitos que constituem o item tarefa.
Média Ponderada (%)

Procedimentos B1 B2 B3 B4 B5 B6

POP 01 89 79 82 89 61 85
POP 02 86 64 64 83 79 75
POP 03 82 61 75 75 57 71
POP 04 79 71 75 79 61 63
POP 05 89 79 86 86 82 79
POP 06 96 82 89 93 86 82
POP 07 88 71 79 86 68 79
POP 08 89 79 82 86 75 75
POP 09 93 71 82 86 71 83
POP 10 89 75 86 89 79 86
POP 11 79 71 79 89 71 79
POP 12 93 71 86 79 75 79
POP 13 75 61 71 71 68 75
POP 14 89 71 93 93 75 93
POP 15 89 96 96 96 86 82
POP 16 96 82 89 96 89 86
POP 17 82 71 71 89 82 79
POP 18 96 89 92 96 82 96
POP 19 93 71 83 79 75 79
POP 20 89 71 93 89 79 79
POP 21 89 79 82 86 82 75
POP 22 96 75 93 89 82 89
POP 23 89 68 86 86 82 89
POP 24 93 82 86 89 82 93
POP 25 89 71 82 82 68 82
POP 26 88 79 88 88 70 88
33

POP 27 93 79 86 89 79 82
POP 28 89 89 91 89 89 89
POP 29 93 61 86 86 64 78
B1=os itens estão dispostos pela sequência lógica da atividade; B2 = os itens
permitem ao profissional executante realizar uma ação precisa; B3 = os itens estão
apresentados de maneira clara e objetiva; B4 = os itens expressam apenas ações
criticas ao processo da execução da tarefa; B5 = contém todos os itens necessários
à execução da tarefa; B6 = a redação dos itens corresponde ao nível de
conhecimento cientifico do profissional executante.

Foram feitas algumas sugestões para melhorar a eficácia dos protocolos e


aumentar a eficácia da terapia. As sugestões foram aglomeradas e dispostas no
quadro 1.
Técnicas Sugestões
2
POP 01 Aumentar a Fração inspiratória de oxigênio (FiO ) durante a técnica em casos
de ventilação mecânica; Trocar “prótese ventilatória” por “via aérea artificial”;
Substituir “retirar a sonda lentamente” por “retirar a sonda com movimentos
rotacionais”; Explicar o procedimento para o paciente; Fornecer oxigênio e
monitorizar a saturação durante todo o procedimento; Incluir como primeira
conduta “Ligar o aparelho na tomada e testar seu funcionamento”.
POP 02 Incluir como conduta final da técnica em adultos a solicitação do huff ou tosse;
Retirar o termo de “frente para trás” por ser redundante; Trocar “de baixo para
cima” e “de cima para baixo” por “crânio caudal” e “caudo cranial”,
respectivamente; Modificar “decúbito elevado” por decúbito semi sentado”.
POP 03 Especificar o número de insuflações em cada repetição da técnica; Incluir
como conduta “Conexão, preferencial, do ambu a uma fonte de oxigênio”;
Explicar que a fase expiratória rápida ocorre pelo fato do fisioterapeuta soltar
abruptamente a pressão feita no ambu.
POP 04 Especificar que a máscara deve ficar vedada ao rosto do paciente sem
vazamentos; Adicionar que o paciente deve alcançar sua capacidade pulmonar
máxima; Incluir 2 a 4 inspirações a cada repetição; Incluir no final do
procedimento a realização da aspiração e tosse caso seja necessário; O
paciente deve estar orientado e cooperativo.
POP 05 Necessita cooperação do paciente; Especificar o exercício de expansão
pulmonar.
POP 07 Incluir como conduta “Checagem de escape aéreo, muito comum na realização
da técnica” e “Reavaliar o paciente a cada 30 minutos”; Descrever que além da
2
FiO , o fluxo de ar deve ser ajustado conforme o trabalho respiratório do
paciente; Incluir o uso do oxímetro de pulso como ferramenta auxiliadora no
ajuste dos parâmetros.
POP 08 Especificar quantas vezes o paciente deve realizar as respirações em cada
fase, sendo preconizado de 4 a 5 vezes; A técnica realiza –se sustentando
cada inspiração por aproximadamente 3 segundos, seguida de expiração com
a glote aberta; Substituir o termo “respirações” por “ventilações”.
POP 09 Necessita da colaboração do paciente; Substituir a frase “A pressão gerada
2
pela expiração contra a resistência linear é de 5 a 20 cm H O” por “A pressão
2
expiratória gerada pelo resistor deve ser de 5 a 20 cmH 0”; Acrescentar “ O
paciente deve manter uma respiração tranqüila, volume corrente, evitando uso
2
de musculatura acessória” e “O nível de peep de 10 cm H O recruta unidades
2
alveolares, desta forma, é recomendado iniciar a técnica com 5 cm H O e ir
progredindo de acordo com a resposta do paciente”.
POP 10 Acrescentar que o posicionamento do paciente vai depender se a doença
pulmonar é bilateral ou unilateral; Incluir o texto “É recomendado que o
paciente sustente a inspiração máxima em torno de 3 segundos” como passo
da tarefa e não como item de desvios e ações necessárias.
POP 11 Necessita colaboração do paciente; Especificar que o pulmão acometido deve
ser posicionado superiormente; Substituir o termo “apnéia” por “pausa
34

expiratória”; Descrever que o fisioterapeuta realiza uma compressão torácica


durante a expiração do paciente.
Pop 12 Substituir os passos da técnica por “Solicitar que o paciente realize uma
inspiração nasal lenta e profunda, seguida de uma expiração curta, e
posteriormente, novas inspirações profundas com expirações curtas”;
Acrescentar que o freno labial pode ser utilizado em todas as expirações.
POP 13 Descrever que a pressão abdominal é infralateral e a pressão de contra apoio
é no gradil costal supralateral; Acrescentar que o fisioterapeuta deve- se
posicionar atrás do paciente; Descrever que a expiração lenta é partindo da
Capacidade Residual Funcional até o Volume Residual; Caso não haja bucal,
orientar que o paciente realize a expiração com a língua para fora no intuito de
manter a glote aberta.
POP 14 O tempo recomendado da pausa inspiratória é de 3 segundos.
POP 17 Necessita colaboração do paciente; Substituir a palavra fracionada por “divisão
da inspiração sem pausa”; Detalhar que as inspirações são realizadas
sucessivamente até Capacidade Pulmonar Total;
POP 18 Necessita colaboração do paciente e entendimento do freno labial.
POP 19 Controlar a freqüência respiratória durante a realização da técnica para que o
paciente não hiperventile; Acrescentar o número de repetições e repouso entre
as séries.
POP 20 Detalhar que a pressão deve ser realizada na região Antero- superior do gradil
costal.
POP 21 Acrescentar fotos ilustrativas do aparelho; A técnica pode ser associada a
padrões ventilatórios; Substituir o termo “carga” por “pressão”.
POP 22 Detalhar que a angulação da haste do aparelho deve ser de 0° a 30°;
Acrescentar que a expiração deve ser prolongada.
POP 23 Acrescentar que a manobra deve ser realizada durante todo o ciclo
respiratório; Associar a técnica a posições de drenagem; As percussões são
realizadas de maneira rítmica.
POP 25 Devem ser realizadas no mínimo 24 séries; Detalhar que a carga do aparelho
deve ser ajustada inicialmente a 30 % da Pressão Inspiratória com
progressões até 50%; Acrescentar que a carga e o tempo de execução devem
ser ajustados de acordo com os protocolos de força ou endurance.
POP 26 Acrescentar que a carga e o tempo de execução devem ser ajustados de
acordo com os protocolos de força ou endurance.
POP 27 Detalhar o posicionamento das mãos, sendo uma na região abdominal e a
outra na região Antero- superior do tórax.
POP 29 Detalhar que a técnica consiste em alongamento, compressão e vibração
durante a fase expiratória; A manobra deve ser feita até o final da expiração e
interrompida antes da próxima inspiração; Explicitar que a técnica deve ser
repetida várias vezes antes da tosse; A técnica pode ser realizada em
decúbitos laterais, de acordo com a ausculta do paciente.
Quadro 1- Sugestões dos juízes em relação aos POPs que obtiveram menos de
80% em algum dos quesitos de execução da tarefa. Diamantina, 2015.
Fonte: pesquisa direta.

De acordo com as sugestões dos juízes, os POPs sofreram algumas


modificações e alguns pontos devem ser discutidos. Dentre as sugestões
destacamos a introdução do oxigenoterapia durante todo o procedimento de
aspiração das vias aéreas (POP 01), inclusive antes da realização da técnica.
A aspiração frequentemente provoca a hipoxemia, o que pode levar a
arritmias cardíacas, hipotensão e parada cardiorespiratória. A hiperoxigenação e a
hiperinsuflação são estratégias utilizadas para evitar esses efeitos. A
35

hiperoxigenação é a administração de uma fração de oxigênio superior a aquela que


está sendo ofertada ao paciente (antes, durante e depois)35.
No que se refere à técnica de aumento de fluxo expiratório (POP 02), um dos
juízes orientou que deveria ser explicado em qual paciente deveria ser aplicada a
técnica e quais são as formas de aplicação. A técnica foi apresentada por Barthe,
1976, como tratamento de remoção de secreções de crianças com
mucoviscosidade. A maleabilidade dos brônquios da criança pode interferir nos
efeitos das percussões torácicas e aplicação desta técnica através da compressão
do gás pela alteração da velocidade e do volume expiratório é uma alternativa
terapêutica neste individuo. Assim, observa-se maior aplicabilidade da técnica em
crianças. A técnica pode ser realizada de forma passiva em pacientes sem distensão
abdominal, ativa assistida através da pressão manual exercida pelo fisioterapeuta e
ativa com participação plena do paciente35.
Foi incluída na técnica de Bag Squeezing (POP 03) a conexão do ambu a
uma fonte de oxigênio, uma vez que a oxigenoterapia associada às insuflações
proporciona volumes pulmonares mais elevados ao paciente aumentando a
ventilação pulmonar. A hiperinsuflação manual, também conhecida como bag
squeezing ou bagging, tem como objetivo aumentar a ventilação alveolar, mobilizar
secreções brônquicas, reverter áreas colapsadas, além de melhorar a complacência
estática36.

A técnica de Breath Stacking (POP 04) foi mais detalhada, explicando que o
paciente deve alcançar sua capacidade pulmonar máxima durante a terapia. A
técnica de Breath-Stacking é um método alternativo de incentivo à inspiração, onde
utiliza-se uma válvula unidirecional, com o ramo expiratório ocluído, acoplada a uma
interface (máscara, bucal) ao rosto do paciente. O mesmo realiza inspirações
seqüenciais, sem exalar, até que atinja involuntariamente volumes inspiratórios
máximos, ativando uma maior expansão pulmonar. A finalidade principal da técnica
baseia-se em aumentar volumes pulmonares e, a partir disto, observar outros
possíveis efeitos, dentre os quais, o treinamento da musculatura ventilatória37.

No POP 11, Exercício de Débito Inspiratório Controlado (EDIC), foi sugerido


explicar melhor o posicionamento do paciente durante a técnica e compressão
manual realizada pelo fisioterapeuta. O EDIC é um conjunto de manobras
inspiratórias lentas e profundas, executadas em decúbito lateral, sendo que a zona a
36

tratar se encontra supralateralmente. A posição de decúbito lateral utilizada nestes


exercícios aproveita, não só os efeitos da expansão regional passiva dos espaços
aéreos periféricos, obtidos através da hiperinsuflação relativa do pulmão
supralateral, mas também o aumento do diâmetro transversal do tórax, obtido
através de uma inspiração profunda38.

Dentre as técnicas apresentadas, o POP 12 referente à expiração abreviada,


teve seus passos de execução alterados, pois foi evidenciada a realização de forma
incorreta. Este padrão incrementa o volume de reserva inspiratória, a capacidade
residual funcional e a capacidade pulmonar total. Consiste em realizar ciclos
intermitentes de inspiração profunda nasal, intercalados com pequenas expirações,
sendo que, no terceiro ciclo expira-se completamente. Os efeitos pulmonares
promovidos por esta técnica ocorrem por meio da expiração que, por ser incompleta,
aumenta a capacidade residual funcional, mantendo o alvéolo com um maior
volume39.

Todas as demais sugestões foram referentes as trocas de nomenclaturas,


melhora na descrição das técnicas, adição de algum componente inerente ao
procedimento e detalhamento de algumas condutas, no intuito de melhorar a leitura
e enriquecer as técnicas protocoladas.

No âmbito das ações e desvios necessários os juízes evidenciaram que


algumas técnicas poderiam ser mais exploradas quanto aos itens que abrangem as
adaptações ou casos de não-conformidade que podem surgir na execução da tarefa,
como pode ser evidenciado na tabela 6.

