Introducao A Sistemas Fotovoltaicos Dimensionamento e Instalacao REV7 Dez2021 Compressed
Introducao A Sistemas Fotovoltaicos Dimensionamento e Instalacao REV7 Dez2021 Compressed
Introducao A Sistemas Fotovoltaicos Dimensionamento e Instalacao REV7 Dez2021 Compressed
www.sel.eesc.usp.br/cursosolar/
São Carlos
2021
Lista de Figuras
P Potência [W ]
h Horas de funcionamento
E Energia [kW h]
h i
W
G Irradiância solar m2
h i
kW h
IRS Irradiação solar ou insolação m2 ·dia
T Temperatura [◦ C]
V Tensão elétrica [V ]
θS Ângulo de incidência [◦ ]
h i
kW h
EM P Energia mensal do projeto mes
h i
kW h
EF V Energia do sistema fotovoltaico à compensar mes
CRESESB Centro de Referência para as Energias Solar e Eólica Sérgio de Salvo Brito
CC Corrente Contínua
CA Corrente Alternada
N P Número de Pólos
N C Número de Contatos
1 Introdução 1
1.1 Introdução a energia solar fotovoltaica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
1.2 Conceitos e terminologias utilizados em sistemas fotovoltaicos . . . . . . . . 3
1.2.1 Potência e Energia Elétrica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
1.2.2 Tipos de energia solar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
1.2.2.1 Energia solar térmica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
1.2.2.2 Energia solar fotovoltaica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
1.2.3 Radiação solar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
1.2.4 Irradiância solar (G) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
1.2.5 Irradiação solar ou Insolação (IRS ) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
1.2.6 Instrumentos de medição para sistemas fotovoltaicos . . . . . . . . . 10
1.3 Noções básicas de módulos fotovoltaicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
1.3.1 Fundamentos de uma célula fotovoltaica . . . . . . . . . . . . . . . . 10
1.3.2 Módulos fotovoltaicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
1.3.3 Tecnologia de módulos fotovoltaicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
1.3.4 Curvas características dos módulos fotovoltaicos . . . . . . . . . . . 17
1.3.5 Condições de operação padrão (STC) de módulos fotovoltaicos . . . 19
1.3.6 Condições de operação à temperatura normal da célula (NOCT) de
módulos fotovoltaicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
1.3.7 Associações de módulos fotovoltaicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
1.3.8 Efeito de Sombreamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
1.4 Orientação e inclinação dos módulos fotovoltaicos para máxima geração
fotovoltaica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
1.4.1 Orientação otimizada dos módulos fotovoltaicos . . . . . . . . . . . . 25
1.4.2 Inclinação otimizada dos módulos fotovoltaicos . . . . . . . . . . . . 25
1.4.3 Resumo da melhor orientação e inclinação dos módulos para maxi-
minar a geração fotovoltaica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
1.4.4 Angulo azimutal de superfície α e inclinação β em telhados de resi-
dências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
1.5 Passos para obter a irradiação solar de um local a partir dos mapas solari-
métricos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
1.5.1 MÉTODO 1: Usando o Sundata no site do CRESESB . . . . . . . . 28
1.5.2 MÉTODO 2: Usando a base de dados do INPE . . . . . . . . . . . . 30
1.5.3 MÉTODO 3: Usando o site da SOLARGIS no Global Solar Atlas . . 31
Introdução
A fim de mudar este cenário, o governo brasileiro tem impulsionado a inclusão desta
forma de energia através de incentivos definidos em normas que facilitam a instalação
de sistemas fotovoltaicos. Em 2012, o governo, através da ANEEL (Agência nacional de
Energia Elétrica) criou a resolução normativa 482/2012 que posteriormente foi atualizada
pela 676/2015, acelerando a aprovação por parte das concessionárias de projetos de geração
distribuída fotovoltaica, eólica, biomassa, pequenas centrais hidrelétricas, etc (vide Figura
1.2). Na RN 676/2015, foi determinado que qualquer forma de geração com capacidade
2
Outro incentivo dado pelo governo ocorreu em 2015 por meio do Programa de Desen-
volvimento da Geração Distribuída de Energia Elétrica (ProGD), com R$ 100 bilhões em
investimentos. A previsão é que até 2030, 2,7 milhões de unidades consumidoras poderão
ter energia gerada por elas mesmas que pode resultar em 23.500 MWh (48 TWh produzidos)
de energia, equivalente à metade da geração da Usina Hidrelétrica de Itaipu.
Além disso, todos os estados do Brasil têm adotado o programa CONFAZ N◦ 16/2015,
dando isenção do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) aos projetos
de geração distribuída, entre elas, os projetos fotovoltaicos proporcionando diminuição do
investimento na aquisição dos equipamentos.
Com todo o potencial de crescimento e incentivos, a expectativa é que futuramente os
sistemas fotovoltaicos façam parte integrante de todo novo empreendimento imobiliário
seja ele residencial, comercial ou industrial desde a concepção do projeto. Como referência,
nos Estados Unidos, o estado da Califórnia aprovou uma lei em 2018 para que toda casa ou
prédio com menos de 3 andares tenha um sistema fotovoltaico instalado (GLOBO, 2018).
Lâmpada 1 (Incandescente)
P1 = potência da lâmpada 1 = 100 W.
h = horas de f uncionamento = 12 h/dia.
N = número de dias no mês = 30 dias/mês.
E1 = energia consumida pela lâmpada 1 durante o período citado.
Custo1 = custo da energia consumida pela lâmpada 1 durante o período citado.
E1 = P1 × h × N
h
E1 = 100W × 12 dia × 30 dias Wh
mês = 36.000 mês
E1 = 36kW h
Custo1 = E1 × custo da energia por kW h
Custo1 = 36 × 0, 70 = R$ 25,20
4
Lâmpada 2 (LED)
P2 = potência da lâmpada 2 = 10 W.
E2 = P2 × h × N
h
E2 = 10W × 12 dia × 30 dias Wh
mês = 3600 mês
E2 = 3, 6kW h
Custo2 = 3, 6 × 0, 70 = R$ 2,50
A energia solar é uma forma de energia não convencional o que provoca confusão
entre os termos para designar os tipos de geração a partir da radiação solar. Basicamente,
existem dois tipos: energia solar térmica e energia solar fotovoltaica.
Figura 1.6: Sistema fotovoltaico de 3,1 kWp instalado no Campus da USP em São Carlos.
(Fonte: Elaborada pelo autor.)
A radiação solar quando chega à terra sofre alteração pelas condições atmosféricas, pela
latitude do lugar, pela hora do dia e pelo período do ano.
A radiação que chega à Terra pode ser:
i) radiação direta (incide diretamente sobre a superfície);
ii) radiação difusa (obtida quando a radiação atravessa um corpo, por exemplo, as nuvens);
iii) radiação refletida/albeldo (que é a refletida pela terra em uma determinada direção).
O tipo de radiação é uma informação muito importante porque, mesmo em dias nublados
e/ou com chuva, o sistema fotovoltaico pode gerar energia, embora em menor quantidade.
Os tipo de radiação seguem ilustrados na Figura 1.8.
IRS = G · t (1.2)
Onde:
kW h kW h
IRS = 1814, 05 2
÷ 365 ⇒ IRS = 4, 97
m · ano m2 · dia
9
Alemanha (VILLALVA, 2016). Isto significa que no Brasil, um módulo fotovoltaico produz
entre 25% a 50% mais energia que na Alemanha.
Cada célula é formada por duas camadas de silício dopado, um com impurezas do
tipo p (positivo) e outro do tipo n (negativo). Quando a radiação solar incide na
junção p-n, caso haja uma carga conectada aos terminais da célula, os elétrons fluem
no sentido da carga e uma corrente circulará na mesma. Cada célula em operação tem,
aproximadamente, entre <5,0 - 5,5>W e <0,55 - 0,6>V no ponto de máxima potência e
podem variar dependendp da tecnologia usada e da eficiência que aumenta a cada ano.
