IA Manutenção Baseado em Condição
IA Manutenção Baseado em Condição
IA Manutenção Baseado em Condição
FACULDADE DE TECNOLOGIA
UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA
UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA
FACULDADE DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA
APROVADA POR:
_________________________________________________
Prof. Alberto José Álvares, Dr. Eng. (ENM-UnB)
(Orientador)
_________________________________________________
Prof. Carlos Humberto Llanos Quintero, Dr. Eng. (ENM-UnB)
(Examinador Interno)
_________________________________________________
Prof. Jonny Carlos da Silva, Dr. Eng. (UFSC)
(Examinador Externo)
ii
FICHA CATALOGRÁFICA
SIMEÓN, EDGAR JHONNY AMAYA
Aplicação de Técnicas de Inteligência Artificial no Desenvolvimento de um Sistema de
Manutenção Baseada em Condição [Distrito Federal] 2008.
xx, 172p., 210 x 297 mm (ENC/FT/UnB, Mestre, Sistemas Mecatrônicos, 2008).
Dissertação de Mestrado – Universidade de Brasília. Faculdade de Tecnologia.
Departamento de Engenharia Mecânica.
1. Manutenção Baseada em Condição 2. Sistemas Especialistas
3. Fuzzy ARTMAP 4. Diagnóstico de Falhas
5. Foundation Fieldbus 6. OSA-CBM
I. ENM/FT/UnB II. Título (série)
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
AMAYA, E. J. (2008). Aplicação de Técnicas de Inteligência Artificial no
Desenvolvimento de um Sistema de Manutenção Baseada em Condição. Dissertação de
Mestrado em Sistemas Mecatrônicos, Publicação ENM.DM-21A/08, Departamento de
Engenharia Mecânica, Universidade de Brasília, Brasília, DF, 172p.
CESSÃO DE DIREITOS
AUTOR: Edgar Jhonny Amaya Simeón.
TÍTULO: Aplicação de Técnicas de Inteligência Artificial no Desenvolvimento de um
Sistema de Manutenção Baseada em Condição.
GRAU: Mestre ANO: 2008
____________________________
Edgar Jhonny Amaya Simeón
SCLN 407 BLOCO C SALA 221
70.855-530 Brasília - DF - Brasil.
iii
DEDICATÓRIA
iv
AGRADECIMENTOS
Agradeço
A Deus, pela sua luz, paz e amor que me proporciona todos os dias, mesmo nos momentos
mais difíceis, nunca me abandonou cuidando dos menores detalhes em minha existência;
À minha família, que mesmo estando longe, sempre torceu muito por mim;
Ao meu orientador, Prof. Dr. Eng. Alberto José Álvares, pelos conhecimentos
transmitidos, competência, orientação e apoio;
Aos meus colegas do Laboratório, Claudia, Ana Maria, Yesid, Rodrigo, Diego, Alvaro,
Jones, Magno, Andre, Luição, Victor Celestino, Carlos Frederico, etc.;
Aos meus amigos de juerga Juan Carlos, Max, Eber, Faura, Martin e Dudu;
E a todos os amigos e colegas que me apoiaram em mais esta conquista da minha vida.
v
RESUMO
vi
RESUMEN
vii
ABSTRACT
viii
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 1
1.1 OBJETIVOS.......................................................................................................... 3
1.1.1 Objetivos Gerais .......................................................................................................................... 3
1.1.2 Objetivos Específicos .................................................................................................................. 4
1.2 FORMULAÇÃO DO PROBLEMA .................................................................... 4
1.3 ESTRUTURA DO DOCUMENTO ..................................................................... 5
ix
3.2.3 Regras de produção. .................................................................................................................. 42
3.3 REDES NEURAIS ARTIFICIAIS .................................................................... 43
3.4 LÓGICA NEBULOSA ....................................................................................... 45
3.5 MODELO HÍBRIDO ......................................................................................... 47
3.5.1 Arquitetura FAM ....................................................................................................................... 48
3.5.2 Treinamento da FAM. ............................................................................................................... 52
3.5.3 Pseudocódigo para treinamento da FAM................................................................................... 54
3.5.4 Desempenho da FAM ................................................................................................................ 55
3.6 INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL APLICADA À MBC ................................... 57
3.7 CONCLUSÕES DO CAPÍTULO ...................................................................... 58
x
5.3.2 Casos de uso da ferramenta de C&M ........................................................................................ 85
5.3.2.1 Iniciação da Ferramenta C&M.......................................................................................... 86
5.3.2.2 Monitoramento de sinótico ............................................................................................... 86
5.3.2.3 Atualização de sinótico ..................................................................................................... 86
5.3.2.4 Inspeção de variáveis ........................................................................................................ 87
5.3.2.5 Inspeção de variáveis online ............................................................................................. 88
5.3.2.6 Inspeção de variáveis históricas ........................................................................................ 89
5.3.2.7 Shutdown da ferramenta C&M ......................................................................................... 89
xi
8.3.1 Servidor ................................................................................................................................... 120
8.3.2 Cliente ..................................................................................................................................... 121
8.4 SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS .......................................... 121
8.4.1 Implementação de algoritmos de prognóstico ......................................................................... 122
8.4.2 Ampliação da base de conhecimento. ...................................................................................... 122
8.4.3 Integração dos modelos de referência OSA-CBM e OSA-EAI ............................................... 122
xii
E.1 SIMPREBAL SERVER ....................................................................................... 160
E.2 SIMPREBAL CLIENT........................................................................................ 160
E.2.1 Home ............................................................................................................................................ 162
E.2.2 Sistema ......................................................................................................................................... 163
E.2.3 Históricos ..................................................................................................................................... 163
E.2.4 KPIs.............................................................................................................................................. 165
E.2.5 Produtos gerados .......................................................................................................................... 166
E.2.6 Colaboradores .............................................................................................................................. 167
E.2.7 Editar Cadastro ............................................................................................................................. 167
E.2.8 Sinótico SIMPREBAL (cliente Applet) ....................................................................................... 168
E.2.9 Inspeção De Variáveis.................................................................................................................. 169
E.2.10 Visualizar gráfico em tempo real ............................................................................................... 171
E.2.11 Visualizar gráfico histórico ........................................................................................................ 172
xiii
LISTA DE TABELAS
TABELA 6.6- MODELO DE REGRAS PARA DIAGNÓSTICO DA INSTRUMENTAÇÃO FIELDBUS. .... 99
TABELA 6.7- MODELO DE REGRAS PARA DIAGNÓSTICO DA MONITORAÇÃO DE CONDIÇÃO.... 99
TABELA 6.8- MODELO DE REGRAS PARA TOMADA DE DECISÃO. ......................................... 100
TABELA 7.1- TAGS ASSOCIADAS AO SUBSISTEMA GERADOR ELÉTRICO PRINCIPAL.............. 107
TABELA 7.2- TAGS ASSOCIADAS AO SUBSISTEMA RESFRIAMENTO DO GERADOR. ............... 108
TABELA 7.3- TAGS ASSOCIADAS AO SUBSISTEMA REGULAÇÃO DE TENSÃO. ....................... 108
TABELA A.1- MODELOS E INFORMAÇÃO PARA IMPLEMENTAÇÃO DE SISTEMAS DE
PROGNÓSTICOS (ROEMER ET AL. 2005, MODIFICADO). ................................................ 138
TABELA C.1- RELAÇÃO ENTRE O QUALITY E VALORES QUALITY E SUBQUALITY. ................... 152
TABELA C.2- VALORES DE SUBSTATUS E QUALITY NO ITEM STATUS (AMAYA ET AL., 2007C).
................................................................................................................................... 153
TABELA D.1- FORMULÁRIO PADRONIZADO DE ANÁLISE FMEA. ........................................ 154
TABELA D.2- SIGNIFICADO DOS ÍNDICES DE SEGURANÇA E/OU MEIO AMBIENTE. ................ 155
TABELA D.3- SIGNIFICADO DOS ÍNDICES DE PERDA DE FATURAMENTO. ............................. 156
TABELA D.4- SIGNIFICADO DOS ÍNDICES DE CORTE DE CARGA. .......................................... 156
TABELA D.5- SIGNIFICADO DOS ÍNDICES DE SEVERIDADE................................................... 156
TABELA D.6- SIGNIFICADO DOS ÍNDICES DE OCORRÊNCIA DE FALHAS. ............................... 157
TABELA D.7- SIGNIFICADO DOS ÍNDICES DE DETECÇÃO...................................................... 157
TABELA D.8- CAMINHOS CRÍTICOS DA ÁRVORE DE FALHAS. .............................................. 158
TABELA D.9- COMPARAÇÃO ENTRE FTA E FMEA. ........................................................... 159
xiv
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 2.6- REDE FIELDBUS COMO UMA REDE LOCAL DE INSTRUMENTOS. .......................... 16
FIGURA 2.7- REDES FIELDBUS DE BAIXA E ALTA VELOCIDADE, H1 E HSE ............................ 17
FIGURA 2.8- ARQUITETURA DA INFORMAÇÃO NO CONTROLE DE PROCESSOS (OPC
FOUNDATION 1998, MODIFICADO) ................................................................................ 21
FIGURA 2.9- APLICAÇÕES COM VÁRIOS SERVIDORES OPC. .................................................. 22
FIGURA 2.10- RELAÇÃO ENTRE CLIENTES E SERVIDORES. .................................................... 23
FIGURA 2.11- ARQUITETURA OPC ....................................................................................... 24
FIGURA 2.12- ARQUITETURA GERAL DE UM SISTEMA DE PROGNÓSTICO (VACHTSEVANOS E
WANG 2001, MODIFICADO). ......................................................................................... 26
FIGURA 2.13- ELEMENTOS BÁSICOS DE DIAGNÓSTICO E PROGNÓSTICO PARA MANUTENÇÃO
BASEADA EM CONDIÇÃO, APRESENTADO POR (CHINNAM E BARUAH 2004, MODIFICADO).
..................................................................................................................................... 26
FIGURA 2.14- AS SETE CAMADAS FUNCIONAIS OSA-CBM (AMAYA ET AL., 2007C). ........... 27
FIGURA 2.15- FLUXO DE DADOS DAS CAMADAS OSA-CBM ................................................ 31
FIGURA 2.16- CAMADAS FUNCIONAIS OSA-CBM (LEBOLD E THURSTON 2001,
MODIFICADO)................................................................................................................ 32
FIGURA 2.17- AS TRÊS CAMADAS MBC (JARDINE ET AL. 2006, MODIFICADO). ..................... 32
FIGURA 2.18- CAMADAS OSA-CBM, DESTACANDO OS PADRÕES QUE PODEM SER USANDO NO
DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS DE MBC (BENGTSSON 2004A, MODIFICADO). ......... 34
xv
FIGURA 3.3- ESQUEMA DE INTERAÇÃO ENTRE O EC E O ESPECIALISTA NO DOMÍNIO DO
PROBLEMA (WATERMAN, 1986). .................................................................................. 41
FIGURA 3.4- MODELO DE NEURÔNIO ARTIFICIAL (AMAYA ET AL. 2007B, MODIFICADO) ....... 43
FIGURA 3.5- REDE NEURAL ARTIFICIAL MULTICAMADA ....................................................... 44
FIGURA 3.6- MODELO ART ESQUEMATIZADO ...................................................................... 44
FIGURA 3.7- PROCESSO DE FUZIFICAÇÃO DA VARIÁVEL TEMPERATURA ............................... 46
FIGURA 3.8- MODELO FAM (CARPENTER ET AL., 1992, MODIFICADO). ................................ 47
FIGURA 3.9- ARQUITETURA FAM SIMPLIFICADA. ................................................................ 49
FIGURA 4.1- TÉCNICAS DE IA USADA NAS CAMADAS OSA-CBM......................................... 61
FIGURA 4.2- FAIXAS DE OPERAÇÃO DE UM EQUIPAMENTO. ................................................... 63
FIGURA 4.3- DIAGRAMA A0 DO SISTEMA INTELIGENTE DE MBC.......................................... 66
FIGURA 4.4- DIAGRAMA FILHO DA FUNÇÃO A0. ................................................................... 68
FIGURA 4.5- DIAGRAMA FILHO DA FUNÇÃO A1. ................................................................... 69
FIGURA 4.6- DIAGRAMA FILHO DA FUNÇÃO A15. ................................................................. 71
FIGURA 4.7- DIAGRAMA FILHO DA FUNÇÃO A2. ................................................................... 72
FIGURA 4.8- DIAGRAMA FILHO DA FUNÇÃO A21. ................................................................. 73
FIGURA 4.9- MODELAGEM DA INFORMAÇÃO DO ARQUIVO DE CONFIGURAÇÃO ATRAVÉS DA
METODOLOGIA .............................................................................................................. 76
xvi
FIGURA 6.1- MODELO HIERÁRQUICO DE AUTOMAÇÃO DE BALBINA E SAMUEL (ÁLVARES,
2008). ........................................................................................................................... 90
FIGURA 6.2- INSTRUMENTOS E EQUIPAMENTOS. ................................................................... 92
FIGURA 6.3- REQUISITOS FÍSICOS DO SIMPREBAL. ............................................................ 93
FIGURA 6.4- REGRAS DE PRODUÇÃO. .................................................................................... 96
FIGURA 6.5- CLASSES DO I-KERNEL ................................................................................... 101
FIGURA 6.6- CLASSES DO CONFMONITTOOL. ....................................................................... 102
FIGURA 7.1- VISTA AÉREA DA USINA HIDRELÉTRICA DE BALBINA...................................... 104
FIGURA 7.2- VISTA SUPERIOR DOS 5 GERADORES. .............................................................. 105
FIGURA 7.3- ROTOR DO GERADOR ELÉTRICO. ..................................................................... 106
FIGURA 7.4- ESTATOR DO GERADOR ELÉTRICO. .................................................................. 106
FIGURA 7.5- HISTÓRICO DE ANOMALIAS OCORRIDAS. ........................................................ 109
FIGURA 7.6- ANOMALIAS DETECTADAS NOS SUBSISTEMAS DO GERADOR ELÉTRICO DAS
UGHS. ........................................................................................................................ 109
FIGURA 7.7- ANOMALIAS DETECTADAS NO SRG DAS CINCO UGHS. .................................. 110
FIGURA 7.8- ANOMALIAS DETECTADAS NO SRG02. ........................................................... 111
FIGURA 7.9- INSPEÇÃO DE VARIÁVEIS DOS SRG02 E SRG03............................................. 112
FIGURA 7.10- GRÁFICO DE TENDÊNCIAS DE VARIÁVEIS EM TEMPO REAL. ........................... 112
FIGURA 7.11- GRÁFICO DE TENDÊNCIAS DE VARIÁVEIS HISTÓRICAS. ................................. 113
FIGURA 7.12- GRÁFICO DAS VARIÁVEIS ASSOCIADAS ÀS ANOMALIAS DETECTADAS NO
SRG02. ...................................................................................................................... 113
FIGURA 7.13- ANOMALIAS DETECTADAS NO SRG03. ......................................................... 114
FIGURA 7.14- GRÁFICO DAS VARIÁVEIS ASSOCIADAS ÀS ANOMALIAS DETECTADAS NO
SRG03. ...................................................................................................................... 114
FIGURA 7.15- GRÁFICO DAS VARIÁVEIS ASSOCIADAS ÀS ANOMALIAS DETECTADAS NO
SRG02. ...................................................................................................................... 115
FIGURA 7.16- GRÁFICO DAS VARIÁVEIS ASSOCIADAS ÀS ANOMALIAS DETECTADAS NO
SRG02. ...................................................................................................................... 115
FIGURA 7.17- EMAIL RECEBIDO DO SIMPREBAL. ............................................................ 116
FIGURA 7.18- TELA PARA AVALIAÇÃO DAS TOMADAS DE DECISÃO. ................................... 117
FIGURA A.1-ABORDAGENS DE TÉCNICAS DE PROGNÓSTICO (BYINGTON ET AL. 2002,
MODIFICADO).............................................................................................................. 136
xvii
FIGURA A.3- PROGNÓSTICO BASEADO EM CARACTERÍSTICAS (ROEMER ET AL. 2005,
MODIFICADO).............................................................................................................. 139
FIGURA A.4- PROGNÓSTICO BASEADO EM DADOS (ROEMER ET AL. 2005, MODIFICADO). .. 140
FIGURA A.5- PROGNÓSTICO BASEADO EM MODELOS FÍSICOS (ROEMER ET AL. 2005,
MODIFICADO).............................................................................................................. 141
xviii
LISTA DE SÍMBOLOS, NOMENCLATURAS E ABREVIAÇÕES
xix
ISP – Interoperable System Project.
