9oano LP Aula2 Materialcompleto
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Plano
de Aula
e Anexos
o
9 Ano
Língua Portuguesa
CCC
v
6b
PRENDER
+
Qualificando a ação escolar
Camilo Sobreiro de Santana
Governador
Autores
Ana Paula Silva Vieira Trindade
Francisca Poliane Lima de Oliveira
Raquel Almeida De Carvalho
Revisão de Texto
Ana Paula Silva Vieira Trindade
Organização Gráfica
Ana Paula Silva Vieira Trindade
Raimundo Elson Mesquita Viana
ORIENTAÇÕES GERAIS
Começamos por uma videoaula com orientações teóricas metodológicas que vão
contribuir para o trabalho em sala de aula com os descritores que historicamente têm
apresentado resultados muito críticos ou críticos.
Enfatizamos que você pode ter acesso a mais atividades que contemplam esses
descritores nos Cadernos de Práticas Pedagógicas. Esses são distribuídos
bimestralmente em PDF, também pelo site da Seduc-Ce, para todas as escolas do
Ceará.
PLANO DE AULA 2 – 9º ANO
Objetivo Geral: propor uma sequência didática de atividades de leitura que contemplem
os descritores da Matriz Spaece: D6 – Distinguir fato de opinião relativa ao fato; D12 –
Identificar semelhanças e/ou diferenças de ideias e opiniões na comparação entre textos;
D17 – Reconhecer o sentido das relações lógico-discursivas marcadas por conjunções,
advérbios etc.; e D21 – Identificar o efeito de sentido decorrente do uso da pontuação e
de outras notações. E da Matriz Saeb: D14 - Distinguir fato da opinião relativa a este fato;
D20 – Reconhecer diferentes formas de tratar uma informação na comparação de textos,
que tratam do mesmo tema, em função das condições em que ele foi produzido e
daquelas em que será recebido; D15 – Estabelecer relações lógico-discursivas presentes
no texto, marcadas por conjunções, advérbios etc.; D19 – Reconhecer o efeito de sentido
decorrente da exploração de recursos ortográficos e/ou morfossintáticos.
PRIMEIRO MOMENTO
30 minutos
Introdução ao Iniciar com as perguntas:
conteúdo 1 - Ao chegar à casa, como você conta aos seus familiares ou
Tempo amigos sobre como foi seu dia na escola?
estimado: 2 – Que gênero seria o mais adequado para fazer essa narrativa
2 minutos sobre seu dia: a notícia ou a crônica?
Leitura Leitura de uma notícia e de uma crônica
Antes de ler os textos, fazer as seguintes perguntas de predição:
Tempo a) Vocês acham que esses textos tratarão sobre o quê?
estimado:
b) O que será abordado sobre cajueiro?
13 minutos
c) Vocês gostam de caju?
d) O que vocês gostariam que esse texto falasse sobre o caju?
e) Qual a experiência de vocês com caju?
Retome-as após a leitura dos textos.
Comparando e
diferenciando Os dois gêneros são usados para contar sobre fatos ocorridos no dia
notícia e a dia das pessoas.
crônica. A crônica faz isso de forma poética e de modo a deixar claro o ponto
de vista do cronista. A notícia conta o fato sem deixar claro qual o
Tempo ponto de vista do jornalista.
estimado:
5 minutos
Interpretando a Na notícia lida, qual o fato narrado? Existe uma opinião sobre
crônica e a esse fato?
notícia. Para isso, diferenciar fato de opinião.
Na crônica, o que está sendo apresentado como fato? Qual a
Tempo opinião do cronista sobre esse fato?
estimado: Agora compare os fatos dos dois textos lidos. São iguais ou
10 minutos semelhantes? Podemos dizer que, nesse caso, jornalista e
cronista tem a mesma opinião?
SEGUNDO MOMENTO
20 minutos
Compreender Reconhecer, na charge, o sentido das relações lógico-discursivas
a função do marcadas por conjunções, advérbios etc.
articulador na Antes de ler o texto, fazer essas perguntas:
construção do
sentido e na 1.Vocês acham que esse texto falará sobre o quê?
percepção da 2.O que vocês acham que é um Headbanger?
opinião em
detrimento do 3.Por que um headbanger precisa ter opinião?
fato. Após a leitura do texto, retome-as para discussão.
Analisando o texto:
Tempo
Compreender - por meio do articulador “na qual” – que opinião
estimado:
10 minutos está sendo defendida pela personagem da direita.
Refletir sobre o papel sintático do articulador na oração em
análise.
Tempo Identificar, no texto “Deixo os meus bens à minha irmã não ao meu
estimado: sobrinho jamais será paga a conta do alfaiate nada aos pobres”, o
10 minutos efeito de sentido decorrente do uso da pontuação e de outras
notações:
Observar que o texto não possui nenhuma pontuação.
Fazer perceber que a pontuação pode ser feita de maneira a
beneficiar qualquer um dos citados no texto.
Mostrar a variação de pontuação e de sentido.
Materiais e Texto 1: Piauí diz ter maior cajueiro do mundo e tenta derrubar
Recursos tútilo do RN. Disponível em
Didáticos <https://g1.globo.com/pi/piaui/noticia/2015/07/piaui-diz-ter-maior-
cajueiro-do-mundo-e-tenta-derrubar-titulo-do-rn.html>. Acesso em 01
de junho de 2019.
Texto 2: O cajueiro. In: BRAGA, Rubem. Cem crônicas escolhidas.
Rio de Janeiro: José Olímpio, 1956.
Texto 3: Headbanger que é headbanger tem que ter opinião.
Disponível em:
https://photobucket.com/gallery/user/rodrigoleaobr/media/cGF0aDpU
SVJBUy81My5naWY=/?ref=. Acesso em 23 mai 2019.
Texto 4: Deixo os meus bens à minha irmã não ao meu sobrinho
jamais será paga a conta do alfaiate nada aos pobres. Disponível
em:
<http://fatoresdetextualidade.blogspot.com/2014/03/pontuacao.html>
Acesso em: 01 junho 2019.
CEARÁ
2019
2º CICLO DE AULA
Para ajudar o professor na atividade com este conteúdo, sugerimos o texto a seguir
para análise nesta aula.
Análise
NOTÍCIA
CRÔNICA
O cajueiro
Rubem Braga
O cajueiro já devia ser velho quando nasci. Ele vive nas mais antigas recordações
de minha infância: belo, imenso, no alto do morro atrás da casa. Agora vem uma carta
dizendo que ele caiu.
Eu me lembro do outro cajueiro que era menor e morreu há muito tempo. Eu me
lembro dos pés de pinha, do cajá-manga, da grande touceira de espadas-de-são-jorge
(que nós chamávamos simplesmente “tala”) e da alta saboneteira que era nossa alegria e
a cobiça de toda a meninada do bairro porque fornecia centenas de bolas pretas para o
jogo de gude. Lembro-me da tamareira, e de tantos arbustos e folhagens coloridas,
lembro-me da parreira que cobria o caramanchão, e dos canteiros de flores humildes,
“beijos”, violetas. Tudo sumira; mas o grande pé de fruta-pão ao lado da casa e o imenso
cajueiro lá no alto eram como árvores sagradas protegendo a família. Cada menino que ia
crescendo ia aprendendo o jeito de seu tronco, a cica de seu fruto, o lugar melhor para
apoiar o pé e subir pelo cajueiro acima, ver de lá o telhado das casas do outro lado e os
morros além, sentir o leve balanceio na brisa da tarde.