Tabela 6- Relação dos POPs com as médias ponderais obtidas pela avaliação dos
juízes nos quatro quesitos que constituem o item desvios e ações necessárias.
Média ponderada (%)

Procedimentos C1 C2 C3 C4

POP 01 96 82 79 64
POP 02 68 71 71 71
POP 03 82 75 75 64
POP 04 79 75 75 64
POP 05 89 82 82 71
POP 06 93 86 86 82
POP 07 82 79 82 68
37

POP 08 89 86 86 61
POP 09 89 89 88 68
POP 10 93 89 93 86
POP 11 96 93 93 82
POP 12 89 89 93 68
POP 13 86 86 89 71
POP 14 93 93 93 71
POP 15 97 96 96 89
POP 16 93 96 96 82
POP 17 86 86 86 68
POP 18 96 89 96 89
POP 19 89 89 89 75
POP 20 89 89 82 82
POP 21 93 89 89 71
POP 22 89 89 82 75
POP 23 89 89 82 71
POP 24 96 93 82 82
POP 25 89 89 89 68
POP 26 88 88 88 70
POP 27 89 71 89 75
POP 28 89 89 89 86
POP 29 89 79 86 71
C1 = os itens estão apresentados de maneira clara e objetiva; C2 = os itens
representam passos da tarefa relevantes cientificamente; C3 = a redação dos itens
corresponde ao nível de conhecimento cientifico do profissional executante; C4 = os
itens abrangem as adaptações ou casos de não-conformidade que podem surgir na
execução da tarefa

Através da avaliação dos juízes algumas sugestões foram realizadas com a


finalidade de possibilitar mudança de posicionamento do paciente durante a terapia
e retratar possíveis contra indicações. Isto pode ser evidenciado no quadro 2 abaixo:

Protocolos Sugestões
POP 01 Trocar “ausculta limpa” por ausência de ruídos adventícios; Especificar
casos de aspiração via naso, oro ou via aérea artificial; Se o paciente
estiver em ventilação mecânica é necessário a hiperoxigenação a 100%
2
de FiO durante dois minutos pré aspiração; Em caso de vômito
posicionar o paciente em decúbito lateral e aspirar rapidamente conteúdo
gástrico; Em caso de broncoespasmo evitar o procedimento; Alguns
pacientes neurológicos necessitam ficar em cabeceira plana durante o
procedimento para manutenção da pressão intracraniana.
POP 02 Substituir “no mesmo sentido” por “crânio caudal”.
POP 03 A técnica pode ser realizada em decúbito lateral com pulmão acometido
na posição não dependente.
POP 04 A técnica pode ser realizada em indivíduos inconscientes e em ventilação
mecânica; No primeiro caso observa- se a redução do volume corrente
quando próximo a CPT e no segundo caso usa se uma válvula
unidirecional que é acoplada a ventilação mecânica.
POP 05 Pode ser necessário proceder com a aspiração das vias aéreas após
realização da técnica.
POP 07 Trocar “patologia” por “condição clínica”; Para reexpansão alguns
decúbitos específicos podem ser adotados; Caso o paciente apresente
autofagia pode ser necessário a colocação de sonda nasoentérica que
deve manter-se aberta durante o procedimento.
38

POP 08 Em casos de acometimentos unilaterais, posicionamentos específicos


podem ser adotados; A aplicação da técnica depende do entendimento e
colaboração do paciente; Se o paciente apresentar tosse em qualquer
uma das fases, a técnica deve ser reiniciada.
POP 09 Monitorizar possíveis alterações hemodinâmicas, como queda da pressão
arterial; Em casos de acometimentos unilaterais, posicionamentos
específicos podem ser adotados; A tarefa deve ser interrompida caso o
paciente apresente aumento do trabalho respiratório; Caso o paciente
esteja mal adaptado é necessário o ajuste dos níveis de peep.
POP 12 Em casos de acometimentos unilaterais, posicionamentos específicos
podem ser adotados; Caso o paciente apresente tontura a tarefa deve ser
suspensa; Incluir pausa entre os ciclos da tarefa para evitar possível
hiperventilação.
POP 13 Em casos de acometimentos unilaterais, posicionamentos específicos
podem ser adotados; Realizar ausculta pulmonar periódica para verificar a
mobilização das secreções.
POP 14 Em casos de acometimentos unilaterais, posicionamentos específicos
podem ser adotados; Incluir pausa entre os ciclos da tarefa para evitar
possível hiperventilação.
POP 17 Em casos de acometimentos unilaterais, posicionamentos específicos
podem ser adotados.
POP 19 Caso o paciente apresente sinais de hiperventilação a técnica deve ser
suspensa; Incluir pausa entre os ciclos da tarefa para evitar possível
hiperventilação.
POP 21 Em casos de acometimentos unilaterais, posicionamentos específicos
podem ser adotados.
POP 22 Em casos de acometimentos unilaterais, posicionamentos específicos
podem ser adotados; Solicitar ao paciente que comprima as bochechas
para diminuir a pressão da cavidade oral; Substituir “inclinações mais
elevadas” por “angulações recomendadas (30°, 0°, -3 0°)”; Detalhar que a
angulação do aparelho interfere na frequência e amplitude da esfera.
POP 23 Deve se evitar realizar a técnica em pacientes com osteoporose; É contra
indicada em pacientes que já estiver apresentando sibilos; A técnica deve
ser interrompida em caso de broncoespasmo.
POP 25 A técnica pode ser aplicada em pacientes traqueostomizados; O uso do
naso clipe é essencial na aplicação da técnica e não uma adaptação.
POP 26 Acrescentar que a carga e o tempo de execução devem ser ajustados de
acordo com os protocolos de força ou endurance.
POP 27 Retirar o uso de oxigenoterapia como um complemento indispensável
para a realização da técnica; O paciente deve ser orientado a engolir ou
expectorar a secreção.
POP 29 Acrescentar como contra indicações da compressão, o broncoespasmo e
pacientes com hiperreatividade brônquica; A técnica deve ser
interrompida em caso de broncoespasmo.
Quadro 2- Sugestões dos juízes em relação aos POPs que obtiveram menos de
80% em algum dos quesitos de desvios e ações necessárias. Diamantina, 2015.
Fonte: pesquisa direta.

Dentre as considerações realizadas pelos juízes, observou-se que a mudança


de posicionamento foi à sugestão mais comum entre eles. Isto corrobora com a
literatura, uma vez que uma mesma técnica pode ser realizada em várias posições,
considerando a região pulmonar acometida pela patologia de base.
Em relação à aspiração das vias aéreas, POP 01, foi sugerido a
hiperoxigenação a 100% de FiO2 durante dois minutos pré aspiração nos casos de
39

pacientes em ventilação mecânica. A hiperoxigenação previne atelectasias e


dessaturação durante a realização da técnica39.
No que se refere aos padrões respiratórios que incluem divisão da inspiração
foi solicitada uma pausa entre as repetições para evitar a hiperventilação.
A respeito às técnicas manuais com contato direto do fisioterapeuta foi
sugerido que o broncoespasmo é uma contra indicação para a realização das
mesmas, pelo fato de aumentar o trabalho respiratório do paciente35.
No campo dos resultados, algumas técnicas apresentaram média ponderada
menor que 80% pois determinados pontos poderiam ser descritos de forma mais
abrangente, como pode ser observado na Tabela 7.

Tabela 7- Relação dos POPs com as médias ponderais obtidas pela avaliação dos
juízes nos três quesitos que constituem o item resultados.
Média Ponderada (%)

Procedimentos D1 D2 D3

POP 01 93 93 92
POP 02 75 71 71
POP 03 96 89 93
POP 04 71 86 86
POP 05 93 86 93
POP 06 93 89 89
POP 07 89 86 86
POP 08 86 86 86
POP 09 93 93 93
POP 10 93 93 93
POP 11 96 93 96
POP 12 82 82 82
POP 13 96 96 89
POP 14 92 92 92
POP 15 88 92 92
POP 16 89 89 96
POP 17 82 89 89
POP 18 89 96 89
POP 19 89 93 89
POP 20 82 93 89
POP 21 82 75 88
POP 22 89 96 96
POP 23 86 89 86
POP 24 96 96 96
POP 25 89 89 86
POP 26 88 87 88
POP 27 92 92 92
POP 28 93 93 93
40

POP 29 93 89 82
D1 = é coerente com a proposta da tarefa; D2 = atende aos objetivos da reabilitação
do paciente; D3 = é claro para o profissional executante

No que tange os resultados esperados, foi sugerido modificação na manobra


de aumento do fluxo expiratório, POP 02, incluindo o efeito de desobstrução
traqueobrônquica como redução do trabalho respiratório. Outra sugestão foi
substituir o termo “esvaziamento passivo de ar” como resultado desta técnica por
“aceleração do fluxo expiratório”, uma vez que a expiração já acontece de forma
passiva. Um dos juízes considerou os resultados parcialmente inadequados pelo
fato desta manobra ser utilizada, na maioria das vezes, em crianças, tendo pouca
aplicabilidade em adultos. Mas de acordo com a literatura, a mesma pode ser
executada em recém nascidos, lactentes, crianças ou adultos40.
No POP 04, manobra de Breath Staking, foi recomendada a adição de higiene
brônquica, obtenção de maiores volumes pulmonares e maior sustentação da
inspiração máxima como resultados coerentes com a proposta.
Nos resultados esperados pela técnica de padrão respiratório de soluço ou
suspiro, POP 17, foi sugerida a inclusão de expansão pulmonar, aumento da
capacidade pulmonar e retirada do termo fracionada do texto para não confundir o
leitor com a técnica de inspiração fracionada. Um dos juízes solicitou a retirada do
texto “a utilização do volume corrente baixo torna o fluxo inspiratório mais laminar”,
pois o volume corrente baixo não garante o fluxo inspiratório laminar.
Na técnica de pressão expiratória, POP 20, foi adicionado mobilização de
secreção traqueobrônquica e aumento da saturação periférica de oxigênio como
resultados almejados pela manobra. E em relação ao POP 21, Reanimador de
Muller, foi incluído aumento da ventilação pulmonar e conseqüente reexpansão de
áreas atelectasiadas41.

2.4 CONSIDERAÇÕES FINAIS


As sugestões dos juízes contribuirão para melhor aplicabilidade das técnicas
de fisioterapia respiratória no ambiente hospitalar, uma vez que a validação dos
protocolos possibilitou a convergência de vários olhares para uma mesma atividade,
agregando a experiência inerente a esses. Através do processo de validação, várias
questões foram reformuladas, novas ações foram incluídas de modo a tornar o
protocolo mais abrangente, alguns EPIs foram acrescentados e várias
41

particularidades foram adicionadas de acordo com a prática assistencial de cada


juiz.

Este trabalho aponta para a necessidade de outros estudos que enfoquem as


técnicas respiratórias associadas à ventilação mecânica e ao centro de terapia
intensiva que possuem peculiaridades importantes no domínio da fisioterapia.

A sistematização poderá servir de subsídio para direcionar os fisioterapeutas


e os estudantes de fisioterapia da UFVJM, no intuito de garantir práticas seguras,
eficazes e validadas, e consequentemente, alcançar a qualidade de serviço prestado
no hospital.
42

REFERÊNCIAS
1. ROBERTS, J. C.; Coale J. G.; Redman, M. A. A history of the joint
commission of accreditation of hospitals. JAMA 1987; 258(7):936-40.

2. NOGUEIRA, L. C. Gerenciando pela qualidade total na saúde. Belo


Horizonte: Fundação Christiano Ottoni, Escola de Engenharia da UFMG; 1996.

3. AZEVEDO, A.C. Indicadores de Qualidade e Produtividade em Serviços


de Saúde. Rev Ind Qual Produt Ipea 1993; 1(1):49-54

4. ADAMI, N. P.; MARANHÃO, A. M. S. A. Qualidade dos serviços de saúde:


conceitos e métodos avaliativos. Acta Paul. Enf., São Paulo, v. 8, n. 4, p. 47-55,
maio/dez. 1995.

5. PRAZERES, P. M. Dicionário de termos da qualidade. São Paulo: Atlas;


1996.

6. ABNT NBR ISSO 9001:2008, Sistemas de Gestão da Qualidade –


Requisitos.

7. CAMPOS, V. F. Qualidade total: padronização de empresas. 1990. Nova


Lima: INDG Tecnologia e Serviços, 2004.

8. NOGUEIRA, L. C. L. Gerenciando pela qualidade total na saúde. 3. ed.


Belo Horizonte: Desenvolvimento Gerencial, 2003.

9. COSTA, D. Fisioterapia Respiratória Básica. São Paulo: Atheneu. 1999.


127p.

10. CONTRANDRIOPOULOS, A. P. et al. Saber preparar uma pesquisa. 2. ed.


São Paulo: Hucitec, 1997.

11. WYND, C. A.; SCHIMIDT, B.; SCHAEFER, M. A. Two quantitative approaches


for estimating content validity. Western Journal of Nursing Research, Beverly Hills,
v. 25, n. 5, p. 508-518, 2003.

12. ALEXANDRE. N. M. C.; COLUCI. M. Z. O. Validade de conteúdo nos


processos de construção e adaptação de instrumentos de medidas. Ciênc.
saúde coletiva vol.16 no.7 Rio de Janeiro July 2011.

13. POLIT, D. F.; BECK, C. T.; HUNGLER, B. P. Fundamentos de pesquisa em


Enfermagem: métodos, avaliação e utilização. 5. ed. Porto Alegre: Artmed, 2001.

