Livro Funcionamento Da Educação Brasileira e Políticas Públicas
Livro Funcionamento Da Educação Brasileira e Políticas Públicas
Livro Funcionamento Da Educação Brasileira e Políticas Públicas
SEÇÃO 1
FUNCIONAMENTO DA EDUCAÇÃO
BRASILEIRA E POLÍTICAS
PÚBLICAS
Marcio de Cassio Juliano
CONHECENDO A DISCIPLINA
Vamos iniciar nosso estudo com algumas questões que nortearão nossa
caminhada: Qual o papel das Políticas na organização da Educação
Nacional? Como o Estado pode atuar na organização do Sistema
Educacional? O momento histórico influencia na forma de se pensar e
conceituar a Educação? Quais leis norteiam o trabalho educacional no
Brasil? Existem diretrizes que orientam a prática pedagógica na atualidade?
Bom estudo!
Fonte: Shutterstock.
CONVITE AO ESTUDO
Vale destacar que, ao final desta disciplina, espera-se que você compreenda
o atual conceito de Estado e Políticas Pública, bem como o papel da
legislação educacional para estruturação e funcionamento da Educação
Nacional, favorecendo a reflexão acerca da ação educativa.
Mas você sabe qual são as principais leis que regulamentam a Educação
Brasileira?
Bom estudo!
CONCEITO-CHAVE
Cidadão
Tá vendo aquele edifício, moço?
Ajudei a levantar
Foi um tempo de aflição
Era quatro condução
Duas pra ir, duas pra voltar
Hoje depois dele pronto
Olho pra cima e fico tonto
Mas me vem um cidadão
E me diz, desconfiado
Tu tá aí admirado
Ou tá querendo roubar?
[...]
Você, futuro educador, pode ver que a Política é uma forma dos indivíduos
administrarem as relações entre si, de forma a materializar as intenções em
ações visando atender às necessidades coletivas, ou seja, para um bem em
comum.
Para Cunha e Cunha (2002, p. 12), ―as políticas públicas têm sido criadas
como resposta do Estado às demandas que emergem da sociedade e do seu
próprio interior, sendo a expressão do compromisso público de atuação
numa determinada área a longo prazo‖.
Políticas Distributivas.
Políticas Regulatórias.
Políticas Redistributivas.
Políticas Constitutivas.
Como apresentam Ham & Hill (1993), o ciclo das Políticas é composto por
fases, como você pode ver no esquema a seguir.
Assim, o Estado age por meio das Políticas Públicas visando atender às
demandas sociais em termos de distribuição de bens e serviços sociais,
podendo sua abrangência acontecer no âmbito federal, estadual e
municipal.
O Governo faz parte do Estado e pode ser identificado pelo grupo político
que está no seu comando. Contudo, uma Política de Estado é
regulamentada por leis e tem uma duração ampla, independente do grupo
político no poder.
Para finalizar esta seção, cujo objetivo foi apresentar as Políticas Públicas,
compreendê-las conceitualmente e conhecer como funciona a Política
voltada à Educação, ou seja, a Política Educacional, deixamos aqui dois
exemplos de Políticas Públicas direcionadas às ações educacionais,
visando ilustrar essa ação do Estado. São elas a EJA e o Prouni –
Programa Universidade para Todos.
A EJA é um exemplo de Política Pública redistributiva ligada à educação,
que tem sua origem na Pedagogia de Paulo Freire e destina-se a erradicar o
analfabetismo da população brasileira.
ASSIMILE
EXEMPLIFICANDO
Quando falamos em Gestão democrática na escola é fundamental
pensarmos na participação das famílias, alunos e comunidade em geral em
sua gestão, participando dos processos decisórios, acompanhando as ações
tomadas pela escola, de forma a favorecer a gestão escolar de forma
eficiente, ou seja, garantindo o bom uso dos recursos para a promoção de
uma qualidade educacional.
Até aqui você pôde ver que as Políticas Públicas influenciam diretamente a
Educação, principalmente ao estabelecer em lei o direito à educação, o
direito ao seu acesso e permanência, questões que ainda são grandes
desafios no Brasil.
Bom trabalho!
Questão 1
Questão 2
Questão 3
As Políticas Públicas são as ações empreendidas pelo Estado, ou seja,
podemos dizer que as Políticas Públicas são o ―Estado em ação‖. Vale
destacar que as Políticas Públicas podem assumir tipologias, apresentando
cada uma delas características próprias.
I. Políticas Distributivas.
II. Políticas Regulatórias.
III. Políticas Redistributivas.
IV. Políticas Constitutivas.
V. Políticas Administrativas.
c. I, IV e V estão corretas.
REFERÊNCIAS
Fonte: Shutterstock.
AVANÇANDO NA PRÁTICA
João comentou com dona Jussara que também tem uma origem social
bastante difícil: foi criado pela mãe e é o primeiro na família a cursar o
ensino superior. Se você fosse João, como motivaria Dona Jussara a estudar
para que ela finalmente aprenda a ler e escrever?
RESOLUÇÃO
Dona Jussara ficou muito feliz, principalmente por saber que, no período
noturno, no centro social do bairro há uma sala de EJA e aceita matrículas,
assim, seu acesso é possível e lhe permitirá realizar seu grande sonho:
aprender a ler e a escrever.
Fonte: Shutterstock.
Vale destacar que, ao final desta seção, espera-se que você compreenda o
papel da legislação educacional para a organização e o funcionamento da
Educação Nacional, favorecendo a reflexão acerca da ação educativa.
Durante a conversa com João, alguns pais acabam expondo que estão
inseguros, pois temem que a escola feche no bairro, além de não
acreditarem que o município consiga manter a escola funcionando no
mesmo padrão que o Estado.
Um excelente estudo!
CONCEITO-CHAVE
Normas constitucionais.
Normas infraconstitucionais.
Normas infralegais.
Com a vinda da família real portuguesa para o Brasil, em 1808, foi preciso
implementar o Ensino Superior com o intuito de garantir o acesso aos
serviços que anteriormente tinham na Europa: assim nasce o ensino
superior baseado no modelo de instituto isolado e de natureza
profissionalizante, elitista, apenas para atender aos filhos da aristocracia
colonial, que não mais tinham acesso às academias europeias, sendo
forçados a cursar estudos superiores por aqui mesmo, no Brasil. A primeira
faculdade de medicina é criada em Salvador, em 1808: FAMEB –
Faculdade de Medicina da Bahia (SOUZA, 1997).
É nesse cenário político e legalista que no ano de 1942 foi criado o Serviço
Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) e, em 1946, o Serviço
Nacional de Aprendizagem Comercial (SENAC).
Essa foi nossa primeira LDB – Lei de Diretrizes e Bases. De acordo com
essa lei, o ensino no Brasil de nível primário poderia ser ministrado pelo
setor público e privado, extinguindo a obrigatoriedade do ensino gratuito, o
que permitia a subvenção estatal de estabelecimentos de ensinos
particulares através de bolsas de estudo e empréstimos.
Legislação Educacional
(BRASIL, 1988)
ASSIMILE
REFLITA
Quando falamos em Educação, você considera necessário compreender as
políticas que a sustentam?
EXEMPLIFICANDO
Quando falamos em PNE, por exemplo, vale destacar que ele é composto
por várias metas. O atual PNE, Lei nº 13.005 aprovada em 2014, apresenta
20 metas e tem a duração decenal (2014-2024).
Questão 1
Questão 2
Em termos econômico, político e social, é importante recuperarmos que
durante a Primeira República o Brasil vivenciou um momento de
efervescência cultural, que marcou as transformações sociais do século XX.
Em 1922, a Semana da Arte Moderno foi um marco para a cultura
brasileira. As inovações daquele momento histórico geraram um
entusiasmo em termos educacionais, levando a um ―otimismo pedagógico‖.
a. V, V, V, V.
b. V, V, F, F.
c. F, V, F, V.
d. F, V, V, F.
e. V, V, F, V.