No último verão ainda o vi; estava como sempre carregado de frutos amarelos,
trêmulo de sanhaços. Chovera: mas assim mesmo fiz questão de que Carybé subisse o
morro para vê-lo de perto, como quem apresenta a um amigo de outras terras um parente
muito querido.
A carta de minha irmã mais moça diz que ele caiu numa tarde de ventania, num fragor
tremendo pela ribanceira; e caiu meio de lado, como se não quisesse quebrar o telhado
de nossa velha casa. Diz que passou o dia abatida, pensando em nossa mãe, em nosso
pai, em nossos irmãos que já morreram. Diz que seus filhos pequenos se assustaram;
mas foram brincar nos galhos tombados.
Foi agora, em fins de setembro. Estava carregado de flores.
Setembro, 1954.
Cem crônicas escolhidas. Rio de Janeiro: José Olímpio, 1956.
1- Ao chegar à casa, como você conta aos seus familiares ou amigos sobre como foi
seu dia na escola?
2- Que gênero seria o mais adequado para fazer essa narrativa sobre seu dia: a
notícia ou a crônica?
Ao ler apenas os títulos “Piauí diz ter maior cajueiro do mundo e tenta derrubar título
do RN” e “O cajueiro”, perceba que os alunos vão deduzir sobre o possível assunto
abordado no texto. Embora eles imaginem que os textos vão falar sobre caju ou cajueiro,
eles ainda não sabem exatamente o que eles abordarão sobre o tema. Essa informação
os alunos só conseguirão com a leitura efetiva dos textos.
Após esse primeiro momento de predição, proceda à leitura efetiva dos textos. Em
seguida, discuta com os alunos sobre as respostas que eles deram àquelas perguntas
iniciais, verificando se se confirmam ou não conforme as informações veiculadas nos
textos.
Nesse segundo momento da aula, outros questionamentos revelam-se
interessantes, como as perguntas apresentadas a seguir. Realize-as, preferencialmente,
na modalidade oral ainda.
Agora que já discutiram sobre a temática dos dois textos, vamos analisá-los
conforme as habilidades previstas pelos descritores 6 e 12 da Matriz Spaece: Distinguir
fato de opinião relative a este fato e Identificar semelhanças e/ou diferenças de ideias e
opiniões na comparação entre textos.
ANALISANDO OS TEXTOS (D6/D14)
Os dois gêneros são usados para contar fatos ocorridos no dia a dia das pessoas.
A crônica faz isso de forma poética e de modo a deixar claro o ponto de vista do
cronista. A notícia conta o fato sem deixar claro qual o ponto de vista do jornalista.
a) Na notícia lida, qual o fato narrado? Existe uma opinião sobre esse fato? Para isso,
diferenciar fato de opinião.
b) Na crônica, o que está sendo apresentado como fato? Qual a opinião do cronista
sobre esse fato?
c) Agora compare os fatos dos dois textos lidos. São iguais ou semelhantes?
Podemos dizer que, nesse caso, jornalista e cronista tem a mesma opinião?
Faça com que os alunos reparem que temos dois textos com a mesma temática,
mas com intenções comunicativas e características estruturais discursivas distintas. Ao
passo que a notícia discorre sobre a tentativa do estado do Piauí de pleitear o registro no
Guinnes Book de possuir o maior cajueiro do mundo, recorde pertencente ao estado do
Rio Grande do Norte, a crônica discorre sobre a morte de um cajueiro e a importância que
ele teve na vida do autor, pois ele despertava lembranças e recordações antigas de sua
infância.
Os dois textos utilizados para análise trazem uma temática semelhante: um fato a
respeito de uma árvore conhecida como cajueiro. Apesar disso, cada uma apresenta
versoes e intenções discursivas distintas: a Notícia tem a intenção de comunicar um fato,
geralmente abstraído de qualquer convicção ou ponto de vista do próprio autor da noticía,
ao passo que a Crônica não tem a exclusiva intenção de comunicar um fato, mas de
discorrer sobre esse fato, exprimindo, revelando as impressões e sentimentos do autor a
partir disso, ou seja, o fato é apenas o ponto de partida, o que dá origem à produção do
texto, mas a intenção comunicativa de uma crônica vai além disso, ela é um texto de
carácter reflexivo e interpretativo, que parte de um assunto do quotidiano, um
acontecimento banal, sem significado relevante. É um texto subjetivo, pois apresenta a
perspectiva do seu autor.
Sugerimos, ademais, outro texto com questões que podem possibilitar o exercício
com os descritores em análise.
Disponível em:
https://photobucket.com/gallery/user/rodrigoleaobr/media/cGF0aDpUSVJBUy81My5naWY=/?ref=. Acesso
em 23 mai 2019
Assim como fez com o texto anterior, antes de lê-lo efetivamente, incite nos alunos a
predição do texto, uma vez que essa é uma atividade fundamental para a compreensão
leitora. As perguntas que seguem podem ajudá-lo. Sugerimos que as escreva no quadro,
mas as realize, de preferência, oralmente:
1. O texto trata sobre o fato de o personagem mudar de opinião sem muito esforço.
2. A principal opinião veiculada é a de que datas comemorativas não deveriam ter
importância porque só têm objetivo capitalista, nada sentimental.
3. O personagem pediu para cancelar o envio das flores porque acatou a crítica que o
outro fez.
1. Por meio do articulador “na qual” – que opinião está sendo defendida pela
personagem da direita?
2. Reflita sobre o papel sintático do articulador na oração em análise.
“Deixo os meus bens à minha irmã não ao meu sobrinho jamais será paga a conta
do alfaiate nada aos pobres.
No dia seguinte, o sobrinho chega, vê o tio morto e o documento, o qual não foi pontuado,
e fez a seguinte pontuação:
Deixo os meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho. Jamais será paga a conta do
alfaiate. Nada aos pobres.
Deixo os meus bens à minha irmã; não a meu sobrinho. Jamais será paga a conta do
alfaiate. Nada aos pobres.
O alfaiate, ao qual o velho sovina devia uma fortuna, também mudou a pontuação:
Deixo os meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho? Jamais! Será paga a conta do
alfaiate. Nada aos pobres.
O procurador dos pobres, conhecedor da importância da pontuação para o sentido do
texto, assim o pontuou:
Deixo os meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho? Jamais! Será paga a conta do
alfaiate? Nada! Aos pobres!”
Vamos analisar esse texto do ponto de vista dos efeitos de sentido diferentes
ocasionados pela mudança da pontuação a depender de cada interesse dos
personagens.
A pontuação é a ferramenta que organiza, que sinaliza o texto que será lido,
proporcionando ao leitor a capacidade de compreender , o mais fielmente possível, o que
o autor se propôs a argumentar.
De posse dessas informações, possibilite que seus alunos percebam que, pelo fato
de o bilhete original não ter nenhuma pontuação, abre-se margem para qualquer
interpretação. A depender da intenção de cada um dos personagens citados no texto, a
pontuação muda de forma que a interpretação beneficia sempre aquele que efetivou a
pontuação no bilhete. Ora, o sobrinho, a irmã, o alfaiate e o procurador, sabendo disso,
realizaram a pontuação do texto conforme seus próprios interesses.