As células fotovoltaicas mono e policristalinas tem uma vida útil entre 20 a 25 anos
com perda de potência de apenas 20%, segundo os fabricantes.
Alguns estudos mostram que as barras múltiplas com nove filamenmtos tem o melhor
desempenho em relação ao custo benefício ().
Todo módulo fotovoltaico possui duas curvas características muito importantes: Tensão
× Corrente (V-I) e Tensão × Potência (V-P), como mostrado nas Figuras 1.22(a) e 1.22(b).
(a) Curva I x V e ponto de máxima potência (b) Curva P x V e ponto de máxima potência
Para maximizar o uso do painel fotovoltaico, este deve trabalhar no ponto próximo do
“joelho” da curva I × V (Figura 1.22(a)) no ponto de operação VM P (Tensão de operação de
máximo potência) e IM P (Corrente de operação de máxima potência). Na Figura 1.22(b),
pode-se observar o ponto de máxima potencia do módulo. Estas curvas algumas vezes são
fornecidas pelos fabricantes a condições específicas de operação.
I↑
(aumenta fortemente)
G↑⇒ P ↑ (aumenta fortemente)
V ≈ (aumenta muito pouco)
18
I ≈
(aumenta muito pouco)
T ↑⇒ P ↓ (diminui)
V ↓
(diminui)
• Temperatura = 25 [◦ C]
• Massa de ar = 1, 5 [AM ]
Os valores sob STC são encontrados nas folhas de dados dos módulos fotovoltaicos,
conforme pode ser visto na parte inferior da Figura 1.25 que mostra os dados elétricos, sob
condições STC, dos modelos de módulos fotovalicos 315P, 320P, 325P e 330P.
• Temperatura = 45 [◦ C]
20
m
• Velocidade do Vento = 1 s
Os valores sob NOCT são encontrados nas folhas de dados dos módulos fotovoltaicos
conforme pode ser visto na parte inferior da Figura 1.26 que mostra os dados elétricos, sob
condições NOCT, dos modelos de módulos fotovoltaicos 315P, 320P, 325P, 330P.
Os módulos fotovoltaicos podem ser associados em série e/ou paralelo para formar um
arranjo ou estrutura fotovoltaica. Nas associações em série, as tensões são somadas e a
corrente que circula é a mesma. Já nos módulos módulos associados em paralelo, a tensão
é a mesma e a corrente é a soma de cada módulo.
Segundo a norma ABNT NBR 16690, os conjuntos de módulos associados em série são
denominados “séries fotovoltaicas”. Além disso, a associação de módulos em série e paralelo
formam os “arranjos fotovoltaicos”. Outro termo usado tecnicamente para referir-se às
“séries fotovoltaicas’ é o termo: “string fotovoltaica” ou simplesmente “string”. Além disso,
neste caso as séries fotovoltaicas também são subarranjos.
21
Na Figura 1.27, por exemplo, formou-se um arranjo fotovoltaico formado pelo paralelo
de duas séries fotovoltaicas de quatro módulos cada. A curva I x V para esta associação
pode ser vista na Figura 1.28.
polarizado diretamente, portanto conduzirá e fará a ponte das células sombreadas. Essa
explicação pode ser vista na Figura 1.29(b).
Para maximizar a captação de energia solar, o ideal é que em todo momento a face do
módulo seja perpendicular aos raios do sol. Assim é necessário entender a trajetória do
sol. Em um dia, a trajetória do sol nasce do leste e se põe no oeste. Além disso, devido ao
fato que o eixo de rotação da terra é inclinado em relação ao eixo de translação (conhecido
como declínio solar, cujo valor é 23,5◦ ), a trajetória do sola ao longo do ano será diferente.
A trajetória do sol ao longo do ano e do dia pode ser observada na Figura 1.31.
Para um módulo fixo, como mostrado na Figura 1.31, a irradiância solar no começo e
no final do dia será baixa. Já no meio do dia a irradiação será máxima. Além disso, no
verão, onde o sol descreve uma trajetória mais alta, a irradiância será de maior intensidade
do que no inverno, quando o sol faz uma trajetória mais baixa.
A partir da Figura 1.31 pode-se concluir que para otimizar a captação de energia
solar seria necessário um módulo que mude sua orientação ao longo do dia e ao longo do
ano. Isso seria possível com um sistema de reastreamento automático com dois graus de
liberdade para variar ao longo do dia e ao longo do ano. Estes sistemas de rastreamento
podem ser vistos em algumas usinas fotovoltaicas de grande porte. Apesar de permitir
gerar mais energia, o custo da automação e da manutenção da parte mecânica móvel e dos
componentes eletrônicos, acaba diminuindo as vantagens em muitos casos.
Para instalações fotovoltaicas fixas deve-se considerar a irradiação solar no ano todo
para otimizar a orientação inclinação dos módulos. A Figura 1.31 mostra que, sempre que
possível, o módulo deve ser orientado para o norte geográfico, pois se o módulo apontar
para o sul, no inverno, a geração de energia poderá ser muito reduzida. A geração de
energia com o módulo orientado para o sul geográfico piora com o aumento do ângulo de
inclinação conforme pode ser visto na Figura 1.32.
24
Figura 1.32: Incidência dos raios solares em módulos orientados ao sul geográfico.
(Fonte: Elaborada pelo autor.)
• Ângulo de altura solar (γS ): ângulo compreendido entre o raio solar e uma reta paralela
ao solo. Como mencionado anteriormente, a altura solar depende da trajetória, que
25
muda ao longo do dia e das estações do ano (para o hemisfério sul, no inverno, a
altura solar é menor e no verão, maior).
uma pequena correção na escolha do ângulo é feita devido ao norte geográfico da terra ser
diferente do norte magnético, como é descrito na Tabela 1.1.
• Quando o telhado está direcionado ao sul, é o pior caso, onde α = 180◦ (caso 3).
Nesta situação, talvez seja melhor retirar os módulos e colocar do outro lado do
telhado, ou, se não for possível, colocar mais módulos para compensar as perdas pela
orientação.
vezes não temos como escolher a orientação e inclinação dos módulos que vem dado pela
inclinação do lugar onde será colocado.
A irradiação solar em plano inclinado (GTI) deve apenas deve ser usado apenas se tem
a possibilidade de selecionar a orientação do módulo ao norte e com inclinação igual a
latitude (apenas em usinas solares).
também é fornecido a irradiação solar mês a mês que pode ser usado para estimar a geração
fotovoltaica mês a mês.
30
Passo 2: Na próxima página, localize o “ID” da sua cidade como mostra a Figura 1.41
que para a cidade de São Carlos - SP tem “ID” de 7767). Logo após aperte o botão “Irrad.
Global Horizontal”.
31
Figura 1.42: Irradiação solar para São Carlos - SP conforme o site do INPE.
(Fonte: Elaborada pelo autor.)
Passo 2: Selecione a opção “Per day” e anote o valor de GHI (Global Horizontal
Iradiation).
h i Figura mostra que o valor de GHI para a cidade de São Carlos - SP é de
A
kW h
5, 206 m2 ·dia .
Figura 1.44: Dados de irradiação solar para São Carlos - SP no Global Solar Atlas.
(Fonte: Elaborada pelo autor.)
RESUMO:
Os dados de irradiação solar para a cidade de São Carlos-SP (Latitude 22,02 e Longitude
27,88), obtidos por meio dos Métodos 1, 2 e 3 foram transcritos na Tabela 1.2
33
SUNDATA 4,97
INPE 4,97
Globar Solar Atlas 5,206
Na Tabela 1.2 os valores de irradiação solar para São Carlos para o site do SUNDATA
e o INPE,IRS = 4, 97kW h/(m2 .dia), são iguais porque utilizam a mesma base de dados.
