Trabalho de Linguistica Geral
Trabalho de Linguistica Geral
Trabalho de Linguistica Geral
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Índice
1. Introdução ............................................................................................................................... 4
1.1. Objectivos ............................................................................................................................ 4
1.1.1. Geral ................................................................................................................................. 4
1.1.2. Específicos ........................................................................................................................ 4
1.2. Metodologia ......................................................................................................................... 4
2. Processos Morfológicos e não Morfológicos de Formação de Palavras ................................ 5
2.1. Morfologia ........................................................................................................................... 5
2.2. Palavra ................................................................................................................................. 5
2.3. Processos morfológicos de formação de palavras ............................................................... 5
2.3.1. Derivação .......................................................................................................................... 6
2.3.2. Composição ...................................................................................................................... 7
2.4. Processos não morfológicos de formação de palavras ........................................................ 9
2.4.1. Sigla .................................................................................................................................. 9
2.4.2. Acronímia ......................................................................................................................... 9
2.4.3. Abreviaturas ..................................................................................................................... 9
2.4.4. Empréstimos ................................................................................................................... 10
2.4.5. Extensão Metafórica ....................................................................................................... 10
3. Conclusão ............................................................................................................................. 11
Referências Bibliográficas ........................................................................................................ 12
4
1. Introdução
1.1. Objectivos
1.1.1. Geral
Compreender os processos morfológicos de formação de palavras.
1.1.2. Específicos
Definir morfologia e palavra;
Descrever os processos morfológicos: de derivação e composição;
Descrever processos não-morfológicos: acronia, abreviatura, misturas e empréstimos.
1.2. Metodologia
2.1. Morfologia
2.2. Palavra
Para Rosa (2003, p. 74), o termo palavra é utilizado como uma noção oriunda da escrita, que
se aplica também à fala. Assim, se tomarmos como base a escrita, para definirmos palavra,
podemos considerar que cada palavra é delimitada por dois espaços em branco (um antes e
outro depois da palavra) ou por sinais de pontuação.
Kehdi (2003) mostra que a palavra pode ser abordada sob diferentes perspectivas -
relacionadas aos variados campos dos estudos linguísticos - e considerando alguns critérios
como a unidade acentual (campo da fonologia), a homonímia (campo da semântica) e a lexia
(campo do léxico).
Para Cunha e Cintra (2001, p. 75) “ Palavra é uma unidade maior do que um fonema e menor
do que uma frase”. Frase é a “menor unidade comunicativa” e fonema “é a menor unidade
sonora capaz de distinguir significados”.
De acordo com Mutsuque (p. 79), é possível identificar dois processos de formação de
palavra: derivação e composição.
6
2.3.1. Derivação
i. Derivação Prefixal
Derivação prefixal é o processo pelo qual se formam palavras pela anteposição do afixo a
palavras primitivas para lhe acrescentar uma nova informação. Tem por característica comum
ser elemento preso e servir para formar inúmeras palavras. Para Cunha e Cintra (2001), por
terem-se originado de advérbios e preposições, os prefixos são mais independentes do que os
sufixos, não são necessariamente formas presas. Há formações em que entram prefixos que
são meras partículas, sem existência independente na língua, como des – em desfazer – ou re
– em recompor. Há outras de que participam elementos formativos que costumam actuar
também como palavras independentes, é o caso de contra – em contrabando – e entre – em
entreabrir.
A existência de prefixos que podem actuar como formas livres na língua, como entre, sobre e
contra, constitui, segundo os autores, um argumento para alguns teóricos excluírem a
prefixação do processo de derivação e incluí-la no processo de composição. Contudo, Cunha e
Cintra (2001) mantêm a prefixação entre os processos de derivação apoiados no facto de que
essa possibilidade de ocorrência independente na língua é restrita a alguns prefixos apenas,
além de nem sempre ser fácil estabelecer a separação entre prefixos que são formas livres e os
que são presas, como em entrelinha e contradizer.
Houaiss (2010) também concorda que vários prefixos são variantes de preposições (com, sem,
entre), e muitos adjectivos e morfemas de significação numeral se antepõem à base léxica
com um comportamento gramatical análogo ao do prefixo (aeroespacial, bimotor,
pentacampeão). Por isso, existem bons argumentos a favor de incluir a prefixação como um
instrumento de composição, como também é defensável tratá-la como um processo
intermediário entre a composição e a sufixação.
O sufixo é um termo que empresta uma ideia acessória ao radical ao qual se unem os sufixos
não possuem uma independência significativa fora do radical, por isso, são chamados de
7
formas presas. Possuem uma função morfossintática, pois, em geral, alteram a categoria
gramatical do radical a que se juntam – substantivo / adjetivo, como no caso de real /
realidade, bem como podem não realizar modificação alguma na categoria do radical ao qual
se unirão, como se percebe em relação a feio / feioso.
Cunha e Cintra (2001) esclarecem que, através da derivação sufixal, podemos formar novos
verbos, substantivos, adjectivos e até advérbios em -mente. Afirmam, ainda, que os sufixos
serão classificam em: a) nominais – quando o resultado da junção do radical + sufixo, der
origem a um substantivo ou a um adjectivo, como em pont-eira; b) verbais – quando o
resultado da união de um radical + sufixo, for um verbo, como em amanh-ecer; e c)
Adverbiais – quando o resultado gerado pela união de um radical + sufixo, der um advérbio,
com em bondosa-mente.