Referências Bibliográficas:
Texto 1: Piauí diz ter maior cajueiro do mundo e tenta derrubar tútilo do RN.
Disponível em <https://g1.globo.com/pi/piaui/noticia/2015/07/piaui-diz-ter-maior-cajueiro-
do-mundo-e-tenta-derrubar-titulo-do-rn.html>. Acesso em 01 de junho de 2019.
Texto 2: O cajueiro. In: BRAGA, Rubem. Cem crônicas escolhidas. Rio de Janeiro: José
Olímpio, 1956.
Texto 3: Headbanger que é headbanger tem que ter opinião. Disponível em:
https://photobucket.com/gallery/user/rodrigoleaobr/media/cGF0aDpUSVJBUy81My5naWY
=/?ref=. Acesso em 23 mai 2019.
Texto 4: Deixo os meus bens à minha irmã não ao meu sobrinho jamais será paga a
conta do alfaiate nada aos pobres. Disponível em:
<http://fatoresdetextualidade.blogspot.com/2014/03/pontuacao.html> Acesso em: 01 junho
2019.
Aula
2
Caderno
do Aluno
o
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Língua Portuguesa
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PRENDER
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Qualificando a ação escolar
AULA 2:
AS NARRATIVAS DO NOSSO COTIDIANO E OS SENTIDOS QUE ATRIBUÍMOS A
ELAS
DESCRITORES 6, 12, 17 E 21 (MATRIZ SPAECE)
DESCRITORES 14, 20, 15 E 19 (MATRIZ SAEB)
Habilidades:
Distinguir fato de opinião relativa ao fato;
Identificar semelhanças e/ou diferenças de ideias e opiniões na comparação
entre textos;
Reconhecer o sentido das relações lógico-discursivas marcadas por
conjunções, advérbios etc.;
Identificar o efeito de sentido decorrente do uso da pontuação e de outras
notações.
Quando acabou a etapa inicial do jogo Brasil x Paraguai, o placar acusava um lírico,
um platônico 0 x 0. Ora, o empate é o pior resultado do mundo. [...] Acresce o seguinte: de
todos os empates o mais exasperante é o de 0 x 0.
[…] Súbito, o alto-falante do estádio se põe a anunciar as duas substituições
5 brasileiras: entravam Zizinho e Walter. Foi uma transfiguração. Ninguém ligou para Walter,
que é um craque, sim, mas sem a tradição, sem a legenda, sem a pompa de um Ziza. O
nome que crepitou, que encheu, que inundou todo o espaço acústico do Maracanã foi o
do comandante banguense. Imediatamente, cada torcedor tratou de enxugar, no lábio, a
baba da impotência, do despeito e da frustração. O placar permanecia empacado no 0 x
10 0. Mas já nos sentíamos atravessados pela certeza profética da vitória. Os nossos tórax
arriados encheram-se de um ar heroico, estufaram-se como nos anúncios de fortificante.
Eis a verdade: a partir do momento em que se anunciou Zizinho, a partida estava
automática e fatalmente ganha. Portanto, público, juiz, bandeirinhas e os dois times
podiam ter se retirado, podiam ter ido para casa. Pois bem: veio o jogo. Ora, o primeiro
15 tempo caracterizara-se por uma esterilidade bonitinha. Nenhum gol, nada. Mas a
presença de Zizinho, por si só, dinamizou a etapa complementar, deu-lhe caráter, deu-lhe
alma, infundiu-lhe dramatismo. Por outro lado, verificamos ainda uma vez o seguinte: a
bola tem um instinto clarividente e infalível que a faz encontrar e acompanhar o verdadeiro
craque. Foi o que aconteceu: a pelota não largou Zizinho, a pelota o farejava e seguia
20 com uma fidelidade de cadelinha ao seu dono. […]
No fim de certo tempo, tínhamos a ilusão de que só Zizinho jogava. Deixara de ser
um espetáculo de 22 homens, mais o juiz e os bandeirinhas. Zizinho triturava os outros
ou, ainda, Zizinho afundava os outros numa sombra irremediável. Eis o fato: a partida foi
um show pessoal e intransferível.
25 E, no entanto, a convocação do formidável jogador suscitara escrúpulos e debates
acadêmicos. Tinha contra si a idade, não sei se 32, 34, 35 anos. Geralmente, o jogador de
34 anos está gagá para o futebol, está babando de velhice esportiva. Mas o caso de
Zizinho mostra o seguinte: o tempo é uma convenção que não existe [...] para o craque.
[...] Do mesmo modo, que importa a nós tenha Zizinho dezessete ou trezentos anos, se
30 ele decide as partidas? Se a bola o reconhece e prefere?
No jogo Brasil x Paraguai, ele ganhou a partida antes de aparecer, antes de molhar
a camisa, pelo alto-falante, no intervalo. Em último caso, poderá jogar, de casa, pelo
telefone.
Texto 1
Dengue
A dengue é uma doença transmitida pelos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus. O
principal sintoma da doença é a febre aguda que começa repentinamente, permanecendo por 5
a 7 dias. O doente apresenta dor de cabeça intensa, dores nas articulações e musculares,
seguidas de erupções cutâneas 3 a 4 dias depois. Surge sob a forma de grandes epidemias,
com grande número de casos.
Texto 2
Doenças
Baratas: bactérias, vírus, esporos de fungos, alergias, salmonelas, diarreia, desinteria, entre
outros.
Formigas: bactérias, vírus, infecções, entre outros.
Pulgas: peste bubônica, dermatite alérgica, virose, entre outros.
Mosquitos/Pernilongos: dengue, febre amarela, filariose, malária, entre outros.
Para os cientistas, robôs são máquinas planejadas para executar funções como se
fossem pessoas.
Os robôs podem, por exemplo, se movimentar por meio de rodas ou esteiras,
5 desviar de obstáculos, usar garras ou guindastes para pegar objetos e transportá-los de
um local para outro ou encaixá-los em algum lugar. Também fazem cálculos, chutam
coisas e tiram fotos ou recolhem imagens de um ambiente ou de algo que está sendo
pesquisado.
Hoje, já são utilizados para brincar, construir carros, investigar vulcões e até viajar
10 pelo espaço bisbilhotando em outros planetas.
O grande desafio dos especialistas é criar robôs que possam raciocinar e consigam
encontrar soluções para novos desafios, como se tivessem inteligência própria.
Disponível em:
<http://recreionline.abril.com.br/fique_dentro/ciencia/maquinas/conteudo_90106.shtml>.
Acesso em: 17 maio 2010.
Texto 2
Robótica
(P060138B1_SUP)
AVALIA REME 2014 - AVALIAÇÃO EXTERNA DE DESEMPENHO DOS ALUNOS DA REDE MUNICIPAL
DE ENSINO DE CAMPO GRANDE - REVISTA PEDAGÓGICA Língua Portuguesa - 8o ano do Ensino
Fundamental
Combate ao estresse
É possível combater o estresse gerado pelo ritmo acelerado do dia a dia de uma forma
muito gostosa... comendo! Alguns alimentos têm poder de melhorar o desempenho do
organismo. A nutricionista funcional Tatiana Rocha dá dicas.
