Introdução À Engenharia
Introdução À Engenharia
Introdução À Engenharia
Engenharia
Profª. Grace Jenske
Prof. Luís Urbano Durlo Tambara Júnior
Indaial – 2021
2a Edição
Copyright © UNIASSELVI 2021
Elaboração:
Profª. Grace Jenske
Prof. Luís Urbano Durlo Tambara Júnior
J54i
Jenske, Grace
Introdução à engenharia. / Grace Jenske; Luís Urbano Durlo
Tambara Júnior. – Indaial: UNIASSELVI, 2021.
171 p.; il.
ISBN 978-65-5663-576-7
ISBN Digital 978-65-5663-575-0
1. Engenharia. - Brasil. I. Tambara Júnior, Luís Urbano Durlo. II.
Centro Universitário Leonardo da Vinci.
CDD 620
Impresso por:
Apresentação
Caro acadêmico! Neste Livro Didático de Introdução à Engenharia,
estamos iniciando uma jornada muito importante na sua formação acadê-
mica. Através dos conteúdos apresentados, você conhecerá a evolução da
engenharia e de seu ensino ao longo do tempo.
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para
você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há novi-
dades em nosso material.
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova diagra-
mação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também contribui
para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa
continuar seus estudos com um material de qualidade.
Acesse o QR Code, que levará ao AVA, e veja as novidades que preparamos para seu estudo.
REFERÊNCIAS....................................................................................................................................... 56
REFERÊNCIAS..................................................................................................................................... 118
REFERÊNCIAS..................................................................................................................................... 170
UNIDADE 1 —
OS PRINCÍPIOS DA ENGENHARIA
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade,
você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo
apresentado.
CHAMADA
1
2
TÓPICO 1 —
UNIDADE 1
A HISTÓRIA DA ENGENHARIA
1 INTRODUÇÃO
Caro acadêmico! Neste tópico, vamos fazer uma viagem pela história da en-
genharia desde os primórdios da humanidade até os dias atuais. Você já ficou inde-
ciso na hora de explicar o que um engenheiro faz na prática? Você também já deve
ter se perguntado, algumas vezes, como surgiu a engenharia e como uma série de
criações incríveis que melhoraram a vida dos seres humanos foram pensadas.
3
UNIDADE 1 — OS PRINCÍPIOS DA ENGENHARIA
Segundo Bazzo e Pereira (2011), falar dessa história com alguma profundida-
de exige bastante tempo. Ela é longa, envolvente, empolgante e reveladora. Também
é cheia de aspectos que nos motivam cada vez mais a conhecer e buscar esta fascinan-
te profissão. Nos próximos parágrafos vamos percorrer milhares de anos de história
e compreender os principais aspectos marcantes da engenharia ao longo do tempo.
Foi na Idade do Bronze que surgiram objetos para a caça mais elaborados,
como arpões, lanças, arco e flecha. Conforme as necessidades humanas iam se moldan-
do aos novos estilos de vida, novas descobertas foram feitas, entre elas o uso do metal.
Você deve se perguntar neste momento: como estes dois exemplos tão sim-
ples do surgimento da engenharia se assemelham às grandes obras que vemos hoje
ou aos incríveis avanços tecnológicos que tanto modificam a forma que vivemos? O
aprendizado, assim como a engenharia, foi evoluindo pouco a pouco ao longo do
tempo, assim como as necessidades humanas foram se transformando.
NOTA
4
TÓPICO 1 — A HISTÓRIA DA ENGENHARIA
5
UNIDADE 1 — OS PRINCÍPIOS DA ENGENHARIA
3 A ENGENHARIA MODERNA
Vimos que desde os primórdios da história, o homem buscou criar e aper-
feiçoar ferramentas com o objetivo solucionar problemas e atender as suas neces-
sidades básicas. Durante milhares de anos, a evolução das técnicas foi baseada
na prática, na experiência adquirida, na melhor utilização dos recursos naturais.
6
TÓPICO 1 — A HISTÓRIA DA ENGENHARIA
DICAS
Você já deve ter ouvido falar inúmeras vezes que aprendemos com nossos
acertos, mas que aprendemos muito mais com nossos erros. Na história da enge-
nharia não é diferente. Galileu Galilei publicou em 1638 resultados de um traba-
lho sobre distribuição de tensões que estava em boa parte equivocado. Entretanto,
no mesmo ano, é atribuído a ele o trabalho “Discurso sobre duas novas ciências”,
um marco da aplicação dos conceitos da ciência moderna na engenharia.
Este exemplo de Galileu é importante para entendermos hoje que foi ne-
cessária uma quebra de paradigmas entre os estudiosos ao longo da história para
entenderem que a evolução da engenharia dependia do conhecimento científico.
Esse exemplo é muito bem pontuado por Telles:
Pode-se dizer que a Engenharia científica só teve início quando se co-
meçou a chegar um consenso de que tudo aquilo que se fazia em base
empírica e intuitiva, era na realidade regida por leis físicas e matemá-
7
UNIDADE 1 — OS PRINCÍPIOS DA ENGENHARIA
4 A ENGENHARIA ATUAL
Visemos uma longa viagem até chegarmos à prática da engenharia atual.
Vimos que historicamente, a engenharia sempre buscou destinar seus esforços a
objetivos concretos e palpáveis e sempre foi sinônimo de desenvolvimento. Con-
tudo, com os avanços tecnológicos, e esses, somente possíveis graças ao avanço
científico, a engenharia passou a ter um caráter mais complexo e o profissional
passou a ter um perfil de múltiplas competências.
8
TÓPICO 1 — A HISTÓRIA DA ENGENHARIA
9
UNIDADE 1 — OS PRINCÍPIOS DA ENGENHARIA
FONTE: Os autores
10
TÓPICO 1 — A HISTÓRIA DA ENGENHARIA
1) Avião (1906)
2) Radar (1904)
11
UNIDADE 1 — OS PRINCÍPIOS DA ENGENHARIA
6) Televisão (1923)
7) Penicilina (1928)
12
TÓPICO 1 — A HISTÓRIA DA ENGENHARIA
DICAS
5 A ENGENHARIA NO BRASIL
Os primeiros registros do exercício da prática de engenharia no Brasil estão
datados em 1549, com a fundação do Governo Geral e da Cidade de Salvador, quan-
do Thomé de Souza trouxe ao Brasil-Colônia pela primeira vez um grupo de constru-
tores de edificações civis e religiosas. Entre as primeiras construções de destaque no
Brasil Colônia estão os fortes para a defesa do litoral e das fronteiras terrestres.