JDBC – Java Database Connectivity.
JESS – Java Expert System Shell.
JNI – Java Native Interface.
LAN – Local Area Network.
MBP – Manchester Bus-Powered.
MC – Manutenção Corretiva.
MCC – Manutenção Centrada em Confiabilidade.
MES – Manufacturing Execution Systems.
MIMOSA – Machinery Information Management Open Systems Alliance.
MP – Manutenção Preventiva.
MPd – Manutenção Preditiva.
MTBR – Mean Time Between Repairs.
MTTR – Mean Time To Repairs.
NPR – Número de Prioridade de Risco.
OLE – Object Linking and Embedding.
OMG – Object Management Group.
OPC – OLE for Process Control.
OS – Ordem de serviço.
OSA-EAI – Open System Architecture for Enterprise Application Integration.
OSA-CBM – Open System Architecture for Condition Based Maintenance.
PHP – Hypertext Preprocessor
RNA – Redes Neurais Artificiais.
RPC – Remote Procedure Call.
SCADA – Supervisory Control and Data Acquisition.
SE – Sistema Especialista.
SIMPREBAL – Sistema Inteligente de Manutenção Preditiva de Balbina.
SOAP – Simple Object Access Protocol.
SRG – Subsistema de Resfriamento do Gerador.
TCP/IP – Transmission Control Protocol / Internet Protocol.
TELNET – TELecommunication NETwork.
TPM – Total Productive Maintenance.
UGH – Unidade Geradora Hidráulica.
UML – Unified Modeling Language.
xx
1 INTRODUÇÃO
_____________________________
1
Falha é definida por Britto (2006) como a inabilidade de um sistema físico em realizar uma
função no nível de desempenho e é identificada em geral, pela negação da função ou parte dela.
Pode se dividir em dois tipos: (a) Evidente: constitui na perda da função que será percebida cedo ou
tarde pelo usuário e (b) Oculta: se refere à perda da função que só será percebida se outra falha
funcional ocorrer primeiro.
1
Dever-se-ia optar por outras estratégias de manutenção como a manutenção preventiva,
que segundo Sim e Endrenyi (1988) é definida como: “uma atividade empreendida
regularmente a intervalos de tempo definidos enquanto o dispositivo está operando
satisfatoriamente, para reduzir ou eliminar a deterioração acumulada”. Geralmente existem
dois tipos de manutenção preventiva, baseados em condição e baseados no tempo (Legat et
al., 1996).
Para nós, parece, freqüentemente que as máquinas falham de repente, mas na realidade as
máquinas normalmente passam por um processo mensurável de degradação antes de
falharem. Essa degradação é invisível para os operadores, embora muitas tecnologias
tenham sido desenvolvidas para fazer tais informações visíveis.
_____________________________
1
Defeito, corresponde a um evento em evolução, caracterizado por um desvio de uma condição
assumida inicialmente como normal para item sob avaliação, para o instante de tempo considerado
na análise (Dupont, 2003).
2
As variáveis devem ser acompanhadas temporalmente para análises de tendência e
comparação com o desempenho esperado. Além da coleta e armazenamento de dados,
exige-se um modelo amplo e hierarquizado do sistema analisado que represente os
componentes e subsistemas da planta em termos de relevância e relação funcional entre si.
Na prática, os defeitos e falhas podem até serem detectados pelos próprios subsistemas
computacionais ou microeletrônicos instalados nos equipamentos diretamente pelo
fabricante, conectados a alguma ferramenta centralizadora de dados e informações (e.g.,
sistema supervisório SCADA (Supervisory Control and Data Acquisition), CLP
(Controlador Lógico Programável)). No entanto, geralmente é necessária a intervenção de
um operador experiente ou especialista para interpretar os sinais de alerta ou alarmes
emitidos por essas ferramentas em relação ao equipamento como um todo, a fim de tomar
as ações necessárias em resposta a uma determinada situação de falha iminente ou pane.
1.1 OBJETIVOS
_____________________________
1
Os sistemas inteligentes híbridos são obtidos da combinação de duas ou mais técnicas de
inteligência artificial, de maneira que superam as limitações das técnicas individuais.
3
Implementação computacional de um sistema inteligente de manutenção preditiva de
Balbina (SIMPREBAL) usando sistemas especialistas com o intuito de auxiliar às equipes
de operação e manutenção na tomada de decisão.
5
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA: MANUTENÇÃO BASEADA EM
CONDIÇÃO
2.1 INTRODUÇÃO
6
produtividade (Kardec e Nascif, 1999). Nesse cenário, surgiu a idéia de que as falhas
poderiam e deveriam ser prevenidas, o que resultou no conceito da manutenção preventiva
(MP), caracterizada pela substituição sistemática de itens com base em intervalos ou ciclos
predeterminados (Lucatelli, 1998).
Ainda na década de 1970, a adoção da sistemática just in time tornou-se uma tendência
mundial, trazendo a idéia de que mesmo pequenas pausas de produção poderiam
comprometer o atendimento da demanda em razão dos baixos estoques mantidos (Kardec e
Nascif, 1999). Outros fatos que contribuíram para tal evolução foram o fenômeno da
automação das indústrias e o advento da informática, tornando-as extremamente
complexas e, por conseqüência, transformando a confiabilidade e a disponibilidade dos
equipamentos em pontos-chave em setores tão distintos como o são a saúde, as
telecomunicações e o gerenciamento de edificações (Kardec e Nascif, 1999).
A Figura 2.1 ilustra graficamente a evolução das três gerações da manutenção e permite
verificar o aumento na demanda pelos sistemas de manutenção com relação às exigências
organizacionais. Substituiu-se o antigo conceito de substituição após avaria por um
conjunto de requisitos que incluem desde a disponibilidade e confiabilidade das máquinas
ao cuidado com o impacto no meio-ambiente.
7
segunda geração as falhas ocorridas na instalação de um equipamento levaram a crença
generalizada da segunda geração na curva “da banheira”. Entretanto, a pesquisa da terceira
geração revelou que não apenas um ou dois, porém seis padrões de falha ocorrem
realmente na prática.
Na Figura 2.3 ilustra-se o impacto das demandas nas políticas de manutenção. Nota-se que
na terceira geração inclui monitoração de condições, análise de risco, emprego intensivo da
tecnologia da informação e de profissionais versáteis, todos os fatores de impacto ao
emprego de conhecimento intensivo.
8
Figura 2.3- Mudança das técnicas de manutenção (Moubray, 1997).
Além dessas três gerações, Dunn (1998) considera uma quarta geração da manutenção,
caracterizada por uma visão mais holística dos recursos, ainda baseada nas três gerações
anteriores, a quarta geração integra todas as ferramentas de projeto e de manutenção,
preconizando os seguintes aspectos (Dunn, 1998): (a) uma abordagem formal para a taxa
de risco, particularmente em níveis mais altos da organização, a qual trata dos projetos de
equipamentos e estratégias de manutenção; (b) princípios da MCC (Manutenção Centrada
em Confiabilidade) e Manutenção Produtiva Total (TPM – Total Productive Maintenance)
enfocando uma maior integração entre as exigências funcionais, projeto dos equipamentos
e da manutenção; (c) fatores humanos, aplicados à operação e à manutenção do
equipamento; (d) maior uso de tecnologias de informação para detectar, predizer e
diagnosticar as falhas dos equipamentos.
9
O termo manutenção é definido pelo padrão SS-EN-13306 (2001) como: "combinação de
toda técnica, administrativa, e ações gerenciais durante o ciclo de vida de um item cujo
objetivo é manter, restaurar, o estado na qual possa executar uma função requerida"
(Bengtsson, 2004b). No Brasil a ABNT no padrão NBR-5462 (1994) define manutenção
como “a combinação de todas as ações técnicas e administrativas, incluindo as de
supervisão, destinadas a manter ou recolocar um item em um estado no qual possa
desempenhar uma função requerida”.
O termo “recolocar” tem uma conotação de “correção” a uma perda de função e o termo
item como “qualquer parte, conjunto, dispositivo, subsistema, unidade funcional,
equipamento ou sistema que possa ser considerado individualmente”. Com foco na
definição de "manter ou recolocar" é claro que existe dois tipos (estratégias) principais na
execução da manutenção mostrados na Figura 2.4. O primeiro é a abordagem preventiva,
que é a manutenção efetuada em intervalos predeterminados, ou de acordo com critérios
prescritos, destinada a reduzir a probabilidade de falha ou a degradação do funcionamento
de um item (NBR-5462, 1994). A segunda, a abordagem corretiva, que é a manutenção
efetuada após a ocorrência de uma falha de modo a recolocar um item em condições de
executar uma função requerida (NBR-5462, 1994).
A globalização instalada nos mercados torna mais acirrada a concorrência, que passa a
exigir das empresas um desempenho qualitativo técnico de classe mundial. O aumento
substancial dos custos de manutenção e o desenvolvimento de equipamentos cada vez mais
complexos têm induzido a opção por outras estratégias e tecnologias na área da
manutenção. Sujeita a estas circunstâncias, da manutenção baseada em sensoriamento e
10
avaliação do estado atual do sistema surge uma apropriada e eficiente ferramenta para
diminuir o tempo de parada devido à falha da máquina (NSF, 2008). Segundo Bengtsson
(2003), com um sistema de MBC bem implementado, uma companhia na Suíça pôde
economizar até 20% dos gastos em manutenção, melhoramento da qualidade, e diminuição
do estoque de peças sobressalentes, etc.
11
O software desenvolvido neste trabalho enquadra-se dentro dos softwares de apoio, porque
é uma aplicação que não é especifica de um equipamento nem depende do fabricante, o
único requisito é ter disponível os dados da instrumentação através de um servidor OPC.
Este software não chegar ainda ser de gestão porque não integra informações das várias
áreas de empresa. O software é uma ferramenta de apoio que sugere ações de manutenção,
dependera do operador adotar ou não as sugestões.
Os softwares CMMS mais comumente usados são: MÁXIMO (18%), SAP (13%), MP2
(13%) e o WOMANS (5,3%). O MP2 é o mais extensivamente usado em pequenas plantas,
enquanto o SAP é largamente usado em grandes plantas (Alkaim, 2003). Além destes
softwares, outros fabricantes desenvolveram sistemas baseados nas informações sobre a
condição dos equipamentos. A Smar usando a tecnologia FF (Foundation Fieldbus) tornou
possível através do sistema AssetView, acessar funções novas e valiosas, tais como
diagnósticos e estatísticas de operação, identificação de equipamento, e histórico de
calibração armazenados no próprio equipamento (Smar, 2008).
Em 2001 a ABB trouxe o protocolo de comunicação FF, tecnologia que pode reduzir em
até cinco vezes gastos de manutenção em empresas de processo, o protocolo incorpora
módulo de manutenção preditiva (Optimize-IT) e possibilita a integração do sistema de
12
supervisão industrial a um sistema corporativo tipo ERP (Enterprise Resource Planning)
(ABB, 2008). Na Tabela 2.1 apresentam-se alguns softwares especializados de gerência de
manutenção mais difundidos.
A MBC (Manutenção Baseada em Condição) é uma estratégia que utiliza algumas técnicas
de monitoramento das condições operativas de uma máquina, seus sistemas e componentes
sem necessidades de indisponibilizar o equipamento. A análise destas condições
determinará quando uma intervenção será realizada podendo ou não indisponibilizar a
máquina (Pinto, 2003). Butcher (2000) define a MBC como: “ações de avaliação das
condições de um equipamento baseadas em tempo real ou quase em tempo real, a qual é
obtida de sensores embutidos, provas externas e medidas feitas por equipamentos
portáteis”.
Manutenção preditiva (MPd) é definida por Bengtsson (2004b) e pelo padrão SS-EN
13306:2001, como: "Manutenção baseada em condição executada seguindo a previsão das
13
análises e avaliação dos parâmetros de degradação significantes do componente". Para a
NBR-5462 (1994) a manutenção Preditiva é a manutenção que permite garantir uma
qualidade de serviço desejada, com base na aplicação sistemática de técnicas de análise,
utilizando-se de meios de supervisão centralizados ou de amostragens, para reduzir ao
mínimo a manutenção preventiva e diminuir a manutenção corretiva. Manutenção
desempenhada com base no acompanhamento ou monitoramento de determinados
parâmetros do equipamento (vibração, temperatura, ruído). Os métodos e técnicas de como
decidir a abordagem de manutenção mais apropriada e utilizar ou não manutenção baseada
em condição são discutidos por Al-Najjar e Alsyouf (2003) e Starr (1997).
2.4.1 Fieldbus
15
direcional, para a comunicação entre dispositivos de campo, como sensores, atuadores,
reguladores, controladores e interfaces homem máquina (HMI –Human Machine Interface)
em uma planta automatizada, permitem a implementação estratégias de controle
distribuído, e são considerados como sofisticados, compactos e um método de
comunicação digital avançada que minimiza o custo de cabeamento.
16
O incremento do uso dos sistemas fieldbus permite o intercâmbio de dados usando
sistemas de comunicação moderna. As redes de área local (LAN - Local Area Networks),
na maioria dos casos baseadas em ethernet e TCP/IP (Transmission Control Protocol /
Internet Protocol), são usadas para interconectar diferentes sistemas fieldbus, além disto, o
mapeamento dos componentes à LAN (Wolischlaeger et al., 2004). A rede FF é uma rede
digital cuja padronização levou mais de dez anos para ser concluída. A FF usa a IEC/ISA-
S50.02-1992 como padrão (Fieldbuses, 2008).
Segundo Mahalik e Yen (2008), existem duas redes FF, uma de baixa velocidade
concebida para interligação de instrumentos (H1 – 31.25 kbps) em dois fios chegando até
1.9km e outra de alta velocidade utilizada para integração das demais redes e para a ligação
de dispositivos de alta velocidade como CLPs (HSE (Hight Speed Ethernet) - 100 Mpbs).
A interface entre estas duas redes é feita através de um dispositivo de enlace ou DFI
(Interface fieldbus Distribuída). O DFI é o elemento chave de interface em um sistema de
controle de campo, combinando recursos de comunicação, com acesso direto a entradas e
saídas e controle avançado para aplicações contínuas e discretas. O DFI funciona como
bridge H1-H1, H1-HSE ou H1-HSE-H1, e também como mestre dos barramentos H1,
gerenciando a comunicação em cada canal. Estas duas redes H1 e HSE são mostradas na
Figura 2.7.
17
Ao contrário dos protocolos de rede proprietários, o fieldbus não pertence a nenhuma
empresa, organismo ou nação. A tecnologia é controlada pela FF que é uma organização
não lucrativa que consiste em mais de 140 dos principais fornecedores e usuários de
controle e instrumentação do mundo (Mahalik, 2003). A FF mantém muitas das
características operacionais do sistema analógico 4-20 mA, tais como uma interface física
padronizada da fiação, os dispositivos alimentados por um único par de fios e as opções de
segurança intrínseca, mas oferece uma série de benefícios adicionais aos usuários.