Estes valores são mais precisos (por ter mais estações metereológicas) comparado com o
obtido pelo site Global Solar Atlas cujo valor foi um pouco maior IRS = 5, 206. Desta
maneira, para cidades do Brasil é recomendado usar os valores de irradiação solar do
Sundata ou do INPE. Para outros lugares fora do Brasil deve-se usar o valor obtido do
Global Solar Atlas.
Exercício resolvido
Determine a irradiação solar no plano horizontal para a cidade de Vinhedo - SP.
Resposta:
Obs: O site do SUNDATA e o INPE usam a mesma base de dados, por isso os resultados
são iguais.
34
2
O projeto fotovoltaico é composto apenas dos itens (1) a (5). Entretanto, para fins didáticos
foram incluídos os demais itens presentes em uma instalação elétrica de usuário do grupo
B. Todos estes elementos são mostrados na Figura 2.1 e detalhados na sequência.
35
36
Figura 2.2: Datasheet do inversor KSG-DM da Kstar©, vendido por Balfar Solar©
(Fonte: Kstar.)
As marcações vermelhas de (I) até (XI) do datasheet da Figura 2.2 são conceituadas a
seguir:
PCA−N OM
ICA−M AX = (2.3)
V ca
5000
ICA−M AX = ⇒ Pmod = 22, 7 A
220
Onde:
h i
Considerando que o custo de energia para um usuário do grupo B seja R$kW0,75 h , se ele
tiver a ligação bifásica a três condutores, então pagará mensalmente: 0, 75 × 50 = R$ 37, 50
mesmo se seu consumo for zerado.Por esse motivo é recomendado que a energia do sistema
fotovoltaico seja igual à energia média mensal da conta de energia menos a energia do
custo de disponibilidade.
Os passos para o cálculo da PF V e o número de módulos são mostrados a seguir:
• Passo 1: Determine a média da energia mensal dos últimos 12 meses (EM ) da conta
de energia da Figura 2.3 utilizando a equação 2.4.
(out 2017) + (nov 2017) + (dez 2017) + (jan 2018) + ... + (ago 2018) + (set 2018)
EM = 12
605 + 656 + 532 + 603 + 551 + 517 + 591 + 659 + 757 + 795 + 741 +688
EM = 12
h i
kW h
EM = 641, 25 mês
EM P = EM − (ECD ) (2.5)
EM P = 641, 25 − 50
h i
kW h
EM P = 591, 25 mês
EF V = EM P (2.6)
h i
kW h
EF V = 591, 25 mês
Obs: apesar de não ser recomendado, existe a possibilidade que o usuário não queira
compensar toda a energia consumida por questão de custo.
h i
W
O fator 1000 corresponde à 1000 m2
foi introduzido porque os os módulos são fabri-
h i
W
cados para condições de teste padrão (STC) de irradiância G = 1000 m 2 . O fator 30
Sendo:
• Eficiência devida a vários fatores atípicos como sombreamento, orientação dos módulos
ao sul, etc (depende de caso em caso) (ηvar ): < 0, 8 − 1, 0 >
Em condições normais ηsis deve ficar entre 0,70 e 0,85. Nesta aplicação, foi escolhido
ηar = 0, 93, ηter = 0, 9 e ηinv = 0, 95 e ηvar = 1, 0. Assim ηsis = 0, 8.
1000 × 591, 25
PF V =
4, 88 × 30 × 0, 8
PF V = 5048, 2 W
PF V
NM OD = (2.9)
PM OD
Onde
Pode-se escolher módulos comerciais cujas potências são comumente de 330 W , 380 W
e 400 W . Escolhendo-se um painel comercial de PM OD = 330 W , tem-se que o número de
módulos fotovoltaicos do sistema é:
5048, 2
NM OD =
330
NM OD = 15, 3 ⇒ arredondando ⇒ NM OD = 16 módulos
43
PF V = NM OD × PM OD (2.10)
PF V = 16 × 330
PF V = 5280 W p ou PF V = 5, 28 kW p
A área total necessária para instalação do sistema fotovoltaico (Atotal ) será aproxima-
damente:
Atotal = NM OD × AM OD (2.11)
Onde
Logo:
Atotal = 16 × 2, 31
Atotal = 36, 9 m2
Pode-se fazer a mesma análise de uma potência pico do sistema fotovoltaico PF V =
5048, 2 W p para os outros módulos comerciais com diferentes potências, como mostra a
Tabela 2.1.
ndias : número de dias (por mês ndias = 30; por ano ndias = 365).
Observe que a potência deve ser colocada em W na equação (2.12) para que a energia
seja calculado em [kW h/mês]. Além disso, ndias = 30 caso queira calcular a energia
referente à um do mês. Caso queira um cálculo mais preciso mês a mês é só trocar esse
número pelo número real do mês (ex. 28 dias para o mês de Fevereiro). Se for calcular a
energia anual, deve-se usar ndias = 365.
Por exemplo, para o módulo de 330 W da Tabela h 2.1, ai potência instalada é PF V =
kW h
5280 W , assim considerando ηsis = 0, 8 e IRS = 4, 88 m2 ·dia , a energia fotovoltaica média
mensal (considerando os 12 meses do ano) em [kW h/mês] é:
5280 × 4, 88 × 30 × ηsis
EF V =
1000
EF V = 618, 39 [kW h/mês]
Também é possível calcular a energia mês a mês usando o número de dias e a irradiação
solar de cada mês. Para o mesmo exemplo de PF V = 5280W , ηsis = 0, 8, para o mês de
Janeiro a irradiação solar desse mês é IRS = 5, 52kW h/(m2 .dia) (obtida do Sundata) e o
nro de dias é ndias = 31dias. Portanto a EF V será:
5280 × 5, 52 × 31 × ηsis
EF V =
1000
EF V = 722, 8 [kW h/mês]
Tabela 2.2: Energia Fotovoltaica mês a mês para Vinhedo/SP para uma PF V = 5280W .
h i
mês ndias IRS ∗ mkW h
2 ·dia EF V [kW h/mês]
Jan 31 5,52 722,8
Fev 28 5,72 676,5
Mar 31 5,07 663,9
Abr 30 4,59 581,6
Mai 31 3,76 492,3
Jun 30 3,53 447,3
Jul 31 3,68 481,9
Ago 31 4,68 612,8
Set 30 4,80 608,3
Out 31 5,45 713,6
Nov 30 5,77 731,2
Dez 31 6,09 797,4
*Os dados de Irradição Solar mês a mês foi obtido do Sundata para Vinhedo/SP.
Figura 2.4: Energia Fotovoltaica mês a mês para Vinhedo/SP para uma PF V = 5280W
1000
PF V = × EF V (2.13)
IRS × 30 × ηsis
1000
f ator = (2.14)
IRS × 30 × ηsis
1000
f ator =
4, 88 × 30 × 0, 8
fator = 8,538
Assim uma boa estimativa da potência e partir da energia é:
kW h
PF V [W ] = (8, 538) × EF V (2.15)
mês
Ou:
kW h PF V [W ]
EF V = (2.16)
mês (8, 538)
Exemplo 1:
h i
kW h
Se a média da energia mensal de uma casa for 400 mês , conexão bifásica, portanto, o
h i
kW h
custo de disponibilidade é igual à 50 mes .