Você deve relembrar, agora, várias obras desse período que persistem até
os dias atuais em nosso país. Entretanto, é importante ressaltarmos que foi quase
cem anos depois, em 1648, que a Corte Portuguesa contratou o holandês Miquel
Timermans para ensinar a arte e a ciência da engenharia no Brasil.
13
UNIDADE 1 — OS PRINCÍPIOS DA ENGENHARIA
14
TÓPICO 1 — A HISTÓRIA DA ENGENHARIA
6 O ENSINO DA ENGENHARIA
Os registros mais antigos do ensino da engenharia são datados em 335
a.C. na Grécia, com a Academia de Platão e em 290 a.C. com a Escola de Ale-
xandria. Entretanto, foi somente nos séculos XVI e XVII que o termo engenharia
começou a ser utilizado. Em 1506 foi fundada em Veneza a primeira escola dedi-
cada à formação de engenheiros e artilheiros.
Na Figura 11, temos a primeira escola moderna de engenharia que foi fundada
em Paris, em 1747, a “École Nationale des Ponts et Chaussées”, que tinha por objetivo de
fato o ensino dos conceitos matemáticos e sua aplicação em problemas de engenharia.
Muita coisa mudou quando se fala do ensino da engenharia dos séculos XVII
e XIX para o ensino atual. O perfil do profissional de engenharia também mudou ao
longo dos séculos. Atualmente, você está iniciando um processo de formação com
base em conceitos interdisciplinares que se conectam para criar soluções para proble-
mas locais e globais. Lembre-se: não basta mais apenas saber, é preciso saber fazer.
16
TÓPICO 1 — A HISTÓRIA DA ENGENHARIA
TUROS
ESTUDOS FU
17
UNIDADE 1 — OS PRINCÍPIOS DA ENGENHARIA
NOTA
Para você ter uma noção, segundo informações extraídas do sistema e-MEC (emec.
mec.gov.br), base de dados oficial dos cursos e Instituições de Educação Superior – IES regula-
mentado pela Portaria Normativa nº 21, de 21/12/2017, em 2021 existem 6.440 cursos de Engenha-
ria em atividade, sendo 5.872 na modalidade presencial e 568 na modalidade ensino a distância.
18
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
• A maioria das mudanças que ocorreram nos últimos séculos e que mudaram o mun-
do estão correlacionadas ao avanço científico e são marcos na história da engenharia.
• Podemos definir engenharia como uma área do conhecimento que aplica mé-
todos destinados à utilização de recursos naturais para criar elementos que
facilitem a vida da sociedade.
• O ensino da engenharia tinha como foco inicial o ensino dos conceitos matemáti-
cos e sua aplicação em problemas de engenharia. Os primeiros cursos eram vol-
tados às áreas da metalurgia, do desenvolvimento militar e da construção civil.
19
• No dia 11 de dezembro de 1933, regulamentaram-se as profissões de Enge-
nheiro Agrônomo e Engenheiro Civil, no país. Foi também neste ano, que se
criaram os Conselhos Regionais de Engenharia e Agronomia (CREA), subor-
dinados ao Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (CONFEA).
20
AUTOATIVIDADE
a) ( ) Galileu Galilei.
b) ( ) Oscar Niemayer.
c) ( ) Thomas Edson.
d) ( ) Leonardo da Vinci.
21
a) ( ) CONFEA.
b) ( ) MEC.
c) ( ) CREA.
d) ( ) FNE.
22
TÓPICO 2 —
UNIDADE 1
MODALIDADES DA ENGENHARIA
1 INTRODUÇÃO
O objetivo deste tópico é fazer você conhecer um pouco melhor quais são
as competências legais de diferentes profissionais da engenharia. Além disso, é
importante destacar que muitas vezes você precisará trabalhar com outras espe-
cializações ao longo da sua carreira ou irá se deparar com projetos profissionais
nos quais precisará buscar auxílio em outras áreas para desenvolver.
2 RAMIFICAÇÕES DA ENGENHARIA
As responsabilidades e atividades que dizem respeito ao exercício da pro-
fissão de engenheiro são muitas. Essas atribuições profissionais vão desde planejar,
projetar, estudar, analisar, avaliar, ensinar, pesquisar, fiscalizar, coordenar, entre
muitas outras atuações. Os engenheiros de cada área do conhecimento possuem uma
base teórica que pode ser empregada em diversos ambientes. Esse contexto pode ser
melhor compreendido através da explicação de Bazzo e Pereira (2011, p. 98):
Se considerarmos os possíveis campos de atuação da engenharia, logo
perceberemos que eles são por demais amplos para que uma só pessoa
possa dominar, com excelência, a tecnologia, o embasamento científico
específico, as técnicas de cálculo e as experiências vinculadas a todas as
suas múltiplas atividades. Para termos uma ideia dessa complexidade,
basta lembrar que não só questões técnicas, mas também questões sociais,
ecológicas, econômicas e tantas outras fazem parte do trabalho dos enge-
nheiros ou são afetadas direta ou indiretamente por suas atividades.
Assim, podemos afirmar que existem diversas áreas na sociedade que pre-
cisam de profissionais especializados e que dominem um determinado campo
de atuação. Não é mais possível alguns poucos especialistas dominarem conteú-
dos para propuserem soluções que atendam a uma sociedade tão complexa e em
constante mudança como a que temos atualmente.
23
UNIDADE 1 — OS PRINCÍPIOS DA ENGENHARIA
24
TÓPICO 2 — MODALIDADES DA ENGENHARIA
25
UNIDADE 1 — OS PRINCÍPIOS DA ENGENHARIA
26
TÓPICO 2 — MODALIDADES DA ENGENHARIA
NOTA
Se você pensar em sua rotina, perceberá que existe uma série de “máqui-
nas” com as quais interage constantemente. A televisão, a geladeira, o automóvel,
o computador, a máquina de lavar roupa, o fogão e até mesmo os produtos mais
simples que você conhece passaram por máquinas ou precisaram de uma para
serem produzidos. O engenheiro mecânico é o profissional responsável por pro-
jetar e desenvolver essas máquinas e seus motores.