14. POLIT, D. F.; HUNGLER, B. P. Fundamentos de pesquisa em


Enfermagem. 3. ed.Porto Alegre: Artes Médicas, 1995.
43

15. PASQUALI, L. organizador. Psicometria: teoria e aplicações. Brasília: UnB;


1997.

16. FEHRING, R.J. The Fehring model. In: Carroll-Johnson RM, Paquette M.
Classification of nursing diagnosis: proceedings of the tenth conference.
Philadelphia: Lippincott Williams & Wilkins; 1994. p. 55-7.

17. HONÓRIO, R. P. P. Validação de procedimentos operacionais padrão :


proposta de cuidados como o cateter totalmente implantado. 2009. 124 f.
Dissertação (Mestrado em Enfermagem) - Universidade Federal do Ceará.
Faculdade de Farmácia, Odontologia e Enfermagem, Fortaleza, 2009.

18. POLIT, D. F.; BECK, C. T.; HUNGLER, B. P. Análise quantitative. In: ______.
Fundamentos de pesquisa em Enfermagem: métodos, avaliação e utilização. 5.
ed. Porto Alegre: Artmed, 2004. p. 167-198.

19. STREINER, D. L.; NORMAN,G. R. Health measurement scales: a pratical


guide to their development and use. New York: Oxford, 2001.

20. PERROCA, M. G.; GAIDZINSKI, R. R. Avaliando a confabilidade entre


avaliadores de um instrumento para classifcação de pacientes – coefciente
Kappa. Revista da Escola de Enfermagem da USP, São Paulo, v. 37, p. 72-80, 2003.

21. MASTROENI, M.F. Biossegurança Aplicada a Laboratórios e Serviços de


Saúde. São Paulo: Atheneu, 2004.

22. CARMAGNANI, M. I. Segurança e Controle de Infecção. Rio de Janeiro:


Reichmann & Affonso Editores, 2000.

23. TOMAZ, A. F.; OLIVEIRA, S. C. F. Análise de riscos do serviço


ambulatorial de fisioterapia adulto de um hospital universitário. UFPB. CT.
PPGEP. 2001.

24. HINRICHSEN, S.L. Biossegurança e controle de infecções: risco sanitário


hospitalar. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2009.

25. CTNBIO, Comissão Técnica Nacional de Biossegurança. O surgimento da


Biossegurança no Brasil. Disponível em: <htpp://WWW.proto.ufsc.br>. Acesso em
15 abr.2015.

26. CCIH – Comissão de Controle de Infecção Hospitalar - Manual de


recomendações, Precauções Padrão e Isolamento, Hospital Sírio Libanês.
Disponível em: <http://www.hospitalsiriolibanes.org.br>. Acesso em 12. abr. 2010.

27. CARVALHO, C. M. R. S. et al. Aspectos de biossegurança relacionados ao


uso do jaleco pelos profissionais de saúde: uma revisão de literatura. Texto
Contexto Enferm, Florianópolis, 2009 Abr-Jun; 18(2): 355 60.
44

28. CAIXETA, R. B.; BRANCO, A. B. Acidente de trabalho, com material


biológico, em profissionais de saúde de hospitais públicos do Distrito Federal,
Brasil, 2002/2003. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 21(3):737-746, mai jun,
2005.

29. SOUZA, A. C. S.; SILVA, C. F.; TIPPLE, A. F. V.; SANTOS, S. L. V.; NEVES,
H. C. C. O uso de equipamentos de proteção individual entre graduandos de
cursos da área da saúde e a contribuição das instituições formadoras. Cienc.
Cuid. Saúde 7 (1): 027-036, jan./mar. 2008.

30. GARNER, J. S. Guideline for isolation precautions in hospitals. Infect.


Control Hosp. Epidemiol. 1996.

31. MAGAGNINI, M.A.M., AYRES, J. A.. Acidentes com material biológico: a


Realidade de uma Instituição Hospitalar do Interior Paulista. REME - Rev. Min.
Enferm.l;13(1): 115-122, jan./mar., 2009.

32. NISHIDE, V. M., BENATTI, M. C. C. Riscos ocupacionais entre


trabalhadores de enfermagem de uma unidade de terapia intensiva. Rev Esc
Enfermagem, USP, 2004.

33. NEVES, H. C. C. et. al. Segurança dos trabalhadores de enfermagem e


fatores determinantes para adesão aos equipamentos de proteção individual.
Rev. Latino-Am. Enfermagem, março-abril 2011.

34. NEVES, T. P.; CORTEZ, E. A.; MOREIRA, C. O. F. Biossegurança como


ação educativa: contribuições à saúde do trabalhador.Cogitare enferm., vol.11,
n.1, p.50-54. 2006.

35. MACHADO, M.G.R. Bases da fisioterapia respiratória – Terapia intensiva


e reabilitação.- Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008.

36. DENEHY, L. The use of manual hyperinflation in airway clearance. Eur


Respir J. 1999;14(4):958-65

37. BACH, J. Mechanical Insufflation-Exsufflation: Comparison of Peak


Expirator Flows with Manually Assisted and Unassisted Coughing Techniques.
Chest. 1993;104:1553-62.

38. POSTIAUX, G. Fisioterapia respiratoria en el niño – las técnicas de


tratamento guiadas por la auscultación pulmonar 1ª edição. Aravaca (Madrid):
McGraw-Hill – Interamericana de España, S.A.U. 2000.

39. CUELLO, A.F., ACORDACI, C.J. Bronco obstrução. Sâo Paulo:


Panamericana, 1997.

40. SARMENTO, G.J.V. O ABC da fisioterapia respiratória. - Barueri, SP:


Manole, 2009.
45

41. MULLER, A.P.; Olandoski, M.; Macedo, R.; Costantini C.; Guarita-Souza, L.C.;
Comparative study between intermittent (Muller Reanimator) and continuous
positive airway pressure in the postoperative period of coronary artery bypass
grafting. Arq Bras Cardiol. 2006; 86 (3): 232-9.

3. CONCLUSÕES

Entender o processo de qualidade como um mecanismo de melhoria da


prestação de serviço é uma forma possibilitar minimização de erros e garantia de
uma assistência segura. No contexto hospitalar, onde existe o cuidado com
indivíduos em situações vulneráveis, este enfoque deve ser cada dia mais buscado
por todos os profissionais da área de saúde. Tendo em vista a expansão do serviço
de fisioterapia neste cenário, paralelo a evolução das técnicas respiratória, se torna
necessário medidas que asseguram a aplicabilidade cientifica e prática dos
protocolos.

Acredita-se que a validação de instrumentos que padronizem o cuidado possa


ser utilizada pelos fisioterapeutas da área hospitalar na melhora da sua assistência,
ao mesmo tempo, em que representa a melhor forma de realizar os procedimentos
específicos (HONORIO, 2009).

Através deste estudo, os 29 POPs foram validados, considerando as


reformulações sugeridas pelos juízes e os embasamentos científicos da literatura.
Todos os fisioterapeutas da SCCD serão capacitados em treinamentos mensais e as
técnicas serão revisadas anualmente.

Paralelo a isto, foi confeccionado um manual específico da fisioterapia que


estará disponível na SCCD para todos os colaboradores da assistência e estagiários
do curso de fisioterapia da UFVJM. Acredita-se que o estágio supervisionado II de
fisioterapia da UFVJM será favorecido, uma vez que o manual possibilita o aluno a
direcionar sua prática e esclarecer eventuais dúvidas, minimizando riscos para o
paciente.
46

Neste sentido, é importante ressaltar que a sistematização das práticas são


estratégias pedagógicas fundamentais no processo de ensino, uma vez que facilita o
aprendizado e traz a tona reflexões sobre o mesmo. Jara (1996) fortalece essa
concepção ao afirmar que a sistematização contribui para: obter-se compreensão
mais profunda das experiências que se realizam, com o fim de melhorá-las;
compartilhar com outras práticas similares os ensinamentos que emergiram durante
a experiência; suscitar reflexões teóricas sobre as temáticas envolvidas, incitando à
construção de teorias e, também, de conhecimentos aplicados que surgem com as
práticas sociais concretas.

Tendo em conta que a validade é uma característica que se apóia em um


grau maior ou menor de evidências, é possível asseverar que os instrumentos
propostos por este estudo serão considerados válidos quanto ao seu conteúdo e sua
aplicabilidade. Isto vem confirmar a importância dos juízes, no sentido de contribuir
para o aperfeiçoamento dos instrumentos de assistência, pois são peritos no
domínio da área específica do estudo (HONORIO, 2009).

Além disto, estes instrumentos podem ser adaptados às características de


cada serviço, e quanto mais evidências forem surgindo para descrever
adequadamente as particularidades de cada procedimento, mais validade e
confiabilidade lhes serão conferidas.

Desta forma, novos estudos de validação de técnicas de fisioterapia devem


ser realizados nos mais diversos ambientes, como hemodiálise e centro de
tratamento intensivo, sempre almejando melhoria da qualidade do serviço ofertado.
47

REFERÊNCIAS

ABREU, L.C. et al. Uma visão da pratica da fisioterapia respiratória: ausência de


evidencia não e evidencia de ausência. Arq. Med. ABC. 2007, 32(Supl. 2) S76-8.

ABNT NBR ISSO 9001:2008, Sistemas de Gestão da Qualidade – Requisitos.

ADAMI, N. P.; MARANHÃO, A. M. S. A. Qualidade dos serviços de saúde:


conceitos e métodos avaliativos. Acta Paul. Enf., São Paulo, v. 8, n. 4, p. 47-55,
maio/dez. 1995.

ALEXANDRE. N. M. C.; COLUCI. M. Z. O. Validade de conteúdo nos processos


de construção e adaptação de instrumentos de medidas. Ciênc. saúde
coletiva vol.16 no.7 Rio de Janeiro July 2011

Anais do Simpósio Acreditação de Hospitais e Melhoria da Qualidade em Saúde;


1994, Rio de Janeiro (RJ). An Acad Nac Med 1994; 154(4):185-213.

ARCHER, E. et al. Procedimentos e protocolos. Rio de Janeiro: Guanabara


Koogan, 2005.

AZEREDO, C. A. C. Fisioterapia respiratória moderna. São Paulo: Editora Manole;


1993.

AZEVEDO AC. Indicadores de Qualidade e Produtividade em Serviços de


Saúde. Rev Ind Qual Produt Ipea 1993; 1(1):49-54.

BACH, J. Mechanical Insufflation-Exsufflation: Comparison of Peak Expirator


Flows with Manually Assisted and Unassisted Coughing Techniques. Chest.
1993;104:1553-62.

CCIH – Comissão de Controle de Infecção Hospitalar - Manual de recomendações,


Precauções Padrão e Isolamento, Hospital Sírio Libanês. Disponível em:
<http://www.hospitalsiriolibanes.org.br>. Acesso em 12. abr. 2010.

CAIXETA, R. B.; BRANCO, A. B. Acidente de trabalho, com material biológico,


em profissionais de saúde de hospitais públicos do Distrito Federal, Brasil,
2002/2003. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 21(3):737-746, mai jun, 2005.
48

CAMPOS, V. F. Qualidade total: padronização de empresas. 1990. Nova Lima:


INDG Tecnologia e Serviços, 2004.

CARMAGNANI, M. I. S. Segurança e Controle de Infecção. Rio de Janeiro:


Reichmann & Affonso Editores, 2000.

CARVALHO, C. M. R. S. et al. Aspectos de biossegurança relacionados ao uso


do jaleco pelos profissionais de saúde: uma revisão de literatura. Texto Contexto
Enferm, Florianópolis, 2009 Abr-Jun; 18(2): 355 60.

CIANCIARULLO, T. I. Instrumentos básicos para o cuidar: um desafio para a


qualidade de assistência. São Paulo: Atheneu, 2000.

CONTRANDRIOPOULOS, A. P. et al. Saber preparar uma pesquisa. 2. ed. São


Paulo: Hucitec, 1997.

COSTA, D. Fisioterapia Respiratória Básica. São Paulo: Atheneu. 1999. 127p.

CTNBIO, Comissão Técnica Nacional de Biossegurança. O surgimento da


Biossegurança no Brasil. Disponível em: <htpp://WWW.proto.ufsc.br>. Acesso em
15 abr.2015.

CUELLO, A.F., ACORDACI, C.J. Bronco obstrução. Sâo Paulo: Panamericana,


1997.

CUNHA M.; Leite, J. L. O ser portador de um cateter venoso central: a


percepção do cliente e a contribuição da Enfermagem. Rev. Bras. Cancerol.
2008;54(2):139-145

CHAVES, E. C. L.; Carvalho, E. C.; Rossi, L. A. Validação de diagnósticos de


enfermagem: tipos, modelos e componentes validados. Rev. Eletr. Enf. [periódico
online] 2008; 10(2):513-20. Disponível em: http://www.fen.ufg.br/
revista/v10/n2/v10n2a22.htm Edusuam; 1986.

DENEHY, L. The use of manual hyperinflation in airway clearance. Eur Respir J.


1999;14(4):958-65.