46
h i
kW h
EM = 400 mês
h i
kW h
ECU S−DISP = 50 mês
EF V = 400 − 50
h i
kW h
EF V = 350 mês
h i
kW h
EF V = 350 mes
Este valor é apenas uma aproximação para ter uma estimativa inicial. Usando módulos
de 380 W , por exemplo e utilizando a equação (2.9):
2988
NM OD =
380
NM OD = 7, 8 ⇒ arredondando ⇒ NM OD = 8 módulos
Exemplo 2:
Um usuário quer saber quanta energia produzirá dois módulos de 400 W. Para tanto,
utiliza-se a eaquação (2.16)
h
kW h
i 800[W ]
EF V mes =
(8, 538)
h i
kW h
EF V = 93, 7 mes
Algumas informações importantes dos módulos (vide Figura 2.5) são necessárias para a
escolha correta do inversor. A partir do datasheet dos mesmos, tem-se os parâmetros a
STC:
Na Figura 2.5, encontra-se o datasheet do módulo fotovoltaico.
47
PF V −IN S
PF V −M P P T = (2.17)
NM P P T
Onde:
PF V −M P P T : Potência fotovoltaica de cada subarranjo [kW ];
PF V −IN S : Potência fotovoltaica instalada [kW ];
NM P P T : Número de rastreadores de MPPT do inversor.
48
PF V −IN S 5280
PF V −M P P T = NM P P T = 2 ⇒ PF V −M P P T = 2640 W
Como deseja-se encontrar o pior caso, a tensão em vazio do módulo é corrigida pelo
decremento da temperatura utilizando o coeficiente α característico de cada módulo descrita
pela equações (2.18) e (2.19). Assim, a tensão na série fotovoltaica 1 (VS1 ) fica:
α · ∆T
VF V −M AX = VOC × 1 + × NM OD−ST R−R (2.18)
100
h i
Assim, tomando-se o exemplo com α = −0, 35 ◦%C , com 8 módulos em série por string
(NM OD−ST R−R = 8), com temperatura mínima no inverno de Tc(min) = 5◦ C, VOC = 46, 1 V
e tomando-se as equações (2.18) e (2.19), tem-se:
∆T = 5 − 25
∆T = −20 ◦ C
49
VF V −M AX = (46, 1 + 3, 5) × 8
VF V −M AX = 396, 8 V aproximadamente
Para as duas séries fotovoltaicas os cálculos são iguais. A partir dessas informações,
pode-se passar para a etapa de dimensionamento do inversor.
Onde:
Assim, tomando-se o exemplo calculado no item 2.2 com duas séries de 8 módulos
(NM ODs = 8), e utilizando as equações (2.21) e (2.22), tem-se os seguintes cálculos e os
resultados apresentados na Figura 2.6:
IOP E−M P P = 8, 71 A
50
Na Tabela 2.4 é feita a comparação dos valores fornecidos pelas séries fotovoltaicas e
pelas entradas do inversor.
51
Tabela 2.4: Comparação entre as saídas das séries fotovoltaicas e a entrada do inversor.
PCC−IN V
FSOB−IN V = ; com FSOB−IN V > 1 (2.23)
PCA−IN V
PCC−M AX
FSOB−M AX = ; (2.24)
PCA−IN V
Para o inversor analisado (Kstar modelo KSG5K), a máxima potência permitida por
entrada da MPP é 3000 W (vide Figura 2.2). Como são duas entradas com MPP, então a
potência total de entrada é igual à 3000 × 2. Esta é a potência máxima de entrada deste
inversor em corrente contínua (PCC−M AX = 6000 W ). Entretanto a potência de saída
em corrente alteranda é PCA−IN V = 5000 W . Assim, utilizando a (2.24), tem-se que o
fator de sobredimensionamento máximo do inversor. Para nosso exemplo, uma vez que a
potência aplicada na entrada do inversor em corrente contínua é (PCC−IN V = 5280 W ), o
fator de dimensionamento entre a potência CC e CA (FSOB−IN V ) encontra-se dentro do
limite, conforme a seguir:
6000
FSOB−M AX =
5000
FSOB−M AX = 1, 2
5280
FSOB−IN V =
5000
FSOB−IN V = 1, 056
Por outro lado deve verificar-se no datasheet do inversor qual é a máxima potência de
entrada que o inversor permite para não danificar o inversor ou perder vida útil.
Em fase de projeto quando ainda não foi escolhido o inversor, utiliza-se um fator:
FSOB−IN V = < 1, 2 − 1, 25 >
Na norma brasileira NBR 5410 (seção 4.2.5.7) é indicado que, em instalações com mais
de uma alimentação (pública e local), a distribuição de cada uma delas deve ser disposta
separadamente. Portanto, são necessários dois quadros de proteção: um no lado de corrente
contínua e outro no lado de corrente alternada. O primeiro é denominado caixa de junção
ou "string box", já o segundo é chamado de quadro de distribuição.
A norma NBR 16690 (seção 5.3.9) indica a necessidade de fusíveis em strings fotovol-
taicas quando:
Onde:
ISCM OD : Corrente de curto-circuito do módulo fotovoltaico [A];
IM ODM AX,OCP R : Corrente reversa máxima do módulo fotovoltaico [A].
Para fins práticos, se houver três ou mais circuitos em paralelo, é necessário que cada
string tenha um fusível. O fusível deve ser específico para sistemas fotovoltaicos em corrente
contínua do tipo gP V .
Quando se faz necessário o uso de fusíveis nas séries fotovoltaicas, os fusíveis utilizados
devem ser capazes de suportar até uma corrente In . Segundo a NBR 16690 (seção 5.3.11.1),
In deve respeitar as duas seguintes condições:
IF U S ≤ IF U S−M AX (2.28)
55
VF U S ≥ VF V −M AX (2.29)
Onde:
IF U S : Corrente nominal do fusível [A];
VF U S : Tensão nominal do fucível [V ];
IF U S−M AX : Valor máximo do fusível série [A];.
VF V −M AX : Condição de máxima tensão de saída da série fotovoltaica [V ].
Isso significa que o fusível não deverá deixar passar uma corrente maior que IF U S−M AX
e deverá suportar uma tensão maior ou igual a VF V −M AX sobre ele. Para o nosso exemplo,
NÃO é necessário o uso de fusíveis, pois cada MPP do inversor tem apenas uma série
fotovoltaica (considera-se cada MPPT como circuitos dependentes).
A norma NBR 5410 (seção 5.1.2) indica a obrigatoriedade de DPS para instalações
alimentadas por redes aéreas e parte de instalações situadas no exterior de edificações. Os
sistemas fotovoltaicos se enquadram nessas categorias; é, portanto, obrigatório o uso de
DPS em sistemas fotovoltaicos. Os DPSs devem ser colocados o mais próximo possível
do elemento que se deseja proteger. Ou seja, deve ser instalado próximo do inversor
fotovoltaico. Cada MPPT deve ter um DPS, por ser considerado um circuito independente.
Algu7ns inversores (Huawei, Weg, etc), já incluim DPS Classe II internamente no lado
CC. Neste caso, não será necessário DPS CC na string box. Entretanto, deve-se lembrar
que os DPS’s devem ser trocados após um número de atuações. Se isso ocorrer durante a
garantia do inversor, o fabricante fará a troca gratuitamente, caso contrário, será necessário
instalar um novo DPS externamente na string box
Inversores com mais de um MPPT devem ser considerados como arranjos independentes,
sendo necessário a chave seccionadora para cada circuito ou string.
É necessário conhecer a tensão UCH e a corrente ICH máxima que passará pelo arranjo
onde será colocada a chave, bem como o número de pólos/contatos escolhidos (N P/N C).