27
UNIDADE 1 — OS PRINCÍPIOS DA ENGENHARIA
• Mecânica pesada: que trata dos grandes elementos, como turbinas hidráuli-
cas, guindastes, pontes rolantes etc., que normalmente são fabricados unida-
de por unidade.
• Produção em série: produtos fabricados em grandes quantidades, geralmen-
te em linhas automatizadas, como carros, geladeiras, máquinas de costura etc.
• Mecânica fina: instrumentos e equipamentos de grande nível de precisão,
como impressoras para computadores, instrumentos de medição, máquinas
fotográficas etc.
28
TÓPICO 2 — MODALIDADES DA ENGENHARIA
DICAS
O desenho técnico entra como um instrumento elementar para que a excelência do tra-
balho seja alcançada. Sendo a última etapa de um planejamento, ele é responsável por in-
formar detalhes e precisões do produto em desenvolvimento, tornando o processo eficaz
e minimizando erros, já que se trata da representação final do projeto.
A normatização que rege o Desenho Técnico é editada pela Associação Brasileira de Normas
Técnicas (ABNT), que define os padrões nacionais, alinhados aos internacionais, aprovados
pela ISO (Organização Internacional de Normalização). Essa normatização garante que os pro-
jetos sejam compreendidos por qualquer um que tenha conhecimento da regulamentação.
29
UNIDADE 1 — OS PRINCÍPIOS DA ENGENHARIA
30
TÓPICO 2 — MODALIDADES DA ENGENHARIA
Algumas das empresas que mais contratam este profissional são: usinas,
subestações, linhas de transmissão, empresas de telecomunicações, indústrias de
material elétrico e eletrônico, automobilística e construção civil. Um engenheiro
elétrico pode trabalhar em órgãos públicos (como secretarias, ministérios e insti-
tuições municipais, estaduais e federais), na iniciativa privada e como autônomo.
31
UNIDADE 1 — OS PRINCÍPIOS DA ENGENHARIA
DICAS
32
TÓPICO 2 — MODALIDADES DA ENGENHARIA
33
UNIDADE 1 — OS PRINCÍPIOS DA ENGENHARIA
DICAS
35
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
36
AUTOATIVIDADE
a) ( ) V – V – V – F.
b) ( ) F – F – F – V.
c) ( ) F – F – V – V.
d) ( ) V – F – V – F.
I- Engenharia Mecânica.
II- Engenharia Elétrica.
III- Engenharia Civil.
( ) Infraestrutura e urbanismo.
( ) Máquinas, mecanismos, manufatura, energia térmica e mecânica.
( ) Eletroeletrônica, computação, iluminação, instrumentação, energia elé-
trica e magnética.
a) ( ) I – III – II.
b) ( ) II – III – I.
c) ( ) I – II – III.
d) ( ) III – I – II.
38
TÓPICO 3 —
UNIDADE 1
1 INTRODUÇÃO
39
UNIDADE 1 — OS PRINCÍPIOS DA ENGENHARIA
40
TÓPICO 3 — A IMPORTÂNCIA DO NÚCLEO DE CONTEÚDOS BÁSICOS, ESPECÍFICOS E PROFISSIONALIZANTES
41
UNIDADE 1 — OS PRINCÍPIOS DA ENGENHARIA
Assim, ao cursar o núcleo de conteúdos básicos, que por sua vez é desenvol-
vido em diferentes níveis de conhecimentos, você terá o embasamento teórico neces-
sário para desenvolver seu aprendizado como um futuro profissional de engenharia.
DICAS
Caro acadêmico, realize uma busca da grade curricular dos cursos de enge-
nharia ofertados em nosso site “https://portal.uniasselvi.com.br/” e observe quais são as dis-
ciplinas em comum entre os cursos que constituem o núcleo de conteúdos básicos.
E
IMPORTANT
42
TÓPICO 3 — A IMPORTÂNCIA DO NÚCLEO DE CONTEÚDOS BÁSICOS, ESPECÍFICOS E PROFISSIONALIZANTES
E
IMPORTANT
LABORATÓRIOS VIRTUAIS
43
UNIDADE 1 — OS PRINCÍPIOS DA ENGENHARIA
46
TÓPICO 3 — A IMPORTÂNCIA DO NÚCLEO DE CONTEÚDOS BÁSICOS, ESPECÍFICOS E PROFISSIONALIZANTES
47
UNIDADE 1 — OS PRINCÍPIOS DA ENGENHARIA
49
UNIDADE 1 — OS PRINCÍPIOS DA ENGENHARIA
LEITURA COMPLEMENTAR
No mesmo estudo, foi possível notar que de três países em análise (Esta-
dos Unidos, Brasil e Inglaterra) as mulheres representam mais de 50% em relação
à população total, mas ainda assim não chegam nem a 20% de representatividade
em cargos de liderança.
50
TÓPICO 3 — A IMPORTÂNCIA DO NÚCLEO DE CONTEÚDOS BÁSICOS, ESPECÍFICOS E PROFISSIONALIZANTES
Ainda que o cenário tenha começado a mudar, Liedi ressalta que o movi-
mento se dá por uma evolução cultural e não por políticas públicas que poderiam
aumentar ainda mais a participação feminina neste campo.
Em 2017, foi realizado o Censo da Educação Superior pelo Quero Bolsa e dados
apontam que o sexo feminino é maioria em porcentagem de ingresso em pelo menos
três cursos da área: Engenharia de Alimentos, 62,9%, Engenharia de Bioprocessos e
Biotecnologia, 59,4%, Engenharia Têxtil, 53,6%. Por outro lado, em cursos tradicionais
como Engenharia Civil, Engenharia Mecânica e Engenharia Elétrica as porcentagens
não são muito animadoras sendo 27,7%, 9,8% e 11,7%, respectivamente.