Questão 3
REFERÊNCIAS
Fonte: Shutterstock.
SEM MEDO DE ERRAR
Assim, João também deve sugerir uma reunião com a equipe gestora e
representantes da secretaria municipal de Educação para esclarecerem
juntos como funciona a Municipalização da Educação.
A gestão local (do município) é muito mais próxima que a gestão pelo
Estado, o que favorece conhecer as demandas e realidades locais.
Após várias reuniões com a equipe gestora, estudos sobre legislação, leitura
da Constituição Federal, reunião com representantes da Secretaria
municipal de Educação e comunidade escolar, as dúvidas foram sanadas e
o processo de municipalização tem acontecido com maior serenidade.
AVANÇANDO NA PRÁTICA
RESOLUÇÃO
SEÇÃO 3
NÃO PODE FALTAR
POLÍTICAS PÚBLICAS E
LEGISLAÇÃO EDUCACIONAL –
AS POLÍTICAS E LEGISLAÇÃO
EDUCACIONAL
Sueli Helena de Camargo Palmen
Fonte: Shutterstock.
Vocês sabiam que o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) foi criado
pelo Ministério da Educação em 1998, inicialmente com o objetivo de
avaliar o desempenho dos estudantes ao final da educação básica? E que no
decorrer de seu funcionamento, passou a ser caminho para o ingresso no
ensino superior? Além disso, sabiam que existem outros programas que
permitem acessar o ensino superior destinados a quem tem uma situação
econômica mais restrita?
CONCEITO-CHAVE
O Banco Mundial foi criado em 1944 e exerceu nos seus primeiros anos um
papel de reconstrutor dos países atingidos pela guerra. Em meados da
década de 1950 até o início dos anos de 1970, com as crescentes tensões da
Guerra Fria, teve como missão a incorporação dos países do Terceiro
Mundo, por meio da criação de programas de assistência econômica e de
empréstimos crescentes voltados às políticas de industrialização.
O UNICEF (Fundo das Nações Unidas para a Infância) foi criado no dia 11
de dezembro de 1946. Seus primeiros programas forneceram assistência
emergencial a milhões de crianças no período pós-guerra na Europa, no
Oriente Médio e na China.
Mais de 100 milhões de crianças, das quais pelo menos 60 milhões são
meninas, não têm acesso ao ensino primário; mais de 960 milhões de
adultos - dois terços dos quais mulheres são analfabetos, e o analfabetismo
funcional é um problema significativo em todos os países industrializados
ou em desenvolvimento; mais de um terço dos adultos do mundo não têm
acesso ao conhecimento impresso, às novas habilidades e tecnologias, que
poderiam melhorar a qualidade de vida e ajudá-los a perceber e a adaptar-
se às mudanças sociais e culturais; e mais de 100 milhões de crianças e
incontáveis adultos não conseguem concluir o ciclo básico, e outros
milhões, apesar de concluí-lo, não conseguem adquirir conhecimentos e
habilidades essenciais.
(UNESCO, 1990)
Aqui devemos resgatar a hierarquia das leis e reafirmar que, no Brasil, a lei
maior está representada pela Constituição Federal de 1988.
(BRASIL, 1988)
(BRASIL, 1996)
(BRASIL, 1996)
ASSIMILE
REFLITA
Estará o Sistema Educacional brasileiro se transformando em um serviço
acima dos direitos sociais?
Vamos enfrentá-lo?
Bom estudo!
Questão 1
a. I, II e IV apenas.
c. I, II e III apenas.
d. I e II apenas.
e. II e IV apenas.
Questão 2
a. I, II e III.
b. II e III, apenas.
c. I e III, apenas.
d. I, apenas.
e. III, apenas.
Questão 3
a. V – V – F – F.
b. F – V – V – V.
c. V – V – F – V.
d. V – F – V – F.
e. V – V – V – F.
REFERÊNCIAS
Fonte: Shutterstock.
AVANÇANDO NA PRÁTICA
Beatriz explicou para Maria que, no Brasil, a lei considera que a partir dos
4 anos de idade toda criança deve ser matriculada na escola a fim de
promover direitos de aprendizagens, entre eles o da alfabetização.
Como seu filho tem oito anos, ele será matriculado no Ensino Fundamental.
Ele tem direito à matricula em estabelecimento público e gratuito, assim
terá o seu direito à educação efetivado.
Eliane de Siqueira
Fonte: Shutterstock.
CONVITE AO ESTUDO
Parece muita coisa, mas você perceberá que os assuntos estão interligados
como forma de garantir um funcionamento da educação básica eficaz para
o acesso e a permanência de todos os estudantes, em qualquer região do
país, com qualidade e equidade.
Sabe como tornar tudo isso significativo em sua prática profissional? Não é
decorando artigos e regulamentações, mas, sim, compreendendo sua
importância. Por isso, é necessário sempre aprofundar seus conhecimentos,
estabelecer relações com o seu dia a dia e estudar sempre para garantir que
os direitos e deveres concebidos pela legislação se tornem realidade e
possam refletir sempre em uma educação de qualidade.
CONCEITO-CHAVE
Para o alcance dessa meta, o documento traz várias estratégias que devem
ser executadas pelos diferentes sistemas de ensino, entre elas temos (PNE,
2014):
Estratégias:
[...]
7.11) melhorar o desempenho dos alunos da educação básica nas avaliações
da aprendizagem no Programa Internacional de Avaliação de Estudantes -
PISA, tomado como instrumento externo de referência, internacionalmente
reconhecido, de acordo com as seguintes projeções:
PISA 2015 2018 2021
ASSIMILE
O IDEB é o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica. Criado em
2007 pelo INEP, tem como objetivo estabelecer procedimentos e critérios
para medir a qualidade da aprendizagem dos estudantes em todo o Brasil. A
partir do diagnóstico, novas metas são progressivamente estabelecidas e os
índices são registrados a partir do desempenho dos estudantes nas
avaliações externas.
Parece muita coisa, mas essas relações não param por aí. O mapeamento
obtido com as avalições externas, considerando a necessidade de alcançar
as metas estabelecidas no PNE, interfere também no repasse de verbas
destinadas à educação.
EXEMPLIFICANDO
Os recursos com repasses necessários para as escolas estão explicitados na
meta 7.16, vinculada à qualidade da educação básica, que já mencionamos,
e que traz a seguinte redação:
7.16) apoiar técnica e financeiramente a gestão escolar mediante
transferência direta de recursos financeiros à escola, garantindo a
participação da comunidade escolar no planejamento e na aplicação dos
recursos, visando à ampliação da transparência e ao efetivo
desenvolvimento da gestão democrática. (PNE, 2014)
(BRASIL, 1996)
VOCABULÁRIO
Política pública corresponde ao conjunto de etapas e processos que
culminam com a elaboração de regras, cujo objetivo é resolver problemas
públicos. No caso de uma Política Pública Educacional, temos esses
problemas vinculados à educação, sendo sempre de interesses coletivos.
Qual é esse valor? Será que você consegue estabelecer qual é o valor
mínimo necessário? Com certeza é um cálculo bem complexo, pois envolve
muitas variáveis, como o tamanho das turmas, formação dos profissionais,
salários, carreiras e até equipamentos de infraestrutura.
EDUCAÇÃO ESPECIAL
(PNE, 2014)
REFLITA
Que ações podem ser planejadas nos espaços escolares para garantir não
apenas a inclusão, mas também a qualidade dos processos educativos para
os estudantes com necessidades especiais? É pensando nessa necessidade
que temos a criação de documentos específicos que trazem o direito de
aprendizagem desses estudantes, como as Diretrizes Nacionais para a
Educação Especial na Educação Básica. Pense nisso!