Segundo Mahalik (2003), a FF foi estabelecida em 1994 pela fusão de WorldFIP e ISP
(Interoperable System Project), caracterizando-se por ser um protocolo totalmente digital,
serial, sistema de comunicação bidirecional para interconectar instrumentação de
fabrica/planta e dispositivos de controle. Segundo Mahalik (2003), a especificação desta
rede de campo é compatível com os padrões SP50 de instrumentação, ISA
(Instrumentation, System and Automation Society) e a IEC. Isto permite uma distribuição
confiável do controle nos dispositivos de campo através do uso de módulos softwares
chamados blocos de funções (FBs – Function Blocks).
18
Cada bloco de função processa dados de entrada de acordo com um algoritmo específico e
um conjunto interno de parâmetros de controle, produzindo dados de saída. Exemplos de
blocos de funções são: entrada analógica (AI-Analog Input), saída analógica (AO – Analog
Output), entrada digital (DI – Digital Input), controle PID (Proporcional Integral
derivativo), etc. Os quais podem ser executados nos dispositivos de campo como sensores
e atuadores. A especificação do meio físico é definida pelos padrões IEC1158-2,
Manchester Bus-Powered (MBP), que adota protocolos como FF, Profibus-PA, e
WorldFIP. A especificação da camada física é apropriada para aplicações de segurança
intrínseca, o qual é comum nas indústrias de processo (Hüsemann e Pereira, 2007).
Nas comunicações entre dois programas numa rede, os programadores podem escolher a
tecnologia de um software para conectar duas aplicações diferentes e separadas e usá-los
para facilitar a interação entre essas duas aplicações através de uma rede, então o uso deste
tipo de tecnologia leva a uma rápida e abstrata solução para aplicações cliente-servidor
(Lebold et al., 2003).
19
dois programas através da rede, ainda se eles estiverem escritos em diferentes linguagens
de programação (Chappel, 2000).
A tecnologia OLE 1.0 foi desenvolvida pela Microsoft em meados de 1990, para suprir a
necessidade de se integrar diferentes aplicações dentro da plataforma Windows, de forma a
solucionar os problemas de desempenho e confiabilidade do até então utilizado padrão
DDE (Fonseca, 2002). Foram introduzidos dois conceitos: Linking cria vínculos ou
referências aos objetos, armazenando no documento principal apenas os dados realmente
necessários para exibir, imprimir, etc. Embedding incorpora os dados dos objetos ao
documento principal. Neste contexto, surgiram os conceitos de objeto vinculado e de
objeto incorporado: Objeto Vinculado são informações (objetos) criadas em um arquivo
(arquivo origem) e inseridas em outro arquivo (arquivo destino).
Embora o objeto vinculado não se torne parte do arquivo de destino, existe um vínculo,
uma conexão entre os dois arquivos de forma que o objeto vinculado no arquivo de destino
seja automaticamente atualizado quando o arquivo de origem é atualizado. Objeto
incorporado consiste de informações inseridas em um arquivo de destino, ao ser
incorporado, o objeto se torna parte do arquivo (Duarte et al.,2006). Ao clicar duas vezes
no objeto incorporado, ele é aberto no programa de origem em que foi criado. Qualquer
alteração feita no objeto incorporado se refletirá no arquivo de destino. Outro conceito
importante na tecnologia OLE é o conceito de Cliente Servidor, cliente é uma aplicação
que solicita os dados e servidor é uma aplicação que disponibiliza os dados.
20
Segundo Duarte et al. (2006), houve muitas melhorias na tecnologia OLE 2.0, a mais
importante é a Automação OLE, pois permite que uma aplicação seja controlada por outra
aplicação. A tecnologia OLE é montada sobre a tecnologia COM que define um modo
padronizado para a comunicação dos módulos cliente e servidor por meio de uma interface
específica. Um módulo indica um aplicativo ou uma biblioteca (uma DLL – Dynamic Link
Libraries). Os dois módulos podem ser executados no mesmo computador ou em máquinas
diferentes conectadas através de uma rede.
Segundo Anwar et al. (2004), a motivação para o desenvolvimento de OPC (OLE for
Process Control) foi ter um padrão para comunicação de várias fontes de dados,
dispositivos de campo, ou banco de dados na sala de controle. A arquitetura dessas fontes
de dados na indústria de processo é mostrada na Figura 2.8 e envolve três níveis:
21
de campo. Estas informações são adquiridas a partir dos dispositivos, parâmetros de
configuração, materiais de construção, etc. Toda a informação tem que ser
apresentada ao usuário de uma maneira consistente,
2. Gerência de Processo: com a instalação de DCS e sistemas SCADA para monitorar
e controlar os processos de manufatura, disponibilizando eletronicamente os dados.
3. Gerência de Negócio: muitos benefícios podem ser ganhos com a instalação de
sistemas integrados de informação dentro do sistema empresarial, administrando
aspectos financeiros do processo de manufatura.
O OPC é construído usando tecnologia Microsoft OLE/COM, mas a especificação OPC foi
desenvolvida por uma fundação aberta, a OPC Foundation, para atender as necessidades
gerais da indústria e não as necessidades específicas de alguns fabricantes de hardware e
software (OPC Foundation, 1998). A especificação ainda prevê a evolução das
22
funcionalidades ao longo do tempo e por isso, os componentes OPC podem se manter no
topo das necessidades emergentes da indústria.
O padrão OPC estabelece as regras para que sejam desenvolvidos sistemas com interfaces
padrões para comunicação dos dispositivos de campo (controladores, sensores, atuadores,
etc.) com sistemas de monitoração, supervisão e gerenciamento SCADA, MES
(Manufacturing Execution Systems), ERP, etc.
Os três componentes básicos da arquitetura OPC apresentados na Figura 2.11 são: servidor,
grupo e item. Do ponto de vista do cliente, um servidor é essencialmente uma estrutura de
armazenagem para grupos que, por sua vez, têm como função básica o armazenamento de
itens. Esses itens, elementos mais simples na especificação, representam conexões a pontos
de entrada ou saída. Assim, o item OPC não é um valor, mas apenas um meio de acesso a
um valor. Desta forma, uma única variável de entrada ou saída pode ser representada por
itens diferentes, com propriedades distintas e compartilhada por mais de um cliente. A
23
tarefa dos grupos é juntar o conjunto de itens que interessam a um determinado cliente,
assumindo o papel principal na interação cliente-servidor.
Os grupos também são responsáveis por satisfazer pedidos de leitura e escrita, bem como
por enviar atualizações para seus clientes, periodicamente ou por exceção. Essas transações
de atualização podem ser ativadas ou desativadas no grupo ou nos itens individuais. Os
grupos presentes em um servidor OPC são normalmente definidos pelos clientes, e
somente o cliente criador do grupo pode acessá-lo; tal tipo de grupo é dito privado. Em
alguns casos, porém, pode ser interessante que o servidor ofereça grupos passíveis de
serem compartilhados por vários clientes. Quando essa capacidade é desejada, implementa-
se a funcionalidade opcional dos grupos públicos.
O item é uma estrutura a qual estão associadas três propriedades (Fonseca, 2002):
1. Value, último valor armazenado pelo servidor no cachê de memória do item e que é
atualizado sempre que o servidor faz uma leitura no dispositivo,
2. Quality: informação de estado que define a qualidade do dado que pode ser: Good,
dado válido, Bad, perda do link de comunicação com o dispositivo de campo, e
Uncertain, no caso de existir o link e o dispositivo de campo estiver fora de
comunicação.
24
3. Time Stamp, data e hora em que o item é adquirido.
A instrumentação fieldbus foi escolhida porque é aquilo que esta instalada na usina
hidrelétrica, mas a metodologia proposta pode ser aplicada com outro tipo de
instrumentação desde que eles disponibilizaram seus dados via servidor OPC existindo
para isso softwares que convertem os outros tipos de dados armazenados em dados OPC.
25
ver Figura 2.12. O diagnosticador avalia a condição real de um componente através da
medição em tempo real de um sensor, o propósito é chegar à conclusão da existência de
uma condição de falha iminente ou incipiente. O prognosticador que tem entradas do
diagnosticador decide a necessidade de manter um componente, baseado no histórico de
taxa de falha, modelos de falha apropriadas, e programas de manutenção.
26
prognósticos mais efetivos, bons e baratos. Na Figura 2.13 são apresentados os elementos
básicos desta arquitetura para um sistema de MBC.
Outras arquiteturas são, a Watchdog Agent tool kit apresentada por Djurdjanovica et al.
(2003) e Lee et al. (2006), que consiste em ferramentas e algoritmos para avaliação e
27
predição do desempenho de máquinas. Szymanski et al. (2003) e Bangemann et al. (2006)
apresentaram um plataforma genérica para manutenção eletrônica (e-maintenance),
chamada PROTEUS, para integração dos programas de manutenção existentes. Um projeto
de integração é o chamado PROMISE (PROduct lifecycle Management and Information
tracking using Smart Embedded systems)
2.6 OSA-CBM
28
baseada em condição, descrevendo as sete camadas funcionais dos sistemas de manutenção
baseada em condição, como também as interfaces entre essas camadas. O padrão provê a
forma para integrar componentes de diferentes fabricantes e facilita o processo
especificando as entradas e saídas entre os componentes (Walter, 2006).
A OSA-CBM é definida por MIMOSA (2008) como: “Uma arquitetura padrão para
movimento de informação em um sistema de manutenção baseada em condição. Além de
reduzir custos, melhora a interoperabilidade, aumenta a competência, acrescenta mudanças
no desenho, e oferece cooperação adicional no domínio da manutenção baseada em
condição”. Segundo Swearingen et al. (2007), o padrão OSA-CBM v3.1 é definido usando
UML (Unified Modeling Language) e é desenhado como uma implementação multi-
tecnológica, que separa a informação que é trocada num sistema de manutenção baseada
em condição, das interfaces técnicas dos sistemas integrados, usados para transmitir
informação; é assim que os vendedores e integradores podem implementar o padrão
usando a tecnologia apropriada para o ambiente.
Segundo Lebold e Thurston (2001), a OSA-CBM foi desenvolvida em 2001 por um grupo
líder industrial fundado parcialmente pela Marinha dos Estados Unidos através do
programa DUST (Dual Use Science and Technology), para desenvolver e demonstrar uma
arquitetura de sistema aberto para MBC. O grupo de participantes cobre uma gama
extensiva de aplicações industriais, comerciais, e militares da tecnologia de MBC: Boeing,
Caterpillar, Rockwell Automation, Rockwell Science Center, Newport News Shipbuilding,
e Oceana Sensor Technologies. Outros contribuintes do grupo incluem o Laboratório de
Pesquisa aplicada da Penn State University, e MIMOSA (Lebold e Thurston, 2001). O foco
do consórcio é o desenvolvimento e demonstração de uma arquitetura de software que
facilita interoperabilidade das camadas do software para MBC (Lebold e Thurston, 2001).
Segundo Walter (2006), o motivo para o desenvolvimento do padrão foi que a marinha dos
Estados Unidos gastava bilhões de dólares em manutenção a cada ano. A maioria dos
custos está na forma de mão-de-obra e parte dos custos vem de software e hardware
proprietário. A meta foi a padronização das especificações de intercâmbio de informação
dentro da comunidade de usuários de MBC podendo idealmente dirigir-se aos fornecedores
base de MBC para produzir componentes de software intercambiável.
29
2.6.1 Arquitetura OSA-CBM
Depois de avaliar as opções, a decisão tomada foi criar uma arquitetura de comunicação
cliente-servidor utilizando conceitos de projeto orientado a objetos. Na implementação,
pela falta de um consenso na escolha de uma única tecnologia, adotou-se a decisão de
desenvolver uma tecnologia neutra de uma especificação de projeto simples, que poderá
ser planejada e implementada utilizando qualquer das tecnologias existentes no mercado. O
primeiro passo na descrição do componente de software da arquitetura foi dividir o sistema
de MBC em camadas, um componente de software compatível, onde podem ser
implementadas as funções e interfaces definidas para uma ou mais camadas.
30
armazenamento, permitindo desenvolver as funcionalidades de cada camada
independentemente.
Segundo Lebold e Thurston (2001), uma vez definida a especificação do modelo OSA-
CBM para cada camada, as camadas podem ser construídos no sistema. A Figura 2.16
mostra como uma camada OSA interatua com as outras para completar o sistema
integrado. O centro do circulo representa o meio de comunicação entre as camadas, o que
pode ser conseguido usando o protocolo da internet TCP/IP ou HTTP (Hyper Text Transfer
Protocol), de modo que as camadas não precisam estar no mesmo computador podendo se
encontrar em qualquer local da rede mundial.
Segundo Lebold et al. (2003), o modelo OSA-CBM consiste em sete camadas. A noção de
uma arquitetura estendida em camadas é consistente com o conceito usado em Buschmann
et al. (1996) e Álvares et al. (2007). As camadas hierárquicas representam uma transição
lógica ou um fluxo de saída dos sensores para a camada de tomada de decisão, através das
camadas intermediárias. A camada apresentação é uma exceção dentro da arquitetura, pois
permite comunicação ponto-a-ponto entre esta camada e qualquer outra. Segundo Jardine
et al. (2006), a manutenção baseada em condição consiste em três passos principais:
aquisição de dados, processamento de dados e tomada de decisão de manutenção
mostrados na Figura 2.17.
31
Figura 2.16- Camadas funcionais OSA-CBM (Lebold e Thurston 2001, modificado).
______________________
1
Sensor inteligente, dispositivo capaz de prover funções além daquelas necessárias para gerar uma
correta representação da quantidade medida e/ou controlada (Especificação IEEE 1451.2).
32
3. Explicação, o dado ou referência a um dado usado por uma camada para produzir
uma saída.
Esta camada recebe dados e sinais da camada aquisição de dados e de outros sistemas de
processamento de sinal, a saída da camada processamento de sinal inclui digitalização e
filtragem dos dados do sensor, espectro de freqüência, sinais de sensores virtuais entre
outras. Segundo Bengtsson et al. (2004), os propósitos da camada processamento de sinal
são: (1) remover distorções e restabelecer o sinal à sua forma original, (2) remover dados
irrelevantes do sensor para diagnósticos ou prognósticos, e (3) transformar o sinal para
fazer as características relevantes mais explícitas.
33
será alcançado. Os limites dinâmicos são usados para monitorar a taxa de mudança do
parâmetro medido, se um procedimento de manutenção baseada em condição usa limites
de advertência dinâmicos, a taxa de mudança do parâmetro medido é considerada mais
importante que o valor atual (Tsang, 1995). A monitoração de condição deve ser capaz de
gerar alertas baseados nos limites operacionais estabelecidos.
Figura 2.18- Camadas OSA-CBM, destacando os padrões que podem ser usando no
desenvolvimento de sistemas de MBC (Bengtsson 2004a, modificado).
2.6.1.5 Prognósticos
34
inteligência artificial, como redes neurais recorrentes (Yam et al., 2001) e redes neurais
wavelet dinâmicas (Vachtsevanos e Wang, 2001), etc.
Djurdjanovica et al. (2003) apresenta o sistema WatchDog Agent que implementa dezenas
de ferramentas e algoritmos de prognósticos, baseados em Transformada de Fourier,
Modelo Auto-regressivo, lógica nebulosa (fuzzy), redes neurais artificiais, entre outros.
Jardine et al. (2006) apresenta uma revisão extensa de diagnósticos e prognósticos dentro
da manutenção baseada em condição. Maiores detalhes sobre abordagens de algoritmos de
prognósticos podem ser obtidos no Apêndice A.
35
Figura 2.20- Entradas e saídas gerais da camada de prognóstico OSA-CBM (Lebold e
Thurston 2001, modificado).
2.6.1.7 Apresentação
36
A MBC é uma manutenção preventiva baseada no monitoramento das condições dos
equipamentos através do uso de sensores para avaliação dos parâmetros de degradação,
gerando diagnósticos e prognósticos de falhas iminentes.
