2016 PDP Mat Utfpr Jaciraaparecidadasilvamagatao
2016 PDP Mat Utfpr Jaciraaparecidadasilvamagatao
2016 PDP Mat Utfpr Jaciraaparecidadasilvamagatao
Disciplina/Área: Matemática
Escola de
Implementação do Colégio Estadual São Pedro e São Paulo E.F.M., situado à
Projeto e sua Rua Marta Dering, 234.
localização:
Município da escola: Campo Largo, Paraná.
Núcleo Regional de
Área Metropolitana Sul
Educação:
Professor-Orientador: Prof.ª Dr.ª Maria Lucia Panossian
Instituição de Ensino
Universidade Tecnológica Federal do Paraná - UTFPR
Superior:
Relação Interdisciplinar: História
Esta Produção Didático-pedagógica terá como público alvo
os estudantes do 8º ano do Ensino Fundamental do
Colégio Estadual São Pedro e São Paulo, em Campo
Largo - Paraná. A opção em trabalhar com os alunos do 8º
ano, foi devido ao fato de considerar que a Matemática
Financeira deve ser abordada desde as séries iniciais.
Entende-se que quanto mais cedo os estudantes
adquirirem conhecimentos relacionados ao universo
financeiro, maiores serão as chances de no futuro
tornarem-se cidadãos críticos, capazes de tomar decisões
eficazes no que se refere ao controle financeiro. Esta
Resumo: Unidade Didática, pretende fomentar a Educação
Financeira e as atividades serão desenvolvidas com base
no referencial teórico-metodológico Atividade Orientadora
de Ensino. Serão propostas situações desencadeadoras
da aprendizagem para que o educando tenha a
necessidade de adquirir conceitos, de modo que suas
ações sejam realizadas na busca da solução de um
problema que o mobiliza para a atividade de
aprendizagem, e desta forma, o professor também estará
em atividade, porém de ensino. As situações apresentadas
e reflexões proporcionadas ajudarão os estudantes a obter
e aperfeiçoar o domínio desse conhecimento, despertando
a formação de habilidades e saberes teórico-práticos
fundamentais para a compreensão dos aspectos
relacionados ao controle financeiro.
Matemática Financeira; Educação Financeira; Atividade
Palavras-chave:
Orientadora de Ensino.
Formato do Material
Unidade Didática
Didático:
O material tem como público alvo os educandos do 8º ano
Público alvo: do Ensino Fundamental do Colégio Estadual São Pedro e
São Paulo, Campo Largo, Paraná.
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL
UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ
CURITIBA
2016
JACIRA APARECIDA DA SILVA MAGATÃO
CURITIBA
2016
Parafraseando Brecht: Há professores que
treinam matemática, e são bons; há outros que
ensinam matemática, e são melhores; há aqueles
que formam matemáticos, e são muito bons;
porém há os que educam seres humanos; estes
são os imprescindíveis (MOURA, 2016, p.10).
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO .......................................................................................... 8
MATERIAL DIDÁTICO.................................................................................. 17
REFERÊNCIAS ............................................................................................ 44
APÊNDICES ................................................................................................. 46
APRESENTAÇÃO
Araújo (2009, p.145): “Educar o consumidor é educar o cidadão, e a escola tem uma
função histórica e social nessa direção [...]”.
Contemplando a linha de estudo “Pesquisas em Educação Matemática”, com
a temática “Conhecimentos matemáticos e seus encaminhamentos metodológicos”,
pretende-se com a implementação dessa proposta contribuir para a melhoria da
educação pública paranaense e extrapolar os “muros” da escola, levando também às
famílias dos educandos uma reflexão mais crítica sobre a melhor forma de gerir o
dinheiro.
Optou-se por fazer uma Unidade Didática, com atividades elaboradas de
forma sequencial e gradativa, fundamentadas na teoria histórico-cultural e apoiadas
na base teórico-metodológica Atividade Orientadora de Ensino. Serão desenvolvidas
ações e atividades significativas que desencadeiem no educando a necessidade de
aprender, proporcionando a ele a formação de habilidades e conhecimentos teórico-
práticos, fundamentais para a compreensão dos aspectos relacionados ao controle
financeiro e a atitudes críticas frente às situações do dia a dia.