Uma das ações que amplia ainda mais essa determinação é o Atendimento
Educacional Especializado (AEE). Ao estabelecer a necessidade do
atendimento especializado, a proposta tem como objetivo central
disponibilizar recursos e serviços para os estudantes com necessidades
especiais, orientando a sua utilização no ensino regular. O que isso
significa? De acordo com o Ministério da Educação, ―Art. 2º O AEE tem
como função complementar ou suplementar a formação do aluno por meio
da disponibilização de serviços, recursos de acessibilidade e estratégias que
eliminem as barreiras para sua plena participação na sociedade e
desenvolvimento de sua aprendizagem‖ (BRASIL, 2009).
FOCO NA BNCC
Você sabia que a construção de uma Base Nacional Comum Curricular
também está presente nas metas do PNE? A BNCC está organizada para o
desenvolvimento de competências e habilidades, de forma que os direitos
essenciais de aprendizagens possam ser assegurados a todos os estudantes
da educação básica. Essa necessidade está presente no PNE que, além da
criação da base, especifica a necessidade de o documento ser um norteador
para a construção dos currículos, respeitando as especificidades que
encontramos em todas as regiões do Brasil.
Questão 1
Questão 2
c. As avaliações externas não podem ser usadas como diagnóstico uma vez
que são genéricas demais.
REFERÊNCIAS
Fonte: Shutterstock.
SEM MEDO DE ERRAR
PESQUISE MAIS
Você deve ter percebido que, na maioria das reflexões apresentadas neste
estudo, trouxemos as aprendizagens dos estudantes como fator essencial.
Todas as reflexões buscaram evidenciar não apenas os elementos já
constituídos nos documentos formais, como também os desafios impostos
por tudo isso. Entre eles, temos a inversão da lógica de planejar, discutida
em muitos documentos na lógica do planejamento reverso. Para aprofundar
seus conhecimentos, sugerimos as seguintes leituras:
AVANÇANDO NA PRÁTICA
RESOLUÇÃO
SEÇÃO 2
NÃO PODE FALTAR
PRIMEIRA INFÂNCIA, EDUCAÇÃO
INFANTIL E ALFABETIZAÇÃO
Eliane de Siqueira
Fonte: Shutterstock.
São crianças que, mesmo bem pequenas, possuem uma história de vida, um
repertório extraescolar que, de maneira direta ou indireta, interfere em tudo
o que será desenvolvido na escola, desde o simples fato de segurar um
objeto até conseguir organizar seu material na mochila, tudo é
aprendizagem e influencia no que acontecerá com essa criança nas etapas
seguintes.
Conviver.
Brincar.
Participar.
Explorar.
Expressar-se.
Conhecer-se.
Analise as habilidades.
Escolha a faixa etária para a qual vai organizar sua proposta.
Estabeleça o objetivo de aprendizagem pensando em processos
cognitivos que sejam aprofundados.
Organize uma atividade que favoreça o alcance de um dos objetivos.
Não se esqueça de considerar o protagonismo dos estudantes na
vivência que você irá propor.)
CONCEITO-CHAVE
Para começar, é importante que você reflita sobre quem são essas crianças.
O que a escola representa na vida delas?
REFLITA
Antes de chegar na escola, o único contato da criança é com seu ambiente
familiar. Sons, cheiros, espaços e tantas construções fazem parte de sua
formação. Mesmo sem a obrigatoriedade do acesso de crianças de 0 a 3
anos de idade à escola, muitas famílias necessitam, desde muito cedo,
enviá-las à instituição de ensino. Novos sons, cheiros, espaços, rotina, tudo
muda, e essa é uma reflexão importante para os profissionais que recebem
essas crianças. Da mesma forma, vários estudos foram utilizados para
embasar os documentos legais que discutem essa etapa de escolarização.
VOCABULÁRIO
Sinapses são conexões nervosas realizadas pelos neurônios para que as
informações possam chegar até o cérebro e uma resposta possa ser
processada.
FOCO NA BNCC
Vamos ver um exemplo:
ATENÇÃO
Atrelado ao marco legal da primeira infância, o Programa Criança Feliz foi
criado a partir do Decreto nº 8.869, de 5 de outubro de 2016, e alterado
pelo Decreto nº 9.579, de 22 de novembro de 2018.
ASSIMILE
A Resolução nº 5, de 2009, considera criança como ―sujeito histórico e de
direitos que, nas interações, relações e práticas cotidianas que vivencia,
constrói sua identidade pessoal e coletiva, brinca, imagina, fantasia, deseja,
aprende, observa, experimenta, narra, questiona e constrói sentidos sobre a
natureza e a sociedade, produzindo cultura‖ (BRASIL, 2009, p.12). Fique
atento a esse conceito!
DICA
Além das características e peculiaridades da primeira infância, as DCNs
apresentam considerações para o trabalho com diversidade, crianças
indígenas e infância no campo.
Na proposta pedagógica organizada para o trabalho com as crianças
indígenas, por exemplo, temos como elemento central a necessidade de
garantir autonomia para que essas comunidades escolham como direcionar
a educação de suas crianças, e as que optarem pela escola devem ter suas
especificidades respeitadas. Crenças, valores, linguagem e demais formas
de manifestações são consideradas.
A educação indígena também deve ser planejada visando o
desenvolvimento integral e o respeito pelas tradições dos povos originários
que ocuparam nosso território. Para aproximar e estreitar ainda mais essas
relações, considera-se até mesmo a formação de professores especialistas
para atuarem em escolas indígenas.
Na rede regular, os saberes relacionados a esse assunto devem ser
discutidos com base no respeito e acolhimento à diversidade. Vale a pena
consultar a sistematização das DCNs no site do Ministério da Educação.
EDUCAÇÃO INFANTIL
0 a 3 anos 4 a 5 anos
Creches Pré-escola
EXEMPLIFICANDO
Vejamos um exemplo de como as informações presentes na BNCC
interferem e, ao mesmo tempo, orientam o planejamento docente. No
campo de experiência ―Espaços, tempos, quantidade, relações e
transformações‖ temos a proposição da seguinte habilidade: ―(EI02ET02)
Observar, relatar e descrever incidentes do cotidiano e fenômenos naturais
(luz solar, vento, chuva etc.)‖.
ALFABETIZAÇÃO NO BRASIL
ASSIMILE
Com a Lei nº 11.274, de 6 de fevereiro de 2006, temos a implantação do
ensino fundamental de 9 anos, que faz com que as crianças comecem a ter
acesso aos processos alfabetizadores de maneira mais explícita a partir de 6
anos. Dessa forma, a preocupação das escolas e dos professores das classes
de alfabetização deve focar não na transferência das atividades realizadas
anteriormente, mas, sim, no planejamento eficaz e adequado para as
crianças com 6 anos que chegam no Ensino Fundamental. Aspectos da
maturação biológica e social interferem nessas construções e, mesmo sendo
apenas um ano, há muita diferença.
Essas considerações devem fazer parte das reflexões dos profissionais que
pretendem atuar nas classes de alfabetização em nosso país.
Questão 1
b. I e III.
c. II e III.
d. I, II e III.
Questão 2
Questão 3
REFERÊNCIAS
Fonte: Shutterstock.
Temos então:
PESQUISE MAIS
Para aprofundar seus conhecimentos, sugerimos a leitura do seguinte
material intitulado ―Os efeitos da BNCC na formação docente‖.
Com esta leitura, você compreenderá um pouco mais dos impactos desse
documento na formação do professor e tudo que é transformado no
processo de ensino e aprendizagem a partir disso.
AVANÇANDO NA PRÁTICA
RESOLUÇÃO
O que poderia ser pensado para ajudar? Essa criança externou seus
sentimentos, mas o que fazer com as demais que nem sempre manifestam
essas sensações?