51
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu que:
52
• A grade curricular dos cursos de Engenharia deve prever a realização de ati-
vidades práticas e de laboratório, tanto para os conteúdos básicos como para
os específicos e profissionais.
CHAMADA
53
AUTOATIVIDADE
54
3 Os conteúdos a serem trabalhados nas disciplinas correspondentes ao nú-
cleo de conteúdos específicos baseiam-se em conhecimentos científicos,
tecnológicos e instrumentais necessários para a caracterização das modali-
dades de Engenharia. Assinale a alternativa CORRETA em que se compre-
ende como componentes do Núcleo de Conteúdos Específicos:
a) ( ) V – V – V – F.
b) ( ) F – F – V – V.
c) ( ) F – F – V – V.
d) ( ) V – F – F – V.
55
REFERÊNCIAS
ABEPRO. A profissão. c2021. Disponível em: http://portal.abepro.org.br/a-profis-
sao/. Acesso em: 18 maio 2021.
56
TELLES, P. C. S. História da engenharia no Brasil: século XX. Rio de Janeiro:
Clavero, 1993.
57
58
UNIDADE 2 —
A PRÁTICA DA ENGENHARIA
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em quatro tópicos. No decorrer da
unidade, você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o
conteúdo apresentado.
CHAMADA
59
60
TÓPICO 1 —
UNIDADE 2
1 INTRODUÇÃO
61
UNIDADE 2 — A PRÁTICA DA ENGENHARIA
62
TÓPICO 1 — competências e atribuições profissionais do engenheiro
3 COMPETÊNCIA DO ENGENHEIRO
No Decreto nº 23.569 (BRASIL, 1933a) são apresentadas as primeiras com-
petências para profissionais de engenharia, arquitetura e agrimensura, exigindo a
conclusão e oficialização dos cursos, sendo exigido a licença e registro de carteira
profissional em um conselho regional.
64
TÓPICO 1 — competências e atribuições profissionais do engenheiro
4 ATRIBUIÇÃO PROFISSIONAL
Por se tratar de atividades que envolvem questões de segurança pública,
as profissões de Engenharia, Engenharia Operacional, Tecnólogos e Técnicos, são
regulamentadas pelos governos, no que se refere às atribuições profissionais e
nos termos de responsabilidade técnica e civil das suas obras.
65
UNIDADE 2 — A PRÁTICA DA ENGENHARIA
DICAS
Para maiores informações sobre a Lei nº 5.194 confira o link no site do governo:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L5194.htm.
66
TÓPICO 1 — competências e atribuições profissionais do engenheiro
67
UNIDADE 2 — A PRÁTICA DA ENGENHARIA
68
TÓPICO 1 — competências e atribuições profissionais do engenheiro
69
UNIDADE 2 — A PRÁTICA DA ENGENHARIA
70
TÓPICO 1 — competências e atribuições profissionais do engenheiro
71
UNIDADE 2 — A PRÁTICA DA ENGENHARIA
ATENCAO
72
TÓPICO 1 — competências e atribuições profissionais do engenheiro
NOTA
73
UNIDADE 2 — A PRÁTICA DA ENGENHARIA
AUTOATIVIDADE
1 Qual é a sua definição de ética e código de ética do Engenheiro? É ético para os En-
genheiros do grupo I oferecerem serviços de projeto e construção de instalações?
74
TÓPICO 1 — competências e atribuições profissionais do engenheiro
DICAS
75
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
76
AUTOATIVIDADE
a) ( ) Inep.
b) ( ) NSPE.
c) ( ) CAU.
d) ( ) CREA.
77
5 “A profissão de engenharia não deve servir somente de instrumento para
atender as suas pretensões pessoais. Deve, também, colocar-se à disposição
da sociedade como agente de transformação e do desenvolvimento. Deve
estar direcionado de um espírito ético, para que corresponda aos anseios de
todos, através do seu trabalho digno e útil”. Esta afirmação está vinculada
a qual tipo de responsabilidade do profissional de engenharia?
78
TÓPICO 2 —
UNIDADE 2
ASSOCIAÇÕES E CONSELHOS DE
ENGENHARIA
1 INTRODUÇÃO
2 HISTÓRICO DO CONSELHO
A primeira profissão a ser regulamentada foi a de engenheiro agrônomo, por
meio do Decreto nº 23.196 (BRASIL, 1933b), no entanto, naquela época os profissionais
eram desprovidos de órgãos fiscalizadores, sendo esta função exercida pelo Ministé-
rio da Agricultura. Em razão disso, com o apoio de diversas associações e clubes de
engenharia, o Sindicato Nacional de Engenheiros e o Instituto de Engenharia de São
Paulo – conhecidos como “entidades precursoras” – promulgaram o Decreto nº 23.569
(BRASIL, 1933a). Essa norma passou a regular o exercício das profissões de engenhei-
ro, de arquiteto e de agrimensor. Este decreto criou o Conselho Federal e os Conselhos
Regionais de Engenharia e Arquitetura, CONFEA e CREAs respectivamente.
79
UNIDADE 2 — A PRÁTICA DA ENGENHARIA
NOTA
80
TÓPICO 2 — ASSOCIAÇÕES E CONSELHOS DE ENGENHARIA
DICAS
81
UNIDADE 2 — A PRÁTICA DA ENGENHARIA
CREA-RR [email protected]
CREA-RS [email protected]
CREA-SC [email protected]
CREA-SE [email protected]
CREA-SP [email protected]
CREA-TO [email protected]
FONTE: Adaptada de <https://bit.ly/35pZjrP>. Acesso em: 3 mar. 2021.
82
TÓPICO 2 — ASSOCIAÇÕES E CONSELHOS DE ENGENHARIA
83
UNIDADE 2 — A PRÁTICA DA ENGENHARIA
O profissional punido por falta de registro não pode obter a carteira profissio-
nal, sem antes efetuar o pagamento das multas em que houver incorrido. Para solicitar
o registro definitivo da carteira do CREA são necessários os seguintes documentos:
NOTA
O profissional punido por falta de registro não pode obter a carteira profissional, sem antes
efetuar o pagamento das multas em que houver incorrido.