Para a melhor organização, esta Unidade Didática está dividida em cinco
módulos. Em cada Módulo, foram elaboradas ações, e em cada uma delas serão
disponibilizados os objetivos e o tempo previsto para a aplicação.
O Módulo 1, “A Educação Financeira”, compreende a Ação 1: Introdução
ao tema e Ação 2: Análise dos questionários.
O Módulo 2, “A sociedade sem o dinheiro”, compreende a Ação 3: Jogo do
“Desapega”, Ação 4: Momento Quadrinhos, Ação 5: Vídeo- “A história do dinheiro”
e Ação 6: Momento Quadrinhos.
O Módulo 3, “Reconhecendo a porcentagem”, compreende a Ação 7:
Contar a história “Uma ideia cem por cento”, Ação 8: Jogo da “Memória da
Porcentagem” e “Stop da porcentagem” e a Ação 9: Momento Quadrinhos.
O Módulo 4, “A importância do dinheiro na sociedade”, compreende a
Ação 10: Planilha familiar, Ação 11: Resolução de situação-problema, Ação 12:
Resolução de situações-problema envolvendo porcentagens, Ação 13: Resolução de
situações-problema envolvendo juro simples e juro composto e a Ação 14: Momento
Quadrinhos.
O Módulo 5, “Apropriação e sistematização final dos conteúdos”
compreende a Ação 15: Sistematização de conteúdos, a Ação 16: Término da história
em quadrinhos e a Ação 17: Carta desejo.
10
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
De acordo com Sadovsky (2007), a sala de aula deve ser um ambiente no qual
os estudantes sejam levados a estabelecer relações, formar conjecturas, discutir
possibilidades de resolução de problemas, e para que isso seja possível, deve-se
considerar novamente o papel do professor.
Corroborando com o que relata Sadovsky (2007), as DCEs apontam para essa
mesma direção. De acordo com as DCEs, “A ação do professor é articular o processo
pedagógico, a visão de mundo do aluno, suas opções diante da vida, da história e do
cotidiano” (PARANÁ, 2008, p.45) .
Esse professor, preocupado em trazer para os seus educandos conteúdos que
sejam vivos, pode almejar na Matemática Financeira, uma ferramenta capaz de
possibilitar ao ser humano a compreensão dos problemas no âmbito econômico e a
discussão de soluções para estes.
Para Freire (1996), é preciso respeitar os saberes trazidos pelos alunos, a sua
identidade, suas vivências, as percepções que têm sobre o mundo que os cerca,
porém, sem deixar de ter em mente o papel do professor transformador, que é capaz
de, valorizando o que o educando traz das suas relações com o mundo, transmitir o
conhecimento científico.
Não temo dizer que inexiste validade no ensino de que não resulta um
aprendizado em que o aprendiz não se tornou capaz de recriar ou de refazer
o ensinado, em que o ensinado que não foi apreendido não pode ser
realmente aprendido pelo aprendiz. (FREIRE, 1996, p.24).
1
Professor Titular da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (2005). Possui graduação
em Licenciatura em Matemática pela Universidade de São Paulo (1976), mestrado em Ensino de
Ciências e Matemática pela Universidade Estadual de Campinas (1983), doutorado em Educação pela
Universidade de São Paulo (1992) e Professor associado da Universidade de São Paulo (2000). Área
de atuação: Educação Matemática com foco em metodologia do ensino de matemática, formação de
professores e Teoria da Atividade. Líder do Grupo de Estudos e Pesquisas sobre a Atividade
Pedagógica - GEPAPe. (Texto informado pelo autor). Disponível em:
<http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4796992D0>. Acesso em: 28 nov. 2016.
15
Além do jogo, nesta proposta será utilizada a história virtual do conceito, que
consiste em colocar o educando diante de uma situação problema que necessite uma
abordagem histórica do conceito. Para Moura (1996, p.20) “São situações-problema
colocadas por personagens de histórias infantis, lendas ou da própria história da
matemática [...]”.
Ainda se recorrerá às situações do cotidiano, com a elaboração de problemas
que tenham significado para o estudante e para que ele sinta a necessidade de
resolvê-lo. Moura e Lanner de Moura (1998, p. 105-106) apontam que “[...] a
problematização de situações emergentes do cotidiano possibilita à prática educativa
oportunidade de colocar a criança diante da necessidade de vivenciar a solução de
problemas significativos para ela”.