Uma roda de conversa, uma caixa para depositarem seus segredos e até
desenhos livres externam muitos sentimentos, comunicam coisas essenciais
para o desenvolvimento da criança e para que se sintam acolhidas.
Fonte: Shutterstock.
É por tudo isso que nosso ponto de partida será pensar sobre as
possibilidades de transposição das normas, diretrizes e demais orientações
para a escola, tornando as práticas pedagógicas mais interessantes e
correlacionáveis aos diferentes contextos que temos em nosso país.
Não se trata de descartar tudo o que temos construído, mas, sim, de rever
algumas ações que coloquem os estudantes participando de todas as
construções, e não apenas recebendo as informações.
PESQUISE MAIS
Para compreender melhor a Taxonomia de Bloom, acesse o artigo
intitulado ―Taxonomia de Bloom: revisão teórica e apresentação das
adequações do instrumento para definição de objetivos instrucionais‖, de
Ferraz e Belhot (2010).
A habilidade proposta é:
CONCEITO-CHAVE
(BRASIL, 1996).
Ensino Fundamental
1º ao 5º ano 6º ao 9º ano
Temas transversais
Ética Ética
Meio Ambiente Meio Ambiente
Saúde Saúde
Pluralidade Cultural Pluralidade Cultural
Orientação Sexual Orientação Sexual
Trabalho e Consumo
Bibliografia
Ensino Médio
Ensino Fundamental
ASSIMILE
Durante muito tempo, os conhecimentos relacionados a meio ambiente e
orientação sexual ficavam concentrados na disciplina de ciências. Nos anos
iniciais, com o professor polivalente, essas disciplinas ocupavam
discretamente a grade curricular e, a partir do 6º ano, com a presença do
professor especialista, concentravam-se as discussões com o apoio desse
profissional. No entanto, todas as discussões acerca do meio ambiente, os
impactos das ações antrópicas e interações que os seres vivos realizam são
reflexões muito mais amplas, cuja mudança de comportamento não está
centrada em um conteúdo específico, mas no desenvolvimento de atitudes,
por isso discussões coletivas incluindo todas as áreas do conhecimento
fazem desses assuntos um tema transversal.
FOCO NA BNCC
No que diz respeito à alfabetização, a Base Nacional Comum Curricular
estabelece que todos os alunos devem estar alfabetizados até o final do 2º
ano do Ensino Fundamental. Esse período corresponde ao ciclo de
alfabetização que mencionamos. Vale lembrar que, desde a Educação
Infantil, atividades favoráveis para o desenvolvimento da competência
leitora e escritora devem ser ofertadas às crianças. Além disso, alfabetizar
na perspectiva do letramento é dar sentido às construções realizadas,
reconhecendo a função social da escrita.
Princípios DCNs
ASSIMILE
Tendo as informações organizadas para contemplar toda a Educação
Básica, as DCNs trazem informações complementares para apoiar o
professor sobre o trabalho com a Educação no Campo, Educação Indígena,
Educação Especial, Educação de Jovens e Adultos em situação de privação
de liberdade e Educação Profissional. Temos também orientações para o
trabalho com Educação Ambiental, Educação em Direitos Humanos,
Relações Étnico-Raciais e História e Cultura Afro-Brasileira e Africana.
Pela diversidade apresentada, perceba a importância e a amplitude do
documento para que tenhamos uniformidade da organização e do
tratamento das questões educativas em todo o território nacional.
(BRASIL, 2002)
PROGRAMA PRONACAMPO
REFLITA
A educação no campo apresenta contextos e necessidades muito diferentes.
Isso inclui não apenas a organização dos projetos político-pedagógicos,
mas também materiais didáticos e educacionais que subsidiem os
profissionais para esse trabalho. A diversidade dessas pessoas, seus hábitos
e tudo o que acontece no entorno é considerado, e, para isso, as DCNs
reforçam a importância da formação continuada do professor como forma
de fortalecer essas práticas.
De acordo com o documento, o que se espera é que a Educação do Campo
não funcione como um mecanismo de expulsão das populações campesinas
para as cidades, mas que ofereça atrativos àqueles que nele desejarem
permanecer e vencer.
EXEMPLIFICANDO
Uma atividade que envolve coordenação motora pode parecer muito
simples para o desenvolvimento cognitivo de uma criança de 7 anos, mas
pode ser essencial para crianças com 6 anos. Essa criança acabou de sair da
Educação Infantil e necessita consolidar muitas práticas. Outra questão
relevante que pode ser usada como exemplo é o brincar. Com 6 anos, ainda
na primeira infância, a brincadeira, o lúdico e a interação estão muito
presentes e são essenciais para o desenvolvimento da criança, podendo
inclusive comprometer ou favorecer as aprendizagens que serão ofertadas
ao longo do Ensino Fundamental. Vale lembrar que o brincar estende-se
com uma necessidade e um direito da criança por todo o ensino
fundamental, devendo assim ser considerada na organização das ações
pedagógicas.
REFLITA
Para fazer sentido, as competências e habilidades presentes na BNCC
devem orientar o planejamento docente e a organização das práticas nas
escolas. Um grande erro é simplesmente copiar as informações presentes
no documento sem considerar a contextualização ou o desmembramento
das informações para que as experiências de aprendizagem possam ser
colocadas em prática. É um documento vivo, e não burocrático. Pense
nisso!
A competência é compreendida como a capacidade que o estudante adquire
para intervir e resolver problemas presentes no seu dia a dia. Todas as
habilidades presentes no documento favorecem o desenvolvimento das
competências gerais, as quais podem ser observadas na Figura 2.1:
Fonte: https://porvir.org/entenda-10-competencias-gerais-orientam-
base-nacional-comum-curricular/
A partir da compreensão dessas 10 competências, chamadas de gerais,
temos o trabalho sendo organizado nas demais etapas.
FOCO NA BNCC
Uma habilidade não se esgota em uma única aula. É uma proposta para ser
desenvolvida e aprofundada ao longo do processo de ensino e
aprendizagem. A partir da habilidade é que o professor planeja seus
objetivos de aprendizagem, pensando no avanço dos processos cognitivos.
Ciências - 1º Ano
(EF01CI03) Discutir as
razões pelas quais os
hábitos de higiene do
corpo (lavar as mãos
antes de comer, escovar
os dentes, limpar os
olhos, o nariz e as orelhas
etc.) são necessários para
a manutenção da saúde.
(EF01CI04) Comparar
características físicas
entre os colegas,
reconhecendo a
diversidade e a
importância da
valorização, do
acolhimento e do respeito
às diferenças.
ASSIMILE
Nos códigos utilizados na habilidade, temos:
As duas primeiras letras indicando a etapa a qual se relaciona.
Os dois primeiros números indicando o ano.
Na sequência, as letras indicam o componente curricular.
Os dois últimos número indicam a ordem da habilidade.
No quadro, temos, por exemplo, EF01CI04. A habilidade é do ensino
fundamental (EF), trabalhada no 1º ano (01) no componente curricular de
ciências (CI) e é a quarta habilidade da sequência proposta (04).
PESQUISE MAIS
Sugerimos como leitura complementar os seguintes documentos:
Movimento pela Base. Linha do tempo. Disponível
em: http://movimentopelabase.org.br/linha-do-tempo/. Acesso
em: 15 de out. 2020.
RATIER, R. Entendendo os conceitos que organizam a Base
Nacional. Nova Escola, Edição 309, fev. 2018. Disponível
em:https://novaescola.org.br/conteudo/10053/entendendo-os-
conceitos-que-organizam-a-base-nacional. Acesso em: 15 de
out. 2020.
Como você deve ter percebido ao longo do nosso estudo, temos muitos
documentos orientadores das ações escolares. Os PCNs foram organizados
tendo como objetivo central garantir que um conjunto básico de
conhecimentos pudesse ser trabalhado em todas as regiões do país,
considerando os saberes locais e outras especificidades presentes no
contexto social. Nesse mesmo sentido, a BNCC consolida em grande parte
essas práticas, estabelecendo as aprendizagens essenciais, consideradas um
direito e que também precisam ser desenvolvidas em todo país.