84
TÓPICO 2 — ASSOCIAÇÕES E CONSELHOS DE ENGENHARIA
ATENCAO
85
UNIDADE 2 — A PRÁTICA DA ENGENHARIA
86
TÓPICO 2 — ASSOCIAÇÕES E CONSELHOS DE ENGENHARIA
• Plenário.
• Câmaras Especializadas.
• Presidência.
• Diretoria e Inspetorias.
• Comissões Permanentes.
• Comissões Especiais.
• Grupos de Trabalho.
• Órgãos Consultivos.
DICAS
Para maiores informações sobre a resolução n° 1.010 (BRASIL, 2005), que dis-
põe sobre a regulamentação da atribuição de títulos profissionais, atividades, competên-
cias e caracterização do âmbito de atuação dos profissionais inseridos no Sistema Confea/
Crea, para efeito de fiscalização do exercício profissional.
FONTE: <https://bit.ly/35no8Vp>. Acesso em: 28 maio 2021.
87
UNIDADE 2 — A PRÁTICA DA ENGENHARIA
De acordo com a Lei nº 4.950 (BRASIL, 1966) que dispõe sobre a remu-
neração de profissionais diplomados em Engenharia, Agronomia e outras áreas
– estabelece que a remuneração mensal mínima recebida por um profissional de-
vidamente graduado em um curso de nível superior não deve ser inferior do que
seis salários mínimos (R$ 6.600) por uma jornada de trabalho diária de seis horas.
Já o piso salarial do engenheiro com uma carga de trabalho diária de oito horas é
estabelecido em R$ 9.350,00, o que representa oito salários mínimos e meio, valo-
res com base no salário mínimo publicado no ano de 2021. No entanto, para pro-
fissionais recém-formados e devido outras circunstâncias estes valores podem ser
menores durante uma procura de vaga no mercado de trabalho pelos profissionais.
88
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
89
AUTOATIVIDADE
90
5 A habilitação de engenheiro emitida pelo CONFEA/CREA consta como
sendo o registro nacional do profissional e demais identificações do profis-
sional. O profissional punido por falta de registro não pode obter a carteira
profissional, sem antes efetuar o pagamento das multas em que houver in-
corrido. Para solicitar o registro definitivo da carteira do CREA são neces-
sários quais documentos obrigatoriamente?
91
92
TÓPICO 3 —
UNIDADE 2
1 INTRODUÇÃO
2 NÍVEIS DE NORMALIZAÇÃO
As normas asseguram as características desejáveis de produtos e serviços,
como qualidade, segurança, confiabilidade, eficiência, intercambialidade, bem
como respeito ambiental – e tudo isto a um custo econômico.
94
TÓPICO 3 — normas técnicas para engenharia
b) O dos grupos de empresas que formam consórcios que elaboram normas para
determinados empreendimento.
95
UNIDADE 2 — A PRÁTICA DA ENGENHARIA
pelos organismos nacionais de normalização dos quatro países membros, que são
IRAM (Argentina), ABNT (Brasil), INTN (Paraguai) e UNIT (Uruguai). As normas
elaboradas nesse âmbito são identificadas com a sigla NM (ABNT, 2021).
Como exemplo, temos: American Society for Testing and Materials (ASTM).
3 TIPOS DE NORMAS
Para a realização das normas existem condições de exigências de regras
reconhecidas de tecnologia. Dentre as normas disponíveis ao público, temos as
principais associadas aos níveis de normalização anteriormente abordados: Norma
internacional, Norma regional, Norma nacional, Norma territorial (ABNT, 2006).
96
TÓPICO 3 — normas técnicas para engenharia
• Tipos de normas: conforme a ABNT ISO/IEC GUIA 2:2006 (ABNT, 2006) há di-
versos tipos de normas, para a mais variada abrangência, dentre elas podemos
classificar as: normas básicas (contendo prescrições gerais), normas de termino-
logia (estabelece termos e definições), normas de ensaio (estabelece métodos de
ensaio), normas de produto (especifica requisitos para um produto), normas de
processo (especifica requisitos para um processo), normas de serviço (especifica
requisito para um serviço), normas de interface (especifica requisitos relativos à
compatibilidade de produto) e normas sobre dados a serem fornecidos (contem
lista de características onde valores ou outros dados são indicados).
DICAS
97
UNIDADE 2 — A PRÁTICA DA ENGENHARIA
Fique atento às alterações das normas ABNT e das normas técnicas, pois
elas são atualizadas constantemente. Dessa forma, você terá sempre em mãos a
maneira mais acertada de agir nos procedimentos referentes a elas.
98
TÓPICO 3 — normas técnicas para engenharia
99
UNIDADE 2 — A PRÁTICA DA ENGENHARIA
100
TÓPICO 3 — normas técnicas para engenharia
101
UNIDADE 2 — A PRÁTICA DA ENGENHARIA
Por fim, é necessário estar sempre atento às normativas, pois elas estão
sempre se atualizando. Neste tópico foi apresentado como acessar as normas
através da internet, mas também é possível adquirir as normas através de com-
pras e convênios por empresas.
102
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu que:
103
AUTOATIVIDADE
a) ( ) Controle de variedade.
b) ( ) Identificar responsabilidade técnica.
c) ( ) Fiscalização jurídica.
d) ( ) Controle de variação.
104
4 Dentre as normativas utilizadas na engenharia, existe uma que trata especifi-
camente do uso dos Equipamentos de Proteção Individual, ou EPIs, no local
de trabalho. Eles devem estar de acordo com os riscos identificados na reali-
zação das tarefas de cada trabalhador, proporcionando-lhes mais segurança.
O seu objetivo é estabelecer regras para que as empresas evitem acidentes,
protegendo a saúde do trabalhador e prevenindo as chamadas doenças ocu-
pacionais. Que norma está sendo referida na afirmação do exposto?
105
106
TÓPICO 4 —
UNIDADE 2
1 INTRODUÇÃO
Imagine uma obra em que não haja responsável e que acabe colocando em
risco a vida de centenas de pessoas devido um mal projeto. Quem poderíamos res-
ponsabilizar sem conhecer o projetista da obra, o executor ou contratante da obra?