17
MATERIAL DIDÁTICO
NÚMERO
AÇÕES OBJETIVOS DE
AULAS
Educação Financeira. 01
ao tema
Entender as dificuldades que as famílias têm de
Ação 2: Análise
01
dos questionários administrar as finanças.
Efetuar trocas sem o uso de moeda padronizada e
Ação 3: Jogo do perceber a dificuldade de não existir um padrão para 01
“Desapega” essas trocas.
A sociedade sem o dinheiro
(conclusão)
Representar na história em quadrinhos as reflexões
Ação 9: Momento Tarefa de
Quadrinhos feitas em sala de aula sobre a importância do casa
dinheiro no nosso dia a dia.
Analisar planilhas de gastos apresentadas;
Identificar os itens nos quais poderia ser feito
Ação 10: Planilha
economia; 02
familiar
Refletir sobre atitudes críticas nos aspectos
financeiros.
A importância do dinheiro na sociedade
Sistematização de 02
de relato
conteúdos
Ação 16: Término Elaborar conclusões sobre os conteúdos estudados;
da história em Produzir a última folha da história em quadrinhos; 04
quadrinhos Confeccionar a capa para a história em quadrinhos.
MÓDULO 5
conteúdos
- Exposição do tema;
- Comentar sobre o questionário (Apêndice A) que os pais dos alunos
responderam;
- Aplicar o questionário (Apêndice C) para os estudantes.
3) Seus pais comentam com vocês, com alguma frequência, a questão da falta
de dinheiro para o pagamento das despesas mensais?
4) Há alguma conversa em família sobre formas de organizar o orçamento
familiar, cortes de despesas e/ou guardar parte do dinheiro para gastos
eventuais e/ou investimentos?
5) Seus pais dão o dinheiro necessário para vocês gastarem por semana? Ou
todos os dias? Ou somente algumas vezes no mês?
6) E quando eles que não tem dinheiro, o que vocês dizem ou fazem?
7) Vocês sabem qual o valor mensal que gastam no lanche da escola?
8) O que consideram que é investir dinheiro?
Para o jogo, cada aluno deverá trazer dois ou três objetos de baixo valor, para
que sejam trocados com os colegas de classe. No momento da troca, os objetos serão
colocados sobre as carteiras para que os estudantes possam livremente olhar todos
os objetos e realizar as trocas que julgarem interessantes. É importante salientar,
que todos os alunos devem fazer ao menos uma troca. Após as trocas terem sido
feitas, alguns questionamentos serão levantados:
Para refletir e registrar as reflexões:
1) Vocês gostaram dos produtos que adquiriram?
2) Fizeram apenas uma troca, ou trocaram várias vezes?
3) Acharam justas todas as trocas efetuadas?
4) Conseguem imaginar como tudo isso acontecia há muito tempo, quando a
forma de obter produtos era só por meio de trocas?
5) Vocês acham que nos dias atuais seria possível adquirir bens, de qualquer
espécie, somente com a troca de itens?
23
A tarefa de casa de vocês será pensar como as pessoas atribuíam valor aos
produtos que queriam trocar. Seria possível hoje, comprar e vender produtos só
fazendo trocas? Após refletir sobre o jogo que realizamos em sala de aula, vocês vão,
em casa, representar, por meio de quadrinhos, as situações que vivenciaram aqui na
escola. Esta será a 1ª folha da história em quadrinhos, feita por vocês. Que tal se
vocês conversassem com seus pais sobre as trocas? Talvez eles tenham experiências
interessantes para relatar.
24
5 (TEIXEIRA, 2010).
26
Como jogar:
1º) disponha todas as cartas sobre a mesa para que todos os participantes
possam visualizá-las;
2º) procure memorizar a posição que as cartas ficaram lembrando que são
formados grupos com três cartas. As cartas não são iguais, porém são sempre três
cartas que têm o mesmo valor em suas diversas representações;
3º) com um dado determinar quem começará o jogo (o aluno que tirar o
número maior) ou iniciar da forma que o grupo decidir;
4º) o jogador deverá virar três cartas, de modo que as três representem a
mesma quantidade, por exemplo, 1%, e 0,01;
5º) se o jogador acertar duas cartas e errar uma, terá direito a virar mais uma
carta.