Onde:
58
VDIS = Vn (2.33)
Onde:
59
O fator 1,25 na equação (2.32) é um fator de segurança que poderia ser alterado sem
perda de segurança entre 1,15 - 1,25 aproximadamente. Para nossa aplicação ICA−M AX =
22 A e Vn = 220 V . Logo, a corrente do disjuntor CA será: IDIS = 1, 25 ∗ 22 = 27, 5A. No
mercado pode se encontrar um disjuntor comercial de 30A. Assim os dados do disjuntor
CA são:
IDIS = 30 A
IDDR = 30 A
3.1 Introdução
O objetivo de estudar o sistema tarifário brasileiro é poder entender resumidamente
uma conta de energia (fatura) para clientes de grupo A (média e alta tensão) e grupo
B (baixa tensão). Como o tema é muito amplo, serão estudados brevemente conceitos
importantes e alguns exemplos para obter informações suficientes da conta de energia para
realizar um projeto fotovoltaico para consumidores do grupo A. Posteriormente cursos
mais avançados podem ser realizados pelos interessados para aprofundar no assunto.
A maior parte dos conceitos podem ser encontrados na resolução normativa da ANEEL
N° 414 de 9 de Setembro de 2010. As atualizações desta norma com inclusão de novas
resoluções são disponibilizadas pela ANEEL periodicamente no documento "Condições
Gerais de Fornecimento de Energia Elétrica". Para este documento foi usado até a
atualização da resolução normativa 800 de 10 de Julho de 2018. (ANEEL, 2012)
Eac = P · t (3.1)
61
62
Eac = Q · t (3.2)
Sendo:
f dp = cos(θ) (3.3)
Sendo:
O fator de potência em função da potência ativa e reativa pode ser obtido do triângulo de
potência da Figura ?? conforme equação a seguir.
P
f dp = p 2 (3.4)
P + Q2
O fator de potência também pode ser obtido utilizando-se as medidas de energia elétrica
ativa e reativa em um mesmo período como mostra a equação a seguir.
Eac
f dp = p (3.5)
(Eac )2 + (Ere )2
Sendo:
3.2.4 Demanda
A demanda é a média das potências elétricas ativas ou reativas solicitadas ao sistema
elétrico pela unidade consumidora, durante um intervalo de tempo especificado, expressa
em quilowatts (kW ) e quilovolt-ampère-reativo (kV ar), respectivamente.
63
Dmédia
FC = (3.6)
Dmáxima
Sendo:
FC: Fator de carga.
Dmédia : Demanda média em kW .
Dmáxima : Demanda máxima em kW .
Da Figura 3.1, pode-se obter o fator de carga por meio da equação (3.6).
450
FC = = 0, 584
770
h i
O fator 96 foi calculado multiplicando-se 24 × 4 medidas
hora = 96 medidas em um dia.
O consumo (ou energia) por mês pode ser calculado multiplicando-se o número de medidas
por 30. O consumo (ou energia) por mês da equação (3.8) é a que aparece na conta de
energia e vem dado em [kW h/mês].
2880
X
Consumo (ou Energia) / mês = Di · ∆t (3.8)
i=1
Finalmente, cabe destacar que o consumo (ou a energia) é a área abaixo da “curva
de carga” como mostra a Figura 3.1. Antes de continuar com os conceitos, é necessário
entender que o custo da energia é diferente dependendo do horário. É quase como a lei
de oferta e demanda. Quanto mais energia é solicitada pelos usuários, mais o sistema
precisará de usinas funcionando e, em certos períodos, é necessário uso de usinas térmicas
movidas a combustíveis fósseis (carvão, gás, diesel, etc) cujo custo é muito mais elevado
comparado com usinas hidráulicas, portanto, o custo da energia fica mais mais caro. Para
tanto a ANEEL criou os postos tarifários como mostrado a seguir.
• Horário fora de ponta: Período composto pelas horas complementares aos períodos
de ponta e intermediário.
Na Figura 3.2 é mostrado a curva de demanda com os postos tarifários para a CPFL
de um usuário do grupo B, tarifa Branca, onde podemos ver:
65
Figura 3.2: Curva de carga com postos (horários) tarifários do grupo B (tarifa branca).
(Fonte: Elaborada pelo autor.)
• Para consumidores do Grupo A tem-se apenas dois postos tarifários horário de ponta
e horário fora de ponta.
Exercício proposto
Para entender melhor estes conceitos, complete os espaços em branco a seguir com as
informações encontradas na curva de carga da Figura 3.3.
Respostas:
Demanda Contratada (Ponta) = 520 kW
Demanda Contratada (Fora de Ponta) = 800 kW
Demanda Medida (Ponta) = 660 kW
Demanda Medida (Fora de Ponta) = 770 kW
Demanda Faturável (Fora de Ponta) = 800 kW
Demanda Faturável (Ponta) = 660 kW (ultrapassou).
67
Dultrapassagem (p) : Valor correspondente à demanda de potência ativa excedente por posto
tarifário “p”, quando cabível em Reais [R$];
P AM (p) : Demanda de potência ativa ou MUSD medidas em cada posto tarifário “p” no
período de faturamento, quando cabível [kW ];
P AC(p) : Demanda de potência ativa ou MUSD medidas em cada posto tarifário “p” no
período de faturamento, quando cabível [kW ];
p : Indica o posto tarifário ponta ou fora de ponta para as modalidades tarifárias horárias
ou período de faturamento para a tarifa convencional binômia;
Para entender melhor este conceito, analisa-se a curva de carga da Figura 3.3. Observa-
se que no período de ponta o usuário ultrapassou a demanda contratada, portanto calcula-se
o valor da demanda que ultrapassou.
P AC(ponta) = 520 kW
P AM (ponta) = 660 kW
Como o Excesso é maior que 5%PAC(Ponta), o usuário precisará pagar além da demanda
contratada um adicional dado por:
P CON T −LIM Máximo valor da demanda contratada que pode ser solicitada à concessi-
69
• Consumidores com tensão de fornecimento menor que 2,3 kV, porém atendidos por
rede elétrica subterrânea.
• B3: Outras classes: industrial, comercial, serviços e outras atividades, poder público,
serviço público e consumo próprio.
• B4: Iluminação.
• Encargos setoriais.
A fim de aprender com maior facilidade o sistema tarifário, foi elaborado o mapa mental
da Figura 3.3 onde pode-se observar todos os conceitos vistos anteriormente.
Figura 3.5: Mapa mental do sistema tarifário brasileiro grupo A e B.
(Fonte: Elaborada pelo autor.)
72
73
Tabela 3.2: Energia ou consumo no horário de ponta e fora de ponta obtido da Figura 3.6
(valores aproximados).
A média mensal da Tabela 3.2 foi obtida dividindo a energia anual por 12. Além disso,
na Tabela 3.3 são mostrados os valores das tarifas, tanto de demanda contratada, como
da energia (ou consumo) no horário de ponta e fora de ponta obtidos da conta de energia
da Figura 3.6. Na mesma Tabela é mostrada a demanda contratada, energia ou consumo
médio mensal (dos últimos 12 meses no horário de ponta e fora de ponta obtido da Tabela
3.2).
Tabela 3.3: Valores (médios), tarifas e custo médio que pagaria o usuário da Figura 3.6
5. Energia ou consumo (média mensal) no horário Fora de Ponta EEF P : 15222 kW h/mês
Dimensionamento On-grid de
Consumidores do Grupo A
4.1 Introdução
(i) Demanda (Potência) : única tarifa (demanda) para a modalidade verde e duas
tarifas (demanda de Ponta e demanda fora de ponta) para a modalidade azul.
(ii) Consumo (Energia) : duas tarifas no horário de ponta (EP) e fora de ponta
(EFP) tanto para a modalidade verde, como para modalidade azul.
Mais detalhes sobre a modadlidade tarifária do usuário grupo A podem ser encontrados
na 3.5.
SIN S−T = ST 1 + ST 2
SIN S−T = 150 + 150 ⇒ SIN S−T = 300 kV A
(e) Cargas: é composto por todos os equipamentos (motores, iluminação, etc) ligadas
na saída do quadro geral que utilizam a energia para seu funcionamento.