“A laranja, rica em vitamina C e complexo B, é um ótimo relaxante muscular e ajuda a
dar mais pique. Os pescados diminuem o cansaço e a ansiedade, graças à presença de zinco
e selênio. Uma banana por dia também é uma ótima opção, já que ela é responsável pela
sensação de bem-estar”, explica.
A Tribuna, 19 jun. 2011
Texto 1
NETO, Pasquale Cipro. Folha de S. Paulo. 18 jan. 1999. Folhateen, p. 5. *Adaptado: Reforma Ortográfica.
(P090264C2_SUP)
SPAECE 2014 – Sistema Permanente de Avaliação da Educação Básica do Ceará - Boletim Pedagógico –
Língua Portuguesa – 9º ano do Ensino Fundamental – Educação de Jovens e Adultos (EJA) 2º segmento
(P090267C2) No trecho “...se você limitar sua linguagem à gíria,..” (ℓ. 18), o termo
destacado estabelece relação de
A) causa.
B) concessão.
C) condição.
D) consequência.
MAR MORTO
Para quem não sabe nadar, entrar na água do mar ou na piscina é sempre complicado.
Precisa de colo de alguém ou de boia de plástico. Mas existe um mar em que nada afunda, de
tanto sal que existe em sua água. Esse mar fica entre dois países do Oriente, Israel e a
Jordânia, e se chama Mar Morto. Na verdade, não é um mar: é um grande lago, onde deságua
o rio Jordão. Ele está 392 metros abaixo do nível do mar, e é o ponto mais baixo de toda a
superfície do planeta. De tão grande, parece mesmo um mar: tem 85 quilômetros de
comprimento e 17 quilômetros de largura. É tanto sal em suas águas que não tem peixe, alga
ou camarão que consiga viver ali dentro. Por isso o nome de Mar Morto.
A lama que existe no fundo faz muito bem para a pele e tem propriedades medicinais. As
pessoas vão ao Mar Morto também para fazer tratamento de beleza com lama! Não é preciso
mergulhar no sal para ir atrás dessa poção mágica de beleza. Perto dali, existem lojinhas que
vendem sabonete feito com a lama do fundo do lago. O Mar Morto é realmente um lugar
diferente! Só vendo para acreditar.
(P050016A8) No trecho “... que consiga viver ali dentro.”, a palavra destacada indica
A) tempo.
B) modo.
C) lugar.
D) intensidade.
As ondas do mar
Me deito na esteira,
Me molham as ondas do mar…
Caderno do
Professor
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Língua Portuguesa
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PRENDER
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Qualificando a ação escolar
AULA 2:
AS NARRATIVAS DO NOSSO COTIDIANO E OS SENTIDOS QUE ATRIBUÍMOS A
ELAS
DESCRITORES 6, 12, 17 E 21 (MATRIZ SPAECE)
DESCRITORES 14, 20, 15 E 19 (MATRIZ SAEB)
Habilidades:
Distinguir fato de opinião relativa ao fato;
Identificar semelhanças e/ou diferenças de ideias e opiniões na comparação
entre textos;
Reconhecer o sentido das relações lógico-discursivas marcadas por
conjunções, advérbios etc.;
Identificar o efeito de sentido decorrente do uso da pontuação e de outras
notações.
Resolução
1° passo
Fazer a predição a partir do título do texto e levantar hipóteses acerca de seu tema
e informações;
Formular inferências a partir das hipóteses ditas e anotar no quadro as
informações dadas pelos alunos.
2° passo
Fazer uma leitura silenciosa e tentar, a partir dessa primeira leitura, identificar os
fatos presentes no texto;
Após identificar os fatos, reler o texto, buscando as possíveis opiniões acerca
desses fatos, atentando para os marcadores;
Ler o texto em voz alta e retomar as hipóteses levantadas pelos alunos;
Elencar as informações identificadas pelos alunos, verificando se houve a distinção
dos fatos e das opiniões relativas a esses fatos;
Discutir com os alunos o gênero e a função social do texto – no caso, a sinopse de
um livro, texto narrativo a partir do qual o autor apresenta um determinado tema e
seu ponto de vista.
3° passo
Ler o enunciado da questão e todas as alternativas de escolha propostas;
Considerar as discussões dos alunos na resolução do item, conduzindo-os a
diferenciar um fato de uma opinião relativa a esse fato;
Reler os trechos que correspondam à possível resolução da questão e considerar a
alternativa que contempla a resposta correta;
Explicar o equívoco das demais alternativas.
Comentário
A alternativa de escolha correta é (A) “... romance fantástico de Ana Lúcia
Merege, é um lugar especial.”. (ℓ. 1)”. A escolha por essa alternativa demonstra que os
alunos compreenderam e perceberam as marcas de subjetividade do autor, o que
demonstra uma marca opinativa, no uso da palavra “fantástico”. Como visto, o suporte
desse item apresenta a sinopse de um livro que tem como público-alvo o juvenil. O
adjetivo “fantástico” vem expresso logo na primeira frase do texto, demonstrando a
opinião do autor acerca dessa obra. A escolha por esse adjetivo enfatiza também o fato
de o romance narrar uma história que acontece somente na imaginação, fazendo parte,
assim, da fantasia do leitor.
A escolha da alternativa (B) “Apesar de sua juventude, Anna de Bryke aceita o
desafio...”. (ℓ. 5) pelos alunos supõe que o uso da palavra juventude pode ter feito com
que os alunos tivessem a interpretação de uma opinião acerca da personagem Anna de
Bryke. O aluno pode ser levado a optar por esse item por não conhecer a protagonista,
nem a sua idade, pois não é citada na sinopse, levando-o a crer, equivocadamente, que o
substantivo juventude seja uma opinião acerca de Anna.
A escolha das alternativas (C) “Aprende os princípios da Magia da Forma e do
Pensamento...”. (ℓ. 6) e (D) “Com o apoio de Kieran, Anna lutará para preservá-las,...”. (ℓ.
12) supõe que não houve a compreensão da diferenciação entre fato e opinião, uma vez
que essas frases tratam de um fato.
Quando acabou a etapa inicial do jogo Brasil x Paraguai, o placar acusava um lírico,
um platônico 0 x 0. Ora, o empate é o pior resultado do mundo. [...] Acresce o seguinte: de
todos os empates o mais exasperante é o de 0 x 0.
[…] Súbito, o alto-falante do estádio se põe a anunciar as duas substituições
5 brasileiras: entravam Zizinho e Walter. Foi uma transfiguração. Ninguém ligou para Walter,
que é um craque, sim, mas sem a tradição, sem a legenda, sem a pompa de um Ziza. O
nome que crepitou, que encheu, que inundou todo o espaço acústico do Maracanã foi o
do comandante banguense. Imediatamente, cada torcedor tratou de enxugar, no lábio, a
baba da impotência, do despeito e da frustração. O placar permanecia empacado no 0 x
10 0. Mas já nos sentíamos atravessados pela certeza profética da vitória. Os nossos tórax
arriados encheram-se de um ar heroico, estufaram-se como nos anúncios de fortificante.