FARACO, M.M.; ALBUQUERQUE, G.L. Auditoria do método de assistência de


enfermagem. Rev Bras Enferm. 2004;57(4):421-4.

FEHRING, R.J. The Fehring model. In: Carroll-Johnson RM, Paquette M.


Classification of nursing diagnosis: proceedings of the tenth conference.
Philadelphia: Lippincott Williams & Wilkins; 1994. p. 55-7.
49

GARNER, J.S. Guideline for isolation precautions in hospitals. Infect. Control


Hosp. Epidemiol. 1996.

GONÇALVES, H.; DOMINGUEZ, I.; Qualidade em Saúde. Lisboa: Sétimo Encontro


Nacional de Economia da Saúde. Disponível em <
economiadasaude.planetaclix.pi/sétimo.html> . Acesso em janeiro de 2015.

GUERRERO, G. P, Beccaria, L. M, Trevizan, M. A. Procedimento operacional


padrão: utilização na assistência de enfermagem em serviços hospitalares.
Rev. Latino-Am. Enfermagem [serial online] 2008.

GRANT, J. S.; DAVIS, L. L. Selection and use of content expertos for instrument
development. Research in Nursing and Health, v. 20, p. 269-274, 1997.

HINRICHSEN, S.L. Biossegurança e controle de infecções: risco sanitário


hospitalar. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2009.

HONORIO, R. P. P. Proposta de um protocolo de assistência de enfermagem ao


cliente hematologico [monografia]. Fortaleza (CE): Especializacao em Oncologia,
Instituto do Cancer do Ceara, Escola Cearense de Oncologia; 2007.

HONÓRIO, R. P. P. Validação de procedimentos operacionais padrão :


proposta de cuidados como o cateter totalmente implantado. 2009. 124 f.
Dissertação (Mestrado em Enfermagem) - Universidade Federal do Ceará.
Faculdade de Farmácia, Odontologia e Enfermagem, Fortaleza, 2009.

HOSKINS, L.M. Clinical validation, methodologies for nursing diagnoses research. In:
Carrol-Johnson RM, editors. Classification of nursing diagnoses: proceedings of
the eighth conference of North American Nursing Diagnosis Association.
Philadelphia: Lippincott; 1989. p. 126-131.

JARA, O.H. Para sistematizar experiências. João Pessoa: Ed. UFPB, 1996.

MALACHIAS, I.; LELES, F. A. G.; PINTO, M. A. S. Plano Diretor de


Regionalização da Saúde de Minas Gerais. Belo Horizonte: Secretaria de Estado
de Saúde de Minas Gerais, 2010.

MARTELOTTE, M. C. Programa Brasileiro de Acreditação Hospitalar: sua


influência no credenciamento de hospitais em operadoras de planos de saúde.
2003. Dissertação apresentada (Mestrado em Administração)- Fundação Getúlio
Vargas – Escola Brasileira de administração Pública e de Empresas, Rio de Janeiro,
2003.

MASTROENI, M.F. Biossegurança Aplicada a Laboratórios e Serviços de


Saúde. São Paulo: Atheneu, 2004.
50

NEVES, Tatiana Pereira das, CORTEZ, Elaine Antunes e MOREIRA, Carlos Otávio
Fiúza.Biossegurança como ação educativa: contribuições à saúde do
trabalhador.Cogitare enferm., vol.11, n.1, p.50-54. 2006.

NEVES, H. C. C. et. al. Segurança dos trabalhadores de enfermagem e fatores


determinantes para adesão aos equipamentos de proteção individual. Rev.
Latino-Am. Enfermagem, março-abril 2011.

NISHIDE, V. M., BENATTI, M. C. C. Riscos ocupacionais entre trabalhadores de


enfermagem de uma unidade de terapia intensiva. Rev Esc Enfermagem, USP,
2004.

NOGUEIRA L. C. L. Gerenciando pela qualidade total na saúde. Belo Horizonte:


Fundação Christiano Ottoni, Escola de Engenharia da UFMG; 1996.

NOGUEIRA, L. C. L. Gerenciando pela qualidade total na saúde. 3. ed. Belo


Horizonte: Desenvolvimento Gerencial, 2003.

NOVAES, H. M.; Paganini, J. M. Desenvolvimento e fortalecimento dos sistemas


locais de saúde na transformação dos sistemas nacionais de saúde: padrões e
indicadores de qualidade para hospitais (Brasil). Washington (DC): Organização
Panamericana de Saúde; 1994. (OPAS/HSS/ 94.05).

PASQUALI, L. organizador. Psicometria: teoria e aplicações. Brasília: UnB; 1997.

POLIT, D. F.; BECK, C. T.; HUNGLER, B. P. Análise quantitative. In: ______.


Fundamentos de pesquisa em Enfermagem: métodos, avaliação e utilização. 5.
ed. Porto Alegre: Artmed, 2004. p. 167-198

POLIT, D. F.; HUNGLER, B. P. Fundamentos de pesquisa em Enfermagem. 3.


ed.Porto Alegre: Artes Médicas, 1995.

POSTIAUX, G. Fisioterapia respiratoria en el niño – las técnicas de tratamento


guiadas por la auscultación pulmonar 1ª edição. Aravaca (Madrid): McGraw-Hill –
Interamericana de España, S.A.U, 2000.

PERROCA, M. G.; GAIDZINSKI, R. R. Avaliando a confabilidade entre


avaliadores de um instrumento para classifcação de pacientes – coefciente
Kappa. Revista da Escola de Enfermagem da USP, São Paulo, v. 37, p. 72-80, 2003.

PRAZERES, P. M. Dicionário de termos da qualidade. São Paulo: Atlas; 1996.

ROBERTS, J. C, Coale JG, Redman MA. A history of the joint commission of


accreditation of hospitals. JAMA 1987; 258(7):936-40.
51

SARMENTO, G.J.V. O ABC da fisioterapia respiratória. - Barueri, SP: Manole,


2009.

STREINER, D. L.; NORMAN,G. R. Health measurement scales: a pratical guide to


their development and use. New York: Oxford, 2001.

SOUZA, A. C. S.; SILVA, C. F.; TIPPLE, A. F. V.; SANTOS, S. L. V.; NEVES, H. C.


C. O uso de equipamentos de proteção individual entre graduandos de cursos
da área da saúde e a contribuição das instituições formadoras. Cienc. Cuid.
Saúde 7 (1): 027-036, jan./mar. 2008.

TOMAZ, A. F. OLIVEIRA, S. C. F. de. Análise de riscos do serviço ambulatorial


de fisioterapia adulto de um hospital universitário. UFPB. CT. PPGEP. 2001.

WYND, C. A.; SCHIMIDT, B.; SCHAEFER, M. A. Two quantitative approaches for


estimating content validity. Western Journal of Nursing Research, Beverly Hills, v.
25, n. 5, p. 508-518, 2003.
52

APÊNDICE A
Procedimento Operacional Modelo: 001

Padrão Revisão:

2- Padrão nº 3- Página

Atividade: Aspiração das vias aéreas POP FISIO 001 1 de 1

Responsáveis: Fisioterapeutas e enfermeiros

1.1- Materiais
- Luvas de procedimento, máscara de procedimento, óculos de proteção, sonda de
aspiração, luva estéril, aspirador a vácuo ou portátil.

1.2- Tarefas
- O paciente deve ser posicionado em decúbito dorsal com a cabeceira elevada a
45°. Em seguida, deve se realizar as seguintes cond utas:
a) - Colocar óculos, máscara e luvas de procedimento;
b) - Conectar a sonda de aspiração ao sistema de aspiração a vácuo;
c) - Calçar luva estéril na mão dominante;
d) - Retirar o papel protetor da sonda usando a mão não dominante;
e) - Segurar a sonda com a mão dominante, calçada com a luva estéril;
f) - Introduzir a sonda de aspiração na via aérea do paciente com o sistema de
vácuo aberto;
g) - Retirar a sonda lentamente com o sistema do vácuo clampado;
h) - Seguir a sequência de aspiração: prótese ventilatória (TOT ou TQT), nariz e
boca, de acordo com a necessidade do paciente;
i) - Desprezar o material contaminado na lixeira;
j) - Limpar o interior do látex com aspiração de água.

1.3- Desvios e ações necessárias


- No momento da técnica o paciente deve apresentar tosse ou realizar uma
inspiração profunda para que a sonda seja introduzida mais internamente,
penetrando a traquéia e não o esôfago. Se a secreção estiver espessa, instilar cinco
gotas de cloreto de sódio 0,9%. Caso o paciente apresente queda da saturação de
oxigênio durante o procedimento, o mesmo deve ser interrompido e uma fonte de O2
conectada. Cada aspiração deve durar, no máximo, 15 segundos. A aspiração deve
ser finalizada quando a ausculta pulmonar estiver limpa e a saturação adequada.

1.4- Resultados esperados


- Eliminação de secreções pulmonares, melhora da ausculta respiratória e
diminuição do trabalho respiratório.
53

Procedimento Operacional Modelo: 001

Padrão Revisão:

2- Padrão nº 3- Página

Atividade: Aumento do Fluxo Expiratório - AFE POP FISIO 002 1 de 1

Responsável: Fisioterapeutas

1.1- Materiais
- Luvas de procedimento.

1.2- Tarefas
- O paciente deve ser posicionado em decúbito dorsal ou decúbito elevado. Ao
realizar a expiração, o fisioterapeuta realiza a compressão manual com uma das
mãos na região torácica e a outra na região abdominal. A mão no tórax realiza a
compressão oblíqua, de cima para baixo, de frente para trás, e a mão na região
abdominal realiza o movimento oblíquo, de baixo para cima, de frente para trás.

1.3- Desvios e ações necessárias


- O paciente pode expirar de forma passiva ou ser estimulado a expirar de forma
ativa assistida. Com o paciente posicionado em decúbito lateral, a pressão é feita no
mesmo sentido com apenas uma das mãos, enquanto a outra deverá dar fixação à
região torácica posterior, auxiliando a compressão e protegendo as articulações
costovertebrais.

1.4- Resultados esperados


- Esvaziamento passivo do ar presente nos pulmões facilitando o deslocamento de
secreções.
54

Procedimento Operacional Modelo: 001

Padrão Revisão:

2- Padrão nº 3- Página

Atividade: Bag Squeezing POP FISIO 003 1 de 1

Responsável: Fisioterapeutas

1.1- Materiais
- Luvas de procedimento, máscara facial, óculos de proteção e ambu.

1.2- Tarefas
- O paciente deve ser posicionado em decúbito dorsal e o ambu acoplado na via
aérea artificial. O fisioterapeuta realiza insuflações com ambu, ofertando um volume
próximo ao limite da capacidade pulmonar total. As insuflações são lentas,
profundas e com duração de três segundos, seguidas de uma fase expiratória
rápida. A técnica pode ser repetida de seis a oito vezes.

1.3- Desvios e ações necessárias


- Durante a fase expiratória pode se realizar a vibrocompressão de forma constante
e lenta. No final da técnica realiza se a aspiração da via aérea.

1.4- Resultados esperados


- Mobilização das secreções das vias aéreas, expansão pulmonar e melhora da
saturação (Sat O2).
55

Procedimento Operacional Modelo: 001

Padrão Revisão:

2- Padrão nº 3- Página

Atividade: BreathStacking POP FISIO 004 1 de 1

Responsável: Fisioterapeutas

1.1- Materiais
- Luvas de procedimento, máscara facial e válvula unidirecional.

1.2- Tarefas
-O paciente deve ser posicionado em decúbito dorsal elevado. Em seguida, acopla
se a válvula unidirecional a máscara facial, com bloqueio do ramo expiratório. A
máscara é ajustada na face do paciente e o mesmo realiza inspirações sucessivas.
O paciente é encorajado a relaxar e fazer esforços inspiratórios normais,
descansando contra a via aérea ocluída entre os períodos inspiratórios, de acordo
com sua tolerância.

1.3- Desvios e ações necessárias


-Durante a técnica o paciente pode ser instruído a realizar uma inspiração lenta e
profunda, seguida de inspirações lentas. A manobra é finalizada quando o paciente
não tolera mais a técnica ou quando o fisioterapeuta percebe que os esforços
inspiratórios são ineficazes para gerar volume pulmonar.

1.4- Resultados esperados


- Aumento da ventilação pulmonar e melhora da saturação.
56

Procedimento Modelo: 001

OperacionalPadrão Revisão:

2- Padrão nº 3- Página

Atividade: Ciclo Ativo da Respiração POP FISIO 005 1 de 1

Responsável: Fisioterapeutas

1.1- Materiais
- Não se aplica

1.2- Tarefas
- O paciente deve ser posicionado sentado ou em decúbitos ou em posições
específicas de drenagem. Solicita se ao paciente a realização das seguintes
técnicas combinadas:
a) Relaxamento e controle da respiração;
b) Três a quatro exercícios de expansão pulmonar;
c) Relaxamento e controle da respiração;
d) Repetição de três a quatro exercícios de expansão pulmonar;
e) Relaxamento e controle da respiração;
f) Execução de uma ou duas técnicas de expiração forçada;
g) Relaxamento e controle da respiração.