A partir do comportamento da carga pode-se definir a Demanda Contrada (DCON T )
que é solicitada à concessionária. Na Figura 4.2, por exemplo, o sistema tem uma
DCON T = 190 kW
79
PCA−IN V ≤ DCON T
PCA−IN V ≤ 190 kW
80
Figura 4.2: Energia consumida pela carga (EP e EFP) produzida pelo sistema FV (EF V .)
(Fonte:Elaborada pelo autor.)
T EEP
EF V = EF P + · EP (4.5)
T EEF P
Sendo:
EP : Energia consumida pela carga no horário de ponta [kW h]
T EEF P : Tarifa de energia consumida pela carga no horário fora de ponta [R$/kW h]
Esta sobreentendido que as informações da equação (4.5) são obtidas para um período
de um mês da conta de energia.
Como explicado na seção 4.2 (f), a potência fotovoltaica que pode ser instalada para
um usuário do grupo A está limitada pela Demanda Contratada (DCON T ).
Em alguns casos é possível que a potência fotovoltaica instalada, que produzirá energia
necessária para compensar a energia da carga, seja menor que a demanda contratada,
neste caso não haverá nenhuma limitação. Entretanto, em outros casos é possível que a
potência fotovoltaica instalada necessária seja maior que a Demanda Contratada. Neste
segundo caso, será necessário aumentar a Demanda Contratada junto à concessionária,
onde é necessario um estudo das adaptações para esta alteração.
Como explicado na seção 4.2 (f), para projetos fotovoltaicos bem dimensionados a
potencia fotovoltaica instalada considerada pela concessionária (PIN S ) será igual à potência
nominal em CA na saída do inversor (PCA−IN V ).
Caso haja mais de um inversor, a potência em CA na saída do inversor será a soma das
potências nominais em CA de todos os inversores.
Os passos são:
T EEP
EF V = EF P + · EP
T EEF P
Onde:
PF V
NM OD =
PM OD
Onde:
Além disso, a área toda ocupada pelos módulos pode ser calculada com a (2.11),
reescrita por fins didáticos.
Atotal = NM OD × AM OD
Onde:
PCC−IN V = PF V (4.6)
PF V
PCA−IN V = (4.7)
FSOB−IN V
Sendo:
84
Sendo:
e.2) Calcular o retorno econômico (payback) com o custo da energia que é deixada
de pagar na conta.
Se (PCA−IN V ) é maior à (DCON T ), vá para f.1)
Onde:
4.4.1.1 Exemplos
Nesta seção serão apresentados dois exemplos de projeto fotovoltaico.
Tabela 4.1: Parcial da Conta de Energia antes da instalação ongrid (Maio de 2019).
b) Energia Fotovoltaica
T EEP
EF V = EF P + × EP
T EEF P
0, 59640681
EF V = 15.222 + × 581, 25
0, 35945334
EF V = 16.186, 41 kW h/mês
h i
W
1000 m2
× 16.186, 41
PF V =
4, 97 × 30 [dias] × 0, 8
PF V = 135.700, 95 W ou PF V = 135, 7 kW
Marca Balfar Solar Jinko Solar Balfar Solar DAH Solar Trina Solar
Modelo BS72P Eagle 72P BS72M HCP 78X9 Tallmax
PM OD 330 W 340 W 380 W 400 W 450 W
VOC 46,1 V 47,5 V 50,2 V 51,61 V 49,6 V
α -0,35 %/◦ C -0,31 %/◦ C -0,28 %/◦ C -0,31 %/◦ C -0,26 %/◦ C
ISC 9,20 A 9,22 A 9,55 A 9,95 A 11,53 A
VM P 37,91 V 38,2 V 40,7 V 42 V 41 V
Área 2 m2 2 m2 2 m2 2,2 m2 2,2 m2
Marca Balfar Solar Jinko Solar Balfar Solar DAH Solar Trina Solar
Modelo BS72P Eagle 72P BS72M HCP 78X9 Tallmax
PM OD 330 W 340 W 380 W 400 W 450 W
NM OD 412 400 358 340 302
Atotal 824 m2 800 m2 716 m2 748 m2 665 m2
PCC−IN V = PF V
PCC−IN V = 135, 7 kW
PF V
PCA−IN V =
FSOB−IN V
135, 7 kW
PCA−IN V =
1, 2
PCA−IN V = 113 kW
88
Será feita uma análise considerando dois inversores iguais de 60 kW e dois inversores
de 50 kW como exemplo.
Deve verificar-se que cada inversor tenha:
PCC−IN V
PCC−M AX ≥
2
135, 7
PCC−M AX ≥ kW
2
PCC−M AX ≥ 67, 85 kW
PCA−M AX ≈ 6 · 600 · 22
PCC−M AX ≈ 79.200 W
89
Uma última observação é que o inversor da KSTAR modelo KSG 60K permite uma
corrente máxima no lado CC por MPPT de 40 A (ICC−M AX = 40 A). Como este
possue 4 strings por MPPT (NST R−M P P T = 4), cada string fotovoltaica deve ter,
no máximo, 10 A. Assim, este modelo de inversor não conseguirá ser utilizado com
módulos fotovoltaicos de potências superiores à 420 W , cuja corrente máxima de
saída (ISC ) é mais de 10 A (vide ISC do módulo de 450 W na Tabela 4.2)
Neste caso podem ser escolhidos dois inversores de 60 kW modelo KSG 60K da
KSTAR (opção 1) ou dos inversores de 50 kW modelo MAX50KTL3LV da Growatt
(opção 2). Na Figura 4.5 são mostradas as duas opções de inversores para o exemplo
1.
90
Neste exemplo será selecionado a opção 1, ou seja dois inversores de 60kW do modelo
KSG 60K da marca KSTAR. Apesar de ter menos MPPTs e ser menos eficiente, são
mais econômico.
• Arranjo sugerido
Na practica o número de módulos e a potencia fotovoltaica sera levemente modificado
apos montar os avanzos fotovoltaicos devido do arredandamento. Na sequencia é
mostrado a maneira de calcular o número de módulos por series fotovoltaicas sugerido
e real.
92
• Arranjo real
Como o número de módulos por string não é inteiro, pode-se arredondar para cima
ou para baixo.
- Número de modulos arrendondando para cima:
Esta potência 72.000 W do modelo KSG 60K ainda é inferior à potência máxima de
lado CC que suporta o inversor (Vide tabela 4.4 (PCC−M AX = 78.000 W )). Como
(PCC−IN V −R < PCC−M AX ), então esta bem dimensionado.
não ultrapasse esta tensão que é a mesma de cada serie fotovoltaica por estar em
paralelo.
α · ∆T
VF V −M AX = VOC × 1 + × NM OD−ST R−R
100
Dos dados do módulo seleccionado (Tabela 4.2, modelo DAH solar HCP 78x9)
VOC = 51, 6 V
α = −0, 31 %/◦ C
NM OD−ST R−R = 15 modulos
∆T = Tc(min) − Tc(ST C) = 5◦ C − 25◦ C ⇒ ∆T = −20◦ C
−0, 31 · (−20)
VF V −M AX = 51, 6 × 1 + × 15
100
VF V −M AX = 821, 9 V
VF V −M AX ≈ (51, 6 + 3, 5) × 15
VF V −M AX ≈ 819 V
Sendo:
NIN V = número de inversores
PCC−IN V −R = potência na entrada do inversor em CC real
A nova potência fotovoltaica instalada no lado CC tem 8300 W a mais, devido ao
arredondamento que representa 6% mais do projetado e está dentro do esperado.