Eis a verdade: a partir do momento em que se anunciou Zizinho, a partida estava
automática e fatalmente ganha. Portanto, público, juiz, bandeirinhas e os dois times
podiam ter se retirado, podiam ter ido para casa. Pois bem: veio o jogo. Ora, o primeiro
15 tempo caracterizara-se por uma esterilidade bonitinha. Nenhum gol, nada. Mas a
presença de Zizinho, por si só, dinamizou a etapa complementar, deu-lhe caráter, deu-lhe
alma, infundiu-lhe dramatismo. Por outro lado, verificamos ainda uma vez o seguinte: a
bola tem um instinto clarividente e infalível que a faz encontrar e acompanhar o verdadeiro
craque. Foi o que aconteceu: a pelota não largou Zizinho, a pelota o farejava e seguia
20 com uma fidelidade de cadelinha ao seu dono. […]
No fim de certo tempo, tínhamos a ilusão de que só Zizinho jogava. Deixara de ser
um espetáculo de 22 homens, mais o juiz e os bandeirinhas. Zizinho triturava os outros
ou, ainda, Zizinho afundava os outros numa sombra irremediável. Eis o fato: a partida foi
um show pessoal e intransferível.
25 E, no entanto, a convocação do formidável jogador suscitara escrúpulos e debates
acadêmicos. Tinha contra si a idade, não sei se 32, 34, 35 anos. Geralmente, o jogador de
34 anos está gagá para o futebol, está babando de velhice esportiva. Mas o caso de
Zizinho mostra o seguinte: o tempo é uma convenção que não existe [...] para o craque.
[...] Do mesmo modo, que importa a nós tenha Zizinho dezessete ou trezentos anos, se
30 ele decide as partidas? Se a bola o reconhece e prefere?
No jogo Brasil x Paraguai, ele ganhou a partida antes de aparecer, antes de molhar
a camisa, pelo alto-falante, no intervalo. Em último caso, poderá jogar, de casa, pelo
telefone.
Resolução
1° passo
Fazer a predição a partir do título do texto e levantar hipóteses acerca de seu tema
e informações;
Formular inferências a partir das hipóteses ditas e anotar no quadro as informações
dadas pelos alunos.
2° passo
Fazer uma leitura silenciosa e tentar, a partir dessa primeira leitura, identificar os
fatos presentes no texto;
Após identificar os fatos, reler o texto, buscando as possíveis opiniões acerca
desses fatos, atentando para os marcadores.
Verificar se há, no texto, palavras desconhecidas do vocabulário dos alunos;
Elencar as informações identificadas pelos alunos, verificando se houve a distinção
dos fatos e das opiniões relativas a esses fatos;
Discutir com os alunos o gênero e a função social do texto – no caso, uma crônica
esportiva, texto narrativo a partir do qual o cronista pode selecionar um aspecto
(uma pessoa, um fato, algo que lhe chame atenção) e abordá-lo de forma
espontânea, com subjetividade.
3° passo
Ler o enunciado da questão e todas as alternativas de escolha propostas;
Considerar as discussões dos alunos na resolução do item, conduzindo-os a
diferenciar um fato de uma opinião relativa a esse fato;
Reler os trechos que correspondam à possível resolução da questão e considerar a
alternativa que contempla a resposta correta;
Explicar o equívoco das demais alternativas.
Comentário
A alternativa correta é (C) “... a partir do momento em que se anunciou
Zizinho...”. A escolha dessa alternativa demonstra que os alunos perceberam as marcas
opinativas em contraposição às ações ou fatos. Pede-se, assim, que o aluno esteja atento
e aponte das alternativas dadas aquela que é composta apenas por um fato. Como visto,
o suporte desse item apresenta uma crônica esportiva, narrando a participação decisiva
de um jogador da seleção brasileira de futebol em uma partida contra a equipe do
Paraguai. Para tanto, é importante que o professor leia, juntamente com os alunos, o
texto, pausando a leitura para fazer a análise das opiniões apresentadas.
A escolha da alternativa (A) “...o empate é o pior resultado do mundo supõe que
não houve a devida compreensão de um fato. O aluno possivelmente não reconheceu a
marca de subjetividade no trecho “é o pior resultado do mundo”. O adjetivo ‘pior’ atribuído
ao resultado devido ao empate é uma marca expressa pelo autor do texto, definindo sua
opinião acerca desse assunto.
A alternativa (B) “... de todos os empates o mais exasperante é o de 0 x 0.” supõe
que o aluno não identificou o termo “exasperante” como algo que denote a subjetividade
do autor do texto. Possivelmente, o aluno não percebeu o uso desse adjetivo como uma
informação que carrega a opinião do autor.
A alternativa (D)“... a bola tem um instinto clarividente e infalível...”, assim como a
alternativa anterior, também carrega suas marcas de subjetividade, evidenciando, assim,
a opinião do autor.
Texto 1
Dengue
A dengue é uma doença transmitida pelos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus. O
principal sintoma da doença é a febre aguda que começa repentinamente, permanecendo por 5
a 7 dias. O doente apresenta dor de cabeça intensa, dores nas articulações e musculares,
seguidas de erupções cutâneas 3 a 4 dias depois. Surge sob a forma de grandes epidemias,
com grande número de casos.
Texto 2
Doenças
Baratas: bactérias, vírus, esporos de fungos, alergias, salmonelas, diarreia, desinteria, entre
outros.
Formigas: bactérias, vírus, infecções, entre outros.
Pulgas: peste bubônica, dermatite alérgica, virose, entre outros.
Mosquitos/Pernilongos: dengue, febre amarela, filariose, malária, entre outros.
Resolução
1° passo
Fazer a predição a partir do título dos textos e levantar hipóteses acerca de seus
temas e informações;
Formular inferências a partir das hipóteses e informações dadas oralmente pelos
alunos.
2° passo
Ler os textos em voz alta e retomar as hipóteses levantadas pelos alunos;
Identificar as temáticas nos dois textos e a abordagem que se dá em cada um
deles;
Elencar, no quadro, as informações que permeiam as duas escritas.
3° passo
Ler o enunciado da questão e todas as alternativas de escolha propostas;
Considerar as discussões dos alunos na resolução do item, conduzindo-os à
abordagem dos temas;
Reler os trechos que correspondam à possível resolução da questão e considerar a
alternativa que contempla a resposta correta;
Explicar o equívoco das demais alternativas.
Comentário
A alternativa correta é (A) “apresentam doenças transmitidas por insetos.”. A
escolha por essa alternativa demonstra que os alunos fizeram uma leitura atenta e
compreenderam que os dois textos apresentam dados a respeito de doenças transmitidas
por insetos, sendo que, no texto 1, o foco é a dengue, e no texto 2, algumas doenças
transmitidas por vários insetos, porém o comando do item busca o que há de comum
entre os textos.
A escolha da alternativa (B) “definem os sintomas provocados pela dengue.”
demonstra que os alunos fizeram uma leitura focada nas informações contidas no
primeiro texto. Possivelmente, esse aluno leu o título do segundo texto “Doenças” e não
percebeu que se tratava de doenças transmitidas por outros insetos.
A escolha da alternativa (C) “informam o tempo que as pessoas ficam doentes.”
supõe que o aluno não fez uma leitura atenta do segundo texto, uma vez que essa
informação está contida apenas no texto 1.
A escolha da alternativa (D) “listam as doenças causadas pelas pulgas.”
demonstra que os alunos não compreenderam a predominância das informações contidas
no texto, demonstrando uma atenção maior ao texto 2, uma vez que a alternativa expõe
as doenças que são causadas pelas pulgas.