Um sistema de MBC é usado para gerar diagnósticos em tempo real e através de uma
interface com o usuário mostrar sugestões de ações de manutenção.
37
3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA: TÉCNICAS INTELIGENTES
Este capítulo tem por objetivo a revisão e a apresentação das técnicas inteligentes de
representação de conhecimento e aprendizado utilizados no desenvolvimento de um
sistema de manutenção baseada em condição. Na primeira parte descreve-se a técnica de
sistemas especialistas, conceitos, arquitetura. Na segunda parte são apresentados os
principais conceitos sobre Redes Neurais Artificiais, lógica nebulosa e sistemas híbridos
Fuzzy ARTMAP e seus algoritmos utilizados na fase de treinamento e desempenho.
3.1 INTRODUÇÃO
Segundo Bittencourt (2001), duas linhas principais de pesquisa deram início à construção
de sistemas inteligentes: a linha conexionista e a linha simbólica. A linha conexionista visa
à modelagem da inteligência humana através da simulação de componentes do cérebro,
isto é, de seus neurônios, e de suas interligações, dando origem à área de redes neurais
artificiais. A construção de sistemas inteligentes do tipo simbólico originou-se com o
sucesso dos sistemas especialistas (SEs), a partir da década de setenta, estabelecendo a
manipulação simbólica de um grande número de fatos especializados sobre um domínio
restrito.
Os SEs são uma classe de sistemas de Inteligência Artificial desenvolvidos para servirem
como consultores na tomada de decisões que envolvam áreas restritas da Ciência,
normalmente apenas dominadas por especialistas humanos. São sistemas que utilizam o
conhecimento de um ou mais especialistas codificado em um programa que o aplica na
resolução de problemas (Abel, 1998).
38
Os tipos mais comuns de sistemas híbridos são o Neuro-Fuzzy, Fuzzy-Genético e Neuro-
Genético.
A evolução dos SE começa nos anos 60, com o desenvolvimento dos programas de
propósitos gerais GPS (General Problem Solver) programa criado por Newell e Simon
(Durkin, 1994). Apesar de alguns progressos, esta estratégia não correspondeu à
expectativa porque era muito difícil e infrutífero (Durkin, 1994). Nos anos 70, surgem os
programas de propósitos especiais, especialistas em alguma área restrita. Estes sistemas
possuem um corpo de conhecimentos de alto nível sobre um domínio limitado (Cunha,
1995). Nos anos 80, os SE foram desenvolvidos para aplicações nas áreas de finanças,
medicina, manutenção, etc. A Figura 3.1 mostra onde se encaixam os SE dentro do
contexto histórico das pesquisas em IA.
39
Segundo Reis e Pati (2000), nas primeiras fases, os SE foram desenvolvidos em
laboratórios de universidades. A maioria dos trabalhos foi feita sem nenhuma ferramenta
particular, desenvolvidos por engenheiros de conhecimento. Na Tabela 3.1 listam-se
alguns das ferramentas de software introduzidas nos Estados Unidos e reconstruídos no
Japão.
Tabela 3.1- Ferramentas de Software para SE (Reis e Pati, 2000).
Nome Desenvolvedor Hardware
Interlisp - DJ Xerox Xerox 1121
Super BRAINS Toyo Info. System IBM 3090
ESHELL Fujitsu FACOM S3500, FACOM - f
VM/Prolog IBM IBM 3081
MYEXPERT Toshiba UX - 700
HPGS Hitachi M-200H
EUREKA Hitachi HIDIC V90/50
ESHELL Fujitsu FM.PC
ES/Kernel Hitachi IBM Platform
40
entre o desenvolvedor do SE, chamado Engenheiro de Conhecimento (EC), e um ou mais
especialistas em um problema específico de uma área ou domínio de conhecimento.
Segundo Silva (1998), em geral, é preferível que o engenheiro de conhecimento não tenha
experiência no domínio no qual a aplicação de SE será desenvolvida e, do ponto de vista
prático, não é necessário que a possua. A interação entre o EC e o especialista é mostrada
na Figura 3.3.
41
O JESS é uma shell para SE desenvolvido completamente em Java por Ernest Friedman-
Hill da Sandia National Laboratories. A primeira versão do JESS foi em 1995. O JESS
originalmente foi o clone do CLIPS, mas atualmente tem muitas características diferençam
do CLIPS adquirido pela influência do Java. O JESS permite chamar a funções Java,
estendendo escrevendo códigos Java e embebendo o JESS em aplicações Java. Com o
JESS pode-se dar a um Applet Java e a outras aplicações, a habilidade de razoar.
O JESS usa um algoritmo especial chamado RETE para o casamento das regras com os
fatos, o RETE faz ao JESS mais rápido do que um simples conjunto de sentenças if...then
(Friedman-Hill, 2003). Os métodos de inferência do JESS são de dois tipos de
encadeamento (direto e reverso), porém duas estratégias de busca, de uso gratuito para
instituições de ensino. A construção do SE pode ser realizada através do prompt do JESS
ou editor de texto. O JESS versão 7.1 é usado neste trabalho para o desenvolvimento do
SE.
O JESS é utilizado em diversas aplicações, mas o uso do JESS com a tecnologia dos
Applets deixa o sistema muito pesado. Por isso quando a idéia é utilizar aplicações com
JESS via navegador, devemos considerar o uso do JESS do lado do servidor, como o que
ocorre no caso dos Servlets, dispensando o usuário de carregar grande parte do sistema
para sua máquina o que torna a interação com o sistema bastante lenta e entediante do
ponto de vista do usuário.
As regras de produção são do tipo: “Se CONDIÇÃO Então AÇÃO”, uma condição são
antecedentes como fatos ou objetos e uma ação são conseqüentes que resultam em novos
fatos ou objetos que darão seqüência ao encadeamento de regras. Em um SE baseado em
regras de produção, existem basicamente dois modos de raciocínio possíveis associados ao
42
motor de inferência: “encadeamento direto ou progressivo” e o “encadeamento reverso ou
regressivo”. No encadeamento direto, inicia-se com os dados disponíveis e usa o ciclo de
inferência para extrair mais dados até o objetivo ser alcançado. No encadeamento reverso,
inicia-se com a lista de objetivos ou hipóteses trabalhando em reverso desde o conseqüente
até o antecedente para verificar se existem dados disponíveis que suportarem qualquer das
conseqüências.
43
A partir do modelo de um neurônico artificial podem ser construídas as RNAs, que são
neurônios artificiais interconectados simulando a estrutura neural biológica. Diversas
topologias foram propostas para diferentes tipos de aplicação. Uma construção bastante
popular no domínio de reconhecimento de padrões é a rede multicamada, utilizando o
algoritmo de aprendizado backpropagation, que acabou virando sinônimo do nome da rede
em si. Este esquema é apresentado na Figura 3.5.
X1 Y1 Z1
X2 Y2 Z2
Xi Yj Zk
Figura 3.5- Rede neural artificial multicamada
Y1 Y2 Yj
X1 X2 X3 Xi
44
Uma outra família de topologias, as redes denominadas ART (Adaptative Resonance
Theory) (Carpenter e Grossberg, 1987), parecem resolver satisfatoriamente estes requisitos.
O modelo ART é apresentado na Figura 3.6, e consiste de um modelo de rede neural
recorrente (com realimentação). A camada de reconhecimento (Y) classifica a entrada,
resultando o neurônio com maior valor na função de ativação. Esta envia os resultados de
volta à camada de comparação (X), capaz de avaliar se a classificação escolhida
corresponde razoavelmente à entrada. Esta comparação resulta na classificação definitiva
ou na criação de um novo neurônio na camada de reconhecimento, para este novo
exemplo.
A teoria de Ressonância Adaptativa, ou ART, foi introduzida como uma teoria sobre o
processamento cognitivo de informações no cérebro humano. Essa teoria levou ao
desenvolvimento de uma série de modelos de redes neurais capazes de um aprendizado não
supervisionado para classificação de padrões em tempo real. Os modelos nessa família
compreendem: a rede ART1, que pode aprender a categorizar padrões de entrada binários
apresentados em ordem arbitrária; a rede ART2, que pode aprender a categorizar padrões
de entrada analógicos ou binários; e a rede ART3, que pode fazer uma busca paralela, ou
teste de hipóteses, em códigos com reconhecimento distribuído.
A Lógica Nebulosa (ou Lógica Fuzzy), baseada nos Conjuntos Nebulosos (Zadeh, 1965),
permite este tratamento baseado em valores qualitativos e não quantitativos, utilizando
variáveis lingüísticas e não numéricas, para representar o problema e as regras utilizadas
para resolvê-lo. Ainda que utilize estas etiquetas de linguagem, esta abordagem permite
tratar de maneira categórica algumas questões imprecisas ou mal definidas.
45
Figura 3.7. As soluções que se utilizam de Computação Nebulosa tipicamente são
modeladas através de conhecimento especialista sobre o problema, e este conhecimento é
representado e passado através de regras lingüísticas, do tipo: “SE x é A ENTÃO y é B”,
onde “x é A” é o antecedente e “y é B” é o conseqüente. Quando o antecedente ou o
conseqüente são asseverações lingüísticas, então esta regra é dita lingüística ou nebulosa.
Essa abordagem nos leva a um modelo computacional capaz de tratar, pelo menos em
parte, do comportamento mental, que, conforme visto na seção de memória e mente, pode
ser descrito em grande parte através da linguagem. Um modelo que fosse capaz de unir
estas características com as questões estruturais, dos neurônios artificiais, poderia se
parecer muito com o mecanismo de memória dos seres humanos.
46
3.5 MODELO HÍBRIDO
47
na saída. A rede Fuzzy-ARTMAP é uma generalização da rede binária ARTMAP. Ela é
capaz de um aprendizado supervisionado incremental, atualizando-se durante a operação
sem “esquecer” o que já aprendeu anteriormente. A rede Fuzzy-ARTMAP pode ser
empregada para classificação e/ou associação de padrões binários e/ou analógicos de
entrada e saída com dimensão arbitrária. Este modelo é constituído de dois módulos Fuzzy
ART, ARTa e ARTb, ligados por um módulo intermediário Fab. As operações realizadas
internamente na propagação dos sinais são alteradas para as operações definidas pela
lógica nebulosa, trabalhando com conjuntos e operadores nebulosos.
O módulo ARTa realiza o reconhecimento dos valores de entrada e a ARTb, dos valores
desejados na saída. O módulo de interconexão é utilizado no treinamento para mapear
entrada e saída.
Estas características levaram à escolha neste trabalho deste modelo para prognósticos de
falhas, por atender, ainda que parcialmente, diversas características de aprendizado,
classificação e associação de variáveis.
Onde: a ic 1 ai ; 1 d i d M
48
Cada componente do vetor de entrada deve ser normalizado ao intervalo [0, 1] antes de ser
aplicado a F 0a . Este processo de converter a entrada a de dimensão M a um vetor de saída
de dimensão 2M é chamada de “codificação complementaria”. O cálculo do complemento
auxilia na maior representatividade do sistema, oferecendo o que pertence ao domínio
observado e o que não pertence à rede. A codificação complementaria é uma operação
necessária para a operação satisfatória da FAM.
A segunda camada da arquitetura FAM é a camada de entrada F1a , é nesta camada que as
entradas A originadas desde F 0a são aplicadas. Esta camada tem 2M nós refletindo a
dimensão do vetor de entrada A. Cada nó da F1a é indicado desde 1 até 2M, onde um índice
49
grupo de padrões similares. Os nós da F2a são indicados desde 1 até Na , onde um índice
A quarta camada da arquitetura FAM é a camada de saída F2b , e tem exatamente Nb nós,
onde Nb representa o número das classes de saída. Se treinarmos uma RNA para
reconhecer os caracteres ‘A’, ‘B’, ‘C’ e ‘D’; teríamos quatro classes de saída, então
teríamos 4 nós na camada de saída (Nb = 4). Como qualquer RNA, a arquitetura FAM
incorpora aprendizagem através dos seus pesos de interconexão. A arquitetura FAM tem
diferentes grupos de pesos.
Os pesos (conexões) Wija que iniciam em F1a e convergem a F2a , são pesos das conexões
da F2a .
Os pesos W jia que iniciam em F2a e convergem a F1a , são chamados pesos descendentes. A
Este tem um significado especial porque ele representa o conjunto de entradas aplicado à
camada de entrada, que escolhe o nó j da camada de representação de categoria, como nó
representativo. Em outras palavras w aj representa a forma comprimida de todas as entradas
juntas.
50
A FAM opera em duas fases, fase de treinamento e fase de desempenho (teste). Na fase de
treinamento é apresentado à FAM um conjunto de pares entradas/saídas
{(I 1 , O1 ),...,( I r , O r ),...,( I PT , O PT )} , mapeando cada entrada com sua correspondente saída.
~ ~ ~
Na fase de desempenho a FAM gera uma saída para a lista de padrões I 1 , I 2 ,..., I PS .
Esses padrões são apresentados na camada F1a e a saída é observada na camada F2b .
parâmetro padrão de vigilância U a tem valores no intervalo [0, 1]. Valores pequenos de
Outros dois parâmetros da rede são ajustados pela própria FAM. Eles são o parâmetro de
vigilância U a e o número de nós N a na camada representação de categoria. O parâmetro de
vigilância U a tem valores no intervalo [ U a , 1]. Por default o valor é igual a U a prévio à
51
parâmetro é inicializado em 1 e acrescentado depois segundo as regras da fase de
treinamento da FAM.
camada F1a é definida igual a 2M. O número de nós da camada F2a é definida
| I r w aj |
T ( w aj | I r ) (3.2)
E a | w aj |
52
índice do nó escolhido é jmax. O nó jmax satisfaz o critério de vigilância se:
| I r w ajmax |
t Ua
| Ir |
Escolhido o nó, temos três casos a considerar para verificar se passa o teste de
vigilância.
a. Se o nó jmax é um nó não comprometido, por default satisfaz o critério de
vigilância e pode continuar com o passo 5.
b. Se o nó jmax é um nó comprometido e se satisfaz o critério de vigilância e
pode continuar com o passo 5.
c. Se o nó jmax não satisfaz o critério de vigilância, então desqualificar o nó da
competição, colocando T ( w ajmax | I r ) 1 , e voltar ao passo 4.
passo 6.
b. Se o nó jmax é um nó comprometido e a saída O r dos pares entrada/saída (I
r
, O r) é tal que seu componente kmax é um e os demais são zeros, e ao
mesmo tempo W jabmax é tal que seu componente kmax é um e os demais são
r
zeros, então a saída desejada O é compatível com a saída atual,
representado por W jabmax . Agora o vetor de pesos descendentes w ajmax torna-se
6.
c. Se o nó jmax é um nó comprometido e a saída O r dos pares entrada/saída (I
r
, O r) é tal que seu componente kmax é um e os demais são zeros, enquanto
ao mesmo tempo W jabmax é tal que um componente diferente a kmax é um e os
demais são zeros, então a saída desejada O r não é compatível com a saída
atual, representado por W jabmax . Neste caso o nó jmax é substituído por
53
| I r w ajmax |
, deve-se voltar ao passo 4 para encontrar outro nó jmax que
| Ir |
maximize as entradas ascendentes e satisfaz a vigilância, até que ao mesmo
tempo predizemos a saída correta.
6. Se todos os pares entrada/saída foram apresentados chegaremos a uma época, r é
acrescentado a r+1 e voltamos ao passo 2 a apresentar o par de entrada/saída r+1th .
Se todos os pares de entrada/saída fossem apresentados então dois casos podem ser
observados.
a. Na apresentação da lista prévia o ultimo componente dos pesos ascendentes
ou inter-ART foram mudados. Neste caso voltamos ao passo 2 e
apresentamos o primeiro par de entradas/saídas, declarando r igual a 1.
b. Na apresentação da lista prévia não ocorre câmbios nos pesos descendentes
e inter-ART. Então o treinamento é considerado completo.