O resumo dos dados do inversor e número de módulo é mostrado na tabela 4.6
Tabela 4.6: Resumo do Projeto para o inversor selecionado:
Obs: existem ainda muitas outras alternativas de arranjos fotovoltaicos. Por exemplo,
arredondando para baixo o número de módulos por string ficaria:
94
NM OD−R = NM OD−M P P T · NM P P T
NM OD−R = 56 · 3 ⇒ NM OD−R = 168 modulos
PCC−IN V −R = NM OD−R · PM OD
PCC−IN V −R = 168 · 400 ⇒ PCC−IN V −R = 67.200 W
PF V = PCC−IN V −R · NIN V
PF V = 67000 · 2 ⇒ PF V = 134.400 W
Neste caso a nova PF V é 1300 W menor (ou −3, 6%) que quando foi arredondado
para cima
Serão necessários dois kits idênticos de 72.000 W compostos pelos itens da Tabela
4.7; Como referencia foi usado dados do KIT da empresa Balfar Solar.
95
Kit 72.000 W
Produto Código (Balfar) Qtde Qtde Solicitada
Módulo fotovoltaico 400 W HCP78X9 180 180
Inversor 60 kW/380 V KSG 60 / Kstar 1 1
Conector MC4 (par macho e fêmea) - 24 40
Cabo solar 6 mm/1000 V vermelho - 320 320
Cabo solar 6 mm/1000 V preto - 320 320
Fixador início e fim 100002 28 28
Fixador intermediário 100003 348 348
Estrutura para solo (4 m) 100008 33 33
Trilho de fixação para solo (3, 08 m) 200008 120 120
Base de fixação para solo 200007 66 66
Emenda de trilho 100006 108 108
Parafuso trilho com estrutura solo - 198 230
5 string box 4/4 CC de 32 A
• 4 chaves seccionadoras 32 A / 1000 V
BHS 4/4 CC 32 3 3
• 4 DPS* CC / 1000 V / Classe II
• 8 fusíveis CC gPV / 15 A/1000V
Quadro CA
• 1 disjuntor de 100 A / 380 V - 1 1
• 4 DPS CA / 280 V / Classe II
Na Tabela 4.7 foram incluidos os códigos de identificação de cada item que é solicitado
pelas empresas fornecedoras (foi usada a empresa Balfar como referência). Além
disso, ainda nesta Tabela, a coluna 3 (Qtde) mostra a quantidade do material que
depende da disposição dos módulos (foi escolhida a configuração de duas fileiras de 30
módulos para aproveitar melhor a estrutura). A coluna 4 (Qtde Solicitada) é similar
à coluna 3, com a diferença que esta tema sugestão de solicitar alguns materiais a
mais de reserva (conector MC4 e parafuso).
Utilizando custos de mercado de três empresas (Blafar Solar, WEG Solar e BHP Solar)
para Janeiro de 2021 o custo base para integradores, com desconto de cada empresa,
dos itens da Tabela 4.7 fica entre <R$200.000, 00 − 250.000, 00> para o kit de 72 kW .
De tal maneira que para o projeto total que utiliza dois kits de 72 kW , o custo base do
valor do Material V-MAT, da tabela 4.6 em torno de <R$400.000, 00 − 500.000, 00>.
Para tanto, será usado um custo médio para o projeto, do V-MAT = de R$450.000, 00.
O resumo do orçamento completo para o Exemplo 1 é mostrado na Tabela 4.8.
96
Tabela 4.9: Custo parcial da conta de energia do exemplo 1 após a instalação fotovoltaica
Comparando o custo da Fatura antes da instalação ( Tabela 4.1) com a factura após a
instalação ( Tabela 4.9), pode calcular-se a economia mensal como:
Valor Observação
Vida útil do projeto (empreendimento) 25 anos O sistema pode durar mais
Obtida do aumento do custo
Previsão do aumento do custo de energia 5% /ano
de energia média dos últimos anos
Taxa mínima de atratividade Taxa de juros para cálculo
10% /ano
(T.M.A) do valor presente líquido
Vida útil do inversor (para troca) 15 anos Previsão que depende do fabricante
Custo do inversor em relaçao à Apenas para ter uma estimativa do
40 %
economia anual custo. Em geral fica entre 30-70%
Custo de manutenção em relação à Em torno de 1-3% para
1%
economia anual limpar de módulos e outros
Valor médio obtido do datasheet
Perda da eficiência do módulo (1º ano) 1%
do módulo fotovoltaico
Valor médio obtido do datasheet
Perda da eficiência do módulo (outros anos) 0,8 %
do módulo fotovoltaico
b) Energia Fotovoltaica
T EEP
EF V = EF P + × EP
T EEF P
0, 596406811
EF V = 45.000 + × 1.600, 00
0, 35945334
EF V = 47.654, 70 kW h/mês
W
1000[ mš ] × EF V
PF V = (4.13)
IRS × 30[dias] × ηsis
W
1000[ mš ]×47.654,70
PF V = 4,97×30[dias]×0,8
PF V = 399.519, 6 W ou PF V = 399, 5 kW
PCC−IN V = PF V
PCC−IN V = 399, 5 kW
99
PF V
PCA−IN V =
FSOB−IN V
399, 5 kW
PCA−IN V =
1, 2
PCA−IN V = 322, 91 kW
PCA−IN V = DCON T
PCA−IN V = 190 kW
f.2) Deve-se selecionar uum inversor (ou inversores) cuja soma total da potencia
no lado CA seja igual a DCout = 190kW . Existe várias possibilidades e vai depender
da disponibilidade do fornecedor. Por exemplo:
Neste caso, Vai-se escolher a opção (ii) considerando que o fornecedor tenha estes
inversores. A partir do datasheet de inversores comerciais, tem-se:
No lado CC:
PCC−M AX = 112, 5kW + 112, 5kW + 50kW
PCC−M AX = 275kW
Assim, a potência fotovoltaica pico PF V deve ser menor ou igual a PCV −M AX para
não danificar os inversores. Considera-se, assim, preliminarmente:
PF V = PCC−M AX ou PF V = 275kW
PF V [W ] × IRS [ mkW h
2 dia ] × 30 dias × 0, 8
EF V = W
1000 m 2
kW h
Sendo EF V : Energia Fotovoltaica dada em mês
Observar que a potência fotovoltaica deve estar dada em [W].
275000[W ] × 4, 97 × 30 × 0, 8
EF V =
1000
h i
kW h
EF V = 32802 mês
EF P 0 = EF P − EF V (4.14)
EF P 0 = 45000 − 32802
h i
kW h
EFP’ = 12198 mês
101
Comparando o custo da fatura após a instalação (tabela 4.11) com o custo antes da
instalação (tabela 4.09), verifica-se
Economia Mensal = Custo (antes da instalação - Custo(após instalação)
Economia Mensal = 26049, 11 − 10869, 75
Economia Mensal = R$15.179, 36
ou Economia Anual = R$182.152, 32
PF V = 399, 519 kW
PCA−IN V = 332, 91 kW
102
DCON T = 333 kW
Dimensionamento de Sistemas
Fotovoltaicos Autônomos
5.1 Introdução
(1) Carga: É constituída pela energia média mensal consumida pelos aparelhos ligados
na saída do sistema. Para o dimensionamento do sistema off-grid é necessário fazer um
levantamento de todos os equipamentos, quantidade, potências, dias de uso no mês e horas
de uso por dia. A partir dessa tabela são determinados a energia média mensal (EM ),
energia média diária (ED ) e a potência total (PT ).
Figura 5.5: Profundidade de descarga x Ciclos de vida da Bateria Freedom para dois casos
O módulo fotovoltaico mencionado acima pode operar com um banco de baterias que
trabalhe em 12V. Para os bancos que trabalham com 24V, precisaria ligar dois móduloss
em série e assim sucessivamente.