1.3- Desvios e ações necessárias


- No final da técnica de expiração forçada, o fisioterapeuta solicita que o paciente
realize a tosse, caso a mesma não ocorra.

1.4- Resultados esperados


- Remoção de secreções, evitando obstrução do fluxo respiratório.
57

Procedimento Operacional Modelo: 001

Padrão Revisão:

2- Padrão nº 3- Página

Atividade: Compressão/Descompressão Torácica Abrupta POP FISIO 006 1 de 1

Responsável: Fisioterapeutas

1.1- Materiais
- Luvas de procedimento.

1.2- Tarefas
-Paciente deve ser posicionado em decúbito dorsal ou lateral, com o fisioterapeuta
ao lado para execução da técnica. O fisioterapeuta deve colocar as suas mãos na
base inferior das últimas costelas do paciente. Enquanto o paciente expira o
fisioterapeuta faz uma compressão torácica para dentro e para baixo, e
posteriormente uma descompressão súbita quando o paciente inicia a inspiração.

1.3- Desvios e ações necessárias


- A técnica se torna mais eficiente quando o paciente realiza uma expiração
prolongada e uma inspiração nasal profunda.

1.4- Resultados esperados


- Aumento da ventilação pulmonar local.
58

Procedimento Operacional Modelo: 001

Padrão Revisão:

2- Padrão nº 3- Página

Atividade: CPAP POP FISIO 007 1 de 1

Responsável: Fisioterapeutas

1.1- Materiais
- Luvas de procedimento; máscara nasal ou facial; fixador facial; gerador de fluxo
contínuo; válvula expiratória.

1.2- Tarefas
-O paciente deve ser posicionado sentado ou em decúbito dorsal elevado. O gerador
de fluxo contínuo é conectado a fonte de oxigênio e a fração inspiratória de O2
(FiO2) ajustada de acordo com a necessidade do paciente. A máscara facial é
acoplada à válvula expiratória, e posteriormente ajustada sobre a boca e nariz do
paciente. Utiliza se o fixador facial para evitar escape de ar e melhorar a adaptação
da máscara. O valor inicial da pressão positiva é de 10 cmH2O e o tempo de uso é
de 30 minutos a 01 hora, de acordo com a tolerância do paciente.

1.3- Desvios e ações necessárias


- Deve se conhecer a fundo a patologia a ser tratada, bem como as limitações de
cada paciente, para que se possa aplicar de modo adequado os níveis pressóricos
que certamente o beneficiará.

1.4- Resultados esperados


- Diminuição do trabalho respiratório, melhora da saturação (Sat O2) e conforto
respiratório ao paciente.
59

Procedimento Operacional Modelo: 001

Padrão Revisão:

2- Padrão nº 3- Página

Atividade: Drenagem Autógena- DA POP FISIO 008 1 de 1

Responsável: Fisioterapeutas

1.1- Materiais
- Luvas de procedimento.

1.2- Tarefas
-Paciente deve ser posicionado sentado ou semi-sentado. A técnica possui três
fases: “descolar”, “coletar” e “eliminar”. Na primeira fase pede-se ao paciente que
respire em baixos volumes pulmonares, mobilizando muco periférico. A segunda
fase é realizada com respirações a volume corrente, coletando muco das vias
aéreas mediais. Por fim, realizam se respirações com volumes pulmonares mais
altos, com o objetivo de eliminar ou expelir secreções de vias aéreas centrais. Em
seguida, solicita-se ao paciente que execute um huffing a partir de alto volume
pulmonar, eliminando, assim, secreções localizadas na traquéia.

1.3- Desvios e ações necessárias


- A aplicação da técnica depende da frequência e dedicação do paciente no controle
de seus fluxos aéreos.

1.4- Resultados esperados


- Mobilização, inicialmente, de secreções de vias aéreas distais e, posteriormente,
de vias aéreas proximais.
60

Procedimento Operacional Modelo: 001

Padrão Revisão:

2- Padrão nº 3- Página

Atividade: EPAP POP FISIO 009 1 de 1

Responsável: Fisioterapeutas

1.1- Materiais
- Luvas de procedimento, máscara facial ou peça bucal, válvula unidirecional e
resistor expiratório.

1.2- Tarefas
-O paciente deve ser posicionado sentado ou em decúbito dorsal elevado. A
máscara facial é acoplada à válvula unidirecional e ao resistor, e posteriormente
ajustada sobre a boca e nariz do paciente. O paciente deve manter uma relação
inspiração/ expiração de 1:3 ou de 1:4. A pressão gerada pela expiração contra a
resistência linear é de 5 a 20 cmH2O. A evolução do nível pressórico deve ser lenta
e gradual e o tempo recomendado de uso é de 15 minutos.

1.3- Desvios e ações necessárias


- A escolha da máscara facial ou da peça bucal depende da adaptação do paciente,
pois ansiedade ou claustrofobia durante a utilização da máscara facial pode ser
responsável pelo aumento do trabalho respiratório.

1.4- Resultados esperados


- Mobilização das secreções das vias aéreas, expansão pulmonar e melhora da
saturação (Sat O2).
61

Procedimento Operacional Modelo: 001

Padrão Revisão:

2- Padrão nº 3- Página

Atividade: Espirometria de Incentivo a Fluxo POP FISIO 010 1 de 1

Responsável: Fisioterapeutas

1.1- Materiais
- Luvas de procedimento e espirômetro de incentivo a fluxo.

1.2- Tarefas
- O paciente deve ser posicionado em decúbito dorsal com cabeceira elevada ou
sentado com tríplice flexão de membros inferiores. O aparelho deve ser colocado na
linha vertical à frente ao paciente, de forma que ocorra o efeito de feedback visual
durante o procedimento. É realizado o acoplamento entre a boca do paciente e o
bocal do aparelho de modo que o paciente inspire por esta via. O paciente é
instruído a realizar uma inspiração lenta e profunda até a capacidade pulmonar total
(CPT), a partir da capacidade residual funcional (CRF). A expiração é realizada de
forma normal, até CRF.

1.3- Desvios e ações necessárias


-Se o paciente relatar dificuldade na execução da tarefa é necessário vedar o
segundo e terceiro orifício existentes na base do equipamento. Desvedar os
mesmos à medida que a dificuldade for superada.
- É recomendado que paciente sustente a inspiração máxima em torno de 3
segundos. Se o paciente apresentar dispnéia ou piora do padrão respiratório,
finalizar a tarefa.

1.4- Resultados esperados


62

- Aumento da ventilação pulmonar através da reinsuflação ou hiperinsuflação de


alvéolos totalmente ou parcialmente colapsados.

Procedimento Operacional Modelo: 001

Padrão Revisão:

2- Padrão nº 3- Página

Atividade: Exercício de Débito Inspiratório Controlado- EDIC POP FISIO 011 1 de 1

Responsável: Fisioterapeutas

1.1- Materiais
- Luvas de procedimento.

1.2- Tarefas
-O paciente deve posicionado em decúbito lateral, com o membro superior acima
dos 90º de flexão para facilitar a compressão do gradil costal. O fisioterapeuta
deverá colocar as suas mãos sobre a região torácica supralateral que necessita
ventilar e o paciente orientado a realizar uma inspiração máxima com débito lento
seguida de uma apnéia. No final, realiza se uma expiração lenta e suave.

1.3- Desvios e ações necessárias


- O espirômetro de incentivo pode ser utilizado para a realização da inspiração
máxima com débito lento.

1.4- Resultados esperados


- Aumento da ventilação pulmonar e prevenção de atelectasia.
63

Procedimento Operacional Modelo: 001

Padrão Revisão:

2- Padrão nº 3- Página

Atividade: Expiração Abreviada POP FISIO 012 1 de 1

Responsável: Fisioterapeutas

1.1- Materiais
- Não se aplica.

1.2- Tarefas
- Paciente deve ser posicionado em decúbito dorsal ou sentado com tríplice flexão
de membros inferiores. O paciente é solicitado a realizar uma inspiração nasal de
pequeno volume de ar seguida de uma expiração breve, e posteriormente, realiza se
uma inspiração de médio volume pulmonar e uma nova expiração breve. Por último,
realiza se uma inspiração até a capacidade máxima e expira se prolongada e
suavemente.

1.3- Desvios e ações necessárias


- No final da última expiração pode se associar o freno labial.

1.4- Resultados esperados


-Melhora da ventilação e aumento da capacidade residual funcional, mantendo o
alvéolo com um maior volume.
64

Procedimento Operacional Modelo: 001

Padrão Revisão:

2- Padrão nº 3- Página

Atividade: Expiração Lenta Total com a Glote Aberta em Decúbito POP FISIO 013 1 de 1
Infralateral- ELTGOL

Responsável: Fisioterapeutas

1.1- Materiais
- Luvas de procedimento.

1.2- Tarefas
- Paciente deve ser posicionado em decúbito homolateral do lado que deseja
remover secreções. Em seguida, o paciente realiza uma expiração lenta e
progressiva, com a glote aberta (uso do bucal). O fisioterapeuta deve exercer uma
pressão abdominal em direção oblíqua á parede costal supralateral no período
expiratório do paciente, até obter uma completa deflação do pulmão infralateral.
Após várias repetições o paciente é orientado a realizar a tosse dirigida ou assistida.

1.3- Desvios e ações necessárias


- Se o paciente não permanecer em decúbito lateral, a técnica pode ser realizada em
decúbito dorsal e recebe a denominação de ELTGO.

1.4- Resultados esperados


- Remoção de secreção pulmonar e desinsuflação pulmonar durante a expiração.
65

Procedimento Operacional Modelo: 001

Padrão Revisão:

2- Padrão nº 3- Página

Atividade: Inspiração Fracionada POP FISIO 014 1 de 1

Responsável: Fisioterapeutas

11- Materiais
- Não se aplica.

12- Tarefas
- Paciente deve ser posicionado decúbito dorsal ou sentado com tríplice flexão de
membros inferiores. O paciente é solicitado a realizar inspirações nasais curtas,
sucessivas e intercaladas por períodos de pausas inspiratórias até atingir a
capacidade pulmonar total. As inspirações ocorrem em três ou quatro tempos e
posteriormente todo o ar dos pulmões é expirado de forma lenta e suave, até atingir
a capacidade residual funcional.

13- Desvios e ações necessárias


- Para a realização da técnica é necessário cooperação do paciente e que o mesmo
não esteja apresentando dispnéia.

14- Resultados esperados


- Expansão do volume pulmonar por meio do aumento do gradiente de pressão
transpulmonar.
66

Procedimento Operacional Modelo: 001

Padrão Revisão:

2- Padrão nº 3- Página

Atividade: Inspiração Profunda POP FISIO 015 1 de 1

Responsável: Fisioterapeutas

1.1- Materiais
- Não se aplica.

1.2- Tarefas
-O paciente é posicionado sentado ou em decúbito dorsal. Solicita se ao paciente
uma inspiração lenta e suave, pelo nariz, até a máxima capacidade inspiratória. Ao
final do exercício, faz se uma expiração labial suave até a capacidade residual
funcional (CRF). A técnica é repetida de seis a dez vezes.

1.3- Desvios e ações necessárias


- Se o paciente referir algum tipo de cansaço é orientado a diminuição do número de
repetições.

1.4- Resultados esperados


- Aumento do volume do pulmonar e melhora da dispnéia.
67

Procedimento Operacional Modelo: 001

Padrão Revisão:

2- Padrão nº 3- Página

Atividade: Inspiração Sustentada POP FISIO 016 1 de 1

Responsável: Fisioterapeutas

1.1- Materiais
- Não se aplica.

1.2- Tarefas
-O paciente é posicionado sentado ou em decúbito dorsal. Solicita se ao paciente
uma inspiração lenta e suave pelo nariz, até a máxima capacidade inspiratória.
Mantém se a inspiração máxima por cerca de seis segundos, e a seguir, realiza se
uma expiração sem esforço.

1.3- Desvios e ações necessárias


- A expiração pode ser realizada com freno labial.

1.4- Resultados esperados


- Aumento do volume do pulmonar e melhora da dispnéia.
68

Procedimento Operacional Modelo: 001

Padrão Revisão:

2- Padrão nº 3- Página

Atividade: Padrão Respiratório de Soluço ou Suspiro POP FISIO 017 1 de 1

Responsável: Fisioterapeutas

1.1- Materiais
- Não se aplica.

1.2- Tarefas
- O paciente é posicionado sentado ou em decúbito dorsal. Solicita- se ao paciente
que a inspiração normal (pequenos volumes) seja fracionada em 2 ou 3 tempos. A
técnica pode ser repetida de seis a oito vezes.

1.3- Desvios e ações necessárias


- A expiração pode ser realizada com freno labial.

1.4- Resultados esperados


- A inspiração fracionada com pequenos volumes, freqüentemente, é utilizada para
facilitar a contração do diafragma e o aprendizado do padrão diafragmático. A
utilização de volume corrente baixo torna o fluxo inspiratório mais laminar,
favorecendo uma distribuição mais homogênea de ventilação pulmonar em regiões
com alterações obstrutivas.
69

Procedimento Operacional Modelo: 001

Padrão Revisão:

2- Padrão nº 3- Página

Atividade: Padrão Respiratório Diafragmático POP FISIO 018 1 de 1

Responsável: Fisioterapeutas

1.1- Materiais
- Não se aplica.