Depois de completado o processo de treinamento, os pesos
w aji ; j 1,... N a , i 1,..., 2 M , e W jkab ; j 1,..., N a , k 1,..., N b , são
treinamento.
54
5. IF (nenhuma categoria passa o teste de vigilância)
executar o nó não comprometido;
}
a
| I w aj | a
M | R aj ,old | dis ( x, w aj ,old )
T (w | I )
j T (w | I )j
E a | w aj | E a M | R aj ,old |
M
dis ( x, w )a
j ¦ [(max{x
m 1
m , v jm } v jm ) (u jm min{x m , u jm })] =distancia do ponto x da
categoria j.
| I r w ajmax | a
M | R aj ,old | dis( x, w aj ,old )
a
U (w | I )
j t U a U (w | I )
j t Ua
| Ir | M
Ua = Parâmetro de vigilância. Toma valores entre 0 e 1. 0dUa d1
55
tiveram durante a fase de treinamento. O valor do parâmetro de vigilância U a é
3. Calcular as entradas ascendentes desde F1a a todos os nós na camada F2a devido à
~
apresentação dos padrões de teste I r . Durante o cálculo todos os nós incluindo os
nós não comprometidos devem ser considerados. As entradas ascendentes são
calculadas baseadas na Equação 3.3.
~
~ | I r w aj |
T (w | I r )
a
j (3.3)
E a | w aj |
6. Se todos os padrões de teste no conjunto teste ainda não foram aplicados à rede
voltar ao passo 2 e apresentar o próximo par de entradas/saídas na seqüência. Se já
56
foi apresentado todos os pares de entrada saída, então o resultado pode ser
analisado para encontrar o erro de classificação e outros dados estatísticos.
57
neurais, aplicados em uma usina hidrelétrica. Garcia et al. (2006) desenvolveram uma
aplicação software para diagnóstico em tempo real de processos industriais chamado de
SIMAP (Intelligent System for Predictive Maintenance), coleta as informações em tempo
real dos sensores e de outras fontes e as processa usando técnicas de inteligência artificial
como SE e RNA.
Nos últimos anos sugiram sistemas de IA híbridos aplicados à MBC. Falqueto e Telles
(2007) apresentaram um SE fuzzy para manutenção automática de transformadores
elétricos de potência da usina hidrelétrica de Itaipu. Molina et al. (2000), desenvolveram
um sistema usando SE e RNA, chamado MAPAIS: Abreviação do espanhol para sistema
avançado de manutenção preditiva incorporando áudio e vídeo. O sistema foi projetado
para prever alarmes da usina hidrelétrica de Villalcampo I e incluir a um sistema integrado
de monitoramento chamado de HYPERVISION. Ciarapica e Giacchetta (2006) apresentam
um sistema para diagnóstico e prognóstico de falhas em uma planta de potência de ciclo
combinado usando RNA recorrentes e sistemas neuro-fuzzy. Javadpour e Knapp (2003)
implementaram um sistema preditivo baseado em RNA e lógica nebulosa para auxilio aos
operadores no diagnóstico de falhas com uma alta precisão de predição.
O uso da metodologia OSA-CBM proposto neste documento foi inicialmente usado por Fu
et al. (2004), eles apresentaram uma metodologia usando três elementos importantes:
Monitoramento e Previsão, Diagnóstico e Prognóstico, e Tomada de Decisão na
Manutenção. Dunsdon e Harrington (2008) propõem a aplicação da arquitetura OSA-
CBM, provendo uma solução abrangente votada para o gerenciamento integrado de saúde
veicular IVHM (Integrated Vehicle Health Management) da empresa GE Aviation.
Outra técnica para a MBC foi elaborado por Guo et al. (2002), usando o conceito realidade
virtual na MBC, usando ferramentas como OpenGL, mostram o resultado do
processamento dos alarmes numa visão 3D (três dimensões).
Neste capítulo foram estudados os conceitos de SE, RNA, lógica nebulosa, sistemas
inteligentes híbridos, e pode-se concluir o seguinte:
58
O uso da técnica de SE apresenta maior facilidade de implementação e comunicação com o
usuário final.
A ferramenta JESS é uma Shell que permite implementar um SE usando a linguagem Java.
59
4 METODOLOGIA
4.1 INTRODUÇÃO
A metodologia idealizada utiliza a tecnologia Internet para a comunicação dos clientes com
o servidor. Este ambiente é globalizado, centrado em rede, e distribuído. Na interface do
cliente utilizam-se navegadores baseados na Web e as linguagens HTML, PHP e Java,
permitindo a independência da plataforma computacional do usuário.
60
Esta metodologia considera o armazenamento de dados das variáveis de processo,
diagnóstico de saúde dos equipamentos e tomadas de decisão. O processo de aprendizado
concebido na camada de prognóstico da metodologia é feito através das ocorrências
passadas, mapeando estados de defeitos e falhas, e predizendo futuras anomalias usando o
modelo FAM. O uso da FAM é devido à existência de relações não lineares entre as
variáveis associadas que geram falhas ocultas. Os códigos de saída da FAM são
processados pelo SE da camada tomada de decisão.
61
O procedimento inicia-se quando o usuário inicia o servidor, começando a aquisição de
dados (itens), passando por todos os algoritmos das camadas intermediarias até chegar à
camada tomada de decisão, este processo é repetido periodicamente. Uma vez iniciado o
servidor, no lado cliente, o usuário inicia uma aplicação através de um navegador browser
ou usando telnet através do prompt, começa a solicitar e visualizar as informações geradas
pelas camadas mais baixas.
Nesta camada, as variáveis digitais obtidas na camada aquisição de dados são processadas
de modo a convertê-las numa forma específica capaz de representar a grandeza física que
está sendo monitorada, caso necessário, efetuar cálculos matemáticos sobre ela.
Contribuições para esta camada incluem informações da qualidade do sinal fieldbus que
62
indicam o estado de saúde da instrumentação, e qualidade de comunicação OPC que
detecta o estado de conectividade com o servidor OPC, estes dados de qualidade são
processadas por regras de produção do SE.
4.2.5 Prognósticos
63
operador analisando as mesmas variáveis, a redes neurais superam este limite e tentam
analisar as relações não lineares entre os diferentes sinais (Molina et al., 2000),
Segundo Bengtsson (2007), com o objetivo de ter uma decisão apropriada faze análises
críticas usando a análise FMEA ou a análise por árvore de falhas FTA (Fault Tree
Analysis), os conceitos destes métodos de analise são explicados no Apêndice D. Esta
64
camada irá realizar a tomada de decisão baseando-se na sua base de conhecimento gerada a
partir da árvore de faltas/falhas, da árvore de sintomas, FMEA e pelas informações
coletadas dos especialistas. As experiências dos operadores para tomada de decisão são
implementadas em regras de produção. Estas regras de produção processam os códigos de
diagnósticos e prognósticos. As decisões geradas por esta camada são enviadas à camada
de apresentação através de sugestões das possíveis ações de manutenção que pode ser
adotados pelos operadores e mantenedores.
4.2.7 Apresentação
Esta camada é o nível mais alto do modelo de referência OSA-CBM e o lado cliente da
arquitetura cliente/servidor da metodologia proposta. Suporta a interface com o usuário
apresentando informações produzidas pelas camadas mais baixas, monitoramento de
variáveis em tempo real e histórico de tendências de variáveis associadas às anomalias
produzidas. A camada de apresentação é desenvolvida para GUI (Interface Gráfica com o
Usuário) baseada em browser (Netscape, Mozilla, IExplore, entre outros) usando HTML,
PHP e Applets (Java).
65
Used At: Author: Date: 7/30/2008 Working READER DATE Context:
Edgar J. Amaya
Project: Rev: Draft
Recommended NONE
Notes: 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Time: 14:55:00 x Publication
Especificacão OSA-CBM
Arquitetura Cliente-Servidor
Linguagem SQL
Aprendizado
Inspeção de variáveis
Regras de Produção
Arquivo de Configuração
Arquivo Códigos de Decisão
Arquivo Códigos de Falha
Representação Gráfica
66
Sistema Inteligente de Manutenção Baseada Condição Envio de O.S. via e-mail
Modos e Efeitos da Falha (FMEA)
Indicadores Chave de Desempenho
Visualização do Histórico de Anomalias
Saídas dados textuais via prompt
A0
Servidor OPC
JDBC
Operador (Usuário Remoto)
Browser
Telnet
PHP
67
Used At: Author: Date: 7/30/2008 x Working READER DATE Context:
Edgar J. Amaya
Project: Rev: Draft
Recommended TOP
Notes: 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Time: 14:53:36 Publication
C3 C4 C6 C7 C9 C2 C1 C5 C8 C10
Linguagem SQL Inspeção de variáveis
Aprendizado Arquivo Códigos de Decisão
Regras de Produção Representação Gráfica
Arquivo de Configuração
Arquivo Códigos de Falha
Arquitetura Cliente-Servidor
Especificacão OSA-CBM
I-Kernel
Dados históricos Fluxo de Dados Servidor-Cliente
I2
68
A1
Solicitação de dados
Alertas Visuais
O5
password Diagnóstico de Anomalias
I3 O4
Comandos de solicitação de dados Tomada de decisão
I4 O3
Visualização de Variáveis Históricas
Cliente Web O2
Visualização de Variáveis Online
O1
Indicadores Chave de Desempenho
O8
Modos e Efeitos da Falha (FMEA)
O7
Servidor OPC
JDBC
JESS Operador (Usuário Remoto)
JOPCClient (JNI) Browser
Servidor de e-mail Telnet
Modelo fuzzy ARTMAP PHP
M1 M2 M4 M6 M12 M13 M5 M3 M7 M8 M9 M10 M11
C8 C4 C3 C5 C2 C1 C7 C6
Especificacão OSA-CBM Regras de Produção Arquivo Códigos de Falha Aprendizado Linguagem SQL Arquitetura Cliente-Servidor
Arquivo de Configuração Solicitação de dados
Condição de Operação
Monitoração
de Condição
A13
Cor de Alarme
de Saúde
A14
69
Predição de Anomalias
Prognósticos
A15
Histórico de Anomalias
JDBC Internet
JOPCClient (JNI) JESS Modelo fuzzy ARTMAP Servidor de e-mail Socket de Comunicação
M3 M5 M6 M8 M4 M1 M2 M9 M7
70
Used At: Author: Date: 7/30/2008 x Working READER DATE Context:
Edgar J. Amaya
Project: Rev: Draft
Recommended
Notes: 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Time: 14:15:32 A1 5 ...
Publication
C1 C4 C2 C3
Aprendizado Arquivo de Configuração Arquivo Códigos de Falha
Especificacão OSA-CBM
vetor 2M
Camada de
pré-processamento
Fa0 (M nodos)
A153
71
(2M nodos)
A154
Camada de código
Saída Fb2
A157
M2 M1
C2 C3 C4 C5 C1
Especificacão OSA-CBM
Inspeção de variáveis
Arquivo Códigos de Decisão
Representação Gráfica
Arquitetura Cliente-Servidor
Cliente HTML:
Visualização de Modos e Efeitos da Falha (FMEA)
Modos e Efeitos da O8
72
Falha (FMEA)
A22
Dados históricos
Cliente PHP: Indicadores Chave de Desempenho
I2 O7
Calculo de KPI
A23
Internet PHP
Browser Banco de Dados Telnet
M6 M1 M7 M3 M2 M4 M5
C5 C2 C1 C4 C3
Arquitetura Cliente-Servidor Inspeção de variáveis Representação Gráfica Arquivo Códigos de Decisão
Especificacão OSA-CBM
Escolha de
Variáveis da Tags escolhidas
arvore
hierárquica
A212
73
Diagnóstico de Anomalias
Visualização de O5
Anomalias e Tomada de decisão
Tomada de O4
Decisão link da Anomalia
A215 O8
Alertas Visuais
Sinalização Grafica O6
de Anomalias através
de Cores
A216
Visualização do
Histórico de Visualização do Histórico de Anomalias
O1
Anomalias
A217
A atividade clientes web mostrada na Figura 4.7. Esta atividade é constituída por quatro
atividades para apresentar resultados gerados pelo servidor I-Kernel:
Esta atividade é mostrada na Figura 4.8 e chega a ser a camada de apresentação do modelo
de referência OSA-CBM. Esta atividade é constituída por oito atividades para apresentar
resultados das camadas anteriores do modelo OSA-CBM através de uma interface com o
usuário:
74
4. Visualização gráfica de variáveis online e históricas: permite o monitoramento
gráfico de variáveis em tempo real e variáveis históricas armazenadas no banco de
dados;
5. Visualização de anomalias e tomadas de decisão: mostra as anomalias ocorridas e
as sugestões das ações de manutenção;
6. Sinalização gráfica de anomalias através de cores: sinal gráfico para localizar o
equipamento com funcionamento anormal;
7. Visualização do histórico de anomalias: mostra as trinta últimas ocorrências de
falhas ou defeitos;
8. Solicitação de dados através de envio de comandos: solicita dados do lado servidor
através de comandos.
75
OPCServer) e a um dispositivo DFI (entidade DFIDevice). As tags do banco de dados
estão relacionadas a um servidor de banco de dados (atributo DBServer). A lista de emails
é organizada em grupos e armazenada na entidade Emails, o envio de emails é feito via um
servidor de emails (EmailServer). As configurações básicas do I-Kernel estão contidas na
entidade IkernelConfiguration. Os parâmetros do modelo FAM estão localizados na
entidade parâmetros FAM.
A data_inicio registra a data que ocorreu a anomalia. A data e hora em que o equipamento
volte ao seu funcionamento normal devem ser preenchidas pelo usuario no atributo data-
76
termino, este procedimento é ilustrado na Erro! Fonte de referência não encontrada.. O atributo
severidade é um índice que reflete a gravidade das conseqüências de uma falha, os valores
estão apresentados no Apêndice D. O atributo detecção é um índice construído com base
na estimativa da probabilidade de uma falha a ser detectada, assumindo-se que ela tenha
ocorrido, os valores são mostrados no Apêndice D.
O atributo is-correct é usado para saber se uma falha detectada pelo sistema é correta, e
ajudará a conhecer a porcentagem de acerto, este campo deve ser preenchido pelo usuário.
O atributo setpoint é o valor da variável em operação normal. Os atributos código e
id_equipamento são declarações de chaves estrangeiras (Foreign Key). Isto é necessário
para garantir que todas as anomalias cadastradas na base de dados estejam associadas a
uma tomada de decisão e a um equipamento. Na entidade tags_sistema são armazenados o
histórico dos valores das tags. Quando um usuário faz o cadastro, seus dados são
armazenados na entidade cadastro_funcionarios. Os eventos de acesso dos usuários ao
sistema são registrados na entidade logs.
77
5 SIMPREB
S BAL: MO
ODELAGE
EM UML
L
5.1 INTRODUÇ
ÇÃO
A moodelagem UML
U Kernel e
é deseenvolvida para documeentar o sisteema computtacional (I-K
confm
fmonittool), sistema innteligente a ser desen
nvolvido em
m Java, paara dar sup
porte ao
REBAL. O subsistemaa I-Kernel vem
desennvolvimento do SIMPR v a ser um
m dos comp
ponentes
fundamentais do
d SIMPR
REBAL, sendo resp
ponsável pela
p capturra dos sin
nais de
moniitoramento dos equipam
mentos, seuu processam
mento inteliggente e realiimentação do
d banco
de daados com reecomendaçõões de manuutenção.
