História Da Lingua de Sinais

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HISTÓRIA DA LINGUA DE SINAIS

A história da língua de sinais (Libras) se mistura com a história dos surdos no


Brasil. Até o século XV os surdos eram mundialmente considerados como
ineducáveis. A partir do século XVI, com mudanças nessa visão acontecendo na
Europa, essa ideia foi sendo deixada de lado. Teve início a luta pela educação
dos surdos, na qual ficou marcada a atuação de um surdo francês, chamado
Eduard Huet. Em 1857, Huet veio ao Brasil a convite de D. Pedro II para fundar
a primeira escola para surdos do país, chamada na época de Imperial Instituto
de Surdos Mudos. Com o passar do tempo, o termo “surdo-mudo” saiu de uso,
por ser um termo incorreto, mas a escola persistiu e funciona até hoje, com o
nome de Instituto Nacional de Educação de Surdos – a famosa INES.
A língua de sinais – Libras foi criada, junto com a INES, a partir de uma mistura
entre a Língua Francesa de Sinais e de gestos já utilizados pelos surdos
brasileiros. Ela foi ganhando espaço pouco a pouco, mas sofreu uma grande
derrota em 1880. Neste ano, foi realizado um Congresso Internacional de
Professores de Surdos em Milão, Itália, para discutir e avaliar a importância de
três métodos rivais: língua de sinais, oralista e mista (língua de sinais e o oral).
No dia 11 de setembro de 1880, no referido Congresso, houve uma votação
contra o uso da língua de sinais na educação dos surdos. Os participantes, em
sua maioria votaram por aclamação a aprovação do uso exclusivo dos métodos
orais. A partir daí, a língua de sinais foi proibida oficialmente, calcada na
alegação de que a mesma destruía a habilidade da oralização dos sujeitos
surdos.
A proibição da língua de sinais por mais de 100 anos sempre esteve viva nas
mentes dos povos surdos até hoje, no entanto, agora o desafio para o povo surdo
é construir uma nova história cultural, com o reconhecimento e o respeito das
diferenças, valorização de sua língua, a emancipação dos sujeitos surdos de
todas as formas de opressão ouvintistas e seu livre desenvolvimento espontâneo
de identidade cultural.

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