Para os cientistas, robôs são máquinas planejadas para executar funções como se
fossem pessoas.
Os robôs podem, por exemplo, se movimentar por meio de rodas ou esteiras,
5 desviar de obstáculos, usar garras ou guindastes para pegar objetos e transportá-los de
um local para outro ou encaixá-los em algum lugar. Também fazem cálculos, chutam
coisas e tiram fotos ou recolhem imagens de um ambiente ou de algo que está sendo
pesquisado.
Hoje, já são utilizados para brincar, construir carros, investigar vulcões e até viajar
10 pelo espaço bisbilhotando em outros planetas.
O grande desafio dos especialistas é criar robôs que possam raciocinar e consigam
encontrar soluções para novos desafios, como se tivessem inteligência própria.
Disponível em:
<http://recreionline.abril.com.br/fique_dentro/ciencia/maquinas/conteudo_90106.shtml>.
Acesso em: 17 maio 2010.
Texto 2
Robótica
(P060138B1_SUP)
AVALIA REME 2014 - AVALIAÇÃO EXTERNA DE DESEMPENHO DOS ALUNOS DA REDE MUNICIPAL
DE ENSINO DE CAMPO GRANDE - REVISTA PEDAGÓGICA Língua Portuguesa - 8o ano do Ensino
Fundamental
Resolução
1° passo
Fazer a predição a partir do título do texto e levantar hipóteses acerca de seu tema
e informações;
Formular inferências a partir das hipóteses e informações dadas oralmente pelos
alunos.
2° passo
Ler os textos em voz alta e retomar as hipóteses levantadas pelos alunos;
Identificar as temáticas nos dois textos e a abordagem que se dá em cada um
deles;
Elencar, no quadro, as informações que permeiam as duas escritas;
Estabelecer as relações que se tem entre dois textos.
3° passo
Ler o enunciado da questão e todas as alternativas de escolha propostas;
Considerar as discussões dos alunos na resolução do item, conduzindo-os a
abordagem dos temas;
Reler os trechos que correspondam à possível resolução da questão e considerar a
alternativa que contempla a resposta correta;
Explicar o equívoco das demais alternativas.
Comentário
A alternativa correta é (A) “imitam seres humanos.”. A escolha por essa
alternativa demonstra que os alunos compreenderam que os dois textos tratam de
informações específicas sobre robôs, em especial a capacidade deles de se comportarem
como seres humanos. No primeiro texto, pode-se evidenciar explicitamente essa
comparação nas linhas 1 e 2, e no segundo texto essa informação aparece de forma
implícita nas linhas 5 e 6.
A escolha da alternativa (B) “podem fazer cálculos.” supõe que os alunos fizeram
uma leitura superficial e desatenta do texto, pois o aluno atentou apenas para umas das
funções que os robôs exercem, informação contida apenas no texto 1.
A escolha da alternativa (C) “podem reduzir custos.” supõe que os alunos tiveram
dificuldade em compreender cada um dos textos, assimilando o que se tem em comum.
Os alunos que marcaram essa alternativa atentaram apenas para uma das informações
contidas apenas no texto 2.
A escolha da alternativa (D) “são criados por homens.” supõe que os alunos, assim
como na escolha da alternativa anterior, fizeram uma leitura superficial e desatenta dos
textos, pois esta é uma informação contida apenas no texto 1.
Combate ao estresse
É possível combater o estresse gerado pelo ritmo acelerado do dia a dia de uma forma
muito gostosa... comendo! Alguns alimentos têm poder de melhorar o desempenho do
organismo. A nutricionista funcional Tatiana Rocha dá dicas.
“A laranja, rica em vitamina C e complexo B, é um ótimo relaxante muscular e ajuda a
dar mais pique. Os pescados diminuem o cansaço e a ansiedade, graças à presença de zinco
e selênio. Uma banana por dia também é uma ótima opção, já que ela é responsável pela
sensação de bem-estar”, explica.
A Tribuna, 19 jun. 2011
Texto 1
Resolução
1° passo
Fazer a predição a partir do título do texto e levantar hipóteses acerca de seu tema
e informações;
Formular inferências a partir das hipóteses e informações dadas oralmente pelos
alunos.
2° passo
Ler os textos em voz alta e retomar as hipóteses levantadas pelos alunos;
Identificar as temáticas nos dois textos e a abordagem que se dá em cada um
deles;
Elencar, no quadro, as informações que permeiam as duas escritas;
Estabelecer as relações que se tem entre dois textos e como estão sendo tratadas.
3° passo
Ler o enunciado da questão e todas as alternativas de escolha propostas;
Considerar as discussões dos alunos na resolução do item, conduzindo-os à
abordagem dos temas;
Reler os trechos que correspondam à possível resolução da questão e considerar a
alternativa que contempla a resposta correta;
Explicar o equívoco das demais alternativas.
Comentário
A alternativa correta é (A) “combater os efeitos do estresse.”. A escolha por
essa alternativa demonstra que os alunos compreenderam a temática abordada em cada
um dos textos, sendo capazes de compará-los e de identificar as semelhanças e/ou
diferenças em suas escritas. Os títulos dos dois textos já sinalizam a temática abordada,
diante disso, espera-se que o aluno seja capaz de reconhecer qual aspecto referente a
esse problema está presente no texto. Após a leitura e análise dos dois textos, percebe-se
que o texto 1 aborda a alimentação como forma de combate ao estresse e o texto 2
relaciona-se ao estresse infantil, apresentando dicas de atitudes para se evitar esse mal.
Dessa forma, quem marcou a opção A foi capaz de reconhecer que o que se tem em
comum em relação aos dois textos são as formas de combate ao estresse.
A escolha da alternativa (B) “comparar as formas de estresse” supõe que os alunos
se prenderam a informações contidas apenas no texto 2. Possivelmente, o aluno se
atentou para o início do segundo parágrafo “Ao comparar o estresse adulto ao estresse
infantil” sem perceber que no texto 1 não há comparações entre as formas de estresse.
A escolha da alternativa (C) “diferenciar as causas do estresse.”, assim como na
alternativa B, é uma característica presente apenas no texto 2. Durante a leitura do
segundo texto, percebe-se que o autor cita as causas do estresse em crianças e adultos:
informações não encontradas no primeiro texto.
A escolha da alternativa (D) “identificar os sintomas de estresse.” supõe que os
alunos, assim como nas demais alternativas erradas, fizeram uma leitura superficial e
desatenta dos textos, pois esta é uma informação contida apenas no texto 2.
NETO, Pasquale Cipro. Folha de S. Paulo. 18 jan. 1999. Folhateen, p. 5. *Adaptado: Reforma Ortográfica.
(P090264C2_SUP)
SPAECE 2014 – Sistema Permanente de Avaliação da Educação Básica do Ceará - Boletim Pedagógico –
Língua Portuguesa – 9º ano do Ensino Fundamental – Educação de Jovens e Adultos (EJA) 2º segmento
(P090267C2) No trecho “...se você limitar sua linguagem à gíria,..” (ℓ. 18), o termo
destacado estabelece relação de
A) causa.
B) concessão.
C) condição.
D) consequência.