28
Como jogar:
MODELO 1 (Apêndice D)
Total
Fonte: A Autora (2016)
Reflita
33
6. Maria quer ir para a praia nas férias com toda a sua família. Para isso está
fazendo uma poupança, ou seja, está guardando em uma conta, todos os
meses, parte do seu salário. Ela iniciou essa poupança no mês de fevereiro e
pretende viajar em janeiro do ano seguinte, fazendo depósitos mensais de
R$200,00. Além disso, irá destinar 50% do seu décimo terceiro para essa
viagem, reservando 20% para a compra de presentes e 30% para comprar
material escolar e uniforme para seus dois filhos. Considerando que o décimo
terceiro salário é praticamente igual ao salário de Maria e que hoje é de
R$3000,00, responda:
a. Qual será o valor total que Maria terá para viajar nas férias?
b. Qual valor será destinado para comprar os presentes de Natal?
c. E quanto Maria poderá gastar na compra dos uniformes e materiais para
a escola?
37
8. Lucas irá aplicar o mesmo valor, pelo mesmo tempo de aplicação, porém à taxa
de juros compostos. Determine o valor que Lucas irá receber de juros e o
montante que irá receber ao final do tempo de aplicação. Compare os dois
valores. Se o capital e o tempo são os mesmos, por que os valores finais são
diferentes?
J = C. i. t M=C+J M = C. (1 + i)t
9. Murilo quer comprar um skate. Para isso realizou uma pesquisa de preço em
duas lojas. Em qual das duas lojas é mais vantajoso realizar a compra? Qual
será o valor, com desconto em cada uma?
10. Na loja “Tudo Barato”, o celular que Felipe escolheu custa R$1260,00 à vista.
Se for comprado a prazo, em quatro vezes, pagará 1% ao mês, à taxa de juros
compostos. Complete a tabela abaixo para determinar o valor final que Felipe
pagará pelo celular comprado. Em seguida, responda às questões:
Juros ao mês (R$) Valor em reais (R$)
Valor inicial 0,00 1260,00
1º mês 12,60 1272,60
2º mês
3º mês
4º mês
Valor final
39
O que poderia ser comprado com o valor, em cada uma das formas de
pagamento, se a geladeira fosse comprada à vista?
Arthur tem o dinheiro para pagar à vista, mas avalia se não seria melhor
aplicar o dinheiro do valor à vista (ou até um valor menor), em um investimento, com
rentabilidade de 10% ao semestre, resgatando os valores à medida que as prestações
da opção escolhida fossem vencendo. Após avaliar a situação do ponto financeiro e
das condições apresentadas, Arthur concluiu que era mais vantajoso financeiramente
escolher a opção:
a) 1.
b) 2.
c) 3.
d) 4.
e) 5.
41
REFERÊNCIAS
GAY, Mara Regina Garcia (Ed.). Projeto Araribá: Matemática 9º ano. 4. ed. São
Paulo: Moderna, 2014.
MEDEIROS, Cleide Faria de. Por uma Educação Matemática como intersubjetividade.
In: BICUDO, Maria Aparecida Viggiani. (Org.). Educação Matemática. São Paulo:
Cortez, 2005. p.13-44.
MORAES, Silvia Pereira Gonzaga de; MOURA, Manoel Oriosvaldo de. Avaliação do
Processo de Ensino e Aprendizagem em Matemática: contribuições da teoria
histórico-cultural. Bolema, Rio Claro, v. 22, n. 33, p. 97-116, 2009.
TEIXEIRA, Martins Rodrigues. Uma ideia cem por cento. São Paulo: FTD, 2010
46
APÊNDICES
3- Qual é a reação dos seus filhos quando vocês dizem não ter condição
financeira de comprar algum item, presente, roupas, material escolar, etc.…?
5- Quais são os critérios que você utiliza no momento de efetuar a sua compra,
com relação à forma de pagamento?
(Alunos do 8º ano)
( ) SIM ( ) NÃO
5. Como vocês reagem, quando seus pais dizem não ter condições financeiras
para comprar algum item que vocês estão pedindo, por exemplo, roupas,
calçados, material escolar, lanches?
50
MODELO 1
Número 1% 5% 10% 20% 25% 50% 100% Pontos
Total