Para isso entra em cena a função da anotação de responsabilidade técnica na cons-
trução civil e demais projetos de engenharias. Onde é possível identificar o respon-
sável técnico da obra ou serviço prestado, ambos os lados, contratante e contratado.
2 REGULAMENTAÇÃO DA ART
Além da Lei Federal nº 6.496 – de 7 de dezembro de 1977 (BRASIL, 1977), citada
anteriormente, outra legislação importante do Sistema CONFEA/CREAs com relação à
ART é Resolução nº 1025, de 30 de outubro de 2009 (BRASIL, 2009), que além de dispor
sobre a Anotação de Responsabilidade Técnica, estabelece procedimento para à emis-
são da Certidão de Acervo Técnico Profissional e registro de Atestado Técnico.
107
UNIDADE 2 — A PRÁTICA DA ENGENHARIA
Para efeito desta resolução, a ART deve ser baixada em função de algum
dos seguintes motivos (BRASIL, 2009):
2 Classificação por forma de registro: Pode ser classificada como registro inicial,
complementar ou de substituição.
• A ART inicial ocorre antes do início de toda atividade técnica a ser realizada
e é necessário realizar seu registro.
• A ART complementar é realizada quando é necessário complementar infor-
mações iniciais, seja por meio de uma alteração no contrato ou pela necessida-
de de um detalhamento maior das atividades descritas, sendo registrado uma
ART complementar que deve ser vinculada a ART inicial.
108
TÓPICO 4 — ANOTAÇÃO DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA EM ENGENHARIA (art)
3 Classificação por participação técnica: Para este tipo de classificação são defi-
nidas quatro partes: individual, de coautoria, corresponsabilidade e de equipe.
109
UNIDADE 2 — A PRÁTICA DA ENGENHARIA
110
TÓPICO 4 — ANOTAÇÃO DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA EM ENGENHARIA (art)
DICAS
FONTE: https://www.confea.org.br/sistema-profissional/creas>.
111
UNIDADE 2 — A PRÁTICA DA ENGENHARIA
LEITURA COMPLEMENTAR
112
TÓPICO 4 — ANOTAÇÃO DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA EM ENGENHARIA (art)
Serviços, ainda, definido por Kotler e Keller (2012) como qualquer ato ou
desempenho, essencialmente intangível, que uma parte pode oferecer a outra e
que não resulta na propriedade de nada. Tendo em vista o cenário exposto, pro-
põe-se como objetivo deste artigo investigar a viabilidade de fomentar a forma-
ção de engenheiros para atuar no setor de serviços atendendo as Diretrizes Cur-
riculares Nacionais (DCN) dos cursos de Engenharia e a procura de profissionais
com o perfil de um engenheiro de serviços.
113
UNIDADE 2 — A PRÁTICA DA ENGENHARIA
114
RESUMO DO TÓPICO 4
Neste tópico, você aprendeu que:
CHAMADA
115
AUTOATIVIDADE
a) ( ) Não pode ser responsabilizado pelo crime de homicídio, pois não teve
a intenção de causar a morte do pedreiro.
b) ( ) Não pode ser responsabilizado pelo crime de homicídio, por ausência
de dolo, mas responde por lesão corporal grave.
c) ( ) Deve ser responsabilizado por homicídio doloso, com diminuição de pena
porque o crime resultou de inobservância de regra técnica de profissão.
d) ( ) Deve ser responsabilizado por homicídio culposo, com aumento de pena
porque o crime resultou de inobservância de regra técnica de profissão.
116
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
a) ( ) V – F – V.
b) ( ) V – V – V.
c) ( ) F – F – F.
d) ( ) F – V – V.
117
REFERÊNCIAS
ABNT. Níveis de normalização. Rio de Janeiro: ABNT, 2021. Disponível em: ht-
tps://bit.ly/3cJJeBj. Acesso em: 23 fev. 2021.
ABNT. NBR 6136: Blocos vazados de concreto simples para alvenaria – requisi-
tos. Rio de Janeiro: ABNT, 2016.
118
BRASIL. Resolução nº 1.025, de 30 de outubro de 2009. Dispõe sobre a Anotação
de Responsabilidade Técnica e o Acervo Técnico Profissional, e dá outras provi-
dências. Disponível em: https://bit.ly/3pXH5HV. Acesso em: 31 maio 2021.
119
BRASIL, Decreto nº 23.196 de 12 de outubro de 1933. Lex: CLBR DE 1933b. V.
4., P. 12, 1933.
120
FEISER, J. Ethics. Internet Encyclopedia of Philisophy. Disponível em: https://bit.
ly/3gzundR. Acesso em: 31 maio 2021.
MEIRELLES, H. L. Direito administrativo brasileiro. 21. ed. São Paulo: Malheiros, 1996.
NSPE (The National Society of Professional Engineers). Code of Ethics for Engi-
neers. 2019. Disponível em: https://bit.ly/3wsxU4z. Acesso em: 21 fev. 2021.
121
122
UNIDADE 3 —
ENGENHARIA E SOCIEDADE
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade,
você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo
apresentado.
CHAMADA
123
124
TÓPICO 1 —
UNIDADE 3
O ENGENHEIRO E O MERCADO DE
TRABALHO
1 INTRODUÇÃO
125
UNIDADE 3 — ENGENHARIA E SOCIEDADE
126
TÓPICO 1 — O ENGENHEIRO E O MERCADO DE TRABALHO
127
UNIDADE 3 — ENGENHARIA E SOCIEDADE
3 O MERCADO DE TRABALHO
O mercado de trabalho tem por finalidade estabelecer uma relação entre a
oferta de trabalho e a busca por profissionais. Antes de iniciar o curso de gradua-
ção, você provavelmente realizou pesquisas para entender como é essa relação de
oferta/demanda profissional na área de Engenharia e quais os campos de atuação
da modalidade de Engenharia que você escolheu.
Analisando de forma geral, o mercado de trabalho para as mais diversas
modalidades da Engenharia sempre foi um dos mais estáveis ao longo dos anos
em relação a outras profissões e frente às transformações que ocorreram na so-
ciedade. Transformações que ainda ocorrem de forma rápida e que impactam em
uma necessidade de ampliação das atribuições dos engenheiros.