Questão 1
(BRASIL, 1998)
a. I.
b. I e II.
c. II e III.
d. I, II e III.
e. III.
Questão 2
Questão 3
a. I e II.
b. I e III.
c. II e III.
d. I, II e III.
REFERÊNCIAS
Fonte: Shutterstock.
SEM MEDO DE ERRAR
Temos então:
Verbo = identificar.
Objeto do conhecimento = semelhanças e diferenças nos
espaços públicos.
Modificador = para o lazer e diferentes manifestações.
O que é preciso trabalhar nos espaços escolares para que o aluno seja capaz
de identificar algo?
Essa pergunta é a disparadora de suas reflexões. Podemos, então, pensar
em:
AVANÇANDO NA PRÁTICA
Pensando nessas características, você vai agora avançar nas suas reflexões
e, a partir do objetivo de aprendizagem, organizar uma sequência didática
que coloque o aluno no centro de desenvolvimento, protagonizando a
construção de suas aprendizagens. Vislumbre uma atividade que possa ser
proposta nesta perspectiva, para que o objetivo de aprendizagem
―Classificar os espaços públicos de acordo com seu uso‖ possa ser
alcançado.
RESOLUÇÃO
Para lhe auxiliar nessa percepção, vamos pensar na sequência que você
organizou como experiência de aprendizagem a partir de uma rubrica.
Trata-se de uma lista que você organiza para avaliar se todos os itens
essenciais em um planejamento, por exemplo, foram contemplados.
Fonte: Shutterstock.
CONVITE AO ESTUDO
Assim, ao longo das três seções que compõem esta unidade buscaremos
compreender melhor esses questionamentos por meio da fundamentação
teórica e dos exercícios reflexivos que constituirão as situações-problemas
que nos ligam à vida prática, nos permitindo uma análise dialética sobre a
educação básica no Brasil, considerando-se a especificidade das
modalidades educativas aqui focalizadas: Educação de Jovens e Adultos e
Educação Profissional.
Futuro educador, como você pode perceber, o foco desta unidade está em
lhe oportunizar conhecimentos que lhe permitam distinguir a legislação e
as políticas educacionais brasileira, compreender suas implicações e seus
impactos na organização social brasileira da educação, bem como
reconhecer a importância das políticas educacionais para a formação dos
professores.
Bom estudo!
Vamos em frente!
Conto com seu empenho nessa caminhada!
Bom estudo!
CONCEITO-CHAVE
Olá
DIREITO À EDUCAÇÃO
Você, futuro educador, já parou para pensar o que significa o ―direito à
educação‖? Reflita sobre essa questão principalmente em se tratando de
pessoas com diferentes trajetórias de vida, ou seja, pessoas jovens e
adultas.
A CNEA tinha por objetivo contribuir para a melhoria do nível de vida das
pessoas, com vistas ao desenvolvimento social e econômico do país. A
partir dessa meta, construiu novas classes e focou na preparação dos
professores que atuavam nas salas de alfabetização, assim como na
elaboração de materiais didáticos específicos para o trabalho com
adolescentes e adultos e, visando expandir o atendimento da Campanha,
criou escolas radiofônicas regionais.
(BRASIL, 2000)
Essas funções visam garantir uma oferta de qualidade que repare a ausência
da educação formal àqueles que não tiveram acesso à escola ou que dela se
evadiram pelas mais diversas razões.
O Parecer ainda indica que a idade mínima para integrar na EJA, com
mediação da EAD, deve ser de 15 (quinze) anos completos para o 2º
segmento do Ensino Fundamental e de 18 (dezoito) anos completos para o
Ensino Médio.
São eles:
ASSIMILE
REFLITA
FOCO NA BNCC
Neste espaço, você pode relacionar os conteúdos e as competências
desenvolvidas na seção com as exigências da BNCC para uma formação
integral.
Enfim, estamos encerrando esta seção retomando aqui, que você futuro
educador, pode compreender mais sobre o processo histórico da EJA no
Brasil e conhecer sua legislação. Para isso, focamos na Alfabetização de
Jovens e Adultos a partir dos programas e legislações voltados para essa
modalidade educacional que faz parte da Educação Básica desde 1996, por
meio da LDB nº 9394/1996, além das Diretrizes Curriculares Nacionais
para a Educação de Jovens e Adultos e dos Programa voltados Educação
para Jovens e Adultos (EJA) na atualidade, em consonância com a
legislação vigente e analisando os desafios que ainda se fazem presentes,
como a Educação a Distância para Jovens e Adultos.
Vale destacar que o primeiro documento legal que devemos consultar para
compreender a organização da EJA dentro do Sistema Educacional
Brasileiro é a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB nº
9.394/96), seguido dos documentos de âmbito federal, instituídos pelo
Conselho Nacional de Educação (CNE), por meio da Câmara de Educação
Básica (CEB), que determinam as Diretrizes Nacionais para a Educação de
Jovens e Adultos vigentes no Brasil e que regulamentam sua organização e
seu funcionamento.
Esses documentos buscam fundamentar conceitualmente a EJA, destacando
a obrigatoriedade da Educação Básica como direito subjetivo,
principalmente para os educandos que não tiveram oportunidade de estudo
em ―idade própria‖, assegurando uma nova oportunidade de acesso ao
direito à educação.
Vale lembrar que a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) tem como
objetivo garantir o direito à aprendizagem e o desenvolvimento pleno de
todos os estudantes, inclusive daqueles que não tiveram a oportunidade de
frequentar a Educação Básica na idade considerada própria, como são os
alunos da EJA. Portanto, a BNCC visa que todos tenham seus direitos de
aprendizagem garantidos como um direito à educação igualitária, assim
como prevê a Constituição Federal brasileira de 1988.
Questão 1
a. I, II e III.
b. II e III apenas.
c. I e II apenas.
d. I apenas.
e. III apenas.
Questão 2
a. I, II e III.
b. II e III apenas.
c. I e II apenas.
d. I apenas.
e. III apenas.
Questão 3
a. V – V – F – F.
b. F – F – V – V.
c. V – V – F – V.
d. V – F – V – V.
e. V – V – V – F.
REFERÊNCIAS
Fonte: Shutterstock.
A EJA deve promover a escuta dos alunos, assim como os demais níveis de
ensino, lembrando que seu público traz conhecimentos tácitos, ou seja,
conhecimentos da vida que devem ser valorizados pela escola como
potencializadores de novas aprendizagens.
AVANÇANDO NA PRÁTICA
RESOLUÇÃO
SEÇÃO 2
No último mês, Márcia reparou que os dois têm faltado muito e está
temendo que esses alunos evadam da escola novamente.
Lembre-se, sua atuação pode mudar vidas e promover o elo entre a escola e
o trabalho!
Bom estudo
CONCEITO-CHAVE
EDUCAÇÃO PROFISSIONAL
Você, futuro educador, já ouviu falar em Educação Profissional? O que lhe
vem à mente quando ouve esse termo? Será que é possível nos
profissionalizarmos durante o processo de formação escolar, ainda na
Educação Básica?
Entre 1942 e 1946, o ensino no Brasil foi remodelado por meio de Leis
Orgânicas que ficaram conhecidas como Reforma Capanema, em
referência a Gustavo Capanema, Ministro da Educação e Saúde Pública da
década de 1940.
Como destacam Vieira e Souza Jr. (2016, 158), ―com a revolução civil
militar de 1964, a educação brasileira sofreu modificações por meio da Lei
nº 5.692/71, que reformou o ensino do 1º e 2º grau e tentou impor o ensino
médio profissionalizante para todos‖.