A equação (??) usada na seção ?? pode ser usada para determinar o número de módulos
fotovoltaicos. Para tanto as seguintes informações são necessárias: Irradiação solar do lugar
(Irs ) e eficiência do sistema fotovoltaico (η) (assume-se um valor entre <0,8-0,9>). Além
disso, é necessário as seguintes informações do módulo fotovoltaico escolhido: potência
(PM OD ), corrente de curto circuito (Isc ), tensão em vazio Voc e tensão no ponto de máxima
potência (Vmpp ).
• Previsão da Carga ;
• Dimensionamento do inversor;
4. Modulo Fotovoltaico
= _____
5. Controlador de Carga
= ______ [W] + 2. Inversor Offgrid 1. Carga
= ______ [A]
= ______ [V]
= ______ = ___________[W] = ___________[
kWh
]
dia
= ___________[V]
... = ___________[V]
= ___________[W]
CARGA = ___________[V]
CC
-
...
...
cos = ___________
= ______
+ - + -
+
- -
3. Banco de Baterias
= ___________[V]
= ___________[Ah]
= ___________ ...
= ___________
= ___________[°C]
+
...
-
...
...
...
= ______
...
= ______
DIMENSIONAMENTO DE
SISTEMAS OFFGRID
USP Prof.Elmer Cari
Equip. Qde Pot. (W) Subtotal (W) Uso (d) Horas (h) Cons./mês (kWh)
A partir da tabela 5.2 deve-se determinar a Energia Mensal EM dada em [ kwhmês ], Energia
Diária ED = EM /30 dada em [ kwh dia ] e a potência total da carga, P T dada em [W]. Além
disso, é necessário conhecer a tensão de operação da carga VCA [V], e o fator de potência,
cos(φ). Assume-se um valor de cos(φ) = 0, 9 na maior parte das vezes. A parir desses
valores é determinado a corrente na carga ICA .
PT
ICA = (5.1)
VCA × cos(φ)
110
Valores Calculados:
- Tensão de saída do inversor, Vsaiinv [V]: É igual a tensão da carga.
- Potência do inversor, Pinv [V]: A potência do inversor pode ser calculada dividindo a
potência da carga PT com a eficiência do inversor ηinv .
PT
PEntInv = (5.3)
ηinv
Valores Calculados:
-Tensão do Banco de Baterias, VBCOBAT : É igual a tensão escolhida na entrada do
inversor:
VBCO
NBAT S = (5.5)
VBAT
- Capacidade do Banco de Baterias, CBCOBAT : É obtida do produto da Energia Diária
da carga pelos os dias de autonomia do banco de baterias dividido pelo produto da tensão
do banco de baterias pela profundidade de descarga do banco:
ED × Da
CBCOBAT = (5.6)
VBCO × PD
- Número de Fileiras de Baterias em Paralelo, NF ILBAT :
CBCOBAT
NF ILBAT = (5.7)
CBAT
111
PD
PDAP A = (5.9)
Da
- Usando a PDAP A e a curva do fabricante “Profundidade de descarga x Ciclos de vida
útil” é obtido o número de ciclos de vida do banco de baterias, CVBCO .
- Os anos de vida do banco de baterias a 25◦ C, AVBCO , podem ser calculadas dividindo
os ciclos de vida entre 365 dias.
CVBCO
AVBCO = (5.10)
365
- Usando a temperatura de operação Top◦ C do banco de baterias e a curva do fabricante
Valores Calculados:
- Determina-se a potência fotovoltaica corrigida usando a equação (??), reescrita
novamente aqui:
W
1000 m 2 × EF V
PF V C = (5.12)
Irs × 30dias × η
PF V C
NM OD = (5.13)
PM OD
112
PF V IN S = NM OD × PM OD (5.14)
VF V M P P = VM P P × NM ODS (5.17)
Icont = IF V M AX × Fs (5.21)
- Tensão máxima do controlador de carga Vcontmax : Deve ser maior a máxima tensão
de saída do sistema fotovoltaico VF V M AX . Apenas para ser verificado.
Da tabela obtém-se:
PT = 990 (W );
EM = 111, 9 ( kW h
mês );
Energia diária (ED = EM /30);
ED = 3, 73 (kW h/dia) ou ED = 3730 (k/dia)
Ventrada: 21 - 32 V (CC)
Custo base: R$1879,00 (loja: minha casa solar)
Valores especificados
VBAT = 12 V
CBAT = 150 Ah (C20)
Da = 2 dias
PD = 0, 4
Tope = 40◦ C
Valores calculados
VBCOBAT = VEntInv
VBCOBAT = 24 V
VEntInv
NBAT S = VBAT
NBAT S = 2 baterias em serie
ED ×Da
CBCOBAT = VBCOBAT ×PD
3730×2
CBCOBAT = 24×0,4
CBCOBAT = 777, 1 Ah
CBCOBAT
NF ILBAT = CBAT
777,1
NF ILBAT = 180
NF ILBAT ≈ 5 f ileiras de baterias
PD
PDAP A = Da
0,4
PDAP A = 2
PDAP A = 0, 2 dias
Valores especificados
Valores calculados
1000×EM
PF V C = Irs ×30×η
1000×11,9
PF V C = 4,97×30×0,8
PF V C = 938W
PF V C
NM OD = PM OD
938
NM OD = 150
NM OD = 6, 25
arredondado ⇒ NM OD ≈ 6 modulos
PF V IN S = NM OD × PM OD
PF V IN S = 6 × 150
PF V IN S = 900(W )
NM ODS = NBAT
NM ODS = 2 modulos
NM OD
NF ILM OD = NM ODS
6
NF ILM OD = 2
NF ILM OD = 3 f ileiras ⇒ (deve f icar inteiro)
VF V M P P = VM P P × NM ODS
VF V M P P = 18, 5 × 2
VF V M P P = 37 V
VF V M AX = VOC × NM ODS
VF V M AX = 22, 9 × 2
VF V M AX = 45, 8 V
IF V M AX = ISC × NF ILM OD
IF V M AX = 8, 61 × 3
IF V M AX = 25, 83 A
Valores especificados
FS = 1, 15(A)
117
Valores calculados
Vcont = VBCOBAT
Vcont = 24 V
Icont = IF V M AX × FS
Icont = 25, 83 × 1, 25
Icont = 32, 3 A
Foi escolhido um Controlador de Carga com as seguintes especificações:
Modelo: Triron 4210N (EPEVER)
Corrente de Carga (Icont ) = 40 A
Tensão nominal do sistema = 24 V
Custo base: R$ 769,0 (loja: Neosolar)
Todos os passos do dimensionamento para o sistema off-grid são resumidos nas figuras
5.8 e 5.9 nas páginas seguinte. Para melhor compreensão deve-se usar junto com a figura
5.7.
118
2. INVERSOR 3. BANCO DE
1. CARGA
OFFGRID BATERIAS
í
ã
ç
á
ê
ã
ê çã
ã í
ê
ã
ú é
ú
ú
çã ú
4. MODULO 5. CONTROLADOR DE
FOTOVOLTAICOS CARGA
çã á
ê
é çã
ê í
ê ó
ó
ã ó
ã á ê
ç
ã
ã á
ú ó
ê
ó ó
ú ó é
ú ó
ã á
ê
ã á
á
DIMENSIONAMENTO DE
SISTEMAS OFFGRID
USP Prof. Dr. Elmer Cari
CRESESB. Centro de referência de Energia Solar e Eólica. [s.n.], 2021. Disponível em:
<https://cresesb.cepel.br/index.php?section=sundata>. Acesso em: 25 Nov. 2021.
GLOBO. Governo da Califórnia (EUA) exige que novas casas tenham paineis de energia
solar. [s.n.], 2018. Disponível em: <https://globoplay.globo.com/v/6728485/>. Acesso em:
03 ago. 2020.
121