1.2- Tarefas
- O paciente é posicionado sentado ou em decúbito dorsal. Inicialmente, o paciente é
instruído a realizar uma inspiração nasal lenta e uniforme, de modo que o tórax se
mova levemente enquanto o abdômen se expande. Em seguida, o paciente é
orientado a realizar uma expiração oral relaxada, associada ou não à resistência
labial.

1.3- Desvios e ações necessárias


- Para melhor percepção e consciência da execução da técnica pelo paciente, o
fisioterapeuta pode pedir o mesmo para realizá-la com as mãos sobrepostas na
região abdominal. A posição sentada com inclinação anterior do tronco aumenta a
compressão do conteúdo abdominal e melhora a biomecânica dos pacientes
portadores de doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC).

1.4- Resultados esperados


- Com a utilização da técnica, o paciente relaxa os músculos acessórios da
respiração e utiliza mais o diafragma, reduzindo o trabalho respiratório e melhorando
a ventilação pulmonar e dispnéia.
70

Procedimento Operacional Modelo: 001

Padrão Revisão:

2- Padrão nº 3- Página

Atividade: Padrão Respiratório de Intercostais POP FISIO 019 1 de 1

Responsável: Fisioterapeutas

1.1- Materiais
- Não se aplica.

1.2- Tarefas
- O paciente é posicionado sentado ou em decúbito dorsal. Em seguida é orientado
a inspirar e expirar pelo o nariz, com as maiores freqüências e amplitudes
respiratórias possíveis. A relação entre o tempo inspiratório e expiratório é de 1:1.

1.3- Desvios e ações necessárias


- A técnica pode ser realizada nas posições semi- Fowler e decúbitos laterais (DL).
Em DL, o hemitórax a ser tratado deve estar na posição não dependente e a
estimulação tátil pode ser dada durante a utilização do padrão.

1.4- Resultados esperados


- Com aplicação da técnica ocorre um aumento da freqüência respiratória (FR)
resultando no aumento da capacidade residual funcional (CRF) e uma distribuição
preferencial do gás para as regiões não dependentes do pulmão.
71

Procedimento Operacional Modelo: 001

Padrão Revisão:

2- Padrão nº 3- Página

Atividade: Pressão Expiratória POP FISIO 020 1 de 1

Responsável: Fisioterapeutas

1.1- Materiais
- Luvas de procedimento.

1.2- Tarefas
- O paciente deve ser posicionado em decúbito dorsal, decúbito lateral ou posição de
Fowler, e em seguida, o fisioterapeuta realiza uma compressão passiva do gradil
costal. A pressão é realizada pelo fisioterapeuta durante o período expiratório do
paciente, acompanhando movimento expiratório das últimas costelas, em sincronia
com o ato respiratório.

1.3- Desvios e ações necessárias


- Em decúbito dorsal o fisioterapeuta pode realizar a pressão com as duas mãos na
região superior ou inferior do tórax. A técnica deve ser utilizada após a utilização de
outras técnicas, como a vibrocompressão, para facilitar a condução de secreções
soltas na luz brônquica.

1.4- Resultados esperados


- Remoção de secreções localizadas em brônquios de menor calibre para os de
maior calibre e melhora da oxigenação pela desinsuflação.
72

Procedimento Operacional Modelo: 001

Padrão Revisão:

2- Padrão nº 3- Página

Atividade: Reanimador de Muller POP FISIO 021 1 de 1

Responsável: Fisioterapeutas

1.1- Materiais
- Luvas de procedimento, máscara facial, injetor, micronebulizador, conexão em “T”,
válvula de acionamento manual e válvula reguladora de pressão de oxigênio.

1.2- Tarefas
-O paciente deve ser posicionado, preferencialmente, sentado ou em decúbito dorsal
elevado. Primeiramente, conecta se a máscara e o micronebulizador no injetor,
através do encaixe frontal e lateral, respectivamente. A conexão em “T” é usada
para unir o injetor e o micronebulizador à válvula de acionamento manual, que é
interligada com a válvula reguladora de pressão de oxigênio. Por último, a válvula
reguladora é acoplada a fonte de oxigênio e a máscara é ajustada a face do
paciente. Utiliza se soro fisiológico como diluente no micronebulizador e ajusta se
uma carga entre 2 a 3 kgf/cmH2O na válvula reguladora. Cada kgf/cmH2O é
proporcional a 10 cmH2O de pressão endotraqueal. Com a máscara acoplada na
face, o paciente é instruído a inspirar lento e profundo, e no mesmo momento, o
fisioterapeuta aperta o aciononamento manual liberando um fluxo de oxigênio. A
técnica é realizada de forma constante, acompanhando as inspirações do paciente,
durante 15 minutos.

1.3- Desvios e ações necessárias


- Caso o paciente não tolere o uso ininterrupto, pode se realizar a técnica em
formato de exercício, com séries e repetições, de acordo com a tolerância do
paciente.

1.4- Resultados esperados


- Diminuição do trabalho respiratório e da dispnéia.
73

Procedimento Operacional Modelo: 001

Padrão Revisão:

2- Padrão nº 3- Página

Atividade: Shaker POP FISIO 022 1 de 1

Responsável: Fisioterapeutas

1.1- Materiais
- Luvas de procedimento e Shaker.

1.2- Tarefas
-O paciente deve ser posicionado em decúbito dorsal com cabeceira elevada ou
sentado com tríplice flexão de membros inferiores. Em seguida, o paciente acopla a
boca no bocal do aparelho, de modo que não haja escape de ar, e é instruído a
realizar uma inspiração nasal seguida de uma pausa de 2 a 3 segundos. A expiração
dever ser oral com velocidade suficiente para movimentar a esfera existente no
interior do aparelho. A técnica deve ser repetida por 10 a 15 ciclos respiratórios.

1.3- Desvios e ações necessárias


- É possível alterar a forma de ação da técnica modificando o ângulo de inclinação
do aparelho. Inclinações mais elevadas favorecem o efeito de pressão positiva e
amplitude das oscilações.

1.4- Resultados esperados


- Mobilização e eliminação de secreções das vias aéreas.
74

Procedimento Operacional Modelo: 001

Padrão Revisão:

2- Padrão nº 3- Página

Atividade: Tapotagem POP FISIO 023 1 de 1

Responsável: Fisioterapeutas

1.1- Materiais
- Luvas de procedimento.

1.2- Tarefas
-Com as mãos em forma de concha (dedos e polegar fechados), mantendo os
braços com os cotovelos parcialmente fletidos e os punhos soltos, o fisioterapeuta
percute as regiões torácicas relacionadas com as áreas pulmonares em que haja
secreção, realizando um movimento de onda. Realizar a técnica durante 3 a 5
minutos. O paciente deve estar em uma posição confortável e a técnica é realizada
sobre a roupa ou outro tecido para evitar irritação da pele.

1.3- Desvios e ações necessárias


- Após a realização da técnica é importante que o paciente realize a tosse. Deve se
evitar locais de traumatismo ou de cirurgia e não percutir diretamente em
proeminências ósseas.

1.4- Resultados esperados


- O efeito mecânico da técnica afrouxa o muco das paredes brônquicas e
conseqüentemente favorece a mobilização de secreções.
75

Procedimento Operacional Modelo: 001

Padrão Revisão:

2- Padrão nº 3- Página

Atividade: Técnica de Expiração Forçada POP FISIO 024 1 de 1

Responsável: Fisioterapeutas

1.1- Materiais
- Não se aplica.

1.2- Tarefas
- Paciente deve ser posicionado sentado e instruído a realizar um ou dois esforços
expiratórios rápidos com a glote aberta (huffing), partindo de um volume pulmonar
médio e chegando a baixos volumes. Em seguida o paciente realiza um período de
relaxamento com respiração preferencialmente diafragmática. No final é
aconselhado a expulsar o escarro através de tosse eficaz.

1.3- Desvios e ações necessárias


- Quando houver fraqueza muscular que comprometa a efetividade da técnica, a
compressão manual pode assistir o huffing.

1.4- Resultados esperados


- Facilitar a tosse e remover secreções de vias aéreas centrais.
76

Procedimento Operacional Modelo: 001

Padrão Revisão:

2- Padrão nº 3- Página

Atividade: Threshold IMT POP FISIO 025 1 de 1

Responsável: Fisioterapeutas

1.1- Materiais
- Luvas de procedimento e threshold IMT.

1.2- Tarefas
-O paciente deve ser posicionado, preferencialmente, sentado ou em decúbito dorsal
elevado. Em seguida é ajustada a carga do aparelho através do pino de controle de
pressão, sendo essa 30 a 50% da pressão inspiratória máxima (PI máx.) mensurada
pelo manovacuômetro. Adaptar o bocal no equipamento e orientar o paciente a fazer
inspirações e expirações através do bocal sem retirá-lo da boca. O treinamento deve
ser realizado duas vezes ao dia, de 5 a 30 minutos, dependendo das condições do
paciente.

1.3- Desvios e ações necessárias


- A carga do aparelho deve ser aumentada de 2 em 2 cmH2O, considerando o
aumento da PI Max. O uso do clipe nasal auxilia no entendimento e execução da
técnica.

1.4- Resultados esperados


- Melhora da força e endurance da musculatura inspiratória.
77

Procedimento Operacional Modelo: 001

Padrão Revisão:

2- Padrão nº 3- Página

Atividade: Threshold PEP POP FISIO 026 1 de 1

Responsável: Fisioterapeutas

1.1- Materiais
- Luvas de procedimento e threshold PEP.

1.2- Tarefas
-O paciente deve ser posicionado, preferencialmente, sentado ou em decúbito dorsal
elevado. Em seguida é ajustada a carga do aparelho através do pino de controle de
pressão, sendo essa 50% da pressão expiratória máxima (PE máx.) mensurada pelo
manovacuômetro. Adaptar o bocal no equipamento e orientar o paciente a fazer
inspirações e expirações através do bocal sem retirá-lo da boca. O treinamento deve
ser realizado três a cinco vezes por semana, de 15 a 20 minutos, dependendo das
condições do paciente.

1.3- Desvios e ações necessárias


- A carga do aparelho deve ser aumentada de 2 em 2 cmH2O, considerando o
aumento da PE máx. O uso do clipe nasal auxilia no entendimento e execução da
técnica.

1.4- Resultados esperados


- Melhora da força e endurance da musculatura expiratória.
78

Procedimento Operacional Modelo: 001

Padrão Revisão:

2- Padrão nº 3- Página

Atividade: Tosse Assistida POP FISIO 027 1 de 1

Responsável: Fisioterapeutas

1.1- Materiais
- Luvas e máscara de procedimento.

1.2- Tarefas
- Paciente deve ser posicionado em decúbito dorsal com cabeceira elevada ou
sentado com tríplice flexão dos membros inferiores e pequena inclinação anterior do
tronco. Solicita se que o paciente inspire profundamente e ao finalizar a inspiração, o
fisioterapeuta deve aplicar uma rápida pressão manual durante a fase expiratória,
sobre a margem costal lateral ou sobre o epigástrico.

1.3- Desvios e ações necessárias


- O fisioterapeuta pode variar a posição das mãos durante a técnica, colocando a
mão que exerce a pressão na região póstero-superior do tórax do paciente,
enquanto a outra fixa, anteriormente, o tórax para proteger e evitar o deslocamento
ou queda do paciente para frente.

1.4- Resultados esperados


- Eliminação de secreções pulmonares.
79

Procedimento Operacional Modelo: 001

Padrão Revisão:

2- Padrão nº 3- Página

Atividade: Tosse Dirigida POP FISIO 028 1 de 1

Responsável: Fisioterapeutas

1.1- Materiais
- Luvas e máscara de procedimento.

1.2- Tarefas
- Paciente deve ser posicionado em decúbito dorsal com cabeceira elevada ou
sentado com tríplice flexão dos membros inferiores e pequena inclinação anterior do
tronco. Em seguida, o paciente é orientado pelo fisioterapeuta a realizar um ato
inspiratório profundo, seguido do fechamento da glote e contração dos músculos
abdominais, e por fim, a expulsar o ar em alta velocidade.

1.3- Desvios e ações necessárias


- É necessário a cooperação e entendimento do paciente para realização da técnica.
A oxigenoterapia é um complemento indispensável da técnica em pacientes
dessaturados.

1.4- Resultados esperados


- Eliminação de secreções pulmonares.
80

Procedimento Operacional Modelo: 001

Padrão Revisão:

2- Padrão nº 3- Página

Atividade: Vibrocompressão POP FISIO 029 1 de 1

Responsável: Fisioterapeutas

1.1- Materiais
- Luvas de procedimento.

1.2- Tarefa
-Paciente deve ser posicionado em decúbito dorsal ou sentado com tríplice flexão de
membros inferiores. O fisioterapeuta posiciona as mãos sobre a caixa torácica do
paciente e realiza uma compressão associada à vibração, acompanhando o
movimento das últimas costelas durante a expiração.No final, o paciente é
aconselhado a expulsar o escarro através de tosse eficaz.