(BRASIL, 1988)
Art. 3º.
[...] uma oportunidade para a formação humana integral, tendo como eixo
estruturante a integração entre trabalho, ciência, tecnologia e cultura,
fundamentando-se no trabalho como princípio educativo, na pesquisa como
princípio pedagógico e na permanente articulação com o desenvolvimento
socioeconômico, para garantir ao cidadão trabalhador a oportunidade de
exercer sua cidadania com dignidade e justiça social.
3- 10 - Produção industrial
Desenvolvimento (18 cursos)
educacional e
social
(11 cursos)
5 - Informação e 12 – Segurança
comunicação (2 cursos)
(9 cursos)
7 – Militar
(34 cursos) _______________________________
Para finalizar esta seção, cujo objetivo foi compreender a construção das
políticas educacionais, bem como sua articulação com a Legislação
educacional e os impactos da Legislação na educação brasileira,
apresentaremos a seguir alguns programas educacionais que integram
educação e trabalho, visando atender à Constituição brasileira que destaca
em seu artigo 205 a importância da educação para o exercício da cidadania
e para a qualificação para o trabalho.
MEDIOTEC
Com o Medio Tec, a ideia é que alunos possam ter educação de base e
educação técnica simultaneamente, ou seja, terão dois diplomas ao término
do curso. A formação integrada, portanto, é uma tentativa de viabilizar
exclusivamente para jovens alunos do ensino médio uma dupla
certificação através dessa integração com o Pronatec.
ASSIMILE
Focando a Educação Profissional, nesta seção abordamos as Diretrizes
Curriculares Nacionais para a Educação Profissional, focando inclusive o
Catálogo Nacional de Cursos Técnicos de Nível Médio e as Políticas para a
Educação Profissional: Programa Brasil Profissionalizado, MEDIOTEC,
Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego
(PRONATEC), entre outros. Assim, veja alguns conceitos referentes à
Educação Profissional que poderão ser aprofundados aqui:
REFLITA
Considerando os estudos que abordam a Educação de Jovens e Adultos,
assim como aqueles que abordam a Educação Profissional, nesta seção
abordamos as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação
Profissional, focando inclusive o Catálogo Nacional de Cursos Técnicos de
Nível Médio e as Políticas para a Educação Profissional: Programa Brasil
Profissionalizado, MEDIOTEC, Programa Nacional de Acesso ao Ensino
Técnico e Emprego (PRONATEC), entre outros. Partindo desses
conteúdos, é importante nos indagarmos quanto à Educação Profissional no
Brasil, associada à Educação de Jovens e Adultos. Assim:
EXEMPLIFICANDO
Nesta seção abordamos as Diretrizes Curriculares Nacionais para a
Educação Profissional, focando inclusive no Catálogo Nacional de Cursos
Técnicos de Nível Médio e as Políticas para a Educação Profissional:
Programa Brasil Profissionalizado, MEDIOTEC, Programa Nacional de
Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (PRONATEC), entre outros.
FOCO NA BNCC
Estamos chegando ao final de mais uma unidade da disciplina
―Funcionamento da Educação Brasileira e as Políticas Públicas‖, e nesta
seção conversamos sobre a Educação Profissional, focando as Diretrizes
Curriculares Nacionais para a Educação Profissional, Diretrizes
Curriculares Nacionais para o Ensino Médio e para a Educação Profissional
Técnica de nível médio às disposições do Decreto nº 5.154/2004, o
Catálogo Nacional de Cursos Técnicos de Nível Médio, as Políticas para a
Educação Profissional: Programa Brasil Profissionalizado, MEDIOTEC,
Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego
(PRONATEC), entre outros.
Bom estudo!
FAÇA VALER A PENA
Questão 1
a. I, II e III.
b. II e III apenas.
c. I e III apenas.
d. I apenas.
e. III apenas.
Questão 2
Visando retomar a oferta da Educação Profissional na rede pública estadual
por meio de cursos e programas de forma articulada entre o nível técnico e
o nível médio, em 2004 tivemos o Decreto-Lei nº 5.154, que restabeleceu
essa articulação, trazendo mais flexibilidade à Educação Profissional,
tornando possível seu oferecimento de forma integrada, concomitante ou
subsequente.
a. V – V – F – F.
b. F – F – V – V.
c. V – V – F – V.
d. V – V – V – F.
e. V – F – V – V.
Questão 3
a. I apenas
b. III apenas.
c. I e III apenas
d. II e III apenas.
e. I, II e III.
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, A. C.; SUHR, I. R. F. Educação profissional no Brasil: a
construção de uma proposta educativa dual Professional.
Revista Intersaberes, vol.7 n.13, p. 81 – 110, jan. – jun. 2012.
Fonte: Shutterstock.
Maria (40 anos) revelou que estudar à noite tem sido cansativo, pois, como
faz bolos em casa para vender, quando chega à noite tem se sentido
desmotivada para ir à escola. Maria foi sincera e disse que sente sono e não
consegue se concentrar na aula.
No caso de José (39 anos) o problema é diferente. José relatou que tem se
sentido desmotivado, pois apesar de ter o desejo de ler e escrever, também
precisa trabalhar, e como não tem um emprego fixo, aceita fazer os ―bicos‖
que aparecem. Contudo, não consegue ver no que o estudo o ajudará, pois
os pequenos trabalhos que tem feito são braçais e não revelam relação entre
o estudo e o trabalho. Nesse contexto, perdeu a motivação de ir à escola.
Como orientadora, é possível indicar que José seja remanejado para uma
escola de EJA que promove a Qualificação Profissional, assim ele se
sentirá motivado a continuar os estudos ao perceber que, além das
habilidades de leitura e escrita, seu direcionamento para o trabalho também
estará sendo promovido.
Contudo, Mário pensa em fazer um curso técnico que lhe possibilite acesso
a um emprego, visando ter condições de fazer um curso superior no futuro,
pois acredita que as mudanças no mundo do trabalho estão demandando
cada vez mais profissionais qualificados, dinâmicos, empreendedores e que
se mantenham atualizados diante das inovações tecnológicas.
RESOLUÇÃO
SEÇÃO 3
NÃO PODE FALTAR
OUTRAS NECESSIDADES DA
EDUCAÇÃO BÁSICA
Sueli Helena de Camargo Palmen
Fonte: Shutterstock.
De acordo com os preceitos legais, vale destacar que ―se a pessoa exercitar
profissão em lugares diversos, cada um deles constituirá domicílio para as
relações que lhe corresponderem‖.
Vamos em frente!
CONCEITO-CHAVE
Como educadores, outro ponto que não podemos deixar de lado em nossas
reflexões é quanto ao papel da Educação em nossa sociedade, resgatando
que dentro das metodologias ativas o protagonismo do aluno deve ser
estimulado, buscando promover suas competências e habilidades e visando
sua atuação como cidadão autônomo e escritor de sua própria história,
independentemente de sua condição social, gênero ou grupo cultural.
CONDIÇÃO DE ITINERÂNCIA
PEDAGOGIA DA ALTERNÂNCIA
(BRASIL, 2012b)
Art. 6º.