128
TÓPICO 1 — O ENGENHEIRO E O MERCADO DE TRABALHO
O Estado com o maior número de registros no país foi São Paulo com
30,7%, seguido de Minas Gerais com 14,0% e Rio de Janeiro com 10,2%. O número
de novos profissionais da engenharia registrados anualmente aumentou de 34,5
mil, em 2010, para 61 mil, em 2018.
130
TÓPICO 1 — O ENGENHEIRO E O MERCADO DE TRABALHO
131
UNIDADE 3 — ENGENHARIA E SOCIEDADE
DICAS
Acadêmico, você sabe o que são soft skills e como desenvolvê-las para cres-
cer na carreira?
Segundo Daniel Goleman, psicólogo e jornalista científico americano, “há uma lacuna
entre o que líderes esperam de recém-formados e o que estes recém-contratados ofe-
recem”. Na maioria dos casos, essa lacuna profissional refere-se às soft skills, que são ha-
bilidades e competências que caracterizam a forma que nos relacionamos com os outros.
Na figura a seguir, você pode observar as dez Soft Skills listadas como ideais pelo Fórum Econômi-
co Mundial que todo profissional precisa ter para se adaptar ao mercado de trabalho atualmente.
Quer saber mais? Acesse o link: https://bit.ly/35vH7gD.
FIGURA 6 – SOFT SKILLS LISTADAS COMO IDEAIS PELO FÓRUM ECONÔMICO MUNDIAL
132
TÓPICO 1 — O ENGENHEIRO E O MERCADO DE TRABALHO
133
UNIDADE 3 — ENGENHARIA E SOCIEDADE
DICAS
134
TÓPICO 1 — O ENGENHEIRO E O MERCADO DE TRABALHO
FONTE: Os autores
Além dos ramos de atuação apresentados, uma opção cada vez mais pro-
curada pelos profissionais da Engenharia é o empreendedorismo. É uma alterna-
tiva para quem deseja utilizar os conhecimentos adquiridos durante a graduação
para abrir seu próprio negócio e ainda atuar na sua área de formação.
136
TÓPICO 1 — O ENGENHEIRO E O MERCADO DE TRABALHO
Jornada
Cargo Recém-formado Média
(horas/semana)
Engenheiro
42 6.333,34 8.938,95
Civil
Engenheiro de
42 5.204,22 7.797,33
Produção
Engenheiro Eletricista 41 5.948,39 7.957,48
Engenheiro Ambiental 42 5.072,90 7.197,76
Engenheiro
41 6.149,17 8.591,78
Químico
Engenheiro Mecânico 42 5.869,70 8.270,75
FONTE: Adaptada de <https://bit.ly/3iOVS6b>. Acesso em: abr. 2021.
137
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
138
AUTOATIVIDADE
139
3 Os cursos de ensino superior em Engenharia possuem por finalidade capa-
citar os acadêmicos para o mercado de trabalho e capacitá-lo nas chamadas
soft skills, que são as competências profissionais. Com relação as soft skills,
analise as seguintes sentenças:
140
TÓPICO 2 — A
UNIDADE 3
IMPORTÂNCIA DA ENGENHARIA NO
DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO
1 INTRODUÇÃO
2 GLOBALIZAÇÃO E ENGENHARIA
Nós vivemos em um mundo de grandes e constantes mudanças. A huma-
nidade passou por um processo de evolução em que os indivíduos começaram a
se organizar em tribos, depois em vilarejos, cidades, estados e nações. Essa evo-
lução natural, aliada ao advento das tecnologias, fez com que todos os povos do
mundo se tornassem interdependentes.
141
UNIDADE 3 — ENGENHARIA E SOCIEDADE
NOTA
Nos anos 2000, o Fundo Monetário Internacional (FMI) identificou quatro aspec-
tos básicos da globalização: comércio e transações financeiras, movimentos de capital e
de investimento, migração e movimento de pessoas e a disseminação de conhecimento.
142
TÓPICO 2 — A IMPORTÂNCIA DA ENGENHARIA NO DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO
Caro acadêmico, voltamos ao ponto em que cada vez mais se exige do pro-
fissional habilitado a capacidade de diagnóstico, de solução de problemas, de to-
mar decisões, de intervir no processo de trabalho, de trabalhar em equipe, auto-or-
ganização e enfrentamento de situações de constantes mudanças (DELUIZ, 2004).
143
UNIDADE 3 — ENGENHARIA E SOCIEDADE
DICAS
Acadêmico, você pode observar que essas evoluções tecnológicas que per-
mitem produzir mais, em menor tempo, com maior qualidade e menor custo,
só foram possíveis através da Engenharia. As Nações que têm por prioridade o
investimento em educação, pesquisa e tecnologia, possuem um desenvolvimento
econômico mais acelerado em relação às que investem menos.
145
UNIDADE 3 — ENGENHARIA E SOCIEDADE
• petróleo e gás;
• administração pública, saúde e educação;
• indústria extrativa mineral;
• construção residencial;
• indústria de transformação;
• serviços de informação, intermediação financeira e serviços prestados a
empresas;
• infraestrutura.
NOTA
146
TÓPICO 2 — A IMPORTÂNCIA DA ENGENHARIA NO DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO
4 PROJETOS EM ENGENHARIA
Acadêmico, vimos até este momento os principais aspectos do mercado
de trabalho para os engenheiros e seu papel no desenvolvimento da economia.
Dentro destes assuntos, existe um tópico importante da atuação dos engenheiros
que são os projetos em Engenharia.
147
UNIDADE 3 — ENGENHARIA E SOCIEDADE
Durante essas fases várias informações são necessárias para que o processo
atinja o seu objetivo final. Algumas dessas informações serão de senso comum e
outras serão referentes a assuntos técnicos. De toda forma, é necessário que o
engenheiro ordene essas informações de forma clara e útil ao projeto.