A arrquitetura do
d sistema pode ser visualizadaa na Figuraa 5.1, na qqual apresen
nta-se o
diagrrama raiz paara todo o sistema,
s quee basicamen
nte subdividde a arquitettura em 2 paacotes, o
pacote I-Kernel e o pacoote confmoonittool. O pacote I-K
Kernel é o lado serv
vidor da
arquiitetura ondee se enconttra as prim
meiras seis camadas
c doo modelo dde referênciia OSA-
M. O pacotee confmonitttool é o laddo cliente, encontra-se aqui a interrface com o usuário
CBM
(cam
mada de apreesentação doo modelo OSA-CBM).
O .
A intteração do pacote
p I-kerrnel com ass fontes de dados
d e ferrramentas é m
mostrada naa Figura
5.2. A coleta e armazenam
mento de innformação do banco de dados S
SIMPREBA
AL é via
C. A aquisição de dadoos dos instrrumentos viaa JNI (Javaa Native Inteerface) é attravés do
JDBC
78
serviidor OPC. No
N processaamento inteeligente doss dados adqquiridos o S
SIMPREBA
AL usa a
ferraamenta JESS
S.
F
Figura 5.2- O I-Kernel e sua interaação (Amayya et al., 20007c).
5.2 REQUISIT
R TOS DE US
SUÁRIO
Seguundo Somm
merville (20007), uma maneira
m útil de se estruuturar os reqquisitos é dividi-los
d
entree requisitos de usuário e requisitoss de sistemaa. Os requisitos de usuáário devem capturar
as demandas mais
m gerais dos usuáriios do sisteema. Norm
malmente, eestes requissitos são
descrritos em liinguagem natural
n e não
n devem entrar em
m detalhes mais técniicos. Os
requiisitos de sistema
s sãoo descriçõees mais detalhadas doos requisitoos de usuáário. Os
requiisitos de ussuário serãoo apresentaddos na form
ma de uma lista
l de requuisitos funccionais e
requiisitos não-fu
funcionais em
m linguagem
m natural.
Seguundo Pressm
man (19955), os requuisitos fun
ncionais dee um sisteema descreevem as
funciionalidades desejadas pelos clienntes, ou seja, o que see espera quue o softwa
are faça.
Seguundo Campos (2007), A norma brasileira
b NBR
N 13596 foi substittuída pela ISO/IEC
I
91266-1, se tornnando NBR
R ISO/IEC 9126-1, qu
ue descreve um modello de qualiidade do
produuto de softw
ware, compoosto de duaas partes: (1) Qualidadee interna e qqualidade ex
xterna; e
(2) Qualidade
Q em uso. De
D acordo com
c expossto acima foram
f definnidos os reequisitos
funciionais para o sistema innteligente, esta
e definiçãão é detalhaada na Tabeela 5.1.
79
Tabela 5.1- Requisitos Funcionais (RFs) (Amaya et al. 2007a, modificado)
RF Descrição
O sistema deve acessar os dados da Usina a partir dos Bancos de Dados utilizados
pelo Sistema de Monitoramento da Usina, ou diretamente dos equipamentos de
1
controle, por meio de um servidor OPC que disponibiliza as informações online
dos equipamentos.
O sistema deve processar esses dados nas seguintes formas: Na forma de um
2
sistema especialista baseado em regras de produção e na forma de RNA.
O sistema deve alertar o usuário por meio de mensagens de e-mail quando
3
possíveis falhas puderem ser diagnosticadas.
O sistema deve alertar o usuário por meio de um alerta visual, quando possíveis
4
falhas puderem ser diagnosticadas.
O sistema deve propiciar a edição de um sinótico contendo certo conjunto de
5 variáveis sendo monitoradas, escolhidas pelo usuário e compondo uma possível
tela de apresentação.
O sistema deve exibir o valor online das variáveis sendo monitoradas que foram
6 selecionadas para compor um determinado sinótico, apresentando-as em uma tela
própria previamente desenvolvida.
O sistema deve permitir a implementação de algum mecanismo de aprendizagem,
7 de tal forma que os históricos de falhas e tomadas de decisão anteriores possam ser
utilizados para prevenir o surgimento de novas falhas.
O processamento das informações se dará na forma de um ciclo operacional
fechado, que seguirá a seguinte seqüência: (1) Verificação dos dados a serem
adquiridos; (2) Aquisição de dados do banco de dados; (3) Aquisição de dados via
8 OPC; (4) Armazenamento provisório de todos os dados em variáveis do JESS; (5)
Para cada uma das N camadas possíveis de processamento das regras via JESS e
RNA; (6) Atualização dos dados no banco de dados; (7) Atualização dos dados via
OPC.
80
Tabela 5.2- Requisitos Não Funcionais (RNFs) (Amaya et al. 2007a, modificado)
RNF Descrição
1 O sistema deve ser desenvolvido na linguagem Java.
As regras de produção do sistema não devem ser armazenadas diretamente em
2 código-fonte, mas devem ser editáveis e estar disponíveis externamente em um
arquivo modificável.
O sistema deve possuir uma interface web de acesso, por meio da qual seja
3 possível ao usuário configurar o sistema, editar regras e parâmetros e monitorar
as variáveis sendo processadas pelo sistema.
O sistema deve ser conectável a bancos de dados SQL genéricos, desde que
4
exista um driver JDBC para o respectivo banco de dados.
O sistema deve ser conectável a servidores OPC, desde que exista um driver
5
JNI.
O sistema deve utilizar a shell JESS para processar as regras na forma de
6
sistemas especialistas.
Na camada de prognósticos o sistema deve usar uma rede modelo Fuzzy
7
ARTMAP.
O sistema deve ser concebido de tal forma que as regras de produção possam
ser usadas de modo intercambiável para cada uma das camadas de
8 processamento do SIMPREBAL (2-processamento de sinal, 3-monitoração de
condição; 4-avaliação de saúde; 6-tomada de decisão) e as RNA na camada (5-
prognósticos)
Um ator representa qualquer elemento externo que interage com o sistema. Um caso de uso
descreve uma seqüência de passos/operações que um usuário realiza quando interage com
um sistema visando realizar uma determinada tarefa/objetivo. Assim, o aspecto
comportamental de um sistema a ser desenvolvido pode ser descrito. No entanto, a
descrição de casos de uso não trata a questão de como esta interação será implementada.
Fases posteriores à etapa de engenharia de requisitos tais como projeto e implementação
focalizarão este aspecto.
81
Na Figura
F 5.3, temos um diiagrama UM
ML de casoss de uso, quue nos propiicia uma vissão geral
do siistema (Guddwin, 2006)). O sistemaa é compossto de duas aplicações que são exeecutadas
de maneira
m indeependente: o I-Kernel e a ferramen
nta de C&M
M.
A applicação I-K
Kernel é um servidor quue não possu
ui interface com o usuáário, porem
m, a única
coisaa que o usuuário pode fazer é inicciar a aplicaação. Além
m disso, um
m timer prev
viamente
progrramado envvia ticks peeriódicos quue iniciam um ciclo operacional
o l de processsamento
ma fazem a verificação
inteliigente e da mesma form o de alarmess e alertas.
82
respoonsável pello processam
mento intelligente do sistema. Esste ciclo é repetido atté que o
usuárrio desliguee (shutdownn) a aplicaçãão I-kernel.
F
Figura 5.5- Processame
P ento Inteligeente.
wn do I-kernnel.
5.3.11.4 Shutdow
84
Figuura 5.7- Shuutdown da aplicação
a I-K
Kernel.
85
5.3.22.1 Iniciaçãoo da Ferram
menta C&M
F
Figura 5.9- Monitorame
M ento de Sinóótico.
86
Figura 5.100- Atualizaçção de sinótico.
87
5.3.22.5 Inspeçãoo de variáveeis online
88
5.3.22.6 Inspeçãoo de variáveeis históricas
5.3.22.7 Shutdow
wn da ferram
menta C&M
Umaa vez que a Ferramenta C&M essteja abertaa e operacioonal, o usuuário solicitta que a
mesm
ma seja enceerrada. A paartir daí, o sistema
s dev
ve encerrar a ferramentta, a janela principal
p
e toddas as outrass janelas usadas na aplicação. O shutdown daa ferramentaa C&M não
o implica
o fecchamento da aplicaçãoo I-Kernel, ele
e pode co
ontinuar em operação. O procedim
mento de
shutddown da ferrramenta C&
&M é apreseentado na Figura
F 5.14.
89
6 SIMPREBAL: IMPLEMENTAÇÃO COMPUTACIONAL
6.1 INTRODUÇÃO
O SIMPREBAL é um dos sistemas que faz parte de um projeto bem maior chamado
“modernização da área de automação de processos das usinas hidrelétricas de Balbina e
Samuel”. A primeira fase foi executada em Balbina utilizando-se opções tecnológicas
atuais para monitoração das grandezas dos ativos de geração e transmissão através do uso
de instrumentação inteligente baseado em tecnologia FF, sistema de controle e supervisão
(operação da usina) baseado em tecnologia Rockwell, sistema MES da Rockwell, o
SIMPREBAL e o sistema de planejamento da Manutenção MAXIMO. O objetivo de
utilizar estes sistemas é para contribuir na melhoria dos índices de desempenho: MTBR
(Mean Time Between Repairs), qualidade da energia, manutenibilidade e confiabilidade.
90
A Figura 6.1 apresenta o modelo hierárquico de automação adotado em Balbina. Este
modelo é baseado nas normas ISA-88 e ISA-95. ISA-95 define cinco níveis hierárquicos
em companhias industriais: Nível 0, 1, 2, 3 e 4. O foco de ISA-88 é até o nível 2. ISA-95
focaliza sobre os níveis 3 e 4 (Álvares, 2008).
91
equipamentos de campo. Os equipamentos e instrumentos usados para monitorar as
condições das máquinas são mostrados na Figura 6.2. Na implementação usa-se a
instrumentação fieldbus, onde os instrumentos são agrupados em uma rede por canais e
conectados a uma DFI. Cada DFI tem quatro canais de comunicação, geralmente um é de
reserva. O servidor OPC armazenada os itens (valores e outros parâmetros dos
instrumentos) da instrumentação. Pode-se obter informações dos instrumentos através da
conexão com o servidor OPC. No banco de dados é armazenado: histórico de anomalias,
tomadas de decisão, variáveis de processo, usuários e dados dos equipamentos.
Na Figura 6.3 mostram-se uma série de computadores, onde diferentes serviços estão
instalados. Apesar de mostrar diferentes máquinas, poderia-se assumir, sem prejuízo do
conceito, que estes serviços estejam instalados todos em uma mesma máquina. A única
restrição que se apresenta neste sentido é que tanto o módulo Confmonittool como o
módulo I-Kernel necessariamente precisam estar instalados na mesma máquina. Essa
restrição ocorre, pois o módulo Confmonittool será um Applet Java que se utilizará da rede
para se comunicar com o módulo I-Kernel.
Por restrições de segurança um Applet Java só pode se comunicar com a mesma máquina
em que foi carregado acaba sendo necessário que o módulo I-Kernel seja instalado na
92
ma máquinaa que abrigaa o servidorr Web, pois caso contráário o Appleet não conseeguirá se
mesm
comuunicar com o módulo I-Kernel.
I
Os módulos
m nãão marcadoos no diagrrama não fazem
f partee do desennvolvimento
o, sendo
consiiderados coomo reuso de
d software. Entretanto
o, o SIMPR
REBAL deve interagir com tais
mas, o quee justifica sua indicaação na Fig
sistem gura 6.3. Dentre
D os sserviços qu
ue serão
incorrporados poor reuso, esstão um serrvidor web, um Bancoo de Dados compatíveel com o
JDBC q deve ser acessível por
C e um servvidor OPC que p meio dee JNI.
93
6.1.2 Extração do conhecimento dos especialistas
RECOMENDAÇÕES DE MANUTENÇÃO
- Verificar estanqueidade das tubulações, válvulas e tampas de acesso.
- Verificar aperto dos parafusos de fixação da tampa e suporte da cuba.
- Realizar alinhamento e ajuste de folga das sapatas.
- Verificar estado geral quanto à corrosão.
- Restituir a carga de óleo.
94
(Tag{label == "_simprebaloff" && value == "0"}); Se teste de condição
=> ; então
(assert (SIMPREBAL ON)) ); ação
Toda regra em clips necessita ter um nome para que se possa diferenciar uma regra da
outra. No exemplo acima o nome da regra é SIMPREBAL-ON. Após definido o nome da
regra inicia-se o teste de condição. No exemplo acima o teste de condição verifica se o
label de nome simprebaloff recebe o valor 0. Isso significa que o label simprebaloff recebe
o valor 0 que é equivalente a false, então pode-se concluir que se simprebaloff é falso,
então simprebal on é verdadeiro. É exatamente isso que a parte referente a ação (assert
(SIMPREBAL ON)) quer dizer. Assim a ação está definida e a regra encerrada.
divididos de acordo com o número de DFIs que existe na Usina (são três DFIs para cada
UGH): 1a, 1b, 1c, 2a, 2b, 2c e assim sucessivamente até as DFIs referentes à UGH 5.
Existe ainda um arquivo chamado “regras.clp” que testa a conexão do Simprebal.
O arquivo de regras (i.e. regrasdfi1a.clp) faz o teste para todas as tags que estão presentes
na DFI 1a. O primeiro bloco de regras testa o processamento de sinal OPC da DFI, o
segundo bloco de regras testa o processamento de sinal fieldbus da DFI. Depois da camada
de processamento de sinal vem a camada de monitoração de condição que tem a finalidade
de monitorar as faixas dos valores de operação das tags. Quatro valores são testados: um
valor indicando a condição normal; um intervalo de valores indicando a condição
alto/baixo, esse estado implica no estado de alerta do sistema e compreende uma faixa de
valores próxima a faixa de alarme; o valor de alarme, que na verdade é um intervalo de
valores; e o valor de trip. Os valores de alarme e trip são definidos com base nos dados do
95
sistema monitorado, os valores normal e alerta foram definidos para o SIMPREBAL e o
valor de alerta tem a finalidade de permitir a ação proativa do sistema.
96
6.2.1.1 Processamento de sinal OPC
97
6.2.1.2 Processamento de sinal fieldbus
Na avaliação do sinal da instrumentação fieldbus, uma condição é que o sinal OPC seja de
boa qualidade. Outras condições do modelo de regras, mostradas na Tabela 6.2, são os
campos da classe Tag, status e substatus. Estas regras geram novos fatos para o estado do
sinal fieldbus, acompanhado do label da Tag processada.
O modelo de regras mostrado na Tabela 6.4 usa como condições os fatos gerados pelo
modelo da Tabela 6.3 e da Tabela 6.2. Com as condições apresentadas, o modelo de regras
gera como conseqüente um código de monitoração de condição (COD_MC).
98
6.2.3 Estrutura de Regras da avaliação de saúde
Tabela 6.5- Modelo de regras para diagnóstico dos canais de comunicação fieldbus.
Se Então
COM-BAD-0 ?labels diagnostic G1A-canalN-0
COM-BAD-1 ?labels diagnostic G1A-canalN-1
COM-BAD-2 ?labels diagnostic G1A-canalN-2
COM-BAD-3 ?labels diagnostic G1A-canalN-3
99
O modelo de regras da Tabela 6.7 tem como condições os fatos gerados pelo modelo na
camada de monitoração de condição (Tabela 6.4). Este modelo de regras gera ações em
forma de códigos de diagnóstico das anomalias das condições de operação.
Os conseqüentes ou ações gerados pelos modelos da Tabela 6.6 e Tabela 6.7 são códigos de
diagnóstico (COD_DIAG), lista de emails (EMAILS) para o envio das ordens de serviço
(OS), para a visualização na camada de apresentação e enviado o nome do sistema
(SISTEMA) e a cor de alerta.
O comando printout guiXY “texto” envia uma mensagem para o código Java contendo o
“texto”. Neste caso, X é um número de 1 a 5, correspondente ao número da UGH, e Y é o
número 1, 2 ou 4, que possuem os seguintes significados:
1: A falha em questão é relativa a um equipamento da UGH.