I - Orientar os sistemas de ensino e as escolas de Educação Básica da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios na elaboração,
desenvolvimento e avaliação de seus projetos educativos;
II - Orientar os processos de construção de instrumentos normativos dos
sistemas de ensino visando garantir a Educação Escolar Quilombola nas
diferentes etapas e modalidades, da Educação Básica, sendo respeitadas as
suas especificidades;
III - Assegurar que as escolas quilombolas e as escolas que atendem
estudantes oriundos dos territórios quilombolas considerem as práticas
socioculturais, políticas e econômicas das comunidades quilombolas, bem
como os seus processos próprios de ensino-aprendizagem e as suas formas
de produção e de conhecimento tecnológico;
IV - Assegurar que o modelo de organização e gestão das escolas
quilombolas e das escolas que atendem estudantes oriundos desses
territórios considerem o direito de consulta e a participação da
comunidade e suas lideranças;
V - Fortalecer o regime de colaboração entre os sistemas de ensino da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios na oferta da
Educação Escolar Quilombola;
VI - Zelar pela garantia do direito à Educação Escolar Quilombola às
comunidades quilombolas rurais e urbanas, respeitando a história, o
território, a memória, a ancestralidade e os conhecimentos tradicionais;
VII - Subsidiar a abordagem da temática quilombola em todas as etapas
da Educação Básica, pública e privada, compreendida como parte
integrante da cultura e do patrimônio afro-brasileiro, cujo conhecimento é
imprescindível para a compreensão da história, da cultura e da realidade
brasileira.
Vale destacar que ainda hoje muitas comunidades quilombolas ainda não
possuem escolas situadas em seu território, entretanto, como estabelece as
Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Escolar Quilombola na
Educação Básica, a especificidade étnico-racial e cultural de cada
comunidade deve ser considerada nas escolas quilombolas e nas que
recebem alunos quilombolas.
ASSIMILE
REFLITA
- A avaliação de alunos itinerantes deve ser pautada em seus
conhecimentos e, a partir desse diagnóstico, ser organizado um plano de
estudos. Esse procedimento não seria indicado para todos os alunos da
Educação Básica?
EXEMPLIFICANDO
Entre as comunidades itinerantes encontramos os artistas circenses.
Quando um circo chega numa cidade é importante orientar que as crianças
sejam matriculadas na escola mais próxima do local onde estão fixados em
determinado momento.
FOCO NA BNCC
Nesse momento, você, futuro educador, deve retomar que
a BNCC (BRASIL, 2017) destaca entre as competências que deverão ser
desenvolvidas no decorrer da Educação Básica a valorização das diversas
manifestações artísticas e culturais existentes tanto mundialmente, quanto
em contexto mais próximos e que representam as marcas de nosso povo.
Assim, a BNCC estabelece como fundamental que os alunos conheçam,
compreendam e reconheçam a importância das mais diversas manifestações
artísticas e culturais existentes em nosso país.
Questão 1
a. I, II e III.
b. II e III apenas.
c. I e III apenas.
d. I apenas.
III apenas.
Questão 2
a. V – V – F – F.
b. F – F – V – V.
c. V – V – F – V.
d. V – V – V – F.
V – F – V – V.
Questão 3
a. I, II e III.
b. II e III apenas.
c. I e III apenas.
d. I apenas.
e. III apenas.
REFERÊNCIAS
Fonte: Shutterstock.
É preciso olhar para as necessidades desses alunos e dar subsídios para que
a escola saiba de onde partir. Essa é a função do diagnóstico.
Saber a origem dos alunos, de qual região do país são provenientes também
potencializa as possibilidades de inserir nas estratégias temáticas culturais,
geográfica e históricas que fortalecem sua identidade, promovendo o
fortalecimento da autoestima, fator importante no processo de
escolarização, e estimulando sua identificação enquanto cidadão.
AVANÇANDO NA PRÁTICA
RESOLUÇÃO
Eliane de Siqueira
Fonte: Shutterstock.
CONVITE AO ESTUDO
E muitas pessoas ainda acham que é fácil ser professor, não é mesmo?
O que fazer?
A escola não é uma célula isolada. Ela se conecta de maneira intensa com
tudo que está à sua volta, aproximando-se do contexto social, dando
sentido, buscando significados e se fazendo presente a todo momento.
Sendo assim, uma das palavras mais presentes em seu repertório deve ser
flexibilidade. Seja de tempos, espaços, planejamento, tudo precisa ser
revisitado o tempo todo para atender às especificidades das turmas e do
momento.
Não é uma tarefa simples e não temos uma receita pronta para esse agir
docente. O que temos são propostas regulamentadas por documentos
oficiais.
Vamos lá?
CONCEITO-CHAVE
ASSIMILE
Você pode encontrar algumas nomenclaturas diferentes para designar a
formação inicial de professores. Podemos citar como exemplos:
Como exemplo podemos citar a meta 15, que traz a necessidade de todos os
professores da educação básica terem formação específica de nível
superior, obtida em curso de licenciatura na área de conhecimento em que
atuam, ou a meta 16, que objetiva formar 50% dos professores da educação
básica em nível de pós-graduação lato e stricto sensu e garantir a todos uma
formação continuada em sua área de atuação. Tudo isso buscando
incansavelmente a melhoria da educação em todo território nacional.
FOCO NA BNCC
Depois, já no exercício da profissão, outros cursos devem ser
desenvolvidos, ampliando a formação desse profissional, de seus saberes e
práticas, possibilitando lidar com os desafios presentes nos espaços
escolares de forma mais significativa. Esse é um dos motivos que nos faz
sempre pensar em formações do professor.
(MEC-PIBID, 2020)
Temos quatro modalidades de participação, cada uma recebendo um valor
específico de bolsa de estudos e com atribuições que se diferem:
FOCO NA BNCC
O Programa de Residência Pedagógica integra a Política Nacional de
Formação de Professores. Na proposta, temos a formação de professores
relacionada às disciplinas presentes na BNCC. A proposta tem como
objetivo, aperfeiçoar a formação dos professores de forma prática,
inserindo o estudante das licenciaturas no dia a dia da escola pública.
FOCO NA BNCC
Não se esqueça de que a BNCC traz as 10 competências gerais que
permeiam todas as áreas do conhecimento e que devem ser trabalhadas
progressivamente ao longo de toda Educação Básica. Além disso, cada
componente curricular possui um conjunto de competências específicas que
auxiliam no planejamento do professor.
Além disso, deve-se considerar que todas as mudanças, que não deixam de
fora o que acontece na escola, precisam de profissionais que se reinventam
todos os dias.
EXEMPLIFICANDO
O governo mantém alguns programas que possuem entre os seus objetivos,
incentivar à formação nas licenciaturas. Entre os programas de incentivo
podemos citar:
Questão 1
a. I e II.
b. I e III.
c. II e III.
d. I, II e III.
Questão 2
Questão 3
a. I e II.
b. I e III.
c. II e III.
d. I, II e III.
REFERÊNCIAS
Fonte: Shutterstock.
De que forma?
Vale lembrar que essa é apenas uma sugestão, uma ideia que possa te
inspirar na organização de propostas futuras, contribuindo com a qualidade
da educação.
AVANÇANDO NA PRÁTICA
RESOLUÇÃO
Para que isso possa ser usado em sua prática, você precisa, primeiramente,
identificar um problema real que seja significativo para os seus alunos, em
seguida organizar a investigação, a pesquisa, a troca de ideias e o
planejamento do que será feito para resolver a situação diagnosticada. Com
as etapas planejadas, temos então a necessidade de colocar em prática as
ações, ajustar rotas e buscar a solução.
SEÇÃO 2
Fonte: Shutterstock.
Ela está inserida na BNCC como uma das dez competências gerais e, sendo
assim, permeia todas as áreas do conhecimento.
Para responder a essa pergunta você deve pensar nas possibilidades de ação
nos espaços escolares, considerar a formação inicial e continuada do
professor e explicar, por meio de uma atividade pedagógica, como essa
aprendizagem pode ser construída.
CONCEITO-CHAVE
Mesmo que em alguns momentos ela não seja planejada, pelo exemplo
temos evidenciada sua necessidade em todos os momentos.
ASSIMILE
O documento do Ministério da Educação que trata das ações do PDE está
organizado em três tópicos: o primeiro destina-se a tratar as razões e os
princípios do PDE. O segundo temos o PDE como programa de ação e o
terceiro traz um debate sobre o Sistema Nacional de Educação. Você pode
acessar o documento na íntegra a partir do link https://bit.ly/3pfJjQO. Vale
a pena conhecer a proposta.