Resolução
1° passo
Fazer a predição a partir do título do texto e levantar hipóteses acerca de seu tema
e informações;
Formular inferências a partir das hipóteses e informações dadas oralmente pelos
alunos.
2° passo
Ler o texto em voz alta e retomar as hipóteses levantadas pelos alunos;
Elencar as informações identificadas pelos alunos, relacionando com o que foi dito
no momento da predição;
Identificar as relações de coerência em busca de uma conexão entre as partes do
texto, as quais são marcadas pelas conjunções, advérbios etc., formando uma
unidade de sentido.
3° passo
Ler o enunciado da questão e todas as alternativas de escolha propostas;
Considerar as discussões dos alunos na resolução do item, conduzindo-os a
reconhecer as relações de sentido entre as partes do texto;
Reler os trechos que correspondam à possível resolução da questão e considerar a
alternativa que contempla a resposta correta;
Explicar o equívoco das demais alternativas.
Comentário
A alternativa correta é a (C) “condição.”. A escolha por essa alternativa demonstra
que o aluno compreendeu o sentido da conjunção “se”, ou seja, houve a compreensão de
que o uso de gírias é a condição para a perda da referência do uso padrão formal da
língua. Ao optar pela letra C, o aluno, possivelmente, entendeu que as conjunções são
classificadas de acordo com o tipo de relação que estabelecem.
A escolha da alternativa (A) “causa.” pressupõe que o aluno pode ter associado o
uso das gírias a uma causa para o perigo de se limitar a linguagem padrão. O aluno que
optou por essa alternativa não diferenciou uma oração que é causa da ocorrência da
oração principal de uma oração que indica a hipótese ou a condição para ocorrência da
principal.
A escolha da alternativa (B) “concessão.” pelos alunos supõe que eles podem ter
entendido uma condição contrária ao uso de gírias, mas que não impede o seu uso.
Ressalte-se que essa relação não está no trecho selecionado. Os alunos que optaram por
essa alternativa demonstram que não diferenciaram com clareza uma oração que
expressa uma ideia contrária à da principal, sem que haja empecilho para sua realização,
de uma oração condicional.
A escolha da alternativa (D) “consequência.” pressupõe que o aluno relacionou o
termo “... pode ficar viciado e acabar perdendo...” como uma possível consequência do
uso da gíria, uma vez que as orações consecutivas exprimem um fato que é
consequência do que se declara na oração principal, o que não condiz com o sentido da
oração condicional.
MAR MORTO
Para quem não sabe nadar, entrar na água do mar ou na piscina é sempre complicado.
Precisa de colo de alguém ou de boia de plástico. Mas existe um mar em que nada afunda, de
tanto sal que existe em sua água. Esse mar fica entre dois países do Oriente, Israel e a
Jordânia, e se chama Mar Morto. Na verdade, não é um mar: é um grande lago, onde deságua
o rio Jordão. Ele está 392 metros abaixo do nível do mar, e é o ponto mais baixo de toda a
superfície do planeta. De tão grande, parece mesmo um mar: tem 85 quilômetros de
comprimento e 17 quilômetros de largura. É tanto sal em suas águas que não tem peixe, alga
ou camarão que consiga viver ali dentro. Por isso o nome de Mar Morto.
A lama que existe no fundo faz muito bem para a pele e tem propriedades medicinais. As
pessoas vão ao Mar Morto também para fazer tratamento de beleza com lama! Não é preciso
mergulhar no sal para ir atrás dessa poção mágica de beleza. Perto dali, existem lojinhas que
vendem sabonete feito com a lama do fundo do lago. O Mar Morto é realmente um lugar
diferente! Só vendo para acreditar.
(P050016A8) No trecho “... que consiga viver ali dentro.”, a palavra destacada indica
A) tempo.
B) modo.
C) lugar.
D) intensidade.
Resolução
1° passo
Fazer a predição a partir do título do texto e levantar hipóteses acerca de seu tema
e informações;
Formular inferências a partir das hipóteses e informações dadas oralmente pelos
alunos.
2° passo
Ler o texto em voz alta e retomar as hipóteses levantadas pelos alunos;
Elencar as informações identificadas pelos alunos, relacionando com o que foi dito
no momento da predição;
Identificar as relações de coerência em busca de uma conexão entre as partes do
texto, as quais são marcadas pelas conjunções, advérbios etc., formando uma
unidade de sentido.
Verificar se o aluno reconhece o valor semântico de lugar expresso por um
advérbio.
3° passo
Ler o enunciado da questão e todas as alternativas de escolha propostas;
Considerar as discussões dos alunos na resolução do item, conduzindo-os a
reconhecer as relações de sentido entre as partes do texto;
Reler os trechos que correspondam à possível resolução da questão e considerar a
alternativa que contempla a resposta correta;
Explicar o equívoco das demais alternativas.
Comentário
A resposta correta é (C) “lugar.” A escolha dessa alternativa demonstra que o
aluno reconheceu o valor semântico de lugar expresso por um advérbio. Como esse item
avalia a competência de estabelecer relações lógico-discursivas, espera-se que o aluno
tenha desenvolvido as habilidades necessárias para se estabelecer relações que
contribuem para a continuidade, progressão de um texto, fatores que garantem a sua
textualidade (coesão e coerência). Em se tratando do advérbio, é importante que os
alunos percebam que esses podem modificar ou fornecer mais detalhes sobre outras
palavras, que eles funcionam como modificadores de um verbo, um adjetivo ou um outro
advérbio, exprimindo circunstância de tempo, modo, lugar, causa, afirmação, negação,
qualidade etc. Para reconhecer a circunstância de lugar, basta observar se o trecho em
análise responde a pergunta ‘onde?’, por exemplo, “… que consiga viver ONDE?” Se a
resposta for satisfatória, é sinal de que realmente exprime a ideia de lugar.
A escolha pela alternativa (A) “tempo.” demonstra que o aluno desconhece o
sentido apresentado pelo advérbio “ali”, uma vez que estabelecer relação de tempo
fornece uma informação temporal, ou seja, dados que nos auxiliam, por exemplo, a
responder perguntas como: “Quando aconteceu tal ação? Ontem, anteontem, sábado...”
A escolha pela alternativa (B) “modo.” supõe que o aluno não entendeu o que foi
pedido pelo item e não conseguiu perceber o valor semântico nem de modo nem de lugar.
O advérbio de modo indica a maneira como foi realizada determinada ação (bem, mal,
depressa, devagar, cuidadosamente, calmamente, tristemente etc). Assim, o advérbio “ali”
não expressa modo, mas refere-se ao lugar que foi citado no texto.
A escolha pela alternativa (D) “intensidade.” pressupõe que o aluno atentou,
equivocadamente, para a expressão “É tanto sal” que dá início ao período cujo fragmento
foi tirado para essa questão. É certo que ‘tanto’ é um intensificador nessa expressão, mas
não é o foco da análise nesse item.
(P090295ES) No trecho “...se as pessoas não pararem...” (ℓ. 22), a palavra destacada
indica
A) causa.
B) condição.
C) explicação.
D) tempo.
Resolução
1° passo
Fazer a predição a partir do título do texto e levantar hipóteses acerca de seu tema
e informações;
Formular inferências a partir das hipóteses e informações dadas oralmente pelos
alunos.
