Biotecnologia - Fermentação

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Biotecnologia- A Fermentação

A Biotecnologia explora processos celulares e biomoleculares para


desenvolver tecnologias e produtos que ajudam a melhorar a vida e saúde das
pessoas. Entretanto, essa área do conhecimento humano não é recente. Estima-
se que o uso de processos biológicos de microrganismos tenha começado há
mais de 6.000 anos, com a produção de alimentos, como pães e bebidas
fermentadas, em diversas civilizações.

Atualmente, os avanços da Biotecnologia gera benefícios em diversas áreas,


como saúde, meio ambiente, agricultura e infraestrutura, entre outros. São
produtos e inovações que contribuem para combater doenças, alimentar os
famintos, usar energia mais limpa e em menor quantidade, reduzir o passivo
ambiental e proporcionar processos industriais mais seguros, limpos e
eficientes.

Fermentação é um processo químico, com a ausência de gás oxigênio (O 2), no


qual fungos e bactérias realizam a transformação de matéria orgânica em outros
produtos e energia. É a forma que esses seres encontram de produzir energia
para o desempenho de suas funções biológicas.

Independentemente do ser vivo que está realizando a fermentação, ela sempre


ocorre no citoplasma (ou citosol) da célula e com o auxílio de enzimas, as quais
atuam como catalisadores.

Assim sendo, pode-se dizer que a fermentação é uma via de produção energética
que utiliza uma matéria orgânica, como a glicose. Antes da fermentação ocorrer,
um processo denominado de glicólise é realizado.

 Glicólise

A glicólise é um processo químico no qual fosfatos (P) são incorporados à


molécula de glicose, favorecendo a sua quebra em duas moléculas de ácido
pirúvico, como na equação representada a seguir.
Alguns tipos de fermentação:

 Fermentação Alcoólica

Trata-se de uma fermentação realizada por alguns tipos de bactérias e alguns


fungos (como a levedura). Nessa reação, o ácido pirúvico (cuja fórmula é C 3) é
descarboxilado (perde sua hidroxila), gerando acetaldeído por meio da ação da
enzima piruvato descarboxilase (ausente em animais).

Como resultado dessa fermentação, o NADH produz a redução do acetaldeído a


moléculas de etanol (C2H6O), produzindo ainda o dióxido de carbono (CO2).

Essa fermentação é muito comum na produção de pães, vinhos, cervejas e


etanol.
 Fermentação Lática

A fermentação lática, realizada exclusivamente por ação bacteriana (os


lactobacilos), ocorre quando a glicólise tem como carboidratos a glicose ou a
galactose, obtidas a partir da quebra de uma molécula de lactose (açúcar
presente no leite). Na glicólise com os derivados da lactose, temos a formação de
ácido pirúvico, ATP e NADH2, em vez de NADH.

Por meio da ação da enzima desidrogenase lática, o ácido pirúvico é convertido


(por meio de uma reação de redução) a ácido lático (C 3H6O3), quando a
carbonila torna-se uma hidroxila.
Essa fermentação é muito comum na produção dos iogurtes e queijos.

 Fermentação Acética

A fermentação acética ocorre quando o etanol, obtido a partir da fermentação


alcoólica, entra em contato com bactérias da família Pseudomonaceae, como
a Acetobacter ou Gluconobacter.
Essas bactérias transformam o etanol em moléculas de ácido acético (C 2H4O2)
por meio de um processo de oxidação. O ácido acético é o principal componente
do vinagre.

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