Bechara (2009) informa que, ao lado do valor sistémico, associam-se aos sufixos valores
ilocutórios intimamente ligados aos valores semânticos das bases a que se agregam e dos
quais não se dissociam. Os valores aumentativos estão muitas vezes associados a algo
pejorativo; grotesco (poetastro); os diminutivos estão vinculados à afectividade (amorzinho,
paizinho).
Houaiss (2010) destaca que, pela possibilidade de conferir uma nova classe à palavra
derivada, a sufixação configura-se como um processo de extraordinária versatilidade na
língua. Enquanto a prefixação colabora ordinariamente para a ampliação do léxico, a
sufixação, além dessa função, tem um papel importante na construção sintáctica dos
sintagmas, das orações e até mesmo do texto.
2.3.2. Composição
Composição consiste na formação de nova palavra que possuirá um único significado e que se
abandone a junção feita com um composto já existente.
Nessa categoria, incluem-se os compostos eruditos. Cunha e Cintra afirmam que são
utilizados em nomenclaturas científicas, literárias ou técnicas e se originam,
8
Para Câmara Jr. (1976), do ponto de vista formal, o tipo mais comum de composição é a
junção de duas palavras independentes, em que cada uma conserva a sua individualidade
mórfica, como, por exemplo, quadro-negro, salvo-conduto, secretária-electrónica, cama-
elástica.
a) Quanto a sua forma, os elementos de uma palavra composta podem estar justapostos,
conservando cada um sua integridade, como em passatempo ou em beija-flor; ou
aglutinados, são os casos em que se subordinam a somente a um único acento tónico e
sofrem perda de sua integridade fonética, é o caso de planalto e aguardente.
b) Quanto ao sentido, diferencia-se em uma palavra composta o elemento determinado,
que possui a ideia geral do elemento determinante, que encerra noção particular.
Percebemos isso em guarda-florestal, onde a palavra guarda exerce o papel de
determinado, e a palavra florestal o papel de determinante.
c) Quanto à classe gramatical dos seus elementos, uma palavra composta pode ser
formada de diferentes combinações entre substantivos com substantivos, como
também com adjectivos, verbos, numerais, pronomes e advérbios, bem como
adjectivos combinados com outros adjectivos; de verbos combinando com outros
verbos, de advérbios combinando com verbos ou com outros advérbios e, ainda,
combinações por vezes curiosas, como Maria-vai-com-as-outras e tomara-que-caia
Para Câmara Jr.(1976), do ponto de vista formal, o tipo mais comum de composição é a
justaposição de duas palavras independentes, em que cada uma delas conserva sua
individualidade mórfica, como encontramos em obra-prima e salvo-conduto. Ocorre, então,
uma associação significativa e formal entre duas palavras e daí resulta uma nova, em que se
combinam as significações das constituintes. Do ponto de vista morfológico, o composto pode
ser um em que há subordinação de um elemento como determinante a outro como
determinado (carro-pipa), ou uma sequência de elementos coordenados (anglo-americano).
Segundo o autor, o que caracteriza o processo de composição não é apenas a junção de duas
formas independentes, ou a existência de pauta acentual, mas a distinção reside, sobretudo, no
campo morfossemântico. Em guarda-chuva, há uma unidade significativa em que um dos
elementos não pode ser suprimido.
2.4.1. Sigla
Segundo Mutsuque (p. 83), a sigla é um processo que consiste na redução de uma palavra ou
de um grupo de palavras às suas iniciais para designar organismos, partidos políticos,
associações, clubes desportivos, etc.; é a letra inicial ou grupo de letras iniciais que entram na
composição da abreviatura de certas palavras. Exemplo: ONP – Organização Nacional dos
Professores, UEM – Universidade Eduardo Mondlane, etc.
2.4.2. Acronímia
Acronímia é o conjunto de processos morfológicos que levam a formação de acrónimos, cuja
particularidade é a de serem pronunciadas como uma corrente; apresenta-se sob a forma de
siglas, amalgamas ou de novas unidades lexicais. A acronímia é um fenómeno neológico
muito produtivo em língua, com grande dinâmica, por exemplo, na atribuição de nomes
próprios para designar novos abjectos, instituições ou organismos. Exemplo: MICOA –
MInistério da Coordenação Ambiental (Mutsuque, p. 84).
2.4.3. Abreviaturas
2.4.4. Empréstimos
Os empréstimos são palavras provenientes de outras línguas e adaptadas à nova língua, como
basquetebol (Ing. basketball), cavalheiro (Cast. Caballero), dama (Fr. Dame) ou piano (It.
Piano).
O empréstimo pode não ser directo como no caso de jardim, do alemão garten, que entra no
português por intermédio da forma do francês – jardin. A língua de onde são provenientes
determina o nome com que a tradição gramatical os indica (respectivamente, anglicismo,
castelhanismo, galicismo, italianismo, germanismo). O tempo decorrido desde da sua
importação e o modo como essas palavras foram adaptadas pela nova língua são responsáveis
pela maior ou menor facilidade na identificação da sua origem.
Borracho:
1. Pombo novo.
2. Odre feito de pele de cabrito para transporte de vinho.
3. Homem embriagado.
4. Rapaz ou rapariga bonita.
11
3. Conclusão
As palavras que compõem o léxico da língua são formadas principalmente por dois processos
morfológicos: Derivação (prefixal, sufixal, parassintética, regressiva e imprópria) e
Composição (justaposição e aglutinação).
Referências Bibliográficas
BECHARA. E. (2009). Moderna gramática portuguesa. 37 ed. rev. ampl. Rio de Janeiro:
Nova Fronteira.
CAMARA JR. J. M. (1976). História e estrutura da língua portuguesa. 2 ed. Rio de Janeiro:
Padrão.