2° passo
Ler o texto em voz alta e retomar as hipóteses levantadas pelos alunos;
Elencar as informações identificadas pelos alunos, relacionando com o que foi dito
no momento da predição;
Identificar as relações de coerência em busca de uma conexão entre as partes do
texto marcadas pelas conjunções, explicando sua funcionalidade e quais os
sentidos que elas dão ao texto;
Verificar se o aluno reconhece no texto o valor expresso pelas conjunções.
3° passo
Ler o enunciado da questão e todas as alternativas de escolha propostas;
Considerar as discussões dos alunos na resolução do item, conduzindo-os a
reconhecer as relações de sentido entre as partes do texto;
Reler os trechos que correspondam à possível resolução da questão e considerar a
alternativa que contempla a resposta correta;
Explicar o equívoco das demais alternativas.
Comentário
A resposta correta é (B) “condição.” A escolha dessa alternativa demonstra que o
aluno reconheceu o valor expresso pela conjunção, indicando uma hipótese ou uma
condição necessária para que seja realizado um fato principal, ou seja, a condição para
os quatis permanecerem no local é que as pessoas parem de alimentá-los.
A escolha pela alternativa (A) “causa.” pressupõe que o aluno equivocadamente
tomou a oração em destaque como a causa de os animais serem retirados do parque,
uma vez que essa conjunção introduz uma oração que é causa da ocorrência da oração
principal, enquanto a oração condicional introduz uma oração que indica a hipótese ou a
condição para ocorrência da principal.
A escolha pela alternativa (C) “explicação.” pressupõe que o aluno desconsiderou a
conjunção e o seu contexto. Possivelmente, foram guiados pelo trecho que inicia o
parágrafo “Segundo a veterinária”, associando equivocadamente a conjunção ‘se’ como
explicativa. Nessa alternativa, o aluno não analisou corretamente a oração em destaque,
uma vez que a oração explicativa expressa uma explicação da ideia iniciada na primeira
oração, o que não acontece na frase avaliada pela questão.
A escolha pela alternativa (D) “tempo.” demonstra que o aluno desconhece o
sentido apresentado pela conjunção temporal, uma vez que estabelecer relação de tempo
fornece uma informação indicadora de circunstância de tempo.
Resolução
1° passo
Fazer a predição a partir da leitura do título e das imagens do texto e levantar
hipóteses acerca de seu tema e informações;
Formular inferências a partir das hipóteses e informações dadas oralmente pelos
alunos.
2° passo
Ler o texto em voz alta e retomar as hipóteses levantadas pelos alunos;
Identificar se as informações ditas pelos alunos correspondem às informações
contidas no texto;
Discutir acerca das características de um texto injuntivo/instrucional, verificando se
as informações contidas no texto condizem com o que foi dito pelos alunos.
3° passo
Ler o enunciado da questão e todas as alternativas de escolha propostas;
Considerar as discussões dos alunos na resolução do item, conduzindo-os a
perceberem como os elementos textuais instruem o leitor;
Reler os trechos que correspondam à possível resolução da questão e considerar a
alternativa que contempla a resposta correta;
Explicar o equívoco das demais alternativas.
Comentário
A resposta correta é (A) “dar uma orientação.”. A escolha por essa alternativa
demonstra que o aluno compreendeu o efeito de sentido decorrente de recursos
morfossintáticos, como o uso do verbo no imperativo, presente nesse texto instrucional
cuja finalidade é dar uma orientação acerca da montagem do carrinho de mão. O texto
instrucional tem esse caráter de instruir o leitor. Tem como principal função informar,
orientar, ajudar, aconselhar, recomendar e propor.
A escolha da alternativa (B) “fazer um convite.” pressupõe que há um
desconhecimento por parte dos alunos acerca dos tipos de textos e gêneros textuais, uma
vez que, assim como do tipo instrutivo, o convite e quaisquer outros gêneros também têm
características que lhes são peculiares. Possivelmente, o aluno não atentou para os
aspectos que classificam um convite e que este tem como finalidade convidar pessoas
para eventos como aniversário, casamento, formatura, encontros etc, enquanto que o
texto instrutivo orienta sobre o manuseio de algo.
A escolha da alternativa (C) “indicar um desejo.” pressupõe que não houve uma
compreensão acerca do tipo de texto pelo aluno. O texto em questão é injuntivo e não
abre espaço para a subjetividade, para o hipotético. Outra observação é que os verbos
nesse tipo de texto são usados, em sua maioria, no imperativo e quando
manifestamos/indicamos um desejo, em sua maioria, usamos o verbo no subjuntivo,
exprimindo, assim, uma ação possível que ainda não foi realizada.
A escolha da alternativa (D) “marcar uma ordem.” pelos alunos pressupõe que ele
não atentou para a diferenciação entre o texto injuntivo e prescritivo, embora ambos
tenham como finalidade a instrução do leitor. Enquanto o texto injuntivo orienta, instrui,
induz o leitor a agir de determinada forma, o texto prescritivo não permite a liberdade de
atuação do leitor, apresentando um caráter coercitivo, sendo utilizado em cláusulas
contratuais, leis, códigos, constituição, editais,…
Me deito na esteira,
Me molham as ondas do mar…
Resolução
1° passo
Fazer a predição a partir do título do texto e levantar hipóteses acerca de seu tema
e informações;
Formular inferências a partir das hipóteses e informações dadas oralmente pelos
alunos.
2° passo
Ler o texto em voz alta e retomar as hipóteses levantadas pelos alunos;
Identificar se as informações ditas pelos alunos correspondem às informações
contidas no texto;
Discutir acerca das características de um poema, atentando para a sequência de
ações nos versos.
3° passo
Ler o enunciado da questão e todas as alternativas de escolha propostas;
Considerar as discussões dos alunos na resolução do item, conduzindo-os na
identificação das ações citadas no texto;
Reler os trechos que correspondam à possível resolução da questão e considerar a
alternativa que contempla a resposta correta;
Explicar o equívoco das demais alternativas.
Comentário
A resposta correta é (C) “indicar a frequência das ondas do mar.”. A escolha
dessa alternativa demonstra que os alunos compreenderam o efeito de sentido provocado
pelo recurso estilístico da repetição no conteúdo do poema. Essa repetição tenta
reproduzir o movimento das ondas, que vai e vêm, indicando a frequência das mesmas.
A escolha da alternativa (A) “mostrar como as ondas atrapalham.” pelos alunos,
possivelmente se deu por uma interpretação da terceira estrofe, momento em que o poeta
escreve na areia e as ondas apagam o que foi escrito. Ao optar por essa alternativa, o
aluno não analisou o recurso estilístico e nem fez uma interpretação do poema como um
todo. O fato de as ondas apagarem o que foi escrito na areia pelo poeta, pode ter
causado uma interpretação equivocada de que as ondas atrapalham.
A escolha da alternativa (B) “mostrar que as ondas são cansativas.” supõe que o
aluno possa ter interpretado as ondas como cansativas por conta da repetição desse
verso ao final de cada estrofe, o aluno pode ter interpretado essa repetição como
enfadonha.
A escolha da alternativa (D) “indicar que o autor vive em uma praia.” supõe que o
aluno fez uma inferência geral do texto, não levando em conta o seu recurso estilístico.
Em se tratar de um contato direto com o mar, o aluno possivelmente supôs que o poeta
vive em uma praia.