2: A falha em questão é relativa à instrumentação.
4: Indica uma informação interna para fazer o cliente piscar em amarelo ou vermelho, de
acordo com o tipo de falha (ALERTA, ALARME, TRIP, STATUS BAD, QUALITY
BAD, OFFLINE).
100
6.3 CLASSES
C I
IMPLEME
ENTADAS NO SIMPR
REBAL
Na im
mplementaçção computtacional doss módulos do EBAL, a apllicação I-Keernel e a
d SIMPRE
ferraamenta Conffmonittool usaram-se
u c
classes e méétodos em Jaava. Cada uuma destas classes
c e
métoodos para esstes dois móódulos são descritos
d a seguir.
s
As principais claasses da apllicação I-keernel mostraadas na Figuura 6.5 são ddescritos a seguir:
s
x Tag: estta classe contém
c os dados dass variáveis de processso e é usada no
processaamento intelligente pelaas regras de produção;
x Configurration: os parâmetros de
d configuraação são obtidos atravéés desta classse;
x OPCProoxy: os itenns em tempoo real do servidor OP
PC são coleetados atrav
vés desta
classe;
Figura 6.5-
6 Classes do I-Kerneel
101
x DBProxyy: através desta
d classe o sistema coleta e arm
mazena info
formações no
n banco
de dadoss;
x Mailer: envia as ordens de seerviço com
m sugestões de ações dde manuten
nção são
enviadass aos usuárioos via email;
x JessProxxy: processaamento de regras;
x Logger: registra os eventos de execução do sistema;
x NeuralP
ProxyFAM: é uma classse que será implementtada nos traabalhos futu
uros para
prognósttico de falhaas.
F
Figura 6.6- Classes do Confmonitttool.
102
6.3.2 Classes do Confmonittool
103
7 ESTUDO DE CASO: GERADOR ELÉTRICO
7.1 INTRODUÇÃO
Uma usina hidrelétrica é definida pela NBR-5460 (1992) como: “Instalação elétrica na
qual a energia elétrica em escala industrial é obtida por conversão da energia gravitacional
da água”. Esta instalação é um complexo arquitetônico e de equipamentos como mostrado
na Figura 7.1, e tem por finalidade produzir energia elétrica através do aproveitamento do
potencial hidráulico da água. A energia hidráulica é convertida em energia mecânica por
meio de uma turbina hidráulica, que por sua vez é convertida em energia elétrica por meio
de um gerador, sendo a energia elétrica transmitida para uma ou mais linhas de transmissão
que é interligada à rede de distribuição.
Um dos sistemas importantes em uma usina hidrelétrica é o gerador, tendo como função
principal gerar eletricidade. A geração de eletricidade se dá através da conversão da
energia mecânica contida na rotação do eixo que faz com que a intensidade de um campo
magnético produzido por um uma série de ímãs que atravessam um conjunto de
104
enrolamentos varie no tempo, o que pela lei da indução de Faraday leva a indução de
tensões nos terminais dos mesmos. Na Figura 7.2 mostram-se os cinco geradores da Usina
Hidrelétrica de Balbina, cada um deles gera até 50 megawatts, a capacidade total da usina é
250 megawatts. Cada gerador é feito de alguns componentes básicos: eixo, excitador, rotor,
e estator. Estes geradores são de baixa rotação (105.88 rpm).
Quando a turbina gira, o excitador envia corrente elétrica para o rotor. O rotor (Figura 7.3)
é uma série de grandes eletroímãs que rodam dentro enrolamentos de cobre chamado
estator (Figura 7.4). O estator do gerador elétrico é a parte fixa da máquina, montada em
volta do rotor de forma que o mesmo possa girar em seu interior. O estator é constituído de
um material ferromagnético envolto em um conjunto de enrolamentos distribuídos ao
longo de sua circunferência. Os enrolamentos do estator são alimentados por um sistema
de tensões alternadas trifásicas. Pelo estator circula toda a energia elétrica gerada, sendo
que tanto a voltagem quanto a corrente elétrica que circulam são bastante elevadas em
relação ao campo, que tem como função apenas produzir um campo magnético para
105
"excitar" a máquina de forma que seja possível a indução de tensões nos terminais dos
enrolamentos do estator.
106
7.1.1 Gerador elétrico principal
107
Tabela 7.2- Tags associadas ao subsistema resfriamento do gerador.
Tag Descrição PV High Alm Trip Faixa
126GAF1 Temperatura de ar frio do 42 44 45 - 20-60 °C
radiador n° 1
126GAF2 Temperatura de ar frio do 42 44 45 - 20-60 °C
radiador n° 2
126GAF3 Temperatura de ar frio do 42 44 45 - 20-60 °C
radiador n° 3
126GAF4 Temperatura de ar frio do 42 44 45 - 20-60 °C
radiador n° 4
126GAF5 Temperatura de ar frio do 42 44 45 - 20-60 °C
radiador n° 5
126GAF6 Temperatura de ar frio do 42 44 45 - 20-60 °C
radiador n° 6
126GAF7 Temperatura de ar frio do 42 44 45 - 20-60 °C
radiador n° 7
126GAF8 Temperatura de ar frio do 42 44 45 - 20-60 °C
radiador n° 8
126GAQ1 Temperatura de ar quente 65 70 75 85 20-100°C
108
Figura 7.5- Histórico de Anomalias ocorridas.
1200 1114
1000
800
600
400
200
0 0
0
GeradorElétrico Resfriamentodo RegulaçãodeTensão
Principal Gerador
Figura 7.6- Anomalias detectadas nos subsistemas do gerador elétrico das UGHs.
109
que apresentou anomalias é o SRG (Subsistema de Resfriamento do Gerador). Sendo
assim, o estudo de caso é baseado nas anomalias ocorridas no SRG em cada um das UGHs.
Na Figura 7.7 mostra-se o número de anomalias detectadas pelo SIMPREBAL no SRG das
UGHs. Isto permite conhecer qual UGH apresentou mais sinais de alarme no seu SRG.
1000
881
900
800
700
600
500
400
300
200 161
100 55
0 17
0
SRG01 SRG02 SRG03 SRG04 SRG05
A seguir analisam-se os dados das anomalias armazenadas no banco de dados dos SRG02 e
SRG03, sendo que estes apresentaram um número de anomalias intermédias cujos dados
podem ser de fácil análise. As anomalias apresentadas nos SRG04 e SRG05 seguiriam o
mesmo procedimento de análise do que os SRG02 e SRG03. Na Figura 7.8, mostra-se o
histórico de anomalias ocorridas no SRG02.
110
Figura 7.8- Anomalias detectadas no SRG02.
111
Figura 7.9- Inspeção de variáveis dos SRG02 e SRG03.
112
Figura 7.11- Gráfico de tendências de variáveis históricas.
113
As anomalias ocorridas no SRG03 são armazenadas no banco de dados do SIMPREBAL e
mostradas na Figura 7.13. O gráfico das variáveis associadas é apresentado em três figuras.
Na Figura 7.14 mostra-se o gráfico de tendências das variáveis associadas às anomalias
produzidas no dia 01/04/2008. Na Figura 7.15 mostra-se o gráfico de tendências das
variáveis associadas às anomalias produzidas nos dias 13/04/2008 e 14/04/2008. Na
Figura 7.16 mostra-se o gráfico de tendências das variáveis associadas às anomalias
produzidas no dia 25/04/2008.
114
Figura 7.15- Gráfico das variáveis associadas às anomalias detectadas no SRG02.
115
armazenados repetidamente, precisando redefinir a política de armazenamento de
anomalias. Uma alternativa é agendar uma reunião com os operadores e ver a possibilidade
mudar os valores limites de alerta.
Quando uma anomalia é detectada pelo SIMPREBAL, um email é enviado aos usuários
cadastrados. Um exemplo de email recebido do SIMPREBAL é mostrado na Figura 7.17.
As informações do email são: a localização da anomalia, o modo de falha, o nível de
severidade, a descrição de anomalia, a causa e a sugestão de tomada de decisão.
7.3 VALIDAÇÃO
116
Para o melhoramento continuo das tomadas de decisão, foram considerados no
desenvolvimento da interface com o usuário e no banco de dados, campos para
realimentação de informação. Quando uma anomalia é detectada o sistema gera uma
tomada de decisão, e os operadores e mantenedores devem preencher o campo check da
Figura 7.18 para verificar se a sugestão gerada pelo sistema esta de acordo com o que é
adotado pelo pessoal de operação e manutenção.
7.3.2 Servidor
No banco de dados em cada ciclo de processamento todas as tags eram armazenadas. Com
esta forma de armazenamento os dados ocuparam 400MB de espaço em uma semana. A
política adotada foi armazenar todas as tags cujo valor atual mude uma porcentagem com
respeito ao valor anterior. Com esta nova política o espaço ocupado no disco duro foi
reduzido em aproximadamente 10%, 38MB em uma semana.
O nível de conhecimento para instalação e configuração do servidor tem que ser técnico
com experiência em redes. O técnico deve configurar o DCOM e instalar os softwares
Java, Apache, MySQL e PHP. O arquivo de configuração mostrado no Apêndice B deve
ser configurado com os parâmetros de rede da empresa onde é instalada. No caso do
arquivo de regras tem que ser alterada, sendo necessário neste caso um engenheiro de
117
conhecimento. O processo de instalação e configuração do sistema foi feito pelo pessoal
selecionado da usina hidrelétrica.
7.3.3 Cliente
O gráfico de tendências online e históricas inicialmente foi projetado para uma variável, e
os usuários finais queriam ter mais de uma variável em um mesmo gráfico que permitisse
fazer associações entre os valores das diferentes grandezas. Na versão final o sistema
suporta uma interface multi-variável e várias janelas de gráficos simultaneamente.
Nas primeiras versões da árvore hierárquica as variáveis eram mostradas com os labels
(i.e. g4.srg.t.arquente), mas para os operadores era mais fácil identificar as variáveis pelo
nome da tag (i.e. 426GAQ1_AI1.PV.VALUE).
118
8 CONCLUSÕES, CONTRIBUIÇÕES E SUGESTÕES PARA
TRABALHOS FUTUROS
8.1 CONCLUSÕES
119
Os sistemas desenvolvidos a partir desta metodologia poderão ser aplicados na indústria
como auxílio nas tomadas de decisão para o pessoal de operação e manutenção quanto às
ações de manutenção.
8.3.1 Servidor
120
4. Robusto, permite o acesso multi-cliente;
5. Processamento de regras de produção usando a ferramenta JESS;
6. Disponibiliza os dados gerados via socket;
7. Permite a visualização dos seus dados via prompt;
8. Envia OS via email baseados nos diagnósticos e tomadas de decisão.
8.3.2 Cliente
121
integrado. Melhorando a base de conhecimento, as funcionalidades atuais e acrescentando
novas interfaces permitirá que o desenvolvimento alcançado seja comparado com sistemas
comerciais.
122
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134
APÊNDICES
135
APÊNDICE A – ABORDAGENS DE ALGORITMOS DE
PROGNÓSTICOS
A.1 INTRODUÇÃO
136
Na Figura A.1 apresenta-se o resumo das possíveis abordagens de prognósticos em função
à aplicabilidade a vários sistemas e o custo relativo de implementação. As tecnologias de
prognóstico normalmente usam características medidas ou inferidas, também os modelos
baseado em dados e/ou baseado na física, para predizer a condição de um sistema em
algum tempo futuro. Com incertezas associadas, os prognósticos podem ser aplicados para
administrar modos de falha por condição do material ou por perda de funcionalidade. Os
algoritmos de prognóstico podem ser de desenho genérico, mas específico em termos de
aplicação.
Na Tabela A.1, Roemer et al. (2005), mostram uma visão dos modelos recomendados e
informações necessárias para a implementação das abordagens específicas. Os três níveis
de algoritmos vão desde os métodos baseado na experiência (confiabilidade) até as
abordagens de falhas baseado na física que usam dados dos sensores.
137
Tabela A.1- Modelos e informação para implementação de sistemas de prognósticos
(Roemer et al. 2005, modificado).
Precisão de prognóstico
138
abordagem. Uma alternativa ao modelo físico é implementar um SE de condições de falha
(Byington et al., 2002). A base de conhecimento do SE deverá ter informações das
características do sistema, processará os dados dos sensores e na saída teremos uma
classificação das possíveis falhas.
139
ajustado usando algoritmos formais estabelecidos e gerar uma saída desejada diretamente
em termos dos dados. Esta técnica inclui as redes neurais, os quais são baseados em
técnicas de processamento de sinal em sistemas nervosos biológicos, e sistema de lógica
nebulosa, os quais são baseados em lingüística e habilidades de raciocínio humano
(Roemer et al., 2005).
O problema principal das RNA é que o raciocínio das suas decisões não é evidente. Apesar
disso eles provêm ferramentas viáveis para problemas práticos de predição. Entendendo
como um determinado defeito ou falha é relacionado com uma característica mensurável
ou inferido do sistema monitorado, a abordagem do modelo baseado em dados é
comumente utilizada. Baseado nas características de entrada selecionadas associado com a
progressão de falhas, a saída desejada de predição do tempo de falha é obtido baseado em
140
um processo de treinamento onde a rede automaticamente ajustara os pesos e limiar
baseados nas relações entre o tempo de falha e as magnitudes das características correlatas.
Na Figura A.4 mostra-se um exemplo de uma rede neural treinada com os dados do
processo para predizer o tempo de falha de um equipamento. Depois de treinada a rede
neural, esta arquitetura pode ser usadas para predizer progressões das mesmas
características para diferentes ensaios em condições de operação similar.
Os modelos baseado na física provêm os meios para calcular o dano dos componentes
críticos como função das condições operacionais e avaliar os efeitos acumulados em
termos de tempo de uso do componente. Integrando técnicas físicas e estocásticas o
modelo pode ser usado para avaliar a distribuição do tempo de uso restante do componente
como função de incertezas nas propriedades dos componentes. As representações
históricas dos perfis de operação servem como base para o cálculo da acumulação de danos
futuros. Este modelo pode ser usado para prognóstico de falhas em tempo real com um
limite específico de confiabilidade (Byington et al., 2002). O diagrama de blocos desta
abordagem é mostrado na Figura A.5.
Figura A.5- Prognóstico Baseado em Modelos Físicos (Roemer et al. 2005, modificado).
141
Segundo Roemer et al. (2005), a abordagem do modelo baseado em modelos físicos difere
da abordagem baseada em características em que eles podem estimar o tempo útil restante
em ausência de qualquer instrumento rela, mas os sinais do instrumento podem ser
simulados através de modelos ou instrumentos virtuais. A combinação ou fusão das
abordagens baseadas em modelos e baseadas em características provêm uma completa
habilidade de prognóstico da vida inteira do componente.
142
Apesar da utilização de uma condição inicial, no tempo k=k+p¨T, como mostrado na
Figura A.6, é aparente que o significado de predição tem se deslocado e o limite de
confiabilidade nos resultados da RUL tem uma menor variância do que a original. O
aperfeiçoamento da precisão de predição geralmente pode significar a decisão a tomar
baseado em falhas prováveis que reduzirão perdas operacionais (Roemer et al., 2005).
143
APÊNDICE B – ARQUIVOS DE CONFIGURAÇÃO
144
Figura B.1- Parâmetros de configuração geral.
145
• tags, lista de tags no servidor OPC.
Para adicionar uma nova tag, tem que ter informação, a que DFI pertence esta tag, a que
unidade geradora, sistema e subsistema, e é necessário que haja VALUE e STATUS, além
disso, o arquivo de configuração tem que seguir o formato seguinte:
• labelvalue = DFI*UGH.SISTEMA. SUBSISTEMA*TAGVALUE
• labelstatus = DFI*UGH.SISTEMA. SUBSISTEMA*TAGSTATUS
Onde labelvalue é um mnemônico associado a uma determinada tag, que descreve o que
essa tag significa, e o labelstatus é o mesmo do que o labelvalue mais uma letra st depois
do segundo ponto (mnemônico para o status de uma tag).