EXEMPLIFICANDO
Além das políticas apresentadas anteriormente, temos algumas
possibilidades de formação continuada mais específicas. Como exemplo,
podemos citar o PNEM. Você já ouviu falar?
(BRASIL, 1996).
Primeira licenciatura.
Segunda licenciatura.
Bacharéis que buscam atuar no magistério.
FOCO NA BNCC
O Decreto nº 8.752, de 9 de maio de 2016, traz entre seus objetivos ―VII -
assegurar o domínio dos conhecimentos técnicos, científicos, pedagógicos
e específicos pertinentes à área de atuação profissional, inclusive da gestão
educacional e escolar, por meio da revisão periódica das diretrizes
curriculares dos cursos de licenciatura, de forma a assegurar o foco no
aprendizado do aluno‖, sendo assim, a BNCC-formação é organizada como
uma das formas de atender esse objetivo, possibilitando que os professores
atuem em consonância com as competências e habilidades necessárias às
aprendizagens dos estudantes.
ASSIMILE
Entre as ações propostas pelo PARFOR, tivemos também a criação do
Plano Decenal da Educação (PDE), vinculado ao Plano de Aceleração do
Crescimento (PAC), cujas ações estão voltadas para a formação e
valorização dos professores que atuam na Educação Básica.
(BRASIL, 2005).
EXEMPLIFICANDO
Você sabia que a EaD possui diferentes gerações?
Muitas pessoas ainda a associam com o uso que temos na
contemporaneidade, mas essa história é bem mais antiga.
FOCO NA BNCC
A BNCC traz, entre as competências gerais, a cultura e o letramento digital.
REFLITA
Falar em tecnologia não é considerar apenas os aparatos tecnológicos que
são usados, e sim, o uso que fazemos deles. Sendo assim, podemos citar
como exemplo a criação da prensa, que foi uma grande tecnologia pela
inovação que trouxe na época com o seu uso. O digital amplia esse uso. Por
isso a diferença entre o que é uma TIC e o que temos como TDIC.
Atualmente, na Base Nacional Comum Curricular, a inclusão digital
aparece como competência a ser desenvolvida, sendo assim, profissionais
da educação precisam de formação que os instrumentalize a lidar com todas
as possibilidades e novidades desse cenário.
Temos alguns conflitos que inclui pensar em alunos como nativos digitais e
professores que não fazem uso de nenhum recurso ativo de aprendizagem
que seja mediado pela tecnologia.
Questão 1
a. I e II.
b. I e III.
c. II e III.
d. I, II e III.
A sequência correta é:
a. V, V, V, F
b. F, F, V, F
c. V, V, F, F
d. F, F, V, V
e. V, F, V, F
Questão 3
No entanto, ainda temos como desafios o uso adequado das TIC e TDICs
como ferramentas que mediam a construção das aprendizagens.
a. I e II.
b. I e III.
c. II e III.
d. I, II e III.
REFERÊNCIAS
Fonte: Shutterstock.
AVANÇANDO NA PRÁTICA
Que ação pode ser pensada para sanar essa dificuldade? Como aproximar
essas gerações e tornar os recursos digitais potentes ferramentas de ensino,
aprendizagem e acompanhamento escolar?
RESOLUÇÃO
Como exemplo, podemos pensar em uma rotação por estação criada pelos
próprios alunos e que inclui a participação do professor na execução das
tarefas. Se colocamos, por exemplo, em uma das estações um recurso de
uso comum entre os estudantes e um que tenha sentido pedagógico para o
professor, temos ricas oportunidades de trocas e parcerias nas
aprendizagens. O trabalhar junto faz todo sentido e ninguém é obrigado a
saber tudo, mas sim se envolver em um movimento constante de aprender.
SEÇÃO 3
NÃO PODE FALTAR
VALORIZAÇÃO DOS
PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO
Eliane de Siqueira
Fonte: Shutterstock.
Veja alguns itens que você pode ampliar a partir dos nossos estudos.
Formação inicial.
Formação complementar.
Proposta de trabalho (de que forma a prática articula-se com a
BNCC).
Imagens de trabalhos que tenha desenvolvido.
Registro com a participação ativa em algum projeto.
Essas são apenas algumas ideias que podem compor seu portfólio e estão
relacionadas com alguns aspectos que apresentamos em nossos estudos.
Vamos experimentar?
CONCEITO-CHAVE
ASSIMILE
O plano decenal de educação para todos, também com prazo de 10 anos
(1993-2003), foi definido durante a Conferência Mundial de Educação para
Todos, ocorrida em 1990, na Tailândia.
1 4 15 12
2 8 16 13
3 17 14
5 18
6
7
9
10
11
Meta Descrição
ASSIMILE
Você já ouviu falar na formação em serviço?
Neste caso, se alguma atividade não for cumprida, ocorre o desconto das
horas de formação que não foram realizadas.
Embora seja uma estratégia que divide opiniões, é uma forma de avaliar o
desempenho dos professores e o impacto que as políticas públicas possuem
na prática desses profissionais e consequentemente na aprendizagem de
seus alunos.
Embora essa proposta tenha como objetivo inicial o uso para ingresso na
carreira docente, ela indica características consideradas necessárias para
que o profissional seja um bom professor.
REFLITA
Alguns discursos sinalizam que apenas pela valorização do professor é que
conseguiremos reverter os resultados do Brasil em PISA.
FOCO NA BNCC
Muitos documentos normativos trazem a importância da formação de
profissionais qualificados para atuarem no magistério. Entre eles, temos a
BNC, formação que se alinha às demais ações já instituídas.
18.1 - Estabilidade
18.2 - Estágio probatório
18.3 - Concurso
18.4 - Qualificação profissional
18.5 - Censo
18.6 - Especificidades socioculturais
18.7 - Prioridade de repasses
18.8 - Comissões permanentes
EXEMPLIFICANDO
Da mesma forma que temos diversos estudos que reforçam a importância
do protagonismo dos alunos para a construção de aprendizagens, temos o
protagonismo do professor igualmente importante.
O professor reflete constantemente sobre tudo que está a sua volta, age,
interage, ensina e também aprende em um processo construtivo, que rompe
com todos os paradigmas transmissivos e reprodutivistas.
Questão 1
Questão 2
O PNE, nas suas metas 15, 16, 17 e 18, trata da valorização dos
profissionais da educação. Entre as metas, temos a necessidade de instituir
plano de carreira, melhoria das condições de trabalho e garantir a formação
dos profissionais da educação. A partir do exposto, analise as sentenças a
seguir:
Estão corretas:
a. I e II, apenas.
b. I e III, apenas.
c. II e III, apenas.
d. I, II e III.
Questão 3
b. Os cursos não devem ser gratuitos pois não são válidos como formação
continuada.
c. A professora compreende a importância de ser protagonista de políticas
públicas e de investir em sua formação.
d. A escola é que precisa ter a iniciativa para que as ações sejam válidas.
e. A gestão escolar é que deve mediar essas discussões para que os grupo
todo seja beneficiado.
REFERÊNCIAS
Fonte: Shutterstock.
Para ser um bom registro, é importante que esse documento seja revelador.
Isso significa que qualquer pessoa que o tenha em mãos deve compreender
a mensagem que se pretende comunicar.
AUTOAVALIAÇÃO
Não é mais novidade para ninguém que somos, o tempo todo, avaliados. Os
resultados, sejam eles positivos ou não, estão sempre relacionados à prática
docente. Dessa forma, a proposta é que percebam a importância de uma
autoavaliação na organização de uma situação de aprendizagem.
A partir do exposto, crie uma lista com as informações que você, como
professora dessa turma, usaria para avaliar suas ações, pensando na
qualidade das propostas e nos documentos norteadores da educação.
RESOLUÇÃO