1.3- Desvios e ações necessárias


- Em pacientes com fragilidade óssea é indicado apenas à vibração.

1.4- Resultados esperados


- Mobilização de secreção das vias aéreas e melhora da oxigenação pulmonar.
81

APÊNDICE B

Critérios específicos de domínio da área de estudo (adaptados da proposta de


Fhering 1994)

Ser graduado ou especialista e ter desenvolvido monografia em Fisioterapia Respiratória ou 1


gerenciamento da qualidade de serviços.

Ser mestre em Fisioterapia. 1


Ser doutor em Fisioterapia. 2
Ter desenvolvido dissertação sobre fisioterapia respiratória. 1
Ter desenvolvido dissertação de mestrado envolvendo 1
a temática gerenciamento da qualidade de serviços.

Ter desenvolvido tese de doutorado envolvendo a fisioterapia respiratória. 2


Ter desenvolvido tese de doutorado envolvendo a temática de gerenciamento da qualidade de 2
serviços.

Ter trabalho publicado relacionado gerenciamento da qualidade de serviços. 1


Ter trabalho publicado relacionado à fisioterapia respiratória. 1
Participar de grupos / projetos de pesquisa que envolva a temática de gerenciamento da 1
qualidade de serviços.

Participar de grupos / projetos de pesquisa que envolva a Fisioterapia Respiratória. 1


Ser docente do curso de Fisioterapia em disciplinas que envolvam a temática implantação de 2
sistemas de qualidade de serviços

Ser docente do curso de Fisioterapia em disciplinas que envolvam a Fisioterapia Respiratória. 2


Ter no mínimo dois anos de experiência profissional na área de Fisioterapia Respiratória. 2
82

APÊNDICE C

Questionário de Avaliação dos Juízes (adaptado com os critérios sugeridos


por Pasquali)

1. MATERIAL: Descrição do material necessário à execução da 1 2 3 4


tarefa.
1.1. Os itens abrangem todo o material necessário à execução da
tarefa
1.2. Todos os itens são coerentes com a disponibilidade de material
de consumo da instituição pública
1.3. Os itens estão apresentados de maneira clara e objetiva
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________

2. TAREFA: Descrição das principais atividades ou passos para a 1 2 3 4


execução da tarefa (só precisam ser descritas as atividades criticas,
que comprometem o resultado final do trabalho).
2.1. Os itens estão dispostos pela sequência lógicada atividade
2.2. Os itens permitem ao profissional executante realizar uma ação
precisa
2.3. Os itens estão apresentados de maneira clara eobjetiva
2.4. Cada item expressa uma ação única
2.5. Os itens expressam apenas ações criticas ao processo da
execução da tarefa
2.6. Contém todos os itens necessários à execução da tarefa
2.7. A redação dos itens corresponde ao nível de conhecimento
cientifico do profissional executante
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________

3. DESVIOS E AÇÕES NECESSÁRIAS: Descrição das ações a 1 2 3 4


serem tomadas em caso de não-conformidade.
3.1. Os itens estão apresentados de maneira clara eobjetiva
3.2. Os itens representam passos da tarefa relevantes
cientificamente
3.3. A redação dos itens corresponde ao nível de conhecimento
cientifico do profissional executante
3.4. Os itens abrangem todos os casos de não-conformidade que
podem surgir na execução da tarefa
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________

4. RESULTADOS ESPERADOS: Referem-se aos objetivos, metas 1 2 3 4


ou fim da tarefa.
4.1. É coerente com a proposta da tarefa
4.2. Está redigido cientificamente
4.3. Atende aos objetivos da reabilitação do paciente
4.4. É claro para o profissional executante
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
83

APÊNDICE D

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e


Mucuri

Carta Convite

Eu, Joanito Niquini Rosa Júnior, gostaria de convidá-lo (a) a ser um dos juízes
na validação de conteúdo dos procedimentos operacionais que estou avaliando na
dissertação de mestrado, intitulada “Validação dos Procedimentos Operacionais
Padrões (POP) na aplicação das técnicas de fisioterapia respiratória”.

Trata-se de protocolos referentes às técnicas de fisioterapia respiratória, com


rotinas padronizadas que julgamos importantes para a qualidade do cuidado aos
pacientes hospitalizados. Tendo em vista minha experiência na área hospitalar e o
trabalho colaborativo com outros profissionais da área, além do processo de gestão
de qualidade que acontece no hospital, tal POP surge do cotidiano de nossas
intervenções e almejamos que seja avaliado por Vossa Senhoria.

Desde já agradeço a Vossa disponibilidade, haja vista a rotina


sobrecarregada que todos nós possuímos e a consequente falta de tempo que
disponibilizamos. No entanto, devido a sua reconhecida competência no assunto,
torna-se fundamental contarmos com a sua valiosa participação no engrandecimento
deste trabalho, que após seu consentimento, passará a ser utilizado como produto
final do mestrado em questão.

Mais uma vez agradeço e coloco-me a disposição para quaisquer


esclarecimentos.

Atenciosamente,

Joanito Niquini Rosa Júnior

Mestrando Ensino em Saúde – UFVJM


84

APÊNDICE E

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e
Mucuri

Ficha de Identificação
N° _________
DATA:___/ ___/ ______

IDENTIFICAÇÃO
Nome do avaliador: ___________________________________________________
Idade: _____ Sexo: _____
Profissão: _______________ Tempo de formação: __________________________
Área de trabalho: _____________________________________________________
Função / cargo na instituição: ___________________________________________
Tempo de trabalho na área atual: ________________________________________
Titulação: Especialista ( ); Mestre ( ); Doutor ( ).
Especificar:__________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

Tema do trabalho de conclusão (Monografia / Dissertação/Tese):


___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

Publicação envolvendo a temática: fisioterapia respiratória ( ); validação de


instrumento ( ); gerenciamento da qualidade ( ); tecnologia assistencial ( ).
Especificar:__________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

Participação em grupos/ projetos de pesquisa que envolva Fisioterapia Respiratória


ou gerenciamento da qualidade de serviços.
Especificar:__________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

Experiência profissional na área hospitalar como fisioterapeuta.


Sim() Não( )
Quanto tempo_______________________________________________________
85

APÊNDICE F

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TCLE)

Você está sendo convidada (o) a participar de uma pesquisa intitulada:Validação dos
Procedimentos Operacionais Padrões na aplicação das técnicas de fisioterapia respiratória, para a
qual foi escolhido convenientemente por ser fisioterapeuta com experiência na área hospitalar e/ ou
atuar em serviço de referência da prática respiratória. O referido estudo é coordenado pelo Mestrando
Joanito Niquini Rosa Júnior, sob orientação do Professor Dr. Wederson Marcos Alves.
A sua participação não é obrigatória sendo que, a qualquer momento da pesquisa, você
poderá desistir e retirar seu consentimento e se recusar a responder aos questionamentos que lhe
causem constrangimento durante a pesquisa. Sua recusa não trará nenhum prejuízo para sua relação
com o pesquisador ou com a UFVJM.
O objetivo desta pesquisa é:verificar a adequação do conteúdo dos procedimentos
operacionais padrão (POPs), referente às técnicas de fisioterapia respiratória no âmbito hospitalar, a
fim de garantir a sistematização da prática. Caso você decida aceitar o convite, será submetido(a)
ao(s) seguinte(s) procedimentos:Você irá preencher uma ficha de identificação e 29 questionários
padronizados de avaliação referentes a 29 procedimentos técnicos de fisioterapia respiratória que
estarão anexados. O instrumento de avaliação consiste em questões fechadas, desenvolvidas com
um formato dinâmico, curto e de fácil compreensão.Um envelope lacrado contendo a carta convite,
ficha de identificação, os questionários avaliativos e os POPs, será enviado via sedex para sua
residência e o mesmo deverá ser respondido e devolvido lacrado para o pesquisador no prazo de 30
dias, sendo o pesquisador o responsável por realizar a coleta do envelope. A sua participação poderá
ser uma das estratégias que possibilite as mudanças necessárias no sentido de redirecionar gestão
hospitalar e práticas profissionais sistematizadas.
Os resultados desta pesquisa poderão ser apresentados em seminários, congressos e
similares, entretanto, os dados/informações obtidos por meio da sua participação serão confidenciais
e sigilosos, não possibilitando sua identificação. A sua participação bem como a de todas as partes
envolvidas será voluntária, não havendo remuneração para tal. Qualquer gasto financeiro da sua
parte será ressarcido pelo responsável pela pesquisa. Não está previsto indenização por sua
participação, mas em qualquer momento se você sofrer algum dano, comprovadamente decorrente
desta pesquisa, terá direito à indenização.
Você receberá uma cópia deste termo onde constam o telefone e o endereço do pesquisador
principal, podendo tirar suas dúvidas sobre o projeto e sobre sua participação agora ou em qualquer
momento.
Coordenador do Projeto: Joanito Niquini Rosa Júnior
Endereço: Rua Peixe Vivo, número 119, apt 202, bairro Bela Vista, Diamantina- MG.
Telefone: (38) 88081478 ; E-mail: [email protected]
Declaro que entendi os objetivos, a forma de minha participação, riscos e benefícios da mesma e
aceito o convite para participar. Autorizo a publicação dos resultados da pesquisa, a qual garante o
anonimato e o sigilo referente à minha participação.

Nome do sujeito da pesquisa: _____________________________________________


Assinatura do sujeito da pesquisa: __________________________________________

Informações – Comitê de Ética em Pesquisa da UFVJM


Rodovia MGT 367 - Km 583 - nº 5000 - Alto da Jacuba –
Diamantina/MG CEP39100000
Tel.: (38)3532-1240 –
Coordenador: Prof.Dr. DISNEY OLIVER SIVIERI JÚNIOR
Secretaria: ANA FLÁVIA ABREU
Email: [email protected] e/ou [email protected]
86

APÊNDICE G
Orientações

Prezado (a) avaliador (a),

Tendo em vista que o procedimento operacional padrão (POP) descreve cada


passo critico que deverá ser dado pelo operador para garantir o resultado esperado
da tarefa, leia minuciosamente cada POP e, em seguida, analise-o, através do
questionário de avaliação no verso, marcando um X no número que melhor
representa o grau de adequação a cada critério, de acordo com a escala abaixo:

1 – totalmente adequado; 2 – adequado; 3 – parcialmente adequado; 4 – inadequado.

Para as opções 3 (parcialmente adequado) e 4 (inadequado), descreva, após a


tabela, no espaço destinado, o motivo de sua avaliação.

Ressaltamos que não existem respostas corretas ou erradas, o que importa é


a sua opinião. Por favor, responda todos os itens.

Desde já agradecemos a sua colaboração.


87

ANEXOS

ANEXO A

MANUAL – ORIENTAÇÃO AUTOR

INTERFACE – COMUNICAÇÃO, SAÚDE, EDUCAÇÃO

Normas de submissão revista Interface Comunicação, Saúde, Educação

FORMA E PREPARAÇÃO DE MANUSCRITOS

SEÇÕES
Dossiê — textos ensaísticos ou analíticos temáticos, a convite dos editores,
resultantes de estudos e pesquisas originais (até seis mil palavras).
Artigos — textos analíticos ou de revisão resultantes de pesquisas originais teóricas
ou de campo referentes a temas de interesse para a revista (até seis mil palavras).
Debates — conjunto de textos sobre temas atuais e/ou polêmicos propostos pelos
editores ou por colaboradores e debatidos por especialistas, que expõem seus
pontos de vista, cabendo aos editores a edição final dos textos. (Texto de abertura:
até seis mil palavras; textos dos debatedores: até mil palavras;réplica: até mil
palavras).
Espaço aberto — notas preliminares de pesquisa, textos que problematizam temas
polêmicos e/ou atuais, relatos de experiência ou informações relevantes veiculadas
em meio eletrônico (até cinco mil palavras).
Entrevistas — depoimentos de pessoas cujas histórias de vida ou realizações
profissionais sejam relevantes para as áreas de abrangência da revista (até seis mil
palavras).
Livros — publicações lançadas no Brasil ou exterior, sob a forma de resenhas
críticas, comentários, ou colagem organizada com fragmentos do livro (até três mil
palavras).
Teses — descrição sucinta de dissertações de mestrado, teses de doutorado e/ou
de livre-docência, constando de resumo com até quinhentas palavras.
Título e palavras-chave em português, inglês e espanhol. Informar o endereço de
acesso ao texto completo, se disponível na Internet.
Criação — textos de reflexão sobre temas de interesse para a revista, em interface
com os campos das Artes e da Cultura, que utilizem em sua apresentação formal
recursos iconográficos, poéticos, literários, musicais, audiovisuais etc., de forma
a fortalecer e dar consistência à discussão proposta.
Notas breves — notas sobre eventos, acontecimentos, projetos inovadores (até
duas mil palavras).
Cartas — comentários sobre publicações da revista e notas ou opiniões sobre
assuntos de interesse dos leitores (até mil palavras).
Nota: na contagem de palavras do texto, incluem-se quadros e excluem-se título,
resumo e palavras-chave.