DICAS
148
TÓPICO 2 — A IMPORTÂNCIA DA ENGENHARIA NO DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO
149
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
150
AUTOATIVIDADE
1 O engenheiro deve estar preparado para atuar neste mundo globalizado e mar-
cado por grandes transformações. É necessário que este profissional aplique os
conhecimentos técnicos na resolução de problemas sociais e econômicos. Com
relação à Engenharia e à globalização, assinale a alternativa CORRETA:
151
3 Os projetos na Engenharia são instrumentos de trabalho importantíssimos
para a resolução de problemas. Esses problemas muitas vezes podem ser
um produto, sistema, processo ou serviço. Com relação às etapas de um
projeto, assinale a alternativa CORRETA:
152
TÓPICO 3 —
UNIDADE 3
A ENGENHARIA NA SOLUÇÃO DE
PROBLEMAS SOCIAIS E AMBIENTAIS
1 INTRODUÇÃO
153
UNIDADE 3 — ENGENHARIA E SOCIEDADE
Na Figura 13, temos uma ilustração que representa de forma simbólica a respon-
sabilidade social. Imagine, acadêmico, um ambiente profissional fomentado por ideias
inovadoras que visem à diversidade, inclusão e responsabilidade social, integrando os
conceitos da Engenharia na construção de um mundo mais justo e igualitário.
154
TÓPICO 3 — A ENGENHARIA NA SOLUÇÃO DE PROBLEMAS SOCIAIS E AMBIENTAIS
No atual contexto em que estamos, como sociedade, é vital trazer luz so-
bre a responsabilidade social da Engenharia frente ao progresso tecnológico e seus
impactos na vida em sociedade. É preciso que os engenheiros se empenhem em
buscar soluções e adaptações para causar transformações positivas a população.
DICAS
155
UNIDADE 3 — ENGENHARIA E SOCIEDADE
NOTA
156
TÓPICO 3 — A ENGENHARIA NA SOLUÇÃO DE PROBLEMAS SOCIAIS E AMBIENTAIS
DICAS
3 ENGENHARIA E SUSTENTABILIDADE
A produção de bens e serviços se desenvolve a partir da utilização dos re-
cursos naturais e da produção e geração de descartes ao longo do processo produ-
tivo e das práticas de consumo. O modelo econômico que vivemos é baseado na
produção e consumo além do necessário, o que acarretou consequências como o
aquecimento global e o esgotamento crescente dos recursos naturais, dentre outros
graves problemas que provocam a deterioração das condições de vida no planeta.
Até o início dos anos 1970, o pensamento comum era de que os recursos
naturais eram inesgotáveis e que o meio ambiente poderia ser explorado de for-
ma infinita para satisfazer as necessidades humanas. Contudo, alguns fenômenos
como secas, chuva ácida, inversão térmica, queimadas e grandes desastres natu-
rais, começaram a preocupar a comunidade internacional.
DICAS
158
TÓPICO 3 — A ENGENHARIA NA SOLUÇÃO DE PROBLEMAS SOCIAIS E AMBIENTAIS
Contudo, por outro lado, é a própria Engenharia que tem potencial para
desenvolver técnicas para modificar e utilizar recursos naturais de forma a garan-
tir a sustentabilidade. É um grande desafio desenvolver novos materiais, reutili-
zar e reciclar outros e desenvolver novas tecnologias que agridam menos o meio
ambiente, de forma que os processos sejam economicamente viáveis.
159
UNIDADE 3 — ENGENHARIA E SOCIEDADE
NOTA
160
TÓPICO 3 — A ENGENHARIA NA SOLUÇÃO DE PROBLEMAS SOCIAIS E AMBIENTAIS
161
UNIDADE 3 — ENGENHARIA E SOCIEDADE
162
TÓPICO 3 — A ENGENHARIA NA SOLUÇÃO DE PROBLEMAS SOCIAIS E AMBIENTAIS
LEITURA COMPLEMENTAR
Tal conceito surgiu no ano de 1990, a partir das opiniões dos pesquisa-
dores Peter Salovey e John Mayer, respectivamente das universidades de Yale e
New Hampshire. No entanto, ele só se tornou popular após a publicação de um
livro sobre o assunto, de autoria de Daniel Goleman. De acordo com a sua obra, a
Inteligência Emocional estaria ligada “a habilidade para controlar os sentimentos
163
UNIDADE 3 — ENGENHARIA E SOCIEDADE
e emoções em si mesmo e nos demais, discriminar entre elas e usar essa infor-
mação para guiar as ações e os pensamentos”. E desde que isto foi dito, muitas
escolas e empresas têm tratado este tema com mais seriedade!
164
TÓPICO 3 — A ENGENHARIA NA SOLUÇÃO DE PROBLEMAS SOCIAIS E AMBIENTAIS
“Estamos treinando nossos engenheiros para que eles possam reconhecer seus pró-
prios sentimentos e detectar os dos outros para que eles consigam lidar melhor com as situa-
ções, como no caso de uma pessoa irritada que poderá causar problemas, ou alguém feliz que
estiver disposto a colaborar ou quando uma pessoa estressada quiser conversar” – Rocio Luna,
da equipe de Treinamento e Consultoria da Ford Europa, em reportagem de Media Ford.
FONTE: <https://bit.ly/3gFtBfG>. Acesso em: 27 mar. 2021.
165
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu que:
166
• A sustentabilidade baseia-se nos pilares econômico, social e ambiental, que se
relacionam de forma a garantir que a sustentabilidade se sustente.
• Uma empresa ser considerada sustentável precisa ser socialmente justa, am-
bientalmente responsável e financeiramente viável.
CHAMADA
167
AUTOATIVIDADE
168
Assinale a alternativa CORRETA:
a) ( ) V – V – V – F.
b) ( ) F – F – V – V.
c) ( ) V – F – F – V.
d) ( ) V – F – V – F.
169
REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR ISO 26000. Diretri-
zes de Responsabilidade Social. Rio de Janeiro: ABNT, 2010.
CEBR. Engineering and economic growth: a global view. Royal Academy of En-
gineering, set. 2016. Disponível em: https://bit.ly/3xq2dJ8. Acesso em: 1 jun. 2021.
170
LAUDARES, J. B.; RIBEIRO, S. Trabalho e formação do engenheiro. Revista Bra-
sileira de Estudos Pedagógicos, Brasília, v. 81, p. 491-500, 2000.
171