146
• password, senha do usuário do banco de dados;
• driveaddress, driver, depende do tipo de banco de dados;
• comaddress, endereço eletrônico do bando de dados;
• tags, lista de tags no servidor do Banco de Dados.
As tags do banco de dados podem ser reais ou simuladas. As tags reais estão ligadas a
comandos insert, select ou update. Para armazenamento de tags usa-se o comando insert.
As tags simuladas são mostradas na Figura B.5. Estas tags são usadas em modo offline para
testas variáveis simuladas.
147
B.1.2 Dispositivos DFI
148
Estes parâmetros são descritos a seguir:
• hostname, número IP do computador onde está o servidor de email;
• user, usuário da conta do email;
• password, senha do usuário de email;
• servername, nome do servidor de email;
• email, endereço de email do usuário.
O arquivo códigos de falha mostrado na Figura B.8 é usando para dispor de dados de falha
de uma maneira codificada para o I-kernel. Este arquivo é serializado e usado como um
objeto pela aplicação Java. Os dados deste arquivo têm a seguinte estrutura:
Código#descrição#id do equipamento#modo#causa#detecção#severidade#setpoint
G126GAQ1D1#Alta temperatura de ar quente dos radiadores#409#G126GAQ1 -
ALERTA#Operação prolongada do gerador com carga máxima. Sujeira nos
radiadores#1#7#70.
Note que o trecho de código acima contém códigos separados pelo caractere #. O primeiro
se refere ao código da falha, o segundo é a descrição da falha, o terceiro é o ID do
equipamento conforme cadastrado no banco de dados. O quarto é modo de falha (tag -
condição), o quinto é a causa da falha, o sexto o fator de detecção da falha, o sétimo é a
severidade da falha (estes dois últimos campos são valores referentes ao FMEA) e
finalmente o valor de setpoint.
149
B.3 ARQUIVO CÓDIGOS DE DECISÃO
O arquivo códigos de decisão mostrado na Figura B.9 é usando para dispor dos dados de
tomada decisão de uma maneira fácil para a ferramenta C&M. Este arquivo é serializado e
usado como um objeto pela aplicação Java. Para acrescentar uma nova linha neste arquivo
é necessário que o usuário crie um código de falha, no arquivo de falha, e então utilize este
código no arquivo de decisão, referente à nova falha inserida. As mensagens gravadas no
arquivo de decisão seguem a forma abaixo:
Código#falha#tomada de decisão.
G126GAQ1D1#Alta temperatura de ar quente dos radiadores#Reduzir a carga gerada.
Efetuar limpeza interna dos radiadores.
Note que o trecho de código acima contém códigos separados pelo caractere #. O primeiro
se refere ao código da decisão, o segundo é a descrição da falha, o terceiro é a descrição da
decisão.
150
APÊNDICE C – CÁLCULO DOS CAMPOS DA CLASSE TAG
Neste apêndice são mostrados os procedimentos para o cálculo dos campos da classe Tag.
A classe Tag é usada pelos arquivos de regras no processamento inteligente. Este processo
de cálculo é baseado na instrumentação fieldbus da Smar.
O processo de cálculo dos campos da classe Tag é mostrado na Figura C.1. Um transmissor
fieldbus (i.e. 149G1A) disponibiliza valores dos seus parâmetros através de itens, para o
processamento selecionamos dois itens: VALUE (i.e. 149G1A_AI1.PV.VALUE) e
STATUS (i.e. 149G1A_AI1.PV.STATUS). No tipo VALUE estão contidas informações do
valor da grandeza, e a qualidade do sinal OPC. O tipo STATUS contém informação da
qualidade do sinal da instrumentação fieldbus.
151
Tabela C.1- Relação entre o Quality e valores quality e subquality.
Quality quality subquality
Good, non-specific 3 0
Good, Local Override 3 6
Uncertain, non-specific 1 0
Uncertain, Last Usable Value 1 1
Uncertain, Sensor Not Accurate 1 4
Uncertain, Engineering Units Exceeded 1 5
Uncertain, Sub-Normal 1 6
Bad, non-specific 0 0
Bad, Configuration Error 0 1
Bad, Not Connected 0 2
Bad, Device Failure 0 3
Bad, Sensor Failure 0 4
Bad, Last Known Value 0 5
Bad, Comm Failure 0 6
Bad, Out of Service 0 7
152
A seguir apresenta-se um exemplo para o cálculo dos valores numéricos do Quality,
SubStatus e Limit.
Valor do item STATUS = 78
Dividido o número por 64. O quociente será o Quality e armazenado o resto:
Quality = 78 / 64 = 1 (Uncertain, ver Tabela C.2)
Resto = 14
Dividido o resto por 4. O quociente será o SubStatus e o resto será o limite:
SubStatus = 14 / 4 = 3 (Valor inicial, ver Tabela C.2)
Limit = 2
Depois de efetuar estas operações têm-se todos os valores dos campos da classe Tag: label,
value, quality, subquality, status, e substatus.
Tabela C.2- Valores de SubStatus e Quality no item STATUS (Amaya et al., 2007c).
Quality
2 = Good Non
0 = Bad 1 = Uncertain Cascade 3 = Good Cascade
Não específica
0 Não específico Não específico (baixa prioridade) Não específica
Último valor Alarme ativo de Inicialização
1 Erro na configuração usável bloco aprovada (IA)
Alarme ativo de Requisição de
2 Não conectado Substituto consulta inicialização (IR)
Falha no Alarme ativo Não solicitado
SubStatus
153
APÊNDICE D – MÉTODOS DE ANALISE FMEA E FTA
IDENTIFICAÇÃO DO SUBSISTEMA
PERDA DE FATURAMENTO
OCORRÊNCIA
SEVERIDADE
TAREFA
FALHA FUNCIONAL
DETECÇÃO
EFEITO DA FALHA
MODO DE FALHA
PROSPOSTA
COMPONENTE
COMPONENTE
FUNÇÃO DO
PARA
MANUTENÇÃO
154
x Efeito da falha: Conseqüência da ocorrência da falha, percebida ou não pelo
usuário final. Pode ser local (não afeta os outros componentes) ou global (pode
afetar outras funções ou componentes).
x Fatores para avaliação do componente: Consiste numa série de critérios utilizados
para avaliar a criticidade ou prioridade de risco de um componente. Nesta avaliação
é considerada a influência de três parâmetros: severidade, ocorrência e detecção das
falhas. Para padronizar e tornar menos subjetiva a avaliação da severidade de cada
falha funcional, foram categorizadas três classes de efeitos de falhas: os que afetam
a segurança e o meio ambiente, os que provocam perda de faturamento, e os que
provocam corte de carga. A seguir há uma descrição mais detalhada das classes de
efeitos das falhas.
x Segurança e/ou o meio ambiente: Caracteriza a severidade de uma falha de acordo
com a intensidade com que ela pode afetar a segurança dos funcionários ou o meio
ambiente, conforme estabelecido pelas normas ISO de segurança e proteção ao
meio ambiente, ISO 18001 (segurança) ISO 14001 (meio ambiente). A Tabela D.2
mostra o significado dos valores atribuídos aos índices de classificação das falhas
quanto à intensidade com que afetam a segurança e/ou o meio ambiente.
x Perda de faturamento: Indica o grau com que uma determinada falha afeta a
economia da usina, na medida em que afeta a geração de energia a capacidade total.
A Tabela D.3 apresenta o significado dos valores atribuídos aos índices de perda de
faturamento.
x Corte de carga: Indica a probabilidade de a falha provocar parada da unidade
geradora. Os critérios de classificação dos índices de corte de carga são mostrados
na Tabela D.4.
155
Tabela D.3- Significado dos índices de Perda de faturamento.
Perda de Faturamento
1 Não provoca perda de faturamento
3-5 Pode provocar perda de faturamento menor que 2,5% da receita mensal
7-10 Pode provocar perda de faturamento maior ou igual a 2,5% da receita mensal
156
x Ocorrência: É um índice de definido em função do número de ocorrências de falhas
registrados em um período considerado. A Tabela D.6 relaciona os valores e
conceitos dos índices de ocorrência.
x Detecção: É um índice construído com base na estimativa da probabilidade de uma
falha ser detectada, assumindo-se que ela tenha ocorrido. A
x Tabela D.7 relaciona os valores e conceitos dos índices de detecção.
157
Estruturada a árvore, procede-se a definição dos cortes mínimos, isto é, das combinações
mínimas de eventos que quando ocorridas levam falha do sistema. Um exemplo dos
caminhos críticos da árvore, isto é, os cortes mínimos com maior probabilidade de
ocorrência são mostrados na Tabela D.8.
Apesar da semelhança entre as duas técnicas no que se refere a finalidade, existem várias
diferenças entre elas quanto a aplicação e ao procedimento de análise. A Tabela D.9
compara as duas técnicas apresentando suas principais diferenças.
158
Tabela D.9- Comparação entre FTA e FMEA.
FTA FMEA
Identificação das causas primárias Identificação das falhas críticas em
das falhas cada componente, suas causas e
Objetivo conseqüências
Elaboração de uma relação lógica Hierarquizar as falhas
entre falhas primárias e falha final
do produto
Identificação da falha que é Análise das falhas em potencial de
detectada pelo usuário do produto todos os elementos do sistema, e
previsão das conseqüências
Procedimento
Relacionar essa falha com falhas Relação de ações corretivas (ou
intermediárias e eventos mais preventivas) a serem tomadas
básicos por meio de símbolos
lógicos
Melhor método para análise Pode ser utilizada na análise de
individual de uma falha falhas simultâneas ou
Aplicação
específica correlacionadas
O enfoque é dado à falha final do Todos os componentes do sistema
sistema são passíveis de análise
159
APÊNDICE E – INICIAÇÃO E OPERAÇÃO DO SIMPREBAL
Neste apêndice são descritos os passos a seguir para iniciar o servidor e cliente
SIMPREBAL. Também é apresentada a descrição detalhada dos componentes da
ferramenta C&M, os procedimentos para a inicialização e operação e as atividades
suportadas pelo cliente tais como: cálculo de KPI, gráficos de variáveis online e históricos,
mensagens de anomalias e tomadas de decisão.
160
Figura E.2- Tela de login.
161
A seguir descreve-se cada um dos itens do menu superior da tela apresentada na Figura
E.3.
E.2.1 Home
162
E.2.2 Sistema
E.2.3 Históricos
163
unidade geradora, de um único equipamento de todas as unidades geradoras ou de todos os
equipamentos de todas as unidades geradoras da usina.
Além de mostrar os históricos de anomalias, a tela fornece também a opção de editar uma
data de término de falha. É importante que as falhas estejam com as datas de término
preenchidas para que seja possível calcular indicadores de desempenho tais como tempo
médio entre falhas, tempo médio de reparo e taxa de falha.
Para editar a data de término de uma determinada falha é necessário digitar o número da
unidade geradora e o ID da anomalia nos respectivos campos de edição. Digitando um
número de UGH e um ID válido, aparecerão informações sobre a falha cuja data de
término se deseja editar no quadro logo abaixo.
A data de término então poderá ser editada selecionando-se a data em que a referida falha
parou de acontecer, conforme mostrado na Figura E.6. Após selecionar a data de término,
164
deve-se clicar no botão Enviar informações para atualizar a nova data de término da falha
no banco de dados.
E.2.4 KPIs
E para o SIMPREBAL:
9. Porcentagem de decisões acertadas com relação às falhas do equipamento
escolhido.
Uma vez que uma ALERTA não sinaliza uma falha, mas sim um defeito, o número de
ocorrências de falhas consiste no somatório da quantidade de verificações de ocorrências
de ALARMES ou TRIPS em cada uma das tags ou relações entre tags que permitem
reconhecer uma falha, ou seja, é o somatório dos modos de ALARMES ou TRIPS para um
determinado equipamento.
A taxa média de falhas é calculada usando a Equação E.1. O tempo médio entre falhas é
definido como o inverso da taxa média de falhas.
165
͑
À
ߣൌ (E.1)
ϐ
O número de prioridade de risco (NPR) de uma falha é calculado usando a Equação E.3. O
NPR é utilizado para a priorização da tomada de ação. É uma maneira prática de priorizar
certas falhas e avaliar quais providências devem ser tomadas primeiramente. Vale ressaltar
que os índices de ocorrência, severidade e detecção mostrados no Apêndice D foram
utilizados para avaliar a importância das falhas funcionais e, portanto, atribuídos a cada
uma das falhas funcionais de cada componente, enquanto o NPR foi utilizado para avaliar
os próprios componentes. Conseqüentemente, nos componentes que apresentam mais de
uma falha funcional, o NPR do componente foi definido como sendo igual ao maior NPR
de suas falhas funcionais.
166
Figura E.7- Cálculo dos KPIs.
E.2.6 Colaboradores
No canto superior esquerdo da tela há uma opção para o usuário editar seu cadastro,
podendo, portanto, alterar nome de usuário, nome, sobrenome, email, cargo e lotação.
167
E.2.8 Sinótico SIMPREBAL (cliente Applet)
Ao clicar em acessar sinótico de mancal, turbina e gerador o usuário encontra uma tela
semelhante à mostrada na Figura E.8. Nesta tela podem-se observar as figuras referentes às
5 (cinco) UGHs da usina. Em cada figura estão representados os equipamentos
monitorados pelo SIMPREBAL. Os equipamentos que aparecem com a cor verde estão em
funcionamento normal, os equipamentos com a cor amarela estão com defeito, ou seja,
possuem valores das tags próximos aos valores de alarme (diz-se que estão em estado de
alerta) e os equipamentos na cor vermelha (como é o caso do mancal guia da turbina da
unidade geradora 1 da Figura E.8) estão em estado de alarme ou trip.
168
processamento de sinal. E o terceiro e último quadrante disponibiliza um histórico das
trinta últimas ocorrências de falhas ou defeitos em cada UGH. O primeiro e o segundo
quadrante mostram a descrição da anomalia entre parênteses e sob a forma de um link,
conforme observado na Figura E.9.
Clicando no link o usuário é direcionado para uma página HTML contendo a análise dos
modos e efeitos da referida falha (FMEA). Os botões de atalho, situados na parte superior
do SIMPREBAL, são, respectivamente, da esquerda para a direita:
Esta função permite que o usuário visualize o valor das tags monitoradas pelo
SIMPREBAL. Conforme mostrado na Figura E.10 ao selecionar a opção Inspeção de
Variáveis o SIMPREBAL abrirá uma janela, com o título “Escolha uma Tag”, na qual será
169
apresentada uma árvore com todas as 5 UGHs, os sistemas monitorados, seus
equipamentos e por fim as tags de cada um deles. Para acessar os valores das variáveis
escolha uma tag e dê um duplo clique nela. Aparecerá uma janela com o título Inspeção de
variáveis. Nesta janela o usuário poderá acompanhar a variação dos valores das tags
escolhidas, bem como verificar a qualidade do sinal monitorado.
170
Se o usuário clicar com o botão direito do mouse em uma ou mais destas variáveis,
aparecerá um menu com as opções remover tag da tabela, visualizar gráfico da tag em
tempo real e visualizar gráfico da tag entre datas. Para selecionar o gráfico de mais de uma
variável deve-se selecionar as variáveis desejadas mantendo a tecla Ctrl pressionada,
conforme mostrado na Figura E.11.
A opção Visualizar Gráfico da Tag em Tempo Real permite monitorar a variação de uma
ou mais tags a partir do instante em que se clica nesta opção. Conforme mostrado na
Figura E.12.
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E.2.11 Visualizar gráfico histórico
Esta opção permite visualizar o gráfico de valores de uma ou mais tags entre dois instantes
escolhidos, datas de início e de término, conforme observado na Figura E.13.
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