SUBMISSÃO DE MANUSCRITOS
Interface - Comunicação, Saúde, Educação aceita colaborações em português,
espanhol e inglês para todas as seções. Apenas trabalhos inéditos serão
88

submetidos à avaliação. Não serão aceitas para submissão traduções de textos


publicados em outra língua. A submissão deve ser acompanhada de uma
autorização para publicação assinada por todos os autores do manuscrito. O modelo
do documento estará disponível para upload no sistema.
Nota: para submeter originais é necessário estar cadastrado no sistema. Acesse o
link http://mc04.manuscriptcentral.com/icse-scielo e siga as instruções da tela. Uma
vez cadastrado e logado, clique em “Author Center” e inicie o processo de
submissão.
Os originais devem ser digitados em Word ou RTF, fonte Arial 12, respeitando
o número máximo de palavras definido por seção da revista. Todos os originais
submetidos à publicação devem dispor de resumo e palavras-chave alusivas à
temática (com exceção das seções Livros, Notas breves e Cartas).
Da primeira página devem constar (em português, espanhol e inglês): título (até 15
palavras), resumo (até 140 palavras) e no máximo cinco palavras-chave.
Nota: na contagem de palavras do resumo, excluem-se título e palavras-chave.
Notas de rodapé - identificadas por letras pequenas sobrescritas, entre parênteses.
Devem ser sucintas, usadas somente quando necessário.
Citações no texto
As citações devem ser numeradas de forma consecutiva, de acordo com a ordem
em que forem sendo apresentadas no texto. Devem ser identificadas por números
arábicos sobrescritos.
Exemplo:
Segundo Teixeira1,4,10-15
Nota importante: as notas de rodapé passam a ser identificadas por letras pequenas
sobrescritas, entre parênteses. Devem ser sucintas, usadas somente quando
necessário.
Casos específicos de citação:
a) Referência de mais de dois autores: no corpo do texto deve ser citado apenas o
nome do primeiro autor seguido da expressão et al.
b) Citação literal: deve ser inserida no parágrafo entre aspas. No caso da citação vir
com aspas no texto original, substitui-las pelo apóstrofo ou aspas simples.
Exemplo:
“Os ‘Requisitos Uniformes’ (estilo Vancouver) baseiam-se, em grande parte, nas
normas de estilo da American National Standards Institute (ANSI) adaptado pela
NLM.”
c) Citação literal de mais de três linhas: em parágrafo destacado do texto (um enter
antes e um depois), com 4 cm de recuo à esquerda, em espaço simples, fonte
menor que a utilizada no texto, sem aspas, sem itálico, terminando na margem
direita do texto.
Observação: Para indicar fragmento de citação utilizar colchete: [...] encontramos
algumas falhas no sistema [...] quando relemos o manuscrito, mas nada podia ser
feito [...].
Exemplo:
Observação: Para indicar fragmento de citação utilizar colchete: [...] encontramos
algumas falhas no sistema [...] quando relemos o manuscrito, mas nada podia ser
feito [...].
Exemplo:
Esta reunião que se expandiu e evoluiu para Comitê Internacional de Editores de
Revistas Médicas (International Committee of Medical Journal Editors - ICMJE),
89

estabelecendo os Requisitos Uniformes para Manuscritos Apresentados a


Periódicos Biomédicos – Estilo Vancouver 2.
REFERÊNCIAS
Todos os autores citados no texto devem constar das referências listadas ao final
do manuscrito, em ordem numérica, seguindo as normas gerais do
International Committee of Medical Journal Editors (ICMJE) –
http://www.icmje.org. Os nomes das revistas devem ser abreviados de acordo
com o estilo usado no Index Medicus (http://www.nlm.nih.gov/).
As referências são alinhadas somente à margem esquerda e de forma a se
identificar o documento, em espaço simples e separado entre si por espaço duplo.
A pontuação segue os padrões internacionais e deve ser uniforme para todas as
referências:
Dar um espaço após ponto.
Dar um espaço após ponto e vírgula.
Dar um espaço após dois pontos.
Quando a referência ocupar mais de uma linha, reiniciar na primeira posição.

EXEMPLOS:

LIVRO
Autor(es) do livro. Título do livro. Edição (número da edição). Cidade de publicação:
Editora; Ano de publicação.
Exemplo:
Schraiber LB. O médico e suas interações: a crise dos vínculos de confiança. 4a ed.
São Paulo: Hucitec; 2008.
* Até seis autores, separados com vírgula, seguidos de et al., se exceder este
número.
** Sem indicação do número de páginas.
Nota:
Autor é uma entidade:
Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental.
Parâmetros curriculares nacionais: meio ambiente e saúde. 3ª ed. Brasília, DF: SEF;
2001.
Séries e coleções:
Migliori R. Paradigmas e educação. São Paulo: Aquariana; 1993 (Visão do futuro,
v.1).

CAPÍTULO DE LIVRO
Autor(es) do capítulo. Título do capítulo. In: nome(s) do(s) autor(es) ou editor(es).
Título do livro. Edição (número). Cidade de publicação: Editora; Ano de publicação.
página inicial-final do capítulo
Nota:
Autor do livro igual ao autor do capítulo:
Hartz ZMA, organizador. Avaliação em saúde: dos modelos conceituais à prática na
análise da implantação dos programas. Rio de Janeiro: Fiocruz;1997. p. 19-28.
Autor do livro diferente do autor do capítulo:
Cyrino, EG, Cyrino AP. A avaliação de habilidades em saúde coletiva no internato e
na prova de Residência Médica na Faculdade de Medicina de Botucatu - Unesp. In:
Tibério IFLC, Daud Galloti RM, Troncon LEA, Martins MA, organizadores. Avaliação
prática de habilidades clínicas em Medicina. São Paulo: Atheneu; 2012. p. 163-72.
90

* Até seis autores, separados com vírgula, seguidos de et al., se exceder este
número.
** Obrigatório indicar, ao final, a página inicial e final do capítulo.

ARTIGO EM PERIÓDICO
Autor (es) do artigo. Título do artigo. Título do periódico abreviado. Data de
publicação; volume (número/suplemento): página inicial-final do artigo.
Exemplos:
Teixeira RR. Modelos comunicacionais e práticas de saúde. Interface (Botucatu).
1997; 1(1):7-40.
Ortega F, Zorzanelli R, Meierhoffer LK, Rosário CA, Almeida CF, Andrada BFCC, et
al. A construção do diagnóstico do autismo em uma rede social virtual brasileira.
Interface (Botucatu). 2013; 17(44): 119-32.
*até seis autores, separados com vírgula, seguidos de et al. se exceder este
número.
** Obrigatório indicar, ao final, a página inicial e final do artigo.

DISSERTAÇÃO E TESE
Autor. Título do trabalho [tipo]. Cidade (Estado): Instituição onde foi apresentada;
ano de defesa do trabalho.
Exemplos:
Macedo LM. Modelos de Atenção Primária em Botucatu-SP: condições de trabalho
e os significados de Integralidade apresentados por trabalhadores das unidades
básicas de saúde [tese]. Botucatu (SP): Faculdade de Medicina de Botucatu; 2013.
Martins CP. Possibilidades, limites e desafios da humanização no Sistema Único
de Saúde (SUS) [dissertação]. Assis (SP): Universidade Estadual Paulista; 2010.

TRABALHO EM EVENTO CIENTÍFICO


Autor(es) do trabalho. Título do trabalho apresentado. In: editor(es) responsáveis
pelo evento (se houver). Título do evento: Proceedings ou Anais do ... título do
evento; data do evento; cidade e país do evento. Cidade de publicação: Editora;
Ano de publicação. Página inicial-final.
Exemplo:
Paim JS. O SUS no ensino médico: retórica ou realidade [Internet]. In: Anais do 33º
Congresso Brasileiro de Educação Médica; 1995; São Paulo, Brasil. São Paulo:
Associação Brasileira de Educação Médica; 1995. p. 5 [acesso 30 Out 2013].
Disponível em: www.google.com.br.
* Quando o trabalho for consultado on-line, mencionar a data de acesso (dia Mês
abreviado e ano) e o endereço eletrônico: Disponível em: http://www......

DOCUMENTO LEGAL
Título da lei (ou projeto, ou código...), dados da publicação (cidade e data da
publicação).
Exemplos:
Constituição (1988). Constituição da República Federativa d Brasil. Brasília, DF:
Senado Federal; 1988.
Lei nº 8.080, de 19 de Setembro de 1990. Dispõe sobre as condições para a
promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos
serviços correspondentes e dá outras providências. Diário Oficial da União, 19 Set
1990.
91

*Segue os padrões recomendados pela NBR 6023 da Associação Brasileira de


Normas Técnicas (ABNT - 2002), com o padrão gráfico adaptado para o Estilo
Vancouver.

RESENHA
Autor (es).Local: Editora, ano. Resenha de: Autor (es). Título do trabalho.
Periódico. Ano; v(n): página inicial e final.
Exemplo:
Borges KCS, Estevão A, Bagrichevsky M. Rio de janeiro: Fiocruz, 2010. Resenha
de: Castiel LD, Guilam MC, Ferreira MS. Correndo o risco: uma introdução aos
riscos em saúde. Interface (Botucatu). 2012;16(43):1119-21.

ARTIGO EM JORNAL
Autor do artigo. Título do artigo. Nome do jornal. Data; Seção: página (coluna).
Exemplo:
Gadelha C, Mundel T. Inovação brasileira, impacto global. Folha de São Paulo. 2013
Nov. 12; Opinião: A3.

CARTA AO EDITOR
Autor [cartas]. Periódico (Cidade). ano; v(n.): página inicial-final.
Exemplo:
Bagrichevsky M, Estevão A. [cartas]. Interface (Botucatu). 2012;16(43):1143-4.

ENTREVISTA PUBLICADA
Quando a entrevista consiste em perguntas e respostas, a entrada é sempre pelo
entrevistado.
Exemplo:
Yrjö Engeström. A Teoria da Atividade Histórico-Cultural e suas contribuições à
Educação, Saúde e Comunicação [entrevista a Lemos M, Pereira-Querol MA,
Almeida, IM]. Interface (Botucatu). 2013; 715-29.
Quando o entrevistador transcreve a entrevista, a entrada é sempre pelo
entrevistador.
Exemplo:
Lemos M, Pereira-Querol MA, Almeida, IM. A Teoria da Atividade Histórico-Cultural
e suas contribuições à Educação, Saúde e Comunicação [entrevista de Yrjö
Engeström]. Interface (Botucatu). 2013:715-29.

DOCUMENTO ELETRÔNICO
Autor(es). Título [Internet]. Cidade de publicação: Editora; data da publicação [data
de acesso com a expressão “acesso em”]. Endereço do site com a expressão
“Disponível em:”
Com paginação:
Wagner CD, Persson PB. Chaos in cardiovascular system: an update. Cardiovasc
Res. [Internet], 1998 [acesso em 20 Jun. 1999]; 40. Disponível em:
http://www.probe.br/science.html.
Sem paginação:
Abood S. Quality improvement initiative in nursing homes: the ANA acts in an
advisory role. Am J Nurs [Internet]. 2002 Jun [cited 2002 Aug 12];102(6):[about
1 p.]. Available from: http://www.nursingworld.org/AJN/2002/june/Wawatch.htm
92

* Os autores devem verificar se os endereços eletrônicos (URL) citados no texto


ainda estão ativos.
Nota:
Se a referência incluir o DOI, este deve ser mantido. Só neste caso (quando a
citação for tirada do SciELO, sempre haverá o Doi; em outros casos, nem sempre).
Outros exemplos podem ser encontrados em:
http://www.nlm.nih.gov/bsd/uniform_requirements.html

ILUSTRAÇÕES
Imagens, figuras ou desenhos devem estar em formato jpeg ou tiff, com resolução
mínima de 200 dpi, tamanho máximo 16 x 20 cm, em tons de cinza, com legenda e
fonte arial 9. Tabelas e gráficos torre podem ser produzidos em Word ou Excel.
Outros tipos de gráficos (pizza, evolução...) devem ser produzidos em programa de
imagem (photoshop ou corel draw).
Nota:
No caso de textos enviados para a Seção de Criação, as imagens devem ser
escaneadas em resolução mínima de 200 dpi e enviadas em jpeg ou tiff, tamanho
mínimo de 9 x 12 cm e máximo de 18 x 21 cm.
As submissões devem ser realizadas online no endereço:
http://mc04.manuscriptcentral.com/icse-scielo

APROVAÇÃO DOS ORIGINAIS


Todo texto enviado para publicação será submetido a uma pré-avaliação inicial,
pelo Corpo Editorial. Uma vez aprovado, será encaminhado à revisão por pares (no
mínimo dois relatores). O material será devolvido ao (s) autor (es) caso os relatores
sugiram mudanças e/ou correções. Em caso de divergência de pareceres, o texto
será encaminhado a um terceiro relator, para arbitragem. A decisão final sobre o
mérito do trabalho é de responsabilidade do Corpo Editorial (editores e editores
associados). Os textos são de responsabilidade dos autores, não coincidindo,
necessariamente, com o ponto de vista dos editores e do Corpo Editorial da revista.

ANEXO B
93
94

ANEXO C
95

Você também pode gostar